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Revista Dr Plinio 240

Março de 2018

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Gabriel K.<br />

Deus, mas fomos batizados e em<br />

consequência do Batismo começou a<br />

viver em nós a graça, que é uma participação<br />

criada na própria vida incriada<br />

de Deus. E há alguma coisa<br />

que não deixa de ter vaga semelhança<br />

com a união hipostática.<br />

Nós somos os templos do Espírito<br />

Santo. Isto posto, a grande preocupação<br />

nossa na vida é de notar na<br />

Igreja Católica, nos Santos que Ela<br />

gerou, nos seus Institutos, nas páginas<br />

luminosas de sua História, aquilo<br />

que é santo e, portanto, lembra a<br />

Deus, a Nosso Senhor Jesus Cristo,<br />

porque nós amamos o que é parecido<br />

com Ele. Isso é o mais importante<br />

de nossa existência, como para<br />

Ele o centro da vida terrena era viver<br />

na união hipostática e querer que os<br />

homens recebessem a graça e O adorassem<br />

como Homem-Deus.<br />

E, portanto, a nossa grande alegria<br />

– se somos fiéis ao nosso Batismo e<br />

coerentes na nossa Fé – deve ser ver<br />

Catedral de Notre-Dame, Paris, França<br />

que os homens estão amando Nosso<br />

Senhor, e que tudo no mundo se<br />

passa de acordo com o Espírito, a Lei<br />

d’Ele, como se Jesus estivesse presente.<br />

Não queremos para nós outra coisa:<br />

que tudo seja semelhante a Ele.<br />

Devemos ter um<br />

fundo de seriedade<br />

luminosamente triste<br />

Sem dúvida, eu admiro Paris, descontados<br />

todos os aspectos mundanos.<br />

Porém, se me dessem para escolher<br />

entre viver naquela cidade, onde<br />

o pecado deixou tantas marcas e<br />

o amor de Deus algumas coisas tão<br />

maravilhosas – a Catedral de Notre-<br />

-Dame, por exemplo –, ou numa localidade<br />

habitada pelo povo mais<br />

vulgar, mais desvalido, mais inculto<br />

da Terra, mas onde todos amassem<br />

verdadeira e sinceramente a Deus,<br />

eu preferiria viver naquele povo, e<br />

sairia de Paris voando.<br />

Porque, embora Paris seja tudo<br />

quanto é, e Notre-Dame signifique<br />

tanto para mim, prefiro ver almas e<br />

não apenas pedras, inteiramente segundo<br />

Deus, que amam o Criador<br />

em espírito e verdade, e tratando<br />

com elas tenho a impressão fundada<br />

e viva de discernir o Espírito Santo<br />

presente em cada uma. Por isso, quero<br />

ir para lá ainda que as pessoas só<br />

usem uns tecidos grosseiros feitos de<br />

palmeira, comam apenas uns peixes<br />

ordinários que se pescam no rio local.<br />

Se nelas estais Vós, meu Senhor<br />

e meu Deus, é lá que eu quero estar!<br />

Não sei se cada um de nós teria<br />

a mesma reação, e se faz assim de<br />

Deus o sol de sua própria seriedade.<br />

Mas o fato concreto é que na alma<br />

do católico deve haver um fundo<br />

de seriedade, vaga e luminosamente<br />

triste pelas condições abjetas, altamente<br />

censuráveis do mundo contemporâneo.<br />

Nós devemos nos sentir<br />

censurados, rejeitados, detesta-<br />

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