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Hospitais Portugueses ANO III n.º 11 maio-junho 1951

COMPRAS EM CONJUNTO CUIDADOS POST-HOSPITALARES AO DOMICÍLIO AS MISERICÓRDIAS NA TRADIÇÃO E NA COORDENAÇÃO DA ASSISTÊNCIA EXAMES MÉDICOS EM «CADEIA" NA AMÉRICA A POSIÇAO E O PAPEL DA ENFERMEIRA NO HOSPITAL A ACÇÃO ASSISTENCIAL DAS MISERICÓRDIAS DA ASSISTÊNCIA SOCIAL E RELIGiOSA PARA QUE SERVEM OS BODOS? ENFERMAGEM O HOSPITAL E A LEI GENTE DOS HOSPITAIS NOTÍCIAS DOS HOSPITAIS NOTÍCIAS DO ULTRAMAR ESCREVEM-NOS DE ...

COMPRAS EM CONJUNTO
CUIDADOS POST-HOSPITALARES AO DOMICÍLIO
AS MISERICÓRDIAS NA TRADIÇÃO E NA COORDENAÇÃO DA ASSISTÊNCIA
EXAMES MÉDICOS EM «CADEIA" NA AMÉRICA
A POSIÇAO E O PAPEL DA ENFERMEIRA NO HOSPITAL
A ACÇÃO ASSISTENCIAL DAS MISERICÓRDIAS DA ASSISTÊNCIA SOCIAL E RELIGiOSA
PARA QUE SERVEM OS BODOS?
ENFERMAGEM
O HOSPITAL E A LEI
GENTE DOS HOSPITAIS
NOTÍCIAS DOS HOSPITAIS
NOTÍCIAS DO ULTRAMAR
ESCREVEM-NOS DE ...

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~HOSPITAIS<br />

PORTVGVESES<br />

<strong>ANO</strong> <strong>11</strong>1-N.o <strong>11</strong> MAIO-JUNHO ~ 1 9 51


HOSPITAIS PORTUGUESES<br />

REVISTA DE HOSPITAIS E ASSISTf:NCIA SOCIAL<br />

DIRECÇÃO<br />

CORIOL<strong>ANO</strong> FERREIRA M ·<br />

ADMINISTRADOR<br />

REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO:<br />

R UA VISCONDE DA Luz, I00-2. 0<br />

Telefone 2276<br />

CoiMBRA<br />

SUMÁRIO:<br />

EVARISTO DE MENEZES PASCOAL<br />

RA.MOS LOPES<br />

Composto e impresso na Tip. da ~A tlântida ll<br />

Rua Ferreira Borges, 103-<strong>III</strong>- COIMBI


conto no mercado citadino. O mesmo<br />

se dirá de hortaliças, gado, milho,<br />

batatas, etc.<br />

4. Estas soluções são fáceis em<br />

países com forte consciência associati~a.<br />

Nada custa a cada direcção<br />

abdicar de algumas das suas funções,<br />

em benefício do órgão central, para<br />

<strong>maio</strong>r rendimento da assistência.<br />

Nós somos um pouco mais ciosos<br />

da nossa «obra» e da nossa autori-.<br />

dade. Mas suponho que não será<br />

impossível caminharmos neste sentido.<br />

A lei também não nos ajuda. Apenas<br />

para efeitos de investiga_ção científica<br />

a base VII, n. 0 2 da lei n. 0 2.0<strong>11</strong><br />

permite que se constituam federações<br />

de hospitais. Mas, se o problema fôr<br />

devidamente estudado e exposto superiormente,<br />

estou certo de que o Governo<br />

lhe dará a .sanção que merece.<br />

S. Deu-se agora o primeiro passo,<br />

mas notável passo, na solução deste<br />

problema.<br />

De facto, em 4 de Julho, foi<br />

publicado o decreto-lei n. 0 38:331-<br />

que inserimos integralmente na secção<br />

«0 hospital e a lei» - pelo qual<br />

é criada uma comissão permanente<br />

junto da Inspecção da Assistência Social,<br />

com poderes para dar pareceres<br />

nas aquisições de valor superior a<br />

10.000$00, propor a aquisição conjunta<br />

de artigos e produtos que interessem<br />

a vários estabelecimentos, e fiscalizar<br />

a recepção dos produtos a fim de averiguar<br />

se os mesmos correspondem<br />

às condições da adjudicação.<br />

É a primeira e decisiva pedra para<br />

esta obra de coordenação administrativa.<br />

O Governo viu o problema com<br />

clareza e deu-lhe a solução natural.<br />

Nada há que opor-lhe. Só temos · a<br />

louvar a iniciativa e regosijar-nos com<br />

ela. Cautelosa como se nos apresenta,<br />

revela bem que não se quis criar, num<br />

repente, . uma repartição colosso, de.<br />

difícil manobra e resultados hipotéticos.<br />

Foi-se antes para uma ~odesta<br />

comissão, de atribuições limitadas,<br />

sem dúvida, experiência primeira a revelar,<br />

com o seu funcionamento, os<br />

dados essenciais para a estrutura<br />

futura e definitiva. Bem haja, pois,<br />

o Governo.<br />

6. Algumas dúvidas se podem,<br />

porém, levantar em questões de pormenor.<br />

Assim:<br />

a) Oo diploma em estudo parece<br />

depreender-se que a Comissão só funciona<br />

para os estabelecimentos oficiais<br />

de assistência. Ora, num ~istema<br />

como o nosso, que se baseia no primado<br />

da assistência particular, com<br />

centenas de instituições privadas em<br />

funcionamento, e algumas delas de<br />

grande importância, parece inconveniente<br />

amputar, desde já, o campo de<br />

trabalho da comissão, restringindo-o<br />

aos estabelecimentos oficiais.<br />

b) Por outro lado, suponho que<br />

não estará na intenção do governo<br />

complicar a gestão administrativa dos<br />

estabelecimentos, com a interposição<br />

de mais uma repartição, com os seus<br />

funcionários e os seus carimbos. Já<br />

hoje os processos de aquisições, devalor<br />

igual ou superior a 10.000$00, têm<br />

de ser remetidos à Direcção-Geral de<br />

Assistência que, pela sua 2.a Repartição,<br />

os estuda e apresenta a despacho<br />

ministerial. Depois são enviados ao<br />

Tribunal de Contas para «visto». Este<br />

Tribunal devolve-os à Direcção-Geral<br />

que, por sua vez, os manda ao estabelecimento<br />

interessado. Ora, é da experiência<br />

de todos, que estas formalidades<br />

nem sempre se harmonizam<br />

com a rapidez que é preciso imprimir<br />

à administração dos · hospitais, nem<br />

mesmo às oscilações dos mercados e<br />

seu aproveitamento. Quantas · vezes<br />

são os administradores forçados a<br />

tomar a responsabilidade pessoal pela<br />

recepção e utilização de certas mercadorias<br />

urgentemente necessárias nos<br />

hospitais, enquanto o respectivo processo<br />

de aquisição anda pelas repartições<br />

de Lisboa.<br />

Temos de simplificar a rotina<br />

administrativa, sem prejuízo da sua<br />

fiscalização. Ora, este decreto-lei não<br />

revogou implícita ou expressamente<br />

o art. 24. 0 , n. 0 16, alínea c) do decreto­<br />

-lei n. 0<br />

35.108 que fixa a obrigatoriedade<br />

de exame e parecer da Direcção<br />

Geral de Assistência em tais aquisições.<br />

A ser assim, ficaremos com<br />

duas repartições dotadas de competência<br />

concorrente e os processos terão<br />

de passar por ambas, com <strong>maio</strong>r atraso<br />

e prejuízo da administração.<br />

c) Creio que poderia também<br />

ter-se determinado que junto da Comissão<br />

tivesse assento um representante<br />

do Tribunal de Contas, para<br />

simplificação das formalidades do<br />

«visto», à semelhança do que está<br />

legislado para estabelecimentos de<br />

certa envergadura.<br />

d) O limite estabelecido de 10.000$<br />

justifica-se por paralelismo com o relativo<br />

a obrigatoriedade de aprovação<br />

ministerial. Mas, não há dúvida, de<br />

que este limite está já hoje desactualizado.<br />

-A Direcção Geral da Contabilidade<br />

Pública fez há tempos um<br />

inquérito para a sua actualização.<br />

Até hoje, não se recebeu notícia dos<br />

resultados.<br />

e) Na província, a vida e condições<br />

de mercados nem sempre obedecem<br />

ao padrão da capital. Estou<br />

certo de que haverá o cuidado de<br />

atender a estas realidades e, se for<br />

necessário, a Comissão poderá ir até<br />

à instituição de delegações regionais.<br />

É indispensável fugir das excessivas<br />

concentrações e dos organismos<br />

colossais que, por virtude do peso<br />

próprio, não andam nem deixam andar:<br />

arrastam-se e arrastam-nos.<br />

Tudo depende do que se vai escrever<br />

no regimento interno a apresentar<br />

ao Governo. O actual Inspector-chefe,<br />

interino, Dr. Fernado Magalhães Cardoso<br />

tem uma larga experiência da<br />

vida administrativa das instituições<br />

de assistência. Dispõe, além disso, de<br />

modernos conceitos de administração<br />

hospitalar. Fica, pois, bem entregue<br />

a nova Comissão.<br />

7. Saudemos, com satisfação a<br />

iniciativa governamental que, não obstante<br />

a prudência com que se apresenta,<br />

traz em si os princípios basilares<br />

da organização que nos é<br />

indispensável, a bem da assistência<br />

nacional.<br />

DOSPIT.4IS<br />

PORTUGUESES<br />

3


Cuidados post-ltospitalares<br />

ao dotnieílio<br />

(as «bt•igadas tle educação sanitária da fa<strong>11</strong>1ilia,)<br />

Pelo DR. M. RAMOS LOPES<br />

LEITE (0NDE~S4DO<br />

AÇUCARADO<br />

LEITE EM PÓ NIDO<br />

I\IÁO AÇ UCADADO<br />

A aguda crise de leitos hospitalares, motivada pela<br />

afluência cada vez <strong>maio</strong>r de doentes de todas as procedências<br />

e idades, é do conhecimento geral.<br />

E nem os grandes contingentes de enfermos directamente<br />

enviados para hospitais especializados, como<br />

manicómios, sanatórios e leprosarias, tem aliviado de<br />

maneira visível a sobrecarga dos hospitais gerais.<br />

De Norte a Sul do País nós verificamos, nos pequenos como nos grandes<br />

centros - mas sobretudo nestes - que a lotoção dos hospitais se encontra<br />

excedida, permanentemente excedida. Se atentarmos nas causas que deram<br />

origem a este estp.do de coisas, verificamos que tal se não 'deve a um crescimento<br />

demográfico desproporcionado em relação ao desenvolvimento das peças<br />

de arsenal de luta contra a doença. Não aumentou a taxa de morbilidade entre<br />

os povos; pelo contrário, diminuiu, e isto mercê da melhoria das condições<br />

higiénicas e da prática crescente de medidas profilácticas. E entretanto esta<br />

carência de leitos hospitalares é, tanto quanto podemos julgar pelos ecos das<br />

revistas estrangeiras de especialidade, um mal universal. Porquê?<br />

É que aumentou a consciência nosológica dos povos.<br />

Pela subida do nível médio de cultura, pela crescente informação das<br />

gentes, em matéria de saúde e doença, levada a cabo na imprensa diária, na<br />

revista, no livro de divulgação científica e na rádio, pelo «exemplo» de amigo<br />

ou pelo «caso» do visinho ou conhecido, criou-se uma consciência nosológica<br />

que leva o doente a procurar o médico ao primeiro sintoma, E quantas vezes<br />

se não trata de falsos alarmes! Porém, o médico, no intuito de conseguir um<br />

diagnóstico precoce, para o qual se encontra muitas vezes desapetrechado no<br />

meio onde exerce a sua actividade clínica, manda os seus doentes (quando não<br />

são eles próprios e porem-se a caminho em demanda do que chamam «fonte<br />

limpa» .. .) para centros hospitalares providos de recursos bastantes.<br />

Muitos doentes buscam ao internarem-se num hospital, e como principal<br />

fim, o diagnóstico de seus padecimentos ; a terapêutica muitas vezes mal<br />

iniciada no hospital, depois prossegue e se termina em casa do doente. Outros


enfermos- e bastantes são- demandam o Hospital no conhecimento da natureza<br />

da sua doença, buscando, ao internar-se, a terapêutica adequada: tal é o<br />

caso da <strong>maio</strong>ria dos doentes do foro cirúrgico e de muitos enfermos do foro<br />

médico.<br />

Finalmente, resta o contingente daqueles doentes desprovidos de recursos<br />

que ao Hospital vêm ter, em primeira mão, para serem diagnosticados e tratados,<br />

como convém à sua situação de economicamente débeis.<br />

Em resumo, este aumento da consciência nosológica, o refinamento das<br />

preocupações em matéria de saúde e a facilidade do diagnóstico precoce, têm<br />

encaminhado para os centros hospitalares, uma corrente de indivíduos que<br />

aumenta dia a dia. Uns são doentes em toda a evidência clínica, quando não<br />

velhos ou necessitados que procuram fazer do hospital um asilo; outros, portadores<br />

de simples alterações funcionais ou de lesões mínimas, exigindo um<br />

diagnóstico preciso e delicado; e muitos, simplesmente nevrosados e ansiosos,<br />

vergados ao peso de males imaginários.<br />

Como fazer face ·a esta avalanche? O problema é demasiadamente complexo<br />

para aqui ser tratado e transcende o âmbito do nosso artigo. Entretanto,<br />

da análise das causas que fizemos, ressaltam as directrizes fundamentais das<br />

soluções a adoptar. Para aliviar um hospital geral da sobrecarga dos doentes<br />

tuberculosos, só construindo mais sanatórios; para o libertar dos velhos e indigentes,<br />

só aumentando o número de albergues e asilos; para evitar que sejam<br />

internados doentes que mais não procuram que um diagnóstico, só alargando<br />

0 âmbito das consultas externas, dando-lhes a feição de verdadeiros «centros de<br />

diagnóstico». Deduzidos estes doentes ao efectivo de um ~ospital geral, será<br />

menor a carência de leitos de que vimos falando. Mas, enquanto se não conseguem<br />

os objectivos apontados, devem os médicos e os dirigentes hospitalares<br />

procurar racionalizar os serviços clínicos, conduzindo-os a um <strong>maio</strong>r . rendi­<br />

