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Revista Apólice #228

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Ano 22<br />

Número 228<br />

Dezembro 2017<br />

Omar Ajame, CEO Emir Zanatto, COO Bruno Zangari, CFO<br />

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editorial<br />

Ano 22 - nº 228<br />

Dezembro 2017<br />

Esta revista é uma<br />

publicação independente<br />

da Correcta Editora Ltda<br />

e de público dirigido<br />

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Kelly Lubiato - MTB 25933<br />

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Articulista:<br />

J. B. Oliveira<br />

Foto Capa:<br />

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Tiragem:<br />

15.000 exemplares<br />

Circulação:<br />

Nacional<br />

Periodicidade:<br />

Mensal<br />

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<strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong><br />

2018 será mais difícil?<br />

Ouvi esta frase de executivos de seguradoras e, confesso,<br />

me assustei. Em um cenário de inflação na casa dos 4% em 2017<br />

e com taxas de juros mais baixas, as companhias seguradoras<br />

terão que procurar o resultado operacional a todo custo. Aquelas<br />

que já investiram no saneamento de sua carteira certamente<br />

terão alguma vantagem competitiva. Este é um problema cíclico<br />

do mercado de seguros. Certamente, não haverá espaço para<br />

guerra de preços.<br />

Da mesma forma, os corretores de seguros deverão sair em<br />

busca de novos negócios, seja na forma de comercializar ou nos<br />

produtos comercializados. A transformação digital que é citada<br />

por todos já está incorporada ao mercado. A telemetria deve<br />

adequar os produtos à forma de uso dos consumidores. O perfil<br />

do consumidor também mudou. Ele não quer mais adquirir<br />

alguma coisa que não vai usar. Por isso, os serviços agregados<br />

farão ainda mais sentido nestes novos tempos, sejam eles para a<br />

residência do segurado, para a viagem, para melhorar a atenção<br />

à saúde. Inovação será uma palavra tão incorporada ao vocabulário<br />

quanto prêmio ou sinistro.<br />

E, por aqui, continuaremos seguindo pelo caminho de um<br />

conteúdo de qualidade, para atender às necessidades daqueles<br />

que querem saber o que acontece no mercado de seguros brasileiro,<br />

as tendências e repercussões. Continuaremos investindo<br />

na cobertura de eventos online, em diversas plataformas digitais.<br />

Todo o trabalho desenvolvido pela <strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong> rendeu<br />

três importantes reconhecimentos: o Prêmio Especialistas 2017,<br />

promovido pelo Centro de Estudos da Comunicação; o Prêmio<br />

de Jornalismo do Sincor-GO e o Prêmio Nacional de Jornalismo<br />

em Seguros, realizado pela Fenacor. Só temos uma palavra a<br />

dizer: obrigado!<br />

Que venha 2018!<br />

Boa leitura!<br />

Diretora de Redação<br />

Mande suas dúvidas, críticas e sugestões para redacao@revistaapolice.com.br<br />

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sumário<br />

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|<br />

painel<br />

gente<br />

capa<br />

Pioneira na otimização do trabalho do corretor com o lançamento<br />

do Teleport, a TEx Tecnologia caminha para ser uma das maiores<br />

empresas tecnológicas voltadas ao mercado de seguros<br />

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| eventos<br />

|<br />

cidadania<br />

Prefeitura de São Paulo recebe doação, sem contrapartidas, de<br />

serviço de monitoramento<br />

educação<br />

Soluções são discutidas em diversas esferas, mas o bullying está<br />

longe de ter um fim. Setor reforça amparo às escolas e aos alunos<br />

com seguro de Responsabilidade Civil<br />

escolar<br />

A regulamentação dos transportes escolares é feita pelos municípios,<br />

que também são os responsáveis pela sua fiscalização<br />

previdência<br />

Com as mudanças propostas para a reforma da Previdência Social,<br />

a previdência complementar ganha destaque e mais atenção da<br />

sociedade<br />

eleições<br />

O ano de 2017 marca mudanças importantes no Clube dos Corretores<br />

de Seguros da Costa da Mata Atlântica e no Sindicato dos<br />

Corretores de Seguros da Bahia, de Goiás, de Pernambuco e de<br />

Sergipe<br />

lançamento<br />

Empresa lança serviço de atendimento e acompanhamento de<br />

sinistro nas carteiras de automóvel, vida, RE, RC e fiança locatícia<br />

para facilitar a vida dos corretores de seguros<br />

viagem<br />

Descansar não deve ser motivo para deixar os seguros de lado.<br />

Erros, acertos e experiências podem definir como serão as viagens<br />

das férias<br />

reconhecimento<br />

Entidade entrega medalhas de homenagem para personalidades<br />

do setor de seguros<br />

simpósio<br />

Clube Internacional de Seguro de Transporte promove evento para<br />

debater as mudanças e desafios do setor<br />

| comunicação<br />

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painel<br />

• ndestaque<br />

Marco Antonio Rossi<br />

é homenageado na Fides<br />

A Federação Interamericana de Empresas<br />

de Seguros (Fides) homenageou, na XXXVI<br />

Conferência Hemisférica de Seguros, Marco<br />

Antonio Rossi com o prêmio de segurador<br />

com maior destaque, cuja morte completou<br />

dois anos.<br />

O executivo presidiu a Confederação Nacional<br />

das Seguradoras (CNseg) e a Fides entre<br />

2013 e 2015, além da Bradesco Seguros entre<br />

2010 e 2015. A premiação póstuma foi recebida<br />

pelo atual presidente da CNseg, Marcio<br />

Coriolano, durante a conferência realizada em<br />

El Salvador.<br />

“Rossi sempre será lembrado por suas conquistas importantes para a indústria<br />

de seguros e para o Brasil. Um homem de diálogo, ele foi reconhecido<br />

por seu dinamismo, sua capacidade de liderança e por sua doçura em lidar<br />

com todos ao seu redor”, destacou Coriolano.<br />

• nautomóvel<br />

Aprovada livre escolha<br />

de oficinas<br />

A Câmara dos Deputados aprovou a<br />

proposta que garante aos contratantes de<br />

seguro de veículos o direito de livre escolha<br />

das oficinas mecânicas e reparadoras, sempre<br />

que for necessário acionar o seguro para<br />

cobertura de danos ao veículo segurado ou<br />

de terceiros. O texto segue para o Senado,<br />

após receber sinal verde em última instância<br />

pela Comissão de Constituição e Justiça.<br />

A proposta foi aprovada com emendas.<br />

As centrais de atendimento devem assegurar<br />

o direito de livre escolha da oficina<br />

reparadora e não apenas informar sobre<br />

esse direito. Além disso, os veículos de<br />

terceiros só podem ser levados para reparo<br />

nas concessionárias se ainda estiverem na<br />

garantia.<br />

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painel<br />

• nreconhecimento 1<br />

<strong>Apólice</strong> leva Prêmio Nacional de<br />

Jornalismo em Seguros<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong> obteve a conquista máxima na categoria<br />

Imprensa Especializada do 2º Prêmio de Jornalismo em<br />

Seguros, promovido pela Fenacor. A matéria vencedora foi<br />

“Um empurrãozinho para quem está começando”, da editora<br />

Kelly Lubiato, que fala sobre os avanços disruptivos do setor<br />

e aborda a aposta do mercado segurador nos desenvolvedores<br />

de empresas para criar soluções capazes de revolucionar seus<br />

produtos e serviços.<br />

A cerimônia de premiação aconteceu no dia 29 de novembro<br />

no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.<br />

• nreconhecimento 2<br />

Editora da <strong>Apólice</strong> recebe<br />

Prêmio Especialistas<br />

O Prêmio Especialistas 2017 contemplou os jornalistas<br />

vencedores em 31 segmentos da economia. A iniciativa já<br />

está em sua terceira edição e é promovida pelo Centro de<br />

Estudos da Comunicação (CECOM) e pela revista Negócios<br />

da Comunicação.<br />

Na categoria Seguros, os escolhidos foram Antonio Penteado<br />

Mendonça, colunista do Jornal O Estado de S.Paulo;<br />

Bóris Ber, apresentador do Programa Seguro; e Kelly Lubiato,<br />

editora da <strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong>. “O mais importante deste<br />

prêmio é que ele é um reconhecimento dos nossos pares<br />

jornalistas e comunicadores, que escolhem os especialistas<br />

de cada setor em votação livre”, afirmou a jornalista.<br />

Kelly Lubiato recebe o prêmio de Rivaldo Leite, da Porto Seguro<br />

Carlos Alberto Trindade, da SulAmérica, entrega o troféu a Kelly Lubiato<br />

• nreconhecimento 3<br />

<strong>Apólice</strong> vence o 3º Prêmio Sincor-GO de Jornalismo<br />

Duas matérias da <strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong> conquistaram o<br />

