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menos um papel de intermediador. As<br />
plataformas tecnológicas têm um grande<br />
impacto na banca e a forma como a banca<br />
se vai adaptar vai marcar a atividade<br />
nos próximos anos”, disse a mesma advogada<br />
especialista em direito bancário.<br />
“A implementação do vasto número de<br />
normativos que integram o pacote DMIF<br />
II, constitui, dada a sua grande dimensão<br />
e complexidade, um desafio de enormes<br />
proporções para as instituições de cr<strong>é</strong>dito”,<br />
chegou a reconhecer publicamente<br />
Fernando Faria de Oliveira, presidente da<br />
Associação Portuguesa de Bancos.<br />
“No próximo ano, antecipo muito<br />
trabalho regulatório nesta área. Nos derivados,<br />
há ainda muitas mudanças com<br />
a DMIF II e a adaptação às novas regras<br />
de reporte. A tecnologia <strong>é</strong> um fator disruptivo<br />
para a banca, mercado de capitais<br />
e seguros, com implicações ao nível<br />
das competências de quem trabalha estas<br />
áreas”, adiantou a advogada especialista<br />
nesta área do Direito.<br />
Nos seguros a transposição da directiva<br />
da mediação poderá ser tamb<strong>é</strong>m um motivo<br />
para a assessoria jurídica nesta área. No<br />
entanto, o setor segurador será uma área<br />
em que as operações de fusões e aquisições<br />
tenderão a intensificar-se e a envolver os escritórios<br />
de advogados nessa tarefa.<br />
Sobre o mercado de capitais, onde a<br />
banca tem fraca presença, a mesma jurista<br />
explicou que “o que tem acontecido no<br />
nosso mercado de capitais são saídas de<br />
bolsa. O papel comercial tem tido grande<br />
destaque e vai continuar, mas at<strong>é</strong> esta apetência<br />
para a dívida tem vindo a diminuir<br />
porque o cr<strong>é</strong>dito está barato e estas operações<br />
são mais complicadas, têm maiores<br />
custos e obrigam a pagar mais aos investidores”,<br />
portanto não são esperadas “grandes<br />
emissões nos próximos tempos”.<br />
No entanto, se há tema que vai marcar<br />
a agenda da banca no próximo ano <strong>é</strong> o<br />
das emissões de títulos MREL (Minimum<br />
Requirement for own funds and Eligible<br />
Liabilities) – títulos de dívida “bailináveis”,<br />
por imposição da Autoridade Bancária<br />
Europeia (EBA).<br />
A nova<br />
regulamentação<br />
para o setor<br />
financeiro será um<br />
elemento marcante<br />
da atividade<br />
em 2019<br />
Fiscal<br />
Por Ânia Ataíde<br />
O investimento estrangeiro em Portugal<br />
deverá continuar a movimentar a área do<br />
Direito Fiscal no próximo ano, segundo os<br />
advogados consultados pelo Jornal Económico,<br />
que apontam a consultoria e estruturação<br />
de operações comerciais, assim<br />
como os pedidos de informação pr<strong>é</strong>via e a<br />
emissão de pareceres e opiniões fiscais nesta<br />
área como uma das principais tendências.<br />
O regime de residente não habitual <strong>é</strong><br />
destacado pelos especialistas como um dos<br />
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