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Hospitais Portugueses ANO III n.º10 março-abril 1951

HOMENAGEM AO MARECHAL ANTONIO OSCAR DE FRAGOSO CARMONA ORÇAMENTOS E CONTAS DAS INSTITUIÇOES PARTICULARES DE ASSISTÊNCIA TRAUMATOLOGIA AINDA O REGISTO ADMINISTRATIVO DOS DOENTES HISTORIA DAS LIGADURAS A ACÇÃO ASSISTENCIAL DAS MISERICORDIAS ENFERMAGEM O HOSPITAL E A LEI COISAS GRANDES, E PEQUENAS GENTE DOS HOSPITAIS NOTÍCIAS DOS HOSPITAIS NOTÍCIAS DO ULTRAMAR PUBLiCAÇOES INTERESSES PARA TODOS

HOMENAGEM AO MARECHAL ANTONIO OSCAR DE FRAGOSO CARMONA
ORÇAMENTOS E CONTAS DAS INSTITUIÇOES PARTICULARES DE ASSISTÊNCIA
TRAUMATOLOGIA
AINDA O REGISTO ADMINISTRATIVO DOS DOENTES
HISTORIA DAS LIGADURAS
A ACÇÃO ASSISTENCIAL DAS MISERICORDIAS
ENFERMAGEM
O HOSPITAL E A LEI
COISAS GRANDES, E PEQUENAS
GENTE DOS HOSPITAIS
NOTÍCIAS DOS HOSPITAIS
NOTÍCIAS DO ULTRAMAR
PUBLiCAÇOES
INTERESSES PARA TODOS

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~HOSPITAIS<br />

PORTVGVESES<br />

< ; ri "<br />

• ~ 't ~<br />

<strong>ANO</strong> <strong>III</strong> - ·N.o 10 MARÇO - ABRI L 1 9 5 1


HOSPITAIS<br />

PORTUGUESES<br />

R EVISTA DE H OSPITAIS E ASSIST:f:NCIA SOCIAL<br />

DI R E CÇÃO<br />

CORIOL <strong>ANO</strong> F ERRE IR A M . R A M O.S LOPES<br />

ADMI NI STR ADOR<br />

E VARISTO DE MENEZ E S P ASCOAL<br />

R E D A CÇ Ã O E ADM I N I ST RA Ç Ã O:<br />

R U A V I SCONDE DA Luz, I 0 0 - 2 , 0<br />

T e l efone 2276<br />

COIMBRA<br />

Compost o e impresso n a Tip. d a ~ Atl â ntid a»<br />

R u a Ferr eira Borg es, I03 - I II -<br />

C O l M EI< A<br />

S UM Á R I Q.<br />

HOMENAGEM AO MA RECHA L ANTON IO OSCA R DE FRAGOSO CA RMONA<br />

DR. ALBERTO RIBEIRO QUEIROZ<br />

ORÇAM ENTOS E CONTAS DAS I NSTITU IÇOES PARTICULARES DE ASSIST:f:N CIA<br />

DR. HENRIQUE DE ABREU ROMÃO<br />

TRAUMATOLOGIA<br />

DR. A. PONTY OLIVA<br />

AINDA O REGISTO A DMINISTRATIVO DOS DOENTES<br />

DR. CORIOL<strong>ANO</strong> FERl


No dia 8 de Março assumiu<br />

as altas funções de Subsecretário<br />

de Estado da Assistência<br />

Social, o Ex.mo Sr. Dr. Alberto<br />

Ribeiro Queiroz.<br />

Com uma formação social da<br />

melhor qualidade, dotado de invulgar<br />

estrutura de energia e rectidão,<br />

S. Ex.n vai enfileirar na<br />

galeria notável dos Homens que<br />

serviram neste Subsecretariado e<br />

aos quais a Nação tanto deve.<br />

Todos nós, os que trabalhamos<br />

na assistência, sentimos um<br />

pequeno estremecimento de ansiedade,<br />

por cada vez que há<br />

mudança no comando. . Graças<br />

a Deus, temos tido sempre, neste<br />

sector da administração pública,<br />

governantes de envergadura adequada<br />

à tarefa de cada momento.<br />

E ainda desta vez assim<br />

foi. Para garantia certa das<br />

nossas esperanças bastam-nos as<br />

palavras claras e firmes que o<br />

novo Subsecretário de Estado<br />

pronunciou ao assumir as suas<br />

funções:<br />

«Não me deterei por cansaço<br />

nem hesitarei diante de um obstáculo,<br />

nem me demorarei no<br />

percurso pa.ra trocar por outro,<br />

ameno e plano, um caminho<br />

íngreme ou pedregoso».<br />

«Sei, pois, que a Assistência<br />

Social tem de assentar no reconhecimento<br />

de deveres da sociedade<br />

para com os indivíduos que<br />

a compõem, contrapartida dos<br />

deveres destes para com ela.<br />

Sei que a Assistência Social não<br />

poderá considerar o indivíduo<br />

isolado, mas que deverá considerá-lo<br />

enquadrado nos seus agrupamentos<br />

naturais- família e<br />

profissão. Sei ainda que, se é<br />

certo que a resolução dos. problemas<br />

compreendidos na Assistência<br />

Social não pode, nos nossos<br />

tempos, ser resolvida pelo<br />

mero funcionamento da caridade<br />

cristã e da generosidade particular,<br />

não menos certo é que<br />

«na prestação da assistência o<br />

Estado não pode dispensar a<br />

colaboração, tão desinteressada<br />

como valiosa, dos particulares,<br />

pois a mesma pelo seu conteúdo<br />

e fim constitui o índice da civilização<br />

de um povo e a medida<br />

da solidariedade · dos seus elementos».<br />

«valem os povos pelo número<br />

dos habitantes muito pouco, mas<br />

muito pelas qualidades que eles<br />

possuem».<br />

Isto significa que a marcha<br />

Sei por fim, que toda da renovação assistencial vai<br />

a obra de Assistência Social é<br />

intrinsecamente valiosa e eminentemente<br />

nacional, porquanto<br />

contribui para valorizar as pessoas<br />

e as famílias .ou agrupamentos<br />

em que se integram e é<br />

verdade insofismável a de que<br />

continuar com igual intensidade<br />

e renovado ardor.<br />

. No seu plano modesto, H ospitais<br />

<strong>Portugueses</strong> saúda o novo<br />

Subsecretário e afirma-lhe sincera<br />

colaboração, a bem da assistência<br />

portuguesa.<br />

«llospitais Po••tugueses» no esti•angeh•o<br />

A magnífica revista francesa «Techniques<br />

Os nossos agradecimentos.<br />

hospitalieres» no seu número Esta revista acaba de nomear<br />

de Abril deste ano dedica quase toda<br />

a secção de Revista da imprensa<br />

estrangeira a «<strong>Hospitais</strong> <strong>Portugueses</strong>».<br />

Cita e transcreve alguns dos artigos<br />

publicados por nós entre os quais:<br />

«Sobre a direcção técnica hospitalar»<br />

do Dr. Manuel Sarafana; «Farmácia<br />

hospitalar» do Dr. Justino Braga da<br />

Cruz; «Algumas definições» e «Humanizemos<br />

os <strong>Hospitais</strong>» do nosso<br />

«<strong>Hospitais</strong> <strong>Portugueses</strong>» sua correspondente<br />

em Portugal, pelo que estamos<br />

aptos a fornecer aos interessados<br />

todas as condições de assinatura e<br />

bem assim da aquisição das suas<br />

edições, entre as quais se contam:<br />

«L'Hopital Français», de H. Thoillier,<br />

e «Guide Practique d'Administration<br />

Hospitaliere», de M. Terraillon,<br />

em fichas móveis.<br />

director, Dr. Coriolano Ferreira.<br />

HOSPITAIS<br />

PORTUGUESES


Or~amentos<br />

~ões<br />

e eo1ttas das institoiassistêtteia<br />

particulares de<br />

Apresentação:<br />

Pelo Dr. HENRIQUE DE ABREU ROMÃO<br />

Chefe de Secç!lo da Direcçã-Geral de Assistência<br />

<strong>III</strong><br />

CONTAS<br />

.As contas das instituições particuláres de assistência<br />

são apresentadas para julgamento às seguintes entidades,<br />

conforme o montante da despesa:<br />

Tribunal de Contas, se a despesa excede SOO contos.<br />

Direcção Geral de Assistência, se a despesa for superior a<br />

100 contos e igual ou inferior a SOO.<br />

Comissão Municipal de Assistência, se a despesa for igual ou<br />

inferor a 100 contos.<br />

No que respeita aos Distritos Autónomos das Ilhas, mantém-se<br />

o regime do Continente, com a seguinte alteração:<br />

Se a despesa for superior a 100 contos, mas igual ou inferior<br />

a SOO, as contas julgadas pela Comissão Distrital respectiva.<br />

As contas deverão ser remetidas à entidade julgadora, acompanhadas<br />

de todos os documentos necessários, até 1 de Abril do ano<br />

seguinte àquele a que disserem respeito. Dentro do mesmo prazo<br />

a instituição enviará um exemplar da conta à Direcção Geral de<br />

Assistência e outro à Comissão Municipal de Assistência respectiva,<br />

se o julgamento competir ao Tribunal de Contas, e apenas um exemplar<br />

à Direcção Geral de Ass~stência se for a Comissão Municipal<br />

de Assistência a entidade julgadora.<br />

Idênticamente, se o julgamento competir à Direcção Geral de<br />

Assistência, será entregue pela instituição um exemplar da conta à<br />

respectiva Comissão Municipal de Assistência.<br />

DO!iiôPITAI.<br />

Organização:<br />

As contas devem ser organizadas de harmonia com as instruções<br />

sobre Contas do Tribunal de Contas (publicadas em execução<br />

do disposto rio art. 13. 0 • do decreto n. 0 26.341 de 7 de Fevereiro<br />

de 1936), e que estão editadas em separata pela Imprensa Nacional.<br />

Evidentemente que tais instruções serão cumpridas em tudo<br />

quanto estiver de acordo com as índole e características das insti-<br />

. tuições particulares de assistência, fazendo-se as alterações necessárias<br />

