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Private Equity Por Leonor Mateus Ferreira Há dois anos que a recuperação económica se estendeu à área de prática do private equity. Num momento de vasta atividade e liquidez no mercado, a estabilidade legislativa e fiscal têm sido benefícios. A perspetiva <strong>é</strong> de continuação da tendência positiva, particularmente focada na reestruturação empresarial. “A crise provocou uma grande alteração. Só após a crise <strong>é</strong> que passou a haver realmente capital de risco, que não havia at<strong>é</strong> então”, afirmou uma fonte da área. “Têm sido tempos de grande atividade, especialmente com ativos imobiliários ou non-perfoming loans com garantias imobiliárias, mas tamb<strong>é</strong>m com o surgimento de instrumentos híbridos [que misturam A ajudar à atividade de private equity está a estabilidade fiscal e legislativa, que <strong>é</strong> vista como uma vantagem competitiva. Por outro lado, o fim das taxas de juro baixas terá impacto em todos os investimentos, mas sobretudo em 2020 ANÁLISE capital próprio com dívida ou obrigações convertíveis, por exemplo]”. Os especialistas revelam que há atualmente grandes players/internacionais em Portugal. No entanto, o ano muito ativo tem contado tanto com clientes internacionais como nacionais. “Há muito interesse de fundos estrangeiros por Portugal. O que há <strong>é</strong> falta de empresas com dimensão para serem adquiridas”, refere uma segunda fonte, que concorda que a crise marcou um momento de viragem para a qualidade do investimento. “Há mais fundos institucionais, com maior credibilidade e menor oportunismo”, diz. Quanto a áreas de investimento, o grande foco <strong>é</strong> a energia, especialmente eólicas, e turismo. O imobiliário <strong>é</strong>, na opinião dos especialistas, uma dimensão que está a perder força, at<strong>é</strong> porque os grandes negócios que envolveram centros comerciais ainda não estão suficientemente maduros para que haja saídas de investidores. Em contrapartida, a dívida empresarial e reestruturação serão perspetivadas como as grandes oportunidades futuras. “Uma das grandes tendências que tem ganho destaque <strong>é</strong> o crescente interesse de fundos de capital de risco em comprarem posições de controlo em empresas. O setor de reestruturação de empresas vai mexer muito para o próximo ano”, afirmou o primeiro interveniente. A posição <strong>é</strong> partilhada pelo segundo, que sublinha que “os bancos já estão a alienar ativos dos fundos de recuperação e ainda vai haver consolidação ao nível da banca”. A ajudar à atividade está a estabilidade legislativa e fiscal, que <strong>é</strong> vista pelo setor como uma vantagem competitiva. Por outro lado, o possível fim das taxas de juro atrativas, por estarem em mínimos históricos, “irá ter impacto em todos os investimentos, mas de forma mais significativa apenas em 2020”. Ainda assim, acrescenta que “há muita liquidez no mercado e muito dinheiro para investir portanto vai ser um ano que, se não for melhor, irá pelo menos manter o ritmo deste ano, que já foi muito positivo”. 27