Hospitais Portugueses ANO III n.º10 março-abril 1951
HOMENAGEM AO MARECHAL ANTONIO OSCAR DE FRAGOSO CARMONA ORÇAMENTOS E CONTAS DAS INSTITUIÇOES PARTICULARES DE ASSISTÊNCIA TRAUMATOLOGIA AINDA O REGISTO ADMINISTRATIVO DOS DOENTES HISTORIA DAS LIGADURAS A ACÇÃO ASSISTENCIAL DAS MISERICORDIAS ENFERMAGEM O HOSPITAL E A LEI COISAS GRANDES, E PEQUENAS GENTE DOS HOSPITAIS NOTÍCIAS DOS HOSPITAIS NOTÍCIAS DO ULTRAMAR PUBLiCAÇOES INTERESSES PARA TODOS
HOMENAGEM AO MARECHAL ANTONIO OSCAR DE FRAGOSO CARMONA
ORÇAMENTOS E CONTAS DAS INSTITUIÇOES PARTICULARES DE ASSISTÊNCIA
TRAUMATOLOGIA
AINDA O REGISTO ADMINISTRATIVO DOS DOENTES
HISTORIA DAS LIGADURAS
A ACÇÃO ASSISTENCIAL DAS MISERICORDIAS
ENFERMAGEM
O HOSPITAL E A LEI
COISAS GRANDES, E PEQUENAS
GENTE DOS HOSPITAIS
NOTÍCIAS DOS HOSPITAIS
NOTÍCIAS DO ULTRAMAR
PUBLiCAÇOES
INTERESSES PARA TODOS
- No tags were found...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
~HOSPITAIS<br />
PORTVGVESES<br />
< ; ri "<br />
• ~ 't ~<br />
<strong>ANO</strong> <strong>III</strong> - ·N.o 10 MARÇO - ABRI L 1 9 5 1
HOSPITAIS<br />
PORTUGUESES<br />
R EVISTA DE H OSPITAIS E ASSIST:f:NCIA SOCIAL<br />
DI R E CÇÃO<br />
CORIOL <strong>ANO</strong> F ERRE IR A M . R A M O.S LOPES<br />
ADMI NI STR ADOR<br />
E VARISTO DE MENEZ E S P ASCOAL<br />
R E D A CÇ Ã O E ADM I N I ST RA Ç Ã O:<br />
R U A V I SCONDE DA Luz, I 0 0 - 2 , 0<br />
T e l efone 2276<br />
COIMBRA<br />
Compost o e impresso n a Tip. d a ~ Atl â ntid a»<br />
R u a Ferr eira Borg es, I03 - I II -<br />
C O l M EI< A<br />
S UM Á R I Q.<br />
HOMENAGEM AO MA RECHA L ANTON IO OSCA R DE FRAGOSO CA RMONA<br />
DR. ALBERTO RIBEIRO QUEIROZ<br />
ORÇAM ENTOS E CONTAS DAS I NSTITU IÇOES PARTICULARES DE ASSIST:f:N CIA<br />
DR. HENRIQUE DE ABREU ROMÃO<br />
TRAUMATOLOGIA<br />
DR. A. PONTY OLIVA<br />
AINDA O REGISTO A DMINISTRATIVO DOS DOENTES<br />
DR. CORIOL<strong>ANO</strong> FERl
No dia 8 de Março assumiu<br />
as altas funções de Subsecretário<br />
de Estado da Assistência<br />
Social, o Ex.mo Sr. Dr. Alberto<br />
Ribeiro Queiroz.<br />
Com uma formação social da<br />
melhor qualidade, dotado de invulgar<br />
estrutura de energia e rectidão,<br />
S. Ex.n vai enfileirar na<br />
galeria notável dos Homens que<br />
serviram neste Subsecretariado e<br />
aos quais a Nação tanto deve.<br />
Todos nós, os que trabalhamos<br />
na assistência, sentimos um<br />
pequeno estremecimento de ansiedade,<br />
por cada vez que há<br />
mudança no comando. . Graças<br />
a Deus, temos tido sempre, neste<br />
sector da administração pública,<br />
governantes de envergadura adequada<br />
à tarefa de cada momento.<br />
E ainda desta vez assim<br />
foi. Para garantia certa das<br />
nossas esperanças bastam-nos as<br />
palavras claras e firmes que o<br />
novo Subsecretário de Estado<br />
pronunciou ao assumir as suas<br />
funções:<br />
«Não me deterei por cansaço<br />
nem hesitarei diante de um obstáculo,<br />
nem me demorarei no<br />
percurso pa.ra trocar por outro,<br />
ameno e plano, um caminho<br />
íngreme ou pedregoso».<br />
«Sei, pois, que a Assistência<br />
Social tem de assentar no reconhecimento<br />
de deveres da sociedade<br />
para com os indivíduos que<br />
a compõem, contrapartida dos<br />
deveres destes para com ela.<br />
Sei que a Assistência Social não<br />
poderá considerar o indivíduo<br />
isolado, mas que deverá considerá-lo<br />
enquadrado nos seus agrupamentos<br />
naturais- família e<br />
profissão. Sei ainda que, se é<br />
certo que a resolução dos. problemas<br />
compreendidos na Assistência<br />
Social não pode, nos nossos<br />
tempos, ser resolvida pelo<br />
mero funcionamento da caridade<br />
cristã e da generosidade particular,<br />
não menos certo é que<br />
«na prestação da assistência o<br />
Estado não pode dispensar a<br />
colaboração, tão desinteressada<br />
como valiosa, dos particulares,<br />
pois a mesma pelo seu conteúdo<br />
e fim constitui o índice da civilização<br />
de um povo e a medida<br />
da solidariedade · dos seus elementos».<br />
«valem os povos pelo número<br />
dos habitantes muito pouco, mas<br />
muito pelas qualidades que eles<br />
possuem».<br />
Isto significa que a marcha<br />
Sei por fim, que toda da renovação assistencial vai<br />
a obra de Assistência Social é<br />
intrinsecamente valiosa e eminentemente<br />
nacional, porquanto<br />
contribui para valorizar as pessoas<br />
e as famílias .ou agrupamentos<br />
em que se integram e é<br />
verdade insofismável a de que<br />
continuar com igual intensidade<br />
e renovado ardor.<br />
. No seu plano modesto, H ospitais<br />
<strong>Portugueses</strong> saúda o novo<br />
Subsecretário e afirma-lhe sincera<br />
colaboração, a bem da assistência<br />
portuguesa.<br />
«llospitais Po••tugueses» no esti•angeh•o<br />
A magnífica revista francesa «Techniques<br />
Os nossos agradecimentos.<br />
hospitalieres» no seu número Esta revista acaba de nomear<br />
de Abril deste ano dedica quase toda<br />
a secção de Revista da imprensa<br />
estrangeira a «<strong>Hospitais</strong> <strong>Portugueses</strong>».<br />
Cita e transcreve alguns dos artigos<br />
publicados por nós entre os quais:<br />
«Sobre a direcção técnica hospitalar»<br />
do Dr. Manuel Sarafana; «Farmácia<br />
hospitalar» do Dr. Justino Braga da<br />
Cruz; «Algumas definições» e «Humanizemos<br />
os <strong>Hospitais</strong>» do nosso<br />
«<strong>Hospitais</strong> <strong>Portugueses</strong>» sua correspondente<br />
em Portugal, pelo que estamos<br />
aptos a fornecer aos interessados<br />
todas as condições de assinatura e<br />
bem assim da aquisição das suas<br />
edições, entre as quais se contam:<br />
«L'Hopital Français», de H. Thoillier,<br />
e «Guide Practique d'Administration<br />
Hospitaliere», de M. Terraillon,<br />
em fichas móveis.<br />
director, Dr. Coriolano Ferreira.<br />
HOSPITAIS<br />
PORTUGUESES
Or~amentos<br />
~ões<br />
e eo1ttas das institoiassistêtteia<br />
particulares de<br />
Apresentação:<br />
Pelo Dr. HENRIQUE DE ABREU ROMÃO<br />
Chefe de Secç!lo da Direcçã-Geral de Assistência<br />
<strong>III</strong><br />
CONTAS<br />
.As contas das instituições particuláres de assistência<br />
são apresentadas para julgamento às seguintes entidades,<br />
conforme o montante da despesa:<br />
Tribunal de Contas, se a despesa excede SOO contos.<br />
Direcção Geral de Assistência, se a despesa for superior a<br />
100 contos e igual ou inferior a SOO.<br />
Comissão Municipal de Assistência, se a despesa for igual ou<br />
inferor a 100 contos.<br />
No que respeita aos Distritos Autónomos das Ilhas, mantém-se<br />
o regime do Continente, com a seguinte alteração:<br />
Se a despesa for superior a 100 contos, mas igual ou inferior<br />
a SOO, as contas julgadas pela Comissão Distrital respectiva.<br />
As contas deverão ser remetidas à entidade julgadora, acompanhadas<br />
de todos os documentos necessários, até 1 de Abril do ano<br />
seguinte àquele a que disserem respeito. Dentro do mesmo prazo<br />
a instituição enviará um exemplar da conta à Direcção Geral de<br />
Assistência e outro à Comissão Municipal de Assistência respectiva,<br />
se o julgamento competir ao Tribunal de Contas, e apenas um exemplar<br />
à Direcção Geral de Ass~stência se for a Comissão Municipal<br />
de Assistência a entidade julgadora.<br />
Idênticamente, se o julgamento competir à Direcção Geral de<br />
Assistência, será entregue pela instituição um exemplar da conta à<br />
respectiva Comissão Municipal de Assistência.<br />
DO!iiôPITAI.<br />
Organização:<br />
As contas devem ser organizadas de harmonia com as instruções<br />
sobre Contas do Tribunal de Contas (publicadas em execução<br />
do disposto rio art. 13. 0 • do decreto n. 0 26.341 de 7 de Fevereiro<br />
de 1936), e que estão editadas em separata pela Imprensa Nacional.<br />
Evidentemente que tais instruções serão cumpridas em tudo<br />
quanto estiver de acordo com as índole e características das insti-<br />
. tuições particulares de assistência, fazendo-se as alterações necessárias<br />
em conformidade com o disposto no art. 427. 0<br />
do Código Administrativo,<br />
que manda aplicar a estas instituições as disposições sobre<br />
organização de orçamentos e contas dos organismos oficiais, mas<br />
tanto quanto possível.<br />
Os exemplares da conta apresentarão no débito o saldo que<br />
transitou da gerência anterior, as importâncias recebidas durante a<br />
gerência (de acordo com as rubricas dos orçamentos) e as importâncias<br />
recebidas para entrega a qualquer outra entidade (consignação<br />
de receitas).<br />
Da crédito constarão as despesas realizadas durante a gerência,<br />
as importâncias entregues a outras entidades (Pagamentos a<br />
diversas entidades por consignação .de receitas) e o saldo que transita<br />
para a gerência seguinte.<br />
Para mais fácil orientação dos interessados indicamos seguidamente<br />
os documentos que devem constituir o processo das contas:<br />
1) Cópia da acta da sessão em que foi feita a discussão e<br />
aprovação da conta pela Mesa ou Direcção da Instituição.<br />
2) Mapa comparativo entre a despesa orçamentada e a efectivamente<br />
realizada.<br />
3) Desenvolvimento das despesas efectuadas pela aplicação<br />
de empréstimos ou subsídios, quando uns e outros tenham uma consignação<br />
especial.<br />
4) Documentos comprovativos de todas e cada uma das<br />
importâncias correspondentes às rubricas do débito e crédito da<br />
conta, isto é, documentos comprovativos das receitas e das despesas.<br />
PORTUGUI
5) Relação, em duplicado, dos . responsáveis com indicação<br />
do período de gerência de cada um.<br />
A remessa da conta é feita por meio de guia, em duplicado, com<br />
a indicação de todos os documentos enviados.<br />
Os documentos comprovativos das receitas serão os seguintes:<br />
a) Do saldo de abertura da conta P
serão enviadas a uma das entidades indicadas no início deste artigo,<br />
conforme a soma das ·despesas das duas fo'r superior a SOO contos,<br />
igual ou inferior a esta quantia ou igual ou inferior a 100 contos.<br />
Aprovação:<br />
Se a conta for aprovada pelo Tribunal de Contas compete à<br />
instituição comunicar à Comissão Municipal e à Direcção Geral de<br />
Assistência a data de aprovação e quaisquer modificações introduzidas.<br />
Idêntica comunicação será feita à Comissão Distrital respectiva,<br />
se se tratar de uma instituição dos Distritos Autónomos.<br />
Penalidades:<br />
As entidades sujeitas a prestação de contas ao Tribunal de<br />
Contas e que não as apresentarem dentro do praza legal ou prestarem<br />
-com deficiências ou irregularidades graves, são punidas com multa<br />
em conformidade com o art." 7. 0 do dec. 29.174 de Novembro de 1938.<br />
Por outro lado a não apresentação de contas à Direcção Geral<br />
de Assistência ou Comissão Municipal de Assistência, se forem estas<br />
entidades as julgadoras, levará à aplicação das sanções legais já indicadas<br />
no artigo anterior e pode -originar a suspensão de concessão<br />
de subsídios.<br />
PRODUTOS<br />