3º Prêmio de Jornalismo do Sincor-GO. Assinadas pela<br />

repórter Amanda Cruz, “Ferramentas para crescer”<br />

e “O destino das cargas” foram destaque na categoria<br />

Mídia Especializada.<br />

A primeira reuniu os principais temas abordados na<br />

abertura do 20° Congresso de Corretores de Seguros,<br />

realizado em Goiânia de 12 a 14 de outubro deste ano,<br />

e revela as preocupações e perspectivas de grandes<br />

nomes do setor e da política brasileira. Já “O destino<br />

das cargas” mostra que, para um país que depende majoritariamente<br />

de transporte rodoviário, o número de<br />

roubos nas estradas assusta a população e o mercado<br />

segurador. O Estado de Goiás é um dos afetados pelo<br />

problema por conta da grande movimentação proveniente<br />

da movimentação agropecuária.<br />

Entregam o prêmio, Deivid Pereira, da Som.Us<br />

e Ezequiel Pereira Neto, da PAC Assessoria<br />

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• nseguro pirata<br />

Grupo vai discutir mercado marginal<br />

A Superintendência de Seguros Privados (Susep) criará um grupo<br />

de trabalho para discutir o mercado marginal. O objetivo é analisar<br />

as atividades exercidas por associações, entidades e cooperativas que<br />

oferecem, de forma irregular, coberturas securitárias e produtos com<br />

características da operação de seguros.<br />

A iniciativa busca colocar em discussão o mercado marginal<br />

como um todo, não apenas a<br />

chamada proteção veicular, para<br />

que sejam adotadas medidas em<br />

prol dos consumidores e do setor<br />

de seguros supervisionado pela<br />

autarquia. “Essas empresas não<br />

cumprem as regras e os critérios<br />

preestabelecidos pelo Conselho<br />

Nacional de Seguros Privados e<br />

a prática ilegal causa prejuízos à<br />

população porque não há proteção<br />

jurídica para o consumidor”,<br />

alerta o superintendente, Joaquim<br />

Mendanha de Ataídes.<br />

• npesquisa<br />

Colisões e atropelamentos<br />

lideram fatalidades no trânsito<br />

Um levantamento feito pelo Movimento Paulista<br />

de Segurança no Trânsito, programa do Governo de<br />

São Paulo que visa reduzir pela metade o número<br />

de óbitos no Estado, mostra que 66% das fatalidades<br />

envolvem colisões entre veículos e atropelamentos.<br />

Em outubro deste ano, o número de mortes cresceu<br />

3,4%. No acumulado do ano, a redução é de 1,7%<br />

ante 2016.<br />

De acordo com o Sistema de Informações<br />

de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo<br />

(Infosiga SP), 98,7% das vítimas desses dois grupos<br />

foram atropeladas ou atingidas por outros veículos<br />

após um choque. No caso dos ciclistas, 73,8% dos<br />

óbitos ocorreram por colisão contra carros, motos,<br />

ônibus ou caminhões. Dentre as motos, as colisões<br />

correspondem a 56% das fatalidades. Já entre os<br />

automóveis, a proporção é 52,8%.<br />

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painel<br />

• ncomemoração<br />

25 anos de atuação no Brasil<br />

Para celebrar os 25 anos de atividades no Brasil, a Mapfre<br />

reuniu, em São Paulo, cerca de 500 colaboradores e as lideranças<br />

da companhia. O presidente Antonio Huertas traçou<br />

um panorama positivo para os negócios em solo brasileiro.<br />

“O Brasil deve recuperar estabilidade política e econômica, e<br />

vamos aproveitar essa oportunidade para crescer na região”,<br />

disse.<br />

Já o CEO Wilson Toneto reforçou a importância dos<br />

funcionários para o sucesso da operação. “Chegamos a esse<br />

‘um quarto de século’, com o reconhecimento que temos e na<br />

posição que estamos, justamente por sempre enfrentarmos as<br />

adversidades com criatividade, respeito e com o jeito Mapfre<br />

que só quem atua ou já atuou conosco pode entender”, afirmou.<br />

A agenda de comemoração contou ainda com encontros<br />

com distribuidores, corretores, empresários e Governo.<br />

• nproduto<br />

Proteção digital para seguros<br />

massificados<br />

A Generali fechou uma parceria com a Affinion para<br />

oferecer aos clientes da operadora TIM a proteção de dados<br />

digitais. A solução também será fornecida aos clientes do<br />

Banco BMG, parceiro da seguradora, nos produtos de seguro<br />

prestamista atrelados a empréstimos consignados, disponibilizados<br />

para aposentados e pensionistas.<br />

O serviço, que leva o nome de Protege Web, é um modo<br />

de proteger os dados dos usuários na internet e conscientizar<br />

os consumidores a manterem-se preservados, minimizando<br />

o risco de fraudes e exposição indevida de suas informações<br />

pessoais.<br />

“Vemos neste serviço<br />

uma forma do segurado<br />

tangibilizar o produto<br />

de seguro. Além disso,<br />

um cliente com dados<br />

protegidos cria uma relação<br />

de fidelidade com<br />

a seguradora”, explica<br />

Conrado Gordon, diretor<br />

de Produtos Massificados<br />

da Generali.<br />

• ncampanha<br />

Seguindo a tradição, Ameplan<br />

Saúde anuncia seu evento!<br />

Cumprindo a<br />

tradição, no mês<br />

de janeiro de cada<br />

ano, a Ameplan<br />

Saúde realiza o seu<br />

evento comercial<br />

para anunciar os<br />

desafios de crescimento<br />

no ano e o<br />

programa de incentivos<br />

(reconhecimento) para os seus representantes comerciais.<br />

Marcelo Belber e Laureci Zeviani<br />

Sempre elogiados pelos participantes, o evento é um<br />

momento de muita descontração e de grande expectativa por<br />

parte dos convidados.<br />

A equipe comercial da Ameplan Saúde está preparando,<br />

com o carinho de sempre, uma proposta bem provocativa (no<br />

bom sentido!) de campanha de vendas, tanto no quesito desafio<br />

quanto no programa de recompensas. Desafio e recompensa<br />

sempre estiveram de mãos dadas em todas as suas campanhas.<br />

“Muito embora os concorrentes tenham limitado ou extinguido<br />

os seus programas de reconhecimento, nós fazemos<br />

questão de continuar reconhecendo e premiando o esforço dos<br />

nossos parceiros comerciais. Pode parecer fácil vender, mas<br />

somente aqueles que já queimaram os seus braços no sol, carregando<br />

uma pasta, é que sabem realmente como é desafiador<br />

converter um proponente em um cliente de plano de saúde.”<br />

comenta Laureci Zeviani, diretor comercial.<br />

“Com certeza achamos muito justo retribuir os resultados<br />

conquistados por nós, com programas que possibilitam ganhos<br />

extras e viagens bem elaboradas, perfeitas na opinião de todos<br />

os participantes. E fazemos o que podemos para que todos os<br />

participantes se sintam acolhidos e reconhecidos durante o ano<br />

todo, principalmente ao final da campanha, aqueles que fizeram<br />

algo mais para o sucesso da Ameplan Saúde”, complementa<br />

Marcelo Belber, gerente comercial.<br />

Desta vez não será diferente, as aprovações e regulamentos<br />

da campanha já estão praticamente prontos, passando pelos<br />

últimos retoques e ajustes, para serem anunciados numa grande<br />

festa a ser realizada no mês de janeiro, em dia, local e horário<br />

a ser anunciado pela equipe comercial.<br />

Para dar musculatura a esta campanha, estarão juntas<br />

com a Ameplan Saúde algumas parceiras comerciais que já<br />

participaram de outras campanhas: Corpore Administradora;<br />

Dentalpar Assistência Odontológica; Divicom Administradora<br />

e duas novas parcerias: Affix e a Hebron, Administradoras de<br />

Benefícios que passam a fazer parte do time.<br />

Bem-vindos a bordo, aqui só tem campeões: #PartiuBahia!<br />

Os convites e detalhes do mega evento serão distribuídos<br />

nas Corretoras e Plataformas participantes da campanha, a<br />

partir do dia 2 de Janeiro de 2018.<br />

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GENTE<br />

Diretor para Auto e<br />

Massificados<br />

Rafael Ramalho é o novo diretor de Precificação e<br />

Subscrição de Riscos de automóvel da SulAmérica. O executivo<br />

chega à seguradora após<br />

passagens por consultorias<br />

estratégicas e empresas dos<br />

ramos de seguros e automóvel.<br />

Na companhia, contribuirá<br />

com sua experiência em desenvolvimento<br />

de modelos e<br />

processos de precificação.<br />

Ramalho reporta-se ao<br />

vice-presidente de Auto e Massificados,<br />

Eduardo Dal Ri.<br />

Marketing e RH<br />

Beatriz Cabral assumiu a<br />

recém-criada diretoria de Marketing<br />

e RH da MDS Brasil. A<br />

empresa é parte do grupo multinacional<br />

que atua na área da corretagem<br />

de seguro e resseguro,<br />

gestão de cativas e consultoria<br />

de risco. Na companhia desde<br />

2014, a executiva atuava como<br />

gerente de Marketing, Comunicação e Desenvolvimento<br />

Organizacional.<br />

A criação da nova diretoria tem como objetivo consolidar<br />

a identidade da companhia no Brasil, reforçando a colaboração<br />

interna e entre as empresas do grupo. Além disso,<br />

fortalecer um posicionamento de mercado mais alinhado à<br />

estratégia global da marca.<br />

Novo Superintendente<br />

Comercial<br />

A Sancor Seguros anuncia mais um reforço importante<br />

para seu time comercial.<br />

A liderança da equipe<br />

será exercida por Rosimario<br />

Pacheco. Profissional<br />

com mais de 23 anos de<br />

experiência em seguradora<br />

multinacional.<br />

Pacheco assume a Superintendência<br />

Nacional<br />

Comercial, que terá o desafio<br />

de expandir a presença da<br />

marca e alcançar as desafiantes<br />

metas propostas para<br />

o próximo exercício.<br />

Mudanças na carteira de Auto<br />

O diretor geral de Automóveis<br />

do Grupo BB e Mapfre, Jabis Alexandre,<br />

vai deixar a companhia. A<br />

decisão foi confirmada pela assessoria<br />

de imprensa da empresa, que<br />

emitiu um comunicado à <strong>Revista</strong><br />

<strong>Apólice</strong>.<br />

“As recentes mudanças na<br />

carteira de automóvel do Grupo<br />

Segurador Banco do Brasil e<br />

Mapfre fazem parte de um plano<br />

de sucessão estruturado de seus<br />

líderes. O executivo ficará à frente da área durante o período de<br />

transição. O seu sucessor, que assumirá a carteira, será divulgado<br />

em breve pelo Grupo.”<br />

Nova VP e novo diretor de TI<br />

A Delphos fecha 2017 com a nomeação<br />

de uma nova vice-presidente:<br />

a diretora comercial e de marketing,<br />

Elisabete Prado, que atua na empresa<br />

desde 1980. O quadro organizacional<br />

também ganhou um novo diretor<br />

de Tecnologia da Informação. Quem<br />

desempenhará a função será Carlos<br />

Trindade, até então superintendente<br />

de TI e Comunicação. Sua função<br />

será liderar a provisão de sistemas<br />

e tecnologias para otimizar a gestão<br />

das organizações clientes, definir estratégias e buscar a criação<br />

de novos formatos de negócios.<br />

Troca na presidência<br />

Após cinco anos à frente da<br />

Swiss Re, Margo Black deixou a<br />

empresa e anunciou aposentadoria.<br />

Em seu lugar fica Mathias Jungen,<br />

nomeado como CEO durante<br />

um evento para clientes, parceiros<br />

e colaboradores da resseguradora.<br />

“Estou muito feliz e honrado com<br />

esse novo desafio. Espero continuar<br />

com o ritmo de sucesso que<br />

a Swiss Re conquistou e mantém<br />

em muitas fronteiras”, comentou<br />

o executivo.<br />

Jungen ingressou na companhia na filial de Zurique, em<br />

2006, como atuário. Agora, terá como missão presidir a empresa<br />

não só no Brasil, mas também no Cone Sul – principalmente<br />

Argentina e Chile.<br />

12


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capa | TEx<br />

Inovação e<br />

empreendedorismo no DNA<br />

A TEx segue em<br />

expansão e se<br />

prepara para<br />

lançar produtos<br />

voltados também<br />

às seguradoras no<br />

próximo ano<br />

Omar Ajame,<br />

fundador e CEO da TEx<br />

Uma década atrás, o mercado<br />

segurador estava estagnado em<br />

termos de inovação em tecnologia,<br />

sobretudo em soluções<br />

voltadas para corretoras de seguros. A<br />

lacuna precisava ser preenchida por quem<br />

realmente entendesse as necessidades das<br />

corretoras. Quando ainda atuava como<br />

diretor na corretora de seu pai, Omar Ajame,<br />

fundador e CEO da TEx, viu que estava<br />

na hora de desenvolver uma solução<br />

que integrasse corretoras e seguradoras<br />

em uma mesma plataforma, atendendo a<br />

todos os processos de negócios das corretoras<br />

e, ao mesmo tempo, preservando as<br />

características e diferenciais dos produtos<br />

das seguradoras, com todos os cuidados<br />

necessários para que o foco não fosse o<br />

preço, mas sim agilizar o processo de<br />

14


encontrar o produto ideal para cada segurado<br />

e de aumentar as vendas. Assim<br />

surgiu o Teleport, o primeiro sistema a<br />

integrar venda e gestão de seguros em<br />

uma única solução totalmente web.<br />

“Lançamos o Teleport no Congresso<br />

dos Corretores de Seguros (Conec)<br />

de 2008, antes de fundarmos a TEx de<br />

fato, o que aconteceu em março de 2009.<br />

Como o Conec acontece a cada dois anos,<br />

tivemos de escolher entre lançá-lo seis<br />

meses antes do que seria o momento ideal<br />

ou um ano e meio depois”, afirma Ajame.<br />

Para o executivo, lançar a ferramenta<br />

antes da companhia foi uma decisão<br />

acertada, apesar de não ter sido nada<br />

simples. Após colocar a TEx no mercado,<br />

era preciso “quebrar” a resistência<br />

dos consumidores. “Fazíamos reuniões<br />

por todo o Brasil, mas como a maioria<br />

dos empreendedores sabe, fechar os<br />

primeiros clientes não é trivial, no início<br />

é preciso provar tudo para todos. Foi um<br />

desafio convencer corretoras e seguradoras<br />

a trabalharem com uma startup, ainda<br />

mais em uma época onde não havia essa<br />

cultura no Brasil”, recorda.<br />

Isso começou a mudar quando a TEx,<br />

ainda no ano de sua fundação, obteve<br />

o selo de Primeira Empresa Inovadora<br />

(Prime), programa de subvenção econômica<br />

da Finep e do Ministério da Ciência,<br />

Tecnologia e Inovação. Os primeiros a<br />

apostar neste modelo foram os grupos<br />

de concessionárias, que aproveitaram o<br />

boom das vendas de automóveis para<br />

também iniciar suas operações em seguros.<br />

Vistas como um filão interessante<br />

pelo mercado segurador, as seguradoras<br />

que não tinham expertise no ramo começaram<br />

a trabalhar com essa possibilidade<br />

e tiveram resultados positivos. “Menos<br />

de dez corretoras no Brasil utilizavam<br />

à época algum tipo de multicálculo,<br />

normalmente próprios, feitos com autorização<br />

das seguradoras. Acreditávamos<br />

que com um modelo inovador e benéfico<br />

para todos havia demanda para ampliarmos<br />

consideravelmente este número”,<br />

diz Ajame.<br />

Pioneirismo<br />

“Ficamos conhecidos por termos<br />

criado o primeiro multicálculo que realmente<br />

funciona em escala. É um reconhecimento<br />

importante, que nos orgulha,<br />

mas a plataforma é muito mais ampla e as<br />

demais funcionalidades são igualmente<br />

importantes para o sucesso dos nossos<br />

clientes”, garante Omar Ajame, que classifica<br />

o Teleport como uma ferramenta de<br />

vendas que permite ao corretor fazer uma<br />

gestão em alto nível e em tempo real de<br />

seus negócios. “O Teleport integra gestão<br />

de clientes e apólices, financeiro, CRM,<br />

gerenciamento eletrônico de documentos<br />

e multicálculo. Em uma mesma operação<br />

o corretor vende, gera o boleto, a proposta<br />

e os dados são cadastrados automaticamente,<br />

o que elimina erros e retrabalho.<br />

Isso gera um grande impacto positivo<br />

pois os demais processos de negócio da<br />

corretora, como o controle de emissões e<br />

de comissões, deixam de ter problemas<br />

decorrentes de erros de cadastro e dados<br />

incompletos. Quando pessoas fazem este<br />

trabalho manual e repetitivo, a taxa de<br />

erro chega a 50%”, explica.<br />

Para o multicálculo, a comunicação<br />

com as companhias é feita via webservice,<br />

sempre a partir de uma autorização<br />

dada por cada seguradora às corretoras<br />

que possuem volume de negócios compatíveis<br />

e apresentam bons resultados. Uma<br />

das principais vantagens da integração<br />

via webservice é que as seguradoras comunicam<br />

à TEx com antecedência sobre<br />

alterações em seus sistemas e produtos,<br />

de forma que as respetivas atualizações<br />

possam ser desenvolvidas e disponibilizadas<br />

no Teleport no mesmo dia que pelas<br />

Seguradoras. Outro grande diferencial é<br />

a transmissão eletrônica diretamente pelo<br />

Teleport, sem a necessidade de finalizar<br />

a contratação pelo site da Seguradora.<br />

Como os dados são precisos e homologados<br />

também pelas seguradoras, a empresa<br />

garante precisão nos cálculos e transmissões<br />

feitas através da ferramenta. Outros<br />

sistemas que utilizam um modelo mais<br />

antigo, comandados por robôs, acessam<br />

diretamente os sites das seguradoras, quase<br />

sempre sem autorização, o que além<br />

de muito mais lento e impreciso, frequentemente<br />

é bloqueado pela seguradoras,<br />

❙❙O Campus TEx foi projetado para incentivar mais colaboração entre as equipes<br />