~ento total e por unidade -leito. O número de doentes internados, diagnosticados<br />

e tratados poderá assim aumentar bastante.<br />

Hoje, não basta bem diagnosticar e bem tratar. Exige-se, sempre que<br />

possível, diagnosticar e tratar bem e depressa, para diagnosticar e tratar muitos.<br />

Só assim compensaremos a insuficiência de números de leitos.<br />

Ora, a experiência dos hospitais portugueses ensina-nos que a média da<br />

permanência neles é alta, pelo tempo que se demora em obter exames complementares<br />

indispensáveis ao diagnóstico correcto.<br />

Dentro de um hospital, o número de enfermos é muito elevado para cada<br />

médico, para cada enfermeiro e sobretudo para cada analista. Os doentes<br />

demoram por isso demasiado: há prejuízo para eles, prejuízo para o Estado,<br />

porque cada doente lhe fica assim mais caro, e prejuízo, finalmente, para a<br />

legião daqueles que, lá fora, aguardam uma oportunidade de internamento.<br />

A solução eficaz e económica que se impõe é o aumento do número de labora-<br />

tórios, sempre que possível anexos a cada "clínica, bem como o aumento de<br />

enfermeiros e médicos até ao nível necessário ao máximo de rendimento. Assim<br />

diagnosticar-se-á bem e depressa, tratar-se-ão os enfermos dentro do ·mesmo<br />

ritmo e os nossos estabelecimentos de assistência passarão a render várias<br />

vezes mais.<br />

Ao diagnóstico precoce deve seguir-se o tratamento rápido e eficaz, para<br />

uma alta a curto prazo. E isto tornar-se-á exequível dispensando aos doentes<br />

cuidados post-hospitalares ao domicílio.<br />

Muitos enfermos necessitam de cuidados post-hospitalares para garanti"<br />

e manutenção dos bons resultados conseguidos durante o internamento:<br />

Para tanto se torna imprescindível um corpo de enfermeiros que, estabelecendo<br />

a ligação entre o hospital e os doentes vão ao seu domicílio dispensar-lhes<br />

os cuidados de enfermagem de que estes, porventura, ainda careçam.<br />

Assim tornaremos mais eficiente e prolongado o resultado da terapêutica, instituída<br />

e poderemos encurtar a permanência do doente na enfermaria. Trabalhando<br />

em coordenação com os serviços clínicos das consultas externas, as enfermeiras<br />

visitadoras tornam possível, por outro lado, o tratamento domiciliário<br />

de muitos doentes que, sem elas, só no hospital teriam ambiente apropriado ao<br />

tratamento da sua enfermidade.<br />

Em alguns países estrangeiros, tornou-se há muito coisa corrente a prática<br />

dos cuidados post-hospitalares.<br />

Entre nós não tem passado de aspiração.<br />

Porém a semente acaba de ser lançada à terra (e por certo há-de frutificar)<br />

, com a organização das Brigadas de Educação Sanitária à Família. De<br />

acordo com as Direcções da Escola de Enfermagem Dr. Ângelo da Fonseca, e<br />

do Lar das Alunas Enfermeiras, organizou o Instituto de Assistência à Família<br />

as Brigadas de Educação Sanitária da Família cujo regulamento transcrevemos.<br />

BRIGADAS DE EDUCAÇÃO SANITÁRIA DA FAMíLIA<br />

I<br />

Organização<br />

L o- As Brigadas de Educação Sanitária da Família, com sede no «Lar<br />

das Alunas-Enfermeiras de Coimbra», serão formadas pelas alunas do 2. 0 ano<br />

do Curso de Enfermagem Geral e pelas alunas do Curso de Auxiliares de<br />

Enfermagem.<br />

2.o- Cada Brigada será composta de duas alunas do 2. 0 ano, durante<br />

G<br />

IIOSPITAIS<br />

POftTUGUESES


o primeiro período escolar, de uma aluna do -2. 0 ano e de Auxiliares de Enfermagem<br />

nos restantes períodos do ano lectivo. Esta composição pode ser alterada<br />

de harmonia com as necessidades de serviço.<br />

3. 0 - No primeiro período do ano lectivo a chefia de cada Brigada será<br />

atribuída à aluna mais classificada e de bom comportamento disciplinar, nos<br />

restan-tes períodos do ano a chefia competirá à aluna do 2. 0 ano. No entanto,<br />

a Direcção do Lar poderá alterar estas regras quando o julgue conveniente.<br />

4. 0 - A Direcção do «Lar» organizará periodicamente os mapas das<br />

Brigadas dispostas por ordem numérica e com a designação prévia das semanas<br />

em que terão de prestar serviço de harmonia com os trabalhos escolares.<br />

5. 0 - As Brigadas ficarão subordinadas ao Instituto de Assistência à<br />

Família em tudo que disser respeito às actividades sociais a desenvolver.<br />

6. 0 - Competirá à Auxiliar Social de zona superintender nas actividades<br />

sociais das Brigadas, prestar-lhes a colaboração necessária e ministrar-lhes os<br />

ensinamentos adequados em cada caso, tendo em vista o aspecto sanitário do<br />

meio familiar, o conforto do doente e a economia doméstica como elemento de<br />

previdência e de educação para profissional - e até profissional- das agentes<br />

. das referidas Brigadas.<br />

7. 0 - A responsabilidade técnica e o desenvolvimento profissional das<br />

Brigadas serão da competência da Direcção do «Lar das Alunas-Enfermeiras<br />

de Coimbra».<br />

8. 0 -A Direcção do «Lar» será informada, pelo Instituto de Assistência<br />

à. Família, dos serviços prestados pelas Brigadas, do zêlo e afabilidade com<br />

que foram cumpridos.<br />

*<br />

* *<br />

Este regulamento mereceu de Sua Excelência o Ministro do Interior o<br />

seguinte despacho:<br />

«Aprovo o plano relativo à constituição das Brigadas de educação Sanitária<br />

da Família, a formar com as alunas da Escola de Enfermagem em colaboração<br />

com o Instituto de Assistência à Família e autorizo a aquisição, pelo<br />

referido Instituto, de 3 malas de socorros de urgência. - <strong>11</strong>-X-950.- (a) Trigo<br />

de Negreiros».<br />

Por aqui apreciarão os nossos leitores o largo passo que se acaba de se dar<br />

entre nós em matéria de cuidados post-hospitalares.<br />

Por nossa parte, acreditamos que o caminho está aberto.<br />

As alunas da Escola de Enfermagem levarão para· a vida um <strong>maio</strong>r treino<br />

de enfermagem extra-hospitalar ao mesmo tempo que com a sua acção tornam<br />

possível a experiência entre nós de uma prática já consagrada em outros países<br />

e da qual é lícito esperar os melhores resultados .<br />

--·-------·-------·-·-----------------~-----------------<br />

II<br />

Finalidade<br />

9. 0 - Tal como o nome designa, as Brigadas têm por fim ministrar ensinamentos<br />

de ordem higiénica e profilática, às famílias que as necessitem por<br />

motivos de doença.<br />

10. 0 - O Serviço Social pode requisitar as Brigadas à Direcção do «Lar»,<br />

sempre que julgue necessário e pelo tempo que cada caso exigir.<br />

<strong>11</strong>. 0 - O Chefe dos Serviços Clínicos do Banco dos <strong>Hospitais</strong> da Universidade<br />

de Coimbra, proporá ao Serviço Social do Instituto de Assistência<br />

à Família quais os doentes que devem ser entregues aos cuidados das Brigadas.<br />

12. 0 - A Agente Social em serviço aos doentes hospitalizados receberá<br />

dos diversos clínicos os doentes que convenha sejam entregues aos cuidados do<br />

Serviço Social e das Brigadas. Por esta forma também se ampliará utilmente<br />

a colaboração dos referidos Serviços.<br />

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.tls Misea·ieórdias ••a ta·adi~ão e na<br />

eooa·de•aa~ão da assistêtteia.<br />

1 - Com o espírito «Contreiriano»<br />

e com a realização da Rainha D . Leonor<br />

surgiram as primeiras Misericórdias<br />

que logo o povo sagrou de «Santas<br />

Casas».<br />

Representam na nossa tradição um<br />

estabelecimento com fortes raízes na<br />

alma dos pobres e ricos e, por assim<br />

dizer, o centro local de beneficência<br />

e caridade.<br />

Este centro não era uma mera<br />

comissão de terra pequena onde os<br />

homens são sempre poucos ou mal<br />

unidos ou de terra grande onde os homens<br />

dão pareceres protocolares e manifestam<br />

singulares ·provas de concordância.<br />

Este centro conseguia ser a<br />

Igreja de todos, o verdadeiro templo<br />

da humanidade.<br />

Neste espírito se montaram entre<br />

nós os Bancos dos hospitais onde um<br />

escol de Médicos está sempre pronto<br />

a socorrer os que precisam (de semelhante<br />

só existe algo na Rússia).<br />

Com este espírito se dizia o «nosso<br />

Asilo», o «nosso hospital» e com isto<br />

se mostrava não só o muito respeito<br />

e carinho para com a velhice e o<br />

doente, mas também se considerava<br />

de todos tais casos, onde existia um<br />

verdadeiro espírito de serviço e um<br />

centro perfeito de compreensão.<br />

Não havia fichas mas aperfeiçoou-se<br />

notàvelmente a instituição da<br />

Pelo DR. MANUEL SARAFANA- Lisboa<br />

· escudela da portaria dos conventos<br />

a que hoje também se chamaria<br />

«Assistência Social».<br />

São, pois, ·grandes as tradições das<br />

misericórdias como centros de assistência.<br />

2 - Para impedir os desperdícios<br />

da descentralização elas deverão, dentro<br />

do plano da assistência concelhia,<br />

representar sempre o centro dessa<br />

assistência. Não seria portanto admissível<br />

que uma Misericórdia descuidasse<br />

a assistência hospitalar ou asilar<br />

ou infantil e se dedicasse a construção<br />

de um pavilhão de rádio ou a<br />

um pavilhão de leprosaria.<br />

Julgo mesmo que seria útil definir<br />

qual o tipo de assistência que devia<br />

ser prestada pelas Misericórdias no<br />

plano nacional, qual no plano regional<br />

e qual o que lhes caberia no plano<br />

concelhio.<br />

Como plano, e no sentido de o<br />

plano ser método de trabalho, julgo<br />

dever caber às Santas Casas a coordenação<br />

de toda a assistência médica<br />

infantil e asilar nos concelhos, mesmo<br />

que ela seja prestada através de Caixas<br />

de Previdência, Casas de Pescadores<br />

e Casas do Povo.<br />

Todas estas instituições, embora<br />

pagassem os serviços, lucrariam com<br />

eles e a Santa Casa também lucrava.<br />

Seria esta uma forma de os trabalhadores<br />

mais diferenciados poderem dispor<br />

de serviços hospitalares e clínicos<br />

confortáveis e auxiliarem, ao mesmo<br />

tempo, a assistência que a colectividade<br />

deve aos indigentes. E, se não<br />

somos ricos para garantir o mesmo<br />

conforto ao indigente, nada impedia<br />

que existissem mais de um~ enfermaria<br />

ou consulta. Julgo mesmo ser necessária<br />

essa distinção porque o ·que satisfaz<br />

o trabalhador diferenciado, não<br />

satisfaz o indigente e vice-versa.<br />

No plano regional, caber-lhes-iam<br />

as colónias de férias tradicionalmente<br />

entregues às Juntas Gerais,.:...._ apenas<br />

um. exemplo.<br />

No plano nacional, as instituições<br />

especializadas: grande cirurgia - Oncologia<br />

- Tuberculose, etc., etc.<br />

Estet•ilização das t•oupas<br />

Grande parte dos nossos hospitais está equipada para a esterilização das<br />

roupas, com estufas que funcionam a vapor sob pressão. Temos presente o<br />

relatório de um Professor, Director de Laboratório que se interessou em fixar os<br />

processos mais convenientes para uma perfeita esterilização nestes aparelhos.<br />

Gostosamente transmitimos o seu resumo aos nossos leitores: ·<br />

As roupas vêm das enfermarias em sacos que são introduzidos no cilindro<br />

da estufa. Fechado o cilindro, hermeticamente, deita-se-lhe água até ao<br />

nível médio. Liga-se o vapor e a temperatura sobe até cem graus, decorrida<br />

aproximadamente meia hora; nesta altura, o vapor de água sai pela válvula de<br />

ar que existe normalmente na parte superior do aparelho. Durante alguns<br />

~inutos deixa-se sair pela torneira, juntamente com o vapor, todo o ar contido<br />

na câmara que só prejudicaria a esterilização. Só então se fecha a torneira.<br />

O vapor acumulado na caldeira produz .um aumento de pressão e temperatura<br />

que atingirá cerca de <strong>11</strong>0° graus em meia hora, aproximadamente.<br />

