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Aviacao e Mercado - Revista - 3

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Edição 03<br />

aviacaoemercado.com.br<br />

PORTOBELLO RESORT & SAFÁRI - UM EMPREENDIMENTO ÚNICO NO BRASIL COM AEROPORTO,<br />

MARINA E MANSÕES JUNTOS ÀS BELEZAS NATURAIS, NO LITORAL DE MANGARATIBA-RJ<br />

MARCUS MATTA PRESIDENTE<br />

DA PRIME FRACTION CLUB,<br />

COMPARTILHANDO O MELHOR<br />

DO LUXO NO BRASIL<br />

UMA ANÁLISE TÉCNICA SOBRE<br />

SEGURO CASCO E DA COBERTURA<br />

DE TERCEIROS A SEGUNDO RISCO<br />

DO SEGURO RETA


EDITORIAL<br />

Quando parei para escrever esse<br />

editorial, deparei-me com um momento<br />

muito interessante para<br />

nosso país e também para nossa<br />

Aviação & <strong>Mercado</strong>.<br />

O Brasil passa por um momento em<br />

que o governo luta para se firmar e<br />

também fazer reformas necessárias e<br />

que patinam há muito tempo. Os<br />

empresários começam a se mover<br />

para recuperar o tempo perdido. A<br />

Aviação & <strong>Mercado</strong> chega com sua<br />

terceira edição, também dizendo ao<br />

seu público que veio para ficar e<br />

mostrando sua capacidade para<br />

produzir bons conteúdos exclusivos.<br />

Não que isso esteja fácil, mas posso<br />

dizer quê, prazeroso está, e muito!<br />

O aprendizado é enorme e a cada<br />

e-mail que recebemos com elogio<br />

nos dá mais vontade para seguir em<br />

frente. E, uma de nossas crenças é<br />

que podemos inovar no mercado da<br />

produção e distribuição de conteúdo<br />

aeroespacial brasileiro. Tudo isso<br />

percebemos em outubro, mês de<br />

Ano Novo Judaico. Será que são<br />

presságios de que iniciamos 7 anos<br />

de vacas gordas?<br />

Esperamos<br />

que seja!<br />

Iniciamos a edição<br />

apresentando uma matéria<br />

da nossa editora Claudia Terra<br />

sobre o Aero Boero, aviões comprados<br />

pelo governo brasileiro e que<br />

agora, em sua maioria, estão apodrecendo<br />

por aí, em algum lugar do Brasil. Mas<br />

temos bons exemplos de aeroclubes que<br />

decidiram recuperar essas aeronaves e<br />

recoloca-las para uso na<br />

formação de pilotos.<br />

Uma visita ao Resort & Safari Portobello<br />

mostra a criatividade, o bom gosto e<br />

a competência empreendedora<br />

do Sr. Carlos Borges em desenvolver<br />

um projeto único no<br />

Brasil, que coloca barcos e<br />

aviões em um mesmo<br />

local e interligados.<br />

Sr. Carlos<br />

Marcus Matta<br />

Compartilhar também virou moda no mercado<br />

de luxo brasileiro, Claudia Terra percorre sobre esse<br />

modelo de negócio no Brasil e mostra o quanto pode<br />

crescer e criar oportunidades de negócios, que surgem<br />

com inteligência. Dentro do mesmo tema apresentamos,<br />

na seção Com a Palavra, o Presidente, fiz uma longa entrevista<br />

com o obstinado e empreendedor Marcus Matta Presidente, da<br />

Prime Fraction Club, pioneira no compartilhamento de aviões,<br />

barcos, helicópteros e carrões de luxo.<br />

Na sequência, temos uma analise aprofundada da segunda parte da trilogia<br />

sobre Seguros Aeronáuticos, onde, tratamos do seguro casco e da cobertura de<br />

terceiros a segundo risco do Seguro Reta.<br />

Nosso colunista Dr. Carlos Barbosa retrata muito bem o tema sobre Direito Aeronáutico,<br />

uma coluna que vale muito a pena ler e aprender.<br />

A segunda parte de Universo dos Planadores revela a força dessas aeronaves e como<br />

estão presentes nos céus do Brasil.<br />

E fechamos essa edição com uma visita ao Musal, por Elisandro Souza, que mostra a<br />

situação do museu que convive com belas peças bem cuidadas, ao mesmo tempo,<br />

muitas dessas estão totalmente abandonadas por falta de recursos.<br />

Presidente Aviação & mercado Vilso Ceroni<br />

04 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 05


TERRENOS FLY INN<br />

AVIÃO E LANCHA NA PORTA DE CASA.<br />

Nesta edição:<br />

aviacaoemercado.com.br<br />

Presidente<br />

Vilso Ceroni<br />

Editora<br />

Cláudia Terra (MTB 26254)<br />

08<br />

HISTÓRIA DOS AVIÕES<br />

AERO BOEROS<br />

Fotógrafo/Web Design/<br />

Projeto Gráfico<br />

e Diagramação<br />

Bruno Hilário<br />

Financeiro<br />

Nivea Ceroni<br />

nivea@grupoc.com.br<br />

Colaboradores<br />

Carlos Barbosa<br />

Elisandro Sousa<br />

Gustavo Albrecht<br />

Comercial e Marketing<br />

55 - 11 3467 6504<br />

vilso@a350.com.br<br />

Redes sociais<br />

Um local exclusivo onde você pode estacionar seu avião dentro ou na frente da sua casa,<br />

com vagas para barcos e uma vista deslumbrante. Venha vivenciar a experiência de fazer parte do Portobello<br />

em terrenos de até 7 mil m 2 , um canal navegável de -2.5 de calado e uma pista<br />

de pouso de asfalto com 1.270m X 30m. Tudo isso com serviços e lazer do Portobello Resort.<br />

18 PORTOBELLO<br />

RESORT & SAFARI<br />

30 COMPARTILHAMENTO<br />

DE AERONAVES<br />

44<br />

COM A PALAVRA A PRESIDENTE,<br />

MARCUS MATTA<br />

DESMISTIFICANDO OS SEGUROS<br />

52 60 AERONÁUTICOS PARTE 2<br />

DIREITO AERONÁUTICO,<br />

CARLOS BARBOSA<br />

Fundador e presidente da Prime<br />

Fraction Club, empresa pioneira no<br />

compartilhamento de bens de<br />

luxo como jatos executivos,<br />

helicópteros, embarcações e<br />

carros esportivos.<br />

Seguro de Casco<br />

Aeronáutico e a cobertura<br />

de terceiros a 2°<br />

risco do RETA<br />

A importância cada vez<br />

maior do Direito Aeronáutico<br />

no dia-a-dia da aviação<br />

Imagem ilustrativa<br />

PISTA EM OPERAÇÃO<br />

<br />

<br />

<br />

WWW.PORTOBELLORESORT.COM.BR<br />

<br />

66<br />

UNIVERSO PLANADORES<br />

PARTE 2<br />

Os melhores planadores do<br />

planeta também estão nos céus<br />

do Brasil<br />

EVENTO DA ABUL NO AERÓDROMO<br />

72 78 DO RESORT & SAFARI PORTOBELLO<br />

Foi estreia oficial da<br />

reinauguração do aeródromo<br />

do resort com mais esse<br />

serviço de Fly Inn<br />

MUSAL – UM LOCAL DE<br />

DESCANSO DA HISTÓRIA<br />

Uma jornada na história da<br />

aviação, não somente<br />

brasileira, mas mundial


Os Aero Boeros ainda estão presentes em vários aeroclubes do Brasil, servindo como aeronaves<br />

de instrução e como rebocadores de planadores. Essas aeronaves argentinas chegaram por aqui<br />

entre os anos de 1987 e 1994, quando o governo brasileiro adquiriu 366 aeronaves Aero Boeros;<br />

trata-se de modelos 115 com 306 aeronaves e 180 com 60 aeronaves, cedidos às escolas de<br />

aviação do país. Segundo dados do Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), poucos aviões do lote<br />

comprado da Aero Boero ainda continuam em operação nos aeroclubes do país.<br />

O Aero Boero 180 é a versão mais potente do AB-115. Diferentemente<br />

desse e de seu motor Lycoming de 115 cavalos, o AB-180<br />

é equipado com um motor de 180, que permite ser usado tanto<br />

em voos de instrução quanto no reboque de planadores.<br />

De acordo com Leonardo Dutra, a grande maioria das aeronaves<br />

AB-115 está com a Inspeção Anual de Manutenção (IAM) vencida.<br />

Além disso, 32 das 60 aeronaves inicialmente adquiridas ainda<br />

estão em operação e 22 estão com o IAM vencido. Dutra também<br />

realizou uma expedição em visita a vários aeroclubes pelo Brasil<br />

para ver de perto a realidade dos Aero Boeros; onde encontrou,<br />

no aeroclube de Bebedouro, encontrou um AB 115 abandonado,<br />

ao relento, deteriorando-se. Leonardo Dutra é piloto comercial,<br />

administrador de empresas, doutor em Relações Internacionais,<br />

com pós-doutorado em RI. Tem experiência como instrutor teórico<br />

em escolas de aviação e como professor do ensino superior<br />

em universidades brasileiras e europeias. É o idealizador do<br />

Clube Aero Boero para aficionados por AB. Elaborou e divulgou<br />

em seu site um relatório detalhado da situação dos Aero Boeros<br />

no Brasil, que são da união, com base em informações atuais e<br />

oficiais extraída de dados oficiais disponibilizados pela ANAC.)<br />

A conexão dos Aero<br />

Boeros com o Brasil<br />

começou em 1987,<br />

quando a fabricante<br />

Aero Boero venceu a<br />

concorrência internacional<br />

do Ministério da<br />

Aeronáutica do Brasil,<br />

para comprar aviões de<br />

instrução básica e para<br />

reboque de planadores,<br />

visando à modernização<br />

dos aeroclubes. Aqui,<br />

nessa época, ainda se<br />

utilizavam aeronaves<br />

obsoletas, com idade<br />

média de 50 anos, como<br />

os: Paulistinha CAP-4 e<br />

P56-C, Piper J3 e PA-18,<br />

Sala VIP<br />

entre outros.<br />

Aero Boero<br />

Essas aeronaves não possuíam rádio VHF,<br />

partida elétrica, luzes de navegação<br />

noturna nem GPS. A Aero Boero apresentou<br />

os menores valores e recebeu a<br />

homologação e certificação dos AB-115 e<br />

AB-180 pelo CTA (Centro Técnico<br />

Aeroespacial) no dia 26 de outubro de<br />

1989, depois de uma equipe brasileira<br />

passar 12 dias na fábrica de Morteros,<br />

onde foram feitas algumas modificações,<br />

seguindo as normas brasileiras.<br />

Foram encomendados apenas sete<br />

AB-180RVR e 20 AB-115 Trainer. Mas ficou<br />

acertada a encomenda de um lote com<br />

100 aeronaves em 1988 e, posteriormente<br />

– no ano seguinte –, outros 350 foram<br />

encomendados, incluindo os AB-180. Os<br />

primeiros exemplares chegaram ao Brasil<br />

em dezembro de 1990; e os últimos, em<br />

janeiro de 1994. Um total de 366<br />

aeronaves foram entregues, sendo 306<br />

AB 115 Trainer e 60 AB 180.<br />

Mas as dificuldades financeiras enfrentadas<br />

pela empresa na Argentina e os problemas<br />

com a economia brasileira fizeram a Aero<br />

Boero atrasar a entrega de aviões no Brasil,<br />

pois a companhia não pode cumprir as suas<br />

obrigações. Os outros 84 aviões encomendados<br />

não foram entregues porque o governo<br />

brasileiro não tinha dinheiro para comprá-los,<br />

por estar passando por uma crise financeira<br />

desde 1993. Cada avião custou<br />

74 mil dólares.<br />

O Aero Boero foi criticado por muitos brasileiros<br />

pelo fato de não poder realizar algumas<br />

manobras acrobáticas previstas na formação<br />

de pilotos, como o parafuso, feito anteriormente<br />

com os antigos Paulistinhas, o que<br />

trouxe um retrocesso na formação de pilotos.<br />

Os assentos não eram reguláveis em distância<br />

e em altura, e o trem de pouso era localizado<br />

muito à frente do CG (Centro de Gravidade e<br />

não possuía amortecedores). Porém, a favor<br />

do aero Boero estava a boa visibilidade para o<br />

piloto, a razão de planeio de 11:1 e o baixo<br />

custo operacional.<br />

A empresa Aero Boero surgiu como a Aero<br />

Talleres, fundada pela família Boero em maio<br />

de 1956, na cidade de Morteros, região<br />

noroeste da província de Córdoba, na Argentina.<br />

Sua finalidade era realizar serviços de<br />

manutenção e reparos em diversas aeronaves,<br />

utilizadas principalmente na pulverização de<br />

lavouras. Os irmãos César Hernesto e Héctor<br />

Boero acumularam muita experiência na<br />

reconstrução de algumas partes de aeronaves,<br />

sendo que alguns aviões necessitavam ser<br />

reconstruídos após acidentes, o que os levou a<br />

construir muitas fuselagens de tubos de aço<br />

soldados, além de asas e de realizar a pintura<br />

total de aviões. Em 1958, após a realização<br />

desses serviços, com o amparo de uma nova<br />

legislação protecionista argentina, os irmãos<br />

Boero resolveram partir para o desenvolvimento<br />

e fabricação de aeronaves próprias;<br />

César e Héctor Boero uniram-se a Celestino<br />

Barale para desenvolver um protótipo do<br />

futuro Aero Boero AB-95, o antecessor do Aero<br />

Boero AB-115, que voou pela primeira vez em<br />

1959 e foi certificado em 1962, quando foi<br />

iniciada a produção em série. As primeiras<br />

entregas foram feitas um ano depois.<br />

08 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 09


Com o aumento da demanda, a fábrica foi ampliada, e a empresa reorganizada em 1975,<br />

após ser capitalizada; a antiga Aero Talleres Boero Sociedad de Responsabilidad Limitada<br />

se transformou em Aero Boero Sociedad Anônima, permanecendo o controle acionista<br />

com a família Boero. Em 20 de outubro de 1978, a cidade de Morteros foi atingida por um<br />

ciclone, que destruiu o galpão da Aero Boero. Além disso, foram perdidos dez aviões, o<br />

protótipo quase finalizado do AB-260 e seus exemplares em construção. Os problemas<br />

não pararam por aí, pois a empresa deveria cumprir o prazo de entrega de diversas<br />

aeronaves, obrigando a empresa a construir imediatamente um novo local para produzir<br />

as aeronaves encomendadas. Ao mesmo tempo, foi reconstruído o galpão destruído, e a<br />

fabricação foi retomada de forma precária. A fábrica, cuja transferência vinha ocorrendo<br />

gradativamente para a nova unidade fabril, foi inaugurada oficialmente em outubro de<br />

1981. O novo galpão tinha 2.000 metros quadrados e recebia onze seções: usinagem,<br />

solda, asa, entelagem, plásticos, pintura, jateamento, montagem, motores, manutenção e<br />

armazenagem. Também foi construído um banco de provas de motores em 1983, quando<br />