15


TEx<br />

❙❙Sérgio Marinatto, da RBM Corretora<br />

deixando de funcionar de um dia para o<br />

outro e assim prejudicando o trabalho do<br />

corretor. “A empresa que faz esse tipo de<br />

processo não tem como garantir 100% de<br />

precisão. Por conta disso, o corretor não<br />

consegue efetivar o seguro diretamente<br />

na ferramenta, que acaba servindo apenas<br />

para comparar preços e não para vender<br />

ou ter gestão sobre negócios e sobre a<br />

corretora”, pontua o CEO.<br />

Mesmo em relação a outros sistemas<br />

que se comunicam via webservice com<br />

as Seguradoras, o Teleport é o único que<br />

possui todas as funcionalidades: cláusulas,<br />

coberturas e descontos disponibilizadas<br />

pelas Seguradoras.<br />

O Teleport roda nos servidores da<br />

própria TEx, o que garante muito mais<br />

performance, em função da empresa<br />

utilizar apenas equipamentos de última<br />

geração e permite que as corretoras não<br />

tenham mais que se preocupar com a gestão<br />

destes equipamentos, com questões de<br />

segurança cada vez mais importantes e<br />

nem com backups ou com atualizações.<br />

A TEx garante em contrato a confidencialidade<br />

e a inviolabilidade dos<br />

dados, além da não-concorrência com<br />

seus clientes. “Deixamos absolutamente<br />

claro que a propriedade dos dados é exclusiva<br />

das Corretoras. Somos guardiões<br />

dessas informações e especialistas em<br />

manter estes dados seguros e íntegros.<br />

Uma das principais razões do crescimento<br />

expressivo da TEx foi sempre tratar com<br />

grande seriedade este assunto, e por conta<br />

disso termos conquistado uma grande<br />

credibilidade no mercado segurador”,<br />

afirma Bruno Zangari, fundador e CFO<br />

da TEx. A empresa também contratou<br />

empresas especializadas em segurança da<br />

informação para atestarem a qualidade e a<br />

segurança de seus produtos. “Mesmo uma<br />

empresa bem intencionada e competente<br />

pode errar. Por isso, é fundamental utilizar<br />

empresas e ferramentas independentes que<br />

monitoram, alertam em caso de problemas<br />

e atestam a segurança do nosso ambiente<br />

tecnológico”, afirma Zangari.<br />

O Teleport suporta na ferramenta<br />

de gestão todos os ramos e modalidades<br />

de seguros. No caso do multicálculo,<br />

atualmente o cálculo contempla todas<br />

as principais seguradoras de seguro de<br />

automóvel. A empresa afirma que em<br />

breve estarão disponíveis cotações de<br />

seguro empresarial, residencial e vida nas<br />

❙❙Hoje, a TEx conta com mais de 70 colaboradores e está em expansão<br />

Funcionalidades do<br />

Teleport<br />

〉〉<br />

Gestão completa de propostas,<br />

apólices e sinistros em todos os<br />

ramos<br />

〉〉<br />

Importação automática de propostas,<br />

apólices e comissões<br />

〉〉<br />

Acompanhamento em tempo real<br />

com Dashboards e gráficos<br />

〉〉<br />

Integrado às 19 principais Seguradoras<br />

do mercado<br />

〉〉<br />

Cálculos realizados em média em<br />

30 segundos<br />

〉〉<br />

Cálculo simultâneo de franquia<br />

normal e reduzida<br />

〉〉<br />

Garantia contratual de 100% de<br />

precisão<br />

〉〉<br />

Homologado pelas seguradoras<br />

〉〉<br />

Renovações automáticas<br />

〉〉<br />

Financeiro completo, comissões e<br />

repasses<br />

〉〉<br />

CRM: gestão e distribuição de leads,<br />

envio de e-mails, propostas e SMS<br />

〉〉<br />

GED (Gerenciamento Eletrônico de<br />

Documentos)<br />

〉〉<br />

Relatórios personalizáveis<br />

seguradoras que já possuem webservices<br />

para estes produtos.<br />

Resultados<br />

As corretoras que utilizam o Teleport<br />

têm prêmios médios e resultados acima<br />

das médias de mercado. Isso ocorre em<br />

função de uma série de ferramentas e<br />

inovações introduzidas para favorecer<br />

uma venda consultiva, incluindo a própria<br />

agilidade de cálculo, que permite<br />

aos corretores enviarem mais opções aos<br />

segurados. Desde o início, a ferramenta<br />

calcula simultaneamente as franquias<br />

normal e reduzida. “A franquia reduzida<br />

custa pouco a mais, o que acaba servindo<br />

como diferencial das corretoras nas<br />

vendas, pois a maioria dos corretores não<br />

têm nem o hábito e nem tempo disponível<br />

para enviar esta opção, isso leva a comparação<br />

para o campo dos benefícios, em<br />

vez do de preços”, afirma o CEO. “Ao<br />

mesmo tempo, as corretoras não estão<br />

cobrando mais caro dos clientes, mas sim<br />

entregando mais coberturas e um atendimento<br />

muito mais personalizado e ágil,<br />

o que reflete diretamente em seus resul-<br />

16


tados”, enfatiza Omar. Uma das grandes<br />

preocupações das seguradoras há 10 anos<br />

era de gerar uma “guerra” de preços, o<br />

que acabaria prejudicando também as<br />

próprias corretoras. “Sempre garantimos<br />

às seguradoras que não era esse o objetivo<br />

do Teleport e que não deixaríamos isso<br />

ocorrer. Foi exatamente o que fizemos e<br />

fazemos até hoje”, recorda.<br />

Nas seguradoras, a solução chega a<br />

representar 80% do volume de produção<br />

via webservice. “Temos orgulho desse<br />

número pois ele não é um número sobre<br />

a TEx, mas sim sobre os nossos clientes,<br />

que além de terem grande volume de<br />

produção fazem a maior parte de suas<br />

transmissões pelo Teleport, indicando<br />

uma grande adoção e satisfação por parte<br />

de suas equipes”, comemora Ajame.<br />

A TEx atende cerca de 500 corretoras,<br />

entre elas corretoras tradicionais, online,<br />

multinacionais, bancos, montadoras<br />

de veículos e grupos de concessionárias.<br />

Uma dessas corretoras é a RBM, do Rio<br />

de Janeiro, que trabalha com o Teleport<br />

desde o início do projeto. “Tínhamos<br />

vários processos que eram divididos entre<br />

as equipes. As equipes precisavam ser<br />

maiores e com o Teleport conseguimos<br />

reduzir, tornar mais eficiente e diminuir<br />

inclusive a probabilidade de erro da<br />

operação. O Teleport nos trouxe mais<br />

Outros produtos<br />

Além do Teleport, a TEx também é<br />

criadora do Nimble, plataforma tecnológica<br />

que permite que as corretoras<br />

vendam seguros online. O produto<br />

foi construído pensando no segurado<br />

da Corretora, pois é ele quem utiliza o<br />

Nimble incorporado ao site da própria<br />

corretora. “É um jeito de transformar<br />

uma corretora tradicional em uma<br />

corretora online rapidamente”, diz<br />

Omar Ajame. Em 2018, o portfólio da<br />

TEx deve ganhar novas soluções com<br />

produtos voltados também para as<br />

seguradoras. “A visão da TEx é atender<br />

desde o corretor pessoa física, até as<br />

maiores seguradoras do Brasil. Se está<br />

no mercado de seguros, está no nosso<br />

foco e já temos ou lançaremos em breve<br />

produtos e soluções competitivas para<br />

todos os clientes”, finaliza Ojame.<br />

❙❙Os projetos inovadores da TEx são desenvolvidos de forma colaborativa com<br />

❙❙clientes e seguradoras<br />

velocidade e facilitou o trabalho da nossa<br />

equipe”, afirma o diretor e sócio, Sérgio<br />

Marinatto. Antes do Teleport, a RBM<br />

utilizava um sistema para cálculo e outro<br />

para gestão. “Com o Teleport passamos<br />

a ter um sistema único integrado, o que<br />

facilitou a própria gestão”, diz Marinatto.<br />

“Hoje, o ranking de produção das<br />

seguradoras integradas à solução é praticamente<br />

o mesmo ranking do mercado.<br />

O segredo do sucesso está em entregar<br />

o que se promete. Não seria diferente<br />

no mercado de seguros. O Teleport cria<br />

valor para todos: segurados, corretoras e<br />

seguradoras. Trabalhamos para equilibrar<br />

interesses e necessidades de corretoras e<br />

seguradoras, garantindo que todos saiam<br />

ganhando. É por isso que também as<br />

seguradoras nos enxergam como parceiros”,<br />

diz Omar Ajame.<br />

Para todos os portes<br />

A versão completa do Teleport está<br />

disponível para corretoras a partir de<br />

20 usuários, antes o mínimo era de 30.<br />

Para as corretoras de menor porte, há<br />

outra versão da ferramenta: o Teleport<br />

Express, que atualmente não conta com<br />

a funcionalidade do multicálculo. “O<br />

Express contempla gestão, financeiro,<br />

CRM e gerenciamento eletrônico de documentos,<br />

além de funcionalidades como<br />

importação automática de propostas e<br />

apólices, possuindo muitas das mesmas<br />

funcionalidades disponíveis no Teleport<br />

para corretoras maiores”, explica Omar<br />

Ajame. “Muitos corretores com menos<br />

de 20 usuários entram em contato conosco<br />

procurando pelo multicálculo,<br />

mas por questões de mercado ainda não<br />

foi possível levá-lo a este importante<br />

segmento”, esclarece o executivo. Ele<br />

acredita que isto está mudando e que cada<br />

vez mais corretores de menor porte vão<br />

ter possibilidade de usar o Teleport com<br />

multicálculo.<br />

A inovação não pode parar<br />

Localizada em um amplo e moderno<br />

escritório na Vila Madalena, em São<br />

Paulo, inspirado nos escritórios do Vale<br />

do Silício, a TEx conta com 70 funcionários.<br />

A empresa está em forte ritmo de<br />

expansão e o planejamento é de chegar<br />

a 100 colaboradores até o final de 2018.<br />

A companhia conta com duas equipes<br />

de tecnologia: uma de sustentação, responsável<br />

por atualizar suas plataformas,<br />

como o Teleport e o Nimble, e outra<br />

focada exclusivamente em inovação e<br />

em novos produtos. “Inovar não é algo<br />

simples, ainda mais de forma contínua.<br />

Exige organização, disciplina e foco. Para<br />

uma empresa de tecnologia, continuar<br />

inovando é absolutamente vital. Apesar<br />

de termos crescido bastante nos últimos<br />

anos, não podemos abandonar a mentalidade<br />

ágil e inovadora das startups, isto<br />

sempre fará parte do nosso DNA”, garante<br />

Omar. “Ter uma equipe apartada de pesquisa<br />

e desenvolvimento é uma maneira<br />

de ter sempre novas startups nascendo<br />

dentro da própria TEx”, complementa<br />

Emir Zanatto, COO da TEx.<br />

17


18


19


cidadania | Sat Company<br />

Prefeitura de São Paulo recebe<br />

doação, sem contrapartidas,<br />

de serviço de monitoramento<br />

A Sat Company prestará o<br />

serviço de monitoramento de<br />

1.500 veículos pertencentes à<br />

frota da Prefeitura de SP, com<br />

início no mês de dezembro<br />

e vigência até 2020. Os<br />

rastreadores possuem dupla<br />

tecnologia GPS/GPRS e Rádio<br />

Frequência e serão instalados<br />

em regime de comodato<br />

A<br />

gestão de João Doria à frente<br />

da Prefeitura Municipal de<br />

São Paulo é marcada pela parceria<br />

com empresas privadas<br />

e a Sat Company faz parte deste time.<br />

No dia 13 de novembro foi anunciada<br />

a parceria, pela qual serão instalados<br />

os rastreadores. Ficarão disponíveis<br />

para a Prefeitura o monitoramento dos<br />

veículos pertencentes às Secretarias de<br />

Prefeituras Regionais, Saúde, Educação<br />

e Assistência, Desenvolvimento Social e<br />

Guarda Civil Metropolitana, sendo esta<br />

a principal beneficiária, com maior foco<br />

na operação. A ênfase será o combate ao<br />

roubo e furto de veículos na cidade.<br />

O sistema de rastreamento permitirá<br />

identificar eventuais casos de mau uso ou<br />

ainda promover a otimização da frota,<br />

aumentando a eficiência e a transparência<br />

no uso dos veículos públicos através das<br />

ferramentas de crash detection, cerca eletrônica,<br />

distância e percurso percorrido,<br />

direção perigosa, utilização (horas, dia,<br />

região), e localização online.<br />

Além deste projeto inicial, o presidente<br />

da companhia, Marco Puerta, já<br />

cogita a doação de tablets para os carros<br />

da GCM, que serão fixados nas viaturas,<br />

facilitando as consultas necessárias durante<br />

as ocorrências policiais . “O tablet<br />

também poderá ter uma câmera para<br />

filmar a abordagem policial e utilizar a<br />

tecnologia a favor da segurança”.<br />

A Sat Company é uma empresa<br />

❙❙Marco Puerta, presidente da Sat Company, e o prefeito de São Paulo, João Doria<br />

voltada para a recuperação de veículos e Outra medida que já está em tratativas<br />

gestão das frotas das principais seguradoras<br />

do país. A parceria com a Prefeitura é a ampliação do programa City Câmeras,<br />

entre a Sat Company e Guarda Municipal<br />

contribuirá para ampliação da rede de uma plataforma de monitoramento de<br />

comunicação da empresa, uma vez que segurança da cidade, que reúne imagens<br />

os rastreadores instalados em sua base de das ruas através de câmeras disponibilizadas<br />

por empresas ou cidadãos com<br />

clientes atuam como antenas receptoras<br />

e transmissoras, permitindo identificar objetivo de combater o crime, garantindo<br />

e localizar mais rapidamente veículos mais agilidade nas ações de prevenção e<br />

roubados ou furtados.<br />

contribuindo nas investigações. A ideia é<br />

Uma vez utilizados inibidores de instalar câmeras nas regiões com maior<br />

sinais durante as ocorrências, o equipamento<br />

perde o sinal GPS/GPRS e faz um para facilitar ainda mais o trabalho da<br />

incidência de roubo e furto de veículos<br />

chaveamento automático para a tecnologia<br />

RF, que por sua vez emite um sinal de A Prefeitura conta com uma frota de<br />

Guarda Municipal e da empresa.<br />

S.O.S ao veículo da base mais próximo 2.522 veículos próprios e 1.785 locados e<br />

a ele e, consequentemente, à Central de está trabalhando para reduzir o número<br />

Ocorrências da Sat Company.<br />

de automóveis próprios e devolver os<br />

Atualmente, a empresa monitora uma alugados. Até o fim deste ano, vai desmobilizar<br />

cerca de 1.300 veículos, entre<br />

frota de mais de 200 mil veículos rastreados.<br />

Puerta aponta que uma das grandes os devolvidos nos contratos vigentes e a<br />

preocupações é utilizar tecnologia de ponta venda dos carros próprios. A economia<br />

para lidar com mais rapidez e assertividade potencial prevista será de aproximadamente<br />

R$ 100 milhões por ano. Equi-<br />

nos casos de roubo ou furto dos veículos<br />

monitorados. “Ficamos numa briga de gato pamentos que atendem à população não<br />

e rato, porque o outro lado também utiliza serão afetados, como ambulâncias e a<br />