MANTEIGA<br />
QUEIJO<br />
LEITE PASTEURIZADO<br />
LACTICÍNIOS DE AVEIRO, L.DA<br />
I<br />
I<br />
TratJJnatolo~ia<br />
uonslderações acerca das suas necessidades<br />
actuais na ot•gânlca hoS(litalat•<br />
Pelo Dr. A. PONTY ÜLIV A<br />
A traumatologia, capítulo da cirurgia que estuda tudo<br />
0 que se relaciona com os traumatismos, principalmente fracturas<br />
ósseas, tem hoje uma extraordinária importância.<br />
Isto, é uma verdade que todos reconhecemos e que não<br />
carece de demonstração. Basta dizer que é a ciência do acidente<br />
para provar o seu valor dentro da «acidentada» vida<br />
moderna.<br />
Era forçoso que, tendo-se o acidente desenvolvido em grande escala não<br />
só na quantidade mas até na qualidade, principalmente pela progressiva mecanização<br />
da vida, a traumatologia se ·aperfeiçoasse e desenvolvesse também em<br />
igual proporção.<br />
E tanto assim é que hoje podemos afirmar já pertencer à história a ideia<br />
de que um certo grau de incapacidade permanente constituia uma sequela inevitável<br />
em toda a espécie de fracturas nem que se tratasse de uma simplicíssima<br />
fractura de Pott.<br />
Com efeito já em 1912 uma estatística publicada pela British Medical<br />
Association dava uma consolidação defeituosa em 40 % das fracturas sem<br />
contar que nos restantes 60% ainda havia um grande número de maus resultados<br />
funcionais.<br />
É impossível que hoje qualquer traumatologista aceite tais percentagens,<br />
visto não dever esquecer que os dois resultados, anatómico e funcional, serão<br />
necessàriamente inseparáveis e igualmente perfeitos.<br />
O fim a atingir hoje é transformar o traumatizado num indivíduo indistinguível,<br />
clinicamente, do normal, a tal ponto que ele próprio se considere<br />
igual à sua situação anterior, o que constitue a melhor prova do bom resultado<br />
obtido.<br />
Isto consegue-se em Serviços de Traumatologia bem organizados como<br />
mostra uma das últimas estatísticas publicada peios Serviços de Fracturas do<br />
Hospital de Liverpool, onde se verifica que se pode evitar qualquer grau de<br />
incapacidade permanente em 95 % das fracturas.<br />
Esta elevada média não se pode só alcançar pela maior ou menor habilidade<br />
cirúrgica porque o tratamento das fracturas é talvez aquele que depende<br />
menos do êxito ou fracasso técnico de uma operação.<br />
8<br />
H08PIT~I8<br />
I"ORTl.'GUE8E8
<strong>III</strong><br />
Os primeiros ·cuidados com um fracturado, por mais perfeitos e comple~<br />
tos que sejam, deixam de ter qualquer valor se não se continuar o tratamento<br />
durante todo o tempo que levar a sua integral recuperação funcional.<br />
-Com efeito, o tratamento ulterior, pode ser mais importante que o tratamento<br />
primário.<br />
O tratamento do fracturado é pois uma cadeia de vários elos que deverão<br />
estar intimamente ligad~s, isto é, sob a mesma orientação.<br />
Diz um relatório do Comité de Estudos de Acidentes em Inglaterra que<br />
«as opiniões cirúrgicas mais autorizadas do País estão de acordo em recomendar<br />
o estabelecimento de Serviços especiais para fracturas». A organização<br />
e a disciplina terapêutica é pois indispensável.<br />
Mas na época actual, para um Serviço de Fracturas estar completo, é<br />
necessário possuir e manter grande e dispendiosa aparelhagem porque não<br />
só se criaram muitas inovações nos métodos de tratamento mas também se<br />
tornaram mais extensos os conceitos intervencionistas com as novas possibilidades<br />
que os antibióticos vieram trazer á prevenção e tratamento das infecções,<br />
e com o aperfeiçoamento dos materiais de síntese óssea no sentido da sua maior<br />
resistência e perfeita tolerância.<br />
É portanto, em resumo, maior o movimento operatório nos fracturados,<br />
mais variada a aparelhagem usada, mais especializada e mais técnica a sua<br />
aplicação.<br />
O sistema até agora adoptado de tratar as fracturas em salas de cirurgia<br />
geral debaixo da rotina cirúrgica geral, é gravemente defeituoso.<br />
Os resultados são muitas vezes desastrosos não porque os cirurgiões careçam<br />
de habilidade, mas porque esta habilidade não se aplica no momento em<br />
que é mais necessária nem nas condiÇões mínimas essenciais para haver êxito.<br />
Isto quer dií~er que tem de haver um serviço especializado, independente<br />
dos outros serviços gerais de cirurgia que esteja pronto a receber o fracturado,<br />
desde o primeiro minuto da sua fractura até ao primeiro dia em que<br />
retoma, completamente curado, as suas anteriores funções.<br />
Isto quer dizer que tem de haver um serviço de 24 horas, um autêntico<br />
serviço de banco, que proporcione ao fracturado, com pessoal especializado:<br />
1. 0 Uma sala de observação e reanimação.<br />
2. 0 Uma sala de Raios X .<br />
3. 0 Uma sala para aplicação de aparelhos gessados com toda a aparelhagem<br />
para redução de fracturas, com controle de radioscopia.<br />
4. 0 Uma sala de operações própria com mesa ortopédica e munida de<br />
todo o moderno instrumental cirúrgico.<br />
5. 0 Uma enfermaria que o possa receber nas condições exigidas pela<br />
intervenção feita.<br />
Estas condições podem ser as mais ·variadas, visto que, desde as simples<br />
extensões com adesivo até às mais complicadas suspensões em camas especiais,<br />
providas de arcos de Bôhler, com fios e estribos de Kirschner, com talas<br />
de Thomas ou goteiras de Braun, com tracções esqueléticas ao crânio, desde o<br />
simples inalador de oxigénio permanente até à estufa modelo arco de luz com<br />
a cama esterilizada para os queimados, passando pelas drenagens com irrigação<br />
contínua tipo Carrel, com solutos antisépticos, tudo é possível aparecer<br />
de repente em traumatologia.<br />
Enfermarias com toda esta variedade de tratamentos prestam-se até a<br />
ministrar o ensino prático da enfermagem.<br />
Foi dentro deste critério e muito bem_ que se estabeleceu a enfermaria<br />
-escola da Escola de Enfermagem Dr.· Ângelo da Fonseca que funciona já há<br />
quase um ano nos Serviços de Ortopedia Homens e que tem preparado ultimamente<br />
muitos e bons enfermeiros orientados pelos monitores Cândido da<br />
Silva e Alberto Mourão e superiormente dirigidos pelo Enfermeiro-Geral<br />
Senhor José Teles que, sempre com o maior entusiasmo, lhes tem dispensado<br />
o melhor do seu esforço e saber.<br />
Não é demais frizar que os bons resultados obtidos, nalguns trabalhos<br />
realizados ultimamente, seriam impossíveis sem eles, sem estes indispensáveis<br />
colaboradores sempre prontos a acatar as inovações introduzidas e a fàcilmente<br />
se adaptarem a elas pela sua perfeita preparação técnica.<br />
Um serviço organizado obedece mais ou menos a um esquema determinado,<br />
esquema que se pode resumir assim:<br />
Observação ~ ----> I Secretarias I<br />
Reanimação I Gessos<br />
-----><br />
t<br />
I<br />
o<br />
lOS<br />
C.J-<br />
~<br />
:õ<br />
os<br />
Q)<br />
...<br />
Q)<br />
"O<br />
...<br />
o<br />
~<br />
o<br />
u<br />
'-<br />
Por este esquema se pode verificar que uma vez o doente internado e<br />
depois de observado vai girar, digamos assim, dentro de dois círculos.<br />
O primeiro constituído pelos elementos Raios X, Sala de Gessos, Enfermoria<br />
de Observação e novamente Raios X , onde se comprova se há necessi-<br />
10 DOSPITU8<br />
PORTUGUESES<br />
J I
dade de mais alguma intervenção. Se a houver, o doente ou continua dentro<br />
do mesmo círculo, isto é, Gessos, Enfermaria, Raios X, ou entra no segundo<br />
círculo constituído então · pela Sala de _Operações, Enfermaria de Observação,<br />
Raios X .<br />
Estes percursos com o doente continuarão até que· esteja finalmente em<br />
boas condições, isto é, com a sua fractura perfeitamente reduzida e contida.<br />
Nessa altura passará então para a enfermaria de estágio que está em comunicação<br />
directa com a Sala de Fisioterápia e onde ficará internado até poder<br />
passar para o Centro de Reabilitação. Deste sairá então com alta definitiva<br />
e curado.<br />
O Centro de Reabilitação constitui uma parte muito importante nesta<br />
cadeia de tratamento do fracturado. O seu interesse e o seu funcionamento<br />
farão parte de um próximo artigo a publicar.<br />
É mais ou menos neste sistema que há, no nosso País, já alguns Serviços<br />
montados. Em Lisboa, onde especialmente se tem desenvolvido a Traumatologia<br />
dentro da orgânica actual, há por exemplo, os Serviços do Hospital<br />
de S. José, os do Hospital Militar da Estrela, os do Hospital da Misericórdia<br />
e os do Hospital da Cuf.<br />
Entre nós e graças às últimas medidas levadas a efeito pelo digníssimo<br />
Director dos <strong>Hospitais</strong> da Universidade, Ex.mo Senhor Prof. Doutor João Porto,<br />
dotando estes com uma explêndida sala operatória equipada com todos os ele-<br />
. metos necessários à eficácia da moderna traumatologia e ainda, nunca é demais<br />
repeti-lo, à perfeita compreensão que da mesma tem o nosso Director de Serviços<br />
Ex. mo Senhor · Prof. Doutor Bissaya Barreto, a quem com profundo reconhecimento<br />
devemos todas as facilidades e os seus sempre preciosos ensinamentos<br />
científicos, entre nós, dizíamos, já trabalhamos quase dentro do sistema<br />
apontado, o que veio trazer um notável aumento de melhores resultados nas<br />
intervenções cirúrgicas realizadas. E estas foram senão em número avultado,<br />
pelo menos em número razoável, como se pode avaliar pela enumeração dos<br />
trabalhos efectuados nos Serviços, desde Janeiro deste ano, altura em que começou<br />
a funcionar a nova sala de operações a que atrás nos referimos e que foram<br />
os seguintes:<br />
Horn. Mulh.<br />
Redução de fracturas da coluna na mesa de Albee .<br />
Larninectomias descompressivas por fracturas da coluna .<br />
Artroplastias escapulo-humerais<br />
Reduções sangrentas de luxações escapulo-humerais .<br />
Osteosínteses de clavícula<br />
Osteosíntese coraco-clavicular segundo a técnica de Vere-Hodge<br />
por fractura-luxação acromio-clavicular<br />
Osteosínteses do húmero<br />
4 1<br />
1 1<br />
1<br />
2<br />
6<br />
1<br />
3<br />
Sala operatória especial para traumatologia recentemente inaugurada<br />
·~<br />
UOSPIT41S<br />
.PORTUGUESES 13
Enxertia óssea por pseudartrose do húmero.<br />
Suturas osteo-periósticas com cat-gut ou arame por fracturas<br />
de olecrânio<br />
Artoplastias do cotovelo<br />
Reduções sangrentas de luxações do cotovelo .<br />
Redução operatória de fractura do epicondilo humeral e fixação<br />
com fio de Kirschner<br />
Osteosínteses do antebraço<br />
Enxertias ósseas por ausência da diáfise cubital .<br />
Reduções sangrentas de luxações interfalângicas .<br />
Desarticulações de falanges .<br />
Artodréses coxo-femurais segundo a técnica de Albee .<br />
Encavilhamentos do colo do fémur com cravo de Smith-Petersen<br />
Enxertias ósseas do fémur por pseudartroses .<br />
Osteosínteses do fémur .<br />
Encavilhamentos medulares do fémur com cravos de Kuntscher<br />
Artrodéses do joelho·<br />
