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evento | saúde<br />
As escolhas da saúde suplementar<br />
O 2º Fórum de Saúde Suplementar tratou das escolhas<br />
e caminhos para o desenvolvimento deste setor<br />
Amanda Cruz<br />
Chegou o momento do mercado<br />
de saúde fazer suas mais importantes<br />
escolhas. Não apenas<br />
a Saúde Suplementar, tema central<br />
do fórum realizado pela FenaSaúde,<br />
no Rio de Janeiro, mas também a saúde<br />
pública. Chegou a hora das duas aprenderem<br />
a caminhar juntas.<br />
O dinheiro da saúde suplementar,<br />
como costuma enfatizar Solange Beatriz,<br />
presidente da FenaSaúde, não é uma fonte<br />
sem fim e o orçamento tem ficado cada<br />
vez mais apertado para arcar com todas<br />
as coberturas e procedimentos que são<br />
exigidos e dar conta também da inflação<br />
médica e da judicialização, além das<br />
fraudes.<br />
Todas as decisões a serem tomadas<br />
passam por toda a cadeia: consumidores –<br />
que precisam entender seu papel na saúde<br />
suplementar e utilizar seus planos com<br />
consciência - prestadores, operadoras e<br />
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regulador trabalhando em conjunto para<br />
que a conta feche.<br />
Marcio Coriolano, presidente da<br />
CNseg, lembrou que o aumento da taxa<br />
de desemprego e a queda da renda são<br />
fatores importantes que levaram o mercado<br />
de saúde a se estagnar, como ocorre<br />
também nos casos dos planos odontológicos.<br />
Embora as PMEs ainda mantenham<br />
o posto de queridinhas do mercado, essa<br />
realidade não poderá ser sustentada<br />
apenas por elas. “A inflação médica está<br />
entre 15% e 20%. Essa é uma restrição<br />
de acesso absurda, que faz os números da<br />
saúde suplementar decrescerem”, apontou<br />
o presidente.<br />
Outra autoridade presente no evento,<br />
o diretor-presidente da ANS, José<br />
Carlos Abrahão, mostrou-se empenhado<br />
em fazer da autarquia um órgão não só<br />
fiscalizador, mas participativo, que ajude<br />
o restante do mercado a encontrar soluções.<br />
“O País tem que acabar com essa<br />
falta de credibilidade e crise de futuro”,<br />
afirmou o líder da autarquia ao dizer que<br />
acredita que o setor de saúde é influente<br />
para trazer mudanças internas e externas<br />
a sua atividade.<br />
Enfrentando a economia<br />
Octavio Barros, diretor e economista-chefe<br />
do Banco Bradesco, foi o<br />
responsável pelo painel sobre perspectivas<br />
econômicas e apontou que a crise<br />
que vemos hoje no Brasil não é uma<br />
jabuticaba. “Não há mais locomotivas no<br />
mundo. Estamos vendo uma estagnação<br />
secular global”, pontuou. Além da desigualdade<br />
“brutal” apontada por Barros,<br />
há a questão do envelhecimento, que não<br />
está ligada apenas à previdência, social ou<br />
complementar, mas a uma população que<br />
precisará mais de cuidado médico e pode<br />
não encontrar um mercado privado que<br />
lhe dê melhores condições de tratamento.<br />
E o cenário não anima. O FMI considera<br />
qualquer crescimento de uma economia<br />
em torno de 2,5% uma recessão.<br />
A previsão de crescimento econômico