a empresa contava com 30 funcionários.<br />

Em 1987, praticamente toda a produção<br />

era absorvida pelo mercado interno argentino.<br />

Os clientes principais eram aeroclubes<br />

e clubes de planadores, que recebiam<br />

subvenções estatais, além de empresas de<br />

pulverização agrícola, por ter baixo custo<br />

operacional. Mas, no mesmo ano, a economia<br />

argentina entrou em crise, com altos<br />

índices de inflação, o que praticamente<br />

inviabilizou as vendas no mercado interno.<br />

Ao mesmo tempo, o custo com mão de<br />

obra caiu, e a empresa iniciou uma campanha<br />

agressiva para alavancar as vendas<br />

no exterior, o que levou o Brasil a comprar<br />

os seus aviões. Para cumprir os prazos de<br />

entrega dos aviões encomendados pelo<br />

governo brasileiro, foi construída uma nova<br />

unidade na cidade de São Francisco, onde<br />

eram produzidos diversos componentes<br />

estruturais. Também foi contratada uma rede<br />

de empresas terceirizadas, além de diversos<br />

novos funcionários. Em 1989, foi acertada a<br />

venda de 108 AB-115 Trainer para o Peru,<br />

sendo um primeiro lote de 24 unidades e<br />

mais três lotes anuais de 28 aeronaves, cada<br />

um. O contrato foi logo rompido pelo governo<br />

peruano, que não tinha como pagar os<br />

aviões, pois o país andino havia acabado de<br />

mergulhar em uma grave crise financeira.<br />

Os Aero Boeros que chegaram ao mercado a<br />

partir dos anos de 1960; a empresa produziu<br />

aeronaves civis leves e aeronaves para agricultura,<br />

mas a partir do ano 2000, em função<br />

de vários fatores, passou a somente fazer<br />

reparos e a fabricar peças. A Aero Boero S. A.<br />

é uma fábrica de aviões argentina, fundada<br />

pelos irmãos Hector e Caesar Boero, em<br />

1956, em Morteros, na Província de Córdoba,<br />

na Argentina. Começou fazendo reparos<br />

e manutenção em aeronaves, na grande<br />

maioria, de uso agrícola. O primeiro modelo<br />

da empresa foi o AB-95, um monomotor<br />

com trem de pouso convencional, que voou<br />

em 12 de março de 1959, com a matrícula<br />

LV-X20. Recebeu sua homologação em<br />

1962, desta forma, dando início à produção<br />

em série do tipo. Foram fabricados 420 Aero<br />

Boero 115, um recorde histórico para a<br />

indústria aeronáutica argentina.<br />

A partir de 1964 foi desenvolvida a versão<br />

AB-95B, equipada com um motor Lycoming<br />

O-320, com 150 hp de potência. Com o<br />

passar dos anos, alguns AB-95A foram<br />

modificados para a versão agrícola. O<br />

Modelo AB-180, ou ”Boerão”, como também<br />

é conhecido nos aeroclubes, é uma versão<br />

melhorada e mais potente do AB-115. O<br />

primeiro e exemplar voou em 1967 e foi<br />

produzido até meados dos anos 2000.<br />

Trata-se do AB-180, que equipado com<br />

motor Lycoming O-360-A1A de 180 hp’s, dá<br />

origem a uma aeronave utilizada em diversas<br />

atividades no Brasil e na Argentina,<br />

entre elas, no reboque de planadores. Após<br />

substituir o AB 95 na linha de montagem,<br />

Aeronaves do Aeroclube de Itápolis<br />

foram fabricados os modelos 115 Standard,<br />

115 BS e 115 AG. Em 1973, o Aero<br />

Boero 115, com nova empenagem,<br />

voou pela primeira vez na cidade<br />

Morteros. A partir de 1975, foi oferecida<br />

a versão AB 115/150, para pulverização<br />

agrícola, com um motor Lycoming<br />

O-320, de 150 hp; em 1988, ficou<br />

pronto o modelo 115 Trainer, bastante<br />

utilizado nos aeroclubes brasileiros.<br />

Além de encomendar centenas de AB<br />

115 Trainer, o extinto DAC (Departamento<br />

de Aviação Civil) e substituído<br />

pela ANAC (Agência Nacional de<br />

Aviação Civil), comprou algumas dezenas<br />

da versão 180RVR, com um motor<br />

O-360-A1, de 180 hp, para rebocar<br />

planadores. Os negócios com o Brasil<br />

começaram a se tornar inviáveis e, logo<br />

depois, houve o cancelamento da<br />

entrega de 84 aeronaves, pois o governo<br />

brasileiro não tinha como pagar à<br />

empresa argentina. No final da década<br />

de 1990, a Aero Boero fazia apenas<br />

alguns serviços de reconstrução de<br />

aeronaves, além de vender alguns<br />

componentes para reposição. Em 2000<br />

seriam homologados os modelos<br />

AB-115 Trainer e AB-180RVR na Europa,<br />

que deveriam ser fabricados soblicença,<br />

mas isso ainda não aconteceu.<br />

Clube Aero Boero<br />

12 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 13


Mas, ainda há muitos Aero Boeros<br />

voando na Argentina e no Brasil, com a<br />

reposição de peças pela empresa argentina.<br />

No Brasil alguns aeroclubes ainda<br />

têm algum exemplar AB entre a sua<br />

frota: alguns estão voando; outros encontram-se<br />

em restauração; outros<br />

estão a caminho da baixa, pela ANAC.<br />

De acordo com o presidente do Aeroclube<br />

de Resende, Ricardo Vieira, o clube<br />

mantém a manutenção de todas as<br />

aeronaves de forma rígida e respeitando<br />

todos os regulamentos e diretrizes da<br />

ANAC. “Em 2015 revitalizamos o Aero<br />

Boero 115 PPGEM, que estava parado<br />

desde 2001, passando por uma reforma<br />

geral, com gastos de R$120.000. O motor<br />

é um Lycoming de 115HP, tradicional na<br />

aviação geral e de fácil manutenção”. Entre<br />

as principais atividades do aero clube, há a<br />

escola de pilotagem e o aerodesporto,<br />

com a prática do paraquedismo, que é<br />

coordenada pelo Clube Sky Dive Resende.<br />

Recentemente o clube homologou os<br />

cursos teóricos de Piloto Privado e Piloto<br />

Comercial, totalizando seis cursos disponíveis,<br />

além de um simulador de voo.<br />

Hangares foram revitalizados em parceria<br />

com a Star Craft. No Brasil, há um representante<br />

oficial, a RC Brandão Assessoria<br />

Aeronáutica, da Aero Boero, que ainda<br />

permanece em atividade, somente com a<br />

Aeroclube de Resende<br />

produção de peças para reposição das aeronaves existentes. Mas essas aeronaves podem<br />

usar peças comuns a algumas aeronaves mais antigas, e um dos fornecedores de peças é<br />

JP Martins, representante oficial da Piper. De acordo com Maurício Melo da JP Martins, as<br />

peças que são usadas atualmente nos Aero Boeros são de motor utilizadas em outras<br />

aeronaves mais antigas, que servem perfeitamente em várias aeronaves semelhantes.<br />

No aeroclube de Resende-RJ, dois AB 115<br />

são usados para instrução. Um dos<br />

instrutores do aeroclube de Resende é<br />

Raony S. MilHomem, piloto há dois anos<br />

e meio no curso de Piloto Privado do<br />

Aeroclube de Resende. “O AB 115 tem<br />

manche em bastão, posicionado entre as<br />

pernas do comandante; com isso, assim a<br />

aeronave e a pilotagem se assimilam à<br />

maioria ou quase todos os aviões<br />

acrobáticos e agrícolas, o que permite ao<br />

candidato escolher outras modalidades<br />

de aviação, além da comercial. Particularmente,<br />

acho mais emocionante o aprendizado<br />

nessa aeronave, uma vez que ela<br />

poderia ser comparada ao fusca da<br />

aviação – o terror e o amor de muitos<br />

pilotos: terror, para os que não conseguiram<br />

êxito na pilotagem dessa<br />

aeronave; e amor, para os que hoje, já<br />

profissionais no ramo da aviação, lembram<br />

com saudosismo suas aventuras ao<br />

aprender a pilotagem dessa aeronave.<br />

As partes negativas são a velocidade<br />

baixa, principalmente no modelo 115, que<br />

não desenvolve muito mais que 80 mph<br />

em cruzeiro; o trem de pouso principal,<br />

que tem o a formação acima da fixação<br />

das rodas, parecendo-se com duas asas<br />

extras, que, em opinião compartilhada, só<br />

servem de arrasto para o voo. Poderia ter<br />

mais instrumentação e fazer pelo menos<br />

voo noturno visual. Realmente é uma<br />

aeronave mais difícil para se manter em<br />

reta, tanto na corrida de decolagem<br />

quanto no pouso. Faz-se a corrida de<br />

decolagem picando o avião, levando o<br />

manche todo à frente, erguendo a bequilha<br />

e aguardando o que ele atinja a velocidade<br />

de rotação (retirada da aeronave do<br />

solo); nessa ocasião e no pouso acontecem<br />

as perdas de reta se o piloto acionar<br />

mais os pedais que o necessário.<br />

Ricardo Manso,<br />

Presidente do ACR<br />

Aeronaves<br />

Denilson<br />

do<br />

Abreu,<br />

Aeroclube<br />

Diretor<br />

de Itapolis<br />

de<br />

instrução e examinador<br />

credenciado ANAC<br />

Aero Boero PP-GEM<br />

Aero Boero PP-GEM<br />

Vale lembrar que, há aeronaves que<br />

apresentam grau de dificuldade de controle<br />

igual ou maior do que o Aero Boero.<br />

Um exemplo é o Cessna 170, que, segundo<br />

relatos, “é mais arisco na reta”.<br />

14 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 15


Outro aeroclube que esta trabalhando na recuperação dos Aero Boeros é o clube de<br />

Itápolis-SP, que já recuperou, quatro desses e quatro Paulistinhas; atualmente está recuperando<br />

mais três Aero Boeros e dois paulistinhas. O clube tem interesse em colocar mais<br />

dessas aeronaves em atividade para o uso em instrução.<br />

Porém, mesmo com várias<br />

aeronaves em condições pelo<br />

país, há outras que estão no<br />

esquecimento e sendo consumidas<br />

pelo tempo, esquecidas<br />

em algum canto do<br />

hangar ou mesmo se deteriorando<br />

ao relento, como, acontece<br />

com um Aero Boero 115<br />

que está no aeroclube de<br />

Bebedouro-SP, em condições<br />

avançadas de deterioração. “O<br />

AB 115, que está no aeroclube,<br />

transferido do aeroclube de Itu,<br />

foi aceito pela diretoria anterior<br />

exatamente no estado em que<br />

se encontra. Essa aeronave está<br />

aqui no ACBB há seis anos.<br />

Aeroclube de Itápolis - Hangar<br />

Quando assumimos a diretoria do<br />

ACBB, ele estava em uma oficina em<br />

Ribeirão Preto-SP e, a pedido do proprietário<br />

da oficina, fomos buscá-lo e<br />

trouxemos para Bebedouro. De<br />

acordo com o orçamento que fizemos,<br />

sua restauração não compensa. A<br />

ANAC está fazendo uma auditoria<br />

(recadastramento) das aeronaves da<br />

União e provavelmente será dada<br />

baixa a esse avião no RAB”, explica<br />

Ângelo Hermini, presidente do aeroclube<br />

de Bebedouro.<br />

Apesar de nem todas as aeronaves<br />

poderem ser recuperadas, é muito<br />

bom ver alguns aeroclubes colocando<br />

no merecido lugar essas<br />

bravas aeronaves argentinas, que um<br />

dia chegaram aqui para modernizar<br />

a frota de aeronaves nos aeroclubes<br />

e agora são parte da história da<br />

aviação brasileira.<br />

Em 2015 representantes da ANAC<br />

estiveram em alguns aeroclubes<br />

para e checaram as aeronaves doadas<br />

para escolas de pilotagem, pelo<br />

antigo DAC. Mas até o momento não<br />

foi dado nenhum retorno dessa a ação<br />

aos aeroclubes: “Tivemos a visita da<br />

ANAC (RAB) em Nov de 2015 onde<br />

nossos 02 Aero Boeros PPFKY e<br />

PPGEM foram inspecionados. O pessoal<br />

do RAB ligado à ANAC visitou<br />

todos os Aeroclubes e Escolas de<br />

Pilotagem, inclusive o nosso, que<br />

possuem aviões distribuídos pelo<br />

então DAC. As informações que<br />

temos são: Não há previsão de que a<br />

ANAC faça mais investimentos com<br />

aviões/helicópteros treinadores; Quanto a<br />

frota atual, aquelas entidades que não<br />

conservaram os aviões terão de pagar (via<br />

GRU) uma multa em penalidade por não ter<br />

conservado os bens da União. Em princípio,<br />

alguma coisa em torno de RS 30.000,00 por<br />

aeronave; Os que tiverem aeronaves alocadas<br />

podem (devem) restaurar os aviões<br />

livremente; Não há procedimento especial,<br />

orientado pela ANAC, para transferência de<br />

aeronaves. Contudo, movimentações<br />

podem ser feitas por acordo entre as entidades<br />

homologadas pela ANAC. Note que<br />

não há como transferir patrimônio da União<br />

para particulares”, explica o Presidente do<br />

Aeroclube de Resende - RJ, Ricardo Manso.<br />

Aeronaves do Aeroclube de Itapolis<br />

A realidade não é boa para muitas aeronaves, que tendem a se perderem. Mas apesar disso é muito<br />

bom ver alguns aeroclubes colocando, no merecido lugar essas bravas aeronaves argentinas que<br />

um dia chegaram aqui para modernizar a frota de aeronaves nos aeroclubes e agora é parte da<br />

história da aviação brasileira, bem como outras aeronaves que precisam dessa mesma atenção, seja<br />

por parte dos aeroclubes, seja por parte nossa Agencia Nacional de Aviação Civil.<br />

<br />

16 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 17


O grande diferencial entre todos os resorts é o seu serviço Fly Inn, cujo objetivo é fazer com<br />

que os proprietários dos 30 lotes disponibilizados pelo resort tenham, na porta de casa, um<br />

hangar privado e acesso a canais navegáveis. O aeródromo foi reinaugurado em setembro,<br />

atendendo a todas as exigências técnicas da ANAC para homologação e operação, reforma<br />

que foi concluída em aproximadamente três meses. A pista foi ampliada e ganhou asfalto<br />

ecológico, com dimensões de 1270 metros de extensão por 30 metros de largura. Tem<br />

estrutura maior do que a do aeroporto de Angra dos Reis (RJ), tem o tamanho da pista<br />

auxiliar do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, e pode receber até 100 aeronaves<br />

por dia, inclusive aeronaves executivas.<br />

A estreia nova pista foi com os associados da<br />

ABUl (Associação Brasileira de Pilotos de<br />

Aeronaves Leves),sediada no Rio de Janeiro,<br />

que realizou no resort o seu tradicional evento,<br />

o ENU. Evento que acontece anualmente,<br />

sempre em num local diferente do ano<br />

anterior “A escolha pelo Portobello agradou a<br />

todos associados. A pista excelente. O resort<br />

tem alimentação de alta qualidade, atendimento<br />

impecável! Eu acho que saí de lá<br />

com mais peso do que quando saí do Rio.<br />

Meus amigos perguntaram: por que não<br />

fazemos de novo nosso evento aqui?”,<br />

lembra Cmte Gustavo Albrecht, presidente<br />

da ABUL (confira mais sobre o ENU no<br />

Portobello com Cmte Gustavo, nesta<br />

mesma edição da Aviação & <strong>Mercado</strong>).<br />

Mas as obras não pararam aí! Ao lado está sendo construída a taxiway. Atrás dos lotes,<br />

dos condôminos, foram feitos canais que permitem a construção de piers individuais em<br />

cada um dos lotes disponíveis. O aeródromo prioriza o atendimento dos condôminos<br />

(Há ainda alguns terrenos disponíveis para venda) e hóspedes, mas também atenderá a<br />

voos particulares com outros destinos.<br />

O Aeródromo Portobello está localizado na Fazenda<br />

Portobello, a 50 milhas aéreas do Rio de<br />

Janeiro, 148 milhas aéreas de São Paulo e 185<br />

milhas aéreas de Belo Horizonte. Tudo isso<br />

proporcionado pelo presidente e idealizador<br />

do projeto Sr. Carlos Borges; ele buscou inspiração<br />

nos já existentes Fly Inn. Nos Estados<br />

Unidos, o conceito é bastante usado e representa<br />

a comodidade de ter uma casa ao lado<br />

de uma pista de pouso.<br />

18 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 19


Há a intenção de ampliar os serviços aéreos ao resort. De acordo com o Gerente Comercial<br />

& Marketing, Ricardo Luiz Peixoto, entre os novos projetos, está a construção de hangares:<br />

“<br />

O grande diferencial de nosso empreendimento é avião e lancha<br />

na porta de casa, que, por sua vez, até onde se sabe, não existe<br />

nenhum no mundo que proporcione isso. A ideia surgiu com a<br />

paixão de voar, após muitas viagens pelo mundo a fora e tendo<br />

muito contato com as comunidades Fly Inn, foi feito uma árdua<br />

pesquisa de viabilidade e aceitação do projeto aqui.<br />

Nesta grande propriedade com projetos incríveis e originais, é constante a evolução dos<br />

serviços e ampliação das suas instalações.<br />

”<br />

A convite do Portobello e Arteiras Comunicações,<br />

a Aviação & <strong>Mercado</strong> foi até lá para<br />

em um voo na aeronave Beechcraft King<br />

Air C90, do próprio resort, com mais alguns<br />

jornalistas convidados, para conhecerem<br />

um pouco do resort. Nosso fotógrafo,<br />

Bruno Hilário, ficou encantado com a<br />

beleza do local e com a qualidade da pista.<br />

Bruno disse essa pista do aeródromo<br />

lembra pista de formula 1. “Saímos do<br />

Campo de Marte, em São Paulo às 9:30 hs.<br />

O voo foi muito tranquilo. Sobrevoamos<br />

pelas praias do litoral norte de São Paulo.<br />

Levamos em torno de 40 minutos até o<br />

resort, no litoral sul do Rio de Janeiro. A<br />

chegada que foi mais bela ainda! O piloto<br />

fez um voo panorâmico para observamos<br />

melhor toda a área do resort. Ao pousarmos<br />

fomos recebidos pela equipe do<br />

resort que nos levou ao hotel. Agora quem<br />

nos recebeu foi o Sr. Carlos Borges, proprietário<br />

do Portobello. Fiquei impressionado<br />

com a estrutura!”. Nosso fotógrafo também<br />

observou que na aérea do resort há muitas<br />

obras em andamento, porém sem que isso<br />

comprometa a beleza e o bom funcionamento<br />

da estrutura já existente, que já é<br />

bastante completa. As rotas para se chegar<br />

voando são as seguintes:<br />

Pista: coordenadas: 22º 55’ 39” S / 044º 04’<br />

48” W; elevação: 20 FT; frequência:<br />

126.025; operação: VFR (Visual) diurno.<br />

Características do aeródromo: pista: 03 /<br />

21, com asfalto ecológico, 1270 x 30 m;<br />

largura da taxiway: 10,5 m; PCN 17<br />

F/A/Y/T - Até 35.000 Kg; pátio com 5.000<br />

m²; PCN 12 F/B/Y/T - Até 25.000 Kg e<br />

heliponto com as coordenadas:<br />

22º56’57’’S/044º04’28’’W; elevação: 0 FT<br />

(Nível do Mar); rumos de aproximação:<br />

01/28; dimensões: 21m X 21m, piso<br />

gramado, com resistência de 5,0 toneladas;<br />

operações VFR diurna e noturna.<br />

Sala VIP<br />

20 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 21


Portobello Resort & Safari, foi construído em 1985, em estilo polinésio, e está localizado em<br />

frente à baía da Ilha Grande. De acordo com Ricardo, não há intenção de instalar filiais<br />

desse resort em mais lugares no Brasil, pois ele deixaria de ser único. O resort está em uma<br />

área com mais de 2.600 hectares da Fazenda Brahman Portobello, há 3 km da sede do<br />

resort. Na fazenda é composta por áreas que inclui pastagens e mata atlântica, com uma<br />

praia particular belíssima, além de rios, riachos, cachoeiras. A fazenda também tem atividades<br />

clássicas, como a criação de gado da raça Brahaman e inclusive, há realização de<br />

leilões, uma opção de negócio para agropecuaristas que também podem aproveitar de<br />

toda a estrutura do resort e<br />

aeródromo. O resort é fica a<br />

4,3 km da rodovia Rio X Santos<br />

e a 47 km de Angra dos Reis;<br />

está a 100 km do Aeroporto<br />

Internacional Galeão, no Rio<br />

de Janeiro, e a 30min, de<br />

barco, da Ilha Grande. O resort<br />

tem porto e estacionamento<br />

privativos gratuitos.<br />

O Portobello está em uma<br />

aérea privativa, praia com faixa<br />

larga de areia larga e compacta.<br />

Na praia estão todas as<br />

áreas sociais, rente à areia. A<br />

ala de apartamentos sai à<br />

esquerda da recepção. Nos fundos dos apartamentos fica o kid's club. À direita da recepção<br />

está lobby, com teto de sapê, com o bar bem posicionado para atender tanto quem está no<br />

saguão, quanto quem esteja na varanda, local do qual se tem acesso à sala de jogos, de<br />

cinema, ao restaurante principal e à piscina, que fica em frente, no lado direito.<br />

Sala VIP<br />

Um segundo restaurante fica à direita do prédio principal, ventilado pela brisa natural.<br />

