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Hospitais Portugueses ANO IV n.º 18 julho-agosto 1952

OS MÉDICOS, O HOSPITAL E A ADMINISTRAÇÃO ALGUNS ASPECTOS DA ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DAS INSTITUIÇÕES PARTICULARES DE ASSISTÊNCIA AS DlVERSÕES HOSPlTALARES AUXILIAM À REABILITAÇÃO MÉDICA COMO CLASSIFICAR AS LlGADURAS HOSPITAIS ESTRANGEIROS ENFERMAGEM GENTE DOS HOSPITAIS NOTÍCIAS DOS HOSPITAIS

OS MÉDICOS, O HOSPITAL E A ADMINISTRAÇÃO
ALGUNS ASPECTOS DA ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DAS INSTITUIÇÕES PARTICULARES DE ASSISTÊNCIA
AS DlVERSÕES HOSPlTALARES AUXILIAM À REABILITAÇÃO MÉDICA
COMO CLASSIFICAR AS LlGADURAS
HOSPITAIS ESTRANGEIROS
ENFERMAGEM
GENTE DOS HOSPITAIS
NOTÍCIAS DOS HOSPITAIS

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~HOSPITAIS . ·<br />

PORTVGVESES<br />

<strong>ANO</strong> <strong>IV</strong> ~ N ." <strong>18</strong> ~ JULHO-AGOSTO ~ 1 9 5 2


HOSPITAIS PORTUGUESES<br />

REVISTA DE HOSPITAIS E ASSIST:f:NCIA SOCIAL<br />

DIRECÇÃO<br />

CORIOLA NO FERREIR A M. RAMOS LOPES<br />

ADM INISTRADOR<br />

REDACÇÃO E<br />

Telefone 2276<br />

EVARISTO DE MENEZES PASCOAL<br />

ADM I N I STRAÇÃO:<br />

R UA VISCONDE DA Luz, I00-2 . 0<br />

SUMÁRIO:<br />

CoiMBRA<br />

Composto e impresso na Tip. da «Atl â ntida»<br />

Rua Ferreira Borges, 103-III- COIMBHA<br />

os MÉDICOS o !IOSPITAL E A ADMINISTRAÇÃO- DR. HE:\RI THO!I.I.IER<br />

ALGUNS AS~ECTOS D \ ORGANIZAÇÃO AD.\llNISTRr\T<strong>IV</strong>A D.-\S lNSTlTUIÇOES P.\ 1~ -<br />

TlCL'LAHES DE ASSISTf: ClA- Df-· HI!.NIÚQUE UE ABREU . ROMÃO<br />

AS DlVEl{S0ES HOSPlTALARI..:S AU:< ILl AM A lU: -\ BI LlTAÇ.\.0 .\! ÉlJICA<br />

COMO CLASSifi C.\R AS LlGALlURAS- ALBERTO MUURÃO<br />

HOSPITAIS ES rR.-\NGEmos - u1c ELlo1o uE ou \"EIRA BAHBusA<br />

ENFER.'vl.\GEM<br />

Gl ~ . TE DOS IlOSPIL\lS<br />

OTÍCIAS DOS HOSPITAIS<br />

V AlUA: Os m édicos e a adm in istração. A visos aos assin mtes.<br />

Os médieos e a ad•nlltista·ac,áo<br />

Estávamos longe de ·prever o interesse<br />

provocado pelo anúncio feito no nosso último<br />

número sobre a publicação de uma série de<br />

depoimentos acerca das relações entre os médicos<br />

e a administração dos hospitais.<br />

Estamos<br />

certos de que o interesse foi, sem dúvida, realçado<br />

pelo magnífico artigo do Dr. Stucki que<br />

tivemos oportunidade de oferecer aos nossos leitores.<br />

As cartas recebidas e os comentários chegados até nós, levamnos<br />

a encarar a possibilidade de, após a série de depoimentos de personalidades<br />

estrangeiras, iniciar uma outra, ouvindo médicos e administradores<br />

nacionais.<br />

Não há dúvida de que, carno dizíamos no<br />

número passado, «a questão é velha como os próprios hospitais» e<br />

daí a vivacidade e até a paixão com que sempre é discutida.<br />

Hoje trazemos aos nossos leitores a depoimento do Dr. Henri<br />

Thoillier, fundador e director da revista francesa «Techniques hospitalieres»,<br />