Meniscectomias externas de Bosworth<br />
Enxertias ósseas da tíbia por pseudartroses<br />
Osteosínteses da tíbia<br />
Artrodéses tibio-társicas<br />
Osteotomias de correcção<br />
Tenotomias e alongamentos tendinosos<br />
Redução e contensão de fracturas com cravos, por transficção<br />
óssea, segundo a técnica de Roger-Anderson .<br />
Sequestrectomias e curetagens por osteítes crónicas.<br />
Excisão de trajectos fistulosos .<br />
Extracções de material de osteosíntese com fractura bem consolidada<br />
.<br />
E xtracções de material de osteosíntese com intolerância e osteíte<br />
Reduções de fracturas sob controle de radioscopia .<br />
Totais<br />
E xtensões esqueléticas ao crânio por fractura cervical .<br />
Extensões com fios e estribos de Kirschner .<br />
Punções articulares .<br />
Infiltrações novocainicas do simpático lombar<br />
Infiltrações de trajectos fistulosos .<br />
Totais<br />
Horn.<br />
1<br />
3<br />
1<br />
3<br />
1<br />
2<br />
2<br />
1<br />
1<br />
1<br />
4<br />
1<br />
1<br />
1<br />
2<br />
10<br />
1<br />
2<br />
2<br />
4<br />
14<br />
11<br />
15<br />
2<br />
9<br />
101<br />
Mulh.<br />
1<br />
1<br />
1<br />
2<br />
1<br />
3<br />
1<br />
4<br />
4<br />
3<br />
3<br />
5<br />
29<br />
1<br />
8 3<br />
12 7<br />
4<br />
42 8<br />
67 18<br />
Aparelhos gessados toraco-braquiais .<br />
Coletes gessados .<br />
Calções gessados por fracturas dos ossos da bacia .<br />
Aparelhos gessados de antebraço<br />
Aparelhos gessados de côxa (espiga de Withmann) .<br />
Aparelhos gessados de pernas com estribo ·de marcha<br />
Aparelhos gessados de pernas sem estribo de marcha<br />
Totais<br />
Horn.<br />
4<br />
8<br />
3<br />
8<br />
13<br />
7<br />
14<br />
57<br />
Mulh.<br />
1<br />
3<br />
1<br />
5<br />
6<br />
Desta longa lista destacamos as reduções de fracturas d~ coluna na<br />
mesa de Albee, os encavilhamentos do colo do fémur com cravos de Smith<br />
-Petersen, os encavilhamentos· medulares de Kuntscher, a redução e a contensão<br />
de fracturas c.om a aparelhagem e a técnica de Roger-Anderson e as reduções<br />
de fracturas com controle de radioscopia, intervenções que não se poderiam<br />
ter realiz'ado sem as novas instalações que atrás referimos.<br />
Foram estas intervenções que constituíram o nosso progresso e se é verdade<br />
que não foram muitas o que se explica pela pequena capacidade de internamento<br />
dos Serviços, pela relativa raridade dos casos em que se aplicam e<br />
pelo curto prazo a que se referem, o que é certo é que a sua realização representa<br />
um notável avanço no problema da traumatologia em Coimbra.<br />
Podemos pois afirmar que muito se progrediu mas sabemos também<br />
que ainda temos muito que melhorar, não para atingir a perfeição porque essa,<br />
não é humana, mas para, pelo menos, chegarmos ao ponto de podermos afirmar<br />
com consciência, sermos iguais aos melhores e continuar assim as tradições<br />
que a Escola de Coimbra sempre soube manter e a que tem pleno direito.<br />
ANTÓNIO PEREIRA SOARES<br />
FABRICANTE DE MATERI AL H OSPITALAR - APARELHA GEM<br />
PARA LABORATÓRIOS, S AL AS D E OPERAÇÕES E CONSUL<br />
T ÓRIOS MÉDICOS- I NS TALAÇ ÕES SA N ! T Á R I A S, ETC.<br />
Telefone 26662<br />
PORTO<br />
* Rua Alvares Cabral, 47 *<br />
8<br />
24<br />
141<br />
IIOSPIT.&.IS<br />
PORTUGUESES<br />
lõ
. Ainda o Re~isto .tl(lJninistt•ativo dos<br />
doetates<br />
Pelo Dr. CORIOL<strong>ANO</strong> FERREIRA<br />
1 - O artigo que publicámos sobre este assunto no<br />
último número de «<strong>Hospitais</strong> <strong>Portugueses</strong>», despertou um<br />
simpático movimento de interesse: Foram muitos os hospitais<br />
que escreveram a pedir colecções de impressos e a<br />
expor dúvidas e sugestões.<br />
Quanto às dúvidas, além, da resposta: indiyidual e<br />
imediata que demos aos nossos consulentes, parece-nos conveniente<br />
tratar publicamente as mais insistentemente apresentadas,<br />
certos de que a muitos outros aproveitará. Assim:<br />
A -Esclarece-se que o rectângulo quadripartido que. se vê no rosto do<br />
modelo n. 0 2, a páginas 9 do número 9 de «<strong>Hospitais</strong> <strong>Portugueses</strong>», se destina<br />
à classificação estatística internacional das doenças (Portaria n. 0 6.983, de 15<br />
de Dezembro de 1930), nas suas duas formas- especificada e abreviada- e<br />
bem assim da profissão, estado e idade dos doentes.<br />
B -Este bloco de admissão emprega-se apenas para o caso de internamento<br />
e não de simples consulta externa. Satisfazendo o pedido de um<br />
consulente, publicamos mais adiante os modelos de registo para consultas<br />
externas.<br />
C- Como se disse, os modelos não são rígidos. Cada hospital deve<br />
adaptá-los às suas necessidades especiais e aperfeiçoá-los, pois não temos a<br />
ilusão de que eles constituam a última palavra.<br />
Quanto a sugestões, entre várias recebidas, temos de destacar uma do<br />
nosso presado colaborador, Dr. Manuel Sarafana. Concordando com o princípio<br />
do bloco, sugere algumas modificações curiosas, como sejam: ·a inserção<br />
de uma pequena árvore genealógica do doente na qual se reconstitua a história<br />
sanitária da família; a colocação de casas numeradas de 1 a 31 ao longo das<br />
margens dos impressos, para marcar a data de entrada e saída do doente, e<br />
ainda casas semelhantes para a indicação dos nomes.<br />
Transmitimos gostosamente estas lembranças aos nossos leitores por<br />
merecerem indiscutivelmente estudo interessado.<br />
I Nome:<br />
l<br />
N.•<br />
Serviço<br />
Entrada de<br />
de r949 às h. Saída<br />
Estado civil:<br />
Idade: Profissão<br />
de<br />
de •94<br />
Natural do cone.<br />
Freg.<br />
Lug._<br />
Resid. no cone.<br />
Freg.<br />
Lug.<br />
Rua<br />
N.•<br />
PAI:<br />
natural<br />
Idade<br />
~ "' resid.<br />
tem emprego? Qual?<br />
fE MÃE.·<br />
natural<br />
Idade<br />
resid.<br />
tem emprego? Qual?<br />
li<br />
C6N]UGE<br />
natural<br />
Idade<br />
resid.<br />
prof.<br />
Dur. do casamen. Filhos do casa~en.: Nado-vivos: Nado-mortos: Ainda vivos<br />
Entrada por:<br />
Obs.<br />
CVNSULTA lXTl~NA<br />
O Encarregado do Registo'-······· ··········-·······--····<br />
Data da primeira consulta: de .......................... : ...................... de I94 ... ..<br />
Diagnóstito: ........................................................................................................................ ..<br />
Dl<br />
·········· ............................ . ················-·········· .... .... ··········································--·--······················-··········<br />
Prescrição : .................................... .............................. . --··················· ·········-·······-············ ······· ··················································<br />
Clínico :<br />
INTl~NAMlNT()<br />
Em. ............ J ........... /.............. com o n.o .....................<br />
Urgente? ........................... Ordinário ?........................... Secção .............................. Enj.n ..............<br />
Banho? ........... Dieta: ..........................................................................................<br />
Diagnóstico de admissão: ···········································-<br />
·····························<br />
Tratamento ............................... ..... .. ........................... .............................. ..............................<br />
;Ji~j·;~ · :..... .......<br />
li<br />
2 -De harmonia com o prometido e, satisfazendo o desejo de alguns<br />
leitores, vamos agora estudar a aplicação do sistema de bloco ao registo de<br />
consulta externa.<br />
Haverá igualmente em todos os impressos do bloco uma parte comum<br />
-precisamente a mesma que foi publicada no número anterior- e que se<br />
!I<br />
Observações: ........ _.:::::::::::·:..:·::::·: :::::::·:·.::::·::::::::....::::·.::.::::·::.:::::·::..:.·:.::::::·.::::::::.·::::.::::::::::::::::..::::·::.·:.·:.·:.·: ..·......<br />
O Clínico : ..................................................................................................................................... .<br />
. (Rosto)<br />
JG<br />
HOSPITAIS<br />
PORTUGUESES<br />
"<br />
J'J
I<br />
Data N.o ____ T_ra_t_a_m_e_n_t_o _____ :--D_a_t_a_ _ j~ ____ T_r_at_a_m_e_n_t __ o ____,<br />
·················-········ ··············\···································································<br />
·_-_·_·_·_·_·_·_·_·_·_·_·_·_·__·__:·.·_·_·_·_·_r::.:::·..·::_.:::......::.::.·...:.::..::.:..:.:.:........:...-..<br />
················<br />
....... .................. ············· ···· ············ ···-······-················· ·············· .. I ······-··················<br />
....................... .......... . .... .. ..... ······ I<br />
-····· ································--·-··········-- ····-··········<br />
····················································--······ ······<br />
....................................... ····································································\··························· !····· ········ ·················'·· ... ···· ·········<br />
·············-············· ............. ····· .................................................. .--<br />
···························· ............ ··········-················ ························-·············<br />
............................................................. -···<br />
········-················ ···········- .......·.............................. ............................<br />
································································<br />
··························· ............................................................................. -,<br />
.......... . ................. ..........................<br />
............ ! ..... ··········· ·························-·<br />
·········································I········· ········ ··· ··········· ····· ·· ·· · · ···~<br />
Alta em ........... de .............................................. ...... de 194 ......... · N.• total de tratamentos ...................... .<br />
Estado à data da alta .................................................................................................................................. : .............................................. -<br />
~<br />
O Director da C onsulta :..............................................'...................:................................................................................<br />
(Verso)<br />
repete em tantos impressos independentes quantos os arquivos que, em cada<br />
hospital, estejam a funcionar.<br />
Normalmente bastam duas vias: uma para o arquivo da repartição que<br />
fez a admissão e outra para o ficheiro geral de doentes.<br />
Além destes dois impressos, o bloco terá um terceiro, sem dú~ida o mais<br />
importante, cuja reprodução se dá nas páginas seguintes.<br />
Como se vê, pela sua análise imediata, trata-se de uma simples folha,<br />
em papel que consinta a escrita de ambos os lados, sem perigo de transparência.<br />