Nesta altura regula-se a entrada de vapor de modo a manter aquela temperatura<br />

durante vinte minutos. Findo este período, está feita a esterilização; corta-se<br />

a entrada de vapor, abre-se a válvula do ar para dar saída a todo o vapor<br />

~cumulado no ·aparelho; abre-se a torneira para dar saída à água. Depois<br />

tira-se a roupa que segue para a lavandaria. ·<br />

. A esterilização feita nas condições expostas é seguramente eficaz, pois se<br />

avenguou que todos os germens no estado de vida vegetativa e os micróbios<br />

esporulados não resistem a essa esterilização.<br />

. Com tal garantia, não 'temos receio em aconselhar o processo aos nossos<br />

leitores.<br />

lO<br />

DO!iiPITUiii I<br />

PORTUGUE!iiE~<br />

li


Exames Médieos<br />

A América, como nação,<br />

está em amplo crescimento.<br />

Passou pela adolescência e<br />

juventude, e vai a caminho<br />

da meia idade.<br />

A vanguarda da sua populaçãoa<br />

gente mais velha- está aumentando<br />

com rapidez alarmante. Ora, porque<br />

metade dos casos de doenças crónicas<br />

surge além dos 45 anos, parece concluir-se<br />

que existe uma correlação<br />

definida entre essas doenças e a idade<br />

das pessoas. Em 1949, a Repartição<br />

de Doenças Crónicas do Serviço Sanitário<br />

dos E. U., assistida pela RepartiÇão<br />

de Doenças Venéreas, propôs a<br />

organização de estudos para determinar<br />

as possibilidades dos exames em<br />

«cadeia» na descoberta de doenças<br />

crónicas, proposta que recebeu o melhor<br />

apoio de todos.<br />

O esquema da «cadeia» é ·simples.<br />

Organiza-se urna série de testes para<br />

a descoberta de doenças crónicas ou<br />

defeitos físicos aos quais deverão submeter-se<br />

todas as pessoas, mesmo as<br />

aparentemente saudáveis.<br />

Foi assim que, para a despitagern<br />

da tuberculose, os exames radiográficos<br />

do torax atingiram em 1949 cerca<br />

de 14.000.000 de pessoas, e calcula-se<br />

que em 1950 atinjam 16.000.000.<br />

Em 1949 foram feitos mais de<br />

17.000.000 de testes para a descoberta<br />

em "eadeia, na<br />

Pelo Dr. A. L. CHAPMAl-:1<br />

(ln <strong>Hospitais</strong>- Maio de 1950)<br />

de doenças venéreas. E agora está a<br />

estudar-se a maneira de combinar uns<br />

exames com os outros, de modo a<br />

torná-los mais baratos. e .menos incómodos<br />

para os examinandos.<br />

Em S. José (Califórnia) foram<br />

examinados 945 empregados de 4 fábricas.<br />

Fizeram-se exames radiográficos<br />

do. tórax, análises de sangue e<br />

urina, bem como outros exames para a<br />

descoberta de doenças cardíacas, de<br />

rins, sífilis e diabetes. Foram feitas<br />

com todo o cuidado as respectivás<br />

histórias clínicas.<br />

Iguais iniciativas surgiram nos<br />

estados de Indiana, Alabana, Massachusetts,<br />

Virgínia, etc. em colaboração<br />

com os orgãos governamentais<br />

de saude pública.<br />

Vejamos quais as fases principais<br />

de urna «cadeia» de exames, executada<br />

em Richmond.<br />

1) Trata-se de urna senhora ainda<br />

jovem. Faz-se primeiro o registo<br />

de identificação e anotam-se<br />

as principais datas de<br />

sua vida física. Fica pronta<br />

a começar a série de ex a­<br />

mes.<br />

2) Torna-se a altura. Verifica-se<br />

se o peso é normal, excessivo<br />

ou deficiente, pois é facto ave-<br />

riguado que a obesidaçie está<br />

em ligação directa com o aumento<br />

de rnorbilidade e mortalidade<br />

por doenças crónicas<br />

e que a magreza inçulca quase<br />

sempre formas patológicas sérias.<br />

3) Chegamos ao exame do torax<br />

pelo R. X.. Por ele pode descobrir-se<br />

urna tuberculose recente,<br />

um coração reumático<br />

ainda desconhecido e até um<br />

incipiente cancro do pulmão.<br />

4} Em seguida" mede-se a tensão<br />

arterial e faz-se também uma<br />

colheita de sangue venoso para<br />

se determinar ali mesmo e com<br />

Mede-se a tensão arterial<br />

<strong>maio</strong>r rapidez a taxa de hemoglobina.<br />

5) Dão-se então instruções à examinanda<br />

para a recolha da<br />

urina que, urna vez entregue<br />

ao laboratório, servirá para a<br />

pesquisa de açúcar, por causa<br />

das suspeitas de diabetes.<br />

6) É basilar também o teste da<br />

tensão intra ocular que resulta<br />

em uma de cada cinco pessoas<br />

examinadas. Deitam-se<br />

urna ou duas gotas de um<br />

anestésico de acção rápida em<br />

cada olho. Depois, o tonámetro<br />

é aplicado por um té-<br />

12<br />

HOSPITAIS<br />

POJITUGUESEii<br />

13


cnico sob a vigilância do oftalmologista.<br />

E então se verá<br />

se precisa ou não de um exame<br />

oftalmológico mais sério.<br />

7) Finalmente, nesta última hipó­<br />

·tese, usar-se-á uma aparelhadiabetes,<br />

ou de qualquer cardiopatia,<br />

tuberculose ou sífilis. E mais ainda<br />

se teve a sorte de verificar que está<br />

livre das mais importantes doenças<br />

que afligem a humanidade a partir de<br />

certa idade.<br />

Se alguns dos testes foram positi-<br />

deve demorar mais de 3 minutos.<br />

· 2) Estes exames não se destinam<br />

a estabelecer diagnósticos definitivos<br />

de doenças. Propõem-se<br />

apenas separar de<br />

complicações futuras podem<br />

ser prevenidas com um diagnóstico<br />

precoce.<br />

4) Neste plano evita-se ao máximo<br />

o emprego de pessoal<br />

mé(ijico. Ê que os médicos te-<br />

O electrocardiograma é indispensável<br />

O exame oftalmológico<br />

gem que, em 3 minutos, dirá<br />

ao examinador qual o tratamento<br />

oftalmológico a seguir<br />

ou se, pelo contrário, a vista é<br />

perfeitamente normal.<br />

Agora a nossa jovem pode ir para<br />

casa. Gastou cerca de 30 minutos<br />

nesta série de exames, mas foi o tempo<br />

mais bem gasto da sua vida, se, ao<br />

fim e ao cabo, acabou por descobrir<br />

que tem de tratar-se imediatamente de<br />

vos, aconselha-se a doente a recorrer<br />

ao seu médico de família que decidirá<br />

da necessidade de exames complementares.<br />

Confirmado o diagnóstico,<br />

é este médico quem orientará o<br />

tratamento.<br />

Os princípios básicos para os exames<br />

em «cadeia» são:<br />

1) Os exames são separados uns<br />

dos outros, mas o mais económicos<br />

possível. N enhuii). deles<br />

uma grande massa p opulacional<br />

as pessoas cujo índice<br />

de morbilidade suspeita seja<br />

alto.<br />

3) Os exames em «cadeia» têm o<br />

fim de canalizar para os seus<br />

médicos as pessoas cujas doenças<br />

estejam no início ou ainda<br />

por diagnosticar, de modo a<br />

estabilizar ou até a .eliminar<br />

o · mal. Ê que muitas das<br />

riam a tendência natural de<br />

confundir o fim de separar as<br />

pessoas suspeitas com a necessidade<br />

do diagnóstico definitivo<br />

agravando inutilmente o<br />

custo da «cadeia».<br />

O enorme interesse que surgiu nos<br />

E. U. por estes exames, provocou já<br />

muitas e engenhosas alterações ao<br />

plano acima exposto. Não demorará<br />

muito que se lhe acrescente um teste<br />

DOSPIT .. US<br />

PORTUGUESES<br />

15


1'1<br />

IIi<br />

para o cancro, outros exames de sangue,<br />

simples e baratos, etc.<br />

Não poderão os hospitais executar<br />

estes planos nos seus serviços<br />

de admissão? Não poderiam executar-se<br />

também, como rotina, em<br />

todos os doentes que vão ao hospital,<br />

quer para internamento, quer para<br />

consulta externa?<br />

Primeiramente, poupava-se o tempo<br />

e o custo de hospitalização de doentes<br />

que se internam só para diagnóstico.<br />

Depois, quantos doentes internados<br />

por virtude de uma doença não descobririam<br />

outra talvez mais grave que<br />

a primeira? A existência deste serviço<br />

na repartição de admissão viria,<br />

finalmente, estimular o aperfeiçoamento,<br />

a simplificação e o embaratecimento<br />

dos exames e então, os processos<br />

de admissão apoiar-se-iam em bases<br />

mais científicas.<br />

(Exclusivo em Portugal para 4:<strong>Hospitais</strong><br />

<strong>Portugueses</strong>»).<br />

os <strong>Hospitais</strong> Lolversitárlos da Bélgica<br />

_Anda na ordem do dia o problema dos hospitais universitários.<br />

Os médicos belgas reuniram-se em Dezembro último para apreciar a crise<br />

destes estabelecimentos de ensino e assistência, cuja tríplice missão foi assim definida:<br />

a) prestar assistência de primeira qualidade a largas camadas de<br />

população; b) formar técnica e moralmente os novos médicos, especialistas<br />

e enfermeiras; c) contribuir para o progresso das ciências clínicas e terapêuticas,<br />

por meio de investigação.<br />

Não há na Bélgica um estatuto de hospitais escolares. O ensino faz-se<br />

nos hospitais de assistência pública, por meio de acordos celebrados entre as<br />

Universidades e os hospitais. Parece que esta solução não satisfaz os médicos<br />

belgas, os quais pediram a reforma urgente da legislação sobre esta questão.<br />

Como será em Portugal o regime dos futuros hospitais escolares, agora<br />

em construção ou em projecto?<br />

CORRIGENDA<br />

No número anterior, em local subordinada ao título «Orçamentos e Contas das Instituições<br />

particulares de Assistência», na página 7, alínea d), no parágrafo que princ~pia<br />

assim: «Do disposto nas alíneas b) c) e d) exceptuam-se ... », encontram-se, por motivos<br />

alheios à nossa vontade, diversas trocas e gralhas.<br />

Aqui se insere, como corrigenda, o parágrafo completo e que é o seguinte:<br />

«Do disposto nas alíneas b), c) e d) exceptuam-se as despesas de pequena importância<br />

que por sua natureza não possam ser documentadas e as saldadas, férias ou salár~os<br />

de pessoal operário de que se não cobre recibo. As primeiras serão descritas em relaçoes<br />

feitas pelos funcionários que as realizarem. As segundas serão documentadas com folhas<br />

respectivas. As relações e as folhas serão autenticadas com o visto de quem tiver a superintendência<br />

do organismo que presta as contas.»<br />

A posi~ão e o papel tia Ettfet•tneit•a<br />

<strong>11</strong>0 Hospital<br />

Os exames psico-técnicos, a escolha c a formação<br />

das aluuas-eufermeh·as<br />

Por M.clle A. E. RAU<br />

Enfermeira-Che fe no H ospital Cantonal de Lausana<br />

(ln Veska ·- Zeitschrift - Nov. 1950)<br />

Se o desejardes, partiremos do ponto central que é o doente.<br />

Sim! O doente é o centro de todo o ponto de partida. Verdadeiramente,<br />

o bom Senhor de La Falisse não o teria dito melhor. E contudo,<br />

acontece que nós o esquecemos mesmo muitas vezes, não só<br />

as enfermeiras, como os médicos, os empregados ou o pessoal da casa.<br />

Constroem-se hospitais, clínicas, estabelecimentos de toda a<br />

espécie para o doente. Os médicos, as enfermeiras e os farmacêuticos,<br />

formam-se para o doente. Numerosas fábricas, objectos de pensos,<br />

instrumentos, produtos farmacêuticos, leitos, móveis, aparelhos eléctricos, de<br />

Raios X e de todo o género; apetrechos de cozinha, loiças, roupa branca, etc.,<br />

trabalham para o doente.<br />

Que é o doente? É um ser semelhante a nós, mas um ser que sofre,<br />

angustiado, desgraçado e que, em geral, não o desejou ser. A doença caíu-lhe<br />

em cima trazendo-lhe, à porta, os sofrimentos pessoais que acabamos de enumerar,<br />

quantidades de aborrecimentos, de calamidades, de perdas financeiras e<br />

talvez ... a perda da vida. Compreende-se que o mais ardente desejo do doente<br />