Depois dele há uma segunda ala, onde estão o spa e as instalações de ginástica, e ao fim<br />

dessa está a marina, onde funciona uma pizzaria. Do outro lado da estrada, ficam as quadras<br />

de tênis e futebol, além da área do safári. Também são oferecidas trilhas, cavalgadas, e um<br />

passeio de um dia à plantação de palmito pupunha, e banhos de rio em piscinas naturais.<br />

Os 150 apartamentos estão todos de frente para o mar. Os apartamentos térreos dão acesso<br />

direto para a praia. A piscina tem vista para o mar e podendo-se buscar as sombras naturais<br />

dos clássicos do litoral, dos coqueiros. Um nicho da piscina também tem hidromassagem.<br />

E para as crianças, que têm toda atenção de<br />

profissionais atenciosos, há o Kids Club, um<br />

paraíso para os pequenos! É um dos maiores<br />

e mais bem equipados parques infantis entre<br />

os resorts brasileiros. Ocupa praticamente<br />

toda a ampla área nos fundos da ala de apartamentos.<br />

Tem um parquinho de brinquedos<br />

rústicos, uma piscina exclusiva e uma extensa<br />

área coberta com muitos brinquedos.<br />

A mascote é um mini pônei, um cavalinho<br />

de verdade.<br />

Outra atração que agrada bastante<br />

às crianças e adultos é o Safári. Esse<br />

é mais uma grande atração do hotel.<br />

O cliente é levado por um veículo<br />

estilizado à área do hotel, do outro<br />

lado da estrada, onde passa por<br />

duas áreas separadas onde vivem,<br />

ao ar livre, animais da fauna brasileira<br />

(tucanos, araras, quatis, vários<br />

passarinhos, macacos, emas, antas,<br />

patos) e da fauna exóticos (avestruzes,<br />

zebras, lhamas, antílopes e<br />

dromedário).<br />

O passeio é oferecido em diversos<br />

horários (de acordo com a ocupação<br />

do hotel) e dura uma hora e meia; e<br />

é cobrado à parte e é necessário<br />

fazer reserva no check in.<br />

22 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 23


Há opção da prática de esportes náuticos,<br />

também com pagamento à parte. A<br />

barraca náutica aluga caiaques, barcos a<br />

vela e jet ski, além de organizar as saídas<br />

no banana boat, esqui aquático e ski boat.<br />

Também há os esportes em solo, como<br />

vôlei de areia, de praia, de futebol e<br />

tênis (cada hóspede tem direito<br />

a uma hora de tênis grátis<br />

por dia; as demais<br />

são pagas). Também<br />

há várias opções<br />

de passeios<br />

de barco<br />

pela baía;<br />

os mais<br />

longos, com destino às outras bases do<br />

hotel, longe da praia, são feitos de<br />

lancha. O hotel também aluga bicicletas<br />

e carrinhos elétricos, disponibiliza<br />

cavalos para montar e passeios de charrete<br />

pela área do outro lado da estrada.<br />

Ele também promove eventos, como<br />

torneio de Tênis, que aconteceu em<br />

junho, reunindo 150 atletas. Há ainda o<br />

festival de Gastronomia, que é acompanhado<br />

de degustação de vinho, jantares<br />

temáticos, coquetel estilo luau,<br />

happy hour e shows de mágica.<br />

E claro, não poderia faltar o entretenimento<br />

noturno, com música ao vivo no<br />

bar ou no restaurante, e sessões de<br />

https://www.youtube.com/watch?v=aYClk3v1rJ4<br />

cinema. De acordo com Ricardo, no<br />

resort acontecem vários eventos, como<br />

corporativos, lazer, esportivos, além do<br />

oferecimento de pacotes especiais para<br />

feriados prolongados.<br />

https://www.youtube.com/watch?v=aYClk3v1rJ4<br />

“Nosso Reveillon tem programação<br />

com música ao vivo<br />

todas as noites, happy hour<br />

todos os dias, além de várias<br />

atividades de recreação adultas<br />

e infantis, jantares temáticos<br />

todas as noites e ceia seguida<br />

de festa na noite do dia 31 de<br />

dezembro”, diz Ricardo.<br />

LAGOA AZUL - ILHA GRANDE<br />

24 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 25


O buffet de café da manhã, o almoço e o<br />

jantar são servidos diariamente no restaurante<br />

principal do resort, o Escuna. Se<br />

preferir, o cliente pode desfrutar de uma<br />

refeição à beira da piscina, no Restaurante<br />

Pérgola, ou saborear pizzas e crepes na<br />

Pizzaria da Casa.<br />

A alimentação no Portobello merece<br />

grande destaque por sua abundância e<br />

alta qualidade: no cardápio há, em<br />

grande variedade, pratos da gastronomia<br />

nacional e internacional. Há loja de<br />

souvenires, Business Center e recepção<br />

24 horas.<br />

O Portobello esta em 2º lugar entre os 5 melhores resorts avaliados pelo Trip<br />

Advisor, do Brasil, um dos maior site de viagens do mundo, que fornece<br />

informações e opiniões de conteúdos relacionados ao turismo.<br />

Em 1º lugar está o luxuoso e conceituado Club Med Rio Das<br />

Pedras, de Mangaratiba, mas que só tem o heliponto.<br />

Mangaratiba está localizada em uma bela região, com serra e mar, a apenas 100 km do<br />

Rio de Janeiro; possuí mais de 30 ilhas e 100 praias de águas cristalinas, que refletem o<br />

verde da natureza, e às vezes o azul do céu. Está entre as baías da Ilha Grande e de<br />

Sepetiba e bem próxima à Angra dos Reis. A região possui um litoral com bastantes<br />

praias e ilhas, que vão de Conceição de Jacareí, ao lado de Angra, por toda a costa até<br />

Itacuruçá. A enseada é tomada por grandes resorts, que complicam o acesso às praias.<br />

Quem se hospeda nesses hotéis pode se entreter com atividades variadas, e agora com<br />

o aeródromo do Resortt & Safari Portobello. Há a imbatível opção de chegar voando,<br />

seja para uma boa temporada no resort, seja para um voo rápido, para fazer aeronave<br />

pegar um ar, comer uma pizza ou fazer um passeio de lancha. De acordo com Ricardo,<br />

qualquer pessoa, pode chegar voando e passar o dia no resort, bastando, para isso, a<br />

comunicação com antecedência do pouso ao resort. Além de todas as características e<br />

serviços exclusivos, o resort atende a clientes nos idiomas francês, espanhol e inglês.<br />

As reservas podem se feitas online, de modo seguro e prático. Para quem curte<br />

tranquilidade, segurança, natureza, mar, ótima alimentação, tudo isso em<br />

uma mesma área, e ainda quer um local para viajar com as crianças<br />

sem entediá-las, este resort é a melhor opção.<br />

E o melhor! É um lugar onde se pode chegar voando.<br />

26 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 27


Comum nos Estados Unidos, Caribe e<br />

Europa, as vendas de frações estão ganhando<br />

adeptos no Brasil e uma série de atividades<br />

relacionadas a programas de propriedades<br />

compartilhadas nos últimos anos, já<br />

que o declínio imobiliário global tem forçado<br />

as incorporadoras a procurar novas<br />

formas de alavancar suas vendas.<br />

A diferença entre estas duas modalidades<br />

está na natureza de<br />

ambos, pois enquanto o fractional<br />

ownership diz respeito ao direito<br />

real, o timesharing trata de direito<br />

contratual. No primeiro caso, a<br />

pessoa é detentora da propriedade,<br />

ou seja, possui o título do<br />

bem e todos os direitos inerentes à<br />

propriedade, podendo vender o<br />

bem a qualquer tempo e lucrar<br />

com a sua eventual valorização.<br />

Os membros que utilizam do sistema<br />

de fractional ownership possuem<br />

uma fração, ou seja, quotas<br />

de uma entidade que é proprietária<br />

do bem.<br />

Foto Nilton Souza<br />

Foto Nilton Souza<br />

Phenom 300<br />

O timesharing e ownership surgiram na década de 1960. Em um cenário pós-guerra, e<br />

diante a crise econômica, nasce na Europa o instituto do timesharing como meio para<br />

uso compartilhado de casa de férias (vacation home sharing). Posteriormente, no ano<br />

de 1974 o instituto do timesharing aparece nos Estados Unidos por meio da empresa<br />

Caribbean International Corporation que oferecia "licença de uso" de 25 anos (vacation<br />

license) em quartos dos seus resorts. Alguns anos depois, Richard Santuilli lança o conceito<br />

de fractional ownership (propriedade compartilhada) através da NetJets que criou<br />

a possibilidade de pessoas físicas ou jurídicas de adquirirem quotas ou frações de<br />

aeronaves particulares.<br />

Os sócios, então, dividem as despesas<br />

e custos do bem conforme a sua<br />

utilização e podem ainda estipular<br />

uma taxa mensal para cobrir os<br />

custos fixos.<br />

Diferentemente, no instituto do<br />

timesharing, também chamado de<br />

multipropriedade, os adquirentes<br />

são proprietários de "unidades de<br />

tempo" e possuem direito de uso<br />

do bem por uma quantidade de<br />

tempo pré-fixada.<br />

O sistema de timesharing é comumente<br />

utilizado no ramo turístico<br />

por meio de contrato de tempo<br />

compartilhado, bem como de<br />

contrato de adesão a clube ou<br />

programa de férias.<br />

30 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 31


Neste caso o contratante é o<br />

consumidor de uma<br />

prestação de serviço que, na<br />

prática, efetua o pagamento<br />

de uma mensalidade para<br />

usufruir de diárias de<br />

hospedagem em hotéis,<br />

resorts, casas de férias etc. A<br />

utilização dos institutos em<br />

análise é verificada em diver-<br />

sas modalidades como carros<br />

de luxo, aeronaves particulares,<br />

barcos, navios e iates<br />

particulares, casas de<br />

praia/férias e resorts.<br />

Um dos grandes impasses<br />

enfrentados para difundir os<br />

institutos em comento no<br />

território brasileiro é a falta<br />

de regulamentação específica.<br />

O marco regulatório do<br />

timesharing no Brasil se deu<br />

somente em 12 de agosto de<br />

1997 com a edição da Deliberação<br />

Normativa nº 378 pela<br />

qual o Ministério do Turismo<br />

implementou o sistema<br />

de tempo compartilhado<br />

em meios de hospedagem<br />

de turismo.<br />

Posteriormente, o Decreto Federal nº 7.381, de dezembro de 2010, que regulamenta a<br />

Política Nacional de Turismo (Lei 11.771/2008), deu uma definição para o sistema de<br />

timesharing, ou tempo corpartilhado, em seu artigo 28: “Considera-se hospedagem por<br />

sistema de tempo compartilhado a relação em que o prestador de serviço de hotelaria<br />

cede a terceiro o direito de uso de unidades habitacionais por determinados períodos<br />

de ocupação, compreendidos dentro de intervalo de tempo ajustado contratualmente”.<br />

O timesharing está ganhando força e conquistando o mercado hoteleiro no Brasil. Entretanto,<br />

o fractional ownership, ou propriedade compartilhada, seja de aviões, helicópteros,<br />

iates ou automóveis, ainda é pouca explorada em território brasileiro.<br />

Divulgação<br />

Podemos citar alguns motivos por<br />

trás deste fato, como a divergência<br />

sobre a natureza dos dois sistemas<br />

entre direito real e obrigacional,<br />

bem como a falta de regulamentação<br />

específica como já comentado.<br />

A legislação brasileira esta gradualmente<br />

se adaptando, como , a<br />

regulamentação do timesharing<br />

dada pelo artigo 28 do Decreto<br />

Federal nº 7.381. O mercado brasileiro<br />

está crescendo com atuação<br />

de empresas no ramo, como a<br />

Prime Fraction Club, RCI-Resorts e<br />

Búzios International Apart Hotel, o<br />

que torna naturalmente a modernização<br />

da legislação a fim de<br />

atender a essa nova realizada.<br />

Clique para visualizar:<br />

Contrato do código<br />

compartilhamento de bens.<br />

ANAC- Operações de aeronaves<br />

compartilhadas atualizada 2015<br />

A propriedade compartilhada<br />

oferece uma fração da propriedade,<br />

incluindo de lucro ou perda se a<br />

unidade vier a ser, algum dia, vendida.<br />

Os donos de propriedades<br />

compartilhadas também se beneficiam<br />

com a divisão dos custos de<br />

manutenção e impostos. A principal<br />

vantagem deste tipo de empreendimento<br />

fracionado é a praticidade<br />

do uso e a possibilidade de<br />

trocar de destino, pois a maioria faz<br />

parte de programas onde é possível<br />

intercambiar semanas com diversas<br />

residências de luxo e destinos no<br />

mundo todo.<br />

Existem estruturas onde o imóvel é<br />

adquirido diretamente em nome dos<br />

coproprietários e estes passam a integrar a<br />

escritura em conjunto. Em ambos os casos,<br />

é um ativo que pode ser revendido a<br />

qualquer momento.<br />

O investidor pode vender suas cotas diretamente<br />

para terceiros e sem maiores<br />

limitações. Entretanto, algumas empresas<br />

podem convencionar que o investidor<br />

notifique os demais coproprietários para<br />

que possam exercer uma espécie de<br />

direito de preferência na compra da cota<br />

ou ainda, que não será permitida a venda<br />

dentro de determinado período de carência,<br />

por exemplo, no primeiro ou<br />

segundo ano.<br />

A gestão e a manutenção são efetuadas<br />

por terceiros ou pela própria empresa que<br />

cobrará dos proprietários uma taxa<br />

mensal. Existem algumas regras para o<br />

compartilhamento, por exemplo, no caso<br />

de condomínio, onde os cotistas têm a<br />

possibilidade de alugarem ou permitirem<br />

amigos ou familiares usarem por algum<br />

período, mas ficam responsáveis por<br />

qualquer dano no imóvel.<br />

Outra vantagem da propriedade compartilhada,<br />

no caso de imóveis, é que o condomínio<br />

tem todos os serviços de um<br />

hotel cinco estrelas, ou seja, o futuro morador<br />

não terá que se preocupar com a manutenção<br />

da casa, que será feita por uma<br />

equipe especializada, e tampouco com os<br />

serviços diários, como lavar louças, limpar<br />

a casa e arrumar as camas, que serão feitos<br />

pelas camareiras. As casas são entregues<br />

totalmente mobiliadas, decoradas e equipadas<br />

com eletrodomésticos, eletroeletrônicos,<br />

louças, roupas de cama, mesa<br />

e banho de alto padrão e tudo o mais<br />

necessário para uma hospedagem de luxo<br />

e em alguns casos existe a troca de todo<br />

mobiliário a cada período de cinco anos.<br />

32 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 33


Cada cotista possui um número igual de semanas no ano para uso do imóvel. Por exemplo, o<br />

proprietário terá o direito de usar o imóvel até quatro semanas por ano, mediante reserva. O<br />

direito de uso nas épocas de maior procura, como feriados e alta temporada, chamadas de<br />

semanas premium, é definido no momento da compra, conforme uma tabela pré-estabelecida,<br />

e entra em um sistema de rodízio: quem reserva a semana premium de Natal deste ano, por<br />

exemplo, no próximo ano usará a semana premium do Ano Novo, no ano seguinte a da Páscoa<br />

e assim por diante. Ainda, existem estruturas onde o imóvel é adquirido diretamente em nome<br />

dos coproprietários e estes passam a integrar a escritura em conjunto. Em ambos os casos, é<br />

um ativo que pode ser revendido a qualquer momento.<br />

O investidor pode vender suas<br />

cotas diretamente para terceiros<br />

e sem maiores limitações. Entretanto,<br />

algumas empresas podem<br />

convencionar que o investidor<br />

notifique os demais coproprietários<br />

para que possam exercer<br />

uma espécie de direito de<br />

preferência na compra da cota ou<br />

ainda que não seja permitida a<br />

venda dentro de determinado<br />

período de carência, por exemplo,<br />

no primeiro ou segundo ano.<br />

Odebrecht Realizações Imobiliárias<br />

(OR), braço imobiliário<br />

do grupo Odebrecht, acaba de<br />

fechar uma parceria com a RCI,<br />

multinacional norte-americana e<br />

um dos grandes players mundiais<br />

do setor de intercâmbio de férias,<br />

que prevê a comercialização<br />

de imóveis residenciais em<br />

unidades “fracionadas” em um<br />

empreendimento da companhia<br />

localizado na Costa dos Coqueiros,<br />

no litoral norte da Bahia.<br />

” O sonho de ter uma casa na<br />

praia vem sendo substituído no Brasil pelo sonho, perfeitamente<br />

realizável, de comprar a fração de um imóvel,<br />

conceito imobiliário que mais cresce no setor em escala<br />

global e é reconhecido por seu sucesso há mais de 20<br />

anos nos Estados Unidos e na Europa.<br />

Reconhecida por seus projetos diferenciados, a Odebrecht<br />

Realizações Imobiliárias (OR) lançou em 2010.<br />

O Quintas Private Residences, localizado em Sauípe,<br />

litoral norte baiano, o condomínio reúne casas de alto<br />

padrão com acesso a serviços exclusivos de um hotel<br />

cinco estrelas.<br />

As casas foram desenvolvidas por renomados arquitetos –<br />

como André Sá, Francisco Mota, David Bastos, Henri-Michel<br />

de Fournier e Fernando Peixoto – com estruturas que<br />

remetem ao modernismo e simplicidade. Todos os modelos<br />

de casas possuem quatro suítes, deck, piscina e<br />

espaço gourmet, em um espaço de aproximadamente<br />

300m². À disposição, um conjunto de serviços personalizados,<br />

com central de locação e pay-per-use.<br />

O maior diferencial, porém, está no fato de o empreendimento<br />

ser comercializado no inovador sistema fracionado,<br />

no qual os proprietários adquirem frações de uma<br />

casa e utilizam 4 semanas em formato de rodízio anual de<br />

datas. Este modelo proporciona mais praticidade, segurança<br />

e economia para os proprietários. Tem garantia de<br />

hospedagem de alto padrão, não apenas no Brasil, mas<br />

em diversos países do mundo”, explica assessoria da OR.<br />

De acordo com a OR, o Quintas Private é o único empreendimento da América do Sul classificado<br />

como padrão ouro, o que representa uma boa performance no modelo de pontuação<br />

da rede internacional de intercâmbio de férias com a marca de luxo da RCI, o “The Registry<br />

Collection”. Uma semana no Quintas Private equivale a 15 dias em um hotel cinco estrelas em<br />