No rósto, a composição tipográfica é dividida horizontalmente em três<br />
zonas. A primeira é, como se disse, a parte comum de todos os impressos e destina-se<br />
apenas à identificação do doente. A segunda destina-se a ser preenchida<br />
pelo m édico, logo no prim eiro exame. A terceira só será preenchida, na<br />
hipótese de o doente acabar por ser internado. O verso da folha está preparado<br />
para nele se registarem diàriamente os tratamentos que vão sendo feitos<br />
ao doente. Vejamos agora o funcionamento efectivo do sistema :<br />
Quando o enfermo é a dmitido à consulta, o empregado administrativo<br />
colocará na máquina de escrever um bloco de três impressos: dois do modelo<br />
de páginas 8 do número 9 desta revista, e um maior, do modelo integrado<br />
neste artigo.<br />
Preenche-se imediatamente, e de uma só vez, a p arte comum dos três<br />
impressos, fi cando assim lan çada, em triplicado, a identificação do paciente.<br />
D epois, o mesmo empregado separa os pap éis : a folha grande acompanha<br />
o doente ao m édico e serve de ordem para o exame ; um dos out ros<br />
impressos vai para o ficheiro geral e o resta nte fica no arquivo da repartição<br />
que deu a entrada.<br />
O médico, dep ois de examinar o doente, lançará o resumo das observações<br />
desse primeiro exame na zona central do rosto desse impresso. Em seguida<br />
irá lançando, ao fim de cada tratamento, a nota correspondente no verso da<br />
mesma folha. Se, porventura, em qualquer momento for decidido o internamento<br />
do doente, preencherá a zona inferior do mesmo impresso qu e, constituirá<br />
assim a ordem clínica de admissão.<br />
Quando o doente abandona a consulta, esta folha voltará à administração<br />
para contagem estatística dos tratamentos feitos e arquivo .<br />
Para a contagem estatística dos tratamentos, procede-se assim:<br />
Contam-se todos desde a data da primeira consulta até que ao doente<br />
tenha sido dada a alta clínica. Se, depois da alta, esse indivíduo voltar ao<br />
hospital, abrir-se-á novo registo e nova contagem, como se fosse um doente<br />
inteiramente novo.<br />
Aqui ficam ligeiros apontamentos sobre o registo administrativo dos<br />
doentes. E a revista fica igualmente à disposição dos leitores para informações<br />
e esclarecimentos complementares.<br />
1 8 D OSPITA.IS<br />
PORTUGUESES<br />
19
Em Portugal já se fabricam seringas que<br />
rivalizam com as melhores estrangeiras<br />
Experimente as seringas das marcas<br />
. LUA e SlST, LUER VN- 9, fabricadas por<br />
Vidros Clínicos L da<br />
I BEM OS~'t\.rr J(jO I<br />
101<br />
I ~~ ,.r R Ll L I<br />
ESPINHO<br />
Abastecedores dos <strong>Hospitais</strong> Civis de Lisboa,<br />
<strong>Hospitais</strong> da Universidade de Coimbra, Casas<br />
de Saúde, Sanatórios, etc.<br />
Garantem todas as seringas contra defeitos de fabrico<br />
ou estilhaça~ento durante a esterilização<br />
ex - N A F TI L A M lN A - 4 - S U L F O N ATO D E S Ó D I O A 1 0 0; 0<br />
©<br />
·~=======================================•<br />
LOTJlR IAS POPULARES<br />
(Uma extracção em cada mês)<br />
t.o PRÉltiiO = GOO (jO~TOS<br />
PARA APLICAÇÃO<br />
!INTRAVENOSA<br />
INTRAMUSCULAR<br />
LOCAL<br />
Um décimo por g$oo, habilita a 6o contos<br />
Meio-bilhete, » 45$oo, » » 300 »<br />
Um bilhete, » go$oo, » » 6oo »<br />
©<br />
Compre bilhetes ou fracções destas lotarias, mas, no seu próprio interesse,<br />
verifique sempre se têm o CARIMBO dos Estabelecimentos da<br />
Uasa da Sorte.<br />
LISBOA e PORTO e COJ<strong>III</strong>DRA e<br />
LABORATÓRIO ATRAI.~<br />
AVENIDA GOMES PHREII
LI) )<br />
Por ALBERTO MOURÃO<br />
Monitor da Escola Dr. Angelo da Fonseca<br />
O uso das ligaduras é bastante<br />
remoto e, por isso, não é em vão que<br />
se recua ao passado à procura de elementos<br />
concretos que se nos apresentem<br />
para conseguir um estudo relativamente<br />
perfeito dos métodos seguidos<br />
no tratamento das feridas e<br />
na contenção de pensos.<br />
Com efeito, após algumas buscas<br />
infrutíferas, conseguimos encontrar,<br />
por entre a poeira dos livros velhos,<br />
uma indicação útil: a de que podiamos<br />
retroceder aos grandes tempos<br />
da Grécia para iniciarmos a nossa<br />
investigação documentada em Hipócrates.<br />
O uso das ligaduras remonta,<br />
contudo, aos tempos mais primitivos<br />
da humanidade, porquanto o homem,<br />
diremos que com a sua inteligência<br />
em embrião, vivia no estado selvagem,<br />
não tinha armas e utilizava grutas<br />
naturais ou esconderijos onde os próprios<br />
exemplares da fauna pré-histórica<br />
o procuravam e contra os quais<br />
se defendia em ferozes lutas de corpo<br />
a corpo. Daqui, admitiremos a hipótese<br />
incontestável de que muitas vezes<br />
se haveria de ferir ou tombar exânime<br />
pela possível desigualdade de<br />
forças em contenda.<br />
Por outro lado, a natureza doou<br />
ao homem animais como auxiliares<br />
para a sua manutenção; e, mesmo<br />
esses monstros pre-históricos algumas<br />
vezes haveriam de ser batidos pela<br />
habilidade e astúcia do rei da criação,<br />
por lampejas da sua inteligência. A<br />
todos ele iria aproveitar a carne para<br />
alimento e com as peles procuraria<br />
revestir o corpo. As peles eram os<br />
únicos «tecidos» de que «confeccionava»<br />
as mais rudimentares vestes, e<br />
porque não havia outros temos que<br />
concluir que elas eram aproveitadas<br />
também para, intuitivamente, defender<br />
as carnes lesadas.<br />
Assim se teria mantido este estado<br />
de coisas por muito tempo, num progresso<br />
constante mas de lentidão<br />
absoluta, indubitàvelmente até à altura<br />
em que houve possibilidade de<br />
trocar as peles por panos. Para isso<br />
evoluiu a humanidade que se viu forçada<br />
a defender-se, criaram-se os mais<br />
variados instrumentos, quer em pedra<br />
-sílex-, quer em madeira, quer em<br />
ferro, etc., desde os utensílios de corte<br />
aos objectos de adôrno.<br />
E é caminhando por entre a lógica<br />
destas suposições que vamos encontrar,<br />
cerca de 5.000 anos A. C., ataduras<br />
de linho e algodão semelhantes<br />
às de hoje, manejadas dextramente<br />
pelos egípcios, que, na antiguidade,<br />
ligavam totalmente os seus mortos<br />
queridos como um dos primeiros tempos<br />
da mumificação. Era com esses<br />
tecidos que se cobriam, ou melhor,<br />
ligavam todas as mazelas. Como em<br />
muitos outros aspectos, a civilização<br />
IIOSPITJ\IS<br />
PORTUC.:l.ESES 23
-<br />
egípcia marca também, sob este ponto<br />
de vista, o seu real valor.<br />
Depois, nos áureos tempos da velha<br />
Grécia, cujos filhos ou eram soldados,<br />
valentes e heróicos, ou sábios<br />
ainda hoje apreciados e discutidos,<br />
aqueles, sempre em desandanças militares<br />
de vulto, ligavam os ferimentos<br />
recebidos com panos de cor vermelha,<br />
para que assim, na confusão das cores,<br />
não lhes faltasse o ânimo ao ver jorrar<br />
o próprio sangue. Para os mesmos<br />
efeitos, chegaram-se a usar vestes<br />
vermelhas por muitos outros cantos do<br />
mundo, até aos confins da infiltração<br />
da civilização grega.<br />
É desta Grécia, hoje tão pequena<br />
mas com um passado tão glorioso, que<br />
surge o primeiro estudo das ligaduras.<br />
Foi o pai da Medicina, assim chamavam<br />
na Idade Média a Hipócrates,<br />
quem, com efeito, estudou e passou à<br />
posteridade as noções, ainda hoje cor<br />
. rectas, de algumas técnicas clássicas<br />
(Fig. 3), além do estudo das suas<br />
generalidades.<br />
São de Hipócrates estas recomendações<br />
que nos apraz registar, porque<br />
pelo seu conceito mais parecem<br />
opiniões dos modernos tratadistas:<br />
«Que as roupas para as ligaduras<br />
sejam limpas, leves, suaves e em meio<br />
uso, mas de forma que possam sofrer<br />
tracção sem rasgar; que não tenham<br />
ourelas, nem costuras. ..<br />
A largura<br />
será de 3, 4, 5 ou 6 dedos atravessados,<br />
o seu comprimento o bastante<br />
para conter as diversas partes».<br />
Não é verdade que hoje ainda se<br />
procuram todas as qualidades mencionadas,<br />
de leveza, de suavidade, de<br />
higiene? E isto foi escrito há mais<br />
de 2.000 anos.<br />
O conselho de Hipócrates quanto à<br />
utilização de roupa usada na confecção<br />
de ataduras está conforme as<br />
exigências da época; elas eram prepa_.<br />
radas à medida das necessidades .que<br />
surgiam, rasgando tiras, de maiores ou<br />
menores dimensões, em peças de roupa<br />
que assim se inutilisavam. Esta doutrina<br />
prevaleceu por bastantes séculos<br />
e, apesar-de hoje, já no entardecer<br />
do século xx, serem confeccionadas<br />
habitualmente por apuradas técnicas<br />
industriais, ao serviço das casas da<br />
especialidade, consta-nos que, até há<br />
bem pouco, algumas dessas casas as<br />
forneciam ao público com todas as<br />
características apontadas por H~pócrates,<br />
inclusivé a de serem rasgadas<br />
de peças de roupa usadas.<br />
Nessa época também, visto que<br />
foi ainda no período áureo da Grécia,<br />
Galeno, outro nome ligado aos alvores<br />
da M edicina e grego como Hipócrates,<br />
escreveu um Tratado de Ligaduras.<br />
Certos dos seus conceitos não perderam<br />
com o tempo e como os do<br />
seu compatriota revelam tal grau de<br />
investigação que nã0 foi possível, até<br />
hoje, invertê-los (Fig. 5).<br />
Decorreram alguns centenares de<br />
anos a seguir sempre os métodos apresentados<br />
pelos dois sábios Atenienses,<br />
e só em 1598 um cirurgião francês,<br />
Amboise Paré, lhe consagra exclusivamente<br />
um tratado; a sua obra,<br />
em abono da verdade, limita-se a<br />
transcrever Hipócrates e Galeno.<br />
Em 1837, em pleno desenvolvi-<br />
menta da Medicina e Cirurgia, o<br />
assunto toma maior acuidade. É necessário<br />
rever o que está escrito, estudar<br />
novos métodos concernentes a<br />
acompanhar o movimento cirúrgico<br />
que prepara um avanço formal. Foi<br />
então que Paul N. Gerdy publicou<br />
o seu notável Traité des Pansements<br />
onde se ocupa de todos os pormenores<br />
das ligaduras, com elevado número<br />
de considerações acerca da sua<br />
contextura. É Gerdy quem nos fala,<br />
nessa altura e pela primeira vez, em<br />
ataduras de manufactura industrial,<br />
atribuindo aos alemães a · sua preparação.<br />
De então para cá essa indústria<br />
tomou tal incremento que só em<br />
casos excepcionais se recorre às improvisações<br />
com tiras de peças de<br />
roupa.<br />
Mais tarde, Jamain em 1873 e<br />
Chavasse em 1886 dedicam ao assunto<br />
capítulos especiais nas suas obras.<br />
Mas Chavasse suplanta tudo quanto<br />
se encontrava escrito e, mesmo hoje,<br />
ainda se recorre à sua obra para<br />
tomar conhecimento de técnicas (Figura<br />
2), sob todos os pontos de vista,<br />
perfeitas. Maissonet, pouco depois,<br />
aproveitou e melhorou os ensinamentos<br />
legados pelos autores já citados.<br />
Entre outros, devemos lembrar<br />