em conformidade com o disposto no art. 427. 0<br />

do Código Administrativo,<br />

que manda aplicar a estas instituições as disposições sobre<br />

organização de orçamentos e contas dos organismos oficiais, mas<br />

tanto quanto possível.<br />

Os exemplares da conta apresentarão no débito o saldo que<br />

transitou da gerência anterior, as importâncias recebidas durante a<br />

gerência (de acordo com as rubricas dos orçamentos) e as importâncias<br />

recebidas para entrega a qualquer outra entidade (consignação<br />

de receitas).<br />

Da crédito constarão as despesas realizadas durante a gerência,<br />

as importâncias entregues a outras entidades (Pagamentos a<br />

diversas entidades por consignação .de receitas) e o saldo que transita<br />

para a gerência seguinte.<br />

Para mais fácil orientação dos interessados indicamos seguidamente<br />

os documentos que devem constituir o processo das contas:<br />

1) Cópia da acta da sessão em que foi feita a discussão e<br />

aprovação da conta pela Mesa ou Direcção da Instituição.<br />

2) Mapa comparativo entre a despesa orçamentada e a efectivamente<br />

realizada.<br />

3) Desenvolvimento das despesas efectuadas pela aplicação<br />

de empréstimos ou subsídios, quando uns e outros tenham uma consignação<br />

especial.<br />

4) Documentos comprovativos de todas e cada uma das<br />

importâncias correspondentes às rubricas do débito e crédito da<br />

conta, isto é, documentos comprovativos das receitas e das despesas.<br />

PORTUGUI


5) Relação, em duplicado, dos . responsáveis com indicação<br />

do período de gerência de cada um.<br />

A remessa da conta é feita por meio de guia, em duplicado, com<br />

a indicação de todos os documentos enviados.<br />

Os documentos comprovativos das receitas serão os seguintes:<br />

a) Do saldo de abertura da conta P


serão enviadas a uma das entidades indicadas no início deste artigo,<br />

conforme a soma das ·despesas das duas fo'r superior a SOO contos,<br />

igual ou inferior a esta quantia ou igual ou inferior a 100 contos.<br />

Aprovação:<br />

Se a conta for aprovada pelo Tribunal de Contas compete à<br />

instituição comunicar à Comissão Municipal e à Direcção Geral de<br />

Assistência a data de aprovação e quaisquer modificações introduzidas.<br />

Idêntica comunicação será feita à Comissão Distrital respectiva,<br />

se se tratar de uma instituição dos Distritos Autónomos.<br />

Penalidades:<br />

As entidades sujeitas a prestação de contas ao Tribunal de<br />

Contas e que não as apresentarem dentro do praza legal ou prestarem<br />

-com deficiências ou irregularidades graves, são punidas com multa<br />

em conformidade com o art." 7. 0 do dec. 29.174 de Novembro de 1938.<br />

Por outro lado a não apresentação de contas à Direcção Geral<br />

de Assistência ou Comissão Municipal de Assistência, se forem estas<br />

entidades as julgadoras, levará à aplicação das sanções legais já indicadas<br />

no artigo anterior e pode -originar a suspensão de concessão<br />

de subsídios.<br />

PRODUTOS<br />

MANTEIGA<br />

QUEIJO<br />

LEITE PASTEURIZADO<br />

LACTICÍNIOS DE AVEIRO, L.DA<br />

I<br />

I<br />

TratJJnatolo~ia<br />

uonslderações acerca das suas necessidades<br />

actuais na ot•gânlca hoS(litalat•<br />

Pelo Dr. A. PONTY ÜLIV A<br />

A traumatologia, capítulo da cirurgia que estuda tudo<br />

0 que se relaciona com os traumatismos, principalmente fracturas<br />

ósseas, tem hoje uma extraordinária importância.<br />

Isto, é uma verdade que todos reconhecemos e que não<br />

carece de demonstração. Basta dizer que é a ciência do acidente<br />

para provar o seu valor dentro da «acidentada» vida<br />

moderna.<br />

Era forçoso que, tendo-se o acidente desenvolvido em grande escala não<br />

só na quantidade mas até na qualidade, principalmente pela progressiva mecanização<br />

da vida, a traumatologia se ·aperfeiçoasse e desenvolvesse também em<br />

igual proporção.<br />

E tanto assim é que hoje podemos afirmar já pertencer à história a ideia<br />

de que um certo grau de incapacidade permanente constituia uma sequela inevitável<br />

em toda a espécie de fracturas nem que se tratasse de uma simplicíssima<br />

fractura de Pott.<br />

Com efeito já em 1912 uma estatística publicada pela British Medical<br />

Association dava uma consolidação defeituosa em 40 % das fracturas sem<br />

contar que nos restantes 60% ainda havia um grande número de maus resultados<br />

funcionais.<br />

É impossível que hoje qualquer traumatologista aceite tais percentagens,<br />

visto não dever esquecer que os dois resultados, anatómico e funcional, serão<br />

necessàriamente inseparáveis e igualmente perfeitos.<br />

O fim a atingir hoje é transformar o traumatizado num indivíduo indistinguível,<br />

clinicamente, do normal, a tal ponto que ele próprio se considere<br />

igual à sua situação anterior, o que constitue a melhor prova do bom resultado<br />

obtido.<br />

Isto consegue-se em Serviços de Traumatologia bem organizados como<br />

mostra uma das últimas estatísticas publicada peios Serviços de Fracturas do<br />

Hospital de Liverpool, onde se verifica que se pode evitar qualquer grau de<br />

incapacidade permanente em 95 % das fracturas.<br />

Esta elevada média não se pode só alcançar pela maior ou menor habilidade<br />

cirúrgica porque o tratamento das fracturas é talvez aquele que depende<br />

menos do êxito ou fracasso técnico de uma operação.<br />

8<br />

H08PIT~I8<br />

I"ORTl.'GUE8E8


<strong>III</strong><br />

Os primeiros ·cuidados com um fracturado, por mais perfeitos e comple~<br />

tos que sejam, deixam de ter qualquer valor se não se continuar o tratamento<br />

durante todo o tempo que levar a sua integral recuperação funcional.<br />

-Com efeito, o tratamento ulterior, pode ser mais importante que o tratamento<br />

primário.<br />

O tratamento do fracturado é pois uma cadeia de vários elos que deverão<br />

estar intimamente ligad~s, isto é, sob a mesma orientação.<br />

Diz um relatório do Comité de Estudos de Acidentes em Inglaterra que<br />

«as opiniões cirúrgicas mais autorizadas do País estão de acordo em recomendar<br />

o estabelecimento de Serviços especiais para fracturas». A organização<br />

e a disciplina terapêutica é pois indispensável.<br />

Mas na época actual, para um Serviço de Fracturas estar completo, é<br />

necessário possuir e manter grande e dispendiosa aparelhagem porque não<br />

só se criaram muitas inovações nos métodos de tratamento mas também se<br />

tornaram mais extensos os conceitos intervencionistas com as novas possibilidades<br />

que os antibióticos vieram trazer á prevenção e tratamento das infecções,<br />

e com o aperfeiçoamento dos materiais de síntese óssea no sentido da sua maior<br />

resistência e perfeita tolerância.<br />

É portanto, em resumo, maior o movimento operatório nos fracturados,<br />

mais variada a aparelhagem usada, mais especializada e mais técnica a sua<br />

aplicação.<br />

O sistema até agora adoptado de tratar as fracturas em salas de cirurgia<br />

geral debaixo da rotina cirúrgica geral, é gravemente defeituoso.<br />

Os resultados são muitas vezes desastrosos não porque os cirurgiões careçam<br />

de habilidade, mas porque esta habilidade não se aplica no momento em<br />

que é mais necessária nem nas condiÇões mínimas essenciais para haver êxito.<br />

Isto quer dií~er que tem de haver um serviço especializado, independente<br />

dos outros serviços gerais de cirurgia que esteja pronto a receber o fracturado,<br />

desde o primeiro minuto da sua fractura até ao primeiro dia em que<br />

retoma, completamente curado, as suas anteriores funções.<br />

Isto quer dizer que tem de haver um serviço de 24 horas, um autêntico<br />

serviço de banco, que proporcione ao fracturado, com pessoal especializado:<br />

1. 0 Uma sala de observação e reanimação.<br />

2. 0 Uma sala de Raios X .<br />

3. 0 Uma sala para aplicação de aparelhos gessados com toda a aparelhagem<br />

para redução de fracturas, com controle de radioscopia.<br />

4. 0 Uma sala de operações própria com mesa ortopédica e munida de<br />

todo o moderno instrumental cirúrgico.<br />

5. 0 Uma enfermaria que o possa receber nas condições exigidas pela<br />

intervenção feita.<br />

Estas condições podem ser as mais ·variadas, visto que, desde as simples<br />

extensões com adesivo até às mais complicadas suspensões em camas especiais,<br />

providas de arcos de Bôhler, com fios e estribos de Kirschner, com talas<br />

de Thomas ou goteiras de Braun, com tracções esqueléticas ao crânio, desde o<br />

simples inalador de oxigénio permanente até à estufa modelo arco de luz com<br />

a cama esterilizada para os queimados, passando pelas drenagens com irrigação<br />

contínua tipo Carrel, com solutos antisépticos, tudo é possível aparecer<br />

de repente em traumatologia.<br />

Enfermarias com toda esta variedade de tratamentos prestam-se até a<br />

ministrar o ensino prático da enfermagem.<br />

Foi dentro deste critério e muito bem_ que se estabeleceu a enfermaria­<br />

-escola da Escola de Enfermagem Dr.· Ângelo da Fonseca que funciona já há<br />

quase um ano nos Serviços de Ortopedia Homens e que tem preparado ultimamente<br />

muitos e bons enfermeiros orientados pelos monitores Cândido da<br />

Silva e Alberto Mourão e superiormente dirigidos pelo Enfermeiro-Geral<br />

Senhor José Teles que, sempre com o maior entusiasmo, lhes tem dispensado<br />

o melhor do seu esforço e saber.<br />

Não é demais frizar que os bons resultados obtidos, nalguns trabalhos<br />

realizados ultimamente, seriam impossíveis sem eles, sem estes indispensáveis<br />

colaboradores sempre prontos a acatar as inovações introduzidas e a fàcilmente<br />

se adaptarem a elas pela sua perfeita preparação técnica.<br />

Um serviço organizado obedece mais ou menos a um esquema determinado,<br />

esquema que se pode resumir assim:<br />

Observação ~ ----> I Secretarias I<br />

Reanimação I Gessos<br />

-----><br />

t<br />

I<br />

o<br />

lOS<br />

C.J-<br />

~<br />

:õ<br />

os<br />

Q)<br />

...<br />

Q)<br />

"O<br />

...<br />

o<br />

~<br />

o<br />

u<br />

'-<br />

Por este esquema se pode verificar que uma vez o doente internado e<br />

depois de observado vai girar, digamos assim, dentro de dois círculos.<br />

O primeiro constituído pelos elementos Raios X, Sala de Gessos, Enfermoria<br />

de Observação e novamente Raios X , onde se comprova se há necessi-<br />

10 DOSPITU8<br />

PORTUGUESES<br />

J I


dade de mais alguma intervenção. Se a houver, o doente ou continua dentro<br />

do mesmo círculo, isto é, Gessos, Enfermaria, Raios X, ou entra no segundo<br />

círculo constituído então · pela Sala de _Operações, Enfermaria de Observação,<br />

Raios X .<br />

Estes percursos com o doente continuarão até que· esteja finalmente em<br />

boas condições, isto é, com a sua fractura perfeitamente reduzida e contida.<br />

