14.09.2017 Views

Revista Penha | setembro 2017

O que acontece, quem são as pessoas que marcam a Freguesia e ainda algumas curiosidades sobre a Penha de França. Uma revista editada pela Junta de Freguesia da Penha de França.

O que acontece, quem são as pessoas que marcam a Freguesia e ainda algumas curiosidades sobre a Penha de França.
Uma revista editada pela Junta de Freguesia da Penha de França.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

DAS ILHAS<br />

PARA<br />

A PENHA<br />

Sofia Costa trocou uma pacata<br />

cidade dos Açores por Lisboa. “Vim<br />

para estudar, aos 17 anos, mas<br />

também porque queria agitação”,<br />

conta a rir.<br />

Da sua vida nas ilhas para a capital,<br />

o que mais nota é que aqui “as<br />

pessoas têm muito o hábito de não<br />

incomodar ninguém. Lá, as pessoas<br />

tocavam à porta para pedir um<br />

bocadinho de açúcar ao vizinho, ou<br />

outra coisa que precisassem”. Aqui,<br />

nas raras vezes em que lhe fizeram<br />

o mesmo, sentiu “uma grande alegria”.<br />

O “pior é quando me pedem o<br />

que não tenho”, desabafa Sofia, que<br />

se preocupa com temas sociais.<br />

Chegou a ser voluntária de um<br />

projeto antigo da freguesia, o Banco<br />

do Tempo, e agora é no da Refood.<br />

Mas não ajuda o facto de ter uma<br />

profissão que a obriga a estar<br />

“muitas vezes ausente”. Explica que<br />

“gostava de poder fazer mais”, mas<br />

que agora não consegue, e acrescenta<br />

uma esperança: “Talvez quando<br />

as crianças forem maiores…”.<br />

É com elas que frequenta os parques<br />

infantis da Freguesia, onde notou<br />

“que há melhoria”. Mas refere o da<br />

Av. General Roçadas, no qual gostaria<br />

de ver “equipamentos para crianças<br />

mais pequenas”.<br />

Acredita que as cidades “só têm a<br />

ganhar com a reabilitação” e, por isso,<br />

também apreciou a obra que organizou<br />

o estacionamento na Rua Eduardo<br />

Costa, entre a EB Arq. Victor Palla<br />

e a Biblioteca Municipal da <strong>Penha</strong> de<br />

França, para os lados da sua casa.<br />

“Um dia estacionámos lá e de manhã<br />

não conseguimos sair porque estava<br />

completamente tapado. Agora está<br />

mais ordenado”.<br />

Já nas ruas da Freguesia, o que mais<br />

lhe desagrada são os “cocós dos<br />

cães, o que tem muito a ver com o<br />

civismo das pessoas”. O mesmo<br />

acontece com bancos ou passeios,<br />

por exemplo, que são reparados, diz,<br />

“e tão depressa está tudo bem como<br />

de repente está tudo estragado”.<br />

Uma falta de civismo que considera<br />

não existir apenas no espaço público.<br />

Nos vários prédios onde já viveu<br />

surpreende-a o facto de “muita gente<br />

não limpar o que suja” – “Se vou pôr<br />

o lixo e por acaso entorno, limpo logo<br />

de seguida. Não há muitos a preocuparem-se<br />

em fazer o mesmo”.<br />

Mora num “sítio sossegado, com<br />

comércio próximo, nomeadamente a<br />

Rua Morais Soares e os supermercados”.<br />

E, por isso, Sofia gosta de viver<br />

na <strong>Penha</strong> de França.<br />

21

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!