mais os nomes de Mayor, Guillemin,<br />
Percy, Rigal, Baudens, Velpeau, L.<br />
Petit, Schanz, pois que a qualquer<br />
deles se devem sistemas ou técnicas<br />
que . conseguiram e nos legaram na<br />
ânsia de melhorar ou aperfeiçoar a<br />
aplicação das ligaduras (Fig. 4).<br />
Com o sistema que criou (Fig. 1),<br />
Mayor procurou economisar, o que<br />
conseguiu; com um quadrado de pano<br />
ou um: lenço ligou todas as régiões<br />
do corpo onde fosse necessária a presença<br />
da ligadura. Rigal trabalhou<br />
também com a mesma ideia, e daí<br />
a proximidade dos dois sistemas.<br />
Cristmann, na sua Técnica Opera~<br />
tória, edição sul-americana do último<br />
decénio, apresenta trabalho condigno<br />
no que respeita a ligaduras; há mesmo<br />
inovações de apreciar em determinadas<br />
técnicas especiais.<br />
Em Portugal e no Brasil, Adolfo<br />
Possolo, Carlos Lopes e Alberto Costa<br />
compilam em obras suas os ensinamentos<br />
retro - mencionados. Outros<br />
livros lhes dedicam capítulos de maior<br />
ou menor envergadura; porém, é a<br />
«Enfermagem e T erapêutica Cirúrgicas»<br />
do Sr. Dr. Vasconcelos Arruda,<br />
que apresenta o melhor estudo sobre<br />
ligaduras, em língua portuguesa.<br />
E basta por aqui. O tempo corrigiu<br />
e ampliou o conhecimento da<br />
técnica das ligaduras; hoje, além da<br />
colaboração que presta verifica-se que<br />
a ligadura é também um ótimo meio<br />
terapêutico. Por isso o interesse que<br />
tem suscitado em todos os tempos e<br />
em todos os países e daí a razão deste<br />
modesto estudo.<br />
2 -1<br />
DOSPITUS<br />
I•OftTUGUESE~
-- -<br />
BCHTIRO DE FORNECEDORES RECOMENDADOS<br />
* Lacticínios de Aveiro, L, da- Produtos<br />
VougaSul: Manteiga, Queijo,<br />
Leite Pasteurizado.<br />
'<br />
* Viuva Matos & C.a, L,da -Armazens<br />
de Merce·arias, Vinhos, Azeites,<br />
Alimentação e Dietética<br />
Cereais, Legumes, Adubos e Sal.<br />
Fabricantes e Exportadores de Produtos<br />
Resinosos. Consignatários da<br />
~sonap». A ven. D. Carlos I- Lousã.<br />
Telef. 9259- Teleg.: Matos Filhos.<br />
Materiais e actividades de construção e instalação<br />
* Adérito Guimarães & Lima- Metais,<br />
Balanças, Fogões. Telef. 2757<br />
Telegramas: «AD LI»- Braga.<br />
* Fábrica Portugal S. A. R. L. -Metalurgia,<br />
Mobiliário Metálico. Regueirão<br />
dos Anjos, c:;6- Lisboa. Telefone<br />
47157/9- Telegramas: FIELSA.<br />
* Imperial Cromagem- Cromagem<br />
Tigre- António F1·ancisco Tigre- Mobiliário<br />
Metálico: Cirúrgico, Hospitalar.<br />
Marca Registada · ~Mobiliário<br />
Imperiab. R. Entreparedes, 35 a 39<br />
-Porto. Telefone 25415. Representante<br />
em Lisboa: M. Coimbra (Herdeiros),<br />
L,da. R. do Carmo, 43-r. 0 -E.<br />
* Singer Sewing Machine Company<br />
-Máquinas de costura de todos os<br />
géneros. Sede: Av. 24 de Julho, 42<br />
-Lojas e Agentes em todo o Pais.<br />
Telef. 64161 - Telegramas.: « Singer<br />
-Lisboa».<br />
* Aleluia & Aleluia (Fábricas A·leluia)<br />
-Materiais de Construção, Azulejos<br />
e louças sanitárias. Cais da Fonte<br />
Nova- Aveiro. Telefone 22 - Telegramas:<br />
Fábricas Aleluia.<br />
* Barboza & Carvalho, L,da - Fábrica<br />
de Estores «SOLCRIS» (estores<br />
de madeira e em duro- alumínio).<br />
Aços finos para construção e ferramentas.<br />
Materiais de construção e<br />
representações. Rua de José Falcão,<br />
6r - Porto. Telefone 25150,'1<br />
- Telegramas: SOLCRIS.<br />
* Costa & Irmãos, L,da - Ferro,<br />
Chapas de ferro e zincadas, Arames<br />
recosido e zincado, Arcos àe ferro,<br />
pregos, Madeiras nacionais e estrangeiras,<br />
etc. Rua Padre António<br />
Vieira, Sr - Porto. Telefone 52038,<br />
52039 e 15455- Telegramas: COSTI<br />
NHAS.<br />
* Standard Eléctrica- Material de<br />
sinalização e chamada para hospitais.<br />
Material telefónico. Avenida da lndia-<br />
Lisboa. Telefone 38171,6-Te<br />
.legramas: MICROPHONE- Lisboa.<br />
Material e aparelhagem médico-cirúrgica<br />
* A. G. Alvan- Gatguts-linbo e<br />
seda para sutura «Lukens». Rua da<br />
Madalena, 66-2. 0 - E - Lisboa. Telefone<br />
25722.<br />
* Cutelaria Polycarpo L, da - Mobiliário<br />
cirúrgico e dentário, Prothese,<br />
Estomatologia e reparação de todo o<br />
material, Instrumentos cirúrgicos e<br />
veterinários. 19, Rua S. Nicolau, 3L<br />
-Lisboa. Telefone 23989.<br />
* M. Coimbra, Herdeiros, Limitada<br />
-Material dentário, Instrumentos<br />
cirúrgicos e Mobiliário hospitalar.<br />
Rua do Carmo, 43-1. 0 - Lisboa. Telef.<br />
21341 - Teleg.: Lisboa Dentes.<br />
* Siemens Reiniger, S. A. R. L.<br />
-Aparelhos de Raios X, Electromedicina<br />
e Electrodentária. Rua de<br />
Santa Marta, 33-1. 0 - Lisboa. Telefone<br />
44329 - Teleg.: Electromed.<br />
Produtos químicos e farmacêuticos<br />
* Abbott Laboratórios, L.da- Especialidades<br />
Farn•acêuticas. Rua Joaquim<br />
António de Aguiar, 43-Rjc-D. 0 •<br />
Telefone pro v. 41426- Telegramas:<br />
ABBOTTLAB.<br />
* Alves & C. a (Irmãos) - Especialidades<br />
farmacêuticas, Material cirúrgi.co<br />
e de laboratório. Rua dos Correeiros,<br />
4r-2. 0 - Lisboa Telef. 27653<br />
-Telegramas: ALVESIRMÁOS.<br />
* Jayme Alves Barata, L.da- Material<br />
para Medicina, Cirurgia e Laboratório,<br />
Produtos químicos e farmacêuticos.<br />
RuaAurea, 124-r."- Lisboa.<br />
Telefone PPCA 31531- 3IS33- Telegramas:<br />
Farbaral.<br />
Tapeçaria, colchoaria e artigos de borracha<br />
* Baêtas, Irmãos - Fabricante de<br />
tapetes, carpetes e passadeiras de lã.<br />
Miranda do Corvo. Telefone 7333·<br />
* Fábrica de Borracha «Monsanto», L.da<br />
-Borracha:- Anilhas, botões ~ sanitas<br />
~ , guarnecimentos de rodas de<br />
marquezas, juntas «Unitas», ponteiras<br />
para bengala e muleta, rolhas<br />
para frascaria de laboratór;o, tapetes<br />
para lavabos, tubos de irrigador, tubagem<br />
diversa, válvulas para autoclismo,<br />
em boques para bidets, revestimentos,<br />
passadeiras e carpetes em<br />
todas as dimensões. Avenida 24 de<br />
Janeiro C. C. C. L.- Monsanto- Lisboa.<br />
Te!. 58.330- Teleg.: S. M. A. B.<br />
* Manuel Rodrigues Tavares- Fábrica<br />
de cobertores de lã (papa), Fios para<br />
tapetes, carpetes e para meias. Lãs<br />
para almofadas e colchões. Comércio<br />
de Lãs - Importação e Exportação.<br />
Manuel Rodrigues Tavares,<br />
Apartado n. 0 12- Guarda. Te!. 134<br />
- Telegramas: Cobertores.<br />
Vidraria, óptica e material fotográfico<br />
Mobiliário metálico, hospitalar e geral<br />
* Adelino Dias Costa & C.a, L.da<br />
(Fábrica Adico)- Mobiliário cirúrgico<br />
e hospitalar (Fábrica de). - A v anca<br />
-- Portugal. Telef. 2 - A v anca-Telegramas<br />
: Adico.<br />
( S eguej<br />
* Emílio de Azevedo Campos & C.a, L.da<br />
-Microscópios e óptica em geral,<br />
Material de vidro para laboratórios,<br />
Aparelhos para laboratórios. Porto,<br />
Rua de Santo António, 137-145- Lis-<br />
boa, R. Antero de Quental (ao Intendente),<br />
17-2. 0 • Telefone (Porto) 21812<br />
-Telegramas: EMIPOS - PORTO.<br />
(Segue)<br />
..,<br />
UOSPIT.4I8<br />
PORTUGUESES
* Fernando Neto Ferreira & C.a, L.da<br />
- «Labab>- Fábrica de vidros especializada<br />
na fabricação de material<br />
para laboratórios, tais como: Pipetas,<br />
provetas, buretas, copos com pé e<br />
bico, barómetros, albuninímetros, seringas<br />
hipodérmicas em vidro Pirex,<br />
balões, dissecadores, frascaria, etc.<br />
Aparelhagem para laboratórios de<br />
Física e Química. Um vidro Labal<br />
para cada utilização. Marinha Grande<br />
-Lisboa, Rua Rafael Andrade, 47·<br />
Telefone ( M. Grande) 137 - Telegramas:<br />
LABAL.<br />
Hitzemann & C. a, L.da<br />
Representantes para Portugal.<br />
Material fotográfico,<br />
reveladores e fixadores<br />
especiais para radiografia, papéis<br />
Raios X e cardiográficos, material<br />
para. câmara escura. Rua Sá da Bandeira,<br />
520-526 -Telefone 22135-22136<br />
Telegramas: AGFA-FOTO- Porto.<br />
* Vidros Clínicos, L.da - Fábrica de<br />
seringas h i podérmicas de Vidro neutro,<br />
Murano e Pirex. R. 14, n.o II73-1~;9<br />
- Espinho. _j<br />
I<br />
Um novo produto "L A B.,<br />
TRANSBRONOUIN1-GOTAS<br />
Calmante seguro da tosse<br />
J Albumina<br />
BASE: ) Diatomáceas<br />
\ Coloide siUcico<br />
COMPOSIÇÃO:<br />
T!MOLSULFONATO DE TRIET<strong>ANO</strong>LAMINA que<br />
actua como expectorante e desinfectante enérgico<br />
das vias respiratórias, associado ao DIET!L<br />
BARBITURATO DE CODEINA 1<br />
cujas propriedades<br />
calmantes estão de há muito comprovadas.<br />
I<br />
PRODUTO DE GRANDE EFICACIA NAS HEMORROIDAS,<br />
FISSURAS, PRURIDO ANAL E VULVAR<br />
Distribuidor para Portugal, Ilhas .e Colónias<br />
M. RODRIGUES LOUREIRO<br />
RUA DUARTE GALVÂ.O, 44--:-LISBOA<br />
LABORATÓRIOS "LAB,<br />
DIRECÇÃO TÉCNICA DO PROF. COSTA S IMÚES<br />
AV. DO BRASIL, 00-LlliBOA-NORTE<br />
HOSPITAIS<br />
· PORTUGUESES
* Ideias Pa·átieas<br />
1 - Sem qualquer intuito de reclamo,<br />
apresentamos a última criação da «American<br />
Hospital Supply Corp» em matéria de touca de<br />
cirurgia para enfermeiras. Trata-se de uma<br />
touca cómoda, muito justa, mas não incomodativa,<br />
que guarda todo o cabelo e se segura<br />
na parte de trás por uma banda elástica. É fácil .<br />
de tirar e pôr e de lavar. A figura que reproduzimos<br />
dá uma ideia perfeita.<br />
2 -Não é verdade, senhores directores e administradores<br />
que é um problema bicudo este dos carros rodados<br />
passarem por portas de corredores e enfermadas ?<br />
Mesmo que se usem portas de vai-vem, é muito difícil convencer<br />
o pessoal de que, não deve atirar os carros contra<br />
as folhas da. porta, mas deverá antes colocar-se à frente do<br />
carro e abri-las com as costas. Daí, o aspecto vergonhoso<br />
das portas dos nossos hospitais. Já se pensou pôr-lhes bandas de metal nos sítios<br />
onde o carro vai embater. Mas, pouco tempo depois, es.sas bandas estão amolgadas<br />
e com pavoroso aspecto. Os americanos inventaram portas automáticas ·<br />
que se abrem por efeitos de uma célula foto-eléctrica. Nós temos de resolver<br />
o caso mais simplesmente. Como ?<br />
Um professor universitário muito dado a Obras de Assistência descobriu<br />
o processo de fixar por baixo da m esa dos carros, à frente, ao meio e à rectaguarda<br />
pequenas rodas de borracha de ambos os lados, as quais saiem cerca<br />
de um centímetro para fora da m esa. Essas rodas são as que suportam o choque<br />
com as portas de vai-vem, abrem-nas sem as ferir e rodam sobre elas, não<br />
as deixando bater no carro, enquanto este vai passando.<br />
É simples e prático. Podem usar o processo, pois o dito professor nos<br />
informou de que não está disposto a registar a patente.<br />
~ ae~áo assisteJteial das Miset•leót·<br />
tlias<br />
Começamos hoje a publicar os resultados<br />
de um inquérito feito às actividades<br />
das Misericórdias portuguesas<br />
no ano de 1950. Por enquanto, vamos<br />
.abster-nos de comentários que reservamos<br />
para o final. Somente uma<br />
