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01.5 - Hana

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Delirium 1.5 – <strong>Hana</strong><br />

Lauren Oliver<br />

mas então, todos de uma vez, os gritos se tornaram mais altos, sobrepondo o som da<br />

banda.<br />

— Corram! Batida! Corram!<br />

Eu congelo, paralisada pelo medo. A música para com um estrondo. Agora não<br />

tinha nada além de gritos, e eu estava sendo empurrada, engolida pela onda de pessoas ao<br />

meu redor.<br />

— Batida! Corram!<br />

Para fora. Para fora. Eu preciso sair daqui. Alguém me dá uma cotovelada e eu<br />

quase não consigo me equilibrar. Escadas – preciso chegar até as escadas. Eu consigo vêlos<br />

de onde estava, consigo ver uma onda de pessoas lutando e escalando as escadas para<br />

sair do porão. Então, de repente aparece um pedaço enorme de madeira e os gritos<br />

aumentam. A porta no topo das escadas foi despedaçada; as pessoas perto dela estavam<br />

caindo em cima das pessoas que estavam atrás, que também caíam...<br />

Isso não estava acontecendo. Não podia estar acontecendo.<br />

Uma silhueta enorme de homem aparece onde antes estava a porta. Um regulador.<br />

Ele segurava uma arma. Atrás dele, duas formas semelhantes a foguetes apontavam para a<br />

multidão, e os gritos mudaram para o som de rosnados e latidos.<br />

Cães.<br />

Enquanto o regulador começa a abrir caminho para dentro, meu corpo descongela.<br />

Eu me viro para longe das escadas, para dentro da massa de pessoas, todas empurrando e<br />

correndo em diferentes direções, boquiabertas e em pânico. Eu estava cercada por todos os<br />

lados. Quando finalmente consegui sair da sala principal, vários reguladores já tinham<br />

conseguido descer as escadas. Olho rapidamente para trás e os vejo avançando em direção<br />

a multidão com cassetetes.<br />

Uma voz alta, amplificada falava: — Isso é uma batida. Não tentem correr. Não<br />

tentem resistir.<br />

Tinha uma janela pequena no nível do chão no quarto com os colchões e o sofá, e<br />

pessoas se aglomeravam ao redor dela, gritando uns com os outros, procurando um trinco<br />

ou uma forma de abri-la. Um menino toma impulso nas molas do sofá e acerta a janela<br />

com o cotovelo. A janela quebra. Ele fica em pé no braço do sofá e escapa por ela. Agora as<br />

pessoas lutavam para conseguir fazer o mesmo. Eles oscilavam em cima uns dos outros,<br />

lutando para serem os primeiros.<br />

Olho por cima do ombro. Os reguladores estavam se aproximando, suas cabeças<br />

flutuando sob a multidão, como rostos sombrios de marinheiros empurrando através da<br />

tempestade. Eu nunca vou conseguir escapar a tempo.<br />

Traduzido por Grupo Shadows Secrets 33

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