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totalitária <strong>de</strong> infiltração que representa, ao final, o perigo mais sério<br />
para as socieda<strong>de</strong>s europeias”.<br />
Agora, os leitores da revista FrontPage serão os primeiros a ler<br />
a tradução completa do projeto.<br />
O que as agências <strong>de</strong> inteligência oci<strong>de</strong>ntais sabem sobre “O<br />
Projeto” começa com uma incursão em uma vila <strong>de</strong> luxo em<br />
Campione, Suíça, em 07 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2001. O alvo era Youssef<br />
Nada, diretor do Banco Al-Taqwa <strong>de</strong> Lugano, que mantinha uma<br />
associação ativa com a Irmanda<strong>de</strong> Muçulmana, consi<strong>de</strong>rada como um<br />
dos movimentos islamistas mais importantes e mais antigos do<br />
mundo, foi fundado por Hasan al-Banna em 1928 e seu lema é: “Alá é<br />
nosso objetivo; o Profeta é nosso lí<strong>de</strong>r, o Alcorão é nossa lei; a jihad<br />
é nosso caminho, morrer por Alá é nosso maior <strong>de</strong>sejo”.<br />
As forças da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Suíça levaram a cabo a incursão<br />
cumprindo uma petição da Casa Branca durante as primeiras medidas<br />
severas que se tomaram para cortar o financiamento terrorista <strong>de</strong>pois<br />
dos atentados do 11 <strong>de</strong> setembro. Os investigadores americanos e<br />
suíços haviam seguido o papel que <strong>de</strong>sempenhava Al-Taqwa nas<br />
operações <strong>de</strong> lavagem <strong>de</strong> dinheiro e financiamento <strong>de</strong> uma ampla<br />
gama <strong>de</strong> grupos terroristas, entre os que se incluíam Al-Qaeda,<br />
HAMAS (a divisão palestina da Irmanda<strong>de</strong> Muçulmana), o GIA na<br />
Argélia e Ennahda em Túnis.<br />
Entre os documentos que se apreen<strong>de</strong>ram durante a operação<br />
na vila suíça <strong>de</strong> Nada se encontrava um plano <strong>de</strong> quatorze páginas<br />
escrito em árabe e com data do 1 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1982, que perfilava<br />
uma estratégia <strong>de</strong> doze pontos para “estabelecer um governo islâmico<br />
na Terra” e que se chamou “O Projeto”. De acordo com o testemunho<br />
<strong>de</strong> Nada às autorida<strong>de</strong>s suíças, o documento não assinado foi escrito<br />
por “investigadores islâmicos” associados com a Irmanda<strong>de</strong><br />
Muçulmana.<br />
O que faz com que “O Projeto” seja tão diferente da ameaça<br />
habitual <strong>de</strong> “morte aos Estados Unidos!”, “morte a Israel!” e<br />
“estabelecer o califado mundial” (que nós tanto encontramos na<br />
retórica islâmica), é o fato <strong>de</strong> que representa um modo flexível, com<br />
múltiplas fases e <strong>de</strong> longo prazo para levar a cabo a “invasão cultural”<br />
do Oci<strong>de</strong>nte. Recomenda o uso <strong>de</strong> diversas táticas que vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />
imigração, infiltração, vigilância, propaganda, protesto, engano,<br />
legitimida<strong>de</strong> política e terrorismo. O projeto tem sido o “plano mestre”<br />
da Irmanda<strong>de</strong> Muçulmana durante mais <strong>de</strong> duas décadas. Tal e como<br />
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