pequena nota: os números que adiante<br />
se publicam dirão aos nossos leitores<br />
quanto se poderia esperat das Santas<br />
1-MISERICÓRDIA DE CAMPO-MAIOR<br />
Casas, se fossem integradas num perfeito<br />
plano geral de assistência e Jhes<br />
facultassem os meios materiais indispensáveis.<br />
Finalmente, pedimos aos<br />
assinantes que ainda não devolveram<br />
o impresso de inquérito, o favor de o<br />
fazerem com urgência.<br />
Agora, o resumo do inquérito:<br />
Dirigentes: Provedor, Dr. José Joaquim Tello Rasquilha; Vice-provedor,<br />
Dr. Francisco da Silva Tello da Gama; Tesoureiro, Francisco Riba Aguiar;<br />
Secretário, Guilherme Tribers Ruiz; Vogais, Dr. Justo Garcia Pereira de Agrela,<br />
Mauro das Dores Alves, Luiz de Sousa Tello oa Gama, Francisco da Silva<br />
Rasquilho Júnior, José de Sousa Pereira da Gama, José Rodrigues Terrinca,<br />
João Martins Leitão, José Fernandes Moreira, José da Silva Dias, Tenente Joaquim<br />
António Durão Cainço, Dr. Francisco da Gama Pinheiro, Manuel Joaquim<br />
Correia.<br />
Tem esta Misericórdia, um asilo para inválidos que funciona numa<br />
magnífica quinta, nos subúrbios da vila. Para ali transitarão em breve os<br />
serviços do hospital. A capacidade do asilo é de 44 inválidos de ambos os<br />
sexos. No edifício do novo hospital foram gastos 106.217$00.<br />
Durante o ano de 1950, foram internadas 267 pessoas; consultas externas<br />
1.949 ; tratamentos no Banco, 2.678; injecções, 296; .o valor dos medicamentos<br />
subiu a 29.999$90; o das análises a 223$00 e o das radiografias a 530$00.<br />
R eceitas<br />
Saldo de 1949<br />
Próprias<br />
Subsídios<br />
Diversas<br />
Comparticipações<br />
557$81<br />
202.058$31<br />
24 .000$00<br />
7 1.386$80<br />
48.670$80<br />
346.673$72<br />
Despesas<br />
Pessoal .<br />
Material (obras)<br />
Assistência<br />
Diversas<br />
50.590$75<br />
150.199$95<br />
112.524$65<br />
1.928$60<br />
345.996$85<br />
30 IIO!iii"IT"IS ·<br />
POR'I'UGUESES<br />
31
2- MISERICÓRDIA DE MOURA<br />
Dirigentes: Provedor, José Garcia Nunes Mexia; Vice-provedor, José<br />
Eduardo Mexia de Al~eida; Tesoureiro, Américo Mexia Nunes Barata; Vogais,<br />
José Falcão de Sousa, António Martins, José Gamaliel Alves, António Fran<br />
'cisco Barroca e António Décio da Costa Felizardo.<br />
Foram internados 279 doentes ; consultas externas, ~.940 ; tratamentos,<br />
3.122; injecções, 6.436; medicamentos, 66.427$30; subsídios, 4.994$00.<br />
Receitas<br />
Saldo de 1949<br />
Próprias .<br />
Subsídios<br />
Diversas .<br />
705.508$46<br />
223.878$00<br />
118.773$00<br />
57.559$20<br />
1.105.718$66<br />
Despesas<br />
Pessoal<br />
Material<br />
Assistência<br />
Diversas .<br />
Saldo para <strong>1951</strong><br />
3-MISERICÓRDIA DE CASTELO RODRIGO<br />
45.960$00<br />
42.201$40<br />
240.319$05<br />
341.753$16<br />
435.485$15<br />
1.105.718$66<br />
Dirigentes: Provedor, Dr. Alexandre Machado; S ecretário, Viriato Abreu<br />
e Castro; Tesoureiro, P eres Augusto Soares ; Vogais, Ernesto Escalda e Álvaro<br />
Correia R ebolho.<br />
Esta M isericórdia estabeleceu u m curioso acordo com a Casa do Povo<br />
para fornecimento de m edicamentos aos sócios deste organismo corporativo.<br />
Os sócios da M isericórdia b eneficiam de um regime de descontos nos medicamentos.<br />
Foram internados 40 doentes; as consultas externas foram 246; os medicamentos<br />
atingiram 9.923$20 e os subsídios 5.046$40.<br />
Receitas<br />
Próprias<br />
Subsídios<br />
Diversas<br />
Comparticipações<br />
2.890$00<br />
31.500$00<br />
32.337$33<br />
266.224$60<br />
332.951$93<br />
Despesas<br />
Pessoal .<br />
Material<br />
Assistência<br />
Diversas<br />
8.478$10<br />
1.509$10<br />
43.917$25<br />
316.464$90<br />
370.369$35<br />
O casamento das enfcrmeh·as<br />
O ilustre deputado, Dr. José Guilherme de Melo e Castro, levantou<br />
num a das últimas sessões da A ssembleia Nacional o problema do casamento<br />
das enfermeiras que trabalham nos hospitais.<br />
Como se sabe, o decreto-1ei n . 0 31.913, de 12 de Março de 1942, declara<br />
no § 4." do seu art. 3. 0 que «o tirocínio ou prestação de enfermagem hospitalar<br />
feminina são reservados a mulheres solteiras ou viúvas sem filhos». E sta disposição<br />
passou depois ao decreto n. 0 32.612 que estabeleceu as bases da futura<br />
reforma das escolas de enfermagem e tem-se mantido em vigor, não obstante<br />
as críticas de que tem sido alvo.<br />
A questão é m elindrosa, m as parece-nos que o Dr. M elo e Castro a pôs<br />
com rara felicid ;;_de: com a felicidade e com a elegância que lhe são habituais.<br />
Não há dúvida de que a proibição de casar, impos ta a qualquer pessoa<br />
é uma violência contra a liberdade humana que só se justificará através de<br />
um superior interesse colectivo. É t;;mbém certeza averiguada a de que tal<br />
proibição aplicad a às enferm eiras é ruinosa do ponto de vista do aperfeiçoamento<br />
e especialização profissionais.<br />
Mas por outro lado, também está unânim emente assente que uma mulher<br />
casada, só em . condições excepcionalíssimas, poderá dar simultâneamente o<br />
máximo rendimen to como· enfermeira e a indispensável assistência pessoal ao<br />
seu lar- pelo menos com a ;:lctual organização dos serviços hospitalares.<br />
É questão a debater noutra ocasião a de saber se a vocação de enfermeira<br />
deverá, em todos os casos, excluir a vocação matrimonial.<br />
Por agora só nos parece necessário afirmar que formamos ao lado da<br />
tese do Dr. Melo e Castro e defendemos a liberdade de casamento das enfermeiras<br />
hospitalares, desde que se constitua com as enfermeiras casadas, um<br />
quadro especial que lhes reduza as horas de trabalho diário e as liberte de outros<br />
serviços que se averigue serem incompatíveis com a normal vida de família<br />
de que essas enfermeiras são amparo.<br />
E creio que connosco está muita gente boa.<br />
(Continua).<br />
:n<br />
IIOSPIT.&IS<br />
PORTUGUESES<br />
a a.
. Actividades Siutllcais<br />
1-A Delegação do Sindicato Nacional<br />
dos Profissionais, em Coimbra,<br />
tomou a benemérita iniciativa de promover<br />
reuniões periódicas para discussão<br />
dos problemas da profissão e<br />
para aperfeiçoamento técnico dos seus<br />
associados.<br />
Costumam realizar-se no Salão<br />
Nobre dos H. U. C. e nelas tomam<br />
parte enfermeiros dos hospitais, casas<br />
de saude e particulares e ainda os alunos<br />
de várias escolas de enfermagem.<br />
Há mesmo profissionais que se desl<br />
ocam de localidades várias para<br />
assistirem a estas reuniões. Foram já<br />
realizadas 5 sessões e outras estão em<br />
preparação.<br />
As nossas felicitações à sua direcção<br />
por tão útil iniciativa.<br />
2- No dia 27 de F evereiro procedeu-se<br />
à eleição dos corpos gerentes<br />
do sindicato para o triénio .de <strong>1951</strong>-<br />
-1954, sendo eleitos os seguintes profissionais:<br />
Assembleia geral, Luiz Ernesto da<br />
Silva Rosa, Júlio dos Santos Pimenta,<br />
Irene Lourenço Ribeiro, Pulquério<br />
Martins de Almeida, Jorge Alberto<br />
Rodrigues e Maria Olívia Alarcão.<br />
Direcção, Manuel Leitão .Branco,<br />
Fernando Cabrera, Maria José Mascarenhas,<br />
Novais e Ataíde e Maria<br />
Engrácia Coelho.<br />
Aos novos eleitos os nossos cumprimentos<br />
e desejos de acção proveitosa<br />
a favor da enfermagem.<br />
3- Consta-nos que os novos corpos<br />
gerentes têm em preparação um<br />
plano de actividades notável para<br />
defesa dos direitos dos enfermeiros e<br />
para a sua valorização profissional.<br />
B em necessário é.<br />
pelo ilustre membro do governo que<br />
presidia.<br />
-Está em preparação uma viagem<br />
dos alunos finalistas ao centro<br />
do país, para visitar alguns estabelecimentos<br />
de ensino e assistência de<br />
reconhecido interesse.<br />
Escola Dr•. r\ugclo tb Fonseca-<br />
Coimb•·a<br />
- D epois do período de preparação<br />
teórica e observação, tomaram<br />
conta da enfermaria-escola as alunas<br />
admitidas no ano corrente. A enfermaria<br />
foi convenientemente adaptada<br />
às necessidades do ensino de enfermagem.<br />
-No dia 16 de Março realizou-se<br />
a cerimónia da imposição do véu às<br />
novas enfermeiras e foi colocada uma<br />
imagem de S. João de Deus na enfermaria-escola<br />
masculina.<br />
De manhã, houve comunhão geral..<br />
A seguir, as alunas ofereceram o pequeno<br />
almoço no seu Lar a dezenas de<br />
convidados. À tarde, sob a presidência<br />
do Sr. Arcebispo-Bispo Conde<br />
efectuou-se a imposição dos véus, de<br />
que damos aqui uma curiosa fotografia.<br />
NOTÍUI~S<br />
DAS ESUOLAS<br />
Escola 'l'écnica tle Ealfe•·melras-Lisboa<br />
-Realizou - se nesta Escola, no<br />
dia 13 de Fevereiro, a cerimónia habitual<br />
da graduação das enfermeiras<br />
.que terminaram o curso em 1950.<br />
Presidiu o venerando Chefe do Estado<br />
e estiveram presentes os srs. Ministro<br />
da Educação Nacional, reitor<br />
da Universidade Clássica e outras<br />
individu~lidades . Falaram o Dr. Tos<br />
-cano Rico, D . Fernanda Alves Dinis e<br />
D. Maria Ofélia Emanz Leite Ribeiro.<br />
O Prof. Francisco Gentil entregou às<br />
novas enfermeiras o seu diploma e a<br />
directora da Escola impôs-lhes o emblema.<br />
I~scola AJ•tur· RavaJ•a<br />
-Lisboa<br />
-Em sessão presidida por S. Ex.•<br />
o Subsecretário de Estado da Assistência<br />
Social, foram entregues os diplomas<br />
e prémios anuais aos alunos<br />
dos últimos cursos de enfermagem.<br />
O director, Dr. Luiz Adão, expôs elegantemente<br />
o trabalho da Escola que,<br />
a final, foi devidamente apreciado<br />
IIOSPIT~IIi
,<br />
FRIGORI FI COS<br />
PARA ENTREGA IMEDIATA<br />
·Inscrição dos médicos especialistas<br />
O decreto-lei n. 0 38.213, de 26 de<br />
Março de <strong>1951</strong>, fixa os termos em que<br />
os médicos poderão obter o título de<br />
especialistas.<br />
Os exames são feitos perante a<br />
Ordem dos Médicos, em concursos<br />
abertos anualmente.<br />
São legalmente reconhecidas as<br />
seguintes especialidades: análises clínicas,<br />
anestesiologia, cardiologia, cirurgia<br />
geral, dermato - venereologia,<br />
doenças tropicais, estomatologia, fisioterapia,<br />
gastro-enterologia, ginecologia,<br />
neurologia, obstetrícia, oftalmologia,<br />
ortopedia, otorrinolaringologia,<br />
pediatria, psiquiatria, radiologia, tisiologia<br />
e urologia.<br />
É permitido acumular o exercício<br />
das especialidades de cirurgia-gera~ e<br />
gastro-enterologia, cirurgia geral e<br />
urologia, cirurgia-geral e ginecologia,<br />
cirurgia-geral e ortopedia, ginecologia<br />
e obstetrícia e neurologia e psiquiatria.<br />
Aparelhos I'eceptoJ•es tia<br />
T. S. F.<br />
O art. 19. 0 , n. 0 4. 0 , do decreto-lei<br />
n. 0 38.293, de 9 de Junho do ano cor-<br />
36<br />
rente isenta . de taxa de licença de<br />
radiodifusão os hospitais, asilos, colónias<br />
de férias, associações de beneficência,<br />
sanatórios do Instituto de<br />
Assistência Nacional aos Tuberculosos<br />
