SaúdeOnline nº 03
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SAÚDE ONLINE | ENTREVISTA<br />
ENTREVISTA A DUARTE VILAR, DIRETOR EXECUTIVO DA<br />
ASSOCIAÇÃO PARA O PLANEAMENTO DA FAMÍLIA<br />
Meio século a promover a saúde e<br />
dos direitos sexuais e reprodutivos<br />
Fundada em 1967, a Associação para o Planeamento da Família (APF), organização não governamental pioneira<br />
em Portugal no planeamento familiar, nos anos 60 e 70, e da educação sexual nas escolas, nas décadas de 80<br />
e 90, mantém ainda hoje intensa atividade nestas áreas e em muitas outras, como a do combate à infeção pelo<br />
VIH/SIDA, a erradicação da mutilação genital feminina ou o apoio às vítimas de tráfico de seres humanos. Em<br />
entrevista ao <strong>SaúdeOnline</strong>, Duarte Vilar, Diretor Executivo da Associação guia-nos numa viagem pela história da<br />
APF e aponta os novos desafios em que a Associação está empenhada.<br />
Uma intervenção focada<br />
na promoção da saúde<br />
e dos direitos sexuais e<br />
reprodutivos, que se concretiza<br />
através da educação para a saúde,<br />
apoiando os destinatários das<br />
suas ações a fazerem escolhas<br />
informadas.<br />
Em março último, foi apresentada<br />
mais uma iniciativa, em que a<br />
APF surge como parceira de um<br />
vasto conjunto de instituições: a<br />
Plataforma Europeia de Conhecimento<br />
– Unidos para Acabar<br />
com a Mutilação Genital Feminina<br />
(MGF), numa cerimónia presidida<br />
pela Secretária de Estado da<br />
Igualdade Catarina Marcelino.<br />
Refira-se que também na MGF, a<br />
APF foi pioneira em Portugal na<br />
abordagem do problema, promovendo<br />
o conhecimento sobre o<br />
tema desde o final dos anos 90,<br />
fomentando advocacy com parlamentares<br />
e decisores políticos,<br />
produzindo materiais educativos<br />
e de formação sobre este problema,<br />
até então quase desconhecido<br />
da maioria dos portugueses e<br />
encarado pelos profissionais de<br />
saúde e pelas autoridades em geral,<br />
como uma singularidade, exótica<br />
e brutal, que afetava meninas,<br />
raparigas e mulheres em países<br />
longínquos, sobretudo de África.<br />
Na luta contra a MGF a APF assumiu<br />
também um papel decisivo<br />
no Grupo de Trabalho Intersectorial<br />
e esteve envolvida em vários<br />
projetos com organizações comu-<br />
WWW.SAUDEONLINE.PT MARÇO 2017 | NOTÍCIAS SAÚDE ONLINE 37