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Quem é Quem Advocacia 2018

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Imobiliário<br />

e Urbanismo<br />

Por Rodolfo Alexandre Reis<br />

As áreas do imobiliário e urbanismo prometem<br />

ter muita movimentação em 2019,<br />

em Portugal. A procura de espaços para<br />

coworking e novas soluções para empresas<br />

e espaços de escritórios foi, de acordo com<br />

fontes ligadas ao setor imobiliário, “algo<br />

que se começou a ver em <strong>2018</strong>” e que<br />

“vai prolongar-se por 2019”. Contudo, as<br />

grandes tendências para o próximo serão<br />

o coliving e as residências para estudantes.<br />

“Claramente vai ser uma tendência, falar<br />

sobre elas, de quanto custa um quarto no<br />

Porto, Braga, Lisboa. Os espaços de coliving<br />

são, em alguns aspetos, semelhantes às<br />

residências de estudantes, mas mais abrangentes”.<br />

No caso do coliving, <strong>é</strong> necessário,<br />

do ponto de vista legal, “acomodar as<br />

coisas”, dado que <strong>é</strong> uma realidades para a<br />

qual “ainda não existe propriamente uma<br />

legislação sobre como <strong>é</strong> que um pr<strong>é</strong>dio de<br />

coliving deve ser construído e estar licenciado”.<br />

Por outro lado, existe “uma grande<br />

abertura à imaginação dos promotores<br />

para estruturarem o negócio da forma que<br />

acharem mais conveniente, embora pensando<br />

sempre nas limitações daquilo que<br />

<strong>é</strong> o alojamento turístico para não cair no<br />

conceito de hotel”. Ao nível de atividade, o<br />

ano de 2019 poderá ser propício em termos<br />

de novas construções, isto porque, “em termos<br />

de remodelações, já não há muito para<br />

remodelar, pelo menos em Lisboa”. No que<br />

toca à legislação o maior foco prende-se<br />

área do alojamento local. “Seguramente vai<br />

acontecer, não necessariamente no Porto,<br />

porque já houve indicações do presidente<br />

da Câmara (Rui Moreira), que à partida<br />

não está a pensar em abrir restrições, mas<br />

em Lisboa, em que as áreas de contenção<br />

vão surgir em 2019 e isso <strong>é</strong> um tipo de regulamentação<br />

que vai existir em relação ao<br />

alojamento local”. A outra área está relacionada<br />

com a lei do arrendamento, que,<br />

face aos grandes portefólios que “vieram<br />

para o mercado, nomeadamente da Fide-<br />

lidade, foram muito falados em termos de<br />

“oposições à conização dos contratos de<br />

arrendamento e que as pessoas começaram<br />

a entender como despejo”. Como tal, <strong>é</strong> de<br />

esperar que “aconteçam mais novidades<br />

em relação ao arrendamento habitacional<br />

e mais portefólios de habitação no mercado”.<br />

No plano do Direito do Urbanismo,<br />

o ano de 2019 promete tamb<strong>é</strong>m “bastante<br />

atividade”, sobretudo ao nível da reabilitação<br />

em Lisboa e no Porto, com a lei dos<br />

solos a ser o principal foco de atenção,<br />

dado ter sido uma promessa feita pelo atual<br />

Governo, aquando do início do mandato.<br />

“Se tivermos lei dos solos, vamos ter mudanças<br />

significativas, porque basicamente<br />

vai alterar e muito o valor dos solos para<br />

construção ou para outro uso em redor das<br />

cidades”, disse uma das fontes.<br />

Mercado de capitais<br />

Por Leonor Mateus Ferreira<br />

A falta de dinamismo do mercado de capitais<br />

português está a levar à progressiva<br />

diminuição dos volumes de negócio e a<br />

que os advogados especializados no setor<br />

acumulem outras funções. à pouca atividade,<br />

acresce um cenário de desafios tecnológicos<br />

e mudanças legislativas a cargo<br />

das instituições europeias.<br />

“A tendência <strong>é</strong> de walking dead, porque<br />

não há mercado de capitais em Portugal.<br />

Aos poucos, os advogados de mercados<br />

de capitais estão a começar a trabalhar<br />

tamb<strong>é</strong>m outras áreas como o M&A”, explica<br />

uma fonte do setor com mais de 15<br />

anos de experiência na área.<br />

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