tecnologia de ponta”, brinca.<br />

frota da Guarda Civil.<br />

20


21


22


23


especial educação | bullying<br />

Na mira do mercado<br />

segurador<br />

Soluções são<br />

discutidas em<br />

diversas esferas, mas<br />

o bullying está longe<br />

de ter um fim. Setor<br />

reforça amparo às<br />

escolas e aos alunos<br />

com seguro de<br />

Responsabilidade Civil<br />

que traz cobertura<br />

específica contra o ato<br />

Lívia Sousa<br />

Aos 11 anos, Ana Paula Rodrigues<br />

era chamada pelos<br />

garotos da escola de “palito”<br />

e de “juba de leão”. Receber<br />

esses apelidos na pré-adolescência, fase<br />

em que as meninas lutam com os complexos<br />

da própria aparência, não foi nada<br />

fácil. “Tinha vergonha do meu cabelo, do<br />

meu corpo. Achava as outras meninas<br />

bonitas e me sentia estranha. Isso mexeu<br />

com o meu psicológico”, lembra a<br />

instrumentadora cirúrgica, hoje com 30<br />

anos. As agressões verbais só enfraqueceram<br />

quando a então estudante passou<br />

a ignorar as ofensas. “Foram dois anos<br />

até perceber que quanto mais eu batia de<br />

frente, mais eles me provocavam”, afirma.<br />

Casos como este persistem, estão<br />

longe de acabar e precisam ser abordados<br />

e levados a sério. Uma pesquisa recente<br />

do Instituto Brasileiro de Geografia e<br />

Estatística (IBGE) indica que 7,4% dos<br />

24<br />

alunos do país declararam sentimentos<br />

de humilhação e provocação por seus<br />

pares. A sondagem, com base em dados<br />

de 2016, revela ainda que quase um<br />

quinto dos estudantes (19,8%) disse ter<br />

“esculachado”, zombado, intimidado ou<br />

caçoado de seus colegas. Felizmente, Ana<br />

Paula não precisou recorrer a tratamentos<br />

psicológicos para superar o trauma, mas<br />

nem sempre é assim.<br />

7,4% dos alunos do<br />

país declararam<br />

sentimentos de<br />

humilhação e<br />

provocação pelos<br />

colegas, segundo<br />

pesquisa do IBGE<br />

“O bullying pode provocar danos à<br />

saúde física e psicológica de uma pessoa<br />

nas mais variadas formas. Depende muito<br />

de cada indivíduo, da sua estrutura, de<br />

vivências, de predisposição genética e da<br />

maneira e da intensidade das agressões”,<br />

destaca a psicóloga e Personal Coach,<br />

Elaine Mardegan. Fisicamente, os efeitos<br />

podem ser imediatos (lesões) ou em longo<br />

prazo (dores de cabeça, distúrbios do<br />

sono ou somatização). Emocionalmente,<br />

resultam em baixa resistência imunológica<br />

e baixa autoestima, com sintomas<br />

psicossomáticos e transtornos psicológicos<br />

ou psiquiátricos como a depressão e<br />

até mesmo o suicídio.<br />

Mas, o que torna alguém agressor?<br />

Há quem pratique o bullying por desequilíbrio<br />

de poderes, em que umas pessoas<br />

tentam superar as outras. No entanto,<br />

segundo a especialista, muitos “valentões”<br />

enfrentaram dificuldades próprias


❙❙Elaine Mardegan, psicóloga<br />

em algum momento da vida. Abusos<br />

físicos e verbais, episódios violentos em<br />

casa e estilos de vida caóticos estão entre<br />

as experiências perturbadoras. “Como<br />

resultado, eles deslocam sua dor aos<br />

indivíduos mais frágeis”, explica.<br />

No ambiente escolar, o estresse e a<br />

ansiedade causados pelo bullying podem<br />

dificultar a aprendizagem da vítima, fazendo<br />

com que ela sinta dificuldade em<br />

se concentrar e tenha sua capacidade de<br />

foco diminuída. “As marcas são graves<br />

e abrangentes”, pontua Elaine. A família<br />

também é afetada, sofrendo juntamente<br />

com a vítima, e muitas vezes não sabe<br />

como lidar com o problema.<br />

Trabalho em conjunto<br />

O bullying não termina quando um<br />

incidente é relatado. Pode levar tempo<br />

❙❙Benjamin R. da Silva, do Sieeesp<br />

para resolver e exige uma força-tarefa<br />

que envolve os familiares, as escolas e<br />

os demais envolvidos. “Como escola, a<br />

comunidade e o lar afetam o comportamento<br />

da criança, as intervenções devem<br />

atingir os três níveis. Todos precisam<br />

deixar claro que não toleram a prática.<br />

Em ambientes não favoráveis o bullying<br />

é incapaz de prosperar”, sentencia a<br />

psicóloga.<br />

O Sindicato dos Estabelecimentos de<br />

Ensino do Estado de São Paulo (Sieeesp)<br />

conta com cerca de 10 mil associados<br />

entre escolas de educação infantil e de<br />

ensino básico. Na entidade, o tema é<br />

trabalhado há pelo menos 16 anos. A<br />

orientação é que as escolas conversem<br />

com os familiares dos alunos e tenham<br />

um seguro de Responsabilidade Civil não<br />

só para os casos que envolvam bullying,<br />

mas para qualquer outro acidente que<br />

possa ocorrer com o aluno no ambiente<br />

escolar. “Da porta da escola para dentro<br />

a responsabilidade é da instituição de<br />

ensino”, reforça o presidente do sindicato,<br />

Benjamin Ribeiro da Silva.<br />

De fato, a partir do momento em<br />

que os pais colocam seus filhos em<br />

estabelecimento de ensino, eles tornam-<br />

-se hóspedes do local – com o advento<br />

do Código de Defesa do Consumidor,<br />

as escolas passaram a ser consideradas<br />

fornecedores de serviços. A exclusão da<br />

responsabilidade se dará apenas se a instituição<br />

provar cabalmente que o fato era<br />

inevitável. A corresponsabilidade dessas<br />

instituições pelos atos praticados em suas<br />

dependências passou a ser considerada<br />

a partir da mudança do Código Civil.<br />

Agora, dependendo do entendimento do<br />

julgador, atos comprovados de bullying<br />

nas instituições de ensino podem resultar<br />

desde acordos estipulados em ajustamentos<br />

de condutas, passando por multas ou,<br />

em casos extremos, até o encerramento<br />

de suas atividades.<br />

Cobertura específica<br />

O seguro educacional visa dar a<br />

continuidade aos estudos dos alunos em<br />

caso de falecimento ou de perda de emprego<br />

do responsável financeiro, cobrindo<br />

alguns meses da mensalidade escolar, e<br />

também traz a garantia obrigatória de<br />

morte+invalidez permanente total por<br />

Programa de Combate à<br />

Intimidação Sistemática<br />

Sancionada pelo Governo Federal<br />

em setembro de 2016, a Lei nº 13.185<br />

estabelece que escolas e clubes brasileiros<br />

adotem o Programa de Combate<br />

à Intimidação Sistemática, criado para<br />

tentar acabar com a prática do bullying<br />

nesses ambientes por meio de campanhas<br />

educativas. Caso contrário, as instituições<br />

podem ser responsabilizadas<br />

por negligência.<br />

Segundo o projeto, docentes e<br />

equipes pedagógicas devem ser capacitadas<br />

para implementar ações de<br />

prevenção e solução do problema. Pais<br />

e familiares também devem ser orientados<br />

para identificar vítimas e agressores.<br />

É exigida ainda assistência psicológica,<br />

social e jurídica tanto às vítimas quanto<br />

aos agressores.<br />

acidente (IPTA). Entre as coberturas<br />

opcionais estão invalidez funcional permanente<br />

por doença (IFPD), perda de<br />

renda por desemprego involuntário (DI),<br />

incapacidade física total e temporária<br />

(IFTT) ou falência (FA), além de matrícula,<br />

repetência, formatura, pré-vestibular<br />

e assistência recolocação – todos eles<br />

em caso de morte, IPTA ou IFPD, se<br />

contratados.<br />

O produto já é bem difundido pelo<br />

mercado segurador e conhecido pelas<br />

instituições de ensino. Entretanto, não<br />

se pode dizer o mesmo de seu índice<br />

❙❙Paulo Sonagere, da Klima Seguros<br />

25


ullying<br />

A cobertura contra<br />

bullying faz parte do<br />

seguro de RC. Nela, é<br />

garantido que o aluno<br />

receba orientação<br />

de psicólogos e<br />

nutricionistas e que os<br />

custos judiciais de um<br />

eventual processo sejam<br />

pagos pela seguradora<br />

❙❙Eduardo Dal Ri, da SulAmérica<br />

de adesão. “A demanda por consulta do<br />

produto cresceu muito, principalmente<br />

pelo elevado índice de desemprego, mas<br />

a contratação do seguro ainda é baixa, por<br />

ser de forma compulsória e totalmente<br />

pago pelas escolas, que não podem repassar<br />

o custo aos pais”, explica o diretor<br />

comercial da corretora Klima Seguros,<br />

Paulo Sonagere.<br />

Dentro dos seguros oferecidos para<br />

as instituições de ensino, a novidade é que<br />

algumas seguradoras também passaram<br />

a disponibilizar um seguro de Responsabilidade<br />

Civil que conta com cobertura<br />

específica contra bullying. Quando a<br />

escola aciona a seguradora neste caso, o<br />

aluno recebe a orientação de psicólogos e<br />

nutricionistas para ajudá-lo. Dependendo<br />

da seguradora, os tratamentos psicológicos<br />

são estendidos a funcionários ou<br />

professores, assim como pagamento de<br />

custas judiciais de um eventual processo<br />

ao qual o estabelecimento venha a ser réu.<br />

“É uma garantia que cobre o reembolso<br />

de despesas caso a unidade<br />

educacional seja responsabilizada judicialmente<br />

por atos de violência física<br />

e psicológica (intimidação sistemática)<br />

ocorridos em suas dependências, sejam<br />

eles provocados por alunos, professores<br />

ou funcionários”, diz Eduardo Dal Ri,<br />

vice-presidente de Auto e Massificados<br />

da SulAmérica.<br />

O estudante também conta com o<br />

apoio de professores particulares para a<br />

reposição de aulas perdidas ou reforço, se<br />

necessário. “Para utilização dos serviços<br />

de professor particular para reposição de<br />

26<br />

aulas perdidas ou para reforço, é necessário<br />

que o aluno esteja afastado de suas<br />

atividades escolares por mais de cinco<br />

dias úteis, com comprovação médica<br />

por escrito”, explica o diretor geral de<br />

seguros de Vida do Grupo BB e Mapfre,<br />

Enrique de La Torre. Já os serviços de<br />

orientação psicológica e nutricional não<br />

precisam de nenhum requisito, podendo<br />

ser acionados em qualquer momento, sem<br />

limite de utilização durante a vigência do<br />

contrato de seguro.<br />

Como identificar o<br />

bullying<br />

Nem todas as vítimas de bullying<br />

pedem ajuda. Por isso, reconhecer os<br />

sinais de alerta é muito importante.<br />

Dentre eles estão:<br />

〉〉<br />

Lesões inexplicáveis;<br />

〉〉<br />

Vestuário, livros, eletrônicos e/ou<br />

outros objetos pessoais perdidos ou<br />

destruídos com frequência;<br />

〉〉<br />

Dor de cabeça ou dores de estômago,<br />

frequentes;<br />

〉〉<br />

Mudanças nos hábitos alimentares,<br />

como repentinamente perder o<br />

apetite ou compulsão alimentar;<br />

〉〉<br />

Dificuldade em dormir ou ter pesadelos<br />

frequentes;<br />

〉〉<br />

Perda de interesse no trabalho escolar<br />

ou não querer ir para a escola;<br />

〉〉<br />

Perda repentina de amigos ou evitação<br />

de situações sociais;<br />

〉〉<br />

Sentimentos de desamparo ou<br />

diminuição da autoestima;<br />

〉〉<br />

Comportamentos autodestrutivos,<br />

como fugir de casa, prejudicar-se<br />

ou falar sobre suicídio.<br />

❙❙Enrique de La Torre, do Grupo BB e Mapfre<br />

Entretanto, pode haver exclusões<br />

por parte do mercado segurador quando<br />

os eventos envolverem terceiros que não<br />

se enquadrem no ambiente escolar, danos<br />

ou ferimentos em consequência da<br />

situação do imóvel ou mesmo quando a<br />

prática de bullying se dá exclusivamente<br />

em ambiente virtual – por redes sociais,<br />

por exemplo.<br />

Prevenção x combate<br />

Temas sensíveis como o bullying tem<br />

raízes complexas e propostas de soluções<br />

discutidas por diversas entidades. É<br />

fundamental que os agentes atuantes em<br />

ambientes onde crianças e adolescentes<br />

estejam inseridos invistam e promovam<br />

campanhas de prevenção para alertar<br />

os jovens quanto aos males do bullying.<br />

Por outro lado, é importante que as<br />

vítimas tenham apoio de profissionais<br />

para conseguir superar este momento e<br />

seguir a vida.<br />

Neste cenário, surge um entrave:<br />

por ser apresentada como uma arma de<br />

prevenção e não de combate ao problema,<br />

alguns educadores alertam que a cobertura<br />

contra bullying pode não ser vantajosa.<br />

Paulo Sonagere, da Klima Seguros, discorda.<br />

“Realmente o seguro não vai combater<br />

o problema, pois na maioria das vezes o<br />

bullying é praticado de forma silenciosa<br />

e os gestores das escolas podem não<br />

perceber, o que torna muito difícil de ser<br />

combatido”, afirma. “Como todo e qualquer<br />

seguro, o produto é contratado para<br />

evitar ou minimizar possíveis prejuízos<br />

em caso de sinistros.”


