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Porquê?<br />
Porque a Culpa que ela lança sobre si própria irá<br />
sempre funcionar como um impedimento<br />
inconsciente, lançando um sentimento de<br />
desmerecimento que vai sabotando todos os<br />
esforços que possa encetar para atingir a Felicidade.<br />
Ou seja, se eu carrego Culpa (mesmo que seja numa<br />
dimensão muito leve, ou quase subtil), não me<br />
sentirei merecedor de estar bem, de me sentir feliz.<br />
E este é um “circuito cognitivo” que observo muito<br />
frequentemente.<br />
Uma espécie de “vírus” que carregamos no nosso<br />
inconsciente que vai sabotando todos os passos que<br />
se possam dar para o caminho da Felicidade.<br />
Também quando a Culpa é lançada para o outro, e<br />
se fica numa espécie de revolta ou ressentimento<br />
subtil ou mais explícito, parece que ficamos presos<br />
ao passado à espera da reposição de uma justiça<br />
Universal. Neste caso, à espera do castigo do outro.<br />
Algo que nos prende ao passado, mantendo-nos no<br />
papel de vítima, consumindo-nos energia e<br />
impedindo-nos de avançar no nosso merecido<br />
caminho da Felicidade.<br />
Todas estas situações me foram ensinando o quanto<br />
necessário é cumprir esta etapa de Paz, para<br />
podermos desbravar o Feliz Caminho.<br />
*a pedido do autor, este texto não segue as normas do acordo ortográfico<br />
Neste processo de pacificação interna (e para o<br />
exterior), a perspectiva prática que apresento não<br />
é aquela habitual distribuição de Perdão por todas<br />
as frentes e dimensões, como habitualmente se<br />
defende ou se apregoa. Não, necessariamente.<br />
Mais do que nos obrigarmos a perdoar, a nós<br />
próprios ou aos outros, importa parar de<br />
(auto)recriminar. Abrindo-se janelas de<br />
compreensão e aceitação, sem termos de<br />
concordar ou perdoar.<br />
Se pelo menos esta primeira etapa for cumprida,<br />
cada um começará a sentir vislumbres de Paz. Que<br />
poderão ser então consolidados, respeitando a<br />
história de cada um e a sua dor pessoal.<br />
Desta forma, trabalha-se então - estrategicamente<br />
- o atingir da Felicidade – de um modo menos<br />
directo, talvez. Mas mais alicerçado e consolidado.<br />
Porque à medida que este apaziguamento se vai<br />
conseguindo, a Naturalidade de que<br />
Fernando/Alberto nos escrevia no seu poema vai<br />
surgindo.<br />
E a Felicidade vai visitando-nos cada vez mais<br />
frequentemente, mantendo-se bem perto por cada<br />
vez mais tempo.<br />
MÁRIO RUI SANTOS<br />
HIPNOTERAPEUTA, FORMADOR E COORDENADOR<br />
mrs@marioruisantos.net<br />
www.MarioRuiSantos.net<br />
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