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Quem é Quem Advocacia 2018

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Private Equity<br />

Por Leonor Mateus Ferreira<br />

Há dois anos que a recuperação económica<br />

se estendeu à área de prática do private<br />

equity. Num momento de vasta atividade<br />

e liquidez no mercado, a estabilidade<br />

legislativa e fiscal têm sido benefícios. A<br />

perspetiva <strong>é</strong> de continuação da tendência<br />

positiva, particularmente focada na reestruturação<br />

empresarial.<br />

“A crise provocou uma grande alteração.<br />

Só após a crise <strong>é</strong> que passou a haver<br />

realmente capital de risco, que não havia<br />

at<strong>é</strong> então”, afirmou uma fonte da área.<br />

“Têm sido tempos de grande atividade,<br />

especialmente com ativos imobiliários ou<br />

non-perfoming loans com garantias imobiliárias,<br />

mas tamb<strong>é</strong>m com o surgimento<br />

de instrumentos híbridos [que misturam<br />

A ajudar à atividade<br />

de private equity está<br />

a estabilidade fiscal e<br />

legislativa, que <strong>é</strong> vista<br />

como uma vantagem<br />

competitiva. Por outro<br />

lado, o fim das taxas<br />

de juro baixas terá<br />

impacto em todos<br />

os investimentos, mas<br />

sobretudo em 2020<br />

ANÁLISE<br />

capital próprio com dívida ou obrigações<br />

convertíveis, por exemplo]”.<br />

Os especialistas revelam que há atualmente<br />

grandes players/internacionais em<br />

Portugal. No entanto, o ano muito ativo<br />

tem contado tanto com clientes internacionais<br />

como nacionais. “Há muito interesse<br />

de fundos estrangeiros por Portugal.<br />

O que há <strong>é</strong> falta de empresas com dimensão<br />

para serem adquiridas”, refere uma<br />

segunda fonte, que concorda que a crise<br />

marcou um momento de viragem para<br />

a qualidade do investimento. “Há mais<br />

fundos institucionais, com maior credibilidade<br />

e menor oportunismo”, diz.<br />

Quanto a áreas de investimento, o grande<br />

foco <strong>é</strong> a energia, especialmente eólicas,<br />

e turismo. O imobiliário <strong>é</strong>, na opinião<br />

dos especialistas, uma dimensão que está<br />

a perder força, at<strong>é</strong> porque os grandes negócios<br />

que envolveram centros comerciais<br />

ainda não estão suficientemente maduros<br />

para que haja saídas de investidores.<br />

Em contrapartida, a dívida empresarial<br />

e reestruturação serão perspetivadas<br />

como as grandes oportunidades futuras.<br />

“Uma das grandes tendências que tem<br />

ganho destaque <strong>é</strong> o crescente interesse de<br />

fundos de capital de risco em comprarem<br />

posições de controlo em empresas. O setor<br />

de reestruturação de empresas vai mexer<br />

muito para o próximo ano”, afirmou<br />

o primeiro interveniente. A posição <strong>é</strong> partilhada<br />

pelo segundo, que sublinha que<br />

“os bancos já estão a alienar ativos dos<br />

fundos de recuperação e ainda vai haver<br />

consolidação ao nível da banca”.<br />

A ajudar à atividade está a estabilidade<br />

legislativa e fiscal, que <strong>é</strong> vista pelo setor<br />

como uma vantagem competitiva. Por<br />

outro lado, o possível fim das taxas de<br />

juro atrativas, por estarem em mínimos<br />

históricos, “irá ter impacto em todos os<br />

investimentos, mas de forma mais significativa<br />

apenas em 2020”. Ainda assim,<br />

acrescenta que “há muita liquidez no<br />

mercado e muito dinheiro para investir<br />

portanto vai ser um ano que, se não for<br />

melhor, irá pelo menos manter o ritmo<br />

deste ano, que já foi muito positivo”.<br />

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