especial educação | transporte escolar<br />

A responsabilidade dos<br />

que carregam os bens mais<br />

preciosos dos pais<br />

A regulamentação dos<br />

transportes escolares é<br />

feita pelos municípios,<br />

que também são os<br />

responsáveis pela sua<br />

fiscalização.<br />

Kelly Lubiato<br />

A<br />

maior capital brasileira possuía,<br />

em janeiro de 2017,<br />

2392 condutores habilitados<br />

para realizar o transporte de<br />

estudantes. Até junho deste ano, quase<br />

75 mil crianças utilizavam o serviço, de<br />

forma gratuita.<br />

Na maioria das vezes é exigida uma<br />

documentação de praxe do condutor do<br />

veículo, como atestado médico e de bons<br />

antecedentes criminais e o certificado<br />

de conclusão do curso de orientação e<br />

treinamento para condutores no transporte<br />

escolar. Do veículo, são exigidas<br />

as adequações às legislações federal e<br />

estadual sobre trânsito e segurança veicular,<br />

legislação ambiental e municipal<br />

de transporte escolar, além da aprovação<br />

em vistoria técnica realizada no Departamento<br />

de Trânsito.<br />

Na cidade do Rio de Janeiro, por<br />

exemplo, é exigido do condutor o seguro<br />

de Acidentes Pessoais para Passageiros,<br />

independente do veículo já possuir um<br />

seguro do seu casco. As exigências variam,<br />

por isso os corretores devem estar<br />

atentos às necessidades deste mercado.<br />

O corretor de seguros Thiago Gutemberg<br />

Vieira Teles, sócio-diretor da<br />

Tenda do Seguro, explica que não existe<br />

um produto exclusivo para transporte<br />

escolar. “As opções são fazer um seguro<br />

completo, com cobertura compreensiva e<br />

mais o APP com danos materiais contra<br />

terceiros”. Na cidade carioca, a cobertura<br />

exigida é de R$ 5 mil para Acidentes<br />

Pessoais para Passageiros e R$ 25 mil<br />

para danos materiais.<br />

Teles tem em sua carteira muitas<br />

vans escolares, e seu site já anuncia que<br />

esta é uma de suas especialidades. Ele<br />

trabalhava muito com o seguro APP<br />

para motorista de aplicativos, mas viu o<br />

❙❙Josafá Ferreira Primo, da Salagah<br />

volume de negócios diminuir e o nível<br />

das comissões, baixar. “Pensamos em<br />

agregar novos negócios e vimos que o<br />

APP para transporte de pessoas, com<br />

venda realizada inteiramente online, é<br />

um bom negócio, pois não é um negócio<br />

que nos consome muito tempo”, mostra.<br />

Esta é uma cobertura com baixa<br />

sinistralidade, porque os condutores são<br />

treinados para serem mais cuidadosos.<br />

Josafá Ferreira Primo, sócio da Salagah<br />

Corretora de Seguros, explica que é aconselhável<br />

ainda um seguro facultativo de<br />

responsabilidade civil. “Tal seguro existe<br />

no mercado e garante o reembolso de<br />

indenizações e despesas a serem pagas<br />

pelo segurado (transportador) por danos<br />

materiais e/ou corporais causados a seus<br />

passageiros ou a outras pessoas não transportadas<br />

em acidente de trânsito ocorrido<br />

com veículos discriminados na apólice<br />

e durante transporte coletivo rodoviário<br />

municipal, transporte coletivo rodoviário<br />

intermunicipal, fretamento contínuo e<br />

fretamento eventual ou turístico”.<br />

27


mercado | previdência privada<br />

Alternativas financeiras<br />

para as novas gerações<br />

Com as mudanças<br />

propostas para<br />

a reforma da<br />

Previdência Social,<br />

a previdência<br />

complementar ganha<br />

destaque e mais<br />

atenção da sociedade<br />

Amanda Cruz<br />

28<br />

O<br />

mês de dezembro será crucial<br />

para os brasileiros, pois a<br />

Câmara dos Deputados deve<br />

votar as mudanças da Previdência<br />

Social. Tanto por lá quanto nas<br />

ruas, representantes e população ainda<br />

se dividem sobre o assunto. A Proposta<br />

de Emenda à Constituição (PEC) precisaria<br />

de pelo menos 308 votos – dos 513<br />

deputados para entrar em vigor.<br />

No mercado de seguros não há tanta<br />

divisão. A grande maioria dos players diz<br />

acreditar que a reforma é não só benéfica,<br />

mas também necessária. Com as mudanças,<br />

a expectativa é de que a previdência<br />

privada entre em cena instigando as<br />

pessoas a contratarem um plano que lhes<br />

forneça um pouco mais de segurança no<br />

momento de se aposentar.<br />

No final de 2016 o texto com as mudanças<br />

foi apresentado e, de lá para cá, já<br />

sofreu diversas alterações, com as quais<br />

o mercado de seguros demonstra estar de<br />

pleno acordo, especialmente em um ponto:<br />

o Estado não proverá o suficiente para<br />

que a população se aposente da maneira<br />

que gostaria. “Acreditamos que o grande<br />

benefício de toda essa discussão é relembrar<br />

diariamente a população que não é<br />

possível contar somente com os recursos<br />

da previdência social”, pontua Felipe<br />

Bottino, diretor de Produtos de Previdência<br />

da Icatu Seguros. Visão essa que<br />

é reiterada pelo presidente da Federação<br />

Nacional de Previdência Privada e Vida<br />

(FenaPrevi), Edson Franco. “A discussão<br />

da reforma contribui para a formação de<br />

consciência de que o Estado, sozinho,


O fato é que a previdência privada<br />

cresce e cada vez mais pessoas querem<br />

ao menos saber como funciona esse complemento.<br />

O balanço até setembro não<br />

poderia ter sido mais positivo. Além do<br />

aumento já citado nos aportes, setembro<br />

fechou com mais de 13 milhões de pessoas<br />

com plano de previdência privada<br />

contratados, com os planos individuais<br />

com cerca de 10 milhões de beneficiários<br />

e, os coletivos, com os outros 3 milhões.<br />

A justificativa para os números são as<br />

mudanças no perfil demográfico e socioeconômico<br />

brasileiro, a longevidade e o<br />

envelhecimento da população – questões<br />

que já vêm se tornando velhas conhecidas<br />

- e a inclusão social e aumento da classe<br />

média ao longo da última década.<br />

Todas essas questões promovem um<br />

aculturamento que já tem, e deverá ter<br />

ainda mais, um papel fundamental no<br />

desenvolvimento da sociedade brasileira<br />

e na maneira como ela deverá se sustentar<br />

nas próximas décadas. “Vemos cada vez<br />

mais pessoas interessadas em conhecer os<br />

benefícios do produto, um fluxo maior de<br />

novos participantes, como de funcionários<br />

públicos, que nunca pensaram sobre<br />

o assunto e agora veem a necessidade”,<br />

reflete Bottino.<br />

As seguradoras têm importante<br />

papel nisso, porque mesmo precisando<br />

do reforço só contrata o produto quem o<br />

conhece. Portanto, é hora delas fazerem<br />

um trabalho consistente para que essa<br />

vontade que nasce agora não se perca por<br />

conta de outras prioridades. “Diante desnão<br />

vai conseguir prover toda a necessidade<br />

do indivíduo na aposentadoria. As<br />

pessoas já começaram a entender que<br />

precisam formar sua própria poupança.<br />

E a previdência privada é a modalidade<br />

que melhor acolhe os investimentos de<br />

longo prazo”, acredita.<br />

Bottino acha que a crise dos estados<br />

que deixaram de pagar a aposentadoria de<br />

algumas classes profissionais evidenciou<br />

a necessidade e urgência da previdência<br />

complementar. Além disso, para ele, a entrada<br />

de gestoras independentes e produtos<br />

mais eficientes também aumentaram a<br />

atratividade de produto. Com mínimos de<br />

entrada e taxas de administração muito<br />

competitivas.<br />

Uma pesquisa da Fenaprevi mostra<br />

que a preocupação com o que será dos<br />

futuros idosos chega a todos, ainda que<br />

às vezes, de forma tardia. Entre os entrevistados<br />

desse levantamento, quando<br />

perguntados o que fariam se pudessem<br />

voltar no tempo em relação à questão da<br />

aposentadoria, 38% deles disseram que<br />

teriam começado a economizar mais<br />

cedo e, 25%, que teriam priorizado a<br />

aposentadoria em suas vidas. Enquanto<br />

voltar no tempo ainda não é possível, isso<br />

serve de lição para quem tem um longo<br />

caminho até se aposentar.<br />

Então, a previdência privada está<br />

crescendo muito devido a essa mudança<br />

na previdência social brasileira? Não<br />

ainda, mas mudará.<br />

A Fenaprevi anunciou um aumento<br />

de 28,94% de crescimento nas contribuições<br />

aos planos de previdência em<br />

❙❙Felipe Bottino, da Icatu<br />

❙❙Edson Franco, da FenaPrevi<br />

setembro deste ano quando comparado<br />

ao mesmo período de 2016, mas o fato é<br />

que a carteira já vinha crescendo antes.<br />

Portanto, as mudanças não têm sido consideradas<br />

como fator decisivo para esse<br />

bom desempenho no último ano. “Não<br />

há dúvida de que esse ambiente deixa as<br />

pessoas mais sensíveis ao tema, mas não<br />

há um reflexo imediato em termos de<br />

aumento da carteira de previdência. Esse<br />

impacto geralmente se verifica a médio<br />

e longo prazos, no que diz respeito tanto<br />

a empresas quanto a pessoas, porque a<br />

tomada de decisão tem seu tempo próprio”,<br />

explica Jorge Nasser, diretor-geral<br />

da Bradesco Vida e Previdência. O executivo<br />

diz ainda que isso não é novidade,<br />

pois sempre que se discutiu a reforma da<br />

previdência pública no Brasil houve um<br />

aumento do interesse da sociedade em<br />

torno da opção privada. “É natural que<br />

as pessoas passem a refletir mais sobre a<br />

necessidade de complementar a sua renda<br />

e se planejar financeiramente para um<br />

futuro mais tranquilo”, comenta.<br />

Na visão do corretor Juliano César da<br />

Silva, da Maior Seguros, independentemente<br />

de qualquer mudança, a previdência<br />

já tinha força e o fechamento de 2017<br />

deverá apontar os mesmos índices do ano<br />

passado. “Houve uma procura e interesse<br />

maior [para entender o produto] depois<br />

do anúncio da reforma da previdência<br />

social, mas efetivamente os aportes continuam<br />

no mesmo patamar; as pessoas<br />

ainda não estão trazendo seus ganhos<br />

para a previdência, mas já demonstram<br />

interesse”, nota.<br />

Novos entrantes<br />

❙❙Jorge Nasser, da Bradesco Vida e Prev.<br />

29


previdência privada<br />

se cenário, o nosso desafio é atuar como<br />

agentes de conscientização da população<br />

sobre os riscos de perda de renda e de<br />

vida, e como consequência da importância<br />

de se proteger adequadamente”,<br />

esclarece Franco.<br />

Os riscos imediatos são a grande<br />

preocupação do consumidor de seguros.<br />

A crise econômica que se instaurou no<br />

País, ao mesmo tempo em que desperta<br />

consciência de algumas necessidades,<br />

evidencia outras muito mais urgentes; se<br />

mesmo assim esse consumidor tiver a cultura<br />

do seguro o mais provável, conforme<br />

afirma Nasser, é que essa preocupação<br />

seja voltada para o seguro de automóvel<br />

ou residencial. “O seguro de vida, por<br />

exemplo, tem crescido bastante e apresenta<br />

um enorme potencial de expansão,<br />

mas ainda é um produto que precisa ser<br />

difundido para o público em geral. Nesse<br />

sentido, estamos procurando agregar aos<br />

novos produtos benefícios que tornem<br />

essa proteção cada vez mais tangível e<br />

importante não apenas para o segurado,<br />

mas também para seus beneficiários”,<br />

compara.<br />

Apesar dos percalços, quem já tem o<br />

produto não está fazendo muitos saques,<br />

preferindo manter o dinheiro investido.<br />

“O que houve também foi uma procura<br />

por alguns planos mais acomodados,<br />

menos agressivos. Por receio da crise,<br />

houve transferências para planos mais<br />

moderados e até buscas de alternativas<br />

para correr menos riscos”, explica Silva.<br />

Mediação<br />

Os corretores também têm se apresentado<br />

para engrossar o coro da necessidade<br />

de previdência privada. Para<br />

isso, eles precisam de especialização<br />

tornando-se, além de tudo, um agente da<br />

propagação da educação financeira. “O<br />

corretor pode e deve ajudar os clientes a<br />

fazerem seu planejamento de previdência.<br />

Ele pode ajudar trazendo simulações<br />

que auxiliem o cliente a tomar a decisão<br />

correta por meio de diversos aplicativos<br />

que existem hoje e que mostram desde<br />

uma estimativa da expectativa de vida<br />

das pessoas até quanto ela precisa poupar<br />

para manter o padrão de vida atual na<br />

aposentadoria. Além disso, o corretor<br />

deve estar preparado para apresentar as<br />

30<br />

❙❙Juliano César da Silva, da Maior Seguros<br />

oportunidades de diversificação da carteira,<br />

montando um portfólio adequado<br />

às necessidades dos clientes, seja em<br />

termos de perfil de investimentos, valores<br />

e objetivo”, diz Bottino, da Icatu.<br />

Talvez um dos pontos mais importantes,<br />

apesar de não disponível a todos,<br />

é começar o mais cedo possível a fazer<br />

a previdência. Nesse caso, o corretor<br />

precisa ficar atento aos seus clientes que<br />

estão tendo filhos. As novas gerações<br />

estão cada vez mais longevas e terão que<br />

trabalhar por muito mais tempo para uma<br />

aposentadoria confortável. “Quanto mais<br />

cedo a pessoa aderir a um plano de previdência<br />

privada melhor, pois assim ela<br />

obtém maior prazo de deferimento para<br />

alcançar a meta pretendida, seja ela de<br />

aposentadoria ou de acúmulo de reservas<br />

para os jovens. E quanto maior for o prazo<br />

de contribuição, menor será o valor do<br />

aporte exigido para alcançar essa meta”,<br />

opina o executivo da Bradesco.<br />

A previdência complementar, conforme<br />

ressalta o corretor Juliano Silva,<br />

pode servir para inúmeros fatores porque<br />

ela será revertida como renda mais para<br />

frente. “É também um investimento que<br />

se faz com diversas opções de fundo que<br />

podem trazer outras coberturas, como a<br />

feita para o cônjuge, e algumas de risco,<br />

como morte ou invalidez permanente,<br />

coisas que em uma poupança comum<br />

você não teria”, diz Silva.<br />

A escolha de plano é um fator determinante.<br />

A previdência privada é não só<br />

uma forma de poupança, mas também de<br />

investimento, que pode abarcar diferentes<br />

perfis e expectativas.<br />

O valor da contribuição é outro aspecto<br />

decisivo. É claro que quanto maior<br />

for o aporte, maior vai ser a renda no<br />

futuro. Porém, se a previdência privada<br />

pretende ser uma alternativa acessível a<br />

todos, é importante que o cliente a enxergue<br />

dentro das suas possibilidades, sem<br />

que isso comprometa suas necessidades<br />

imediatas. “É importante estar ciente de<br />

que previdência envolve planejamento<br />

de longo prazo. Não é aconselhável, portanto,<br />

comparar planos de previdência<br />

diretamente com outras opções de investimento<br />

no mercado, pois são conceitos e<br />

objetivos distintos. Vale lembrar que os<br />

instrumentos de poupança e acúmulo de<br />

reservas proporcionados pelos planos de<br />

previdência privada podem ser indicados<br />

não apenas para fins de aposentadoria,<br />

mas também para planejamento educacional<br />

dos filhos e dependentes. Essa modalidade,<br />

que o mercado chama de Planos<br />

para Menores, é uma das que mais têm<br />

crescido nos últimos anos”, diz Nasser.<br />

Possibilidades<br />

Esse turbilhão de acontecimentos<br />

no País reverberaram no mercado e em<br />

como ele se coloca para seus clientes e<br />

potenciais consumidores. Para um produto<br />

se tornar mais abrangente algumas<br />

mudanças precisam ser feitas. Assim<br />

será na previdência privada. A Susep<br />

anunciou em setembro que fará mudanças<br />

nas famílias PGBL e VGBL. Foram<br />

propostas cinco alterações principais,<br />

entre elas a chance de transformação de<br />

parte da provisão de benefícios em renda<br />

nos produtos. Fica ainda autorizada a inserção<br />

da figura do participante/segurado<br />

qualificado, tomando como exemplo o<br />

disposto na Instrução da Comissão de<br />

Valores Mobiliários (CVM) 554/14 para<br />

investidor qualificado. Passa a vigorar<br />

também a possibilidade de os fundos<br />

preverem remuneração com base em performance<br />

ou desempenho, além da taxa<br />

de administração, entre outras questões.<br />

A modificação, também complementa e<br />

dá maior clareza à Resolução 4.444 do<br />

Conselho Monetário Nacional quanto à<br />

figura do proponente (investidor) qualificado,<br />

para o qual poderão ser criados<br />

produtos mais flexíveis, com autorização


para alocação de até 100% dos recursos de<br />

previdência privada em renda variável. As<br />

novas regras consolidam ainda a autorização<br />

para ampliar de 49% para 70% o limite de<br />

alocação de recursos em renda variável para<br />

todos os demais participantes do sistema.<br />

“Trata-se de um avanço que dará maior flexibilidade<br />

para as seguradoras desenvolverem<br />

produtos para os proponentes que buscam<br />

melhor rentabilidade no cenário de juros<br />

baixos”, diz Franco.<br />

Como entidade que trabalha ao lado da<br />

autarquia sugerindo melhorias ao mercado,<br />

a Fenaprevi considera positivas as novas<br />

regras. A federação acredita que as alterações<br />

permitirão que as seguradoras lancem<br />

produtos mais adequados às necessidades<br />

dos consumidores em um mercado que há<br />

15 anos não era atualizado.<br />

Com a autorização para a implementação<br />

dos Planos Programados, tanto para PGBL<br />

como para VGBL, os participantes terão à<br />

sua disposição um leque de opções mais<br />

amplo e flexível para planejar a fase de benefícios.<br />

Com esses planos, os clientes poderão<br />

combinar resgates e recebimento de renda<br />

em um mesmo fundo, de acordo com suas<br />

necessidades. E poderão fazer alterações<br />

nos arranjos disponíveis durante a fase de<br />

recebimento do benefício, de acordo com o<br />

seu momento de vida. “A ideia de que o ciclo<br />

produtivo se encerra de maneira exata com<br />

a aposentadoria está em rápida transformação”,<br />

afirma o presidente da entidade. “Hoje<br />

as pessoas desaceleram o ritmo de trabalho<br />

após a aposentadoria sem, necessariamente,<br />

sair de vez do mercado de trabalho. Com<br />

isso, os clientes precisam de flexibilidade<br />

para decidir como querem receber os benefícios<br />

de sua previdência privada, criando<br />

fluxos combinados de renda e resgate, o<br />

que se torna possível com os novos planos”,<br />

acredita Franco.<br />

As mudanças devem vir no segundo<br />

trimestre de 2018, pois há novas circulares<br />

que precisam ser lançadas antes dos produtos<br />

estarem disponíveis no mercado. Quando as<br />

novas modalidades estiverem disponíveis,<br />

os participantes poderão transferir seus<br />

recursos para os novos planos fazendo a portabilidade<br />

dos recursos. “Acreditamos que as<br />

novas famílias de PGBL e VGBL Programados<br />

terão grande atratividade com forte peso<br />

na composição das carteiras de previdência<br />

complementar no país”, diz Franco.<br />

Os produtos<br />

PGBL e família<br />

Criado há 20 anos, em 1997, atualmente, há 20 sociedades seguradoras e<br />

Entidades Abertas de Previdência Aberta Complementar (EAPCs) comercializando<br />

o produto.<br />

Criação de produtos<br />

〉〉<br />

PGBL Programado – possibilita ao participante o planejamento de resgates<br />

programados em um único plano, sem prejuízo da conversão da provisão<br />

em renda atuarial;<br />

〉〉<br />

Plano com Desempenho Referenciado (PDR) – possibilita ao participante<br />

remuneração da provisão de rentabilidade do Fundo de Investimento Exclusivo<br />