é curar-se; nisso põe ele toda a esperança. E põe igualmente a sua esperança<br />

no grupo de que fazemos parte; ele espera de nós uma ajuda substancial, não só<br />

física mas também moral e material. Torna-se às vezes exigente e tem esse<br />

direito pois que o seu objectivo é curar-se. O nosso objectivo deve ser o mesmo,<br />

a cura ou pelo menos a redução dos sofrimentos do doente. Neste batalhão<br />

ou, se mais vos agradar, nesta imensa cadeia em que todos os anéis devem ser<br />

sàlidamente soldados uns aos outros para fazer obra útil, qual é o anel mais<br />

próximo do doente? É a enfermeira, únic~ pessoa que está junto do doente<br />

noite e dia. É ela quem mais saberá acerca do doente, não direi sob o ponto<br />

de vista científico, administrativo, social ou psicológico, mas a enfermeira<br />

terá mais, não importa quais, informações sobre todos estes pontos. É ela<br />

também, com o médico quem concretiza em parte aos olhos do doente, tudo o<br />

que se lhe fizer para lhe permitir atingir a cura. O primeiro papel da enfermeira<br />

ll<br />

16<br />

DOSPIT.&.Ill<br />

POR'l'UGUESES<br />

lf


é pois aquele que preenche junto do poente, a sua p·rirneira posição a que torna<br />

em frente dele.<br />

Lembremos por outro lado que o doente julgará muitas vezes o hospital<br />

pela atitude das enfermeiras. Mesmo que todo o pessoal do hospital seja excelente,<br />

se as enfermeiras forem más, a reputação do hospital não será boa.<br />

A enfermeira deve saber acolher o doente: sabemos o que vale a primeira<br />

impressão. Ela deve saber levar-lhe tanto quanto possível urna consolação<br />

para os seus inales físicos, -isto entra na técnica dos cuidados aos doentes, -<br />

mas deve também levar um conforto moral, deve criar uma atmosfera de confiança<br />

na qual o doente se possa apoiar e abandonar sem cuidado, sem medo,<br />

seguro de que tudo será feito para si, pelo melhor.<br />

Ela deve ~ nsinar ao doente a adaptar-se a esse meio estranho para ele,<br />

a obedecer às ordens do médico e às regras da casa. Esta adaptação é mais<br />

difícil se o doente se encontra em enfermaria. É preCiso não esquecer que o<br />

qoente o não desejou ser, e, corno dizia ultimamente um eminente prático<br />

«N euchateleuse», ele não escolheu as p essoas com quem vive agora ; é obrigado<br />

a tolerar enfermeiras e médicos, os doentes que partilham a sua sorte, o pessoal<br />

do hospital, os novos hábitos qu~ lhe parecerão muito desconfortáveis e fastidiosos,<br />

e tudo isso, justamente quando tem m enor resistência física e psíquica,<br />

quando está talvez esmagado pelo seu sofrimento, incapaz de fazer um esforço<br />

e se mostra impaciente, autoritário, de mau humor, revoltado ou, pelo contrário,<br />

apático . .<br />

Se a enfermeira venceu no seu primeiro contacto com o doente, foi u m<br />

grande passo de facto, mas não é senão um primeiro passo, os outros virão depois.<br />

De que paciência, de que doçura, de que bondade, de que tacto não dará<br />

provas para o fazer. M as t ambém precisará de ser firme, enérgica, que saiba<br />

fazer-se obedecer. D eve ter constantemente o espírito àlerta para apreender<br />

as diferentes reacções do doente, deve ter espírito inventivo, imaginativo para<br />

encontrar novas rnaneiràs para aliviar a posição do doente, não só sob o ponto<br />

de vista profissional como psicológico.<br />

Poder-se-ia julgar que os doentes que dão mais trabalho às enfermeiras,<br />

que as fatigam mais, são os de carácter insuportável, os mais exigentes. Pelo<br />

contrário, muitas vezes são os que se deixam ir, que não lutam; os que tornam<br />

as nossas forças, as gastam, pois nos é necessário espevitar a sua ausente vontade<br />

de curar com todas as nossas forças, já bastante esgotadas por outros. Estes<br />

doentes nos cansam, nos sugam, «qos chupam», se me permitem esta expressão<br />

de calão.<br />

A enfermeira deve ser tão reconfortante corno discreta. Deve saber<br />

impor-se sem que o doente o note.<br />

Dissemos há pouco que a adaptação do doente é mais difícil quando o<br />

.doente se encontra em enfermaria. Isso é fácil de compreender. Encontrar-se-á<br />

reunido com 4, 5, 10 ou mais ainda, pessoas com as mesmas dificuldades, mas<br />

de carácter, aspirações, ideias, educação e gostos diferentes. E q1,1antos pequenos<br />

agastamentos em 24 horas! Um doente adormeceu enfim para um pequeno<br />

repouso, é acordado pela tosse de outro, ou pelo desfolhar. de um jornal. ou pelos<br />

cuidados que se dão a um terceiro doente.<br />

Pensai bem em todos estes detalhes! É a enfermeira que deverá apaziguar<br />

todos estes atritos, organizar a vida comum, a fim de que ela seja suportável,<br />

fazer surgir um espírito de equipe ali onde não há senão elem entos individuais<br />

e muitas vezes opostos. Eia deve ser o traço de união entre todos os doentes.<br />

Deve sê-lo também entre o doente e o médico que não vê o seu doente senão<br />

escassos instantes. Profissionalmente, ela apresenta ao médico um relatório<br />

das observações que fez sobre os sintomas da doença, a reacção aos medicamentos<br />

que foram dados, ou aos cuidados que foram prestados. Mais ainda, é ela<br />

muitas vezes quem chama a atenção do médico para certas queixas do doente,<br />

para um desefo, ou para urna dificuldade que o médico não deve ignorar, pois<br />

muitas vezes o doente é tímido, e não conta ao médico o seu caso particular,<br />

ou mesmo não o sabe fazer, lançando-se em explicações muito confusas e enredadas.<br />

Se a enfermeira é o traço de união entre o doente e o médico, é-o também<br />

entre o médico e o doente. É a ela que o médico confiará as ordens que<br />

deverá executar escrupulosamente e muitas vezes fazê-las aceitar p elo doente.<br />

É para a influência da enfermeira que o cirurgião apelará afim de encorajar<br />

o doente a fazer-se operar. É a ela igualmente que ele recorrerá para assistir<br />

e ajudar nas grandes ou p equenas intervenções. D a boa compreensão entre o<br />

médico e a enfermeira dep enderá urna colaboração frutuosa.<br />

A enfermeira será t ambém o traço de união entre o doente e o pessoal da<br />

casa; é ela quem melhor conhece o m omento próprio para executar os trabalhos<br />

de limpeza, corno fazê-las, sem ruído, sem sacudidelas, sem poeiras.<br />

Algumas vezes terá que formar completamente esse pesssoal da casa.<br />

Ela tem também diante de si um trabalho social corno toda a boa dona de casa<br />

em relação ao seu pessoal; trata-se de ocupar-se deles, da sua saúde, da sua<br />

maneira de trabalhar e de todos os seus problemas morais e materiais.<br />

No temos de passagem que nos hospitais, a enfermeira é ainda algumas<br />

vezes encarregada da limpeza dos quartos de doente, e por vezes também de<br />

locais anexos e corredores, o que me parece censurável, quer sob o aspecto económico<br />

quer sob o aspecto da assépsia. Os trabalhos de limpeza deveriam ser<br />

confiados a pessoal que se tornasse menos caro que o pessoal de enfermagem;<br />

este último deve abster-se de sujar as mãos para as conservar tanto quanto<br />

possível isentas de micróbios a fim de evitar a infecção das feridas.<br />

A enfermeira deve velar para que conversas intempestivas se não estabeleçam<br />

por culpa do pessoal da casa; ou algumas vezes mesmo complacências<br />

perigosas, tais como dar de beber ou de comer a doentes· de dieta, ou ainda ali-<br />

18 UOSPIT.AIS<br />

I•Oft'I'UGUF.SES


· mentos fora de certo regime. Neste domínio, a enfermeira deve interpor-se<br />

entre o doente e a sua família ou visitas, assim como deve opor-se a que os<br />

parentes discutam assuntos fatigantes ou excitantes para o doente. Mesmo<br />

algumas vezes, deve proteger o doente contra indiscrições ou certas indelicadezas,<br />

ou graças da parentela. Deve lutar pelos interesses e o regulamento do estabelecimento<br />

e fazê-los respeitar pelo doente, pelos seus parentes e relações. Por<br />

outro lado, o seu dever de sustentáculo moral e de encorajamento estende-se à<br />

família do doente que tem dela tanta necessidade como o doente. E isto me leva<br />

a falar de uma outra actividade da enfermeira: é a sua influência espiritual, que<br />

pode ser directa, por meio de pequenas conversas, de cultos celebrados, regular<br />

ou ocasionalmente, na sala do hospital, de orações de um doente ou ainda a<br />

oração por intenção à noite, quando se retira do serviço. Se não age sempre<br />

directamente, a enfermeira dá conta do melhor momento para a intervenção<br />

do sacerdote. Compete· pôr-se em contacto com o sacerdote desejado pelo<br />

doente ·ou sua família.<br />

Esta actividade deve exercer-se com grande respeito pela liberdade de<br />

consciência de cada um, com infinito tacto, sem pressão. Mas a enfermeira deve<br />

lembrar-se que uma palavra dita a propósito, um pequeno acto, um simples<br />

pequeno nada, pode no domínio espiritual ter repercussões infinitas. Eu não<br />

cito senão de memória a preparação espiritual diária da enfermeira para estar à<br />

altura da sua tarefa, para estar pronta no momento desejado a dar o auxílio<br />

necessário a todo o tempo que permanece o doente no hospital, algumas vezes<br />

mesmo depois, quer para o doente quer para os seus parentes, quando a morte<br />

chega. Tarefa difícil, mas quantas vezes primacial.<br />

Voltemos ao prático. Vimos a enfermeira, traço de união entre os doentes,<br />

o doente e o médico, o doente e o pessoal, o doente e a vida espiritual e os seus<br />

servidores.<br />

Estes são deveres directos, diários; que digo eu, de todos os instantes. Há<br />

outros contactos ainda um pouco menos cotidianos que a enfermeira deve facilitar.<br />

Por exemplo, os contactos administrativos entre os doentes e a secretaria,<br />

e entre os diversos serviços administrativos quando se trata de um grande<br />

hospital.<br />

É preciso que toda a pessoa que entra num grande estabelecimento médico<br />

seja devidamente inscrita, tendo apresentado diferentes papéis; a enfermeira<br />

deve velar porque isto seja convenientemente feito, compete-lhe muitas vezes<br />

reclamar do doente ou de sua família, certas informações, certos papéis. É ela<br />

que deverá fazê-las chegar á secretaria responsável pelas inscrições. É, pois,<br />

necessário que esteja ao corrente de certas rotinas ou obrigações administrativas<br />

e não as omitir, o que arriscaria complicações e consequências pouco agradáveis<br />

para o doente ou para a administração.<br />

Ela é também em parte responsável pelo vestuário do doente, dos objec-<br />

tos pessoais; será preciso pois que saiba o que o doente trouxe consigo e o tome<br />

a seu cuidado. Geralmente um inventário escrito e assinado pelo doente é mais<br />

regular. Para a saída do hospital, depois da cura do doente, são necessárias<br />

as mesmas diligências embora em sentido inverso. Quando se trata de hospitalizados<br />

na miséria,. a enfermeira deve verificá-lo e saber o que é necessário<br />

a esta pessoa, de que auxílio ela tem precisão, e indicará o caso à assistente<br />

social do estabelecimento, se a houver, ou às obras respectivas, se o hospital<br />

não tiver serviço social.<br />

Visto que falamos de auxílio e presentes, citemos de passagem as festas<br />

do Natal, Ano Novo e Páscoa, que são, na <strong>maio</strong>ria dos hospitais, preparadas pelas<br />

enfermeiras. Acontece mesmo que, durante todo o ano, elas confeccionam<br />

objectos para distribuir aos doentes nesses dias.<br />

Um outro departamento bastante importante e que contribue grandemente<br />

para fazer a boa ou má reputação do estabelecimento hospitalar, é a alimentação.<br />

A organização, as possibilidades e as dificuldades não são evidentemente<br />

as mesmas numa casa de doentes e numa casa de sãos.<br />

Evidentemente, quando num serviço, cada doente tem um menu diferente,<br />

a tarefa do cozinheiro não é simples. E contudo, na <strong>maio</strong>ria dos casos, a cura do<br />

doente depende também do que se lhe dá a comer. Nas pequenas casas, são os<br />

directores, ecónomas ou enfermeiras os responsáveis pela organização, cozinha e<br />

refeições.<br />

Nos grandes hospitais, esta responsabilidade pertence a uma dieteta ou<br />

chefe de cozinha. Nos dois casos é a enfermeira quem de novo deve ser o traço<br />

de união. É a ela que o médico indica o regime a seguir, é ela quem controla<br />

os efeitos sobre o doente e que os assinala ao médico. Mesmo quando se trata<br />

de um regime vulgar, o papel da enfermeira é importante. É ela quem vigia que<br />

os pratos cheguem quentes e bem servidos até à cama do doente. Em muitos<br />

estabelecimentos, é ela que recebe e serve as refeições e mesmo, quando seja<br />

auxiliada por auxiliares de enfermagem ou criadas, deve conseguir que as refeições<br />

sejam servidas de uma maneira apetitosa e segundo as prescrições do<br />

médico.<br />

Compete-lhe ver se o doente tem apetite ou se não se alimenta bastante,<br />

ou ainda se tem intolerância para tal ou tal prato; segundo o caso, fará o seu<br />

relatório ao médico ou à cozinha. Finalmente, deve velar igualmente para que<br />

não haja desperdícios.<br />

A enfermeira está ainda em contacto com a rouparia e a lavandaria para<br />

obter o que falta aos doentes; quando o doente é contagioso, deve desinfectar<br />

ou vigiar a desinfecção da roupa suja, antes de a entregar á lavandaria. Todo<br />

0<br />

papel da enfermeira que acaba de ser descrito brevemente, fica à margem<br />

do seu trabalho principal que é, bem entendido, cuidar dos doentes vigiar a<br />

limpeza e a boa manutenção dos quartos, enfermarias e dos locais anex~s. Vigia<br />