Orlando, na Flórida ou 15 dias em um hotel do mesmo padrão na Toscana, um dos destinos<br />

mais desejados do momento.<br />

No Brasil é segundo mercado de aviação executiva no planeta e por aqui a aviação executiva<br />

compartilhada já é destaque. No Brasil a propriedade compartilhada ganha cada vez mais<br />

adeptos. Com os negócios aquecidos,<br />

os empresários buscam independência<br />

em relação à aviação<br />

regular para cumprir sua agenda<br />

com agilidade. Mas aeronaves<br />

envolvem uma logística onerosa.<br />

São despesas com manutenção,<br />

hangaragem, seguro, leasing e<br />

tripulantes. Custos que podem se<br />

otimizados com o uso compartilhado.<br />

Mas, quem voa mais de 30<br />

horas por mês, vele a pena considerar<br />

a comprada sua própria<br />

aeronave e arcar com todo o uso.<br />

Os proprietários de aeronaves<br />

compartilhadas adquirem uma<br />

cota de uma aeronave especifica.<br />

O interesse pode estar em uma<br />

aeronave nova, ou pode selecionar<br />

uma aeronave com cotas<br />

disponíveis em nossa frota. O valor<br />

da cota é definido com base na<br />

avaliação das rotas regulares e no<br />

número de horas que o proprietário<br />

voa. Em um proprietário que<br />

adquire uma cota estará economizando<br />

uma fração dos custos totais,<br />

tornando os valores compatíveis<br />

com sua utilização.<br />

Foto Nilton Souza<br />

As taxas para aeronave compartilhada são: Custo de<br />

Capital, onde os proprietários de aeronaves compartilhadas<br />

devem comprar uma cota de determinada<br />

aeronave, que representa uma fatia mínima de 15%<br />

(aviões) ou 10% (helicópteros) da mesma; Gerenciamento<br />

Mensal, aqui é cobrada uma taxa mensal de<br />

administração, que já cobre os custos fixos operacionais<br />

da aeronave. Incluindo: o seguro obrigatório completo,<br />

hangaragem, despacho, serviços ao cliente, salários<br />

e treinamentos dos pilotos, serviço de gerenciamento<br />

e serviços de rastreamento da aeronave; Custos<br />

Variáveis aqui são cobrados o valor das despesas<br />

da tripulação, do combustível utilizado e das taxas<br />

de pouso.<br />

Na Prime Fraction Club, uma das empresas que oferecem<br />

vendas compartilhadas, por exemplo, há três<br />

níveis de custo: o custo de propriedade, que representa<br />

a aquisição da fração; o custo fixo, que faz frente às<br />

despesas corriqueiras; e os custos variáveis, que cobrem<br />

gastos com combustível e provisões de manutenção,<br />

pago por cada usuário na proporção de sua utilização<br />

em horas, contado minuto a minuto.<br />

O perfil do usuário muda de uma operadora para outra.<br />

O perfil dos cotistas do Prime é de empresários, profissionais<br />

liberais, artistas, escritórios de advocacia e<br />

empresas. Dentre os cotistas do Prime 1% é formado por<br />

mulheres. Elas estão em busca de economia, segurança,<br />

comodidade e serviço Premium. As aeronaves são<br />

usadas, tanto para trabalho quanto para lazer.<br />

36 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 37


A frota da Prime inclui as aeronaves<br />

executivas Phenom 100 e o Phenom<br />

300, além dos helicópteros modelos<br />

Esquilo B2, Esquilo B3, Agusta Power e<br />

Agusta Grand. O cotista Prime paga o<br />

equivalente a 1/3 do valor da aeronave<br />

para aviões e 1/5 para helicópteros,<br />

de acordo com assessoria da<br />

empresa. Os cotistas de aeronaves<br />

executivas têm disponíveis até 25<br />

horas/mês de voo, podendo buscar 5<br />

horas de voo do mês anterior e /ou<br />

posterior, caso tenha necessidade. Na<br />

Prime os valor para Cota da aeronave<br />

Embraer Phenom 300, que é limitado<br />

a três cotistas são: valor da cota: US$<br />

2.315.120,00; taxa fixa por mês de R$ 54.167,85 e<br />

taxa variável por hora de R$ 5.059,83. Os valores<br />

para o helicópitero Esquilo AS 350 B3E, com número<br />

de cotas de até 5, tem disponibilidade ao mês de<br />

até 25 horas, valor da cota de US$ 431.300,00, taxa<br />

fixa por mês / cota: R$ 15.667,32 e taxa variável por<br />

hora de R$ 2.134,80.<br />

No Prime Fraction Club é um jeito novo de se ter<br />

aviões, helicópteros, iates e automóveis. É a propriedade<br />

compartilhada. Isso quer dizer que o mesmo<br />

bem é adquirido em frações por alguns proprietários<br />

e usado por cada um deles em diferentes datas. A<br />

Prime Fraction Club não só vende como administra<br />

e coordena a utilização dos bens entre os associados.<br />

Cada proprietário tem uma fração de uma<br />

empresa que é proprietária do bem.<br />

Divulgação<br />

Quando o cliente compra<br />

um bem compartilhado,<br />

pode escolher horas ou<br />

dias de uso, dependendo<br />

do tipo de bem. Para otimizar<br />

o investimento e viabilizar<br />

o uso de todos os bens,<br />

a Prime Fraction Club<br />

elaborou uma fórmula que,<br />

tomando em conta o valor<br />

dos bens, o valor das taxas<br />

fixas, a quantidade de<br />

participantes no bem e a<br />

quantidade de horas ou<br />

dias de que dispõe, equaliza<br />

bens diferentes. Essa<br />

fórmula informa o tempo<br />

não utilizado em seu<br />

próprio bem que poderá se<br />

transformar em utilização<br />

de outros bens. Dessa<br />

forma, alguém se beneficia<br />

do tempo não utilizado<br />

pelos sócios de determinado<br />

bem, que se beneficia<br />

do tempo não utilizado<br />

pelos outros proprietários.<br />

Como os bens têm valores<br />

bastante diferentes, é<br />

natural que os direitos e as<br />

facilidades para a utilização<br />

mútua ofereçam vantagens<br />

maiores aos proprietários<br />

de bens de maior valor,<br />

que terão mais facilidade<br />

de acesso a bens de menor<br />

valor do que o seu inverso.<br />

Divulgação<br />

Esses sócios pagam uma taxa mensal fixa que cobre os custos fixos. E cada proprietário paga<br />

individualmente os custos de acordo com a utilização. Com a Prime Fraction Club “menos é<br />

mais”. Com investimento e custos fixos menores, os associados têm à disposição mais do que<br />

uma propriedade exclusiva, têm opções de bens. O Prime mantém, ainda, um programa de<br />

gestão de bens para proprietários que, pela frequência de utilização, não desejam o uso compartilhado.<br />

Esses proprietários se beneficiam da possibilidade de utilização das demais aeronaves<br />

da frota, nas ocasiões em que suas aeronaves ou os seus veículos estão indisponíveis por<br />

qualquer razão. Esses mesmos bens também servem como “backup” daqueles em compartilhamento,<br />

em caso de eventual conflito de horários. Assim, todos se beneficiam.<br />

Na Prime o cliente proprietário de determinado ativo é chamado Proprietário Original (PO)<br />

em relação ao próprio ativo. Todos os proprietários são chamados Proprietários do Prime<br />

Club (PPC) em relação a todos os demais ativos do Prime Club.<br />

A empresa Prime Fraction Club, foi fundada em outubro de 2009 pelo empresário Marcus<br />

Matta, na qual é o presidente. A empresa tem como parceiro o fundo Patrimonial Blue, que<br />

é gerido pela Planner Corretora. Sediada em São Paulo, tem uma base operacional em<br />

Congonhas -SP e outra no Rio de Janeiro - RJ. A Prime é a única empresa, no Brasil, nesse<br />

do segmento de propriedade compartilhada que reúne vários tipos de ativos e possibilita o<br />

intercâmbio de uso entre eles.<br />

38 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 39


O compartilhamento de aeronaves particulares é uma forma de cortar despesas sem ter que<br />

abrir mão do serviço. Para quem usa a aviação executiva como ferramenta de trabalho, mas<br />

ainda não voa com muita frequência, dividir as despesas operacionais é uma forma de racionalizar<br />

o investimento e ter os mesmos benefícios, por menos custo. Mas, antes de decidir,<br />

pesquise bastante sobre o histórico da empresa e procure entender a fundo o modelo de operação,<br />

preferencialmente consultando especialistas em aviação. O compartilhamento de bens e<br />

serviços é uma realidade. É mais uma opção para quem quer ir além do tradicional é ter os<br />

melhores serviços de modo mais prático.<br />

Divulgação<br />

O Honda Jet alcança as maiores<br />

altitudes, é silencioso e o mais<br />

econômico na sua categoria. Ele<br />

incorpora muitas inovações<br />

tecnológicas no design de<br />

aviação, como a configuração<br />

OTWEM (Over-The-Wing Engine<br />

Mount), a qual melhora expressivamente<br />

o desempenho e a<br />

economia de combustível,<br />

reduzindo o arrasto aerodinâmico.<br />

O OTWEM também reduz o<br />

ruído na cabine, minimiza o<br />

ruído detectado em solo e<br />

permite que a cabine seja a mais<br />

espaçosa da categoria, tem<br />

maior capacidade para bagagem<br />

e um lavatório privativo totalmente<br />

equipado.<br />

A aeronave é movida por dois<br />

motores a jato GE Honda HF120<br />

altamente econômicos. É equipada<br />

com o mais sofisticado<br />

painel de voo digital (glass flight<br />

deck), disponível em qualquer<br />

jato executivo leve, um Honda<br />

Garmin® G3000 personalizado de<br />

última geração e um sistema de<br />

aviônicos totalmente digital,<br />

composto por três monitores de<br />

14 polegadas em formato paisagem<br />

e controladores de tela de<br />

toque duplo.<br />

Esta é a primeira aeronave comercial da<br />

Honda, uma conceituada empresa de veículos<br />

terrestres que agora busca conquistar,<br />

com o mesmo sucesso, o espaço aéreo com<br />

suas belas aeronaves que podem ser adquiridas<br />

pelo meio mais econômico do memento,<br />

o compartilhamento.<br />

E, para quem gosta de velocidade e alta<br />

tecnologia o jato Honda Jet HA-420 da<br />

Honda Aircraft Company, uma subsidiária<br />

integral da American Honda Motor Co., Inc.<br />

estará disponível no Brasil, em 2017, pela<br />

Líder Aviação, representante oficial, e estará<br />

disponível no estilho de venda Ownership<br />

(compartilhada). Fundada em 2006, a Honda<br />

Aircraft, sediada na Carolina do Norte, tem<br />

mais de 20 anos de pesquisa em inovação e<br />

desenvolvimento aeronáutico.<br />

A Líder Aviação, no programa de compartilhamento<br />

de aeronaves, oferece contratos de 1 a 5<br />

anos e a entrada imediata, assim não há necessidade<br />

de o cliente aguardar a adesão de outros<br />

cotistas para começar a voar. A Líder Aviação,<br />

além da venda exclusiva, oferece o serviço no pós<br />

venda como assistência técnica ao Honda Jet.<br />

O jato Honda Jet HA-420 é uma aeronave leve e<br />

uma das mais avançadas do mundo, com as<br />

melhores vantagens de desempenho, conforto,<br />

qualidade e eficiência.<br />

Jatos Honda Jet HA-420<br />

40 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 41


Fundado<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Perfil de Marcus Matta<br />

O executivo iniciou sua vida profissional em 1991, em<br />

uma papelaria. Neste mesmo ano, seguiu para a<br />

Mitsubishi Brabus, atual Mitsubishi Motors Brasil,<br />

onde começou como office boy e passou por diversos<br />

departamentos – peças, administrativo e comercial.<br />

Foi quando conheceu Ubirajara Guimarães, que o<br />

convidou a participar da operação da Audi no Brasil,<br />

em 1994, onde atuou no marketing e no comercial<br />

junto aos concessionários da marca. Posteriormente,<br />

recebeu uma proposta do Grupo Projeto, que contava<br />

com quatro concessionárias, onde atuou na área<br />

de vendas e comercial entre os anos 1997 e 2002.<br />

A entrada no mercado de aviação foi em 2002, a<br />

convite de um diretor do Grupo Projeto, que o convidou<br />

a participar da reestruturação da área comercial<br />

da Heli Solutions. Após uma experiência de nove<br />

anos na empresa, Matta vislumbrou a possibilidade<br />

de abrir um negócio que envolveria não apenas o<br />

mercado de aviação, mas o segmento de luxo.<br />

O empresário, então, fundou em outubro de 2009, a<br />

Prime Fraction Club, da qual é o presidente. A empresa<br />

tem como parceiro o fundo Patrimonial Blue, que é<br />

gerido pela Planner Corretora.<br />

Ele comanda a pioneira e única empresa do segmento<br />

de propriedade compartilhada que reúne vários<br />

tipos de ativos e possibilita o intercâmbio de uso<br />

entre eles. Nesse sistema, um grupo de duas a cinco<br />

pessoas compartilham a propriedade de um<br />

determinado bem, tendo o direito de utilizar o avião, o helicóptero, o barco ou carro por um determinado<br />

número de horas ou dias. A empresa conta hoje com 14 ativos compartilhados, cujo valor é<br />

estimado em cerca de R$ 180 milhões. Isso demonstra que o compartilhamento de bens chegou<br />

com muita força ao mercado de luxo e ao segmento empresarial para transporte de executivos. O<br />

público do Prime são pessoas de alto poder aquisitivo ou empresas que perceberam as vantagens<br />

de compartilhar bens de luxo como forma de reduzir custos e evitar prolongados períodos de<br />

ociosidade. Nesse sistema, o investimento torna-se menor, mais racional e produtivo, além de<br />

eliminar tarefas como a gestão das aeronaves.<br />

1) Como é a atuação do Prime no mercado<br />

em que atua?<br />

A Prime Fraction Club atua no segmento<br />

de propriedade compartilhada de aviões,<br />

helicópteros, embarcações e carros<br />

esportivos. Nesse modelo o mesmo bem<br />

é adquirido em frações por alguns proprietários<br />

e usado por cada um deles em<br />

diferentes momentos. A empresa<br />

também mantém programa de gestão<br />

para aqueles que desejam profissionalizar<br />

a administração do seu ativo, de<br />

forma a reduzir custos, como combustível,<br />

seguro, etc. Contamos hoje com<br />

14 ativos compartilhados, cujo valor é<br />

estimado em cerca de R$ 180 milhões.<br />

Estamos sediados em São Paulo com<br />

nossa sede administrativa em Alphaville,<br />

uma base operacional em Congonhas e<br />

outra no Rio de Janeiro.<br />

2)Com que categoria de bens<br />

iniciou a Prime?<br />

Aero Boero<br />

A Prime iniciou-se pelos aviões da<br />

família Phenom 100 e 300, compartilhados<br />

em 3 cotas, onde cada quota da<br />

direito a 25 horas por mês com facilidade<br />

da aquisição com pequena entrada<br />

e o saldo financiado pelo BNDES.<br />

Depois ampliamos para Helicópteros<br />

Agusta, hoje Leonardo. Fomos para<br />

barcos e por último para veículos.<br />

3) Quem é responsável pela viabilidade<br />

do financiamento, a Prime<br />

ou o cliente?<br />

A aprovação do financiamento é toda<br />

feita pela Prime, nós fizemos todo o<br />

levantamento do cotista interessado,<br />

aprovamos o cadastro dentro das<br />

normas e regras da empresa e legais<br />

do país. Tendo ele passado na triagem<br />

e aceito como perfil adequado de<br />

cliente, damos início à aprovação do<br />

financiamento e entregamos toda a<br />

documentação e completa e aprovada<br />

ao cotista. Temos a comodidade e<br />

segurança Prime aos nossos clientes.<br />

4) Como é feito o compartilhamento<br />

dos bens?<br />

Cada uma das quatro categorias da<br />

empresa têm sua forma de compartilhamento,<br />

porque cada uma segue seu<br />

perfil de cliente e de usabilidade. Se o<br />

cliente quiser mais de uma categoria é<br />

feito uma negociação e contrato para<br />

cada uma. Respeitamos sempre o gosto<br />

e a necessidade do cliente.<br />

No Prime Aeronaves as mesmas são<br />

compartilhadas por até três cotistas de<br />

jatos e por quatro ou cinco cotistas de<br />

helicópteros, que adquirem uma fração<br />

do bem e têm o direito de desfrutá-lo<br />

por determinadas horas ao mês.<br />

44 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 45


obra qualificada. Em uma aeronave de 10 milhões, o cliente só investe 3.3 milhões. Se aplicar<br />

a diferença, com os juros do capital dos 6,7 milhões que deixou de investir, ele paga a conta,<br />

sobra um valor no mês e o capital investido. As vantagens financeiras e operacionais são<br />