(FIE), com critério de desempenho mínimo atrelado a um percentual<br />

de um índice de renda fixa.<br />

Inovação de produtos<br />

〉〉<br />

Plano de Previdência Vida Planejada: no plano com essa característica, o FIE,<br />

associado ao período de diferimento, deve apresentar percentual decrescente<br />

de exposição a investimentos com maior risco, especialmente em ativos<br />

de renda variável, ao logo do período de diferimento;<br />

〉〉<br />

Plano com Renda Imediata (PRI) com estrutura a termo de taxa de juros<br />

para cálculo do fator de conversão em renda: nesse caso, a estrutura pode<br />

ser elaborada pela própria sociedade seguradora/EAPC. A alteração visa a<br />

criar concorrência no mercado de seguros por meio de portabilidades para<br />

produtos mais atrativos;<br />

〉〉<br />

Planos com garantia de estrutura a termo de taxa de juros para cálculo do<br />

fator de conversão em renda: nesse caso, a estrutura deve ser elaborada por<br />

instituição independente, com conhecida capacidade técnica.<br />

VGBL e família<br />

Criado em 2001, atualmente, há 20 sociedades seguradoras comercializando<br />

o produto.<br />

Criação de produtos<br />

〉〉<br />

VGBL Programado – possibilita ao segurado o planejamento de resgates<br />

programados em um único plano, sem prejuízo da conversão da provisão<br />

em renda atuarial;<br />

〉〉<br />

Vida com Desempenho Referenciado (VDR) – possibilita ao segurado remuneração<br />

da provisão de rentabilidade do FIE, com critério de desempenho<br />

mínimo atrelado a um percentual de um índice de renda fixa.<br />

Inovação de produtos<br />

〉〉<br />

Vida Planejada: no plano com essa característica, o FIE, associado ao período<br />

de diferimento, deve apresentar percentual decrescente de exposição a<br />

investimentos com maior risco, especialmente em ativos de renda variável,<br />

ao logo do período de diferimento;<br />

〉〉<br />

Vida com Renda Imediata (VRI) com estrutura a termo de taxa de juros<br />

para cálculo do fator de conversão em renda: nesse caso, a estrutura pode<br />

ser elaborada pela própria sociedade seguradora. A alteração visa a criar<br />

concorrência no mercado de seguros por meio de portabilidades para<br />

produtos mais atrativos;<br />

〉〉<br />

Planos com garantia de estrutura a termo de taxa de juros para cálculo do<br />

fator de conversão em renda: nesse caso, a estrutura deve ser elaborada por<br />