UOSPITUS<br />

I'Oil'fUGUI~S.~S 21


o aprovisionamento de medicamentos, de material de pensos, de objectos e<br />

instrumentos necessários aos cuidados dos doentes, de fornecimentos e objectos<br />

de limpeza. Pelo que acabamos de ver, a enfermeira é a intermediária entre<br />

o doente e todos os serviços.<br />

Nos pequenos estabelecimentos, ela é-o directamente, enquanto que nos<br />

grandes existe uma Enfermeira-Chefe que concentra todos os relatórios respeitantes<br />

a uma divisão e entra em contacto com os diferentes orgãos citados, ao longo<br />

destas linhas; administração, economato, cozinha, rouparia, pessoal para reparações<br />

e assim por diante. Muito haveria a dizer sobre o papel das Enfermeiras-Chefes<br />

que são muitas vezes pessoas de valor e que se podem consultar<br />

sobre tudo o que diz respeito ao bom funcionamento de um hospital.<br />

Elas têm com efeito uma grande experiência prática, sabem o que é necessário<br />

para bem cuidar o doente e podem assim evitar os escolhos aos especialistas<br />

que nunca viveram cotidianamente num serviço de doentes. É por isso<br />

que se desenha na Suíça, ·a exemplo do que se passa noutros países, um movimento<br />

que tende a fazer entrar as Enfermeiras-Chefes, nos conselhos de Direcção,<br />

comissões de organização ou de construção, onde prestariam serviços inapreciáveis.<br />

O papel e a posição da Enfermeira-Chefe, poderia ser motivo de uma<br />

palestra e não cabe precisamente na de hoje.<br />

<strong>11</strong><br />

AGENTE EM LISBOA E COLÓNIAS<br />

CUSTODIO GANDARELA<br />

R. ALVES CORREIA. 130. 1.• D.• • TELEF. 25060<br />

(segue p.o próximo número)<br />

Fabrico nacional em vidro NEUTRO <strong>11</strong><br />

e PIREX que rivaliza com os melhores<br />

estrangeiros.<br />

Abastecimentos ganhos em concurso:<br />

<strong>Hospitais</strong> da Universidade de Coimbra.<br />

Federação de Caixas de Previdência<br />

do Porto.<br />

Federação de Caixas de Previdência<br />

de Lisboa.<br />

Hospital l'vlilitar Principal<br />

Instituto de Assistência Nacional aos<br />

Tuberculosos.<br />

<strong>Hospitais</strong> da Misericórdia.<br />

Casas de Saúde, Sanatórios, etc.<br />

Marcas: LU A , L U E R V N - 9 - garantidas<br />

contra defeitos de fabrico e fendas de esterilização<br />

A ile~ão<br />

eót•dias<br />

~ssistetteial<br />

podermos aqui incluir todas as Mise-<br />

ricórdias de Portugal.<br />

Tem despertado grande interesse ·<br />

esta secção iniciada no número anterior.<br />

De muitos lados nos têm chegado·<br />

os elementos que solicitámos, a fim de<br />

4-MISERICÓRDIA DE ALVAIÁZERE<br />

das Miseri-<br />

Aos mais retardatários, rogamos,<br />

o façam o mais ràpidamente possível.<br />

Dirigentes: Provedor, Dr. António José Pereira da Silveira e Castro;<br />

Tesoureiro, José Maria Castelão; Secretário, Augusto Ferreira.<br />

Esta Misericórdia construiu recentemente um Posto Hospitalar com<br />

maternidade anexa, que se acha convenientemente apetrechado, além de uma<br />

creche e de um Cine-Teatro. Destes edifícios apenas se acha em funcionamento<br />

o Cine-Teatro devendo entrar brevemente em funcionamento a creche e o Posto<br />

hospitalq.r. O antigo hospital será destinado a um asilo.<br />

Durante o ano de 1950, foram internadas 22 pessoas; consultas externas,<br />

1.157; o valor dos medicamentos subiu a 37.828$00.<br />

Receitas<br />

Próprias<br />

Subsídios<br />

Diversas<br />

577.496$00<br />

50.000$00<br />

794.586$00<br />

1.422.082$00<br />

Despesas<br />

Pessoal .<br />

Material<br />

Assistência .<br />

Diversas<br />

5-MISERICÓRDIA DE CANTANHEDE<br />

16.433$00<br />

7.758$00<br />

44.329$00<br />

1.325.567$00<br />

. 1.394.087$00<br />

Dirigentes: Provedor, Manuel Rodrigues Bento Júnior; Vice-provedor,<br />

Manuel da Costa Perpétua Júnior; Mesários, Manuel Marques Lourenço,<br />

Augusto Dias da Costa, José Lopes de Sá, Alberto Mendes Corredouro e João<br />

Marques Figueira Furão.<br />

Esta Misericórdia exerce a sua actividade através do Hospital do Arcebispo<br />

e Asilo da Infância Desvalida Maria Cordeiro, estabelecimentos ·a<br />

seu cargo.<br />

<strong>11</strong>08PITAI8<br />

I•ORTUGUESES


Porque este Hospital, feito em 1896, é já insuficiente para ~s necessidades<br />

do concelho, foram há pouco iniciadas as obras do Hospital Sub-Regional de<br />

Cantanhede.<br />

Foram internados 474 doentes com 13.050 dias de permanência; consultas<br />

externas, 342; consultas no Banco, 1.021; injecções, 2.436; tratamentos,<br />

3.457; operações de grande cirurgia, 130; de pequena cirurgia, 92; tratamentos<br />

eléctricos, 3.457; Raios X, 802 observações; Maternidade: internamentos,<br />

46; nascimentos, 44; medicamentos, 41.0<strong>11</strong>$25; subsídios, 50$00.<br />

7-MISERICÓRDIA DE PONTE DE LIMA<br />

Dirigentes: Provedor, Dr. Francisco Duriez Esteves Pereira; Procurador,<br />

Dr. Alexandre Pereira de Sá Sotomayor; Tesoureiro, José Soares Correia.<br />

Foram internados, 254 doentes; consultas externas, ·2.129; tratamentos no<br />

Banco, 9.645; o valor dos medicamentos subiu a 157.531$10 e o dos subsídios<br />

a 2.397$90; a despesa com tuberculosos e recém-nascidos (incluída a distribuição<br />

diária de leite e carne) atingiu 20.762$90.<br />

Receitas<br />

Despesas<br />

Receitas<br />

Despesas<br />

Próprias<br />

Subsídios<br />

Diversas<br />

120.832$00<br />

<strong>11</strong>4.532$00<br />

190.212$00<br />

Pessoal . 38.489$00<br />

Material 6.629$00<br />

Assistência . 215.687$00<br />

Diversas 93.207$00<br />

Pessoal . 51.709$60<br />

Próprias 326.8<strong>11</strong>$00 Material 10.122$00<br />

Subsídios 80.000$00 Ass\stência . 257.657$00<br />

Diversas 14.982$66 Diversas 313.661$20<br />

425.576$00<br />

354.012$00<br />

421.793$66 633.149$80<br />

O Asilo de Infância Desvalida Maria Cordeiro tem presentemente intel'­<br />

nadas 20 crianças do sexo feminino.<br />

6-MISERICÓRDIA DE ALCOCHETE<br />

Dirigentes: Provedor, Francisco José P. Coutinho Faco Leite da Cunha;<br />

Tesoureiro, Manuel Marques Sena ; Vogal, Nicolau José Baptista.<br />

Esta Misericórdia administra o Hospital e o Asilo, e os números que<br />

a seguir indicamos, referem-se ao movimento dos dois estabelecimentos ern<br />

conjunto.<br />

Internados, 27 no Hospital e 60 no Asilo ; consultas externas, 825; tra·<br />

tamentos no domicílio, 6; os medicamentos atingiram 78.229$20 e os subsídios,<br />

146.877$50.<br />

Receitas<br />

Próprias<br />

Subsídios<br />

Diversas<br />

•<br />

834.984$29<br />

138.042$60<br />

9.859$90<br />

982.886$79<br />

Despesas<br />

Pessoal . 50.308$00<br />

Material 231.770$55<br />

Assistência 444.512$20<br />

Diversas 370.370$76<br />

1.096.961$51<br />

O «déficit» verificado foi coberto pelo saldo positivo dos exercícips<br />

anteriores.<br />

8-MISERICÓRDIA DA VILA DE SANTA CRUZ DA<br />

ILHA DAS FLORES- AÇORES<br />

Dirigentes: Presidente, P.• Maurício António de Freitas; Vice-presidente,<br />

José de Castro Mota; Vogal-Tesoureiro, António dos Santos.<br />

As consultas externas atingiram 87 5; o valor dos medicamentos e dietas<br />

subiu a 6.671$70 e o dos subsídios a 828$00.<br />

Receitas<br />

Próprias<br />

Subsídios<br />

Diversas<br />

13.128$50<br />

14'.000$00<br />

1.856$00<br />

28.984$50<br />

Despesas<br />

Pessoal .<br />

Assistência .<br />

Diversas<br />

(Continua)<br />

2.100$00<br />

7.499$70<br />

4.362$00<br />

13.961$70<br />

JIO~PIT" 18<br />

PORTUfo{!ESES


Da assistêtteia soei ai e t•eli~iosa<br />

1 -Assistência à família.- Como<br />

definição de princípios, útil a todos<br />

os titulas, e digna de atenção cuidada,<br />

transcrevemos para aqui uns passos<br />

da entrevista que o Delegado do Instituto<br />

de Assistência à Família, em<br />

Coimbra, Dr. Joaquim Machado de<br />

Araújo deu ao jornal «Diário de<br />

Coimbra».<br />

«Assim que lhe perguntámos o<br />

que era o Instituto de Assistência à<br />

Família, respondeu : Conforme a<br />

definição legal, é um dos órgãos<br />

da Assistência Social com funções<br />

de coordenação e orientação das modalidades<br />

de assistência das instituições<br />

ou obras que interessam à defesa<br />

da família.<br />

Neste caso, atalhámos, o Instituto<br />

não foi mais uma obra que se criou,<br />

como erradamente se tem interpretado,<br />

não é verdade?<br />

A lei é clara a esse respeito, quando<br />

afirma que os Institutos criados p elo<br />

decreto-lei n. 0 35.108 não se propõem<br />

Pode uma enfermeira baptisar? .<br />

Sendo o Baptismo um sacramento<br />

absolutamente n ecessário para<br />

a salvação, a Igreja facilitou a sua<br />

administração de forma a que todos<br />

os homens possam recebê-lo mesmo<br />

Da assistência social<br />

Da assistência ••eli;losa<br />

substituir as ·instituições vulgarmente<br />

designadas por obras.<br />

Como é do conhecimento público, o<br />

Instituto dispõe de um serviço social de<br />

visitação que estuda as dificuldades<br />

materiais, económicas e morais da família<br />

e, ao encontra-lhe a solução justa,<br />

propõe as medidas necessárias, não dispensando<br />

nunca o esforço dos seus<br />

membros, isto é, ajuda-os a ajudarem­<br />

-se. Mexer num problema familiar que<br />

não se pode resolver pelos seus próprios<br />

meios é, sem dúvida, agravá-lo e,<br />

além do efeito psicológico negativo,<br />

dificultaria a resolução de outros problemas<br />

familiares, como é óbvio».<br />

2- De visita às obras de assistência<br />

social do centro do país saíu . de<br />

Lisboa um grupo de associadas do<br />

Sindicato Nacional dos Assistentes<br />

Sociais, Educadoras Familiares e outros<br />

profissionais do Serviço Social.<br />

A viagem de estudo durará dois dias.<br />

quando não é possível recorrer a um<br />

sacerdote.<br />

Na verdade, em princípio, é ao<br />

pároco próprio que cabe o direito de<br />

baptisar; mas, em casos de urgência,<br />

isto é, quando haja probabilidade ou<br />

fundado receio de p erigo de morte, na<br />

falta de um sacerdote qualquer outra<br />

pessoa ·(homem ou mulher) pode<br />

administrar vàlidamente o baptismo<br />

desde que empregue a devida matéria<br />

é: forma e tenha a intenção de fazer<br />

o que faz a verdadeira Igreja. Portanto,<br />

nestas condições, a enfermeira<br />

pode e deve baptisar.<br />

Pràticamente, procede da seguinte<br />

maneira: derrama água · natural (fria<br />

ou morna) na cabeça do baptisando<br />

e diz ao mesmo tempo: «F .. .. (nome)<br />

eu te baptiso em nome do Pai, do<br />

Filho e do Espírito Santo».<br />

Havendo dúvida se a criança está<br />

viva ou não, ou se já foi baptisada<br />

ou não, baptisa-se sob a condição<br />

dizendo: «F . . . se vives, ou<br />

se ainda não foste baptisado, eu te<br />

baptiso etc.».<br />

Os abortos assim como os seres<br />

disformes, devem também ser baptisados<br />

condicionalmente dizendo: «F .. .<br />

se és capaz, eu te baptiso, etc.».<br />

~ODUTOS<br />

MANTEIGA<br />

QUEIJO<br />

LEITE P ASTEURIZADO<br />

São estes os casos mais frequentes;<br />

mas se alguém desejar outras instruções,<br />

pergunte.- P.e EuGÉNIO.<br />

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PORTUGUESES ~,


<strong>III</strong>I<br />

li '<br />

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52039 e 15455 - Telegramas: COSTI­<br />

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Lisboa. Telefone 38qr/6-Telegramas:<br />

MICROPHONE- Lisboa.<br />

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Madalena, 66-2. 0 - E - Lisboa. Telefone<br />

25722.<br />

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- Lisboa. Telefone 23989.<br />

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21341- Teleg.: Lisboa Dentes.<br />

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e Electrodentária. Rua ·de<br />

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Adico.<br />

(Segtuj<br />

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Telegramas: «AD LI»- Braga.<br />

* Fábrica Portugal S. A. R .. L. -Metalurgia,<br />

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dos Anjos, g6- Lisboa. Telefone<br />

47157/9-Telegramas: FIELSA.<br />

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Metálico: Cirúrgico, Hospitalar.<br />

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António de Aguiar, 43-Rjc-0. 0 •<br />