e da Assistência aos Tuberculosos<br />
do Exército e da Armada e quaisquer<br />
outros estabelecimentos de assistência.<br />
Estas entidades são obrigadas a<br />
requisitar a licença mediante o preenchimento<br />
do boletim habitual que<br />
serão acompanhados dos documentos<br />
comprovativos da sua natureza. Por<br />
outro lado, ficam sujeitas às demais<br />
obrigações inerentes aos subscritores,<br />
com excepção da taxa.<br />
Socorro social<br />
O decreto-lei n. 0 38.216, de 5 de<br />
Abril, altera a redacção dos ·arts. 12. 0<br />
e 17. 0 do decreto-lei n . 0 38.128, de 30<br />
de D ezembro de 1950.<br />
P elo novo regime, a aplicação do<br />
Fundo fica dependente de despacho<br />
do Ministro do Interior. O Director<br />
-Geral da Assistência outorga em<br />
todos os actos e contratos necessários<br />
à sua administração e autoriza despesas<br />
. até 1.000$00.<br />
DOSPIT~IS<br />
5 modelos de diferentes capacidades<br />
ELECTROLUX, LIMITADA<br />
LISBOA<br />
PORTO<br />
Rua Pascoal de Melo, 7 Praça da liberdade, 123<br />
.Telefs.: 4837B-sosr6-54I3o Telefs.: 25436-7<br />
PORTUGt;ESES
Os Rodos ...<br />
Para que servem os bodos? Resolvem<br />
em definitivo alguma situação<br />
económica desiquilibrada? Têm por<br />
base um inquérito sério? O pobre que<br />
janta um dia à farta fica sem fome<br />
durante todo o ano? O desempregado<br />
arranjou emprego no bodo? O<br />
vadio converteu-se ao trabalho? Premiou-se<br />
a diligência e a honestidade?<br />
Evitou-se a inveja e as brigas entre<br />
os contemplados, em benefício da solidariedade<br />
humana? Para que servem<br />
os bodos?<br />
Ah, os bodos !...<br />
... E as so1•as tlos qnarteis<br />
E há também as sopas e os restos<br />
dos ranchos distribuídos à porta dos<br />
qua'rtéis. Já viram a matulagem de<br />
mulheres e homens vigorosos, sentados<br />
contra as paredes, horas e horas, à<br />
espera dos restos? Já viram as crianças<br />
andrajosas que não vão à escola nem<br />
aprendem ofício à espera dos restos?<br />
Já perguntou alguém a essa gente<br />
por que razão caiu e se mantém na<br />
miséria? Já se investigou o que é<br />
que fazem essas dezenas de homens,<br />
mulheres e crianças, além de mendigar<br />
e esperar as sopas?<br />
E, se calhar, há quem suponha que<br />
isto é caridade. E até talvez lhe chamem<br />
assistência social por ser nome<br />
mais moderno.<br />
De «A Semana», com a vénia<br />
devida, transcrevemos um passo do<br />
artigo Despesas obrigatórias:<br />
«Outro cancro da administração<br />
local é a despesa com o trata~ ento e<br />
transporte dos doentes pobres, que<br />
excede, em muito, a capacidade financeira<br />
dos Municípios. A decadência<br />
das Misericórdias, por um lado, e o<br />
progresso da cirurgia, por outro, criaram<br />
um problema cuja solução não<br />
pode consistir na obrigatoriedade<br />
para as Câmaras, deste encargo assistencial.<br />
O pagamento coercivo das<br />
contribuições (20 % da receita líquida<br />
) , agravando a precária situação<br />
financeira das autarquias, não chega<br />
para saldar as dívidas, sempre em<br />
crescendo assustador. Temos conhecimento<br />
de um município de 1.a ordem<br />
que, só em 1950, pagou aos hospitais,<br />
voluntàriamente e por d esconto<br />
nas suas recitas, 464.962$70».<br />
É assim mesmo. O governo já<br />
anunciou h á tempos que estava a es-<br />
tudar o caso e ia dar-lhe solução.<br />
Todos nós rejubilámos. Mas continuamos<br />
a esperar.<br />
~sslnala-se<br />
A série de artigos que, sobre assistência,<br />
anda a publicar no citado jornal<br />
«A Semana» o Dr. Fernando de<br />
Magalhães Cardoso, director do Centro<br />
de In.quérito de Lisboa e Inspector<br />
da Assistência.<br />
Não pode se1•<br />
O vigoroso discurso que o sr. Ministro<br />
das Corporações pronunciou ao<br />
-dar posse ao novo presidente dos Serviços<br />
Médico-Sociais -Federação de<br />
V. S., paro instantãneos . .<br />
rcru rd açdr~ ~ nurn c nt :u s rJr ru a ~ rnan\:a!.<br />
f i1 doi• dos lnlimetOJ compol em CJ'-'• o K odolr<br />
põe o lotogrofio o 1eu ••rvico<br />
Caixas de Previdência - , apresentando-se<br />
com o · modesto propósito de<br />
enunciar problemas, foi inculcando<br />
soluções.<br />
Como simples cidadãos, dizemos<br />
com o Ministro: gastar menos e gastar<br />
melhor. Mas, como trabalhadores<br />
da assistência, ao ser-nos revelado que<br />
se pensou- e talvez haja quem pense<br />
ainda - em duplicar prodigamente a<br />
organização assistencial do país,<br />
criandq hospitais, ao lado de hospitais<br />
já em funcionamento, estabelecendo<br />
laboratórios, em frente de<br />
outros prontos e equipados, erguendo<br />
maternidades privativas junto das<br />
existentes, tudo em obediência a planos<br />
astronõmicamente generosos, temos<br />
de dizer à Nação: não pode ser.<br />
O médico, paro radiografias ...<br />
mdispen:i..ívf>IS na mt'd iC'IIl
li<br />
PFOF. DR. JOÃO PORTO- O Rev. 0 Padre Geral da Ordem Hospitaleira<br />
de S. João de Deus, quis distinguir o Prof. Dr. João Porto, como prova<br />
de reconhecimento pela sua valiosa colaboração nas festâs comemorativas<br />
do 4. 0 centenário da morte de S. João de Deus. Para isso, .foi-lhe entregue,<br />
por intermédio do Rev. 0 Padre Júlio dos Santos, Provincial da Ordem Hospitaleira,<br />
um diploma, enviado de Roma, que o torna participante dos benefícios<br />
e méritos espirituais daquele instituto religioso.<br />
Congratulamo-nos com tão honrosa distinção.<br />
DOUTOR JOSÉ MONTEIRO LOPES DO ESPÍRITO SANTO<br />
Nascido na Figueira da Foz em 1908, licenciou-se na Faculdade de Medicina<br />
de Coimbra, em 1935. Assistente daquela FacuJdade desde a sua formatura, é<br />
igualmente professor da Escola de Enfermagem do Doutor Ângelo da Fonseca<br />
e faz parte da sua Junta Médica. É membro da Sociedade Portuguesa de<br />
Pediatria, tendo visitado em 1949 vários hospitais e clínicas de Paris.<br />
Nos últimos dias de Abril do ano corrente, prestou provas de doutoramento<br />
na Sala dos Capelos da Universidade de Coimbra, tendo sido aprovado<br />
com a alta classificação de 19 valores.<br />
Trabalhador incansável e inteligente dos <strong>Hospitais</strong> da Universidade de<br />
Coimbra, muito tem a esperar .este estabelecimento hospitalar da actuação do<br />
novo Doutor, ao qual «<strong>Hospitais</strong> <strong>Portugueses</strong>» enviam as mais sinceras felicitações.<br />
Barros prestou as suas provas para o mais alto grau universitário e, como eles,<br />
obteve a alta classificação de 19 valores.<br />
É de Trás-os-Montes- Vila Real-, onde nasceu em 1910. Licenciou-se<br />
em 1933. Logo a seguir foi para Paris, onde, até 1936, frequentou <strong>Hospitais</strong><br />
e Maternidades, especialmente a clínica Bandelocque. Foi assistente<br />
de obstetrícia na Faculdade de Medicina de Coimbra, relator do II Congr€sso<br />
Luso-Espanhol de Obstetrícia e Ginecologia, editor e redactor-principal da<br />
Revista Portuguesa de Obstetrícia e Ginecologia.<br />
Ao novo Doutor os nossos parabens sinceros.<br />
PROF. FROIL<strong>ANO</strong> DE MELO- O Prof. Froilano de Melo foi autorizado,<br />
pelo Ministro das Colónias, a deslocar-se de Goa ao Brasil, para prosseguir<br />
as suas investigações protozoológicas; acedendo ao honroso convite que,<br />
para tal fim, lhe foi endereçado pelo Instituto Oswaldo Cruz que, além das<br />
suas instalações, colocará à disposição do distinto investigador, todo 0 equipamento<br />
necessário.<br />
DR. GERALDES BARBA- Tomou posse do cargo de médico analista<br />
dos <strong>Hospitais</strong> Civis de Lisboa, lugar que vinha exercendo há anos como<br />
contratado além do quadro, o Dr. Geraldes Barba, que conquistou este posto<br />
em concurso de provas pú.blicas.<br />
DR. FERNANDO FERREIRA DA COSTA- Este distinto clínico<br />
Director dos Serviços de Estomatologia dos <strong>Hospitais</strong> Civis de Lisboa fo~<br />
autorizado a ausentar-se para Madrid em comissão gratuita de serviço pú~lico.<br />
IV Cong•·esso Intel'na.cioual de T•·ausfusão tle sangue<br />
DOUTOR MANUEL MONTEZUMA DINIS DE CARVALHO<br />
Também foi aprovado nas provas de doutoramento da mesma Faculdade<br />
este ilustre cirurgião que, nascido em Abril de 1918, se licenciou em 1941 e tem<br />
trabalhado com o maior brilho nos <strong>Hospitais</strong> da Universidade de Coimbra.<br />
Pela sua alta classificação de doutoramento- 19 valores- apresentamos<br />
os melhores cumprimentos.<br />
DOUTOR ALBERTINO DA COSTA BARROS- Foi juntamente<br />
com os dois novos doutores acima referidos que o Do'.ltor Albertino da Costa<br />
Realiza-se em Lisboa, de 23 a 29<br />
de Julho próximo, o IV Congresso<br />
Internacional de Transfusão de Sangue,<br />
com o qual coincidirá a I Exposição<br />
Mundial de Sangue.<br />
O Congresso tem 5 secções e, além<br />
da Exposição, incluirá excursões no<br />
país, recepções oficiais, visitas, etc.<br />
A Comissão Internacional do Con-<br />
gresso é constituída por representantes<br />
de 8 países. A Comissão Executiva<br />
é composta por médicos de<br />
Lisboa, Porto e Coimbra. O Secretário-Geral<br />
é o Dr. Almerindo Lessa,<br />
dos <strong>Hospitais</strong> Civis de Lisboa, ao<br />
qual deverá ser dirigida toda a correspondência.<br />
IIOSJlltab Chis de Lisboa<br />
Após consulta do Conselho Técnico<br />
dos H. C. L., o Enfermeiro-Mar,<br />
Dr. Emílio Faro, nomeou para cada<br />
um dos <strong>Hospitais</strong> a seu cargo, um<br />
delegado seu, com poderes para obter<br />
eficiente coordenação dos diferentes<br />
serviços clínicos, radiológicos e laboratoriais<br />
de cada hospital, de forma<br />
a reduzir a um mínimo indispensável<br />
a demora média dos doentes.<br />
Foram investidos nas respectivas<br />
funções, por acumulação dos cargos<br />
que já vinham exercendo, os seguintes<br />
médicos:<br />
Hospital de S. José- Dr. Armando<br />
Formigai Luzes.<br />
Hospital de Santo António dos<br />
Capuchos - Dr. Alberto de Azevedo<br />
Gomes.<br />
Hospital de Curry Cabral -<br />
Dr. Eugénio Mac-Bride Fernandes.<br />
Hospital de D. Estefânia -<br />
Dr. Mário Reis de Figueiredo Carmona.<br />
Hospital do Desterro- Dr. António<br />
José T. Pereira.<br />
Hospital de Arroio -<br />
Gomes.<br />
4 2<br />
Dr. Alberto<br />
Hospital de Mafra<br />
Na vila de Mafra vai ser construido<br />
um hospital. A base de licitação<br />
do concurso público realizado<br />
para a adjudicação da empreitada da<br />
sua construção, foi de 143.222$00.<br />
llospital de Vila tio Bispo<br />
O hospital desta vila vai, dentro<br />
em breve, ser object~ de importantes<br />
obras de ampliação e remodelação, no<br />
montante de 264.020$00.<br />
Jlospital tle ~leoehete<br />
Foi recentemente inaugurado, sob<br />
a presidência do Subsecretário de Estado<br />
das Obras Públicas, o novo Hospital<br />
de Alcochete.<br />
O movimento do Hospital da<br />
Santa Casa de Misericórdia da<br />
Guarda, no último ano, foi o seguinte:<br />
Doentes entrados, 1.113 ; dias de<br />