iniciador das já célebres «Jornadas dos<br />

écnicos de<br />

Saude» e um dos mais notáveis administradores europeus. Os trechos<br />

que publicamas a seguir são extraídos do seu magnífico livrç<br />

«L'hopital français».<br />

Ante~ de terminar, um aviso: em França, os administradores<br />

de hospitais com mais de 350 camas tomam o nome de director.<br />

Por isso, ao ler-se este nome não se suponha que · se trata de<br />

Um médico, como seria entre nós, mas sim de um administrador.<br />

Feita esta prevenção, demos a palavra a Henri Thoillier.<br />

E O 1 Ç Ã O E p R () P I{ I E O 1\ D E O E í. O R I O L A ,\' O F E R R E I R A<br />

ESTE N Ú ME k O I" O I V IS A O O PELA COM I::; SÃ O O E C EN S IT I{ •I


Os 1nédieos, o hospital e a admittistt·a~áo<br />

Papel do médico-chefe<br />

Pelo DR. HENRI THOILLIER<br />

O médico-chefe com a enorme autoridade que exerce<br />

sobre todos os agentes hospitalare~ pode efectuar vantajosas<br />

intervenções no dorninio da administração.<br />

Em pleno acordo com a direcção do estabelecimento,<br />

o médico-chefe pode dar valiosa colaboração a uma política<br />

dirigida para a economia. Não se trata de cercear a assistência<br />

devida aos doentes, mas é perigoso, até mesmo reprovável,<br />

deixar instalar o desperdício, o gasto exagerado do material, a falta de<br />

cuidado e de conservação dos instrumentos e o desleixo geral no serviço.<br />

As instalações médicas e cirúrgicas custam caro e deterioram-se se não<br />

forem bem utilizadas e cuidadosamente conservadas. Nada de luxos supérfluos.<br />

Certos médicos têm cometido a falta de comprar colecções completas<br />

de instrumentos, caríssimos, que acabam por não ser utilizados e pouco tempo<br />

depois se desactualizam. Vale mais equipar o hospital mais modestamente e ir<br />

comprando os instrumentos à medida que vão sendo precisos.<br />

Com o farmacêutico o médico-chefe deve estudar a possível substituição<br />

de especialidades caras por produtos similares de preço menos elevado. Com<br />

o concurso dos seus assistentes ser-lhe-á fácil igualmente limitar ao verdadeiramente<br />

indis~ensável as despesas de radiografias, o gasto de álcool, de gase<br />

e de outros produtos que oneram a administração.<br />

Finalmente o médico-chefe deve, sobretudo, lutar contra a opinião tão<br />

~eguida e praticada de que o hospital é propriedade de todo o mundo... (Pág. 51).<br />

O médico e o doente<br />

Em estabelecimentos espec1a1s, como os sanatórios, em vista da natureza<br />

dos doentes aí tratados, da longa duração do internamento, do carácter<br />

singular da sua afecção, a maior parte do tempo do médico-chefe deve ser consagrada<br />

a viver Intimamente com os seus doentes aos quais dará assim o alto<br />

exemplo de uma sujeição consciente e serenamente consentida. Não se compreende<br />

que um médico-chefe não veja os seus doentes pelo menos uma vez<br />

por dia. A sua ausência prolongada ou a irregularidade de visitas que se confundam<br />

com a indiferença provocam o receio, a inquietação e o desespero na<br />

2 HOSPITAIS<br />

maior parte destes seres que vêem no médico o seu salvador, o seu defensor<br />

e tantas vezes o seu confidente.<br />

A presença de um ou vários médicos-assistentes, as idas e as vindas dos<br />

internos e das enfermeiras não bastam aos doentes que dedicam ao «sem><br />

médico-chefe uma fé que chega a ser mórbida. Ao vê-lo passar, mesmo que<br />

nada lhes receite, experimentam uma satisfação cuja aparente puerilidade se<br />

explica pelo seu estado de deficiência fisiológica. A p~esença do médico-chefe<br />