muito grandes.<br />

7) A Prime trabalha com a modalidade<br />

de 25 horas mês para uma aeronave e<br />

se o cliente precisa de 40 horas mês,<br />

como atende esse cliente e ainda vale a<br />

pena ser quotista?<br />

Os clientes escolhem quando querem voar.<br />

No sistema de operação do Prime Yachts, até<br />

quatro associados adquirem uma fração da<br />

embarcação e cada um dos cotistas tem o direito<br />

de desfrutá-la por até dez semanas ao ano. Os<br />

clientes escolhem as semanas de sua preferência,<br />

informando a prioridade de suas escolhas.<br />

O Prime Cars oferece ao mercado o compartilhamento<br />

de carros de marcas como Porsche, Maserati,<br />

BMW e Jaguar. E, no sistema de operação da<br />

empresa, cada associado adquire uma fração do<br />

carro desejado e tem o direito de desfrutá-lo<br />

durante duas semanas ao mês.<br />

5) Porque a decisão de criar a Prime em um<br />

mercado de luxo?<br />

Eu estudei muito o mercado de compartilhamento<br />

nos EUA, Europa e Ásia. Nesses estudos percebi<br />

que tínhamos uma oportunidade de negócios<br />

para o Brasil, em relação à tendência mundial.<br />

Existia uma possibilidade e um jeito inteligente<br />

de ter seus bens com gasto menor e sem se<br />

preocupar com gestão,<br />

manutenção, piloto, etc. Na Prime o<br />

cliente tem apenas que se preocupar<br />

com o dia e hora que vai voar.<br />

Nós cuidamos dos detalhes, nós<br />

gerimos e o cliente passa a ter um<br />

bem 365 dias por ano, sem complicação,<br />

sem preocupações e gastando<br />

menos.<br />

6) Quais as diferenças que você<br />

oferece em relação a ter uma<br />

cota na Prime ou ter uma<br />

aeronave de forma particular?<br />

Divulgação<br />

Gestão dos riscos e problemas<br />

operacionais, uma aeronave a<br />

disposição 365 dias por ano, independente<br />

da manutenção, gasto<br />

menor, investimento menor e a<br />

tranquilidade de que sempre terá o<br />

bem à sua disposição, não se<br />

preocupa com responsabilidade<br />

trabalhista, pois oferecemos mão de<br />

Sala VIP<br />

Sim, com certeza! Temos empresas que<br />

têm essa necessidade, como atender a<br />

isso? Oferecemos duas quotas de<br />

aeronaves diferentes, uma aeronave<br />

maior e uma aeronave menor. Isso substitui<br />

o problema de ter uma única<br />

aeronave, o que dificulta a mobilidade.<br />

Nessa modalidade o cliente utiliza uma<br />

aeronave para uma distância pequena<br />

Aero Boero<br />

uma aeronave menor, para uma distância<br />

maior e com equipe maior a transportar<br />

ele vai com a aeronave maior. Ele pode<br />

estar com as duas aeronaves operando<br />

ao mesmo tempo. E o investimento e<br />

gasto com essas duas cotas são menores<br />

do que com uma única aeronave própria,<br />

considerando inclusive, o diferencial de<br />

mobilidade. Com a aeronave própria para<br />

manutenção, por exemplo, o cliente está<br />

a pé. Com a Prime sempre tem duas<br />

aeronaves à disposição.<br />

8) Vocês estão fazendo investimentos em<br />

momento de crise econômica no País, 53<br />

milhões no Rio de Janeiro em março de<br />

2016 e agora em setembro 1 milhão aqui<br />

onde estamos em Congonhas, a crise<br />

ajudou no crescimento da Prime?<br />

A crise nos ajudou a manter o crescimento.<br />

Ela não potencializou, nem reduziu o<br />

momento é propicio para o investimento,<br />

porque o momento do mercado sinaliza<br />

Divulgação<br />

quê, quem estiver preparado sairá<br />

mais forte na volta ao mercado. Estamos<br />

visando o curto e médio prazo.<br />

Nossos investimentos não são<br />

somente para crescer, mas também<br />

para atender melhor nossos clientes.<br />

Aqui em Congonhas investimos em<br />

atendimento, comodidade e redução<br />

de custo ao cliente. Temos caso em<br />

que estamos economizando 38 mil<br />

mensais, em média, do pacote devido<br />

à inteligência do deslocamento. A<br />

aeronave não precisa sair do Campo<br />

de Marte, vir até Berini, vir a Congonhas<br />

deixar o cliente e voltar para o<br />

Campo de Marte. Esse foi um dos<br />

grandes benefícios que trouxemos ao<br />

nosso cliente. Não podemos só olhar<br />

os números da Prime, temos que olhar<br />

o número do cliente, o que podemos<br />

fazer para ele ter melhor atendimento<br />

e com redução de custo. Hoje há<br />

muitas aeronaves, no mercado, à<br />

venda. Nós não vendemos nenhuma,<br />

pelo contrário, fizemos novos investimentos<br />

em novos bens, contratamos<br />

funcionários, investimentos no Rio de<br />

Janeiro e aqui em Congonhas.<br />

46 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 47


9) Qual é o principal foco da Prime nesse<br />

momento?<br />

Nosso foco é fazer com que o cliente<br />

tenha mais com menos e se sinta o verdadeiro<br />

dono da aeronave. É raríssimo o<br />

cliente não voar na sua aeronave. Nossa<br />

preocupação não é na quantidade, e sim<br />

na qualidade. Somos pioneiros no mercado.<br />

O primeiro avião da América do Sul<br />

que foi compartilhado foi um nosso.<br />

Somos a maior frota de Phenom no<br />

mundo com perfil compartilhado.<br />

10) Como é o perfil do seu cliente,<br />

distribuído nas categorias de produtos<br />

geridos e compartilhados pela Prime ?<br />

São pessoas físicas, profissionais liberais e<br />

grandes empresas. Isso segue entre os<br />

quatro segmentos da empresa, que estão<br />

muito bem distribuído.<br />

Esquilo AS 350 B3E<br />

Número de cotas: 05<br />

Disponibilidade ao mês: 25 horas<br />

Valor da cota: US$ 431.300,00*<br />

Taxa fixa / mês / cota: R$ 15.667,32**<br />

Taxa variável / hora: R$ 2.134,80**<br />

* Valor FOB – impostos e juros inclusos no financiamento<br />

** Valores sujeitos a alteração (câmbio, combustível,<br />

etc) / hora contabilizada com turbina ligada.<br />

Agusta Grand<br />

Número de cotas: 05<br />

Disponibilidade ao mês: 25 horas<br />

Valor da cota: US$ 678.200,00**<br />

Taxa fixa / mês / cota: R$ 36.175,96**<br />

Taxa variável / hora: R$ 3.457,34**<br />

* Valor FOB – impostos e juros inclusos no financiamento<br />

** Valores sujeitos a alteração (câmbio, combustível,<br />

etc) / hora contabilizada com turbina ligada.<br />

Agusta Grand<br />

11) Qual o investimento mínimo de cada<br />

categoria compartilhada?<br />

Cada categoria segue seu perfil de investidor<br />

e preço do bem. Veja alguns exemplos<br />

para se tornar um cliente compartilhado<br />

Prime:<br />

JATOS EXECUTIVOS:<br />

Cota do Phenom 100, limitado a três<br />

cotistas:<br />

Valor da cota: US$ 820.435,50*<br />

Taxa fixa / mês / cota: R$ 38.329,76**<br />

Taxa variável / hora: R$ 3.401,21**<br />

* Valor FOB – impostos e juros inclusos no financiamento<br />

** Valores sujeitos a alteração (câmbio, combustível,<br />

etc) / hora contabilizada com turbina ligada.<br />

HELICÓPTEROS (Esquilo B3 e o Agusta<br />

Grand A109S):<br />

EMBARCAÇÕES<br />

Intermarine 54<br />

Número de cotas: 05<br />

Disponibilidade ano: 10 semanas de 05<br />

dias<br />

Valor da cota: R$ 1.275.000,00**<br />

Taxa fixa / mês / cota: R$ 7.165,51*<br />

Taxa variável / hora: R$ 1.222,94**<br />

* Valor sujeito a alteração (câmbio, combustível, etc)<br />

** O valor já inclui opcionais e carreta<br />

CARROS<br />

Grupo 08<br />

Número de cotas: 04<br />

Disponibilidade mês: 02 semanas de 05<br />

dias<br />

Valor da cota: R$ 283.972,62<br />

Taxa variável: Combustível<br />

12) Quais seus diferenciais em relação a<br />

concorrência?<br />

Primeiro, ser Prime, significa exclusividade,<br />

não ter um avião dividido em 6, 7<br />

pessoas, o que traz uma disponibilidade<br />

menor sem exclusividade do seu bem. No<br />

nosso modelo o cliente tem de fato e de<br />

direito a propriedade do ativo. Nossa<br />

transparência é muito grande. Cada ativo<br />

tem sua vida financeira independente,<br />

seu centro de custo, não se mistura com<br />

outros bens compartilhados. Trabalhamos<br />

com menos para entregar mais.<br />

Temos uma agenda aberta para<br />

aeronave, liberdade de ir e vir. Trabalhamos<br />

com valor real do mercado dos<br />

ativos. Você sabe quando vale sua<br />

aeronave de fato e por quanto ela pode<br />

ser vendida. Nossos ativos são todos<br />

nacionalizados e cumprimos todos os<br />

requisitos legais exigidos.<br />

13) Quem é o responsável pelo ativo<br />

operacionalmente?<br />

Sala VIP<br />

O responsável é a Prime. A propriedade<br />

é do cliente. Temos relatórios e histórico<br />

mensal sobre o bem que é apresentado<br />

ao cliente.<br />

14) Caso o cliente queira se desfazer da<br />

cota, isso é possível? Quem cuida<br />

disso?<br />

Sim! É possível! Nós cuidamos! Informamos<br />

aos demais cotistas que estamos<br />

colocando uma das cotas à venda e<br />

vamos ao mercado buscar a sucessão.<br />

Funciona igual à venda de um apartamento,<br />

você sai quando encontrarmos<br />

outro cliente adquirente.<br />

48 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 49


15) Qual o seu plano de expansão?<br />

Queremos expandir e estamos estudando<br />

algumas possibilidades e regiões, teremos<br />

mais três unidades até 2018, mas não<br />

temos definido, porque os estudos não<br />

estão concluídos para nos dizer, de fato,<br />

quais são as melhores opções.<br />

16) Tem pretensão de expandir para<br />

outro países?<br />

Temos! Mas isso não está em questão<br />

agora, primeiro temos que consolidar<br />

nossa operação no Brasil, não consigo,<br />

hoje, dizer para você quando e nem para<br />

onde.<br />

17) Qual o mínimo de cliente para abrir<br />

uma nova unidade?<br />

Não falamos de mínimo! O que faz estar é<br />

o estudo da viabilidade, aí nós investimos<br />

na frente com a frota e estrutura que<br />

necessitamos para iniciar essa nova<br />

unidade.<br />

18) Quais são suas dores como presidente<br />

e gestor da Prime?<br />

Brasil está entre os três melhores países do<br />

mundo para viver e empreender, mas<br />

precisa pensar na infraestrutura, na educação,<br />

na melhoria de vida das pessoas.<br />

Não resolve dar credito para as pessoas se<br />

não der infraestrutura, vende carro para<br />

todos, mas não tem mobilidade, isso cria<br />

problema e não solução. Nossos gestores<br />

pensam muito no hoje, e não pensam na<br />

gestão de médio e longo prazo. Isso é o<br />

nosso calo que não nos deixa desenvolver.<br />

19) Como você vê a mão de obra no<br />

Brasil? Como você cuida disso na Prime?<br />

Nós treinamos as pessoas, nos temos profissionais<br />

bons para serem lapidados e<br />

deixá-los qualificados para o nosso negócio.<br />

É difícil para uma empresa formar seu<br />

profissional, mas quando implantando esse<br />

processo, você consegue um resultado<br />

melhor. Hoje temos uma excelente equipe,<br />

estamos bem equilibrados, em todos os<br />

setores.<br />

20) E a legislação brasileira atrapalha o<br />

desenvolvimento dos seus negócios?<br />

Hangar Base Rio<br />

Atrapalha muito não só a Prime, mas todo o<br />

mercado. Temos hoje tv, celular, música, tudo<br />

na palma da mão, mas nossa legislação está<br />

atrasada. Precisa ser revista, está igual nossa<br />

infraestrutura, totalmente atrasada. Precisamos<br />

revolucionar nosso país, precisamos de<br />

reforma trabalhista, tributária, política e<br />

financeira.<br />

Hoje a lei facilita a malandragem, para cobrar<br />

um devedor demora 5 a 10 anos, se não fizer<br />

acordo não consegue e como ele sabe dessa<br />

vantagem, ele joga com isso.<br />

No Brasil tudo o que se planta dá, não tem<br />

terremoto, tem um ótimo clima, mas as leis<br />

não ajudam. Como pode pagar 360% de<br />

juros ao ano em cheque especial, como o<br />

pobre pode pagar 12% ao ano em um financiamento<br />

de imóvel, não vai dar conta de<br />

pagar isso. O Brasil tem que pensar na parte<br />

baixa da pirâmide, ela precisa ser invertida.<br />

Aero Boero<br />

Quem compra avião paga 3,5% aa, enquanto<br />

o pobre paga 12% aa para comprar a moradia.<br />

O que tem poder aquisitivo pode pagar<br />

os 12, mas o pobre tem que pagar 3,5%.<br />

Precisamos educar o povo, dar possibilidade<br />

de aprender educação financeira, a lidar com<br />

as coisas básicas do dia-a-dia. Temos<br />

que buscar exemplos em outros países,<br />

ver como eles fizeram, mudaram e ver<br />

o que pode ser feito aqui.<br />

Nos últimos anos podemos comparar<br />

o Brasil com os prédios da Encol, que<br />

foram construídos com a areia da praia.<br />

Sem pensar na infraestrutura, sem<br />

estruturas, sem as leis, sem dar base<br />

sustentável para o Brasil crescer, aí<br />

desmoronou.<br />

21) Uma mensagem sua para atuais e<br />

futuros Primes.<br />

Para os atuais Primes, com sempre,<br />

estaremos pensando em vocês, fazendo<br />

mais por menos com dedicação e<br />

responsabilidade. E para os que virão,<br />

venha ser feliz como é nos EUA, Europa<br />

e Ásia. Venha para onde pode fazer<br />

mais com menos, sem dor de cabeça,<br />

sem se preocupar com aquilo que não<br />

é seu negócio, nos faremos isso por<br />

você, para teres mais com menos e<br />

deixar você focar no seu negócio.<br />

A nossa instabilidade política que nos traz<br />

alto e baixo, isso não nos permite crescer<br />

mais rápido. Nossa infraestrutura é muito<br />

ruim, não temos algo adequado para a<br />

aviação executiva no país. Isso poderia<br />

ajudar muito, também na aviação comercial<br />

e regional. O aeroporto para aviação<br />

executiva deveria estar separado da<br />

comercial, assim uma não atrapalharia a<br />

outra. Falta suporte das autoridades e dos<br />

órgãos competentes. O Brasil precisa<br />

desenvolver muito a infraestrutura de<br />

todas as áreas. Precisamos mudar nossa<br />

política de desenvolvimento. Para mim o<br />

50 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 51


Na edição anterior da Aviação & <strong>Mercado</strong> falamos do Seguro Aeronáutico para aviação<br />

geral, mostramos o jeito correto de fazer a contratação.<br />

O Seguro de Casco aeronáutico<br />

O Seguro de Casco Aeronáutico garante proteção ao casco do avião, além de seus motores e equipamentos.<br />

(spare parts) A proteção ao casco é contratada na modalidade All Risks, que podemos entender que todos os<br />

riscos que possam causar danos à aeronave estão cobertos, exceto os explicitamente excluídos na apólice.<br />

Portanto, fique de olho e analise muito bem o que está contratando.<br />

O Seguro Casco, também chamado Aditivo A,<br />

garante cobertura contra acidentes, quaisquer<br />

que sejam as causas e atos danosos praticados por<br />

terceiros, que afetem o casco, motores e os aviônicos,<br />

exceto os riscos excluídos na apólice.<br />

O valor indenizado vai até o limite máximo da<br />

importância segurada da própria aeronave, deverá<br />

estar incluso:<br />

a) Danos materiais causados à aeronave em<br />

decorrência de um risco coberto;<br />

b) As despesas de socorro e salvamento da<br />

aeronave sinistrada, quando forem necessárias e<br />

devidamente comprovadas.<br />

Divulgação<br />

O seguro de casco aeronáutico é negociado caso<br />

a caso, entre o proprietário ou operador da<br />

aeronave e a seguradora por intermédio de um<br />

corretor de seguros. Portanto, devido à grande<br />

diversidade de aeronaves e empresas do ramo,<br />

as coberturas são escolhidas e contratadas<br />

conforme as características das operações e uso<br />

de cada equipamento.<br />

Alguns exemplos de riscos cobertos no Seguro<br />

de Casco Aeronáutico:<br />

a) Perdas ou danos à aeronave causados por<br />

acidentes. Esses eventos podem ocorrer em voo,<br />

Sala VIP<br />

se contratada a cobertura para voo, ou em solo, quando<br />

estacionada ou rebocada, se contratada as duas coberturas<br />

nesses moldes. Mais uma vez frisamos que é muito<br />

importante e necessário ler muito bem o que está sendo<br />

contratado e descrito na apólice;<br />

b)Atos danosos praticados por terceiros;<br />

c)Furto ou roubo total da aeronave ou seu desaparecimento;<br />

d) Despesas de socorro e salvamento da aeronave,<br />

quando estritamente necessários e devidamente comprovados.<br />

Os riscos excluídos no Seguro de Casco e seus componentes<br />

Aqui, encontram-se os maiores problemas para o segurado<br />

no momento que precisar fazer uso de sua apólice de<br />

seguro para indenizar os riscos e perceber que tem uma<br />

lista enorme que estão fora das suas coberturas contratadas,<br />

seguem alguns exemplos:<br />

a) Perda, destruição ou dano de quaisquer bens materiais,<br />

prejuízo ou despesa emergente, ou ainda qualquer<br />

dano consequente, além de qualquer responsabilidade<br />

legal devido a material nuclear;<br />

b) Perdas ou danos por terremotos e outras convulsões<br />

da natureza, a não ser que a aeronave esteja em voo ou<br />

manobra;<br />

c) Lucros cessantes e danos emergentes resultantes da<br />

paralisação da aeronave, mesmo em consequência de<br />

risco coberto pela apólice contratada;<br />

d) Estragos mecânicos e quebras;<br />

e) Desgaste normal e depreciação pelo uso;<br />

f) Roubo ou furto de peças, acessórios e equipamentos<br />

da aeronave;<br />

g) Acidentes causados por pessoa sem a devida habilitação<br />

para pilotar;<br />

h)Tentativas de pouso e decolagem em lugares que não<br />

sejam aeródromos ou aeroportos registrados, exceto em<br />

operação de emergência;<br />

I) Disputas de corridas e tentativas de quebra de recordes<br />

em voos de exibição e acrobacias, exceto quando for<br />

parte integrante da instrução e executado em avião<br />

apropriado, dentro dos regulamentos em vigor;<br />

j) Acidentes causados por excesso sobre o peso máximo<br />

da aeronave.<br />

k) Danos morais e/ou estéticos;<br />

l)Por “danos morais” entende-se toda ofensa ou violação<br />

à honra, ao afeto, à liberdade, à profissão, ao respeito aos<br />

mortos, à psique, à saúde, ao nome, ao bem-estar e à<br />

vida, entre outros;<br />

m)Por “danos estéticos”<br />

entende-se todo dano causado a<br />

pessoas que comprometa os<br />

padrões de beleza ou estética.<br />

Se não estiverem contemplados<br />

em coberturas adicionais,<br />

também são riscos excluídos:<br />

a) Perdas, danos ou responsabilidades<br />

em função de atos de<br />

hostilidade ou de guerra, rebelião,<br />

insurreição, revolução,<br />

confisco, nacionalização, destruição<br />

ou requisição de autoridade<br />

de fato ou de direito, além de<br />

todo decorrentes dessas<br />

situações;<br />

b) Prejuízos relacionados com<br />

tumultos, motins, greve e outras<br />

perturbações de ordem pública;<br />

c) Perdas ou danos em consequência<br />

de ventos de velocidade<br />

igual ou superior a 60 nós (111<br />

km/h ), salvo se a aeronave<br />

estiver em voo ou manobra;<br />

d) Transporte de explosivos ou<br />

inflamáveis como carga, inclusive<br />

seus respectivos tambores<br />

vazios;<br />

e) Busca e salvamento;<br />

f) Quebra de garantia, cobertura<br />

muito comum em seguros de<br />

aeronaves com leasing.<br />

Entre as cláusulas adicionais no<br />

Contrato de Seguro de Casco<br />

poderá incluir as coberturas para<br />

guerra, sequestro e confisco,<br />

danos morais e estéticos,<br />

responsabilidade civil – hangares<br />

e peças, motores e acessórios<br />

sobressalentes. Tudo dependerá<br />

da negociação entre as partes.<br />

Como podemos notar, a quantidade<br />

de itens que não está<br />

coberto é muito superior ao que<br />

está coberto. É notório que os<br />

Seguros Casco vendidos no<br />

Brasil precisam evoluir e desenvolverem<br />

a melhor forma<br />

de cobertura.<br />

52 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 53


O adquirente dos mesmos deve fazer uma análise muito detalhada e solicitar todos os detalhamentos ao<br />

corretor que lhe atende. O quesito preço deve ser uma das últimas variáveis a ser negociada, quem for<br />

contratar um seguro casco, de um bem de luxo, focado apenas na variável preço do seguro e não na qualidade<br />

da cobertura poderá estar fazendo uma péssima escolha. O mais importante de tudo é a qualidade da<br />

cobertura aos riscos contratados em sua apólice e quem é a seguradora que está garantindo os mesmos.<br />