instituição independente, com conhecida capacidade técnica.<br />

Fonte: Susep<br />

31


eleições<br />

Entidades apresentam novas diretorias<br />

Sincor-BA<br />

A chapa “Continuar Inovando”,<br />

composta pela atual<br />

diretoria do Sincor-BA, foi<br />

reeleita por unanimidade<br />

pelos associados. Wanderson<br />

Nascimento segue como<br />

presidente da entidade. “Os<br />

propósitos que tínhamos no<br />

primeiro mandato, se todos<br />

não foram conquistados, faltaram<br />

poucos. Isso aumenta<br />

nossa responsabilidade para<br />

que façamos mais do que já<br />

foi feito na primeira gestão, e cumprir o que faltou ser feito<br />

nesse mesmo mandato, que se encerra em dezembro”, diz<br />

Nascimento.<br />

Sincor-GO<br />

Deputado federal e atual<br />

vice-presidente Institucional e<br />

de Relações com o Corretor de<br />

Seguros do Sincor-GO, Lucas<br />

Vergilio foi eleito presidente<br />

da entidade para o quadriênio<br />

2018-2021. A posse ocorrerá<br />

em 1º de janeiro de 2018.<br />

Os associados votaram<br />

na sede administrativa do<br />

sindicato, em Goiânia, e nas<br />

diretorias Territoriais do Sincor-<br />

-GO em Anápolis, Catalão, Itumbiara e Rio Verde.<br />

“Os próximos anos serão de muito trabalho. Meu papel<br />

será o de propiciar novos negócios aos nossos associados<br />

e fazer com que o mercado goiano cresça e se desenvolva”,<br />

afirma Vergilio.<br />

Sincor-PE<br />

A partir de 2018, o Sincor-<br />

-PE passará a ser comandado<br />

por Carlos Alberto Valle. Ele<br />

substituirá Cláudia Cândido<br />

Diniz e deve permanecer no<br />

cargo até o ano de 2021. A nova<br />

diretoria também traz José<br />

Limongi Di Francesco como<br />

vice-presidente, Nilton Luiz Bandeira<br />

Castelo Branco como diretor<br />

secretário, Paulo Cavalcanti<br />

de Lucena Júnior como diretor<br />

financeiro e Hilton Felix Sena<br />

como diretor social. A votação para a nova diretoria ocorreu<br />

na sede do Sincor-PE, em Recife e também nas delegacias de<br />

Caruaru e Petrolina.<br />

Sincor-SE<br />

Os corretores associados<br />

ao Sincor-SE participaram da<br />

eleição da nova diretoria, que<br />

será responsável pelo sindicato<br />

durante o quadriênio<br />

2018/2021. Apenas uma chapa<br />

foi inscrita, a “Sincor de todos”,<br />

encabeçada pelo atual diretor-<br />

-presidente, Érico Melo. “Para<br />

mim, é uma grande satisfação<br />

poder continuar o trabalho<br />

que fizemos ao longo dos<br />

últimos quatro anos. A escolha<br />

dos corretores é sinal de que<br />

estamos no caminho certo e de que temos muito mais a fazer,<br />

para que o mercado de seguros continue crescendo aqui em<br />

Sergipe”, declara Melo.<br />

CCS da Costa da<br />

Mata Atlântica<br />

Nova diretoria do Clube dos Corretores de<br />

Seguros da Costa da Mata Atlântica na festa<br />

de posse dessa nova gestão, que continuará<br />

liderada por Edmundo Paulo Paschoal, realizada<br />

em Santos<br />

32


lançamento | Regula<br />

A nova geração de corretores<br />

quer mais tempo para vender<br />

Empresa lança serviço de atendimento e<br />

acompanhamento de sinistro nas carteiras de<br />

automóvel, vida, RE, RC e fiança locatícia para<br />

facilitar a vida dos corretores de seguros<br />

Após 18 anos como corretor<br />

de seguros, Daniel Bortoletto<br />

identificou uma lacuna<br />

importante no mercado. Ele<br />

percebeu, por sua própria experiência,<br />

que os corretores de seguros demandam<br />

muito tempo e dinheiro para cuidar dos<br />

sinistros de alguns segurados.<br />

A Regula realiza este atendimento<br />

de clientes sinistrados para o corretor de<br />

seguros. A empresa nasceu para ajudar os<br />

corretores de seguros a encontrar o equilíbrio<br />

entre a necessidade de atender bem<br />

seus clientes e a difícil tarefa de ampliar<br />

sua carteira de negócios, gerando disponibilidade<br />

de tempo para prospecções e<br />

novos fechamentos. Ela apresenta uma<br />

solução inovadora de terceirização desta<br />

área, atuando como uma representante<br />

da corretora desde o momento da abertura<br />

do sinistro pelo segurado até a sua<br />

conclusão, com o principal objetivo de<br />

fidelizar e até gerar novos negócios para as<br />

corretoras. Outro efeito desta terceirização<br />

é a contribuição com a gestão de custos<br />

dos corretores, pois eles podem realocar<br />

recursos, direcionando suas energias e<br />

das suas equipes administrativas para<br />

a área comercial. “A Regula nasce para<br />

proporcionar tempo para os corretores<br />

produzirem mais de forma inteligente, com<br />

segurados felizes e colaboradores focados<br />

no objeto da empresa”, explica Bortoletto.<br />

Há pouco mais de um mês no mercado,<br />

ela já possui vários clientes que começaram<br />

a utilizar o serviço para ter mais tempo para<br />

se dedicar às vendas, aproveitando o custo<br />

de oportunidade. O seu planejamento<br />

estratégico está bem<br />

definido e já conta com a meta<br />

de atingir 2% dos corretores<br />

de seguros de São Paulo, nos<br />

próximos dois anos.<br />

Sua inovação está na logística:<br />

o processo e fluxo de atendimento<br />

é simples e rápido, disponibilizando várias<br />

formas do corretor compartilhar os sinistros<br />

da sua carteira via email, site, app,<br />

whatsapp e acompanhar em tempo real<br />

o status dos sinistros dos seus segurados.<br />

A Regula possui oito produtos em sua<br />

prateleira. Eles já foram aperfeiçoados e<br />

alinhados às necessidades dos corretores.<br />

Agora, são vendidos em pacotes por quantidade<br />

de atendimento. O serviço cobre as<br />

carteiras de automóvel, vida, ramos elementares,<br />

responsabilidade civil e fiança.<br />

“Também oferecemos a possibilidade do<br />

cliente contratar o serviço por ocorrência.<br />

Este usuário pode ser corretor ou consumidor”.<br />

A Regula é um representante do<br />

corretor para acompanhar o segurado no<br />

momento do sinistro.<br />

A qualidade do serviço é garantida<br />

pela pesquisa realizada ao final de todos<br />

os atendimentos. “Quando finalizamos,<br />

mandamos um questionário de satisfação<br />

para o cliente, cujo relatório será enviado<br />

para o corretor periodicamente”, reforça<br />

Bortoletto.<br />

Uma das coisas que despertou o<br />

interesse em criar a Regula foi a observação<br />

de que os clientes bem atendidos no<br />

momento do sinistro acabavam gerando<br />

novos negócios e até trazendo o terceiro<br />

(revertendo como segurado para<br />

a corretora).<br />

O Plano de Livre Escolha cobre<br />

apenas um atendimento específico e<br />

tem custo de R$ 89,90. Ele é indicado<br />

para os corretores de seguros que estão<br />

Daniel Bortoletto<br />

iniciando na carreira e ainda possuem<br />

poucos segurados. “Temos o Regula10,<br />

um plano especial para os corretores que<br />

estão iniciando suas carteiras com um custo<br />

de R$79,99 reais por mês, com direito a<br />

10 atendimentos por ano, e no site www.<br />

regula.com.br/planos disponibilizamos<br />

pacotes a partir de 5 atendimentos mês ou<br />

60 no ano, a partir de R$374,99 por mês,<br />

e também personalizamos de acordo com<br />

a real necessidade da corretora”, explica<br />

o executivo. Todos os pacotes podem ser<br />

adquiridos online.<br />

Custo de oportunidade<br />

Toda vez que o corretor de seguros ou<br />

sua equipe para a produção para atender<br />

um sinistro, ele gera o custo de oportunidade.<br />

Seu papel é ser o principal canal comercial<br />

e de distribuição das seguradoras.<br />

Seu foco é “vendas”.<br />

Quando um chamado é aberto pelo<br />

corretor, a Regula entra em contato com<br />

o cliente em até 10 minutos. “Este é um<br />

compromisso da empresa, cujo processo<br />

pode ser acompanhado online pelo corretor”,<br />

acrescenta o executivo.<br />

“A nova geração de corretores de seguros<br />

está preocupada com a sua produtividade,<br />

com o equilíbrio da corretora (produção<br />

x custos). De forma inteligente, ele pode<br />

potencializar sua produção, conquistar o<br />

reconhecimento das seguradoras e garantir<br />

que os clientes que tiverem problema recebam<br />

atendimento eficiente, profissional<br />

e, principalmente, humanizado”, conclui<br />

Bortoletto.<br />

33


férias | viagem<br />

Relaxar, mas<br />

com seguro<br />

Erros, acertos e<br />

experiências podem<br />

definir como serão as<br />

viagens das férias<br />

O<br />

ano de 2017 foi marcado por<br />

reviravoltas políticas e crises<br />

econômicas que pesaram<br />

também no setor de turismo.<br />

Mas a chegada de dezembro anima agora<br />

os agentes de viagem e também aqueles<br />

que esperaram o ano inteiro por um<br />

descanso. Só que descansar não deveria<br />

ser sinônimo de abandonar algumas responsabilidades<br />

cruciais para a segurança,<br />

como o seguro viagem.<br />

Turistas brasileiros, algumas vezes,<br />

34<br />

Amanda Cruz<br />

se esquecem deste produto que pode ser<br />

contratado tanto para viagens nacionais<br />

quanto internacionais. No País, apenas<br />

30% dos viajantes contratam o produto.<br />

❙❙Marcio Magnaboschi, da AXA<br />

Muitos desconhecem a necessidade e até<br />

a obrigatoriedade de ter a proteção, mas o<br />

setor batalha nessa carteira para que isso<br />

mude. “A conscientização vem ganhando<br />

força. Com mais pessoas viajando,<br />

inevitavelmente, sinistros acontecem.<br />

Quando as pessoas se deparam com um<br />

problema em uma situação de maior<br />

vulnerabilidade, fora de sua residência,<br />

elas passam a valorizar mais o seguro.”,<br />

comenta Marcio Magnaboschi, diretor<br />

Comercial de Vida, da AXA.<br />

Há no Brasil a cultura do “não vai<br />

acontecer comigo”, especialmente no que<br />

diz respeito aos momentos de lazer com<br />

os quais as pessoas não gostam de associar<br />

a riscos, mas imprevistos estão por<br />

todas as partes. “Ano a ano há diversas<br />

notícias sobre sinistros. Os que viajam<br />

sem seguro são pessoas inexperientes,<br />

que precisam de explicações mais elabo-


❙❙Rafael Turra, da Vital Card<br />

radas para saberem para que serve e quais<br />

são os riscos. Isso muda com a experiência,<br />

embora nem mesmo os viajantes<br />

experientes contratem sempre o seguro”,<br />

elucida Rafael Turra, diretor Operacional<br />

e de Produtos da Vital Card. De acordo<br />

com levantamento da empresa, realizado<br />

em outubro de 2017, são os viajantes entre<br />

35 e 50 anos que principalmente contratam<br />

a proteção. Os destinos com maior<br />

percentual de segurados são Europa<br />

(40%) e EUA (31,5%), com outros países<br />

somando 24% e as viagens nacionais com<br />

apenas 5% de contratações.<br />

Esses números levam em conta uma<br />

série de fatores, como o da obrigatoriedade<br />

do seguro para viagens à Europa<br />

e o fato de que quanto mais perto a<br />

viagem, menos as pessoas temem os<br />

riscos e menos contratam. “O viajante<br />

que está começando vai optar pelo que<br />

é mais barato, mas é justamente nesse<br />

momento que ele pode ter problemas, se<br />

a cobertura contratada não for suficiente”,<br />

comenta Turra.<br />

De acordo com dados fornecidos<br />

pelo Ministério do Turismo à <strong>Revista</strong><br />

<strong>Apólice</strong>, anualmente cerca de 60 milhões<br />

de pessoas viajam dentro do Brasil e um<br />

dos grandes desafios continua sendo<br />

ampliar o turismo no País, seja trazendo<br />

mais visitantes internacionais para cá,<br />

seja fazendo com que o setor de viagens<br />

e turismo fique mais acessível a um maior<br />

número de brasileiros. “A expectativa da<br />

Pasta é incluir mais 40 milhões de brasileiros<br />

no mercado de viagens domésticas<br />

e ampliar de 6,5 milhões para 12 milhões<br />

o número de estrangeiros, nos próximos<br />

cinco anos. Com essa movimentação de<br />

turistas, a expectativa é gerar cerca de<br />

2 milhões de empregos extras pelo turismo<br />

e injetar quase US$ 13 bilhões na<br />

economia com o turismo internacional”,<br />

informa em nota.<br />

O que cobre?<br />

Aqui no País, as pessoas se sentem<br />

em casa e, de fato, quem tem um seguro<br />

saúde com abrangência nacional, por<br />

exemplo, tem seus motivos para se sentir<br />

mais tranquilo caso necessite de um<br />

atendimento. Mas nem só de atendimento<br />

médico vive o produto. Há outras coberturas<br />

que podem ser contratadas que<br />

evitam muitas despesas. “Alguns planos<br />

de saúde não contemplam uma cobertura<br />

nacional para urgência e emergência”,<br />

alerta Magnaboschi. Ele explica ainda<br />

que o valor do produto na viagem nacional<br />

é menor que 5% do total da viagem.<br />

“O seguro viagem nacional é muito<br />

barato e se uma pessoa for, por exemplo,<br />

para o nordeste, e precisar voltar para<br />

a sua cidade mais cedo, o seguro pode<br />

cobrir”, completa.<br />

Hoje, as agências de viagem já têm<br />

plena consciência da necessidade do<br />

seguro e são bons agentes na hora de<br />

orientar seus clientes. Carolina Beloni,<br />

coordenadora de atendimento da Adventure<br />

Club, afirma que o seguro é sempre<br />

oferecido a todos os seus viajantes.<br />

“Cerca de 70% dos clientes perguntam<br />

se o seguro está incluso, e cerca de 10%<br />

perguntam sobre as coberturas”, calcula.<br />

As apólices normalmente incluem,<br />

além da médica, coberturas como extravio<br />

de bagagem, atraso de voo e cancelamento<br />

de viagem, por exemplo. Mas é<br />

preciso estar atento ao que se compra.<br />

Não é porque algo está disponível no<br />

mercado que é válido para determinada<br />

contratação. “Se a pessoa contrata um<br />

plano básico, olhando apenas para o<br />

preço, ficará sem essas coberturas extras.<br />

Isso gera dúvidas, porque só durante a<br />

viagem é que ela descobre que não tem<br />

esse direito”, diz Turra.<br />

A falta de conhecimento sobre<br />

seguros gera também confusões sobre<br />

diferentes produtos, conforme explica<br />

o executivo da Axa: “Muitas pessoas<br />

acabam confundindo seguro viagem<br />

com planos de saúde. O seguro viagem<br />

é utilizado somente para urgências e<br />

emergências, diferente do plano de saúde,<br />

que suporta consultas de rotina, ambulatoriais,<br />

checkup etc.”.<br />

“No pacote que fechamos com as<br />

operadoras, são elas que incluem o seguro<br />

de acordo com o roteiro. Quando fazemos<br />

por aqui, passamos duas ou três opções de<br />

planos e deixamos que o cliente escolha”,<br />

afirma Carolina. Entre os que contratam,<br />

só 5 a 10% têm algum tipo de dificuldade<br />

com a seguradora para utilizar o produto.<br />

O que mais pode dar errado, ainda,<br />

é o plano ser básico demais para o destino.<br />

Levando-se em consideração um<br />

dos principais destinos dos brasileiros,<br />

os EUA são um bom exemplo de como<br />

uma simples consulta ou uma doença<br />

mais séria podem levar ao fim da viagem.<br />

Os preços salgados, de acordo com<br />

a publicação The New York Times, têm<br />

curativos pequenos custando até US$ 2<br />

mil em hospitais como o Califórnia Pacific<br />

Medical Center, além de uma diária de<br />

internação que custa no país, em média,<br />

US$ 4 mil a diária. “O custo médico lá<br />

fora, mesmo para uma doença não muito<br />

grave, fica facilmente mais do que US$<br />

30 mil”, comenta Turra.<br />

De todas as coberturas, a médica<br />

ainda é a mais acionada – principalmente<br />

por conta de intoxicações alimentares;<br />

em seguida vem o cancelamento de viagens<br />

– que pode ser feito por conta de<br />

doença, morte de parentes do passageiro,<br />

❙❙Carolina Beloni, da Adventure Club<br />

35


viagem<br />

demissão ou cancelamento de férias por<br />

parte do empregador; e o terceiro lugar de<br />

sinistros fica com o extravio de bagagens.<br />

Comprar com antecedência, portanto, é a<br />

chave da contratação, se algo acontecer e<br />

o cliente não puder viajar, com a apólice<br />

garantida ele poderá fazer o cancelamento<br />

sem prejuízos.<br />

A carteira<br />

Como toda carteira de seguros, o<br />

Viagem também passou e deverá passar<br />

por diversas transformações, mas como<br />

elas serão? Magnaboschi tem alguns<br />

palpites sobre o futuro. Para ele, o seguro<br />

viagem deverá ser modular, com cada<br />

consumidor escolhendo valores de coberturas<br />

e quais itens gostaria de adicionar,<br />

além dos obrigatórios estipulados pela<br />

Susep, de acordo com suas necessidades.<br />

Já quando o assunto é legislação, o<br />

executivo acredita que a CNSP 315/2014<br />

cumpriu o papel de regular o mercado<br />

informal da venda dos “vouchers de<br />

viagem”. “Algumas empresas acabavam<br />

expondo os beneficiários a riscos, pois<br />

estes achavam que estavam cobertos em<br />

suas viagens e, no momento de um imprevisto,<br />

percebiam que não era bem assim<br />

ou que o limite de capital era global para<br />

todas as coberturas exibidas no voucher.<br />

A Susep recebia muitas reclamações,<br />

mas não tinha como atuar, pois essas<br />

empresas não estavam regulamentadas<br />

pelo órgão”, explica.<br />

Mesmo com os piratas longe desses<br />

mares, o seguro viagem é tradicionalmente<br />

oferecido como benefício em<br />

outros mercados, como com cartões de<br />

crédito e planos de saúde. “O modelo<br />

de negócio é bem diferente da venda de<br />

vouchers de viagem, onde ainda restam<br />

gargalos. “Pela legislação atual é obrigatória<br />

a emissão de um bilhete de seguro<br />

individual e as bandeiras de cartões de<br />

crédito não têm acesso aos dados pessoais<br />

dos titulares dos cartões. Com isso,<br />

para se adequar à nova legislação, foi<br />

necessário mudar o fluxo operacional<br />

destes benefícios”, destaca Magnaboschi.<br />

A experiência muda tudo<br />

Para quem acha que o seguro é um<br />

exagero e que tudo bem viajar sem contratar<br />

nada, dois casos mostram como o<br />

36<br />

❙❙Renata Sirtoli<br />

seguro pode ser útil.<br />

Renata Sirtoli, de 29 anos, foi à<br />

Alemanha, que faz parte do Acordo de<br />

Schengen, mas sequer se preocupou com<br />

essa questão, pois a agência de intercâmbio<br />

havia estudado o caso para ela, que<br />

viajava como estudante. Mesmo assim,<br />

ela afirma: “tive total ciência do que<br />

estava coberto e dos valores de indenização,<br />

pois eram pontos importantes para<br />

aprovação do visto”.<br />

Já por lá, Renata ficou doente e não<br />

teve dúvidas: recorreu ao hospital e foi<br />

prontamente atendida, sem nenhum<br />

percalço. “Não paguei nada a mais pelo<br />

atendimento e o valor dos remédios foi<br />

❙❙Rafael Perez<br />

reembolsado pela seguradora”, afirma.<br />

Renata é um exemplo de viajante que já<br />

tem a cultura, pois afirma que nunca viajou<br />

sem contratar proteção, que considera<br />

importante. “Tenho medo que aconteça<br />

alguma coisa e a gente nunca sabe como<br />

é o atendimento público em outros países.<br />

Além do mais, sei que o seguro cobre<br />

extravio de malas e outros problemas<br />

durante a viagem”.<br />

O intercâmbio, sonho de muitos<br />

jovens, parece ser uma boa entrada para<br />

o consumidor de seguro viagem, pois<br />

foi nessa situação que Rafael Perez, 23<br />

anos, teve seu contato com o setor, ao<br />

viajar para Buenos Aires, Argentina,<br />

para fazer trabalho voluntário. “Fiz a<br />

contratação, pois eles exigiam o seguro.<br />

Escolhi a companhia que tinha a melhor<br />

cotação, R$ 200 para os 47 dias”, explica.<br />

Com o inverno argentino, Rafael adoeceu<br />

por problemas respiratórios e ao chegar<br />

ao hospital, não pode ser atendido, pois<br />

descobriu que seu nome estava com a<br />

grafia errada na apólice de seguro. Apesar<br />

da recusa, Rafael recorreu à seguradora<br />

e, nesse caso, o atendimento fez a diferença.<br />

“Eles prestaram um atendimento<br />

muito bom e consertaram o erro. Voltei ao<br />

hospital e fui atendido sem problemas. A<br />

assistência prestada e o hospital foram excelentes”,<br />

lembra. Essa experiência serviu<br />

ao estudante para entender duas coisas:<br />

que imprevistos acontecem, sim, e que o<br />

seguro não é tão caro quanto imaginava,<br />

embora ele confesse que o preço é um<br />

fator de muito peso para a contratação.<br />

Em 2018, Rafael está indo a um novo<br />

intercâmbio, dessa vez na Espanha e já<br />

está ciente: para além da exigência, contratar<br />

um seguro é crucial. “Os planos<br />

para a Europa são mais caros, mas li e<br />

pesquisei bastante sobre o assunto. Sei<br />

que vale muito a pena, pois se não fosse<br />

o seguro, não sei como eu estaria lá devido<br />

à doença”, diz. A cultura do seguro<br />

chegou tanto para Renata quanto para<br />

Rafael, o que pode deixar esse nicho de<br />

mercado animado. As viagens, sejam<br />

a trabalho ou de férias, são sonhos e<br />

momentos de realização, especialmente<br />

para uma geração que cresceu e a que<br />

vem chegando e abraçando modos de<br />

vida que priorizam mais experiências<br />

do que bens materiais.


econhecimento | mercado<br />

SindSeg MG/GO/MT/DF entrega<br />

Medalha do Mérito Segurador 2017<br />

durante evento de confraternização<br />

Mauro Batista, Augusto Matos e José Cristóvão<br />

Augusto Matos<br />

Maria Filomena Branquinho (Sincor MG), José Cristóvão Martins<br />

(Sincor MT), Augusto Matos (SindSeg MG/GO/MT/DF), Dorival<br />

Alves de Sousa (Sincor DF) e Henderson Rodrigues (Sincor GO)<br />

Convidados<br />

Diretoria do SindSeg MG/GO/MT/DF<br />

Representantes homenageados<br />

Pista de dança<br />

Homenageados das comissões<br />

José Luis F. Silva, Augusto Matos e Ronaldo Pinho<br />

Reconhecer e destacar as personalidades<br />

do mercado e da<br />

sociedade que contribuem para<br />

o fortalecimento do mercado<br />

de seguros é a proposta da Medalha do<br />

Mérito Segurador, premiação concedida<br />

pelo Sindicato das Empresas de Seguros<br />

Privados, de Resseguros e de Capitalização<br />

dos Estados de Minas Gerais, Goiás,<br />

do Mato Grosso e do Distrito Federal<br />

(SindSeg MG/GO/MT/DF). Em sua sexta<br />

edição, o evento foi realizado na capital<br />

mineira, no dia 24 de novembro, e reuniu<br />

cerca de 300 convidados.<br />

O evento teve como proposta o<br />

“Futuro”, e a importância de pensar e<br />

planejá-lo foi abordada durante toda a<br />

solenidade. O início da cerimônia foi<br />

marcado pela exibição de um vídeo com<br />

depoimentos de participantes da última<br />

edição do Fórum do Amanhã sobre a<br />

importância do mercado de seguros para<br />

a construção de um futuro melhor. Realizado<br />

em novembro, na cidade mineira<br />

de Tiradentes, o evento foi apoiado pelo<br />

SindSeg MG/GO/MT/DF.<br />

Após essa abertura, foram entregues<br />

as medalhas aos agraciados. Neste ano, os<br />

escolhidos foram os presidentes do Sindicato<br />

das Seguradoras e Resseguradoras<br />

do Estado de São Paulo (SindSeg SP),<br />

Mauro César Batista, e do Sindicato dos<br />

Corretores de Seguros de Empresas Corretoras<br />

de Seguros e de Capitalização no<br />

Estado de Mato Grosso (Sincor/MT), José<br />

Cristóvão Martins. O superintendente da<br />

Superintendência de Seguros Privados<br />

(Susep), Joaquim Mendanha de Ataídes,<br />

também receberia a homenagem, mas em<br />

função de uma cirurgia de emergência,<br />

não pode comparecer.<br />

Os representantes regionais e os<br />

membros das comissões do SindSeg MG/<br />

GO/MT/DF também foram homenageados.<br />

Eles foram presenteados com o livro<br />

“Parques e reservas: Patrimônio de Minas<br />

Gerais”, que aborda a riqueza natural e<br />

a diversidade cultural dos parques e seu<br />

entorno.<br />

Ao final da cerimônia, o Presidente<br />

Augusto Frederico Costa Rosa de Matos<br />

agradeceu a presença e reforçou no discurso<br />

a importância da união dos profissionais<br />

para o crescimento do segmento. “O<br />

mercado de seguros é um só. Desde 2013,<br />

o país vive um cenário de incertezas. Por<br />

isso, é fundamental trabalharmos com<br />

determinação, criatividade, empenho e<br />

focados nas oportunidades, construindo<br />

um futuro melhor para todos”, frisou.<br />

37


eventos<br />

CCS-SP recebe VP executivo da Porto Seguro<br />

Vice-presidente executivo da Porto Seguro, Roberto Santos<br />

participou do almoço realizado pelo Clube dos Corretores de<br />

Seguros de São Paulo. Santos, que vai assumir a presidência da seguradora<br />

em 2018, expôs suas ideias sobre o seguro de automóvel<br />

e sobre o seguro na era digital, em que chamou atenção para o<br />

processo de venda com o uso de tecnologias que contemplem a<br />

jornada do cliente. “Precisamos colocar o segurado no centro das<br />

decisões e mudar o modelo de produto para custumer centricity,<br />

que cria novos vínculos com os consumidores”, disse.<br />

No evento, também foram homenageados o associado João<br />

Urdiales Gongora, que completou 60 anos de carreira no setor,<br />

e o ex-mentor Luis López Vázquez, falecido em 1º de outubro.<br />

Corretores de seguros, seguradores e lideranças do setor visitaram<br />

a nova Regional São Paulo Sul do Sincor-SP. Inaugurada na Avenida<br />

Ibirapuera sob o conceito “Casa do Corretor de Seguros”, o espaço<br />

inclui auditório e loja térrea para ampliar a divulgação da categoria e<br />

dar mais acessibilidade ao profissional e aos beneficiários e vítimas de<br />

acidentes de trânsito que buscam o Sindicato para atendimento gratuito<br />

do seguro DPVAT.<br />

“Este é um dia festivo, de uma entrega importante da gestão: uma<br />

regional toda modernizada e neste porte, aberta para todos utilizarmos<br />

seus espaços e serviços”, afirmou o diretor regional São Paulo Sul,<br />

Márcio Silva.<br />

38<br />

Aconseg-SP comemora 14 anos<br />

A Aconseg-SP comemorou seus 14 anos de atuação. Presidente da<br />

entidade, Marcos Colantonio lembrou que a assessoria tem como base<br />

oferecer ferramentas importantes aos corretores, como apoio técnico<br />

e atendimento especializado.<br />

Para o próximo ano, o foco de crescimento da Aconseg-SP é o<br />

seguro de vida. A perspectiva de Colantonio é que a entidade feche<br />

2017 com 15% de crescimento.<br />

Outro destaque foi a alta no índice de treinamento de corretores<br />

pelas assessorias. Para 2018, o desejo da entidade é manter este crescimento.<br />

“No próximo aniversário, queremos apresentar produção de<br />

R$ 1,5 bilhão”, declarou.<br />

Sincor-SP inaugura Casa do Corretor - Regional Sul<br />

Susep focada no desenvolvimento do mercado<br />

Nunca o Brasil precisou tanto de líderes. Essa foi a mensagem deixada<br />

pelo titular da Susep, Joaquim Mendanha de Ataídes, no almoço em sua<br />

homenagem realizado pelo Clube Vida em Grupo RJ. “Usem a liderança<br />

para ajudar o mercado a ocupar uma posição de destaque cada vez maior<br />

na economia”, recomendou Mendanha. “Não é novidade que sempre<br />

houve certa dificuldade em incluir o seguro na agenda do governo, e hoje<br />

encaramos esse desafio”, conta.<br />

O presidente Carlos Ivo Gonçalves fez a entrega de uma placa comemorativa<br />

ao lado do presidente da CNseg, Marcio Coriolano, do presidente<br />

do Sincor-RJ, Henrique Brandão, e do presidente do Conselho Consultivo<br />

do CVG-RJ, Ênio Miraglia.