é-lhes, pois, devida, como lhe é devido um medicamento ..<br />

O hospital perde em grau de confiança do público sempre que da terapêutica<br />

aplicada resulta a morte em vez de cura. Por isso, mesmo que 0 estado<br />

do doente torne inútil todo e qualquer tratamento, importa cercá-lo de todas<br />

as atenções e prevenções, que mais não seja por simples considerações humanitárias.<br />

É preciso evitar que a família e os amigos, bem ou mal intencionados,<br />

fiquem com a impressão de que não se tentou tudo para salvar o doente ou<br />

para lhe adoçar os últimos momentos.<br />

O médico-chefe deve então lembrar-se de que é a única esperança a que<br />

atém o moribundo e de que o aproximar-se repetidamente da sua cabeceira<br />

será conceder-lhe um passamento mais suave. (Pág. 53).<br />

Relações do médico-chefe com o director (administrador)<br />

Nos hospitais em que os médicos-chefes passam apenas algumas horas<br />

por dia, as suas relações com o


selhos de administração quando têm de escolher os seus dois principais agentes<br />

que assumirão o governo da casa.<br />

Mas então- objectar-se-á-se as funções de médico-chefe e de director<br />

forem assumidas por um só indivíduo, ter-se-á achado a unidade perfeita.<br />

Todavia, não é assim. Dificilmente se encontra um bom médico que seja igualmente<br />

um bom administrador. Uma das duas funções terá de ser sacrificada.<br />

Ao menos, nessa hipótese, que ele seja completado e ajudado por um bom<br />

adjunto. Mas assim a dualidade de funções de médico-chefe e de director<br />

acaba sempre por aparecer. E não há dúvida de que não pode ser resolvida se<br />

não for por uma colaboração harmoniosa, um espírito de «grupo» que anime<br />

igualmente os dois colaboradores.<br />

A Escola de Saude, aliás, já se propõe completar os conhecimentos administrativos<br />

dos médicos que se destinem às direcções. (Pág. 54).<br />

Nos estabelecimentos em que há um médico, chefe dos serviços médicos<br />

e um director administrativo, o que se impõe imperiosamente, é uma cooperação<br />

plena e inteira, estreita, cordial e de todos os instantes. É numa total<br />

comunhão de ideias, na mútua abstracção de interesses particulares, de prejuízos,<br />

de personalidade, que estes dois «pilares» devem trabalhar com energia,<br />

vontade e tenacidade.<br />

Já vimos em muitos hospitais equipas de médico-chefe e director que<br />

uma amizade sólida tinha unido indefectivelmente. A sua obra era sempre<br />

'<br />

notável e os doentes tratados com maior conforto.<br />

Deve acrescentar-se que o espectáculo permanente de uma colaboração<br />

franca sincera cria uma atmosfera de confiante segurança em todo o pessoal<br />

cujo r~ndimen~o aumentará e nos próprios d~entes que percebem mais sensivelmente<br />

a dupla solicitude de que são objecto. (Pág. 141).<br />

QUEIJOS «VoucASuL»<br />

TIPO PRATO-TIPO BOLA<br />

C A S E Í N A 11 M ANTE I G A<br />

COALHO- LÁCTEA LEITE HIGIENIZADO<br />

LACTICÍNIOS DE AVEIRO, L.nA<br />

I<br />

A.l~utts aSJ)eetos da o•·~a•aiza~áo<br />

atltnitaistt•ativa das itastitui~ôes<br />

pat·tieula•·es tle assiste1aeia<br />

I I<br />

Pelo Dr. HENRIQUE oE ABREU RoMÃO<br />

Apresentámos no artigo anterior (1) algumas considerações<br />

sobre a forma de inscrever no orçamento e contabilizar, o capítulo<br />

«Rendimento de bens próprios». Vamos agora continuar, começando<br />

por notar que os capítulos que no orçamento, normalmente,<br />

constituem a Receita são os seguintes:<br />

I-Taxas- Rendimento dos diversos serviços<br />

II- Rendimento de bens próprios<br />

III - Subsídios, donativos e Cotizações<br />

<strong>IV</strong>- Receitas diversas<br />

V- Reembolsos e reposições<br />

VI- Consignação de receitas<br />

O capítulo I «Taxas- Rendimento dos diversos serviços» deve<br />

englobar, como o próprio nome indica, todas as receitas cobradas<br />

pela prestação de serviços pela instituição, quer na actividade assistencial<br />

