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Antevisão: o ano de<br />
2019 nas principais<br />
áreas de prática<br />
O Jornal Económico ouviu especialistas e fontes do mercado<br />
sobre o que reserva o ano de 2019 para as principais áreas<br />
de prática na advocacia de negócios, das grandes tendências<br />
às alterações legislativas e regulatórias.<br />
Ambiente<br />
Por Gustavo Sampaio<br />
Na área de prática do Ambiente, o ano de<br />
<strong>2018</strong> foi marcado pela adaptação às alterações<br />
introduzidas no regime jurídico<br />
de avaliação de impacte ambiental (AIA),<br />
atrav<strong>é</strong>s de um decreto-lei que transpôs<br />
para a ordem jurídica interna uma diretiva<br />
do Parlamento Europeu e do Conselho<br />
da União Europeia, datada de 2014 e<br />
relativa à avaliação dos efeitos de determinados<br />
projetos públicos e privados no<br />
ambiente.<br />
Nesse âmbito, há um importante processo<br />
em curso que deverá estender-se<br />
para 2019: a AIA do projeto Aeroporto<br />
Complementar do Montijo e Respetivas<br />
Acessibilidades. A Agência Portuguesa<br />
do Ambiente detetou insuficiências no<br />
primeiro estudo apresentado pela ANA -<br />
Aeroportos de Portugal que, por sua vez,<br />
requereu um segundo estudo, ainda sem<br />
data prevista de entrega.<br />
Este ano tamb<strong>é</strong>m foi aprovada a revisão<br />
do Programa Nacional da Política do<br />
Ordenamento do Território (PNPOT),<br />
estabelecendo cinco desafios territoriais<br />
estrat<strong>é</strong>gicos: gerir os recursos naturais de<br />
forma sustentável, promover um sistema<br />
urbano policêntrico, promover a inclusão<br />
e valorizar a diversidade territorial,<br />
reforçar a conetividade interna e externa,<br />
e promover a governança territorial. Ao<br />
que acrescem 10 compromissos: robustecer<br />
os sistemas territoriais em função das<br />
suas centralidades; atrair novos residentes<br />
e gerir a evolução demográfica; adaptar<br />
território e gerar resiliência; descarbonizar<br />
acelerando a transição energ<strong>é</strong>tica e<br />
material; remunerar os serviços prestados<br />
pelo capital natural: alarga a base económica<br />
territorial com mais conhecimento,<br />
inovação e capacitação; incentivar os<br />
processos colaborativos para reforçar<br />
uma cultura de território; integrar nos<br />
Instrumentos de Gestão Territorial novas<br />
abordagens para a sustentabilidade; garantir<br />
nos Instrumentos de Gestão Territorial<br />
a diminuição da exposição a riscos;<br />
reforçar a eficiência territorial nos Instrumentos<br />
de Gestão Territorial.<br />
Para 2019, al<strong>é</strong>m da aplicação prática<br />
do PNPOT, as expectativas do setor<br />
concentram-se em torno da descarbonização<br />
da economia prevista no Acordo<br />
de Paris. É esperada a transposição de<br />
várias diretivas europeias, consagrando<br />
alterações legislativas ao nível da produção<br />
e consumo de energia e tamb<strong>é</strong>m no<br />
setor dos transportes. O plano da União<br />
Europeia foca-se na promoção das energias<br />
renováveis e da mobilidade el<strong>é</strong>trica,<br />
na descentralização da produção (exponenciando<br />
o novo paradigma de produtor-consumidor<br />
de energia) e no desenho<br />
de um novo mercado energ<strong>é</strong>tico de eletricidade<br />
(a transição das energias fósseis<br />
para as renováveis).<br />
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