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Des<strong>de</strong> sua criação, a Irmanda<strong>de</strong> Muçulmana <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u o uso do<br />
terrorismo como um meio para conseguir os objetivos do plano <strong>de</strong><br />
domínio do mundo. No entanto, ao ser o maior movimento popular<br />
radical no mundo islâmico, atraiu a muitos intelectuais islamistas <strong>de</strong><br />
relevância, entre outras pessoas, Yussuf al-Qaradawi, um ulemá<br />
islamista nascido no Egito mas que vive no Catar.<br />
Dado que é uma das principais figuras espirituais da<br />
Irmanda<strong>de</strong> Muçulmana e dos ulemás islamistas radicais (que contam<br />
com seu próprio programa semanal na Al-Jazeera), al-Qaradawi foi<br />
um dos gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>fensores dos atentados suicidas com bomba em<br />
Israel e <strong>de</strong> dois atentados terroristas contra interesses oci<strong>de</strong>ntais no<br />
Oriente Médio. Tanto Sylvain Besson como Scott Burges<br />
proporcionam comparações <strong>de</strong>talhadas entre a publicação <strong>de</strong><br />
Qaradawi <strong>de</strong> 1990, Priorities of the Islamic Movement in the Coming<br />
Phase (Priorida<strong>de</strong>s do movimento islâmico na fase seguinte) e O<br />
Projeto, que foi publicado oito anos antes das priorida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> al-<br />
Qaradawi. Eles notaram as surpreen<strong>de</strong>ntes semelhanças na linguagem<br />
empregada e os planos e métodos que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m ambos documentos.<br />
Se especula que al-Qaradawi pô<strong>de</strong> usar O Projeto como exemplo para<br />
sua própria obra ou que sua mão fosse uma das que participou na sua<br />
redação em 1982. Talvez seja uma coincidência, mas al-Qaradawi era<br />
o quarto maior acionista do Banco al-Taqwa <strong>de</strong> Lugando, cujo<br />
director, Youssef Nada, tinha em sua posse O Projeto quando foi<br />
encontrado. Des<strong>de</strong> 1999, al-Qaradawi foi proibido <strong>de</strong> entrar nos<br />
Estados Unidos <strong>de</strong>vido a sua conexão com organizações terroristas e<br />
sua <strong>de</strong>fesa pública do terrorismo.<br />
Para os que leram O Projeto, o mais preocupante não é que os<br />
islamistas hajam <strong>de</strong>senvolvido um plano para dominar o mundo; os<br />
especialistas afirmam que as organizações islamistas e os grupos<br />
terroristas operavam seguindo um conjunto combinado <strong>de</strong> princípios<br />
gerais, re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> contato e metodologia. O que é surpreen<strong>de</strong>nte é ver<br />
como foi eficaz a implantação do plano islamista para a conquista que<br />
aparece traçado no Projeto <strong>de</strong>s<strong>de</strong> mais <strong>de</strong> duas décadas. Também é<br />
motivo <strong>de</strong> preocupação analisar a i<strong>de</strong>ologia que serve <strong>de</strong> base para o<br />
plano, pois incita ao ódio e a violência contra a população judia em<br />
todo o mundo, o recrutamento e subversão <strong>de</strong>liberada <strong>de</strong> instituições<br />
públicas e privadas do Oci<strong>de</strong>nte contra seus vizinhos e concidadãos, a<br />
aceitação da violência como uma opção legítima para conseguir os<br />
objetivos e a inevitável realida<strong>de</strong> da jihad contra os não muçulmanos e<br />
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