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na realida<strong>de</strong>, foi o início <strong>de</strong> uma guerra sem fim que <strong>Maomé</strong> e seus<br />
seguidores manteriam contra seus inimigos (os kuffar).<br />
A medida em que avançava no conflito, <strong>Maomé</strong> <strong>de</strong>senvolveu<br />
uma estratégia para um sistema <strong>de</strong> guerra completamente novo que<br />
chamou <strong>de</strong> jihad. Os oci<strong>de</strong>ntais traduzem a palavra jihad como “guerra<br />
santa”, mas na realida<strong>de</strong> é algo mais que isso. <strong>Maomé</strong> era um<br />
estrategista militar muito hábil, mas a jihad não tem muito a ver com<br />
táticas militares. Se fosse só isso, a jihad teria ficado obsoleta quando<br />
houvesse enfrentado as tecnologias militares mais mo<strong>de</strong>rnas e<br />
efetivas: os arcos ou as armas <strong>de</strong> fogo.<br />
A guerra, como todo tipo <strong>de</strong> coação violenta, tem um aspecto<br />
psicológico, que é mais relevante, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> muitos pontos <strong>de</strong> vista, do<br />
que a própria violencia em si. <strong>Maomé</strong> possuía o dom <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r<br />
esta psicologia e o talento para incorporá-la na estratégia da jihad.<br />
Devido a isto, a jihad é eficaz se alguém luta com arco e flechas, ou se<br />
luta com drones. Na medida em que a história for contada, veremos<br />
como se <strong>de</strong>senvolveu essa estratégia. Vou começar a enumerar alguns<br />
pontos na medida em que forem aparecendo.<br />
Regras da jihad:<br />
1) A jihad conta com a aprovação <strong>de</strong> Alá. Não há autorida<strong>de</strong><br />
maior, então está sempre justificada.<br />
2) Nunca <strong>de</strong>ve tolerar nenhuma norma ou limitação, o fim<br />
justifica qualquer meio, por mais mais impactante que seja. A<br />
jihad po<strong>de</strong> ser qualquer tipo <strong>de</strong> ação que permita o Islã avançar<br />
ou que <strong>de</strong>bilite os kuffar, seja um grupo seja um indivíduo.<br />
Inclusive doar dinheiro para financiar a jihad é um outro tipo<br />
<strong>de</strong> jihad.<br />
3) Sempre se <strong>de</strong>ve fazer <strong>de</strong> vítima. <strong>Maomé</strong> distorceu sua situação.<br />
Ainda que houvesse sido ele quem atacou as pessoas inocentes<br />
sem provocação prévia, ele as acusou porque haviam impedido<br />
que outros se convertessem ao Islã e porque veneravam ídolos.<br />
Portanto o ataque era culpa <strong>de</strong>ssas pessoas e os muçulmanos<br />
eram as vítimas.<br />
4) Repetir isto uma e outra vez e acabarão por acreditar. Se você<br />
for capaz <strong>de</strong> convencer a vítima a aceitar a culpa, já ganhou a<br />
guerra, porque a represália necessita certa injustiça. Se a vítima<br />
aceita a culpa, começará a se odiar.<br />
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