Revista Ferroviária Edição de Maio/Junho 2018

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suprimentos parado, por isso, pode ser utilizado em operações com muitas paradas ou em velocidade reduzida. O equipamento está em operação em países como França, Inglaterra, Austrália, Canadá, Estados Unidos e Japão. A Mermec também lançou um sistema de inspeção de ultrassom de trilhos, que faz medições em até 90 km/h. Esse sistema de ultrassom já está sendo utilizado em ferrovias na Espanha e, segundo a Imexbra, há outro equipamento em instalação em Taiwan. Marcas nacionais Já a brasileira Boslooper destaca o poste articulado, instalado ao lado da via, que pode ser movimentado para que o técnico faça manutenção e instalação de equipamentos como o DDV (detector de descarrilamento), sem precisar fazer o serviço pendurado em altura, diminuindo o risco de acidentes, o tempo para realização do serviço e a quantidade de EPIs (equipamento de proteção individual). Segundo a Boslooper, o projeto já tem certificado técnico baseado em diversos testes feitos em campo. As malhas da Rumo já receberam a instalação de 21 postes articulados e outros 12 serão instalados em breve. A Boslooper atua nos segmentos de manutenção de equipamentos eletrônicos, instalação e manutenção de tecnologia embarcada em locomotivas, além de tecnologia de campo. A Via Permanente, fabricante brasileira de equipamentos de médio e grande porte para manutenção e construção de vias, também fez entregas recentemente. Entre elas, a de caminhões rodoferroviários à Rumo, com caixa clarck e apoio no treinamento com o equipamento e na operação assistida. Os caminhões rodoferroviários da Via Permanente podem acompanhar implementos para reboque, sistema de câmeras, garras para coletar dormentes, equipamento de solda, entre outros. A empresa também entregou há alguns meses uma socadora para a FTL (Ferrovia Transnordestina Logística), Novos produtos na via A DAG, em parceria com a Dorbrás — fabricante brasileira de dormentes de concreto e sistemas de fixação e via permanente —, desenvolveu uma solução de palmilhas amortecedoras resilientes. Essas palmilhas são produzidas com componentes elastoméricos e têm, segundo a A Coimor desenvolveu projetos sustentáveis para a fabricação de dormentes de madeira 70 REVISTA FERROVIÁRIA | Maio/Junho DE 2018 DAG, vantagens como aumento da fixação; atenuação das vibrações, reduzindo o ruído e o desgaste dos trilhos e rodas dos trens; e redução de impactos dinâmicos entre 15% e 40%. Além disso, de acordo com a DAG, as palmilhas mantêm as características elásticas por longos tempos de serviço, sem a necessidade de substituição, são capazes de compensar defeitos superficiais das mesas de apoio dos trilhos, inclusive homogeneizando a distribuição das cargas sobre os dormentes, e ajudam a evitar o desgaste prematuro das mesas de apoio e a ocorrência de corrugação nos trilhos. A fabricante brasileira Vibtech traz como inovação placas de fixação para trilhos. As placas são emborrachadas e vulcanizadas, visando atender as demandas dos operadores metroferroviários. A característica principal do produto da Vibtech é a fixação elástica dos trilhos, contando também com a função de amortecimento, para o controle da vibração e do ruído durante a passagem de trens. O objetivo é aumentar o conforto dos passageiros e também das comunidades por onde a linha férrea passa. Segundo a Vibtech, as placas suportam diferentes demandas de transporte de passageiros, indo desde 12 toneladas por eixo até 25 toneladas por eixo. Já a Coimor, fabricante de dormentes, está investindo em preservação. Segundo a empresa, esse investimento se dá em reflorestamentos para exploração e produção e também em tratamentos para preparação de dormentes. O tratamento industrial empregado à madeira pelo processo ‘Bethell’, por exemplo, é destacado pela empresa. No processo utiliza-se produto preservativo hidrossolúvel especialmente desenvolvido para esta finalidade, com registro no Ibama. Após o período de cura, fixa-se o produto à celulose da madeira, que age por longo período, devido a seu alto poder residual de ação fungicida e inseticida, contra ataques de insetos, cupins, brocas e fungos apodrecedores, proporcionando assim sobrevida à madeira, favorecendo a natureza pela gradativa redução na exploração florestal.
A fabricante suíça Matisa tem uma linha econômica de socadoras. Na foto, o modelo R 20 E com sugador de brita. A socadora passou pelo 'retrofitting' da Via Permanente. Neste processo, é realizada a revisão ou reforma total do equipamento, que recebe ainda upgrade de acordo com as necessidades do cliente. Segundo a Via Permanente, essa alternativa representa uma redução de até um quarto do custo comparada com a compra de um equipamento novo. Outra representante da indústria nacional é a Super Metal, que também fabrica e adapta os equipamentos para a manutenção da via, tais como veículos rodoferroviários, guindastes de dormentes, escarificadores de lastro, rebocadores de vagões, descarregadores de dormentes, manipuladores de trilhos, entre outros. O kit rodoferroviário da Super Metal se baseia na adoção do sistema de eixos rígidos, visando confiabilidade, durabilidade e conforto. A Super Metal já adaptou caminhões para uso em inspeção de túneis e de pontes, limpeza de bueiros, galerias e canaletas, capina seletiva, carregamento e içamento de cargas, ultrassom e inspeção geométrica nos trilhos etc. A Brastan desenvolveu um conjunto de socaria com eixo flexível 100% nacional. Segundo a empresa, o foco é atender a socaria de lastro. O equipamento trabalha com sistema de mangotes de 4,70 metros, podendo ser fabricado em outros tamanhos sob medida para o cliente. De acordo com a Brastan, este tipo de sistema de socaria possui menor necessidade de manutenção, gerando mais produtividade.
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