quer na exploração directa de outras actividades.<br />

Estas receitas devem agrupar-se em artigos conforme as modalidades<br />

de assistência praticadas e que são, geralmente, quaisquer<br />

das seguintes:<br />

Serviços hospitalares<br />

Farmácia e laboratório<br />

Serviço ambulatório<br />

Posto Médico<br />

Maternidade e cantina maternal<br />

Dispensário-lactário<br />

Jardim Escola<br />

Creche<br />

(1) N.•• 13-14- Setembro-Dezembro 1951.<br />

4 HOSPITAIS<br />

PORTUGUESES 5


Asilo de Menores<br />

Casa de trabalho<br />

Escola de ensino profissional<br />

Colónia de férias<br />

Albergue de Inválidos<br />

Sopa dos Pobres<br />

e ainda outros serviços tais como:<br />

Exploração agrícola, pecuária e florestal, etc.<br />

Nos serviços hospitalares os principais rendimentos são os<br />

pagamentos dos pensionistas e poTcionistas pelos internamentos, as<br />

taxas de intervenções cirúrgicas, aplicações de Raios X e outros<br />

agentes físicos, as consultas, tratamentos, etc. O produto da venda<br />

de senhas às visitas aos doentes constitui também uma verba a inscrever<br />

neste artigo.<br />

Nos Asilos há a considerar as mensalidades que, nalguns casos,<br />

as famílias ou outras entidades pagam pelo internamento dos assistidos.<br />

Nas Casas de Trabalho e Escolas de Ensino Profissional ter­<br />

-se-á de incluir as receitas provenientes da venda de trabalhos executados<br />

pelos educandos, ou dos serviços prestados por eles. Nas<br />

Sopas dos Pobres OTçamentar-se-á a verba relativa ao pagamento<br />

de refeições fornecidas; e assim sucessivamente.<br />

Estas verbas serão inscritas no orçamento, regra geral, pela<br />

média das importâncias efectivamente cobradas nos 3 anos anteriores.<br />

Pode, porém, acontecer que o rendimento de determinados<br />

serviços apresente tendência constante para subir de quantitativo',<br />

por exemplo pelo alargamento ou melhoria dos serviços e, então, será<br />

preferível inscrever verba idêntica à do ano anterior adicionada de<br />

um coeficiente de correcção. No caso contrário, isto é de os rendimentos<br />

viram a decrescer sucessivamente inscrever-se-á a verba do<br />

ano anterior diminuída de um coeficiente de correcção.<br />

Quanto à farmácia e laboratório dois procedimentos têm sido<br />

preconizados. Um deles, já citado no último artigo, consiste em<br />

organizar orçamento e escrita separada para estes estabelecimentos,<br />

inscrevendo-se no orçamento da instituição apenas o total global do<br />

movimento da farmácia e laboratório com quantitativo igual quer<br />

na receita quer na despesa. O lucro previsto será incluído no capítulo<br />

«Taxas- Rendimento dos diversos serviços» na Receita inserta<br />

no orçamento da instituição.<br />

Parece-nos ser este o melhor sistema para aquelas instituições<br />

em que a farmácia tem um movimento muito importante, a par de<br />

6<br />

HOSPITAIS<br />

I<br />

movimento também bastante volumoso da restante actividade da<br />

instituição. .<br />

Para aquelas farmácias ·em que o movimento é peq~eno será<br />

preferível não organizar escrita separada, inscrevendo todas as receitas<br />

num artigo próprio do capítulo da Receita «Taxas- rendimento<br />

dos diverss serviçs» e as despesas no capítulo «Farmácia e Laboratório»<br />

da Despesa.<br />

· Estas ... ~esmas considerações se aplicam. à Exploração Agrícola,<br />

Pecuana e Florestal. No te-se que convirá, pelo menos desde<br />

que estas explorações ou a farmácia tenham um certo desenvolvimento,<br />

dotá-las, como também já se disse de escrita comercial e<br />

industrial.<br />

'<br />

Nos rendimentos das farmácias deve-se incluir os fornecime~tos<br />

aos serviços e as vendas ao público. Igualmente na exploraçao<br />

agrícola, pecuária e florestal há que tomar em linha de conta<br />

