livro-fernando-almeida-sustentabilidade
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O caso Rio Tinto: responsabilidade até o fim<br />
Empresa socialmente responsável compromete-se com as conseqüências sociais de seu<br />
negócio mesmo depois que ele acaba. A lição é da mineradora Rio Tinto.<br />
Seis anos antes do fechamento de uma mina de ouro na Indonésia, previsto para 2003, a<br />
empresa começou a treinar os mineradores para transformá-los em agricultores. Objetivo: preparar a<br />
comunidade para sobreviver em condições dignas, independentes e sustentáveis após o encerramento<br />
da mineração.<br />
Habitantes de mais de quarenta cidades no entorno da mina de Kellian Mine passaram pelo<br />
Centro de Treinamento de Agricultores que a empresa montou. O centro oferece cursos práticos – uso<br />
da terra, controle de doenças, administração de fazendas, entre outros – e serviços de apoio na área,<br />
como ajuda financeira e empréstimos para compra de sementes e fertilizantes.<br />
Seguindo a cartilha da <strong>sustentabilidade</strong>, antes de montar o Centro de Treinamento a Rio Tinto<br />
consultou a comunidade e fez pesquisas até sobre a história da região, que, antes da descoberta do<br />
ouro, tinha como principal atividade econômica a agricultura, principalmente o cultivo do arroz. O<br />
programa de treinamento foi então montado para reviver, fortalecer e aprimorar a vocação e o<br />
potencial locais.<br />
Ao adotar esse tipo de política, a empresa reconhece explicitamente que sua instalação e<br />
operação podem provocar mudanças sociais delicadas em uma região. E estabelece como um de seus<br />
princípios a obrigação de trabalhar com a comunidade, governo e ONGs locais para administrar essas<br />
intervenções e causar o mínimo possível de danos socioambientais aos empregados e moradores do<br />
local afetado.