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ABBOTTLAB.<br />

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No último número, na secção «Coisas grandes ... e pequenas» publicámos<br />

uma local, subordinada ao título «Os bodas . .. » na qual começávamos<br />

perguntando: Para que servem os bodas ?<br />

O nosso muito estimado colaborador, Rev.O Padre Eugénio Martins, .<br />

enviou-nos, a tal respeito, o que segue e gostosamente publicamos:<br />

OS BODOS . .. -Em local subordinada<br />

a este mesmo título, p.erguntava-se<br />

no n. 0 10 de <strong>Hospitais</strong> <strong>Portugueses</strong><br />

se os bodos «resolvem em definitivo<br />

alguma situação económica<br />

desequilibrada»; se «o pobre que<br />

janta um dia à farta fiça sem fome<br />

durante todo o ano»;· se «o desem ­<br />

prego arranja emprego no bodo»;<br />

se «o vadio se converteu · ao trabalho»,<br />

etc., etc.<br />

Mas onde se encontrará tão eficaz<br />

panaceia que cure tão radicalmente<br />

os males sociais enunciados naquelas<br />

perguntas? - N ós não a conhecemos.<br />

E, por isso precisamen t~, estranhamos ·<br />

que se exija tanto a um simples bodo,<br />

de intenções bem mais modestas .. .<br />

Na verdade, .um bodo é, por definição,<br />

um banquete, refeição ou donativo<br />

com que se pretende comemorar<br />

uma festa. Em todos os tempos,<br />

entre pagãos como entre cristãos, a<br />

palavra bodo não tem outra semântica<br />

etimológica ou comum.<br />

Tomando-a, pois, neste sentido, em<br />

Princípio nada vemos por que se condenem<br />

os bodos. Têm, até, uma tradição<br />

e sentido cristãos que vêm desde<br />

os tempos apostólicos: para comemorar<br />

a última ceia de Jesus em todos os<br />

Pormenores, os fiéis costumavam ceiebrar<br />

a Eucaristia precisamente nas<br />

àgapes, para as quais convidavam<br />

especialmente os pobres. E , ainda<br />

hoje, na Quinta-feira Santa, em muitas<br />

partes do mundo católico (em Lisboa,<br />

por exemplo, S. Eminência o<br />

Senhor Cardial Patriarca fá-lo) se<br />

mantém o costume de os próprios<br />

bispos servirem á mesa os pobresinhos.<br />

-Positivamente, não podemos deixar<br />

de louvar todos aqueles que, levados<br />

por verdadeiros sentimentos de fraternidade<br />

e caridade cristãs, associam<br />

às suas alegrias de festa os que habitualmente<br />

arrastam uma vida de tristeza<br />

e privações. Ê verdade que os<br />

pobres «jantam um dia à farta e<br />

.ficam com fome durante todo o ano»;<br />

mas - valha -nos Deus - reconheça-se<br />

que já é felicidade (bem sabemos<br />

que pequena) terem a menos<br />

um dia de fome, terem um dia de<br />

fartura no meio de um ano inteiro<br />

de fome.<br />

Infelizmente- e aqui deveria incidir<br />

o reparo do articulista - os bodos<br />

nem sempre são distribuídos conforme<br />

as regras da caridade cristã: em vez<br />

de se levarem discretamente a casa<br />

dos pobres criteriosamente escolhidos,<br />

há quem prefira tocar a trombeta e<br />

distribui-los na praça pública ou nas<br />

30<br />

31


edacções dos jornais, em paradas ...<br />

desedificantes e deseducativas.- Embora,<br />

nestes casos, ainda subsista um<br />

certo espírito de solidariedade humana,<br />

o processo é condenável.<br />

Quanto melhor não seria que se usasse<br />

o método vicentino!<br />

Outro aspecto que também queremos<br />

focar, é a falta de sentido social<br />

que frequentemente se nota em quem<br />

organiza e promove os bodos. Às<br />

vezes recolhem-se e distr_ibuem-se tão<br />

largas somas de dinheiro que, com<br />

elas, poder-se-iam lançar as bases de<br />

uma obra social de carácter permanente<br />

que dia a dia fosse amparando e<br />

reeducando os pobres ou, se já existisse<br />

uma obra de reconhecida eficiên-<br />

cia, talvez fosse preferível entregar­<br />

-lhas para alargar a sua acção.- Esta<br />

seria a solução ideal; contudo, pode<br />

pão ser viável - .porque não existe<br />

essa obra ou não é possível criá-la<br />

por falta de pessoas capazes de garantir<br />

o seu funcionamento e continuidade.<br />

Ainda então, melhor é que<br />

se faça o bodo .a que não se faça<br />

coisa alguma; simplesmente neste<br />

caso, é de aconselhar (como aliás<br />

é costume) que o bodo conste de<br />

géneros que o pobre vá cosinhando<br />

conforme lhe convenha, ou de roupas<br />

e alfaias de trabalho que lhe<br />

sirvam pela vida fora.<br />

Neste sentido, creio. eu, é que convém<br />

doutrinar-se.<br />

Cumpre-nos responder.<br />

Antes de mais, façamos uns reajustamentos de pormenor ao artigo do<br />

nosso colaborador. Assim:<br />

a) O problema foi posto por nós, desde início, no campo puramente<br />

assistencial. Por isso nos recusamos a discutir, de leve que seja, a intervenção·<br />

de venerandos prelados nos bodas de Qtzinta-feira Santa. Nada nos obrigaria<br />

a concordar com tal prática. Mas, repetimos, tal facto está fora de discussão<br />

e não fornece argumento de valor para qualquer das partes.<br />

b) Também não queremos discutir a ligação das àgapes dos primeiros<br />

cristãos com os bodas. Fàcilmente se demonstraria não existir já hoje relação<br />

que pese decisivamente na discussão. Pois se há bodas organizados por pessoas<br />

e colectividades confessadamente anti-cristãs . ..<br />

c) Entendeu mal o nosso colaborador- certamente por deficiência<br />

nossa- a local em análise. De maneira alguma nós exigimos que os bodas<br />

resolvam, em conjunto, e de uma só vez, todos os problemas de assistência<br />

por nós enunciados, nem os muitos outros que ficaram por enunciar. Tivemos<br />

o cuidado de dar a cada um desses problemas um período gramatical autónomo.<br />

Isto significa que nós consideraríamos justificados os bodas se eles resolvessem,<br />

ao menos, um de qualquer desses problemas. E não sabemos que menos se lhes<br />

poderá exigir.<br />

d) A definição de bodo, dada pelo nosso colaborador, é um pouco confusa.<br />

Para ele é bodo, tanto um banquete como uma refeição ou um donativo.<br />

Poderíamos escrever muito para demonstrar que este conceito o levaria a considerar<br />

como boda qualquer refeição ou banquete de pessoas amigas. Tal não<br />

foi decerto o pensamento de quem escreveu aquelas linhas. E porque todos<br />

nós entendemos o que se queria dizer, passemos à frente.<br />

Agora o essencial:<br />

Bódo é, mais rigorosamente, a dádiva de uma refeição, feita publicamente<br />

por um indivíduo ou colectividade a uma massa de pessoas pobres ou<br />

indigentes. Por extensão embora pouco vulgar, já se vai chamando bodo à<br />

distribuição de peças d~ vestuário.<br />

O boda assenta em três pilares fundamentais: a intenção de fazer bemr<br />

por parte do organizador; a miséria ou estado de necessidade, do lado dos beneficiários;<br />

e atribuição ·dos donativos feita publicamente, e por medida igual<br />

a todos os necessitados. O bodo é, pois, em resumo, uma forma, um processo<br />

de dar aos pobres.<br />

Ora, dar aos pobres é de louvar, desde que seja bem dado, isto é, desde<br />

que o processo seja o conveniente. Uma esmola, em si, é acto meritório, desde<br />

que seja dada com certa intenção e por certa forma. O bem tem de ser bem<br />

feito, sob pena de ser um mal a evitar.<br />

Ora, precisamente, nós sustentamos que o bodo é um processo<br />

reprovável.<br />

(O Sr. Padre Eugénio também assim o entende. Mas termina seu artigo<br />

com a estranha afirmação «melhor é que se faça o boda do que coisa nenhuma».<br />

Não concordamos. As coisas ou são boas ou más, pura e simplesmente. Os<br />

meios termos não podem existir nesta matéria).<br />

O bodo é reprovável porque: a) não é organizado com a prévia averiguação<br />

das específicas necessidades de cada pobre; b) ignora a família do<br />

necessitado, elemento essencial de qualquer actividade assistencial; c) a distribuição<br />

de comida em público repugna ao carácter íntimo que deve ter toda<br />

a assistência e toda a caridade: que a tua mão esquerda ignore o que deu a mão<br />

direita; d) por virtude dessa publicidade, humilha-se desnecessàriamente o<br />

pobre, em benefício da ostentação do doador; e) ainda por esse motivo, a ligação<br />

afectiva, de alto valor humano, que une sempre o que dá, em v~rdadeira<br />

caridade, ao que recebe, perde-se nessa massa de desconhecidos que aparecem<br />

Para receber e desaparecem para sempre, em seguida; f) não faz apelo às possibilidades<br />

de recuperação social e económica que há em todo o necessitado:<br />

não o ajuda a ajudar-se; g) deseduca os pobres, fazendo-lhes ver que se pode<br />

receber comida sem qualquer esforço, só por ter feito anos que nasceu um filho<br />

de certa pessoa importante; h) suscita questões entre os beneficiados, invejas<br />

e até brigas sérias; i) não resolve um único dos casos individuais a que se<br />

dirige e destrói disponibilidades que seriam capazes de dar solução útil a mui­<br />

'tos desses mesmos casos.<br />

UOSPI'l'.t.U<br />

PORTUGUESES 33.<br />

3


É, em resumo, um processo, não só inútil, do ponto de vista assistencial<br />

e caritativo, mas até contraproducente: logo condenável.<br />

Cada uma destas alíneas pode ser- e sê-lo-á- objecto de explanação<br />

mais cuidada num dos próximos números desta revista.<br />

Antes de terminar, não podemos deixar de apontar a estranha afirmação<br />

do nosso colaborador, segundo a qual, já é uma felicidade poder o pobre comer<br />

um dia à farta, embora fique com fome no resto do ano. Esta frase chega a<br />

.ser cruel e parece-nos destituída de todo o verdadeiro sentido caritativo e assistencial.<br />

O pobre não é apenas um corpo a alimentar. É uma pessoa a reabilitar.<br />

E não é apenas um pretexto de caridade; é um valor social que, numa<br />

sociedade perfeita, tem de ser amparado nos 365 dias do ano, até ele readquirir<br />

o seu equilíbrio económico perdido. Frases como aquela equivalem a estas e<br />

.a outras que se podiam construir às dúzias: mais. vale dormir apertado numa<br />


