Revista Expo Brasil - Ed. Março 2017

PUR – Associação Brasileira de Produtos
Infantis, o segmento fatura mais
de R$ 1 bilhão por ano, em produtos
como mamadeiras, chupetas, pratos,
mordedores, carrinhos de passeio,
berços, assentos de segurança, cadeirões
para alimentação, entre outros.
Para este ano de 2017, a previsão
da indústria é de crescimento de
12% no mercado de brinquedo, que
tem se especializado para atender
um público cada vez mais eclético
e ávido por novidades que contemplem
suas necessidades. E todos
os anos, novos e diferentes itens
são lançados, desde produtos para
recém-nascidos e até para colecionadores
que já estão na fase adulta.
Pesquisa realizada recentemente
pelo Ibope afirma que 47% das crianças
brasileiras de 6 a 9 anos têm acesso
frequente à Internet. A convivência
entre brinquedos tecnológicos e tradicionais
fica clara com a criatividade
dos fabricantes que criam novas versões
de produtos clássicos, que agora
ganham roupagem interativa para
atrair a atenção dos pequenos. Entre
os exemplos estão smartphones e
tablets, robôs, jogos de tabuleiro com
tecnologia inserida,
helicópteros, carrinhos
de controle
remoto, realidade
aumentada, bonecos
e pelúcias que
emitem som ou
que tenham interação
com a criança.
Mas a indústria, atenta ao desenvolvimento
da criança, percebeu uma nova
tendência de brinquedos, do “Faça
você mesmo”, que permite às crianças
construírem itens que são importantes
para suas vidas. O resultado final gera
nos pequenos um sentimento de orgulho
diante das criações e ainda pode
ajudá-los a desenvolver importantes
habilidades cognitivas e motoras.
Entre os exemplos estão brinquedos
de construção, com tema de culinária,
kits de design e arte, musicais,
brinquedos de cabelo e maquiagem.
Segundo Maria Ângela Barbato
Carneiro, coordenadora do Núcleo
de Cultura e Pesquisas do Brincar
da PUC-SP, “miniaturizar o universo
adulto insere a criança no mundo
social e cultural de que faz parte.
A mudança nos papéis de homem
e mulher interfere na brincadeira,
ajuda a repensar a questão do
gênero e o mercado de brinquedos
está atento a essa nova realidade”.
Para agradar essa turminha, a
indústria aposta em inovação, design
de ponta, produtos ligados a
sucessos de mídia e relançamentos
com nova roupagem, tanto para
meninos quanto para meninas.
As brincadeiras híbridas de hoje
em dia, que desafiam os padrões antigos
de gênero, estão forçando fabricantes
de brinquedo a mudarem de
atitude. E apostarem na criatividade,
que, pelos números do segmento, tem
agradado a nova geração. “É positivo
ver essa exigência das crianças se
concretizar, realizando mudanças nas
indústrias”, conclui a coordenadora. •
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