Sincor-RS realiza 15º Jantar<br />

dos Cozinheiros<br />

Cerca de 400 convidados participaram do 15º Jantar<br />

dos Cozinheiros, promovido pelo Sincor-RS. Chefiado pelo<br />

corretor Milton Pereira Adriano, o evento contou com a<br />

participação do cantor Cleinton Amorim.<br />

Na mesma ocasião, a entidade realizou sua confraternização<br />

de fim de ano e também entregou um cheque<br />

de R$ 8 mil para Denise Micelli, diretora da Escola de Educação<br />

Infantil Só Bebê, que atende crianças em situação<br />

de vulnerabilidade.<br />

UCS celebra conquistas<br />

A União dos Corretores de Seguros (UCS) reuniu<br />

em seu último encontro de 2017 cerca de 300 pessoas,<br />

entre associados e lideranças do setor. “Este foi um<br />

ano difícil para todos, período de enfrentamentos e<br />

desafios, mas que conseguimos superar e chegar ao<br />

final com crescimento. Por isso é momento de confraternizar”,<br />

declarou Mara Borges Sutto, presidente<br />

da entidade.<br />

CVG-SP realiza primeira confraternização da gestão Kasahaya<br />

A festa de final de ano do Clube Vida em Grupo de São Paulo<br />

recebeu 250 convidados no espaço Trio Pérgola, em São Paulo.<br />

O presidente do CVG-SP, Silas Kasahaya, destacou o trabalho realizado<br />

pelos ex-presidentes que hoje fazem parte do Conselho da entidade.<br />

Ele lembrou também que o CVG-SP completou 36 anos em 2017.<br />

Kasahaya destacou a postura da nova diretoria de investir na comunicação<br />

com o mercado e com seus associados. “Percebemos que<br />

precisávamos de um novo posicionamento para melhor comunicar<br />

nossas ações”, justificou.<br />

O destaque da noite ficou por conta da divulgação da carta de<br />

intenção junto ao Million Dollar Round Table (MDRT), entidade internacional<br />

fundada em 1927 por corretores nos EUA. A parceria entre o<br />

CVG-SP e a entidade deve ser assinada em 2018.<br />

Clube dos Corretores<br />

do ABC Paulista<br />

Associados, convidados e membros de seguradoras marcaram<br />

presença na festa de confraternização do Clube dos Corretores de<br />

Seguros do Grande ABC, realizada no Estância Alto da Serra, em São<br />

Bernardo do Campo (SP). “O Clube está muito agradecido com o<br />

apoio recebido de todos os associados, parceiros e amigos”, declarou<br />

o presidente, Jocimar de Carvalho, que também fez um balanço<br />

dos avanços da entidade ao longo de 2017. “Tivemos um crescimento<br />

significativo com a conquista de novos associados novos e resgate de<br />

alguns que, por algum motivo, haviam se desligado.”<br />

39


Todo ano o seguro de transporte<br />

tem um dia reservado ao<br />

conhecimento e ao debate da<br />

carteira. Seja marítimo ou, e<br />

principalmente, rodoviário, o Brasil ainda<br />

tem muito que avançar quando o assunto<br />

é cuidar das cargas que percorrem o País<br />

ou as que são exportadas. Com todos<br />

esses fatores como parte fundamental<br />

de sua existência, o Clube Internacional<br />

de Seguro de Transporte (CIST) é o idealizador<br />

do Simpósio que, anualmente,<br />

traz os assuntos mais urgentes a serem<br />

discutidos.<br />

Mas nem só os transportes são debatidos<br />

no evento. Tanto que o painel que<br />

abriu os debates em São Paulo teve como<br />

tema a Lei de Contrato de Seguro, que há<br />

tempos tramita na câmara e no senado e<br />

vem sendo aperfeiçoada há pelo menos<br />

13 anos, devendo ser decisiva para sanar<br />

alguns dilemas de mercado. Ernesto<br />

Tzirulnik, advogado e presidente do<br />

Instituto de Direito do Seguro – IDBS,<br />

acredita que a ideia principal do projeto<br />

é diminuir a profusão de normas infralesimpósio<br />

| transportes<br />

O mercado de transportes avança<br />

Clube Internacional de Seguro<br />

de Transporte promove evento<br />

para debater as mudanças e<br />

desafios do setor<br />

Amanda Cruz<br />

40<br />

gais, pois há diversos textos normativos<br />

para regulamentar as matérias de seguro.<br />

“Em 2017 foram 22 circulares da Susep. É<br />

humanamente impossível o mesmo grupo<br />

redigir todas elas e deixar ordenados diferentes<br />

conceitos e linguagens. Se esses<br />

textos não conseguem ser internamente<br />

coerentes, o que pode ajudar a direcionar<br />

a leitura, compreensão e validade dessas<br />

normas? A lei”, defendeu.<br />

Construir uma sociedade livre, justa<br />

e solidária – demonstrando assim o valor<br />

social do seguro -, fomentar a economia<br />

e a sociedade e ajudá-la a se desenvolver<br />

plenamente: essas são diretrizes presentes<br />

na Constituição e que devem ser seguidas<br />

por todas as empresas financeiras. Todas<br />

as normas devem estar submetidas a essas<br />

premissas.<br />

Outro ponto que deverá ser cuidado<br />

pela Lei do Seguro são as recusas feitas<br />

pelas seguradoras e exigências de maior<br />

transparência nas coberturas oferecidas.<br />

União do P&I<br />

O evento era voltado ao mercado<br />

de transportes e por isso mesmo contou<br />

com materiais técnicos sobre o nicho.<br />

Mauro Sammarco, diretor da Brazil<br />

P&I (Proteção e Indenização), explicou<br />

como funciona a iniciativa. O grupo,<br />

sem fins lucrativos, tem como objetivo<br />

dar mais segurança aos transportes marítimos,<br />

buscando maiores coberturas<br />

de resseguros e representação perante<br />

órgãos mundiais de regulação. Ele se<br />

une para que sinistros até determinado<br />

valor possam ser arcados pelos clubes<br />

envolvidos. Quando o valor ultrapassa a<br />

cota estipulada, eles recorrem ao mercado<br />

de resseguros. “O Costa Concórdia foi<br />

feito sob esse modelo. Sem essa divisão<br />

entre os grupos o pagamento não seria<br />

possível”, explicou Sammarco. O clube<br />

de proteção age também para que os<br />

acidentes não sejam judicializados, o que<br />

seria um longo caminho a percorrer até<br />

a indenização.<br />

O P&I cobre riscos do navio para<br />

terceiros, seja tripulantes, trabalhadores,<br />

avarias e, principalmente, cargas. Essa<br />

última abocanha de 30% a 40% dos


valores dos sinistros. “O seguro de carga<br />

tem grande importância pelo volume de<br />

sinistros, mas há também a preocupação<br />

com cargas poluentes”, disse.<br />

Com regras rígidas e estabelecidas,<br />

esses clubes atuam desde o século XIX<br />

e seguem linhas muito parecidas com<br />

qualquer outra companhia de seguro. Os<br />

clubes de P&I não rechaçam o mercado<br />

de seguros, mas se aproximam para ter<br />

coberturas para sinistros grandes com os<br />

quais não podem arcar.<br />

O futuro com drones<br />

Por terra, por água e, por que não,<br />

por ar? Há muito se espera que o drone<br />

vire um modal de transportes e, apesar<br />

de muitos deles já voarem por aí, ainda<br />

existem barreiras que atrasam essa demanda<br />

e uma pergunta crucial que os<br />

setores associados à tecnologia fazem:<br />

estamos preparados?<br />

Daniela Murias, gerente de seguros<br />

aeronáuticos da XL Catlin, ministrou<br />

sua palestra que desmistificou algumas<br />

crenças sobre drones. Embora uma legislação<br />

específica para o assunto só tenha<br />

chegado esse ano, em 2012 a Agência<br />

Nacional de Aviação Civil (ANAC) já<br />

previa o uso de drones para pesquisas.<br />

O texto estabelecido em maio de 2017<br />

apenas deixou o equipamento mais<br />

acessível ao público. Além da Agência,<br />

o Departamento de Controle do Espaço<br />

Aéreo (DECEA) e a Agência Nacional<br />

de Telecomunicações (ANATEL), que<br />

homologa os equipamentos, também<br />

estão envolvidos na regulamentação<br />

dessas aeronaves remotamente pilotadas.<br />

O DECEA estabelece a distância<br />

mínima de 30 metros de edificações e<br />

de terceiros nesses voos, cenário muito<br />

diferente do que é muitas vezes visto<br />

depois da popularização: shows, casamentos<br />

e até mesmo drones invadindo<br />

o espaço da aviação comercial, como<br />

ocorreu recentemente no aeroporto de<br />

Congonhas, em São Paulo.<br />

Em companhias como a americana<br />

Amazon e a alemã DHL já são feitos<br />

testes para utilizar drones na realização<br />

de entregas de produtos, mas tudo ainda<br />

é bastante experimental. A entrega por<br />

esse meio chegará, mas precisa de muito<br />

estudo e gerenciamento de riscos para se<br />

tornar uma prática comum.<br />

O que já está surtindo bons efeitos<br />

no mercado de seguros, por exemplo, é<br />

a utilização da tecnologia para inspecionar<br />

sinistros em locais remotos ou que<br />

passaram por tragédias que dificultam<br />

o acesso de inspetores. Além disso, são<br />

mais rápidos: enquanto a inspeção normal<br />

demoraria, em média, 17 dias em<br />

termos convencionais, com a ferramenta<br />

pode ser feito em apenas dois dias.<br />

O futuro no mercado de transportes<br />

conta com os drones para realizar suas<br />

entregas não só por ar, mas também pelas<br />

águas. Já existem protótipos marítimos à<br />

prova de pirataria, que em breve deverão<br />

navegar grandes cargas.<br />

Violência e transportes<br />

De volta à terra, o roubo de cargas<br />

tem sido alarmante no Brasil. Diversos<br />

estados veem suas cargas deixando de<br />

chegar aos destinos e a preocupação só<br />

cresce. Para discutir o assunto, o CIST<br />

levou Venâncio Alves de Moura, ex-<br />

-coronel do Bope, considerando que o<br />

Rio de Janeiro é o estado com maior<br />

índice de roubos que causam grandes<br />

impactos às seguradoras. O ex-coronel<br />

acredita que falta estrutura do estado<br />

para enfrentar esse problema é o maior<br />

agravante. Segundo ele, até 2013 apenas<br />

quadrilhas especializadas atuavam no<br />

roubo de cargas, mas de lá pra cá o tráfico<br />

de drogas entrou no assunto, levando a<br />

um aumento exponencial. Em relação a<br />

2016, a prática criminosa aumentou 13%<br />

neste ano.<br />

Para o combate, foi criado um grupo<br />

de enfrentamento em outubro deste ano<br />

com diversos representantes do governo,<br />

do setor de cargas e polícias, grupo do<br />

qual Moura faz parte. “Fazemos reuniões<br />

e elas são a medida para frear esses crimes,<br />

especialmente em locais que antes<br />

sequer sofriam com eles”, disse Moura.<br />

O ex-coronel reforçou ainda que a<br />

mudança de ação da Força Nacional de<br />

Segurança Pública (FNSP) deu maior<br />

autonomia funcional à atuação e foi<br />

fundamental, passando a patrulhar locais<br />

mais críticos e, agora, segundo ele, dando<br />

resultados. “O mês de setembro de 2017<br />

já foi melhor que o mesmo período do<br />

ano anterior, desde maio de 2017 se vê<br />

um decréscimo de ocorrências por conta<br />

desse planejamento”, pontuou.<br />

O futuro<br />

Encerrando o evento, a tecnologia foi<br />

o mote do painel do palestrante Roberto<br />

Uhl, gerente de canais digitais da Argo<br />

Seguros. Para ele, a inovação digital é,<br />

principalmente, o que é feito com a tecnologia<br />

para duas situações principais:<br />

resolver problemas e mecanizar trabalhos<br />

repetitivos e utilização do meio online<br />

para aquisição de segurados.<br />

Em transportes, as conexões propiciadas<br />

são o ponto forte dos avanços tecnológicos.<br />

“A Tesla Motors, por exemplo,<br />

lançou o primeiro caminhão elétrico que<br />

tem três coisas que chamam a atenção:<br />

promessa de desempenho superior ao<br />

existente hoje; o título de caminhão mais<br />

seguro que existe; e o fato de não ser um<br />

protótipo, mas uma realidade de futuro<br />

próximo”, elencou. O caminhão já pode<br />

ser reservado e rodará em breve pelas<br />

ruas para quem quiser.<br />

Big Data, internet das coisas, blockchain,<br />

API, plataformas p2p, análise<br />

de riscos por algoritmos e tantas outras<br />

tecnologias que surgem e são inseridas<br />

no setor ainda não são suficientes para<br />

considerar esse um mercado plenamente<br />

tecnológico. “Hoje, a maioria das ações<br />

ainda é feita por boleto”, pontuou Uhl.<br />

O presente disruptivo fica por conta<br />

das insurtechs, que apresentam um conceito<br />

completamente diferente do que é<br />

praticado hoje no mercado e que oferece<br />

possibilidades para quem quer mudar,<br />

mas não sabe como.<br />

Focar na experiência do cliente, ter<br />

um processo ágil, entendimento da geração<br />

millennial, prioridade maior em se<br />

estabelecer do que ter resultados e menos<br />

comprometimento com questões regulatórias.<br />

Essas são características atribuídas<br />

às insurtechs, mas não deveriam ser as<br />

metas de todas as companhias em pleno<br />

2017? Para Uhl, a resposta é sim.<br />

Apesar de focado em transportes, os<br />

temas debatidos durante o 5° Simpósio<br />

Cist servem a todo o mercado como<br />

reflexão do que há de novo e o que deve<br />

ser exigido do setor, e também de como<br />

engajar e envolver a sociedade em novas<br />

experiências de mercado.<br />

41


comunicação e expressão<br />

por J. B. Oliveira*<br />

NATAL: A HISTÓRIA<br />

E A ESSÊNCIA<br />

A cada 25 de dezembro, engalanada e festiva, a humanidade<br />

comemora mais um aniversário do nascimento de Jesus, ocorrido<br />

em Belém, no ano um de nossa era — o primeiro anno Domini.<br />

Estaríamos, agora, portanto, comemorando o 2.017º ano do de<br />

seu nascimento.<br />

Entretanto...<br />

Estudos e levantamentos cronológicos e históricos comparados<br />

contestam a época do nascimento de Cristo, que não teria ocorrido<br />

no ano que consideramos o primeiro, mas sim entre quatro a seis<br />

anos antes.<br />

Igualmente, o mês não teria sido dezembro, auge do inverno<br />

na Palestina, marcado por frio tão intenso que, à noite, os pastores<br />

recolhem suas ovelhas aos apriscos — abrigos cobertos e fechados<br />

— para resguardá-las do rigor invernal. Assim sendo, não teria<br />

sido possível estarem os pastores no campo, com seus rebanhos,<br />

quando os anjos anunciaram que na “cidade de Davi nasceu hoje o<br />

Salvador, que é Cristo, o Senhor”, como narra o evangelista Lucas. É<br />

mais provável, isto sim, que o evento tenha ocorrido entre fevereiro<br />

e abril, de temperatura menos hostil.<br />

O dia, por outro lado, não teria qualquer ligação com o citado<br />

dia 25. Essa data teria sido fixada já muito posteriormente, e por<br />

influência do sincretismo religioso, que incorporou hábitos e festividades<br />

pagãos ao incipiente Cristianismo, visando facilitar sua<br />

aceitação por outros credos.<br />

Na verdade, 25 de dezembro era a data consagrada pelo culto<br />

pagão ao deus Sol, e como Cristo prefigurava a aurora de uma nova<br />

era, de uma nova vida, passou a ter essa representação.<br />

A conclusão é que não há registros históricos indiscutíveis a<br />

respeito do ano, do mês e do dia do nascimento de Jesus. E isso,<br />

que pode parecer um despropósito aos olhos dos homens, é, antes,<br />

como que um propósito de Deus, o Grande Criador dos Mundos.<br />

Não quer ele que nos ocupemos ou nos preocupemos com<br />

detalhes históricos ou geográficos, todos de importância menor.<br />

O importante, realmente, o certo e indiscutível, é o fato espiritual:<br />

CRISTO NASCEU! Nasceu e revolucionou o mundo, a História e os<br />

conceitos humanos! Nasceu e trouxe consigo a Redenção, a Religião<br />

(re-ligação entre criatura e Criador) e o Evangelho (Ev-Angelós), a<br />

boa nova entoada pelos anjos naquela noite de Belém, e repetida<br />

hoje em todo o mundo:<br />

“GLÓRIA A DEUS NAS ALTURAS; PAZ NA<br />

TERRA E BOA-VONTADE ENTRE OS HOMENS!”<br />

42<br />

42<br />

* J. B. Oliveira é Consultor de Empresas, Professor Universitário,<br />

Advogado e Jornalista. É Autor do livro “Falar Bem é Bem Fácil”,<br />

e membro da Academia Cristã de Letras<br />

www.jboliveira.com.br – jboliveira@jbo.com.br


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