Revista Boas Práticas Cocamar 2016
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NOVOS TEMPOS<br />
No município de Maria Helena,<br />
o produtor César Formigheri<br />
apresentou aos visitantes os<br />
resultados da ILPF que desenvolve<br />
desde 2001. Em 363 hectares<br />
(150 alqueires), ele colheu<br />
uma média de 51 sacas por<br />
hectare (125/alqueire)na safra<br />
2015/16, quantidade que ficou<br />
abaixo de suas expectativas em<br />
razão de dez dias consecutivos<br />
de chuvas no estágio final do<br />
ciclo. “Não fosse pela umidade<br />
excessiva, certamente teríamos<br />
uma média maior”, afirma<br />
Formigheri. Mas ele não lamenta<br />
e lembra que, considerando<br />
um ano pelo outro, a soja tem<br />
sido um bom negócio. “Nessa<br />
mesma safra, em um dos<br />
talhões, colhemos 180 sacas<br />
por alqueire” – o equivalente a<br />
74 sacas/hectare.<br />
As 74 sacas/hectare ficaram<br />
perto do objetivo da <strong>Cocamar</strong>,<br />
para os próximos anos, de elevar<br />
a produtividade regional de<br />
soja para 100 sacas/hectare.<br />
MELHOR OPÇÃO – A exemplo<br />
de Vellini, de Jardim Olinda,<br />
Formigheri conta que não via<br />
futuro na pecuária mantida nos<br />
moldes tradicionais e, por isso,<br />
decidiu adotar a integração,<br />
sempre orientado pela <strong>Cocamar</strong>.<br />
“Os primeiros anos não foram<br />
fáceis, mas a experiência acumulada<br />
ao longo do tempo mostra<br />
que é, sem dúvida, a melhor<br />
opção para o arenito”, afirma.<br />
O segredo para produzir soja<br />
no arenito, segundo o produtor,<br />
é fazer uma boa cobertura de<br />
solo – o capim braquiária, cultivado<br />
após a colheita de soja,<br />
vai produzir pasto com grande<br />
volume de massa verde no inverno<br />
e, na primavera, após ser<br />
dessecado, gera cobertura para<br />
o plantio direto da nova safra de<br />
soja e protege o solo durante os<br />
meses de altas temperaturas.<br />
O principal efeito da ILPF para<br />
a pecuária é que Formigheri<br />
mantém 430 cabeças em uma<br />
área de 52 alqueires. Isso dá<br />
uma média de 8,2 cabeças por<br />
alqueire, sendo que na região<br />
do arenito, por causa dos pastos<br />
degradados, esse número<br />
não passa de 2.<br />
DEVAGAR - Formigheri, que<br />
é médico-veterinário, diz que<br />
os pecuaristas, de um modo<br />
geral, são resistentes a novas<br />
práticas e tecnologias. Por isso,<br />
segundo ele, a ILPF avança na<br />
região em ritmo menor que o<br />
desejado. Mas ele diz acreditar<br />
que o futuro é a integração, pois<br />
dinamiza os negócios e gera<br />
mais renda, além de valorizar o<br />
patrimônio.<br />
“Em pleno arenito, os níveis<br />
de fertilidade dessa propriedade,<br />
em termos gerais, podem<br />
ser comparados a de tradicionais<br />
produtoras de grãos”,<br />
comenta o engenheiro agrônomo<br />
da unidade da <strong>Cocamar</strong><br />
em Umuarama, Erick Zobioli. E,<br />
quanto aos níveis de nutrientes,<br />
essas terras são parecidas, por<br />
exemplo, com as de Maringá”,<br />
acrescenta.<br />
Isso se dá, segundo ele,<br />
em razão do profissionalismo<br />
do produtor, que investe em<br />
tecnologias de última geração<br />
e está sempre atento a novidades<br />
que possam auxiliá-lo<br />
no aumento da produtividade.<br />
“Está provado que podemos<br />
fazer muito mais no arenito”,<br />
finaliza Zobioli.<br />
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