Nessa altura passará então para a enfermaria de estágio que está em comunicação<br />

directa com a Sala de Fisioterápia e onde ficará internado até poder<br />

passar para o Centro de Reabilitação. Deste sairá então com alta definitiva<br />

e curado.<br />

O Centro de Reabilitação constitui uma parte muito importante nesta<br />

cadeia de tratamento do fracturado. O seu interesse e o seu funcionamento<br />

farão parte de um próximo artigo a publicar.<br />

É mais ou menos neste sistema que há, no nosso País, já alguns Serviços<br />

montados. Em Lisboa, onde especialmente se tem desenvolvido a Traumatologia<br />

dentro da orgânica actual, há por exemplo, os Serviços do Hospital<br />

de S. José, os do Hospital Militar da Estrela, os do Hospital da Misericórdia<br />

e os do Hospital da Cuf.<br />

Entre nós e graças às últimas medidas levadas a efeito pelo digníssimo<br />

Director dos <strong>Hospitais</strong> da Universidade, Ex.mo Senhor Prof. Doutor João Porto,<br />

dotando estes com uma explêndida sala operatória equipada com todos os ele-<br />

. metos necessários à eficácia da moderna traumatologia e ainda, nunca é demais<br />

repeti-lo, à perfeita compreensão que da mesma tem o nosso Director de Serviços<br />

Ex. mo Senhor · Prof. Doutor Bissaya Barreto, a quem com profundo reconhecimento<br />

devemos todas as facilidades e os seus sempre preciosos ensinamentos<br />

científicos, entre nós, dizíamos, já trabalhamos quase dentro do sistema<br />

apontado, o que veio trazer um notável aumento de melhores resultados nas<br />

intervenções cirúrgicas realizadas. E estas foram senão em número avultado,<br />

pelo menos em número razoável, como se pode avaliar pela enumeração dos<br />

trabalhos efectuados nos Serviços, desde Janeiro deste ano, altura em que começou<br />

a funcionar a nova sala de operações a que atrás nos referimos e que foram<br />

os seguintes:<br />

Horn. Mulh.<br />

Redução de fracturas da coluna na mesa de Albee .<br />

Larninectomias descompressivas por fracturas da coluna .<br />

Artroplastias escapulo-humerais<br />

Reduções sangrentas de luxações escapulo-humerais .<br />

Osteosínteses de clavícula<br />

Osteosíntese coraco-clavicular segundo a técnica de Vere-Hodge<br />

por fractura-luxação acromio-clavicular<br />

Osteosínteses do húmero<br />

4 1<br />

1 1<br />

1<br />

2<br />

6<br />

1<br />

3<br />

Sala operatória especial para traumatologia recentemente inaugurada<br />

·~<br />

UOSPIT41S<br />

.PORTUGUESES 13


Enxertia óssea por pseudartrose do húmero.<br />

Suturas osteo-periósticas com cat-gut ou arame por fracturas<br />

de olecrânio<br />

Artoplastias do cotovelo<br />

Reduções sangrentas de luxações do cotovelo .<br />

Redução operatória de fractura do epicondilo humeral e fixação<br />

com fio de Kirschner<br />

Osteosínteses do antebraço<br />

Enxertias ósseas por ausência da diáfise cubital .<br />

Reduções sangrentas de luxações interfalângicas .<br />

Desarticulações de falanges .<br />

Artodréses coxo-femurais segundo a técnica de Albee .<br />

Encavilhamentos do colo do fémur com cravo de Smith-Petersen<br />

Enxertias ósseas do fémur por pseudartroses .<br />

Osteosínteses do fémur .<br />

Encavilhamentos medulares do fémur com cravos de Kuntscher<br />

Artrodéses do joelho·<br />

Meniscectomias externas de Bosworth<br />

Enxertias ósseas da tíbia por pseudartroses<br />

Osteosínteses da tíbia<br />

Artrodéses tibio-társicas<br />

Osteotomias de correcção<br />

Tenotomias e alongamentos tendinosos<br />

Redução e contensão de fracturas com cravos, por transficção<br />

óssea, segundo a técnica de Roger-Anderson .<br />

Sequestrectomias e curetagens por osteítes crónicas.<br />

Excisão de trajectos fistulosos .<br />

Extracções de material de osteosíntese com fractura bem consolidada<br />

.<br />

E xtracções de material de osteosíntese com intolerância e osteíte<br />

Reduções de fracturas sob controle de radioscopia .<br />

Totais<br />

E xtensões esqueléticas ao crânio por fractura cervical .<br />

Extensões com fios e estribos de Kirschner .<br />

Punções articulares .<br />

Infiltrações novocainicas do simpático lombar<br />

Infiltrações de trajectos fistulosos .<br />

Totais<br />

Horn.<br />

1<br />

3<br />

1<br />

3<br />

1<br />

2<br />

2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

4<br />

1<br />

1<br />

1<br />

2<br />

10<br />

1<br />

2<br />

2<br />

4<br />

14<br />

11<br />

15<br />

2<br />

9<br />

101<br />

Mulh.<br />

1<br />

1<br />

1<br />

2<br />

1<br />

3<br />

1<br />

4<br />

4<br />

3<br />

3<br />

5<br />

29<br />

1<br />

8 3<br />

12 7<br />

4<br />

42 8<br />

67 18<br />

Aparelhos gessados toraco-braquiais .<br />

Coletes gessados .<br />

Calções gessados por fracturas dos ossos da bacia .<br />

Aparelhos gessados de antebraço<br />

Aparelhos gessados de côxa (espiga de Withmann) .<br />

Aparelhos gessados de pernas com estribo ·de marcha<br />

Aparelhos gessados de pernas sem estribo de marcha<br />

Totais<br />

Horn.<br />

4<br />

8<br />

3<br />

8<br />

13<br />

7<br />

14<br />

57<br />

Mulh.<br />

1<br />

3<br />

1<br />

5<br />

6<br />

Desta longa lista destacamos as reduções de fracturas d~ coluna na<br />

mesa de Albee, os encavilhamentos do colo do fémur com cravos de Smith­<br />

-Petersen, os encavilhamentos· medulares de Kuntscher, a redução e a contensão<br />

de fracturas c.om a aparelhagem e a técnica de Roger-Anderson e as reduções<br />

de fracturas com controle de radioscopia, intervenções que não se poderiam<br />

ter realiz'ado sem as novas instalações que atrás referimos.<br />

Foram estas intervenções que constituíram o nosso progresso e se é verdade<br />

que não foram muitas o que se explica pela pequena capacidade de internamento<br />

dos Serviços, pela relativa raridade dos casos em que se aplicam e<br />

pelo curto prazo a que se referem, o que é certo é que a sua realização representa<br />

um notável avanço no problema da traumatologia em Coimbra.<br />

Podemos pois afirmar que muito se progrediu mas sabemos também<br />

que ainda temos muito que melhorar, não para atingir a perfeição porque essa,<br />

não é humana, mas para, pelo menos, chegarmos ao ponto de podermos afirmar<br />

com consciência, sermos iguais aos melhores e continuar assim as tradições<br />

que a Escola de Coimbra sempre soube manter e a que tem pleno direito.<br />

ANTÓNIO PEREIRA SOARES<br />

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24<br />

141<br />

IIOSPIT.&.IS<br />

PORTUGUESES<br />


. Ainda o Re~isto .tl(lJninistt•ativo dos<br />

doetates<br />

Pelo Dr. CORIOL<strong>ANO</strong> FERREIRA<br />

1 - O artigo que publicámos sobre este assunto no<br />

último número de «<strong>Hospitais</strong> <strong>Portugueses</strong>», despertou um<br />

simpático movimento de interesse: Foram muitos os hospitais<br />

que escreveram a pedir colecções de impressos e a<br />

expor dúvidas e sugestões.<br />

Quanto às dúvidas, além, da resposta: indiyidual e<br />

imediata que demos aos nossos consulentes, parece-nos conveniente<br />

tratar publicamente as mais insistentemente apresentadas,<br />

certos de que a muitos outros aproveitará. Assim:<br />

A -Esclarece-se que o rectângulo quadripartido que. se vê no rosto do<br />

modelo n. 0 2, a páginas 9 do número 9 de «<strong>Hospitais</strong> <strong>Portugueses</strong>», se destina<br />

à classificação estatística internacional das doenças (Portaria n. 0 6.983, de 15<br />

de Dezembro de 1930), nas suas duas formas- especificada e abreviada- e<br />

bem assim da profissão, estado e idade dos doentes.<br />

B -Este bloco de admissão emprega-se apenas para o caso de internamento<br />

e não de simples consulta externa. Satisfazendo o pedido de um<br />

consulente, publicamos mais adiante os modelos de registo para consultas<br />

externas.<br />

C- Como se disse, os modelos não são rígidos. Cada hospital deve<br />

adaptá-los às suas necessidades especiais e aperfeiçoá-los, pois não temos a<br />

ilusão de que eles constituam a última palavra.<br />

Quanto a sugestões, entre várias recebidas, temos de destacar uma do<br />

nosso presado colaborador, Dr. Manuel Sarafana. Concordando com o princípio<br />

do bloco, sugere algumas modificações curiosas, como sejam: ·a inserção<br />

de uma pequena árvore genealógica do doente na qual se reconstitua a história<br />

sanitária da família; a colocação de casas numeradas de 1 a 31 ao longo das<br />

margens dos impressos, para marcar a data de entrada e saída do doente, e<br />

ainda casas semelhantes para a indicação dos nomes.<br />

Transmitimos gostosamente estas lembranças aos nossos leitores por<br />

merecerem indiscutivelmente estudo interessado.<br />

I Nome:<br />

l<br />

N.•<br />

Serviço<br />

Entrada de<br />

de r949 às h. Saída<br />

Estado civil:<br />

Idade: Profissão<br />

de<br />

de •94<br />

Natural do cone.<br />

Freg.<br />

Lug._<br />

Resid. no cone.<br />

Freg.<br />

Lug.<br />

Rua<br />

N.•<br />

PAI:<br />

natural<br />

Idade<br />

~ "' resid.<br />

tem emprego? Qual?<br />

fE MÃE.·<br />

natural<br />

Idade<br />

resid.<br />

tem emprego? Qual?<br />

li<br />

C6N]UGE<br />

natural<br />

Idade<br />

resid.<br />

prof.<br />

Dur. do casamen. Filhos do casa~en.: Nado-vivos: Nado-mortos: Ainda vivos<br />

Entrada por:<br />

Obs.<br />

CVNSULTA lXTl~NA<br />

O Encarregado do Registo'-······· ··········-·······--····<br />

Data da primeira consulta: de .......................... : ...................... de I94 ... ..<br />

Diagnóstito: ........................................................................................................................ ..<br />

Dl<br />

·········· ............................ . ················-·········· .... .... ··········································--·--······················-··········<br />

