Revista Ferroviária Edição de Maio/Junho 2018

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eportagem Divulgação/Valec Máquinas voadoras nos trilhos Amplamente usados no ramo do agronegócio, os drones começam, de forma tímida, a ser utilizados no setor ferroviário. Aos poucos, as empresas de carga incluem a tecnologia para uma gama de funcionalidades. As máquinas voadoras já se fazem presentes para prevenir invasões de ferrovias, auxiliar no projeto de obras e antecipar problemas geológicos que possam impedir o tráfego de trens. Mas ainda há um mar de potencialidades a se explorar. “Ainda estamos muito atrás de países europeus e dos Estados Unidos. Há uma deficiência muito grande de equipamentos para a área ferroviária. Mas estamos buscando soluções, já que o drone é um equipamento ágil e de baixo custo”, explica Bruno Nogueira da Costa, gerente de Arqueologia da Valec. A Valec começou a utilizar drones em outubro de 2016 para fazer, primordialmente, o monitoramento e controle da faixa de domínio, sobretudo para prevenir a questão de invasões de terrenos no entorno da ferrovia Norte-Sul, no trecho que ainda não foi licitado pelo governo federal, que vai de Porto Nacional (TO) a Estrela D’Oeste (SP). A Valec conta com quatro drones para fazer esse trabalho. Em sua atividade-fim, as máquinas conseguiram um nível de eficácia inédito para a operadora. “Conseguimos reduzir drasticamente a questão das invasões de terra. Identificamos rapidamente o problema e tomamos a decisão cabível em relação ao invasor com mais rapidez. Esta precisão nos fez sermos cada vez mais requisitados pelo setor de obras e operações da Valec, para fazer diversos registros e auxiliar na resolução de problemas estruturais”, explica o gerente. A empresa também se vale do monitoramento por satélite. Porém, os voos de drones, que, cada, têm uma autonomia de 120 km de cobertura diária, dão um nível maior de detalhe para a análise dos terrenos. A imagem do drone tem um nível de precisão 100 vezes maior do que a colhida pelo satélite. E o custo é bem convidativo: R$ 250 por quilômetro voado. “O custo é fantástico comparado com o benefício e a nitidez das imagens que conseguimos”, assegura Costa. Em todo o sistema de monitoramento trabalham 17 funcionários, 58 REVISTA FERROVIÁRIA | Maio/Junho DE 2018 das mais diversas qualificações: engenheiros civis e florestais, topógrafos, geógrafos, técnicos em edificações, motoristas e auxiliares. Em pouco mais de um ano e meio, foram realizados mais de três mil voos, percorridos mais de 30 mil km e obtidas 500 mil fotos. Inspeção geológica Outra operadora que, aos poucos, vai começando a utilizar os drones é a MRS. A principal atividade que envolve as máquinas voadoras é a inspeção em pontes e taludes. “Estamos usando os drones para inspeção nas estruturas das nossas pontes e viadutos, sobretudo em partes onde o acesso humano é complicado, para nos trazer imagens mais aproximadas e que nos permitam ver quaisquer falhas. Dessa forma, conseguimos nos antecipar em relação à manutenção”, relata Anelize Salzani, gerente geral de Infraestrutura da operadora. Anelize destaca que a eficácia do sistema ainda não é total, já que, em muitos casos, pelas condições climáticas, os voos tendem a se tornar instáveis ou as imagens não possuem um nível aceitável de detalhe. Quando isso ocorre, a presença do inspetor para uma verificação in loco torna-se fundamental. A MRS também está se valendo de drones para inspeção geológica, investigando os blocos de pedra que ficam no entorno de seus trilhos. Qualquer talude que pareça suspeito é totalmente fotografado e estudado por meio das máquinas, possibilitando um diagnóstico mais célere. “É mais rápido e seguro do que colocarmos os técnicos em cordas e nos dá um ótimo nível de detalhe”, assegura a gerente, que ainda destaca o uso dos drones para o acompanhamento e mapeamento de obras. Na opinião da gerente da MRS, o drone chegou para ficar, destacando seu baixo custo (estimado em um terço do que seria gasto com uma inspeção por helicóptero) e acessibilidade. “Nós mesmos podemos operar. Mas não pode ser usado para tudo e está longe de ser a única solução de monitoramento. Ele tem limitações de autonomia de voo e ainda é bastante suscetível aos aspectos climáticos”, analisa.
ENGENHARIA COM ÉTICA E RESPONSABILIDADE Construtora de Infraestrutura para Sistema Metroferroviário e Superestrutura de Via Permanente Esses são alguns dos exemplos das milhares de obras ferroviárias que fazem da Pelicano Construções uma referência em construção no Brasil. Mais de 150 km de Superestrutura e Infraestrutura Ferroviária na duplicação da EFC; Mais de 380 km de Via Totalmente Renovada, com troca completa de lastro, trilhos e dormentes na EFC; Manutenção de Infra e Superestrutura nas principais ferrovias do Brasil: EFVM, EFC, VLI/FCA, MRS, Rumo, FNS, Transnordestina; Obras de Infra e Superestrutura no Terminal de Grãos do Maranhão (TEGRAM), da VLI; Construção e prolongamento de 24 pátios de cruzamento no sistema Minas - São Paulo – Bahia da VLI/FCA; Construção e implantação total do Pátio de Anápolis (GO), que conecta a Ferrovia Norte-Sul a malha da VLI/FCA; Empresa não operadora com o maior número de equipamentos de grande porte para correção geométrica do Brasil - 18 máquinas de correção geométrica (socadoras/niveladoras/alinhadoras e reguladoras de lastro). Implantação do Pátio Ferroviário de Anápolis - FNS Duplicação Completa E. F.Carajás 150 KM Construção do Novo Pátio Ferroviário (TFPM/EFC) Av. Talma Rodrigues Ribeiro, 6897 - Civit II, Serra/ES +55 (27) 3298-5200 - diretoria@pelicano.eng.br www.pelicano.eng.br
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