Uma consulta a um advogado especialista em seguros aeronáuticos também é muito importante.<br />

c) Perdas ou danos causados por ventos de velocidade igual ou superior a 60 nós, terremotos e outras<br />

convulsões da natureza, salvo quando a aeronave estiver em voo ou manobra;<br />

d) Lucros cessantes e danos emergentes direta ou indiretamente resultantes da paralisação da aeronave<br />

segurada, mesmo quando em consequência dos riscos cobertos;<br />

e) Danos morais e/ou estéticos pelas quais o segurado venha a ser legalmente obrigado a pagar como<br />

resultado de danos materiais e/ou corporais provocados a terceiros.<br />

O papel e o profissionalismo do corretor de<br />

seguros tem grande valor nesse processo, o<br />

mesmo não pode simplesmente observar qual<br />

seguradora paga melhor comissão sobre a<br />

venda da apólice. Ele tem por obrigação profissional<br />

analisar qual a melhor proposta composta<br />

por cobertura e estrutura empresarial para<br />

garantir os riscos contratados e melhor preço<br />

beneficio ao seu cliente. Cabe lembrar que o<br />

corretor tem contrato de prestação de serviços<br />

de venda/corretagem com as seguradoras e<br />

não com os compradores das apólices de<br />

seguros, esses apenas contratam e pagam a<br />

conta dos demais. Não estamos aqui acusando<br />

os corretores de não profissionalismo ou de<br />

fazerem tudo pela corretagem que recebe, mas<br />

cabe ao contratante estar atendo e se precaver,<br />

detalhar suas apólices de seguro para não<br />

culpar ou se sentir enganado no momento em<br />

que for fazer uso dos benefícios “contratados”.<br />

Divulgação<br />

A cobertura de terceiros a 2° risco do R.E.T.A.<br />

A cobertura de terceiros a 2° risco do RETA é<br />

uma contratação adicional (mas pode ser<br />

contratada separadamente) ao Seguro de<br />

Cascos ou Aditivo A que garante a cobertura de<br />

todas as despesas com terceiros por acidente,<br />

até o limite do valor assegurado. Ela também é<br />

uma extensão do seguro RETA e cobre a possibilidade<br />

de ação judicial contra o transportador/segurado<br />

pleiteando a indenizações superiores<br />

aos limites estabelecidos pelo Código<br />

Brasileiro de Aeronáutica. A cobertura RC a 2o<br />

Risco pode ser solicitada tanto para uma<br />

extensão de cobertura às Classes 1, 2, 3, 4 e 5, já<br />

apresentadas em nossa edição anterior. Para<br />

ver o conteúdo acesse:<br />

www.aviacaoemercado.com.br/revista-aviacao-e-mercado<br />

O seguro indeniza os danos aos passageiros,<br />

tripulação, pessoas e bens no solo. A cobertura<br />

é facultativa, mas no Brasil o volume de<br />

reclamações judiciais no segmento de Respon-<br />

sabilidade Civil tem crescido constantemente.<br />

No 2° risco do RETA a seguradora não indenizará:<br />

a) Perdas, danos ou responsabilidades decorrentes<br />

direta ou indiretamente de atos de hostilidade ou<br />

de guerra, rebelião, insurreição, revolução, confisco,<br />

nacionalização, destruição ou requisição por<br />

autoridade de fato ou de direito;<br />

b) Qualquer perda, destruição ou dano direta ou<br />

indiretamente causado por radiações ionizantes<br />

ou por radioatividade de qualquer combustível<br />

nuclear;<br />

Sala VIP<br />

Cobertura adicional de danos morais<br />

Essa cobertura pode ser contratada e só será concedida a indenização se for comprovado:<br />

a) As ofensas precisam estar listadas na apólice;<br />

b) Precisam ser resultantes da posse, manutenção ou uso da aeronave pelo segurado;<br />

c) Precisam ocorrer durante o período do contrato de seguro, dentro do território onde foi feito o<br />

contrato de seguro. A cláusula adicional de danos morais deve ser contratada junto com o Seguro de<br />

Responsabilidade Civil a 2° Risco do RETA.<br />

Coberturas adicionais mais comuns nos seguros aeronáuticos<br />

As principais coberturas adicionais nos seguros aeronáuticos, que poderão ser incluídas na apólice, são:<br />

a)Transportes com carga de explosivos e/ou inflamáveis;<br />

54 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 55


Divulgação<br />

b) Ventos de velocidade igual ou superior a 60 nós;<br />

c) Reintegração automática;<br />

d) Extensão do perímetro de cobertura; além do território nacional pode ser ampliado para outros países<br />

e regiões e planeta;<br />

e) Quebra da garantia aeronáuticos;<br />

f) Voo de traslado para o transporte de aeronaves importadas ou levadas para oficinas;<br />

g) Ingestão de objetos estranhos na turbina (cobertura obrigatória para todos os equipamentos jatos e<br />

turboélices);<br />

h) Cobertura apenas para perda total;<br />

i) Coincidência de vencimento de apólices para agrupar o vencimento de diferentes apólices de um<br />

mesmo proprietário segurado;<br />

j) Seguro de helicóptero com cláusulas específicas para este tipo de aeronave;<br />

k) Seguro de aviões agrícolas com cláusulas específicas para esta operação, entre elas o pouso e decolagem<br />