Prescrição : .................................... .............................. . --··················· ·········-·······-············ ······· ··················································<br />

Clínico :<br />

INTl~NAMlNT()<br />

Em. ............ J ........... /.............. com o n.o .....................<br />

Urgente? ........................... Ordinário ?........................... Secção .............................. Enj.n ..............<br />

Banho? ........... Dieta: ..........................................................................................<br />

Diagnóstico de admissão: ···········································-<br />

·····························<br />

Tratamento ............................... ..... .. ........................... .............................. ..............................<br />

;Ji~j·;~ · :..... .......<br />

li<br />

2 -De harmonia com o prometido e, satisfazendo o desejo de alguns<br />

leitores, vamos agora estudar a aplicação do sistema de bloco ao registo de<br />

consulta externa.<br />

Haverá igualmente em todos os impressos do bloco uma parte comum<br />

-precisamente a mesma que foi publicada no número anterior- e que se<br />

!I<br />

Observações: ........ _.:::::::::::·:..:·::::·: :::::::·:·.::::·::::::::....::::·.::.::::·::.:::::·::..:.·:.::::::·.::::::::.·::::.::::::::::::::::..::::·::.·:.·:.·:.·: ..·......<br />

O Clínico : ..................................................................................................................................... .<br />

. (Rosto)<br />

JG<br />

HOSPITAIS<br />

PORTUGUESES<br />

"<br />

J'J


I<br />

Data N.o ____ T_ra_t_a_m_e_n_t_o _____ :--D_a_t_a_ _ j~ ____ T_r_at_a_m_e_n_t __ o ____,<br />

·················-········ ··············\···································································<br />

·_-_·_·_·_·_·_·_·_·_·_·_·_·_·__·__:·.·_·_·_·_·_r::.:::·..·::_.:::......::.::.·...:.::..::.:..:.:.:........:...-..<br />

················<br />

....... .................. ············· ···· ············ ···-······-················· ·············· .. I ······-··················<br />

....................... .......... . .... .. ..... ······ I<br />

-····· ································--·-··········-- ····-··········<br />

····················································--······ ······<br />

....................................... ····································································\··························· !····· ········ ·················'·· ... ···· ·········<br />

·············-············· ............. ····· .................................................. .--<br />

···························· ............ ··········-················ ························-·············<br />

............................................................. -···<br />

········-················ ···········- .......·.............................. ............................<br />

································································<br />

··························· ............................................................................. -,<br />

.......... . ................. ..........................<br />

............ ! ..... ··········· ·························-·<br />

·········································I········· ········ ··· ··········· ····· ·· ·· · · ···~<br />

Alta em ........... de .............................................. ...... de 194 ......... · N.• total de tratamentos ...................... .<br />

Estado à data da alta .................................................................................................................................. : .............................................. -<br />

~<br />

O Director da C onsulta :..............................................'...................:................................................................................<br />

(Verso)<br />

repete em tantos impressos independentes quantos os arquivos que, em cada<br />

hospital, estejam a funcionar.<br />

Normalmente bastam duas vias: uma para o arquivo da repartição que<br />

fez a admissão e outra para o ficheiro geral de doentes.<br />

Além destes dois impressos, o bloco terá um terceiro, sem dú~ida o mais<br />

importante, cuja reprodução se dá nas páginas seguintes.<br />

Como se vê, pela sua análise imediata, trata-se de uma simples folha,<br />

em papel que consinta a escrita de ambos os lados, sem perigo de transparência.<br />

No rósto, a composição tipográfica é dividida horizontalmente em três<br />

zonas. A primeira é, como se disse, a parte comum de todos os impressos e destina-se<br />

apenas à identificação do doente. A segunda destina-se a ser preenchida<br />

pelo m édico, logo no prim eiro exame. A terceira só será preenchida, na<br />

hipótese de o doente acabar por ser internado. O verso da folha está preparado<br />

para nele se registarem diàriamente os tratamentos que vão sendo feitos<br />

ao doente. Vejamos agora o funcionamento efectivo do sistema :<br />

Quando o enfermo é a dmitido à consulta, o empregado administrativo<br />

colocará na máquina de escrever um bloco de três impressos: dois do modelo<br />

de páginas 8 do número 9 desta revista, e um maior, do modelo integrado<br />

neste artigo.<br />

Preenche-se imediatamente, e de uma só vez, a p arte comum dos três<br />

impressos, fi cando assim lan çada, em triplicado, a identificação do paciente.<br />

D epois, o mesmo empregado separa os pap éis : a folha grande acompanha<br />

o doente ao m édico e serve de ordem para o exame ; um dos out ros<br />

impressos vai para o ficheiro geral e o resta nte fica no arquivo da repartição<br />

que deu a entrada.<br />

O médico, dep ois de examinar o doente, lançará o resumo das observações<br />

desse primeiro exame na zona central do rosto desse impresso. Em seguida<br />

irá lançando, ao fim de cada tratamento, a nota correspondente no verso da<br />

mesma folha. Se, porventura, em qualquer momento for decidido o internamento<br />

do doente, preencherá a zona inferior do mesmo impresso qu e, constituirá<br />

assim a ordem clínica de admissão.<br />

Quando o doente abandona a consulta, esta folha voltará à administração<br />

para contagem estatística dos tratamentos feitos e arquivo .<br />

Para a contagem estatística dos tratamentos, procede-se assim:<br />

Contam-se todos desde a data da primeira consulta até que ao doente<br />

tenha sido dada a alta clínica. Se, depois da alta, esse indivíduo voltar ao<br />

hospital, abrir-se-á novo registo e nova contagem, como se fosse um doente<br />

inteiramente novo.<br />

Aqui ficam ligeiros apontamentos sobre o registo administrativo dos<br />

doentes. E a revista fica igualmente à disposição dos leitores para informações<br />

e esclarecimentos complementares.<br />

1 8 D OSPITA.IS<br />

PORTUGUESES<br />

19


Em Portugal já se fabricam seringas que<br />

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LISBOA e PORTO e COJ<strong>III</strong>DRA e<br />