não só os produtos vendidos como os que são cedidos à instituição<br />

para seu consumo e aos quais se dará o valor de venda ao público.<br />

. Para. evitar pos~ívei~ confusões friza-se que as explorações<br />

cu~os rendtmentos se mscrevem neste capítulo são somente aquelas<br />

CUJa administração está a cargo directamente da instituição. Para<br />

aquelas que se encontram arrendadas e em que, portanto a instituição<br />

se limita a receber a renda, embora por vezes em ~éneros que<br />

consome o~ vende, os respectivos rendimentos são inscritos no capítulo<br />

«Rendtmento de Bens Próprios» a que nos referimos no artigo<br />

anterior. ·<br />

" Convém recordar que, coma ·ali se disse, há instituições que<br />

t:_m, e~bora tal não seja de um modo geral aconselhável, exploraçoes.<br />

dtrectas de cinemas, praças de touros, etc. Nesse caso, os respectivos<br />

rendimentos serão inscritos em artigos próprios no capítulo<br />

de que temos vindo a tratar.<br />

_ Há, ainda, em número muito reduzido, instituições que têm<br />

s~cçao de srviços funerários. Deverão tmbém os respectivos rendtmentos<br />

ser inscritos neste capítulo.<br />

. O mesmo sucede por outro lado com diversas instituições, prin-<br />

Cipalmente Misericórdias, que têm pequenas fabriquetas de gelo vendendo<br />

ao público o excedente da produção que níto é necessária para<br />

o seu próprio consumo.<br />

. Se, porém, como geralmente sucede, estes serviços têm pequeno<br />

movtmento, então deverá inscrever-se o rendimento da carreta funerária<br />

no Capítulo «Receitas diversas» e a venda de gelo em «Reembolsos<br />

e reposições».<br />

PORTUGUESES 7<br />


•<br />

Para íaciiltar a execução às inst1tu1ções, apresenta-se a título<br />

meramente exemplificativo a seguinte destribuição deste capítulo<br />

no orçamento:<br />

Artigos/<br />

Designação da receita<br />

Por Por Por<br />

Por Núme- Capitu-<br />

Alineas ros Artigos los<br />

!--!------------------------<br />

li<br />

o<br />

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RECEITA ORDINÁRIA<br />

CAPITULO I<br />

Taxas-Rendimento de diversos serviços<br />

Serviços hospitalares<br />

I) Internamentos<br />

a) Pensionistas<br />

b) Porcionistas<br />

c) Visitas a doentes<br />

d) Diversos.<br />

2) Medicina<br />

a) Tratamentos<br />

b) Diversos.<br />

3) Cirurgia<br />

a) Intervenções cirurgicas .<br />

b) Diversos.<br />

4) Raio X e outros agentes físicos<br />

a) Raios X.<br />

b) Outros agentes físicos.<br />

5) Banco<br />

a) Consultas<br />

b) Curativos e tratamentos.<br />

6) Balneário.<br />

Farmácia e Laboratório<br />

I) Farmácia \<br />

a) Fornecimento aos serviços.<br />

b) Vendas a pobres<br />

c)' » ao público (em geral)<br />

2) Laboratório<br />

a) Análises. •<br />

b) Produtos preparados •<br />

c) Diversos •<br />

Serviço ambulatório<br />

I) Consultas e tratamentos<br />

a) Consultas<br />

b) Curativos e tratamentos.<br />

2) Medicamentos e produtos farmacêuticos<br />

3) Outros serviços prestados<br />

A transportar •<br />

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11<br />

Artigos D esignação da receita Por I ~or Por P~<<br />

----1------------------------------------l----,----<br />

o<br />

o<br />

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o<br />

o<br />

Transporte .<br />

Posto médico<br />

r) Consultas e tratamentos<br />

a) Consultas • •<br />

b) Curativos e tratamentos. • ;<br />

2) Medicamentos e produtos farmacêuticos.<br />

3) Outros serviços prestados •<br />

Maternidade e cantina maternal<br />

r) Consultas e tratamentos<br />

a) Consultas<br />

b) Tratamentos<br />

2) Intervenções cirurgicas<br />

3) Medicamentos, produtos lácteos e farinhas<br />

a) Medicamentos.<br />

b) Produtos lácteos e farinhas<br />

4) Outros serviços prestados.<br />

Di spensári o-iactário<br />

r) Consultas e tratamentos<br />