em pistas não homologadas desde que especificadas na apólice;<br />

l) Credor hipotecário ou fiduciário para aviões financiados.<br />

Riscos de Guerra<br />

Nas coberturas de casco e de terceiros a 2° risco<br />

do RETA são excluídos os danos originados por<br />

guerra, sequestro ou confisco da aeronave. Mas<br />

o segurado pode contratar essa cobertura extra<br />

e os possíveis danos ficam cobertos. O custo<br />

dessa cláusula adicional costuma ser de 25% do<br />

prêmio da cobertura de RC a 2o Risco. A cobertura<br />

de guerra está dividida em duas categorias,<br />

guerra para casco e guerra para terceiros. A<br />

guerra para casco cobre o equipamento em si e a<br />

guerra para terceiros cobre os sinistros ocorridos<br />

com as pessoas que se encontrarem no interior da<br />

aeronave e com aquelas que estiverem no solo.<br />

A Garantia 24<br />

Também conhecida como cobertura a sequestro<br />

tem que ser contratada como cobertura adicional<br />

de guerra. Ela cobre o pagamento, substituição ou<br />

reparos de danos e perdas da aeronave em função<br />

do sequestro. O prazo de vigência da cláusula<br />

se estende até 15 dias, a partir da data do<br />

sequestro.<br />

A Garantia 25<br />

Cláusula determinante de cobertura de confisco<br />

está atrelada à contração da cobertura de<br />

guerra. Além de confisco, os riscos cobertos<br />

pela cláusula se estendem à perda ou aos<br />

danos à aeronave diretamente causados por<br />

nacionalização, apreensão, sujeição, detenção,<br />

apropriação, requisição, por direito ou uso, por<br />

ordem de governo civil, militar ou de fato,<br />

dentro do território abrangido pela apólice. A<br />

garantia 25 não cobre esse ato no país onde a<br />

aeronave é registrada, a não ser que haja<br />

menção específica no contrato e mediante um<br />

acréscimo de prêmio do seguro.<br />

Para Tiago Longuini, corretor especializado em<br />

seguros aeronáuticos, da Patrimon Seguros, o<br />

seguro caso e o de terceiros a 2° risco do RETA<br />

são tão importante quanto a contratação do<br />

RETA (obrigatório). Infelizmente a maioria dos<br />

clientes ainda desconhecem os benefícios<br />

deste investimento. Em alguns casos o propri-<br />

etário da aeronave não chega nem a cotar<br />

imaginando em primeiro lugar o custo ser<br />

elevado para este tipo de apólice.<br />

Engana-se aquele que não busca a informação<br />

correta, um seguro bem regulado, ajustado de<br />

acordo com a utilização real do equipamento a<br />

taxação não passa de 1,5% do valor da<br />

aeronave. Ainda de acordo com as operações<br />

do cliente e as missões que realiza é imprescindível<br />

investir na contratação do de terceiros a 2°<br />

risco do RETA garantindo a cobertura de<br />

terceiros que venham a se envolver no risco.<br />

Imagine o risco da seguinte forma: Empresários<br />

voam diariamente em seus equipamentos<br />

sobre as cidades, edifícios, avenidas, pessoas<br />

etc. Se por ventura vierem a sofrer um acidente,<br />

atingindo edificações comerciais levando-os<br />

a indenizar valores superiores ao de sua<br />

aeronave ou ainda superiores ao faturamento<br />

da empresa deles, o que aconteceria com a<br />

nova direção da família, caso tenham que arcar<br />

com tudo isto? Veja a importância de um<br />

seguro que custa muito pouco, se comparado<br />

aos benefícios que traz. Hoje você contrata um<br />

LUC com cobertura de US$10.000.000,00 com<br />

investimento de US$3.600,00, ou seja, 0,036%<br />

do valor da cobertura.<br />

56 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 57


Divulgação<br />

Hoje com tanta informação e facilidade é fácil concluir que investimento<br />

em seguros é responsabilidade. Hoje convido o leitor para<br />

um desafio! Cote o seguro da sua aeronave e descubra que a sua<br />

tranquilidade vale muito mais que o investimento no benefício de<br />

suas apólices.<br />

Seguro cobertura R.E.T.A. 2º RISCO - RC<br />

Custa muito menos do que você imagina estar coberto pelo<br />

seguro complementar R.E.T.A. 2º RISCO - RC<br />

Para cobertura de U$ 10 Milhões de Dólares,investimento de<br />

0,036%, ou U$ 3.600,00.<br />

Fonte de Cotação AXA<br />

Três erros na contratação de seguros<br />

4 Não conhecer a cobertura que contrata, por exemplo, Contratar o<br />

Seguro RETA (obrigatório) imaginando ter cobertura no próprio<br />

CASCO em caso de acidentes.<br />

Esse é um dos erros clássicos na contratação de seguros, onde o<br />

cliente não sabe de fato o que está contratando. Na nossa edição 2<br />

tratamos muito profundamente sobre o Seguro Reta e o que ele<br />

cobre, acesse e leia, (clique aqui).<br />

Nesta edição temos o tema aprofundado, em relação ao seguro<br />

casco e a cobertura de terceiros a 2° risco do RETA, que demonstra<br />

muito bem ao consumidor o que é cada um dos referidos seguros.<br />

Nesse caso, cabe ao cliente solicitar ao corretor de forma detalhada<br />

tudo o que está sendo contratado e qual o valor da cobertura, de<br />

cada item, sem esquecer de detalhar o que não está sendo contratado,<br />

porque muitas vezes não detalhar o que não está sendo<br />

contratado pode ser um erro fatal em caso de necessidade de<br />

acionar o seguro por determinado acidente e só nesse momento<br />

descobrir quê, o que contratou deixou a desejar e que o profissional<br />

que lhe vendeu não cumpriu o papel adequado que lhe cabe no<br />

oficio de seu trabalho;<br />

5 Não saber os limites máximos indenizados contratados na apólice.<br />

Esse erro é complementar ao quarto erro tratado acima, em muitos<br />

casos na pressa de fechar a contratação, por desconhecimento dos<br />

fatos, na busca de economia financeira ou por diversos outros<br />

fatores o cliente se preocupa com quanto estou gastando com o<br />

seguro sem uma analise detalhada dos riscos e montante de cobertura.<br />

É de grande importância detalhar quanto estou contratando.<br />

Se a aeronave cair sobre um edifício de 20 andares, por exemplo!<br />

Quanto se dispõe de cobertura de terceiros a 2° risco do Seguro<br />

RETA para cobrir todos esses prejuízos? Qual o valor real da<br />

aeronave e, quanto estou contratando de seguro casco? Estamos<br />

apresentando aqui apenas dois exemplos que devem ser levados<br />

em conta, mas todos os itens<br />

contratados têm que ser comparados<br />

ao valor da cobertura, em<br />

relação ao possível dano em caso<br />

de acidente e solicitar ao corretor<br />

que apresente, pelo menos, uma<br />

escala de três níveis de valores de<br />

cobertura para cada item, para só<br />

então tomar a decisão correta<br />

entre custo, risco e beneficio. A<br />

decisão não pode ser em uma<br />

única métrica, sem ter parâmetros<br />

e detalhamento para comparação.<br />

6 Omitir informações ou tentar burlar a seguradora<br />

em busca de melhores preços.<br />

Aqui volta a figura do espertalhão citada em<br />

nossa segunda edição, (clique aqui)<br />

Exemplo: quero fazer meu seguro gastando o<br />

mínimo e tendo o maior benefício, isso não<br />

funciona mais, estamos vivendo a era da<br />

tecnologia e as seguradoras já tem parâmetros<br />

mais do que suficiente para checar as<br />

informações e analisar o risco de cada apólice.<br />

Caso seu corretor sugerir que burle informações<br />

para reduzir seu seguro, pode ter<br />

certeza que quem está sendo enganado é<br />

você e não a seguradora. Dispense esse<br />

profissional e busque outro para lhe atender.<br />

Aqui você estará entrando no mesmo erro<br />

da disputa de preço entre os corretores e<br />

não entre as seguradoras. Caso seja<br />

necessário acionar a seguradora para cobertura<br />

de um dos sinistros, pode ter certeza<br />

que a conta ficara muito cara para seu bolso<br />

e não da seguradora. Portanto, seja honesto<br />

consigo mesmo e passe as informações<br />

reais para ter uma apólice devidamente<br />

justa as suas necessidades.<br />

58 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 59


O universo da aviação, fascinante por sua tecnologia<br />

e prodígio de heróis aventureiros, sempre<br />

foi uma fonte de paixões e devaneios do<br />

homem. Voar, igualar-se aos pássaros – livres e<br />

majestosos, e por milênios os únicos donos do<br />

céu –, foi um dos sonhos mais antigos do ser<br />

humano, conquistado há 110 anos pelo brasileiro<br />

Alberto Santos Dumont, quando decolava no<br />

Campo de Bagatelle, em Paris, o 14-bis.<br />

Desde 23 de outubro de 1906 até os dias de<br />

hoje, principalmente quando a indústria<br />

aeronáutica começou a desenvolver aviões de<br />

maior porte e a implantar novas tecnologias, a<br />

aviação expandiu-se e aperfeiçoou-se de modo<br />

quê, atualmente as práticas mercantis e os<br />

demais interesses da nossa sociedade não subsistiriam<br />

sem a intervenção do transporte aéreo.<br />

A aviação comercial, por sua vez, teve início em<br />

1914, quando o jovem piloto Tony Tanus, considerado<br />

o primeiro aeronauta da história, decolava da<br />

cidade de Tampa, com destino a St. Petersburgo,<br />

ligando as duas cidades do Estado da Flórida pela<br />

primeira linha aérea regular de passageiros. Esse<br />

voo levou apenas um único passageiro, que pagou<br />

algo em torno de US$400 pela passagem.<br />

De lá pra cá muitos setores da atividade industrial<br />

e comercial se originaram e ainda baseiam suas<br />

atividades neste campo, principalmente devido à<br />

constante evolução da aeronáutica, tornando-se a<br />

aviação o meio fundamental de aproximação dos<br />

povos, comercial e culturalmente.<br />

Turismo, negócios, feiras, congressos... São<br />

inúmeras as razões que levam as pessoas a se<br />

utilizarem do avião. Seja qual for o motivo ensejador<br />

da viagem, a eficiência do transporte aéreo<br />

sempre se realça pela comodidade, rapidez e<br />

segurança que proporciona. O número de<br />

passageiros e o volume de vendas de aeronaves é<br />

crescente, até em tempos de crise.<br />

14 Bis decola do campo de Bagatelle, há 110 anos<br />

Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil<br />

(ANAC), somente no ano de 2014 mais de 117<br />

milhões de passageiros foram transportados<br />

por meio aéreo. Trata-se do maior número já<br />

registrado na aviação brasileira. Em paralelo,<br />

mesmo com a recente queda de vendas de<br />

aeronaves, a frota da aviação geral brasileira,<br />

por exemplo, cresceu 1,1% entre 2014 e 2015,<br />

subindo de 15.120 para 15.290 unidades.<br />

Tony Tanus em 1914<br />

Santos Dumont<br />

Por outro lado, o crescimento da demanda<br />

do transporte aéreo, da compra e venda de<br />

aeronaves e das relações contratuais ligadas<br />

à aviação, acaba por gerar incontáveis<br />

conflitos de interesses. Com tantos voos<br />

decolando e pousando todos os dias, o dia<br />

inteiro, ligando as mais diversas origens a<br />

incontáveis destinos ao redor do globo,<br />

transportando milhares de passageiros de<br />

nacionalidade, língua, propósitos e<br />

costumes diferentes. É de se imaginar que<br />

imprevistos ocorram.<br />

A tecnologia sofre rápida evolução, o que<br />

propicia um melhor atendimento à demanda<br />

social e, em contrapartida, com a mesma<br />

velocidade com que evolui, mais exigente<br />

torna-se o público usuário do transporte<br />

aéreo, bem como mais relações são firmadas<br />

entre a indústria, bancos e proprietários<br />

de aeronaves, colaboradores e gestores de<br />

empresas aéreas, seguradoras, dentre<br />

outros, agravando-se expressivamente os<br />

conflitos que acabam por pousar às portas<br />

do Judiciário.<br />

É justamente a partir desses conflitos que<br />

nasce o Direito Aeronáutico, que é o campo<br />

do direito responsável por regular as relações<br />

jurídicas relacionadas com a navegação aérea,<br />

com o transporte aéreo doméstico e internacional<br />

e a aviação civil em geral.<br />

Na aviação tudo é Direito Aeronáutico, já que<br />

a atividade aérea é extremamente padronizada<br />

e cheia de regulamentações e normativas<br />

diversas.<br />

No Brasil, o Direito Aeronáutico é regulado<br />

pelos tratados, convenções e atos internacionais<br />

de que o Brasil seja parte, pelo Código<br />

Brasileiro de Aeronáutica (CBA) e pela legislação<br />

complementar.<br />

Os “acordos”, “tratados”, “convenções”, “protocolos”<br />

e demais “atos internacionais” são<br />

documentos multilaterais, que surgem a partir<br />

de conferências realizadas com a participação<br />

conjunta de diversos países e que tratam de<br />

assuntos de interesse geral. Como exemplo,<br />

temos a Convenção de Chicago, firmada em 7<br />

de dezembro de 1944, instituindo o conceito<br />

de Acordo Bilateral de Transporte Aéreo entre<br />

Estados e determinando a criação da Organização<br />

da Aviação Civil Internacional (OACI).<br />

Em linhas gerais, os atos internacionais no<br />

meio aéreo, são instrumentos destinados a<br />

estabelecer normas para o comportamento<br />

dos estados no setor aeronáutico.<br />

Como podemos ver, o Direito Aeronáutico<br />

brasileiro reúne diversas leis, normas e regulamentos<br />

que possuem grande importância<br />

para o setor econômico da aviação e também<br />

para a sociedade em geral. Em especial, o<br />

CBA traz os principais conceitos e definições<br />

aeronáuticas, determinando: o que é<br />

aeronave, onde deve ser registrada, como<br />

deve ocorrer sua compra e venda; como uma<br />

empresa pode obter autorização ou<br />

concessão para a exploração de serviços<br />

aéreos; como funciona o contrato de transporte<br />

de passageiros e carga; quem pode ser<br />

considerado tripulante e o que é tripulação e<br />

dentre outros assuntos relacionados.<br />

Já a legislação complementar, é formada por<br />

todas as demais normas sobre a aviação,<br />

principalmente àquelas expedidas pela<br />

Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC),<br />

60 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 61


como por exemplo: os Regulamentos<br />

Brasileiros da Aviação Civil (RBAC); os<br />

Regulamentos Brasileiros de<br />

Homologação Aeronáutica (RBHA –<br />

expedidos pelo extinto DAC); as<br />

Instruções da Aviação Civil (IAC); as<br />

Instruções Suplementares (IS); os<br />

Decretos; Portarias, Instruções Normativas,<br />

etc. Nesses documentos a autoridade<br />

aeronáutica determina os procedimentos<br />

para obtenção e renovação<br />

licenças, habilitações e certificados;<br />

estabelece regras de fiscalização setorial;<br />

cria programas de gerenciamento<br />

de riscos, etc.<br />

Há ainda regulamentações específicas,<br />

como, por exemplo: a dos aeronautas<br />

(Lei nº 7.183/84, dentre outras); da<br />

investigação de acidentes aéreos (Lei<br />

nº 12.970/14, dentre outras); dos<br />

direitos dos passageiros (Resolução<br />

ANAC nº 141/10, dentre outras); da<br />

estruturação dos planos de seguro<br />

aeronáutico (Circular SUSEP nº 525/16),<br />

além de outras normas que regulam<br />

especificamente determinado assunto<br />

dentro da aviação.<br />

Com essas considerações, podemos<br />

afirmar que o Direito Aeronáutico trata<br />

de questões fundamentais para a<br />

constituição e manutenção de empresas<br />

aéreas, obtenção de concessões e<br />

autorizações obrigatórias para o seu<br />

funcionamento e operação. Ainda, uma<br />

vez que as questões regulatórias<br />

envolvem toda a atividade aérea, os<br />

interesses trabalhistas e sociais da<br />

classe profissional dos aeronautas<br />

também são resguardados pela legislação<br />

aeronáutica. Por outro lado, o<br />

Direito Aeronáutico ainda traz importantes<br />

determinações para proprietários<br />

e operadores de aeronaves em geral<br />

e para os usuários dos serviços aéreos,<br />

como as questões de contrato de<br />

transporte de passageiros e carga e a<br />

responsabilidade civil. Com isso, fica<br />

evidente a grande importância da<br />

matéria que é multidisciplinar e que<br />

tem grande interação com outras áreas do<br />

direito, como o direito empresarial, o direito<br />

trabalhista, o direito tributário, o direito do<br />

consumidor, além de outras.<br />

Todas essas regras têm como objetivo<br />

manter em ordem as atividades aéreas civis<br />

dentro do Brasil, fazendo com que nossa<br />

aviação seja padronizada, oferecendo aos<br />

gestores e aos profissionais do setor e aos<br />

usuários do transporte aéreo um mínimo de<br />

segurança nas operações e de organização<br />

nas tarefas burocráticas.<br />

E, é com grande satisfação que aceitei o convite da<br />

<strong>Revista</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> para lançar o Curso Online de<br />

Introdução ao Direito Aeronáutico, onde iremos tratar<br />

destes e de outros temas ligados à atividade aérea e ao<br />

direito. Será um prazer tê-lo em nossas aulas.<br />

Um grande abraço<br />

e até lá.<br />

62 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 63


Introdução ao<br />

Direito Aeronáutico<br />

Curso Online da Aviação & <strong>Mercado</strong><br />

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64 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 65


Na parte 1 de Universo dos Planadores, edição 2 da<br />

Aviação & <strong>Mercado</strong>, mostramos a trajetória dos<br />

planadores desde a Segunda Guerra Mundial até os<br />

nossos tempos atuais. O voo à vela é o voo puro, levado<br />

pelas correntes de ar ascendentes, as térmicas. É um voo<br />

livre de interferências de motores, exceto nas decolagens,<br />

quando o planador precisa de uma “ajudinha” para<br />

elevar-se, que na grande maioria dos casos vem de um<br />

avião rebocador. Mas alguns planadores já têm o seu<br />

próprio meio de propulsão para se lançarem em voo; esses<br />

são os motoplanadores, o top da evolução dessas majestosas<br />

máquinas de asas gigantescas e elegantes. Alem disso,<br />

a evolução tecnológica e de designer dos planadores<br />

atuais são mudanças marcantes nessas aeronaves.<br />

Os melhores planadores, tanto de competição<br />

quanto de recreio, são europeus, onde há milhares de<br />

praticantes e centenas de grandes empresas fabricantes.<br />

Países como a Alemanha, Polônia,<br />

têm os melhores.<br />

Apesar de ainda o velovelismo ser pouco difundido no<br />

Brasil, o voo à vela já pousou por aqui há muitos anos. Um<br />

dos pioneiros do voo à vela no país é o alemão Hendrich<br />

Kurt. Em 1942, Hendrich Kurt construiu nas oficinas do<br />

Aeroclube de Bauru o Zoegling, um planador de desenho<br />

alemão, batizado de “Arildo Soares”, em homenagem a um<br />

entusiasta bauruense da aviação e tesoureiro do Aeroclube<br />

de Bauru na época. Idêntico em forma e dimensão<br />

ao modelo original, Kurt utilizou apenas material nacional<br />

na sua confecção.<br />

Chempp Hirth Arcus<br />

planadores, como o Quero Quero e Nhapecan, fabricados pelo IPE Aeroanves, que ainda estão entre<br />

os mais usados no Brasil; dentre os planadores de aeroclube, e os planadores particulares, o Jantar<br />

Standart, de fabricação polonesa, está entre os mais usados nas competições por aqui.<br />

O desenvolvimento do SZD-41 Jantar Standart foi relativamente rápido. Isso se deveu ao uso da<br />

unidade de fuselagem e cauda do SZD-38 Jantar 1 e montagem de 15m asas de extensão, de acordo<br />

com a especificação de classe padrão. O protótipo SZD-41, limitado a 235 km/h, sem lançamento<br />

guincho ou acrobacias, voou pela primeira vez em outubro de 1973, pilotado por Adam Zientek.<br />

Os dois protótipos, – (número de construção<br />

X-110) / SZD-41-1 SP-2685 e SZD-41-2 SP-2686<br />

(c / n X-111) – foram inseridos nos 1974 campeonatos<br />

do mundo de deslizamento em Waikerie,<br />

na Austrália, tomando lugares 3 e 7 na classe<br />

padrão. Em 1976, a Reyskale, na Finlândia,<br />

SZD-41As levou lugares 4, 6 e 18 do deslizamento<br />

Campeonato Classe padrão mundial. Resultados<br />

da competição e testes de voo aferidos<br />

mostraram que o SZD-41A era mais ou menos<br />

igual aos concorrentes diretos, como o Padrão<br />

Cirrus Schempp-Hirth e Schleicher ASW 19. O<br />

SZD-41A Jantar Standard foi construído principalmente<br />

de resina composta com fibra de vidro<br />

Epoxy, com o fortalecimento local com tubo de<br />

aço soldado no centro da fuselagem, espuma<br />

nas asas e compensado pelo equipamento de<br />

pontos de montagem. Depois das modificações<br />

para resolver alguns problemas nos protótipos e<br />

da aplicação de melhorias necessárias e após os<br />

testes de voos, a produção do SZD-41A e 41B<br />

SZD-Jantar Standard finalmente começou,<br />

continuando até 1978, quando 159 aeronaves<br />

foram construídas, muitos das quais foram<br />

exportadas. Em comum com muitos produtos<br />

SZD, a aeronave foi entregue com uma gama<br />

completa de instrumentos básicos de fornecedores<br />

polacos.<br />

Esse planador tinha asa alta e não possuía cabine fechada, e o piloto ia ao ar livre. O planador era<br />

rebocado por camioneta, decolava entre 50 e 60 km/h e conseguia atingir velocidade de 80 km/hora.<br />

Seu primeiro voo foi realizado em 5 de setembro de 1942. O planador recebeu o apelido de “canguru”<br />

e fez sucesso nos céus de Bauru-SP. Com a fábrica montada nas oficinas do Aeroclube de Bauru, logo<br />

teve o aprendizado da modalidade. Hendrich. Kurt era um homem simples, duro e de compleição<br />

robusta, forte, com seu coração maior do que o próprio corpo. Ele criou um dos mais competentes<br />

centros de formação de pilotos volovelistas do país, atraindo legiões de jovens que, mais tarde, participaram<br />

e viveram verdadeiras histórias na aviação brasileira, seja no ar, no espaço ou na indústria<br />

aeronáutica. Para manter viva a memória de Kurt, o Aeroclube de Bauru realiza, anualmente, a Prova<br />

Kurt, uma competição de voo à vela que reúne dezenas de competidores, todo início de temporada,<br />

na cidade de Bauru. Dos primórdios do voo à vela, aos tempos atuais, ainda há alguns clássicos<br />

Esse planador foi construído nas versões: SZD-41-1 / SZD-41-2. Os dois protótipos do Jantar Standard<br />

foram produzidos com limitações de manipulação para garantir que as aeronaves estivessem<br />

disponíveis para os campeonatos de 1974. O SZD-41A, Jantar Standard, teve produção inicial com<br />

inclusão de várias melhorias. As características gerais do modelo SZ41A são: Tripulação: 1; Comprimento:<br />

7,11 m (23 ft 4 in); Wingspan: 15 m (49 ft 2 ½ in); Altura: 1,51 m (4 pés 11 pol); Área da asa: 10,66 m 2<br />

(114,75 pés 2 ); Proporção: 21.1; Perfil de asa: NN 8; Peso vazio: 244 kg (538 lb); Peso bruto: 360 kg (794<br />

libras), com lastro de 460 kg (1.014 lb). Performances: Velocidade máxima: 250 km / h (155 mph); Velocidade<br />

de estol: com balastro 80 kmh (50 mph), sem lastro, 68 km / h (42,25 mph); Limites G: sem balastro<br />

5.3 / -2,65; com lastro 4,14 / -2.5 e final 7,95 / -3,98; Planeio máxima: 38 @ 92 km / h (57 mph) sem lastro,<br />

38 @ 105,2 km / h (65 mph), com lastro; Taxa de pia: com lastro 0,69 m / s (136 pés / min), sem balastro<br />

0,6 m / s (118 ft / min). Este planador ainda é bastante usado também nas competições pela Europa.<br />

66 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 67


Planadores Schempp Hirth<br />

Cláudio Schmidt<br />

A Schempp-Hirth foi fundada por Martin<br />

Schempp em Göppingen, na Alemanha, em<br />

1935, com o nome de "Sportflugzeugbau<br />

Göppingen Martin Schempp". Em 1938, Wolf<br />

Hirth, o principal responsável pelo trabalho<br />

de design, tornou-se oficialmente um<br />

parceiro na empresa, que depois se tornou<br />

"Sportflugzeugbau Schempp-Hirth". A<br />

empresa mudou-se para Kirchheim unter<br />

Teck no mesmo ano. O primeiro produto da<br />

empresa foi planador Göppingen Gö 1 Wolf,<br />

concebido como um rival para o Grunau<br />

Baby, mas o verdadeiro sucesso veio com o<br />

Göppingen Go 3 Minimoa no mesmo ano.<br />

Durante a Segunda Guerra Mundial, a<br />

empresa construiu os DFS Habicht,<br />

planadores de instrução, bem como conjuntos<br />

de tailplane para o Messerschmitt Bf 109.<br />

A empresa também construiu um avião de<br />

pesquisa, o Göppingen Gö 9. Após a guerra, a<br />

construção de aeronaves foi proibida, por<br />

isso a empresa passou fabricar camas, carrinhos<br />

de mão, armários de rádio e outros<br />

móveis. Em 1951, as proibições foram<br />

suspensas, e a empresa voltou à fabricação<br />

de planador.<br />

Em 1964 Martin Schempp encontrou um novo<br />

designer: Klaus Holighaus, que tinha acabado de<br />

se formar. Holighaus também foi um excelente<br />

piloto e tornou-se um membro regular da<br />

equipe alemã. Holighaus tornou-se presidente<br />

executivo da empresa em 1972. Em 1977, Holighaus<br />

era o único proprietário do negócio. Após<br />

a morte de Holighaus, em um acidente de asa<br />

delta, em 1994, o controle da empresa passou<br />

para a viúva e os filhos, os quais são dedicados<br />

pilotos de planador. A empresa emprega cerca<br />

de 100 pessoas. É atualmente administrada por<br />

Tilo Holighaus e Brigitte Holighaus. A<br />

Schempp-Hirth ao longo dos anos emitiu<br />

licenças para outras empresas construírem seus<br />

projetos. Hoje conta com mais de 20 modelos<br />

em fabricação, incluindo planador e motoplanador,<br />

entre eles os: Cirro, Cirro Standard, Disco,<br />

Disco Standadrd, Ventus 1, 2 e 3 Ventus Standard,<br />

Nimbos 1, 2, e 4, Nini-Nimbos, Jano, Duo<br />

Discus, Arcus, Arcus T, E e M (sendo esses 3<br />

motoplanadores), Halo 3, Quintus.<br />

Entre as equipes, incluindo a do Brasil, que foram<br />

para o Mundial de Planadores na Lituânia este<br />

ano, várias competiram em um Jantar. Nossa<br />

equipe foi composta pelos pilotos Cláudio<br />

Schmidt, do aeroclube de Rio Claro-SP. Cláudio<br />

participou pela segunda vez no mundial, sendo<br />

três vezes campeão Brasileiro: em 2006, em<br />

Palmeira das Missões-RS, na Classe Aberta; em<br />

2008 Classe Aberta, em Bebedouro-SP; em 2015,<br />

na Classe Racing, em Bebedouro. “Tive meu<br />

primeiro contato com o voo à vela em Rio Claro<br />

quando começou a primeira turma de pilotos de<br />

planador; meu pai, Vilson Schmidt, foi um dos<br />

formandos. O voo à vela hoje é o meu hobby e esporte preferido! Vivo me programando e conciliando<br />

com o trabalho e família para voar, por isso me dedico aos treinamentos quando posso, - aos finais de<br />

semana e quando o tempo permite,” explica Cláudio. Atualmente ele tem um planador Jantar Standard3<br />

e um motoplanador modelo Arcus M, fabricado na Alemanha, pela Schempp-Hirth; este Claudio<br />

tem em sociedade com um amigo, Henrique Navarro, do aeroclube de Bauru-SP. Navarro é piloto<br />

pentacampeão nacional de voo à vela, com 26 recordes brasileiros de velocidade e distância, sendo<br />

três desses conquistados recentemente no Brasileiro de Planador, Classe Open, velocidades em triângulos<br />

FAI, de 500km, 300km e 100km, com um voo em Bebedouro feito a 161km/h. Ele é instrutor<br />

privado de avião e de acrobacia em planador, além de ser o representante oficial dos planadores da<br />

Schempp-Hirth no Brasil ; escreveu o Manual de Acrobacia em Planador – Rodas Para Cima–, que<br />

disponibiliza gratuitamente em PDF.<br />

Motoplanador Schempp Hirth Arcus M<br />

Motoplanador é um planador de asas fixas dotado de um grupo motopropulsor que permite decolar<br />

autonomamente, tal qual um avião, mas que durante o voo pode ser desligado, circunstância em que<br />

essa aeronave assume as mesmas características naturais de um planador. Iniciado o voo planado, o<br />

grupo motopropulsor é recolhido para dentro de um compartimento no interior da fuselagem e é<br />

isolado do ambiente externo pela carenagem, de modo que não crie arrasto desnecessário, prejudicial à<br />

eficiência aerodinâmica do voo. O motoplanador apresenta algumas em relação ao planador. Ele não<br />

necessita de ser rebocado ou impulsionado por um agente externo para poder decolar. O vento relativo,<br />

necessário para o surgimento da força aerodinâmica de sustentação, pode ser obtido não apenas via<br />

planeio, mas também via grupo motopropulsor; reduz-se o risco de pouso fora da pista e quando não há<br />

condições para prosseguir com o voo planado, o grupo motopropulsor pode ser novamente ser acionado.<br />