LABORATÓRIO ATRAI.~<br />

AVENIDA GOMES PHREII


LI) )<br />

Por ALBERTO MOURÃO<br />

Monitor da Escola Dr. Angelo da Fonseca<br />

O uso das ligaduras é bastante<br />

remoto e, por isso, não é em vão que<br />

se recua ao passado à procura de elementos<br />

concretos que se nos apresentem<br />

para conseguir um estudo relativamente<br />

perfeito dos métodos seguidos<br />

no tratamento das feridas e<br />

na contenção de pensos.<br />

Com efeito, após algumas buscas<br />

infrutíferas, conseguimos encontrar,<br />

por entre a poeira dos livros velhos,<br />

uma indicação útil: a de que podiamos<br />

retroceder aos grandes tempos<br />

da Grécia para iniciarmos a nossa<br />

investigação documentada em Hipócrates.<br />

O uso das ligaduras remonta,<br />

contudo, aos tempos mais primitivos<br />

da humanidade, porquanto o homem,<br />

diremos que com a sua inteligência<br />

em embrião, vivia no estado selvagem,<br />

não tinha armas e utilizava grutas<br />

naturais ou esconderijos onde os próprios<br />

exemplares da fauna pré-histórica<br />

o procuravam e contra os quais<br />

se defendia em ferozes lutas de corpo<br />

a corpo. Daqui, admitiremos a hipótese<br />

incontestável de que muitas vezes<br />

se haveria de ferir ou tombar exânime<br />

pela possível desigualdade de<br />

forças em contenda.<br />

Por outro lado, a natureza doou<br />

ao homem animais como auxiliares<br />

para a sua manutenção; e, mesmo<br />

esses monstros pre-históricos algumas<br />

vezes haveriam de ser batidos pela<br />

habilidade e astúcia do rei da criação,<br />

por lampejas da sua inteligência. A<br />

todos ele iria aproveitar a carne para<br />

alimento e com as peles procuraria<br />

revestir o corpo. As peles eram os<br />

únicos «tecidos» de que «confeccionava»<br />

as mais rudimentares vestes, e<br />

porque não havia outros temos que<br />

concluir que elas eram aproveitadas<br />

também para, intuitivamente, defender<br />

as carnes lesadas.<br />

Assim se teria mantido este estado<br />

de coisas por muito tempo, num progresso<br />

constante mas de lentidão<br />

absoluta, indubitàvelmente até à altura<br />

em que houve possibilidade de<br />

trocar as peles por panos. Para isso<br />

evoluiu a humanidade que se viu forçada<br />

a defender-se, criaram-se os mais<br />

variados instrumentos, quer em pedra<br />

-sílex-, quer em madeira, quer em<br />

ferro, etc., desde os utensílios de corte<br />

aos objectos de adôrno.<br />

E é caminhando por entre a lógica<br />

destas suposições que vamos encontrar,<br />

cerca de 5.000 anos A. C., ataduras<br />

de linho e algodão semelhantes<br />

às de hoje, manejadas dextramente<br />

pelos egípcios, que, na antiguidade,<br />

ligavam totalmente os seus mortos<br />

queridos como um dos primeiros tempos<br />

da mumificação. Era com esses<br />

tecidos que se cobriam, ou melhor,<br />

ligavam todas as mazelas. Como em<br />

muitos outros aspectos, a civilização<br />

IIOSPITJ\IS<br />

PORTUC.:l.ESES 23


-<br />

egípcia marca também, sob este ponto<br />

de vista, o seu real valor.<br />

Depois, nos áureos tempos da velha<br />

Grécia, cujos filhos ou eram soldados,<br />

valentes e heróicos, ou sábios<br />

ainda hoje apreciados e discutidos,<br />

aqueles, sempre em desandanças militares<br />

de vulto, ligavam os ferimentos<br />

recebidos com panos de cor vermelha,<br />

para que assim, na confusão das cores,<br />

não lhes faltasse o ânimo ao ver jorrar<br />

o próprio sangue. Para os mesmos<br />

efeitos, chegaram-se a usar vestes<br />

vermelhas por muitos outros cantos do<br />

mundo, até aos confins da infiltração<br />

da civilização grega.<br />

É desta Grécia, hoje tão pequena<br />

mas com um passado tão glorioso, que<br />

surge o primeiro estudo das ligaduras.<br />

Foi o pai da Medicina, assim chamavam<br />

na Idade Média a Hipócrates,<br />

quem, com efeito, estudou e passou à<br />

posteridade as noções, ainda hoje cor­<br />

. rectas, de algumas técnicas clássicas<br />

(Fig. 3), além do estudo das suas<br />

generalidades.<br />

São de Hipócrates estas recomendações<br />

que nos apraz registar, porque<br />

pelo seu conceito mais parecem<br />

opiniões dos modernos tratadistas:<br />

«Que as roupas para as ligaduras<br />

sejam limpas, leves, suaves e em meio<br />

uso, mas de forma que possam sofrer<br />

tracção sem rasgar; que não tenham<br />

ourelas, nem costuras. ..<br />

A largura<br />

será de 3, 4, 5 ou 6 dedos atravessados,<br />

o seu comprimento o bastante<br />

para conter as diversas partes».<br />

Não é verdade que hoje ainda se<br />

procuram todas as qualidades mencionadas,<br />

de leveza, de suavidade, de<br />

higiene? E isto foi escrito há mais<br />

de 2.000 anos.<br />

O conselho de Hipócrates quanto à<br />

utilização de roupa usada na confecção<br />

de ataduras está conforme as<br />

exigências da época; elas eram prepa_.<br />

radas à medida das necessidades .que<br />

surgiam, rasgando tiras, de maiores ou<br />

menores dimensões, em peças de roupa<br />

que assim se inutilisavam. Esta doutrina<br />

prevaleceu por bastantes séculos<br />

e, apesar-de hoje, já no entardecer<br />

do século xx, serem confeccionadas<br />

habitualmente por apuradas técnicas<br />

industriais, ao serviço das casas da<br />

especialidade, consta-nos que, até há<br />

bem pouco, algumas dessas casas as<br />

forneciam ao público com todas as<br />

características apontadas por H~pócrates,<br />

inclusivé a de serem rasgadas<br />

de peças de roupa usadas.<br />

Nessa época também, visto que<br />

foi ainda no período áureo da Grécia,<br />

Galeno, outro nome ligado aos alvores<br />

da M edicina e grego como Hipócrates,<br />

escreveu um Tratado de Ligaduras.<br />

Certos dos seus conceitos não perderam<br />

com o tempo e como os do<br />

seu compatriota revelam tal grau de<br />

investigação que nã0 foi possível, até<br />

hoje, invertê-los (Fig. 5).<br />

Decorreram alguns centenares de<br />

anos a seguir sempre os métodos apresentados<br />

pelos dois sábios Atenienses,<br />

e só em 1598 um cirurgião francês,<br />

Amboise Paré, lhe consagra exclusivamente<br />

um tratado; a sua obra,<br />

em abono da verdade, limita-se a<br />

transcrever Hipócrates e Galeno.<br />

Em 1837, em pleno desenvolvi-<br />

menta da Medicina e Cirurgia, o<br />

assunto toma maior acuidade. É necessário<br />

rever o que está escrito, estudar<br />

novos métodos concernentes a<br />

acompanhar o movimento cirúrgico<br />

que prepara um avanço formal. Foi<br />

então que Paul N. Gerdy publicou<br />

o seu notável Traité des Pansements<br />

onde se ocupa de todos os pormenores<br />

das ligaduras, com elevado número<br />

de considerações acerca da sua<br />

contextura. É Gerdy quem nos fala,<br />

nessa altura e pela primeira vez, em<br />

ataduras de manufactura industrial,<br />

atribuindo aos alemães a · sua preparação.<br />

De então para cá essa indústria<br />

tomou tal incremento que só em<br />

casos excepcionais se recorre às improvisações<br />

com tiras de peças de<br />

roupa.<br />

Mais tarde, Jamain em 1873 e<br />

Chavasse em 1886 dedicam ao assunto<br />

capítulos especiais nas suas obras.<br />

Mas Chavasse suplanta tudo quanto<br />

se encontrava escrito e, mesmo hoje,<br />

ainda se recorre à sua obra para<br />

tomar conhecimento de técnicas (Figura<br />

2), sob todos os pontos de vista,<br />

perfeitas. Maissonet, pouco depois,<br />

aproveitou e melhorou os ensinamentos<br />

legados pelos autores já citados.<br />

Entre outros, devemos lembrar<br />

mais os nomes de Mayor, Guillemin,<br />

Percy, Rigal, Baudens, Velpeau, L.<br />

Petit, Schanz, pois que a qualquer<br />

deles se devem sistemas ou técnicas<br />

que . conseguiram e nos legaram na<br />

ânsia de melhorar ou aperfeiçoar a<br />

aplicação das ligaduras (Fig. 4).<br />

Com o sistema que criou (Fig. 1),<br />

Mayor procurou economisar, o que<br />

conseguiu; com um quadrado de pano<br />

ou um: lenço ligou todas as régiões<br />

do corpo onde fosse necessária a presença<br />

da ligadura. Rigal trabalhou<br />

também com a mesma ideia, e daí<br />

a proximidade dos dois sistemas.<br />

Cristmann, na sua Técnica Opera~<br />

tória, edição sul-americana do último<br />

decénio, apresenta trabalho condigno<br />

no que respeita a ligaduras; há mesmo<br />

inovações de apreciar em determinadas<br />

técnicas especiais.<br />

Em Portugal e no Brasil, Adolfo<br />

Possolo, Carlos Lopes e Alberto Costa<br />

compilam em obras suas os ensinamentos<br />

retro - mencionados. Outros<br />

livros lhes dedicam capítulos de maior<br />

ou menor envergadura; porém, é a<br />

«Enfermagem e T erapêutica Cirúrgicas»<br />

do Sr. Dr. Vasconcelos Arruda,<br />

que apresenta o melhor estudo sobre<br />

ligaduras, em língua portuguesa.<br />

E basta por aqui. O tempo corrigiu<br />

e ampliou o conhecimento da<br />

técnica das ligaduras; hoje, além da<br />

colaboração que presta verifica-se que<br />

a ligadura é também um ótimo meio<br />

terapêutico. Por isso o interesse que<br />

tem suscitado em todos os tempos e<br />

em todos os países e daí a razão deste<br />

modesto estudo.<br />

2 -1<br />

DOSPITUS<br />

I•OftTUGUESE~


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-Telegramas: EMIPOS - PORTO.<br />

(Segue)<br />

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UOSPIT.4I8<br />

PORTUGUESES


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· PORTUGUESES


* Ideias Pa·átieas<br />

1 - Sem qualquer intuito de reclamo,<br />

apresentamos a última criação da «American<br />

Hospital Supply Corp» em matéria de touca de<br />

cirurgia para enfermeiras. Trata-se de uma<br />

touca cómoda, muito justa, mas não incomodativa,<br />

que guarda todo o cabelo e se segura<br />

na parte de trás por uma banda elástica. É fácil .<br />

de tirar e pôr e de lavar. A figura que reproduzimos<br />

dá uma ideia perfeita.<br />

2 -Não é verdade, senhores directores e administradores<br />

que é um problema bicudo este dos carros rodados<br />

passarem por portas de corredores e enfermadas ?<br />

Mesmo que se usem portas de vai-vem, é muito difícil convencer<br />

o pessoal de que, não deve atirar os carros contra<br />

as folhas da. porta, mas deverá antes colocar-se à frente do<br />

carro e abri-las com as costas. Daí, o aspecto vergonhoso<br />

das portas dos nossos hospitais. Já se pensou pôr-lhes bandas de metal nos sítios<br />

onde o carro vai embater. Mas, pouco tempo depois, es.sas bandas estão amolgadas<br />

e com pavoroso aspecto. Os americanos inventaram portas automáticas ·<br />

que se abrem por efeitos de uma célula foto-eléctrica. Nós temos de resolver<br />

o caso mais simplesmente. Como ?<br />

Um professor universitário muito dado a Obras de Assistência descobriu<br />

o processo de fixar por baixo da m esa dos carros, à frente, ao meio e à rectaguarda<br />

pequenas rodas de borracha de ambos os lados, as quais saiem cerca<br />

de um centímetro para fora da m esa. Essas rodas são as que suportam o choque<br />

com as portas de vai-vem, abrem-nas sem as ferir e rodam sobre elas, não<br />

as deixando bater no carro, enquanto este vai passando.<br />

É simples e prático. Podem usar o processo, pois o dito professor nos<br />

informou de que não está disposto a registar a patente.<br />

~ ae~áo assisteJteial das Miset•leót·­<br />

tlias<br />

Começamos hoje a publicar os resultados<br />

de um inquérito feito às actividades<br />

das Misericórdias portuguesas<br />

no ano de 1950. Por enquanto, vamos<br />

.abster-nos de comentários que reservamos<br />

para o final. Somente uma<br />

pequena nota: os números que adiante<br />

se publicam dirão aos nossos leitores<br />

quanto se poderia esperat das Santas<br />

1-MISERICÓRDIA DE CAMPO-MAIOR<br />

Casas, se fossem integradas num perfeito<br />

plano geral de assistência e Jhes<br />

facultassem os meios materiais indispensáveis.<br />

Finalmente, pedimos aos<br />

assinantes que ainda não devolveram<br />

o impresso de inquérito, o favor de o<br />

fazerem com urgência.<br />

Agora, o resumo do inquérito:<br />

Dirigentes: Provedor, Dr. José Joaquim Tello Rasquilha; Vice-provedor,<br />

Dr. Francisco da Silva Tello da Gama; Tesoureiro, Francisco Riba Aguiar;<br />

Secretário, Guilherme Tribers Ruiz; Vogais, Dr. Justo Garcia Pereira de Agrela,<br />

Mauro das Dores Alves, Luiz de Sousa Tello oa Gama, Francisco da Silva<br />

Rasquilho Júnior, José de Sousa Pereira da Gama, José Rodrigues Terrinca,<br />

João Martins Leitão, José Fernandes Moreira, José da Silva Dias, Tenente Joaquim<br />

António Durão Cainço, Dr. Francisco da Gama Pinheiro, Manuel Joaquim<br />

Correia.<br />

Tem esta Misericórdia, um asilo para inválidos que funciona numa<br />

magnífica quinta, nos subúrbios da vila. Para ali transitarão em breve os<br />

serviços do hospital. A capacidade do asilo é de 44 inválidos de ambos os<br />

sexos. No edifício do novo hospital foram gastos 106.217$00.<br />

Durante o ano de 1950, foram internadas 267 pessoas; consultas externas<br />

1.949 ; tratamentos no Banco, 2.678; injecções, 296; .o valor dos medicamentos<br />

subiu a 29.999$90; o das análises a 223$00 e o das radiografias a 530$00.<br />

R eceitas<br />

Saldo de 1949<br />

Próprias<br />

Subsídios<br />

Diversas<br />

Comparticipações<br />

557$81<br />

202.058$31<br />

24 .000$00<br />

7 1.386$80<br />

48.670$80<br />

346.673$72<br />

Despesas<br />

Pessoal .<br />

Material (obras)<br />

Assistência<br />

Diversas<br />

50.590$75<br />

150.199$95<br />

112.524$65<br />

1.928$60<br />

345.996$85<br />

30 IIO!iii"IT"IS ·<br />

POR'I'UGUESES<br />

31


2- MISERICÓRDIA DE MOURA<br />

Dirigentes: Provedor, José Garcia Nunes Mexia; Vice-provedor, José<br />

Eduardo Mexia de Al~eida; Tesoureiro, Américo Mexia Nunes Barata; Vogais,<br />

José Falcão de Sousa, António Martins, José Gamaliel Alves, António Fran­<br />

'cisco Barroca e António Décio da Costa Felizardo.<br />

Foram internados 279 doentes ; consultas externas, ~.940 ; tratamentos,<br />

3.122; injecções, 6.436; medicamentos, 66.427$30; subsídios, 4.994$00.<br />

Receitas<br />

Saldo de 1949<br />

Próprias .<br />

Subsídios<br />

Diversas .<br />

705.508$46<br />

223.878$00<br />

118.773$00<br />

57.559$20<br />

1.105.718$66<br />

Despesas<br />

Pessoal<br />

Material<br />

Assistência<br />

Diversas .<br />

Saldo para <strong>1951</strong><br />

3-MISERICÓRDIA DE CASTELO RODRIGO<br />

45.960$00<br />

42.201$40<br />

240.319$05<br />

341.753$16<br />

435.485$15<br />

1.105.718$66<br />

Dirigentes: Provedor, Dr. Alexandre Machado; S ecretário, Viriato Abreu<br />

e Castro; Tesoureiro, P eres Augusto Soares ; Vogais, Ernesto Escalda e Álvaro<br />