a) Consultas<br />

b) Tratamentos .<br />

2) Medicamentos, produtos lácteos e farinhas<br />

a) Medicamentos<br />

b) Produtos lácteos e farinhas<br />

3) Outros serviços prestados<br />

Jardim-escola<br />

r) Mensalidades<br />

2) Outros serviços<br />

a) Fornecimento de refeições .<br />

b) Assistência m édica.<br />

Creche<br />

r) Mensalidades<br />

2) Divers'os<br />

a) Assistência médica.<br />

b) Produ tos lácteos e farinhas<br />

Asilo de menores<br />

r) Mensalidades<br />

2 1 Diversos .<br />

Casa de trabalho<br />

r) Mensalidades<br />

A transportar •<br />

Alíneas Num e- A rt1gos Calpltu·<br />

ros .. os<br />

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8<br />

HOSPITAIS<br />

PORTUGUESES<br />

9


I<br />

A, rtigos Design~ção da receita<br />

I P I Por 1, ll'or I<br />

or . or C ·<br />

I Alíneas N~;;;,E- Artigos .a;r:;;u-<br />

1---1----------------,--------<br />

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LI<br />

Transporte .<br />

2) Produto de trabalhos ou serviços<br />

a) Trabalhos manufacturados.<br />

b) Diversos serviços (Reparações, etc.) .<br />

3) Diversos . :<br />

Escola de ensino profissional<br />

t) Mensalidades<br />

2) Produto de trabalhos ou serviços<br />

a) Trabalhos manufacturados .<br />

b) Diversos serviços (reparações, etc.)<br />

3) Diversos • ,<br />

Colónia de férias<br />

I) Mensalidades<br />

2) Diversos . •<br />

Albergue de inválidos<br />

I} Mensalidades<br />

2) Diversos ,<br />

Sopa dos pobres<br />

I) Fornecimento de refeições<br />

a) A pobres<br />

b) A diversos.<br />

2) Diversos .<br />

Exploraçllo Agrícola, Pecuária e Florestal<br />

(Prédios rústicos em administração directa)<br />

I) Produtos agrícolas, pecuários e florestais<br />

a) Vendidos<br />

b) Para consumo da instituição.<br />

2) Diversos<br />

Fabrico de gelo<br />

a) Vendido ao público<br />

b) Consumido pelos serviçC>s .<br />

Secçllo funerária<br />

r) Serviços funerários prestados<br />

a) a internados<br />

b) a sócios.<br />

c) a indigentes<br />

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li<br />

li:<br />

As . divea·soes ltostlitalat·es a11xiliattt<br />

a t•eabilita(!áo n1édiea<br />

Exclusivo em Portugal para Hqspitais<br />

<strong>Portugueses</strong><br />

Embora a i n d a<br />

numa fase evolutiva,<br />

o problema<br />

das diversões hospi<br />

talares está a<br />

transformar-se numa profissão especializada.<br />

Tanto o pessoal hospita-<br />

lar, como os médicos ou quaisquer '<br />

outras pessoas em condições de apreciar<br />

o valor terapêutico e o significado<br />

das actividades recreativas, que<br />

fazem parte do programa de tratamento<br />

médico nos hospitais americanos,<br />

estão a dar cada vez maior<br />

atenção a este problema.<br />

É certo que um plano de diversões<br />

para pessoas doentes não é coisa<br />

nova, mas, nos últimos dez anos, tem­<br />

-se assistido nos hospitais dos Estados<br />

Unidos a uma impressionante expansão<br />

deste método Fecreativo; presentemente,<br />

há também uma definição<br />

clara dos objectivos a atingir, da<br />

adaptação e verificação das actividades,<br />

e nota-se por parte dos profissionais<br />

de hospitais que trabalham nas<br />

diversões, uma profunda consciência<br />

da sua responsabilidade no programa<br />

de tratamento médico.<br />

Com a expansão do programa médico<br />

da U. S. Veterans Administration<br />

em <strong>1952</strong>, o programa de diversões<br />

hospitalares passou a fazer parte<br />

do Special Services Program. Em<br />

<strong>1952</strong>, havia neste serviço cerca de<br />

1.000 profissionais, sendo na maioria<br />

licenciados com um estágio de actividades<br />

recreativas ou de qualquer outro<br />

ramo afim, como seja a Educação<br />

Física, Música, Oratória, Teatro, ·etc..<br />

