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Revista Apólice #217

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evento | saúde<br />

As escolhas da saúde suplementar<br />

O 2º Fórum de Saúde Suplementar tratou das escolhas<br />

e caminhos para o desenvolvimento deste setor<br />

Amanda Cruz<br />

Chegou o momento do mercado<br />

de saúde fazer suas mais importantes<br />

escolhas. Não apenas<br />

a Saúde Suplementar, tema central<br />

do fórum realizado pela FenaSaúde,<br />

no Rio de Janeiro, mas também a saúde<br />

pública. Chegou a hora das duas aprenderem<br />

a caminhar juntas.<br />

O dinheiro da saúde suplementar,<br />

como costuma enfatizar Solange Beatriz,<br />

presidente da FenaSaúde, não é uma fonte<br />

sem fim e o orçamento tem ficado cada<br />

vez mais apertado para arcar com todas<br />

as coberturas e procedimentos que são<br />

exigidos e dar conta também da inflação<br />

médica e da judicialização, além das<br />

fraudes.<br />

Todas as decisões a serem tomadas<br />

passam por toda a cadeia: consumidores –<br />

que precisam entender seu papel na saúde<br />

suplementar e utilizar seus planos com<br />

consciência - prestadores, operadoras e<br />

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regulador trabalhando em conjunto para<br />

que a conta feche.<br />

Marcio Coriolano, presidente da<br />

CNseg, lembrou que o aumento da taxa<br />

de desemprego e a queda da renda são<br />

fatores importantes que levaram o mercado<br />

de saúde a se estagnar, como ocorre<br />

também nos casos dos planos odontológicos.<br />

Embora as PMEs ainda mantenham<br />

o posto de queridinhas do mercado, essa<br />

realidade não poderá ser sustentada<br />

apenas por elas. “A inflação médica está<br />

entre 15% e 20%. Essa é uma restrição<br />

de acesso absurda, que faz os números da<br />

saúde suplementar decrescerem”, apontou<br />

o presidente.<br />

Outra autoridade presente no evento,<br />

o diretor-presidente da ANS, José<br />

Carlos Abrahão, mostrou-se empenhado<br />

em fazer da autarquia um órgão não só<br />

fiscalizador, mas participativo, que ajude<br />

o restante do mercado a encontrar soluções.<br />

“O País tem que acabar com essa<br />

falta de credibilidade e crise de futuro”,<br />

afirmou o líder da autarquia ao dizer que<br />

acredita que o setor de saúde é influente<br />

para trazer mudanças internas e externas<br />

a sua atividade.<br />

Enfrentando a economia<br />

Octavio Barros, diretor e economista-chefe<br />

do Banco Bradesco, foi o<br />

responsável pelo painel sobre perspectivas<br />

econômicas e apontou que a crise<br />

que vemos hoje no Brasil não é uma<br />

jabuticaba. “Não há mais locomotivas no<br />

mundo. Estamos vendo uma estagnação<br />

secular global”, pontuou. Além da desigualdade<br />

“brutal” apontada por Barros,<br />

há a questão do envelhecimento, que não<br />

está ligada apenas à previdência, social ou<br />

complementar, mas a uma população que<br />

precisará mais de cuidado médico e pode<br />

não encontrar um mercado privado que<br />

lhe dê melhores condições de tratamento.<br />

E o cenário não anima. O FMI considera<br />

qualquer crescimento de uma economia<br />

em torno de 2,5% uma recessão.<br />

A previsão de crescimento econômico

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