hospitalização, 14.67 3; internados na<br />
maternidade, 134 ; nascimentos, 89 ;<br />
operaÇões de grande cirurgia, 259;<br />
operações de pequena cirurgia, 503;<br />
consultas no Banco, 1.959; curativos,<br />
11.548; injecções, 8.566.<br />
O total das despesas foi de<br />
435.095$00.<br />
Dispensário Cnti-tubercnloso<br />
no Porto<br />
A Direcção Geral dos Edifícios e<br />
Monumentos Nacionais foi autorizada<br />
a celebrar contrato, pela importância<br />
de 394.300$00, para a empreitada de<br />
construção de um dispensário antituberculoso,<br />
no Porto.<br />
· uost)lfal Colonial de Lisboa<br />
Foram contratados para a prestação<br />
de serviço como médicos dermatologista<br />
e anestesista, respectivamente,<br />
os Drs. João Valéria de Bastos<br />
da Luz e José Joaquim Fajardo,<br />
ficando-lhes confiada, ainda, a direcção<br />
das respectivas secções.<br />
.,__<br />
M_a_c_h_a_d __ o_, -M--.a-l_c_h_e_r_,_l __ da- l<br />
Rua da Ouro, n. 0<br />
265-2. 0 -LISBOA<br />
O D E P ÓS I T O D 1': N T Á R I O lvl A I S A N T I G O<br />
E CO MPL E TO D E P O RT GA L<br />
The S. S. White Dental Mfg. c o- Universal Dental c o- Lee S. Smith<br />
& Son J\llfg. (o- J. F. Jelenko & co ln c.- 8. L. Dental Com pany<br />
Dental Perfection Export co- Davis, Schottlander & Davis, Ltd.<br />
Dental Fillings, Limited - Dental Manufacturing c:o. Etablissements<br />
André Walter, Stone & c o<br />
Laboratoires Briot - Em da- George Hartmann - Ritter A. G.- Busch<br />
& Co·Kaltenbach &· Voigt -Gebrueder Martin-Dentatus A. G.<br />
Skandinaviska Inst. Fab.- Northern Dental Burs - Les Fils d'Aug.<br />
: Maillefer Neos Dental c o :<br />
· ---------------------------------------------------·<br />
I"OR'fUGUESES<br />
43
I<br />
Angola<br />
1 -Foi nomeado, para higienista<br />
e chefe da missão de prospecção e<br />
investigação das endemias que possam<br />
existir na região de Leste e outras<br />
regiões de Angola, o Dr. Francisco<br />
José Cambournac.<br />
2-A portaria n. 0 7.419 aprova a<br />
tabela de honorários clínicos pelos serviços<br />
de Reanimação e Transfusão de<br />
Sangue.<br />
3-A distribuição de verba consignada<br />
a honorários ao pessoal por serviços<br />
prestados a particulares, pelos<br />
organismos sanitários da Colónia, vem<br />
inserta na Portaria n. 0 7.413.<br />
índia Poi·tt•guesa<br />
A esposa do Sr. Governador-geral,<br />
Sr.a D . Carmelina de Quintanilha e<br />
M~ndonça Dias, tomou a nobre iniciativa<br />
de promover, por todas as<br />
sedes dos concelhos, um peditório pela<br />
campanha Anti-Tuberculosa no Estado<br />
da índia. O apelo foi entusiàsticamente<br />
acolhido pela imprensa do<br />
país e foram apurados já valiosos donativos.<br />
O plano da campanha abrange<br />
uma enfermaria com cem camas a<br />
construir no planalto fronteiro ao<br />
actual sanatório, 4 a 5 pavilhões para<br />
doentes particulares com 2 camas,<br />
casas modestas para a residência do<br />
pessoal médico e de enfermagem, e<br />
dois dispensários, um para a zona sul<br />
e outro para a zona norte.<br />
Moçambique<br />
1 - Está tomando considerável<br />
desenvolvimento em Moçambique, a<br />
assistência materno-infantil. Os exames<br />
a que a mulher grávida é submetida<br />
e os cuidados de que é objecto,<br />
permitiram que, nas maternidades, o<br />
número de óbitos diminuísse consideràvelmente<br />
de 1947 até agora.<br />
Assim, em 1947, houve 19.860 cacos,<br />
com 80 óbitos, o que equivale a<br />
4 por mil; no ano seguinte, para<br />
24.293 casos, os óbitos foram 69, o<br />
que representa 2,8 por mil; em 1949,<br />
a percentagem de óbitos desceu para<br />
2,4 por mil, tendo-se verificado apenas<br />
21 mortes para 29.048 parturientes.<br />
As maternidades centrais, regionais<br />
e rurais t êm cumprido notàvelmente<br />
a sua missão e assim é que,<br />
de 28.087 crianças nascidas em 1949,<br />
só 510 faleceram (18,1 por mil).<br />
A progressiva diminuição de mortalidade<br />
infantil traduz a eficiência<br />
dos métodos de trabalho e do pessoal<br />
recrutado.<br />
Com a assistência materno-infantil<br />
gasta a colónia cerca de 6.000 contos<br />
por ano.<br />
2 -Foi . admitido no cargo de<br />
chefe de sector da missão de combate<br />
às tripanossomíases da colónia<br />
de Moçambique, o Dr. Fernando<br />
Tomé da Conceição Ramalhinho.<br />
3-A portaria n. 0 8.630 fixa na<br />
importância de 1.000.000$00 o fundo<br />
permanente, para o ano de <strong>1951</strong>, atribuído<br />
à Missão de Combate às Tripanossomíases.<br />
4 - Pela portaria n. 0 8.7 40, foi<br />
fixado na importância de 10.000$00 o<br />
fundo permanente, para o corrente<br />
ano, confiado à comissão administrativa<br />
do Hospital Central Miguel Bombarda.<br />
5 - Por sua vez, a portaria<br />
n. 0 8.741 estabelece o quantitativo dos<br />
prémios aos dadores de sangue e as<br />
condições em que serão fornecidos<br />
sangue e plasma aos doentes.<br />
6 - O Hospital de Moçâmedes foi<br />
dotado com modema aparelhagem de<br />
Raios X.<br />
Para assistir à instalação da aparelhagem,<br />
deslocou-se àquela cidáde<br />
o Dr. José de Oliveira Madeira, inspector<br />
dos Serviços de Saude da província<br />
de Huila.<br />
Vitamina U-~ ~<br />
TERAPJ!UTICA GERAL<br />
G Ô T AS :- 10 c. c.= 3oo.ooo U. I. (o,o7S gr. ) {<br />
Ó 5 U I<br />
Frasco de 10 c. c.<br />
I g ta= I . 00 ••<br />
TE RAP ~U TICA<br />
ESPECIAL (CHOQUE)<br />
GÔTAS (fortíssima) - 4 c. c._ 1.6oo.noo U. I. (o,o~ gr.) [<br />
• 1 góta-- 2o.oooo U. I. (o,ocoS gr.) FrascoJe 4 c.c.<br />
3o gótas=6oo.ooo U. I. (o,o1S gr.)<br />
INJECTÁ VEL (forte) - 6oo.ooo U. I. (o,o1 S gr.) { Cxs. com 1 emp. de 1 c. c.<br />
Em empola de 1 c. c. Cxs. » 3 u » 1 c. c.<br />
INJECTÁ VEL (fortissima)- Looo.ooo U. l. (o,o2S gr). { Cxs. com r emp. de 2 c. c.<br />
Em empola de 2 c. c. Cxs. » 2 » " 2 c. c.<br />
N. B.- O veículo utilizado nos n?ssos preparados de vitamina D, é o és ter alcoólico de um ácido<br />
gor~o vegetal. Este vetculo, resultante da esterificação duma gordura pelo alcool<br />
~tihco , o método de estabilização empregado e a protecção, por uma atmosfera de gaz<br />
Inerte, ao con~acto do ar, conferem a estes preparados .Zimaia uma rápida e eficaz<br />
acção terapêutica.<br />
DOSPIT .. U S<br />
POUTUGUESES
Hospital Júlio de Matos - Lisboa<br />
Relatório de 1950- T emos. presente<br />
o quinto relatório da administração do<br />
Dr. Paiva Correa, no Hospital Júlio<br />
de Matos.<br />
Não há que falar já da sua regularidade,<br />
nem das bases que sustentam<br />
o seu processo administrativo. Tudo<br />
é já bem conhecido dos nossos leitores.<br />
O relatório de 1950 continua naturalmente,<br />
simplesmente, os anteriores,<br />
naquela regularidade própria de casa<br />
arrumada, onde tu do aparece nos<br />
lugares próprios e à hora marcada .<br />
Anuncia-se a ocupação total do<br />
estabelecimento, com cerca de 1.200<br />
doentes. Lamenta-se o crescendo<br />
constante dos débitos das Câmaras.<br />
que atingiram 3.877.504$61. O custo<br />
do doente fixa-se em 22$37,2 na secção<br />
clínica, 20$16,1, na secção asilos,<br />
2
I<br />
i<br />
ltate•·esses paa·a todos<br />
Aníancios gt•atuitos para assinantes<br />
MÉDICOS<br />
1 - A C. M. de Aviz abriu concurso<br />
para o 1. 0 partido médico daquele<br />
concelho.<br />
2 - Está igualmente aberto o concurso<br />
para o 4. 0 partido municipal<br />
de Soure.<br />
3-A colónia da Guiné abriu concurso<br />
para provimento dos lugares<br />
de médicos radiologista e do<br />
quadro complementar de medicina<br />
geral.<br />
4 - Para os lugares de médicos radiologistas<br />
e analista, abriram também<br />
concurso as colónias de Moçambique<br />
e Macau, respectivamente.<br />
ENFERMAGEM<br />
1 - Oferece-se enfermeiro diplomado<br />
por escola oficial, e com prática<br />
de serviço em hospital de grande<br />
movimento.<br />
Resposta a esta revista ao n. 0 3.<br />
2 -Auxiliar de enfermagem com<br />
muita prática e boas classificações<br />
de curso, oferece-se para<br />
hospital ou casa de saude da<br />
província.<br />
Carta a esta revista ao n. 0 4.<br />
EQUIPAMENTOS HOSPI<br />
TALARES<br />
1-Os <strong>Hospitais</strong> da Universidade de<br />
Coimbra abriram concurso limitado<br />
para o fornecimento de medicamentos,<br />
material cirúrgico,<br />
géneros alimentícios, cobertores,<br />
etc.<br />
As propostas serão entregues<br />
nos Serviços Económicos e abertas<br />
no dia 7 do próximo mês de<br />
Agosto.<br />
Fábrica ADICO<br />
MOBILIÁRIO METÁLICO<br />
CIRÚRGICO E HOSPITALAR<br />
Distribuidores para o continente:<br />
S<strong>ANO</strong> TÉCNICA, L.nA<br />
Rua Nova do Almada, 6t- LISBOA<br />
Vendas no Porto:<br />
Vendas em Coimbra:<br />
Rua Fernandes Tomaz, 674<br />
Avenida Sá da Bandeira, 73<br />
Fábrica e Esc ritórios em AVANCA<br />
Telef. 2<br />
Teleg. ADICO<br />
Adelino Dias Costa & C. a, L,da<br />
PREFIRA SEMPRE OS PRODUTOS<br />
DA FÁBRICA DE BORRACHA "monsAnTo, L. 01<br />
A limentação e dietética<br />
INDICE PUBLICITÁRIO<br />
Lacticínios de Aveiro, Limitada<br />
Casas de lotaria<br />
Casa da Sorte<br />
Fabricação de Vidrariu<br />
Vidros clínicos, Limitada<br />
Ficheiro de fornecedores recome11dados<br />
Alimentação e dietética<br />
Ma t er ~ais<br />
e actividades d.e c.onstru.çã~ e .ins~ al~ çã~<br />
Mat~r~~~. e aparelhagem médico-cirúrgica<br />
Mob1hano metálico, hospitalar e geral<br />
Produtos químicos e farmacêuticos . . .<br />
T~peçaria, colchoaria e artigos de borracha.<br />
VIdraria, óptica e material fotográfico . .<br />
Loiças e artigos domésticos<br />
Fábrica de Loiça de Sacavem, Limitada.<br />
Materiais e actividades de conslrttção<br />
Adelino Dias Costa & c.a Limitada<br />
Materialmédico-cinírgico<br />
António Pereira Soares . .<br />
Machado Malcher, Limitada.<br />
Kodak, Limited .<br />
M ohiliários, ador1zos c equipame/1/os<br />
Adelino Dias Costa & C.a Limit>~rla<br />
António Pereira Soares .<br />
Electrolux, Limitada ,<br />
Fábrica de Borracha «M~ns~nt~», Li~it~da:<br />
Produtos químicos e farmacêuticos<br />
Instituto Pasteur de Lisboa .<br />
Laboratório Atrai .<br />
Laboratórios Lab<br />
Laboratórios Zimaia<br />
M. Rodrigues Loureiro<br />
Assinatura anual { metrópole, colónias, Espanha e Brasil<br />
(pagamento adiantado\ outros países. . . . . .<br />
Número avulso · · ·<br />
Cobrança pelo correio mais<br />
26 e<br />
8<br />
20<br />
20<br />
:l6<br />
26<br />
26<br />
27<br />
27<br />
27<br />
27<br />
47<br />
46<br />
IS<br />
43<br />
39<br />
(capa)<br />
2I<br />
29<br />
45<br />
28<br />
75$00<br />
90$00<br />
15$00<br />
5$00<br />
p:<br />
li<br />
PUBLICA-SE BIMESTRALMENTE
Composto H-365<br />
FRENADO R<br />
:\ N TE- H I P O "I' IS A R I O<br />
Mais do que uma<br />
NOVA ESPECIALIDADE<br />
uma<br />
NOVA TERAPÍ::UTICA<br />
•<br />
Tubo<br />
de<br />
20 comprimidos a 0,05 g.<br />
15$00<br />
Tubo<br />
de<br />
20 comprimidos a 0,25 g.<br />
50$00<br />
•<br />
LABORATÓRIO S<br />
DO<br />
I , - S '(' f '1, • '1, O J:ll 1~ , ' T ·~ 1 1 IC J) ~~~ J~ I S Jl () ,\