gusto Ribeiro (Presidente da Secção<br />

Regional do Norte) e D. Maria José<br />

de Mascarenhas Morais Ataíde.<br />

Secção Regional do Norte- A<br />

direcção eleita em Assembleia Geral<br />

tem a composição seguinte: Presidente,<br />

Aníbal Aug~sto Ribeiro; Secretário,<br />

Eduardo Ernesto Alves Simão;<br />

Tesoureiro, António Quintas<br />

Gomes de Sousa; Substitutos, José<br />

Arnaldo Campelo Calheiros e Luís<br />

Virgolino Benjamim da Silva.<br />

Delegação de Coimbra- No dia<br />

30 do mês de Junho, esta Delegação<br />

encerrou as sessões culturais a que nos<br />

referimos no último número com um<br />

serão na F. N . A. T . ao qual presidiu<br />

o Delegado do I. N. T. P., com a<br />

assistência de muitas individualidades,<br />

entre as quais o presidente do Sindicato<br />

que, propositadamente se deslocou<br />

de Lisboa.<br />

Reconhecendo o mérito da acção<br />

da Delegação de Coimbra, foi prometida<br />

a sua transformação em Secção,<br />

o que causou enorme satisfação em<br />

todos os associados desta área.<br />

NOTÍUiflS DAS ESUOLAS<br />

Escola Técnica de<br />

Enfermeh·as<br />

-Lisboa<br />

No dia 19 de Março último, às<br />

17 horas, efectuou-se, na sala de aula<br />

do Bloco Hospitalar, a cerimónia da<br />

impos1çao do «cap» às alunas do<br />

1. 0 ano da Escola Técnica de Enfermeiras.<br />

Presidiu o sr. Prof. Francisco Gentil,<br />

ladeado pelas sr.•• D. Fernanda<br />

Alves Diniz e D. Maria Luiza Moniz<br />

Pereira e pelos Profs. Drs. Bénard<br />

Guedes e Victor Fontes.<br />

Quando se procedia à imposição<br />

do «cap», feita pela directora da Escola,<br />

a sr.• D. Fernanda Alves Diniz<br />

proferiu algumas palavras sobre a sua<br />

significação.<br />

Foi encerrada a cerimónia depois<br />

de terem recebido a touca 15 alunas.<br />

Escola do Dr. Ângelo da<br />

Fonseca - Coimb•·a<br />

Estão já a preparar-se os planos<br />

para as matrículas do próximo ano<br />

escolar. O Lar das Alunas-Enfermeiras,<br />

onde vivem as alunas, está sendo<br />

melhorado nas suas instalações. As<br />

matrículas efectuam-se de 15 a 30 de<br />

Setembro.<br />

Escola de .&rttn• Ra­<br />

-vara- Lisboa<br />

Em viagem de recreio e estudo,<br />

estiveram de visita a alguns estabele·<br />

cimentos de assistência do centro do<br />

país, os alunos finalistas daquela Es·<br />

cola.<br />

Além das Escolas de enfermageJil<br />

de Coimbra, os visitantes percorreram•<br />

com interesse, as obras de assistência<br />

de toda a região de Coimbra.<br />

o<br />

~ubsecJ•e(aria(lO<br />

Usando da faculdade conferida pela<br />

1.• parte do n. 0 2.õ do artigo 109. 0 da<br />

Constituição, o Governo decreta e eu<br />

promulgo, nos termos do § 2. 0 do seu<br />

artigo 80. 0 , para valer como lei, o<br />

seguinte:<br />

Artigo 1. 0 Junto da Inspecção da<br />

Assistência Social funcionará uma<br />

comissão constituída pelo inspector­<br />

-chefe da Assistência, que presidirá,<br />

por um inspector ou subinspector, que<br />

servirá de secretário e por três vogais<br />

designados anualmente pelo Ministro<br />

do Interior de entre os directores ou<br />

funcionários superiores dos estabelecimentos<br />

de assistência.<br />

Artigo 2. 0 O presidente e os membros<br />

da comissão desempenharão as<br />

funções que lhes são atribuídas por<br />

este diploma sem prejuízo do exercício<br />

dos respectivos cargos.<br />

Artigo 3.° Compete à comissão:<br />

Lo Dar parecer fundamentado<br />

nos processos relativos à aquisição por<br />

concurso público, de géneros, medicamentos,<br />

roupas, instrumentos cirúrgicos<br />

ou de quaisquer outros artigos<br />

<strong>III</strong>"NIS'I'ÉitiO DO INTERIOR<br />

de Esia(lo da .~uistência Social<br />

ltecr·eto-Lei n,o 3S:331<br />

ou materiais, desde que dos respectivos<br />

contratos resultem para os estabelecimentos<br />

ou serviços oficiais de assistência<br />

encargos de valor superior<br />

a 10.000$00;<br />

2. 0 Propor a abertura de novo<br />

concurso, ou a aquisição por compra<br />

directa nos mercados abastecedores<br />

sempre que os concursos ficarem desertos,<br />

haja suspeita de conluio entre<br />

os concorrentes ou quando nenhuma<br />

das propostas satisfaça os interesses<br />

da Administração;<br />

3. 0 Propor que a aquisição de<br />

artigos e produtos que interessem a<br />

vários estabelecimentos se faça por<br />

meio de um único concurso, dividindo-se<br />

os encargos respectivos proporcionalmente<br />

às quantidades a<br />

adquirir por cada um dos organismos<br />

interessados.<br />

§ 1. 0 O Ministro do Interior poderá<br />

dispensar, em casos justificados,<br />

o parecer prévio da comissão,<br />

sem prejuízo, porém, do uso da faculdade<br />

prevista no parágrafo seguinte.<br />

§ 2. 0 Sempre que for julgado con-<br />

36<br />

I'OilTUGUESES<br />

37


veniente, o Ministro do Interior poderá<br />

determinar que a comissão averigue<br />

se nas propostas de aquisição<br />

não abrangidas pelo n. 0 1. 0 deste artigo<br />

são salvaguardados os interesses do<br />

Estado e dos estabelecimentos ou serviços<br />

a que as aquisições respeitam.<br />

§ 3. 0 A comissão poderá fiscalizar<br />

a recepção dos produtos adquiridos, a<br />

fim de averiguar se os mesmos correspondem<br />

às condições de adjudicação<br />

ou aquisição, propondo as providências<br />

que julgar necessárias no caso de<br />

não corresponderem.<br />

Artigo 4. 0 A comissão poderá solicitar<br />

dos serviços do Estado, dos organismos<br />

corporativos e de coordenação<br />

económica e dos estabelecimentos de<br />

assistência as informações, exames, e<br />

análises que julgue necessários ou<br />

convenientes ao desempenho das suas<br />

funções.<br />

§ único. As despesas com os exames<br />

e análises serão suportadas pelos<br />

estabelecimentos e serviços a que os<br />

fornecimentos respeitarem.<br />

Artigo 5. 0 • Para efeitos do disposto<br />

no artigo 3. 0 , todos DS estabelecimentos<br />

e serviços de assistência oficial<br />

são obrigados a enviar à comissão<br />

criada por este diploma os processos<br />

relativos a fornecimentos de que resultem<br />

éncargos de valor superior a<br />

10.000$ e bem assim os que lhes<br />

forem requisitados em execução do<br />

disposto no § 2. 0 do mesmo artigo.<br />

Artigo 6. 0 • Os serviços da comissão<br />

são assegurados pela Inspecção de<br />

Assistência Social, que, mediante despacho<br />

do Ministro do Interior, poderá<br />

requisitar dos estabelecimentos e ser-<br />

viços sujeitos à sua fiscalização, o<br />

pessoal de que carecer.<br />

Artigo 7. o. As despesas de instalação<br />

e funcionamento da comissão serão satisfeitas<br />

pelos estabelecimentos e serviços<br />

fiscalizados proporcionalmente<br />

ao volume das respectivas aquisições.<br />

§ único. A importância da respectiva<br />

compartiCipação será fi.l'ada por<br />

despacho do Ministro do Interior,<br />

tendo em atenção as verbas consignadas<br />

nos orçamentos dos últimos<br />

três anos.<br />

Artigo 8. 0 • O presidente e o secretário<br />

da comissão terão direito às gratificações<br />

fixadas na tabela anexa ao<br />

Decreto-lei n. 0 26.<strong>11</strong>6, de 23 de Novembro<br />

de 1935, independentemente<br />

do requisito exigido pelo § 1. 0 do<br />

art. 8. 0 do referido diploma.<br />

Artigo 9. 0 • A comissão submeterá<br />

à aprovação do Ministro do Interior<br />

o seu regulamento interno.<br />

Publique-se e cumpra-se como nele<br />

se contém.<br />

Paços do Governo da República,<br />

4 de Julho de <strong>1951</strong>.- António de Oliveira<br />

Salazar- João .Pinto da Costa<br />

Leite- Fernando dos Santos Costa<br />

-Joaquim Trigo de Negreiros- M a­<br />

nuel Gonçalves Cavaleiro de Ferreira<br />

-Artur Águeda de Oliveira- Adolfo<br />

do Amaral Abranches Pinto - Américo<br />

Deus Rodrigues Thomaz- Paulo<br />

Arsénio Veríssimo Cunha-] osé Frederico<br />

do Casal Ribeiro Ulrich- Manue]<br />

Maria Sarmento Rodrigues­<br />

Fernando Andrade Pires de Lima­<br />

Ulisses Cruz de Aguiar Cortez- Manuel<br />

Gomes de Araújo- José Soares<br />

da Fonseca.<br />

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38<br />

39


PROF. LOPO DE CARVALHO- Em reconhecimento da sua notável<br />

actividade, há 13 anos, como presidente da União Internacional contra a<br />

Tuberculose, o Prof. Lopo de Carvalho foi agraciado pelos governos de França<br />

e da Bélgica, respectivamente, com a Legião de Honra e com a Ordem<br />

de Leopoldo.<br />

Felicitamos vivamente o ilustre homem de ciência, cuja obra é mundialmente<br />

conhecida.<br />

PROF. JOÃO CID DOS SANTOS- O Prof. João Cid dos Santos<br />

acaba de receber as insígnias da Legião de Honra com que o Governo Francês<br />

o agraciou.<br />

Ao conferir esta condecoração, o governo francês quis prestar homenagem<br />

a um eminente representante da ciência médiq. portuguesa e agradecer-lhe<br />

os cuidados com que tratou, durante a última guerra, numerosos marinheiros<br />

franceses.<br />

Congratulamo-nos com esta distinção altamente merecida.<br />

DR. JOAQUIM LEMOS DE MENDONÇA - Foi nomeado subdirector<br />

do Instituto de Assistência aos Tuberculosos, () Sr. Dr. Joaquim Mendonça<br />

que até agora desempenhou as funções de secretário do Ministro do<br />

Interior.<br />

A sua escolha para tão elevado cargo é a consagração das belas qualidades<br />

que pôs a provas no cargo anterior. Sinceramente o felicitamos.<br />

DR. JOÃO FRAGA DE AZEVEDO - O médico analista dos H. C.<br />

L., Dr. João Fraga de Azevedo, foi autorizado a fazer parte da delegação portuguesa<br />

à 4.a sessão da Comissão de Cooperação Técnica em África ao Sul de<br />

Sara, que reune em Londres.<br />

PROF. CELESTINO DA COSTA- Ao Prof. Celestino da Costa, que<br />

esteve em S. Paulo, a reger um curso de Embriologia, acaba de ser conferido,<br />

pela Universidade daquela cidade brasileira, o grau de Doutor «honoris causa».<br />

O Dr. Luís Carlos Junqueira, professor de histologia da mesma Universidade<br />

exaltou as altas qualidades de investigador e de cientista do homenageado,<br />

a que·m aquela distinção honra, enobrecendo ao mesmo tempo o<br />

nosso país.<br />

DRS. EMÍDIO TOVAR FARO e JOAQUIM JOSÉ DE PAIVA<br />

CORREIA- Pela portaria inserta no «Diário do Governo», n. 0 125, 2.a série,<br />

de 2 de Junho último, o Ministro do Interior encarregou os Drs. Emídio Tovar<br />

Faro e Joaquim J . Paiva Correia, respectivamente enfermeiro-mór dos <strong>Hospitais</strong><br />

Civis de Lisboa e adjunto do Hospital Júlio de Matos, de representarem<br />

oficialmente Portugal no VII Congresso Internacional da Federação Internacional<br />

dos <strong>Hospitais</strong>, o qual se realiza em Bruxelas de 15 a 21 de Julho.<br />

V. S., nos instantâneos . . .<br />

pa ra qtu· 1"'!'."1. <strong>11</strong><strong>11</strong> fu turn.<br />

rt ' \ I H r o'" momt • nt n~ IC!izt')Õ dll paso;ado.<br />

Eh JoiJ Jo1 inúmeros (ampoJ em Qll• a Kodol- •<br />

p6e o fotogrollca o seu servk o.<br />

O dentista, nas radiografias . .<br />

m di ~ j )(! ll s. Ív c l !l <strong>11</strong>:.1 l oc.:d i 1.< <strong>11</strong>~ào de •·:1\ ~ol.ul •·"<br />

fH,:ultas n~ d cn t ~. e dn~ mft., ·•:l.l\·;; tio ~<br />

maxilares . . . t' pa ra UJlllltt r ;I prt'\ t•nt r.<br />

entre outros dc!'t·onfortní'. nrttlon·.; dt· ,(,•n ll •:o.<br />

KODAK , Limiled, Rua Gamll, JJ - LISBOA<br />

40 IIO~PITAIS<br />

POR1'UGUESES 41


Santa r:ua tia lliseJ•icordla<br />

do PoJ•to<br />

A Santa Casa da Misericórdia do<br />

Porto, durante o ano de 1950, teve<br />

considerável aumento de despesas e<br />

grande quebra de receitas, pelo que<br />

fechou as suas contas com um «déficit»<br />

administrativo de 415 contos.<br />

Contudo, não deixou de ser valiosa<br />

a obra assistencial levada a efeito durante<br />

aquele ano. Podemos avaliá-la<br />

pelos números que seguem: .O Hospital<br />

Geral de Santo António internou<br />

<strong>11</strong>.415 doentes, registou 1.066<br />

nascimentos e efectuaram-se 4.499<br />

operações cirúrgicas, 77.838 consultas,<br />

148.221 curativos e muitos milhares<br />

de aplicações várias, desde injecções<br />

a raios ultravioletas. Forneceram-se<br />

também enxovais a 477 recém-nascidos.<br />

No Hospital de Alienados Conde<br />

de Ferreira houve 6.237 consultas e<br />

fizeram-se 1.602 análises e milhares<br />

de tratamentos.<br />

O Sanatório Semide internou 410<br />

doentes, deu 2.551 consultas e fez alguns<br />

milhares de tratamentos. Manteve<br />

nos diversos estabelecimentos que<br />

administra os seguintes internamentos :<br />

Recolhimento de Orfãos, <strong>11</strong>5; Estabelecimento<br />

Humanitário Barão de<br />

Nova Sintra, 130; Instituto de Surdos­<br />

-Mudos Araújo Porto, <strong>11</strong>8; Hospital<br />

de Convalescentes, 39; Instituto-Asilo<br />

de Cegos de S~ Manuel, 38; Asilo de<br />

Cegos Pereira Lima, 28. E nos hospitais<br />

menores; Lázaros e Lázaras, 26;<br />

Entrevados e Entrevadas, 68; Velhas<br />

e Viúvas, 46; Asilo Monteiro dos Santos,<br />

42.<br />

dotes,<br />

Na assistência em dinheiro,<br />

tenças, subsídios, vestuário,<br />

legados, prémios, esmolas, socorros<br />

domiciliárias e enxovais, dispendeu<br />

518.131$15.<br />

Saoatot•lo de o. Uannel <strong>11</strong><br />

No dia <strong>11</strong> de Junho, o Sr. Subsecretário<br />

de Estado da Assistência,<br />

inaugurou, no Sanatório de D. Manuel<br />

II, em Gaia, a XXI Semana<br />

da Tuberculose. Aquele membro do<br />

governo visitou demoradamente as<br />

modelares instalações do sanatório,<br />

merecendo a sua especial atenção as<br />

oficinas de readaptação dos doentes,<br />

já em funcionamento.<br />

Sob fiscalização médica, os doentes<br />

pouco antes de terem alta, iniciam<br />

ali a sua readaptação ao trabalho.<br />

Pelas 20 horas Sua Ex.a proferiu<br />

ao microfone da Emissora Nacional<br />

uma interessante palestra.<br />

Hospital Escolar de CoiUJbt·a<br />

O decreto n. 0 38:297, de 14 de<br />

Junho do ano corrente autorizou a<br />

Comissão Administrativa das Obras<br />

da Cidade Universitária de Coimbra<br />

a celebrar contrato com o nosso colaborador,<br />

Arquitecto Walter Distei<br />

para a elaboração do projecto definitivo<br />

para o Hospital Escolar de Coimbra.<br />

O encargo deste projecto é de<br />

340.000$00,·e o prazo de execução foi<br />

fixado em 12 meses.<br />

Hospital de Ahneil'in1<br />

Realizou-se o concurso público<br />

para a adjudicação da empreitada de<br />

adaptação do edifício hospitalar desta<br />

vila (2.a fase). O caderno de encargos,<br />

os desenhos e as condições, foram<br />

O decreto n. 0 38:254, de 16 de<br />

Maio de <strong>1951</strong> publica o regulamento<br />

das provas de concurso para os lugares<br />

de médicos escolares, determinando<br />

que se realizem no mês de<br />

ltl édieos escolares<br />

elaborados pela Comissão de Construções<br />

Hospitalares e a base de licitação<br />

foi de 428.770$00.<br />

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Novembro de cada ano e constem<br />

