Revista Expo Brasil - Ed. Março 2017
Revista Expo Brasil - Ed. Março 2017 - Informações e dicas do mercado de varejo, abordando cases de sucesso, estratégias e uma incrível vitrine com produtos dos expositores que participaram da 34ª edição da Expo Brasil Feira, que aconteceu no Expo Center Norte em São Paulo/SP.
Revista Expo Brasil - Ed. Março 2017 - Informações e dicas do mercado de varejo, abordando cases de sucesso, estratégias e uma incrível vitrine com produtos dos expositores que participaram da 34ª edição da Expo Brasil Feira, que aconteceu no Expo Center Norte em São Paulo/SP.
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DIVERSIFICAÇÃO DE PRODUTOS<br />
Diversificação de produtos em<br />
lojas de variedades<br />
O comércio de produtos para o<br />
lar a 1,99 surgiu na década de 1990,<br />
a partir da estabilidade econômica e<br />
fim do processo hiperinflacionário<br />
que o país atravessava desde a década<br />
de 1980. Nesse novo cenário foi<br />
possível planejar o negócio e formar<br />
estoques, bem como atender uma<br />
demanda reprimida pela forte recessão<br />
econômica de 25 anos. Negócios<br />
de produtos diversos para o lar e com<br />
preços acessíveis agradaram o consumidor<br />
e se espalharam pelo país.<br />
Mas como nada é para sempre,<br />
o mercado foi diminuindo e<br />
os lojistas tiveram que reinventar<br />
a própria filosofia do negócio.<br />
Esgotamento do modelo? De certa<br />
forma, sim. O modelo se esgotou<br />
por novas ondas de instabilidade<br />
econômica, o que descaracterizou<br />
a filosofia fortemente calcada na<br />
moeda forte, no preço e, também,<br />
pela retração natural da demanda.<br />
A partir dessa constatação, os<br />
lojistas passaram a ampliar o mix de<br />
produtos e também a faixa de preços<br />
praticada, passando a oferecer produtos<br />
mais sofisticados. Essas mudanças<br />
foram acompanhadas por maior renda<br />
e exigência do consumidor, que pas-<br />
sou a demandar produtos melhores.<br />
Dessa forma, podemos afirmar que<br />
a diversificação de produtos acompanha<br />
o acirramento da concorrência<br />
em diversos setores. O armarinho, por<br />
exemplo, não vende apenas linhas,<br />
agulhas e miudezas úteis para o lar<br />
como antigamente. A cesta de produtos<br />
oferece hoje no mesmo espaço<br />
brinquedos, lápis coloridos, massinhas<br />
de modelar e diversos outros objetos<br />
para adultos e crianças. Esse é apenas<br />
um exemplo da diversificação<br />
de produtos praticada atualmente.<br />
Focando especificamente no setor<br />
de variedades e seguindo a lógica de<br />
ampliação de ofertas exposta acima,<br />
qualquer alteração no perfil do negócio<br />
deve ser precedida de estudos<br />
do público cativo e do público que se<br />
pretende conquistar. Uma alteração<br />
dessa magnitude deve levar em conta<br />
desde alterações de layout, atendimento,<br />
gestão de estoque, compras,<br />
logística e publicidade, até o capital<br />
necessário para a realização da alteração.<br />
É uma mudança significativa,<br />
mas que pode render bons frutos.<br />
Com relação ao público, o lojista<br />
deve estar atento para os conflitos de<br />
ofertas para um público e para outro,<br />
caso contrário, além de não conquistar<br />
o público pretendido, perde o cativo.<br />
A alteração na disposição dos artigos<br />
não deve ser muito agressiva para não<br />
descaracterizar totalmente a imagem<br />
construída. O lojista deve considerar<br />
que não pretende outro negócio,<br />
apenas uma ampliação de ofertas.<br />
A diversidade de produtos, portanto,<br />
deve obedecer a um rigoroso planejamento.<br />
Quando se pretende agregar<br />
outros itens do mesmo segmento para<br />
melhorar a margem de formação de<br />
preço do produto principal, o lojista<br />
deve estar atento à quantidade de itens<br />
do secundário – produtos mais sofisticados<br />
– para não confundir o cliente.<br />
Os artigos secundários não podem ser<br />
em quantidade tal que descaracterize<br />
a finalidade do estabelecimento, e o<br />
mesmo vale para uma alteração mais<br />
significativa que exija reformulação<br />
estrutural mais robusta. Ainda que<br />
em época de contenção de consumo,<br />
a imagem construída tem muito valor<br />
e representa uma referência para o<br />
consumidor na hora de decidir o estabelecimento<br />
em que irá comprar.<br />
Organização na hora de agregar mais<br />
produtos ao mix traz ao consumidor<br />
segurança e credibilidade •<br />
24 <strong>Revista</strong> <strong>Expo</strong> <strong>Brasil</strong> Feiras