Correia R ebolho.<br />

Esta M isericórdia estabeleceu u m curioso acordo com a Casa do Povo<br />

para fornecimento de m edicamentos aos sócios deste organismo corporativo.<br />

Os sócios da M isericórdia b eneficiam de um regime de descontos nos medicamentos.<br />

Foram internados 40 doentes; as consultas externas foram 246; os medicamentos<br />

atingiram 9.923$20 e os subsídios 5.046$40.<br />

Receitas<br />

Próprias<br />

Subsídios<br />

Diversas<br />

Comparticipações<br />

2.890$00<br />

31.500$00<br />

32.337$33<br />

266.224$60<br />

332.951$93<br />

Despesas<br />

Pessoal .<br />

Material<br />

Assistência<br />

Diversas<br />

8.478$10<br />

1.509$10<br />

43.917$25<br />

316.464$90<br />

370.369$35<br />

O casamento das enfcrmeh·as<br />

O ilustre deputado, Dr. José Guilherme de Melo e Castro, levantou<br />

num a das últimas sessões da A ssembleia Nacional o problema do casamento<br />

das enfermeiras que trabalham nos hospitais.<br />

Como se sabe, o decreto-1ei n . 0 31.913, de 12 de Março de 1942, declara<br />

no § 4." do seu art. 3. 0 que «o tirocínio ou prestação de enfermagem hospitalar<br />

feminina são reservados a mulheres solteiras ou viúvas sem filhos». E sta disposição<br />

passou depois ao decreto n. 0 32.612 que estabeleceu as bases da futura<br />

reforma das escolas de enfermagem e tem-se mantido em vigor, não obstante<br />

as críticas de que tem sido alvo.<br />

A questão é m elindrosa, m as parece-nos que o Dr. M elo e Castro a pôs<br />

com rara felicid ;;_de: com a felicidade e com a elegância que lhe são habituais.<br />

Não há dúvida de que a proibição de casar, impos ta a qualquer pessoa<br />

é uma violência contra a liberdade humana que só se justificará através de<br />

um superior interesse colectivo. É t;;mbém certeza averiguada a de que tal<br />

proibição aplicad a às enferm eiras é ruinosa do ponto de vista do aperfeiçoamento<br />

e especialização profissionais.<br />

Mas por outro lado, também está unânim emente assente que uma mulher<br />

casada, só em . condições excepcionalíssimas, poderá dar simultâneamente o<br />

máximo rendimen to como· enfermeira e a indispensável assistência pessoal ao<br />

seu lar- pelo menos com a ;:lctual organização dos serviços hospitalares.<br />

É questão a debater noutra ocasião a de saber se a vocação de enfermeira<br />

deverá, em todos os casos, excluir a vocação matrimonial.<br />

Por agora só nos parece necessário afirmar que formamos ao lado da<br />

tese do Dr. Melo e Castro e defendemos a liberdade de casamento das enfermeiras<br />

hospitalares, desde que se constitua com as enfermeiras casadas, um<br />

quadro especial que lhes reduza as horas de trabalho diário e as liberte de outros<br />

serviços que se averigue serem incompatíveis com a normal vida de família<br />

de que essas enfermeiras são amparo.<br />

E creio que connosco está muita gente boa.<br />

(Continua).<br />

:n<br />

IIOSPIT.&IS<br />

PORTUGUESES<br />

a a.