O piloto pode então conduzir o motoplanador a uma pista e pousá-lo com segurança. O motoplanador<br />

Arcus M, da Schempp-Hirth, envergadura de 20m, asa com 15,59 m², comprimento da fuselagem<br />

de 8,73 m, tem velocidade máxima permitida de 280 km/h; possui motor solo 2625-02i com 67 hp, 2<br />

blade hélice e capacidade de 17, 5 litros de combustível.<br />

68 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 69


https://www.youtube.com/watch?v=4m-cK8gtHFc<br />

pedidos. O prazo para entrega é de um ano, e<br />

o pagamento do valor da aeronave pode ser<br />

feito mensalmente, o que facilita tanto para<br />

ele, quanto para o cliente. Ele também fabrica<br />

a carretinha específica para o transporte do<br />

planador. O seu contato é<br />

shubert.ekki@gamil.com<br />

Os planadores estão em constante evolução;<br />

e além dos motoplanadores, outras melhorias<br />

têm sido constantemente implantadas nessas<br />

elegantes aeronaves, como a adaptação para<br />

que pilotos com certa deficiência física<br />

possam pilotar e sentirem-se livres nos céus,<br />

como um kit especial desenvolvido pela<br />

alemã Schleicher, para o ASK 21 O ASK-21,<br />

um planador biplace de elevada performance<br />

e grande manobrabilidade. Essa aeronave é<br />

indicada para instrução básica, mas é<br />

também usada para atividades avançadas do<br />

voo à vela em competição. É um planador<br />

que deve ser essencialmente utilizado para<br />

os voos mais altos e de longas distâncias, uso<br />

em acrobacia e voos de recreio. O ASK-21 é<br />

usado o pelo Departamento de Atividades<br />

Aéreas para instrução primária de alunos na<br />

da Academia da Força Aérea de Portugal. Ele é<br />

um planador bastante presente nos céus<br />

brasileiros. Sua velocidade máxima é de 280<br />

km/h e velocidade mínima de 65km/h, comprimento<br />

de 8,35m e envergadura 17m.<br />

O voo à vela ainda tem muito que desenvolver<br />

por aqui; há muito a crescer, mas, diante do<br />

sucesso dos planadores pela Europa, essa<br />

modalidade também está se consolidando por<br />

aqui, com nossos pilotos de potencial internacional<br />

levando a bandeira do Brasil a importantes<br />

eventos da modalidade, como o Mundial<br />

de Planadores. Isso permite que mais<br />

pessoas descubram o prazer do voo planado<br />

e que mais pilotos busquem evoluírem e<br />

conquistarem sempre melhores posições mas<br />

competições, além é claro, que desperte<br />

atenção das pessoas que gostam do voo<br />

planado, que gostem de voar!<br />

Além da Schempp-Hirth, há outros fabricantes de<br />

motoplanadores, como a também alemã a Schleiche,<br />

com os ASH 26 e 26E (ASH 26, com variante de<br />

produção com 18 metros de envergadura, o ASH<br />

26E variante de produção, auto lançamento<br />

utilizando a 37 kW (50 cv) e a Let Kunovice, da<br />

República Tcheca, com L-13M Blanik. Como já foi<br />

dito, a Schempp-Hirth está presente com representante<br />

para vendas aqui no Brasil, com o piloto<br />

e instrutor Henrique Navarro.<br />

Mas, desde a aurora do início do voo à vela no<br />

Brasil, o país ainda não tem um grande fabricante<br />

de planador. Alguns dizem que a burocracia é o<br />

grande empecilho; outros, que aqui, o segundo<br />

maior país com frota aérea do planeta e com<br />

condições o ano todo para a prática da modalidade,<br />

não há mercado. Seja qual ou quais forem<br />

os motivos, o fato é que há um número expressivo<br />

de amantes praticantes de recreio e competição<br />

do volovelismo nestas terras tropicais<br />

que, para conseguirem voar em aeronaves<br />

novas, precisam importar ou recorrerem aos<br />

nossos criativos fabricantes experimentais, como<br />

Ekkehard (Ekki) Shubert, o criador do planador<br />

P1: um planador de dois lugares, usado para a<br />

instrução básica e avançada de pilotos. Esse<br />

planador foi projetado pelo engenheiro<br />

aeronáutico brasileiro Ekkehard Schubert,<br />

aeronave que já foi testada e aprovada como<br />

segura. A iniciativa de construir o P-1 surgiu em<br />

1996, em São José dos Campos quando o<br />

projetista de aviões conseguiu reunir 66<br />

pessoas, que se dispuseram a arcar com os<br />

custos da construção do protótipo e também<br />

participar do desenvolvimento do projeto.<br />

Schubert, que há décadas voa em planadores e<br />

foi, por 10 vezes, campeão brasileiro de<br />

planador, diz que o P-1 é extremamente dócil e<br />

tem excelente performance para a sua categoria.<br />

"A ideia de construí-lo surgiu porque no<br />

Brasil há uma carência de planadores", explica o<br />

piloto Schubert, que é engenheiro aeronáutico<br />

formado pelo ITA, e professor nesse mesmo<br />

instituto. O P1 tem formas aerodinâmicas mais<br />

convenientes, pois é feito totalmente de fibra<br />

de vidro, um material fácil de ser moldado. Esse<br />

planador é experimental e ainda não foi<br />

homologado pela ANAC, mas de acordo com<br />

Ekki, essa aeronave pode se fabricada e vendida<br />

como aeronave experimental, e ele já aceita<br />

Motoplanador Chleicher ASH26E<br />

70 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 71


Divulgação<br />

MAIS UM ENU... O 16º ... E FOI BOM DEMAIS!!!<br />

Eu, como último responsável pela ABUL pelo<br />

seu sucesso ou fracasso não seria a pessoa<br />

indicada para elogiar um evento promovido<br />

pela ABUL, mas tomo a liberdade de fazê-lo,<br />

porque neste ENU eu não participei em nada<br />

da sua organização, o Galvão e equipe ABUL<br />

fizeram tudo.<br />

Talvez o trabalho deles tenha sido facilitado<br />

pela excelente equipe do Hotel Portobello,<br />

desde seu proprietário, Carlos Borges, que<br />

além de velho conhecido, é um entusiasta da<br />

aviação. Ele tem um King Air e um Skylane e<br />

dá a maior força para os hóspedes que<br />

chegam voando, até o pessoal que atende no<br />

bar ou restaurante, onde “chef du cuisine” é<br />

sensacional e, a cada dia, eu fazia as contas de<br />

quantos quilos havia adicionado aos meus<br />

90kg, com os quais sai do Rio.<br />

Evento aconteceu entre os dias 22 à 25 de setembro, foi estreia oficial da reinauguração<br />

do aeródromo do resort com mais esse serviço de Fly Inn, algo único<br />

na bela Costa Verde do estado do Rio de Janeiro, para alegria dos amantes dos<br />

serviços de alto padrão do resort, natureza, mar e aviação.<br />

Tivemos uma novidade neste ENU e que,<br />

aparentemente, agradou aos inscritos. Fizemos<br />

uma “Clínica de Atitudes Anormais”.<br />

Não tínhamos condições técnicas para voar<br />

com muitas pessoas, motivo pelo qual limitamos<br />

o número de participantes. Começamos<br />

um dia antes da chegada para possibilitar um<br />

maior número de inscritos. Mas, para nossa<br />

surpresa, além das 19 pessoas que se inscreveram,<br />

a grande maioria dos participantes foi<br />

à nossa “conversa” com os inscritos na clínica.<br />

Por cerca de três horas falamos sobre alguns<br />

conceitos de Teoria de Voo e Meteorologia.<br />

Como não sabíamos qual era o “nível” de<br />

conhecimento de cada um sobre estas duas<br />

matérias, que fazem parte do currículo dos<br />

cursos de PP e CPR, falamos muito sobre: voo<br />

lento, estol, angulo de ataque, Wind shear,<br />

micro burst, turbulência de ponta de asa, etc.<br />

Sala VIP<br />

O Galvão “prestou contas” do que a ABUL fez desde o<br />

último ENU e mostrou as contas, ou seja, mostrou aos<br />

“proprietários” da ABUL como estamos conduzindo, por<br />

delegação dos filiados que elegeram a diretoria, os<br />

destinos da nossa ABUL.<br />

O Carneiro, nosso velho conhecido que nos ajuda na<br />

Segurança Operacional e na elaboração dos manuais e<br />

itens da prova teórica da ABUL, nos brindou com uma<br />

palestra sobre a Segurança Operacional e uma análise<br />

dos acidentes com a aviação ultraleve.<br />

Eu falei sobre nosso trabalho na CEAERO- Comissão<br />

Especial destinada a examinar o PLS 258 de 2016, que<br />

trata do novo CBAer- Código Brasileiro de Aeronáutica.<br />

Falei do problema que nossa Aviação Experimental tem<br />

enfrentado junto à ANAC por ter, na década de 50,<br />

“copiado” a legislação da “construção amadora” da FAA,<br />

sem adaptá-la à nossa realidade e que vigora até hoje,<br />

com prejuízo à Segurança Operacional da nossa aviação<br />

esportiva, pois prevê que cada um construa 51% da<br />

aeronave, válido para a construção amadora, mas não<br />

para o aerodesporto, cujos praticantes querem voar, mas<br />

não têm aptidões técnicas para construir uma aeronave.<br />

Eu mesmo tive um experimental adquirido usado.<br />

Troquei-o por outro novo montado pela extinta Eagles e<br />

agora trocando, por outro feito na Aerocentro, mas<br />

jamais teria sido proprietário de uma aeronave se eu<br />

tivesse que montar/construir mais de 51 % da mesma.<br />

Não teria coragem de voar numa<br />

aeronave construída por mim.<br />

Durante este evento distribuímos<br />

aos presentes uma carta do<br />

Dr. Augusto, condição imposta<br />

por ele para não comparecer ao<br />

ENU. Estávamos temerosos com<br />

a possível reação dos filiados aos<br />

ataques que o Dr. Augusto faz<br />

contra a ABUL, sua “alta direção”<br />

e a forma como a aviação experimental<br />

está sendo “gerenciada”<br />

pela ANAC, e que possibilitou<br />

que tivéssemos uma aviação<br />

desportiva pujante e que cresceu<br />

tremendamente e com<br />

segurança desde a entrada dos<br />

ultraleves no Brasil no início da<br />

década de 80.<br />

72 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 73


Durante as palestras vimos que o Dr. Augusto usou do FORUM da ABUL para divulgar sua carta,<br />

inclusive com os costumeiros ataques à ABUL e sua “alta direção” quê, como todos vocês sabem,<br />

defende nossa aviação antes de qualquer outro interesse.<br />

Voamos bastante com as pessoas que se inscreveram na “clínica”. Na sexta feira fiz 5 voos de 30’,<br />

cheguei à conclusão que estou ficando velho. No final do dia estava cansado...<br />

Os pilotos da Esquadrilha CEU, Azzi e Lebeis ajudaram nestes voos. A parte social foi, como se<br />

esperava, muito agradável...<br />

Na do Poubel, com o complemento:<br />

“Você foi o PILOTO MAIS ANTIGO a participar do 16° ENU.<br />

Prova de que tua experiência te manteve vivo por bastante tempo!”<br />

Na do Darlan:<br />

“ Você foi o PILOTO MAIS NOVO a participar do 16° ENU.<br />

Aprenda bastante para voar muito”.<br />

No coquetel de abertura a figura central era o<br />

Nallin. Atualizou os GPS de quantos o procuraram.<br />

Eu bebi vinho, mas o hotel oferecia caipirinha e<br />

outros drinks... Depois jantamos muito bem, a<br />

comida do Hotel Portobello é fabulosa. Na noite<br />

de encerramento, no sábado, premiamos, como<br />

de praxe, o piloto mais “experiente” presente, que<br />

teria sido o Gilberto Bitar, mas ele não veio,<br />

ganhou o Poubel que também é, junto com o<br />

Nallin e eu mesmo, um dos presentes que<br />

compareceram a TODOS OS ENUs. Eu,<br />

praticamente “obrigado”, devido à condição<br />

de presidente, mas eles dois por acreditarem<br />

no convívio familiar, por gostarem de<br />

encontrar os amigos...<br />

O mais novo foi o Darlan Dorighetto, que<br />

veio de Itamarajú - BA. As placas do Poubel<br />

e dele diziam:<br />

“Na vida, quanto mais se vive, mais se aprende.<br />

Na aviação, quanto mais se aprende, mais se vive!”.<br />

Os pilotos que vieram de mais longe foram o Afrânio Euclides,<br />

que veio de Teresina-PI, num avançado, e o Antonio Carlos de<br />

Oliveira Filho, que veio de Santa Inês - MA, num voo comercial.<br />

Suas placas diziam: “Longe é um lugar que não existe (Richard<br />

Bach)”. Você comprovou isto vindo do lugar mais distante para<br />

o16° ENU no Rio d e Janeiro.<br />

A maior delegação veio de Brasília com 06 aeronaves e foi<br />

também a que voou a maior distância em conjunto (7.200 Km)<br />

Brasília levou as duas placas: “A união faz a força!”. Vocês mostraram<br />

essa força ao comparecer ao 16° ENU com a maior<br />

delegação vinda de uma mesma localidade. “Uma andorinha só<br />

não faz Verão, mas, a união faz a força!”. Vocês, em conjunto,<br />

voaram a maior distância para participar do 16° ENU.<br />

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A meteorologia quebrou nosso galho, pudemos fazer uma DEMO com a Esquadrilha CEU no sábado à<br />

tarde o Azzi e o Lebeis já estavam lá e o Gonzaga chegou pouco antes da decolagem da EC. Voaram:<br />

#1 Albrecht, #2 Gonzaga, #3 Azzi e #4 Lebeis.<br />

Depois do voo eu pousei na pista do Resort &<br />

Safari Portobello e os outros três voltaram para o<br />

Rio, pousando no CAer - SIWV.<br />

À tardinha tivemos a triste notícia do falecimento<br />

do Delláglio, em acidente em Maringá. Prestamos<br />

nossa homenagem com um minuto de silêncio.<br />

O Dell foi um dos pilotos mais disciplinados que<br />

conheci. Bom de voo e grande líder do CBA, do<br />

qual orgulhosamente, sou Diretor do Voo de<br />

Formatura. O Ricardo Soriani estava no ENU<br />

e, pela sua emoção, vi o quanto o Dell foi<br />

importante para a acrobacia brasileira.<br />

O domingo amanheceu com teto baixo e<br />

só decolaram os aviões homologados IFR.<br />

Eu voltei ao Rio de carro com o Galvão e só<br />

busquei o RV7 PT-ZRG, que é do meu filho,<br />

na terça feira.<br />

A escolha do local para o próximo ENU será feita por internet pelos filiados<br />

que compareceram ao 16º ENU, após termos os valores de hospedagem de<br />

Búzios, no Rio de Janeiro, e outra localidade ainda a ser definida.<br />

Foi sugerido e aceitamos ter uma ou mais “oficinas” sobre temas técnicos<br />

durante os próximos ENUs. Aceitamos sugestões ....<br />

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A inauguração do Museu Aeroespacial ocorreu no dia 18 de outubro de 1976, tendo<br />

a importância dessa criação a necessidade de preservação e divulgação do material<br />

aeronáutico e documentos históricos para as gerações futuras. O acervo do Musal<br />

conta com verdadeiras joias com asas, como Focke-Wulf Fw44J Stieglitz, Sepecat jaguar<br />

GR1 Vickers Viscount 789D e muitos outros.<br />

<br />

O museu foi idealizado no<br />

ano de 1943, pelo então<br />

Ministro da Aeronáutica<br />

Dr. Salgado Filho, que<br />

determinou a sua criação,<br />

mas as várias tentativas de<br />

por essa determinação em<br />

prática acabaram falhando,<br />

devido a falta de local<br />

para abrigar o novo<br />

museu. Anos passam-se<br />

até quê, em 31 de julho de<br />

1973, o então presidente<br />

Emilio Garrastazu Médici,<br />

atendendo ao pedido do<br />

Ministro da Aeronáutica,<br />

Tenente Brigadeiro do Ar<br />

Araripe Macedo, cria o<br />

Núcleo do Museu<br />

Aeroespacial. Em janeiro<br />

do ano seguinte dá início<br />

ao trabalho de restauração<br />

dos hangares da antiga<br />

Divisão de Instrução de<br />

Voo da Escola de Aeronáutica,<br />

juntamente com o<br />

início da coleta para o<br />

acervo, restauração de<br />

aeronaves, motores, armas<br />

e outros objetos de valor<br />

para a história.<br />

Sala VIP<br />

A impressão que temos ao visitar o museu é do altíssimo amor pela instituição dos que ali<br />

dedicam suas vidas para mantê-lo vivo, porém não deixamos de notar a falta de apoio do<br />

governo federal. Um acervo que poucos museus do mundo detem o privilégio de ter e não<br />

temos apoio dos governantes, é lamentável ver aeronaves no tempo, deteriorando-se, dói<br />

essas imagens em quem ama a aviação.<br />

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1º Forum Online de<br />

Gestão de Aeroclubes e Pequenos Aeropoos,<br />

com foco em soluções<br />

Aguarde, em Janeiro de 2017...<br />

A proposta é realizar um amplo evento, com recursos de tv web e<br />

alcance para todo Brasil, permindo que operações aeropouárias de<br />

micro e pequeno poe possam ter acesso à atualização, reciclagem e<br />

contato com grandes profissionais e especialistas do setor.<br />

A dinâmica das tecnologias tem sido muito rápida, igualmente os<br />

critérios e soluções de suprimentos, e a gestão dos aeroclubes podem<br />

ter novas possibilidades para incremento de sua manutenção, de seu<br />

desenvolvimento, sua informazação e up grade técnico e<br />

de aeronaves.<br />

Assim, o evento pela internet - AO VIVO - proporcionará<br />

opounidade inédita e simultânea a todos - de acompanhar<br />

palestras e painéis de debate sobre temas de seu interesse,<br />

com possibilidade de interação por whatsapp e chat.

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