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Boletim Informativo AcervaPR Abril 2017

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EDVAN (DE BARBA) E RICARDO: MUITA PESQUISA ATÉ CHEGAR à SOUR IDEAL.<br />

haver contaminação por algum outro micro-organismo<br />

que se utilize de oxigênio). Depois o mosto é transferido<br />

para um barril e nele é inserido CO 2<br />

para a retirada total<br />

de oxigênio e a fermentação ocorre entre 40 e 45 graus,<br />

entre dois a cinco dias, tendo o pH aferido, bem como<br />

o alívio da pressão, constantemente.<br />

FRUTAS E PROCESSOS<br />

Para este estilo de cerveja, “esqueça as frutas comerciais,<br />

daquelas vindas, por exemplo, do Mercado Municipal.<br />

Elas são muito doces, e o foco aqui são as mais azedas<br />

e ácidas possíveis”, diz Ricardo. De tantos testes<br />

que já fizeram, aconselham a usar aquelas roubadas<br />

provindas do pé: uvaia, butiá, amora, ameixa, nêspera e<br />

pitanga. Também já fizeram testes com cupuaçu (aqui<br />

vai a polpa), lichia e romã. Edvan aconselha sempre a<br />

estudar o perfil da fruta, priorizando a quantidade de<br />

açúcar e acidez que há nelas: “quanto mais doce for a<br />

fruta, mais seca ela tornará a cerveja”.<br />

E ainda, sem sombra de dúvidas, os dois aconselham<br />

o uso de culturas puras. Reutilizar aquilo que não se<br />

tem certeza do controle de propagação (isso, se houver)<br />

pode estragar todo o processo – por isso, Ricardo<br />

avisa aos que nunca se aventuraram pelos mares<br />

das cervejas azedas a se prevenirem no seguro barco<br />

do conhecimento avançado sobre micro-organismos<br />

e ainda, na utilização de equipamentos específicos<br />

(como o pHmetro). Importantíssimo também ressaltar a<br />

sanitização, que deve ser feita com ácido peracético em<br />

tudo aquilo que for poroso (incluem-se aí tudo o que for<br />

de plástico e silicone) e, objetos de vidro e inox devem<br />

ser lavados com soda ou autoclavados.<br />

Pensa que acabou? Além de cada um brassar a média<br />

de 1.200L/ano (ou seja, em TODOS os finais de<br />

semana), eles estão se preparando para iniciar estudos<br />

da maturação de sours em barris de carvalho europeu.<br />

Para quem se interessou em produzir este estilo, Edvan<br />

recomenda e leitura constante caso seja esse seu novo<br />

nicho de produção. De tudo aquilo que lhe inspirou,<br />

recomenda as leituras do livros abaixo*. Ah, ainda houve<br />

tempo de perguntar se eles ainda têm vida social — e<br />

eles juraram que sim! E se duvidar, ainda responderão<br />

suas dúvidas, caso você as tenha! edivanzuanazzi@<br />

gmail.com e rharmuch@yahoo.com.br.•<br />

5<br />

<strong>Boletim</strong> <strong>Informativo</strong> da Acerva Paranaense n.º01 abril/<strong>2017</strong><br />

American Sour<br />

Beers: Innovative<br />

Techniques for Mixed<br />

Fermentations,<br />

de Michael Tonsmeire<br />

Wild Brews: Beer<br />

Beyond the Influence<br />

of Brewer’s Yeast, de<br />

Jack Jeff Sparrow e<br />

Stan Hieronymus<br />

Brew Like a Monk:<br />

Trappist, Abbey, and<br />

Strong Belgian Ales and<br />

How to Brew, de Tim<br />

Webb e Stan Hieronymus<br />

How to Brew:<br />

Everything You Need<br />

to Know to Brew Beer<br />

Right the First Time,<br />

de John J. Palmer.<br />

*todos os títulos disponíveis para venda na amazon.com

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