. Actividades Siutllcais<br />

1-A Delegação do Sindicato Nacional<br />

dos Profissionais, em Coimbra,<br />

tomou a benemérita iniciativa de promover<br />

reuniões periódicas para discussão<br />

dos problemas da profissão e<br />

para aperfeiçoamento técnico dos seus<br />

associados.<br />

Costumam realizar-se no Salão<br />

Nobre dos H. U. C. e nelas tomam<br />

parte enfermeiros dos hospitais, casas<br />

de saude e particulares e ainda os alunos<br />

de várias escolas de enfermagem.<br />

Há mesmo profissionais que se desl<br />

ocam de localidades várias para<br />

assistirem a estas reuniões. Foram já<br />

realizadas 5 sessões e outras estão em<br />

preparação.<br />

As nossas felicitações à sua direcção<br />

por tão útil iniciativa.<br />

2- No dia 27 de F evereiro procedeu-se<br />

à eleição dos corpos gerentes<br />

do sindicato para o triénio .de <strong>1951</strong>-<br />

-1954, sendo eleitos os seguintes profissionais:<br />

Assembleia geral, Luiz Ernesto da<br />

Silva Rosa, Júlio dos Santos Pimenta,<br />

Irene Lourenço Ribeiro, Pulquério<br />

Martins de Almeida, Jorge Alberto<br />

Rodrigues e Maria Olívia Alarcão.<br />

Direcção, Manuel Leitão .Branco,<br />

Fernando Cabrera, Maria José Mascarenhas,<br />

Novais e Ataíde e Maria<br />

Engrácia Coelho.<br />

Aos novos eleitos os nossos cumprimentos<br />

e desejos de acção proveitosa<br />

a favor da enfermagem.<br />

3- Consta-nos que os novos corpos<br />

gerentes têm em preparação um<br />

plano de actividades notável para<br />

defesa dos direitos dos enfermeiros e<br />

para a sua valorização profissional.<br />

B em necessário é.<br />

pelo ilustre membro do governo que<br />

presidia.<br />

-Está em preparação uma viagem<br />

dos alunos finalistas ao centro<br />

do país, para visitar alguns estabelecimentos<br />

de ensino e assistência de<br />

reconhecido interesse.<br />

Escola Dr•. r\ugclo tb Fonseca-<br />

Coimb•·a<br />

- D epois do período de preparação<br />

teórica e observação, tomaram<br />

conta da enfermaria-escola as alunas<br />

admitidas no ano corrente. A enfermaria<br />

foi convenientemente adaptada<br />

às necessidades do ensino de enfermagem.<br />

-No dia 16 de Março realizou-se<br />

a cerimónia da imposição do véu às<br />

novas enfermeiras e foi colocada uma<br />

imagem de S. João de Deus na enfermaria-escola<br />

masculina.<br />

De manhã, houve comunhão geral..<br />

A seguir, as alunas ofereceram o pequeno<br />

almoço no seu Lar a dezenas de<br />

convidados. À tarde, sob a presidência<br />

do Sr. Arcebispo-Bispo Conde<br />

efectuou-se a imposição dos véus, de<br />

que damos aqui uma curiosa fotografia.<br />

NOTÍUI~S<br />

DAS ESUOLAS<br />

Escola 'l'écnica tle Ealfe•·melras-Lisboa<br />

-Realizou - se nesta Escola, no<br />

dia 13 de Fevereiro, a cerimónia habitual<br />

da graduação das enfermeiras<br />

.que terminaram o curso em 1950.<br />

Presidiu o venerando Chefe do Estado<br />

e estiveram presentes os srs. Ministro<br />

da Educação Nacional, reitor<br />

da Universidade Clássica e outras<br />

individu~lidades . Falaram o Dr. Tos­<br />

-cano Rico, D . Fernanda Alves Dinis e<br />

D. Maria Ofélia Emanz Leite Ribeiro.<br />

O Prof. Francisco Gentil entregou às<br />

novas enfermeiras o seu diploma e a<br />

directora da Escola impôs-lhes o emblema.<br />

I~scola AJ•tur· RavaJ•a<br />

-Lisboa<br />

-Em sessão presidida por S. Ex.•<br />

o Subsecretário de Estado da Assistência<br />

Social, foram entregues os diplomas<br />

e prémios anuais aos alunos<br />

dos últimos cursos de enfermagem.<br />

O director, Dr. Luiz Adão, expôs elegantemente<br />

o trabalho da Escola que,<br />

a final, foi devidamente apreciado<br />

IIOSPIT~IIi


,<br />

FRIGORI FI COS<br />

PARA ENTREGA IMEDIATA<br />

·Inscrição dos médicos especialistas<br />

O decreto-lei n. 0 38.213, de 26 de<br />

Março de <strong>1951</strong>, fixa os termos em que<br />

os médicos poderão obter o título de<br />

especialistas.<br />

Os exames são feitos perante a<br />

Ordem dos Médicos, em concursos<br />

abertos anualmente.<br />

São legalmente reconhecidas as<br />

seguintes especialidades: análises clínicas,<br />

anestesiologia, cardiologia, cirurgia<br />

geral, dermato - venereologia,<br />

doenças tropicais, estomatologia, fisioterapia,<br />

gastro-enterologia, ginecologia,<br />

neurologia, obstetrícia, oftalmologia,<br />

ortopedia, otorrinolaringologia,<br />

pediatria, psiquiatria, radiologia, tisiologia<br />

e urologia.<br />

É permitido acumular o exercício<br />

das especialidades de cirurgia-gera~ e<br />

gastro-enterologia, cirurgia geral e<br />

urologia, cirurgia-geral e ginecologia,<br />

cirurgia-geral e ortopedia, ginecologia<br />

e obstetrícia e neurologia e psiquiatria.<br />

Aparelhos I'eceptoJ•es tia<br />

T. S. F.<br />

O art. 19. 0 , n. 0 4. 0 , do decreto-lei<br />

n. 0 38.293, de 9 de Junho do ano cor-<br />

36<br />

rente isenta . de taxa de licença de<br />

radiodifusão os hospitais, asilos, colónias<br />

de férias, associações de beneficência,<br />

sanatórios do Instituto de<br />

Assistência Nacional aos Tuberculosos<br />

e da Assistência aos Tuberculosos<br />

do Exército e da Armada e quaisquer<br />

outros estabelecimentos de assistência.<br />

Estas entidades são obrigadas a<br />

requisitar a licença mediante o preenchimento<br />

do boletim habitual que<br />

serão acompanhados dos documentos<br />

comprovativos da sua natureza. Por<br />

outro lado, ficam sujeitas às demais<br />

obrigações inerentes aos subscritores,<br />

com excepção da taxa.<br />

Socorro social<br />

O decreto-lei n. 0 38.216, de 5 de<br />

Abril, altera a redacção dos ·arts. 12. 0<br />

e 17. 0 do decreto-lei n . 0 38.128, de 30<br />

de D ezembro de 1950.<br />

P elo novo regime, a aplicação do<br />

Fundo fica dependente de despacho<br />

do Ministro do Interior. O Director­<br />

-Geral da Assistência outorga em<br />

todos os actos e contratos necessários<br />

à sua administração e autoriza despesas<br />

. até 1.000$00.<br />

DOSPIT~IS<br />

5 modelos de diferentes capacidades<br />

ELECTROLUX, LIMITADA<br />

LISBOA<br />

PORTO<br />

Rua Pascoal de Melo, 7 Praça da liberdade, 123<br />

.Telefs.: 4837B-sosr6-54I3o Telefs.: 25436-7<br />

PORTUGt;ESES


Os Rodos ...<br />

Para que servem os bodos? Resolvem<br />

em definitivo alguma situação<br />

económica desiquilibrada? Têm por<br />

base um inquérito sério? O pobre que<br />

janta um dia à farta fica sem fome<br />

durante todo o ano? O desempregado<br />

arranjou emprego no bodo? O<br />

vadio converteu-se ao trabalho? Premiou-se<br />

a diligência e a honestidade?<br />

Evitou-se a inveja e as brigas entre<br />

os contemplados, em benefício da solidariedade<br />

humana? Para que servem<br />

os bodos?<br />

Ah, os bodos !...<br />

... E as so1•as tlos qnarteis<br />

E há também as sopas e os restos<br />

dos ranchos distribuídos à porta dos<br />

qua'rtéis. Já viram a matulagem de<br />

mulheres e homens vigorosos, sentados<br />

contra as paredes, horas e horas, à<br />

espera dos restos? Já viram as crianças<br />

andrajosas que não vão à escola nem<br />

aprendem ofício à espera dos restos?<br />

Já perguntou alguém a essa gente<br />

por que razão caiu e se mantém na<br />

miséria? Já se investigou o que é<br />

que fazem essas dezenas de homens,<br />

mulheres e crianças, além de mendigar<br />

e esperar as sopas?<br />

E, se calhar, há quem suponha que<br />

isto é caridade. E até talvez lhe chamem<br />

assistência social por ser nome<br />

mais moderno.<br />

De «A Semana», com a vénia<br />

devida, transcrevemos um passo do<br />

artigo Despesas obrigatórias:<br />

«Outro cancro da administração<br />

local é a despesa com o trata~ ento e<br />

transporte dos doentes pobres, que<br />

excede, em muito, a capacidade financeira<br />

dos Municípios. A decadência<br />

das Misericórdias, por um lado, e o<br />

progresso da cirurgia, por outro, criaram<br />

um problema cuja solução não<br />

pode consistir na obrigatoriedade<br />

para as Câmaras, deste encargo assistencial.<br />

O pagamento coercivo das<br />

contribuições (20 % da receita líquida<br />

) , agravando a precária situação<br />

financeira das autarquias, não chega<br />

para saldar as dívidas, sempre em<br />

crescendo assustador. Temos conhecimento<br />

de um município de 1.a ordem<br />

que, só em 1950, pagou aos hospitais,<br />

voluntàriamente e por d esconto<br />

nas suas recitas, 464.962$70».<br />

É assim mesmo. O governo já<br />

anunciou h á tempos que estava a es-<br />

tudar o caso e ia dar-lhe solução.<br />

Todos nós rejubilámos. Mas continuamos<br />

a esperar.<br />

~sslnala-se<br />

A série de artigos que, sobre assistência,<br />

anda a publicar no citado jornal<br />

«A Semana» o Dr. Fernando de<br />

Magalhães Cardoso, director do Centro<br />

de In.quérito de Lisboa e Inspector<br />

da Assistência.<br />

Não pode se1•<br />

O vigoroso discurso que o sr. Ministro<br />

das Corporações pronunciou ao<br />

-dar posse ao novo presidente dos Serviços<br />

Médico-Sociais -Federação de<br />

V. S., paro instantãneos . .<br />

rcru rd açdr~ ~ nurn c nt :u s rJr ru a ~ rnan\:a!.<br />

f i1 doi• dos lnlimetOJ compol em CJ'-'• o K odolr<br />

põe o lotogrofio o 1eu ••rvico<br />

Caixas de Previdência - , apresentando-se<br />

com o · modesto propósito de<br />

enunciar problemas, foi inculcando<br />

soluções.<br />

Como simples cidadãos, dizemos<br />

com o Ministro: gastar menos e gastar<br />

melhor. Mas, como trabalhadores<br />

da assistência, ao ser-nos revelado que<br />

se pensou- e talvez haja quem pense<br />

ainda - em duplicar prodigamente a<br />

organização assistencial do país,<br />

criandq hospitais, ao lado de hospitais<br />

já em funcionamento, estabelecendo<br />

laboratórios, em frente de<br />

outros prontos e equipados, erguendo<br />

maternidades privativas junto das<br />

existentes, tudo em obediência a planos<br />

astronõmicamente generosos, temos<br />

de dizer à Nação: não pode ser.<br />

O médico, paro radiografias ...<br />

mdispen:i..ívf>IS na mt'd iC'IIl


li<br />

PFOF. DR. JOÃO PORTO- O Rev. 0 Padre Geral da Ordem Hospitaleira<br />

de S. João de Deus, quis distinguir o Prof. Dr. João Porto, como prova<br />

de reconhecimento pela sua valiosa colaboração nas festâs comemorativas<br />

do 4. 0 centenário da morte de S. João de Deus. Para isso, .foi-lhe entregue,<br />

por intermédio do Rev. 0 Padre Júlio dos Santos, Provincial da Ordem Hospitaleira,<br />

um diploma, enviado de Roma, que o torna participante dos benefícios<br />

e méritos espirituais daquele instituto religioso.<br />

Congratulamo-nos com tão honrosa distinção.<br />

DOUTOR JOSÉ MONTEIRO LOPES DO ESPÍRITO SANTO­<br />

Nascido na Figueira da Foz em 1908, licenciou-se na Faculdade de Medicina<br />

de Coimbra, em 1935. Assistente daquela FacuJdade desde a sua formatura, é<br />

igualmente professor da Escola de Enfermagem do Doutor Ângelo da Fonseca<br />

e faz parte da sua Junta Médica. É membro da Sociedade Portuguesa de<br />

Pediatria, tendo visitado em 1949 vários hospitais e clínicas de Paris.<br />

Nos últimos dias de Abril do ano corrente, prestou provas de doutoramento<br />

na Sala dos Capelos da Universidade de Coimbra, tendo sido aprovado<br />

com a alta classificação de 19 valores.<br />

Trabalhador incansável e inteligente dos <strong>Hospitais</strong> da Universidade de<br />

Coimbra, muito tem a esperar .este estabelecimento hospitalar da actuação do<br />

novo Doutor, ao qual «<strong>Hospitais</strong> <strong>Portugueses</strong>» enviam as mais sinceras felicitações.<br />

Barros prestou as suas provas para o mais alto grau universitário e, como eles,<br />

obteve a alta classificação de 19 valores.<br />

É de Trás-os-Montes- Vila Real-, onde nasceu em 1910. Licenciou-se<br />

em 1933. Logo a seguir foi para Paris, onde, até 1936, frequentou <strong>Hospitais</strong><br />

e Maternidades, especialmente a clínica Bandelocque. Foi assistente<br />

de obstetrícia na Faculdade de Medicina de Coimbra, relator do II Congr€sso<br />

Luso-Espanhol de Obstetrícia e Ginecologia, editor e redactor-principal da<br />

Revista Portuguesa de Obstetrícia e Ginecologia.<br />

Ao novo Doutor os nossos parabens sinceros.<br />

PROF. FROIL<strong>ANO</strong> DE MELO- O Prof. Froilano de Melo foi autorizado,<br />

pelo Ministro das Colónias, a deslocar-se de Goa ao Brasil, para prosseguir<br />

as suas investigações protozoológicas; acedendo ao honroso convite que,<br />

para tal fim, lhe foi endereçado pelo Instituto Oswaldo Cruz que, além das<br />

suas instalações, colocará à disposição do distinto investigador, todo 0 equipamento<br />

necessário.<br />

DR. GERALDES BARBA- Tomou posse do cargo de médico analista<br />

dos <strong>Hospitais</strong> Civis de Lisboa, lugar que vinha exercendo há anos como<br />

contratado além do quadro, o Dr. Geraldes Barba, que conquistou este posto<br />

em concurso de provas pú.blicas.<br />

DR. FERNANDO FERREIRA DA COSTA- Este distinto clínico<br />

Director dos Serviços de Estomatologia dos <strong>Hospitais</strong> Civis de Lisboa fo~<br />

autorizado a ausentar-se para Madrid em comissão gratuita de serviço pú~lico.<br />

IV Cong•·esso Intel'na.cioual de T•·ausfusão tle sangue<br />

DOUTOR MANUEL MONTEZUMA DINIS DE CARVALHO­<br />

Também foi aprovado nas provas de doutoramento da mesma Faculdade<br />

este ilustre cirurgião que, nascido em Abril de 1918, se licenciou em 1941 e tem<br />

trabalhado com o maior brilho nos <strong>Hospitais</strong> da Universidade de Coimbra.<br />

Pela sua alta classificação de doutoramento- 19 valores- apresentamos<br />

os melhores cumprimentos.<br />

DOUTOR ALBERTINO DA COSTA BARROS- Foi juntamente<br />

com os dois novos doutores acima referidos que o Do'.ltor Albertino da Costa<br />