de duas provas, uma teórica e outra<br />

prática e da discussão de uma tese<br />

sobre assunto escolhido pelo candidato.<br />

42<br />

UOSPITi\1~<br />

POilTUGUESES


do Ultramat•<br />

Angola<br />

1 - Vai ser construído pelo Estado,<br />

um hospital para indígenas, na<br />

2rea de Musseque, junto à estrada<br />

d e Catete. Disporá de 350 camas e<br />

está orçado em 30.000 contos.<br />

2- O decreto n. 0 38:281, de 2 de<br />

Junho último, criou na Província de<br />

Angola, a título eventual, uma brigada<br />

de prospecção de tripanossomiase humana<br />

e de quimioprofilaxia anti-hipnósica,<br />

que fica a denominar-se<br />

Brigada de Pentamidinização. Esta<br />

brigada será chefiada por um médico<br />

:inspector e composta por quatro grupos<br />

móveis e vinte e seis chefes de<br />

sector.<br />

Cada um dos grupos móveis é<br />

constituído por um total de 50 unidades.<br />

Para estes efeitos, a província do<br />

Corgo é dividida sanitàriamente em<br />

vinte e seis sectores.<br />

lloçambique<br />

1 - Assinalados benefícios têm<br />

s ido prestados pela obra de Assistência<br />

às Crianças, fundada e administrada<br />

pela Associação Comercial d e<br />

Moçambique.<br />

Além do almoço diário distribuído<br />

às crianças necessitadas, foi organizada<br />

uma Colónia Balnear Infantil,<br />

que tem funcionado anualmente, com<br />

elevado número de crianças. Desde<br />

o seu início, esse número tem aumentado<br />

consideràvelmente, a saber: em<br />

1948, 361 crianças; em 1949, 378 ;<br />

em 1950, 390 e em <strong>1951</strong>, 400.<br />

Além das refeições diárias e da<br />

Colónia Balnear, os serviços de Assistência<br />

da Associação Comercial têm<br />

distribuído vestuário e ministrado assistência<br />

médica e farmacêutica a<br />

muitas crianças pobres.<br />

2 -Está em pleno funcionamento<br />

o pavilhão de infecto-contagiosas do<br />

Hospital Central de Miguel Bombarda,<br />

em Lourenço Marques. D ele<br />

damos a seguir uma curiosa fotografia.<br />

llaeau<br />

1 -A obra de assistência em<br />

Macau, está hoje centralizada num<br />

organismo denominado «Comissão<br />

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I<br />

I<br />

Central de Assistência Pública». A<br />

despesa da assistência pública, prevista<br />

para o corrente ano, monta a<br />

$1.426.481,25 (cerca de 7.845 contos),<br />

isto ·é, uma quantia equivalente a<br />

cerca de 9 por cento de receita governamental<br />

vai ser gasta no socorro<br />

aos necessitados.<br />

O orçamento da Comissão de Assistência<br />

tem aumentado progressivamente<br />

desde 1947. Era nesse ano,<br />

de $530.673,20 (cerca de 2.918 contos),<br />

aumentando sucessivamente até<br />

UM NOVO E PODEROSO ANTIBIÓTICO<br />

1<br />

13acitracina Pomada<br />

13adtracina Linimento<br />

<strong>1951</strong>, ano em que sobe a quase 1 milhão<br />

e meio de patacas.<br />

Esta obra de projecção internacional<br />

tem trazido para a cidade<br />

palavras de louvor de fontes estrangeiras.<br />

2- A Cruz Vermelha Internacional<br />

está a estudar a forma de<br />

estabelecer uma estação intermediária<br />

e temporária, em Macau, para a<br />

transmissão de correspondência a prisioneiros<br />

de guerra e civis de ambas<br />

as partes da contenda, na Coreia.<br />

fú•·mulas<br />

Bacitracina<br />

Vitamina A<br />

• D<br />

Excipiente apropriado<br />

I Bacitracina<br />

Penicilina<br />

Vitamina A+ D<br />

Pohsulfamidas micronizadas<br />

Suspensão etéreo-oleosa ·<br />

f<br />

I fil - 1 • l Bacitracina em frasco de rolha perfurável<br />

13adtracina n traçoes ocaJs Empola com soro fisiológico<br />

LABORATÓRIO ZIMAIA, L_nA<br />

R. DE ANDALUZ, 38 LISBOA<br />

Vila Velha de Rodam- Muito<br />

agradecemos a fineza de nos enviarem<br />

uma ou duas colecções de impressos<br />

«bloco de admis~ão », para nos<br />

facilitar a encomenda que vamos fazer<br />

na tipografia.<br />

Dado que tenham destes blocos<br />

em quantidades e possam fornecer-nos,<br />

agradecemos o favor de nos enviarem<br />

à cobrança na volta do correio, 100<br />

destes «blocos»·.<br />

Foi esta uma das muitas cartas<br />

que recebemos àcerca dos artigos aqui<br />

publicados sobre o registo dos doentes.<br />

Tem apenas, como novidade, a ideia<br />

de a revista mandar fazer blocos de<br />

impressos em grande quantidade para<br />

distribuir aos seus prezados assinantes<br />

que assim beneficiariam de preços<br />

reduzidos, além de que, na província,<br />

nem sempre as tipografias estão apetrechadas<br />

para trabalhos deste melindre.<br />

Informamos que nada custaria<br />

à r . t<br />

ev1s a tomar sobre si esse encargo,<br />

desde que tivesse assegurada<br />

a requisição de todos os impressos<br />

que mandasse fazer. Só aos assinantes<br />

compete decidir este assunto e<br />

indicar-nos cada um a quantidade<br />

desejada.<br />

Portalegre- Para que V. Ex. a<br />

Possa fazer uma ideia do controlo<br />

que temos, há muitos anos organizado,<br />

neste hospital, com os géneros entrados<br />

e<br />

sat<br />

'd<br />

os da despensa ou arreca-<br />

dação dos géneros, junto envio, dois<br />

mapas da entrada de géneros, que<br />

embora sejam de modelo igual, num<br />

escreve-se: «Por meio de requisição» e<br />

no outro «A pronto pagamento», este<br />

último a pronto pagamento é dos<br />

géneros comprados diàriamente no<br />

mercado.<br />

Um outro mapa dá saída de todos<br />

os géneros da despensa (onde se mencionam<br />

só as quantidades e a despesa<br />

total de cada dia, com a alimentação).<br />

Ainda um outro mapa descriminativo<br />

das despesas e quantidade de<br />

cada refeição e quantidade dos doentes<br />

em cada dieta e em cada enfermaria,<br />

asilos e dos empregados.<br />

Tomei a liberdade de enviar estes<br />

mapas a V. Ex.a por ter notado, pelo<br />

que tenho lido, que V. Ex.a se dedica<br />

de alma e coração à boa organização<br />

e regularidade dos serviços dos hospitais,<br />

por isso se alguma coisa minha<br />

fôr de aproveitar fico ao inteiro dispor<br />

de V. Ex.a<br />

Tenho ainda um controlo de medicamentos<br />

da farmácia que ainda não<br />

encontrei noutro hospital da província,<br />

desde que se cumpra á risca, não há<br />

possibilidade de desviar qualquer medicamento.<br />

Foi com o <strong>maio</strong>r gosto que recebi<br />

a carta de V. Ex.a, datada de 10 do<br />

corrente.<br />

O sistema de verificação de géneros<br />

pareceu-me bastante eficiente e, por<br />

4.6 HOSPITAIS<br />

POilTUGUESES


<strong>III</strong><br />

isso, acho conveniente publicar na<br />

revista o mapa do modelo que resume<br />

todos os outros.<br />

Não queria V. Ex.• escrever um<br />

artigo em que explicasse com minúcia<br />

o processo destes registos?<br />

Estou certo de que aproveitaria a<br />

muitos dos nossos assinantes.<br />

Relativamente ao controlo de medicamentos,<br />

informo que é assunto do<br />

Venda de eSJ)eclalldatles fa•·­<br />

macêtitlcas ao J)ílblico em<br />

embalagens de tuna unidade<br />

Decreto-Lei n.• 38:226, de 18 de Abril<br />

de <strong>1951</strong> :<br />

<strong>maio</strong>r interesse. Peço-lhe também<br />

um artigo sobre a matéria e o envio<br />

de mapas e impressos que lhe digam<br />

respeito.<br />

A nossa revista está sempre ao dispor<br />

de todos os hospitais de Portugal<br />

e dos seus dirigentes.<br />

Vai junta a ficha de dirigente que<br />

peço preencha e nos envie acompanhada<br />

de uma fotografia.<br />

§ único A relação será publicada no Diário<br />

do Govêrno e revista sempre que for julgado<br />

necessário.<br />

Art. 3. 0 - A falta de cumprimento do disposto<br />

no art. 1. 0<br />

deste diploma será punida<br />

com a multa de 500$ a 5.000$».<br />

Alimentação e dietética<br />

ÍNDICE PUBLICITÁRIO<br />

Lacticínios de Aveiro, Limitada<br />

Sociedade de Produtos Lácteos<br />

Fabricação de Vidraria<br />

Vidros Clfnicos, Limitada<br />

Ficheiro de fornecedores recomend~dos<br />

Alimentação e dietética . .<br />

Mater~ais e actividades de constru.çã~ e .ins~al~çã~<br />

Matenal e aparelhagem médico-cirúr"ica<br />

Mobiliário metálico, hospitalar e geral<br />

Produtos qufmicos e farmacêuticos<br />

Tapeçaria, colchoaria e artigos de bo;ra~ha:<br />

Vidraria, óptica e material fotográfico<br />

Loiças e artigos domésticos<br />

Fábrica de Loiça de Sacavém, Limitada.<br />

Materiais e actividades de construção<br />

27<br />

4<br />

22<br />

28<br />

28<br />

28<br />

28 e 29<br />

29<br />

29<br />

29<br />

9<br />

<strong>III</strong><br />

<strong>11</strong> 1<br />

1'!<br />

«Sendo imperioso providenciar para que<br />

o público, independentemente de prescrições<br />

de ordem médica ou sanitária, possa adquirir<br />

simplesmente um comprimido, uma ampola<br />

ou apenas uma unidade de fabrico das especialidades<br />

farmacêuticas de consumo corrente<br />

que actualmente se encontram à venda,<br />

mas em embalagens que as contêm em <strong>maio</strong>r<br />

quantidade; usando da faculdade conferida<br />

pela 1." parte do n.• 2. 0 do art. 109. 0 da<br />

Constituição, o Governo decreta e eu promulgo,<br />

para valer como lei,. o seguinte:<br />

Art. 1. 0 - Sem prejuízo das embalagens<br />

normais para venda ao público, os preparadores,<br />

fabricantes, importadores e acondicionadores<br />

de especialidades farmacêuticas<br />

são obrigados a fornecê-las às farmácias em<br />

embalagens, devidamente seladas, contendo<br />

apenas uma unidade das aludidas especialidades,<br />

desde que seja aconselhável a sua<br />

venda em pequenas quantidades.<br />

Art. 2. 0 -A Direcção-Geral de Saúde, no<br />

prazo de noventa dias, elaborará uma relação<br />

das especialidades cuja venda avulsa deva<br />

ser feita nos termos do artigo antecedente.<br />

Abastecimentos<br />

A portaria n. • 13 :545, de 2 2 de Maio, do<br />

ano corrente, determina que poderão abastecer-se<br />

directamente dos armazenistas de mercearia,<br />

sem serem obrigados a inscrever-se<br />

nos Grémios dos Retalhistas de Mercearia,<br />

os estabelecimentos de saúde pública e assis·­<br />

tência, educação e de carácter social.<br />

X Cong•·esso JnteJ•naclonal<br />

tle itlediclna do TJ•abalho<br />

Realiza-se no próximo mês de Setembro,<br />

em Lisboa, o X Congresso Internacional de<br />

Medicina no Trabalho para o qual já estão<br />

inscritos, com teses a apresentar, muitos<br />

médicos, advogados, e enfermeiros de várias<br />

nacionalidades.<br />

A Comissão tem empregado todos os<br />

esforços para conseguir que o Congresso dê<br />

o rendimento que internacionalmente dele<br />

se espera.<br />

Adelino Dias Costa & C.n Limitada<br />

Material médtco-cirúrgico<br />

Kodak, Limiterl.<br />

M oh i liários,


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VITAlVIINA B 12<br />

PA S T ~~<br />

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ANEMIA PERNICIOSA E OUTRAS ANEMIAS<br />

MACROCÍTICAS DE TIPO PERNICIOSO<br />

Caixa de 3 ampolas de I c. c.<br />

Caixa de 6 ampolas de I c. c.<br />

25Soo<br />

..15Soo<br />

INSTITUTO PASTEUR DE LISBOA

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