Realiza-se em Lisboa, de 23 a 29<br />

de Julho próximo, o IV Congresso<br />

Internacional de Transfusão de Sangue,<br />

com o qual coincidirá a I Exposição<br />

Mundial de Sangue.<br />

O Congresso tem 5 secções e, além<br />

da Exposição, incluirá excursões no<br />

país, recepções oficiais, visitas, etc.<br />

A Comissão Internacional do Con-<br />

gresso é constituída por representantes<br />

de 8 países. A Comissão Executiva<br />

é composta por médicos de<br />

Lisboa, Porto e Coimbra. O Secretário-Geral<br />

é o Dr. Almerindo Lessa,<br />

dos <strong>Hospitais</strong> Civis de Lisboa, ao<br />

qual deverá ser dirigida toda a correspondência.<br />


IIOSJlltab Chis de Lisboa<br />

Após consulta do Conselho Técnico<br />

dos H. C. L., o Enfermeiro-Mar,<br />

Dr. Emílio Faro, nomeou para cada<br />

um dos <strong>Hospitais</strong> a seu cargo, um<br />

delegado seu, com poderes para obter<br />

eficiente coordenação dos diferentes<br />

serviços clínicos, radiológicos e laboratoriais<br />

de cada hospital, de forma<br />

a reduzir a um mínimo indispensável<br />

a demora média dos doentes.<br />

Foram investidos nas respectivas<br />

funções, por acumulação dos cargos<br />

que já vinham exercendo, os seguintes<br />

médicos:<br />

Hospital de S. José- Dr. Armando<br />

Formigai Luzes.<br />

Hospital de Santo António dos<br />

Capuchos - Dr. Alberto de Azevedo<br />

Gomes.<br />

Hospital de Curry Cabral -<br />

Dr. Eugénio Mac-Bride Fernandes.<br />

Hospital de D. Estefânia -<br />

Dr. Mário Reis de Figueiredo Carmona.<br />

Hospital do Desterro- Dr. António<br />

José T. Pereira.<br />

Hospital de Arroio -<br />

Gomes.<br />

4 2<br />

Dr. Alberto<br />

Hospital de Mafra<br />

Na vila de Mafra vai ser construido<br />

um hospital. A base de licitação<br />

do concurso público realizado<br />

para a adjudicação da empreitada da<br />

sua construção, foi de 143.222$00.<br />

llospital de Vila tio Bispo<br />

O hospital desta vila vai, dentro<br />

em breve, ser object~ de importantes<br />

obras de ampliação e remodelação, no<br />

montante de 264.020$00.<br />

Jlospital tle ~leoehete<br />

Foi recentemente inaugurado, sob<br />

a presidência do Subsecretário de Estado<br />

das Obras Públicas, o novo Hospital<br />

de Alcochete.<br />

O movimento do Hospital da<br />

Santa Casa de Misericórdia da<br />

Guarda, no último ano, foi o seguinte:<br />

Doentes entrados, 1.113 ; dias de<br />

hospitalização, 14.67 3; internados na<br />

maternidade, 134 ; nascimentos, 89 ;<br />

operaÇões de grande cirurgia, 259;<br />

operações de pequena cirurgia, 503;<br />

consultas no Banco, 1.959; curativos,<br />

11.548; injecções, 8.566.<br />

O total das despesas foi de<br />

435.095$00.<br />

Dispensário Cnti-tubercnloso<br />

no Porto<br />

A Direcção Geral dos Edifícios e<br />

Monumentos Nacionais foi autorizada<br />

a celebrar contrato, pela importância<br />

de 394.300$00, para a empreitada de<br />

construção de um dispensário antituberculoso,<br />

no Porto.<br />

· uost)lfal Colonial de Lisboa<br />

Foram contratados para a prestação<br />

de serviço como médicos dermatologista<br />

e anestesista, respectivamente,<br />

os Drs. João Valéria de Bastos<br />

da Luz e José Joaquim Fajardo,<br />

ficando-lhes confiada, ainda, a direcção<br />

das respectivas secções.<br />

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I"OR'fUGUESES<br />

43


I<br />

Angola<br />

1 -Foi nomeado, para higienista<br />

e chefe da missão de prospecção e<br />

investigação das endemias que possam<br />

existir na região de Leste e outras<br />

regiões de Angola, o Dr. Francisco<br />

José Cambournac.<br />

2-A portaria n. 0 7.419 aprova a<br />

tabela de honorários clínicos pelos serviços<br />

de Reanimação e Transfusão de<br />

Sangue.<br />

3-A distribuição de verba consignada<br />

a honorários ao pessoal por serviços<br />

prestados a particulares, pelos<br />

organismos sanitários da Colónia, vem<br />

inserta na Portaria n. 0 7.413.<br />

índia Poi·tt•guesa<br />

A esposa do Sr. Governador-geral,<br />

Sr.a D . Carmelina de Quintanilha e<br />

M~ndonça Dias, tomou a nobre iniciativa<br />

de promover, por todas as<br />

sedes dos concelhos, um peditório pela<br />

campanha Anti-Tuberculosa no Estado<br />

da índia. O apelo foi entusiàsticamente<br />

acolhido pela imprensa do<br />

país e foram apurados já valiosos donativos.<br />

O plano da campanha abrange<br />

uma enfermaria com cem camas a<br />

construir no planalto fronteiro ao<br />

actual sanatório, 4 a 5 pavilhões para<br />

doentes particulares com 2 camas,<br />

casas modestas para a residência do<br />

pessoal médico e de enfermagem, e<br />

dois dispensários, um para a zona sul<br />

e outro para a zona norte.<br />

Moçambique<br />

1 - Está tomando considerável<br />

desenvolvimento em Moçambique, a<br />

assistência materno-infantil. Os exames<br />

a que a mulher grávida é submetida<br />

e os cuidados de que é objecto,<br />

permitiram que, nas maternidades, o<br />

número de óbitos diminuísse consideràvelmente<br />

de 1947 até agora.<br />

Assim, em 1947, houve 19.860 cacos,<br />

com 80 óbitos, o que equivale a<br />

4 por mil; no ano seguinte, para<br />

24.293 casos, os óbitos foram 69, o<br />

que representa 2,8 por mil; em 1949,<br />

a percentagem de óbitos desceu para<br />

2,4 por mil, tendo-se verificado apenas<br />

21 mortes para 29.048 parturientes.<br />

As maternidades centrais, regionais<br />

e rurais t êm cumprido notàvelmente<br />

a sua missão e assim é que,<br />

de 28.087 crianças nascidas em 1949,<br />

só 510 faleceram (18,1 por mil).<br />

A progressiva diminuição de mortalidade<br />

infantil traduz a eficiência<br />

dos métodos de trabalho e do pessoal<br />

recrutado.<br />

Com a assistência materno-infantil<br />

gasta a colónia cerca de 6.000 contos<br />

por ano.<br />

2 -Foi . admitido no cargo de<br />

chefe de sector da missão de combate<br />

às tripanossomíases da colónia<br />

de Moçambique, o Dr. Fernando<br />

Tomé da Conceição Ramalhinho.<br />

3-A portaria n. 0 8.630 fixa na<br />

importância de 1.000.000$00 o fundo<br />

permanente, para o ano de <strong>1951</strong>, atribuído<br />

à Missão de Combate às Tripanossomíases.<br />

4 - Pela portaria n. 0 8.7 40, foi<br />

fixado na importância de 10.000$00 o<br />

fundo permanente, para o corrente<br />

ano, confiado à comissão administrativa<br />

do Hospital Central Miguel Bombarda.<br />

5 - Por sua vez, a portaria<br />

n. 0 8.741 estabelece o quantitativo dos<br />

prémios aos dadores de sangue e as<br />

condições em que serão fornecidos<br />

sangue e plasma aos doentes.<br />

6 - O Hospital de Moçâmedes foi<br />

dotado com modema aparelhagem de<br />

Raios X.<br />

Para assistir à instalação da aparelhagem,<br />

deslocou-se àquela cidáde<br />

o Dr. José de Oliveira Madeira, inspector<br />

dos Serviços de Saude da província<br />

de Huila.<br />

Vitamina U-~ ~<br />

TERAPJ!UTICA GERAL<br />

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3o gótas=6oo.ooo U. I. (o,o1S gr.)<br />

INJECTÁ VEL (forte) - 6oo.ooo U. I. (o,o1 S gr.) { Cxs. com 1 emp. de 1 c. c.<br />

Em empola de 1 c. c. Cxs. » 3 u » 1 c. c.<br />

INJECTÁ VEL (fortissima)- Looo.ooo U. l. (o,o2S gr). { Cxs. com r emp. de 2 c. c.<br />

Em empola de 2 c. c. Cxs. » 2 » " 2 c. c.<br />

N. B.- O veículo utilizado nos n?ssos preparados de vitamina D, é o és ter alcoólico de um ácido<br />

gor~o vegetal. Este vetculo, resultante da esterificação duma gordura pelo alcool<br />

~tihco , o método de estabilização empregado e a protecção, por uma atmosfera de gaz<br />

Inerte, ao con~acto do ar, conferem a estes preparados .Zimaia uma rápida e eficaz<br />

acção terapêutica.<br />

DOSPIT .. U S<br />

POUTUGUESES


Hospital Júlio de Matos - Lisboa<br />

Relatório de 1950- T emos. presente<br />

o quinto relatório da administração do<br />

Dr. Paiva Correa, no Hospital Júlio<br />

de Matos.<br />

Não há que falar já da sua regularidade,<br />

nem das bases que sustentam<br />

o seu processo administrativo. Tudo<br />

é já bem conhecido dos nossos leitores.<br />

O relatório de 1950 continua naturalmente,<br />

simplesmente, os anteriores,<br />

naquela regularidade própria de casa<br />

arrumada, onde tu do aparece nos<br />

lugares próprios e à hora marcada .<br />

Anuncia-se a ocupação total do<br />

estabelecimento, com cerca de 1.200<br />

doentes. Lamenta-se o crescendo<br />

constante dos débitos das Câmaras.<br />

que atingiram 3.877.504$61. O custo<br />

do doente fixa-se em 22$37,2 na secção<br />

clínica, 20$16,1, na secção asilos,<br />

2


I<br />

i<br />

ltate•·esses paa·a todos<br />

Aníancios gt•atuitos para assinantes<br />

MÉDICOS<br />

1 - A C. M. de Aviz abriu concurso<br />

para o 1. 0 partido médico daquele<br />

concelho.<br />

2 - Está igualmente aberto o concurso<br />

para o 4. 0 partido municipal<br />

de Soure.<br />

3-A colónia da Guiné abriu concurso<br />

para provimento dos lugares<br />

de médicos radiologista e do<br />

quadro complementar de medicina<br />

geral.<br />

4 - Para os lugares de médicos radiologistas<br />

e analista, abriram também<br />

concurso as colónias de Moçambique<br />

e Macau, respectivamente.<br />

ENFERMAGEM<br />

1 - Oferece-se enfermeiro diplomado<br />

por escola oficial, e com prática<br />

de serviço em hospital de grande<br />

movimento.<br />

Resposta a esta revista ao n. 0 3.<br />

2 -Auxiliar de enfermagem com<br />

muita prática e boas classificações<br />

de curso, oferece-se para<br />

hospital ou casa de saude da<br />

província.<br />

Carta a esta revista ao n. 0 4.<br />

EQUIPAMENTOS HOSPI­<br />

TALARES<br />

1-Os <strong>Hospitais</strong> da Universidade de<br />

Coimbra abriram concurso limitado<br />

para o fornecimento de medicamentos,<br />

material cirúrgico,<br />

géneros alimentícios, cobertores,<br />

etc.<br />

As propostas serão entregues<br />

nos Serviços Económicos e abertas<br />

no dia 7 do próximo mês de<br />

Agosto.<br />

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26<br />

26<br />

27<br />

27<br />

27<br />

27<br />

47<br />

46<br />

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