Estes profissionais aumentam o seu<br />

programa com o auxílio de cerca de<br />

40.000 voluntários treinados, vindos<br />

das comunidades onde os hospitais<br />

estão localizados e dos colégios e uni-<br />

versidades vizinhas.<br />

O programa recreativo de um hospital<br />

não é diferente do programa recreativo<br />

de uma grande associação<br />

ou escola, e inclui inúmeras actividades<br />

individuais adaptadas à prática<br />

de desportos, música, teatro, cinema,<br />

jogos, rádio, acontecimentos sociais,<br />

passeios, excursões, etc. Mas estes<br />

meios recreativos têm um objectivo<br />

que excede o do programa recreativo<br />

duma associação: têm de ajudar o<br />

médico a curar o doente. Por isso,<br />

embora seja de grande importância a<br />

«alegria de actuar», o objectivo principal<br />

para o doente é receber benefício<br />

médico. A filosofia das diversões<br />

hospitalares está ilustrada com<br />

exemplos específicos da maneira<br />

como os programas recreativos têm<br />

sido adaptados à técnica hospitalar.<br />

As actividades desportivas nos hospitais,<br />

podem abranger a média das<br />

praticadas dentro de qualquer colé-<br />

I!<br />

10<br />

HOSPITAIS<br />

PORTUGUESES<br />

11


gio ou escola, desde o arco e seta<br />

até ao water-polo. Todavia, estas<br />

actividades fazem parte do programa<br />

de tratamento, e os doentes só participam<br />

nelas com autorização dos seus<br />

médicos, que são informados da maneira<br />

como eles reagem às actividades<br />

desportivas.<br />

deiras de rodas participem em desafios<br />

de basket-ball e atirem o arco e<br />

joguem a bola ; até mesmo doentes<br />

de cama, participam em jogos de<br />

bola apropriados, mantendo a sua<br />

posição deitada. Para os tuberculo­<br />

~>os , que têm menos resistência física,<br />

encurtaram-se os arcos, o que lhes<br />

apitos colocados nos buracos por trás<br />

dos pinos indicadores. Além das mencionadas,<br />

tem-se feito muitas outras<br />

adaptações com a aprovação e assistência<br />

médica.<br />

Em todas as fases do programa<br />

recrea.tiv'O hospitalar do U, S. Vetecontrar<br />

uma actividade musical conveniente<br />

para alguns doentes, utilizando<br />

uma modalidade das escolas<br />

primárias: a banda. Até os programas<br />

de música ligeira são cuidadosa·­<br />

mente seleccionados por músicos técnicos<br />

sob orientação médica; este<br />

III<br />

Uma marcação de dança executada por doentes em cadeiras de rodas<br />

Doentes em convalescença dão um concerto musical para a rádio<br />

no estúdio do hospital<br />

Com a assistência médica estão-se<br />

agora continuamente a adoptar as<br />

modalidades desportivas às necessi~<br />

dades e interesses individuais dos<br />

doentes; por exemplo, certas regras<br />

de jogos podem modificar - se de<br />

forma a permitir que doentes ·em ca-<br />

12<br />

permite disparar a seta com um esforço<br />

menor, e subtituiram-se também<br />

as tradicionais ferraduras, tão<br />

pesadas, por umas mais leves, de borracha.<br />

' Verificou-se também que os<br />

cegos atiram as bolas com mais precisão<br />

quando guiados pelo som de<br />

HOSPITAIS<br />

rans Administration se encontra a<br />

mesma direcção médica e adaptação<br />

das actividades, conforme a necessidade<br />

e capacidade do doente. O programa<br />

musical tem uma particular<br />

influência nos hospitais de Psiquiatria.<br />

Resolveu-se o problema de en-<br />

PORTUGUESES<br />

cuidado é especialmente impor tante<br />

quando a música é utilizada como<br />

adjuvante, em conjunto ·com tratamentos<br />

de choques, de hidroterápia e<br />

de pneumotorax. Músicos de instrumentos<br />

de sopro, que contraem a tuberculose,<br />

conseguem interessar - se<br />

13


pelo piano e outros instrumentos de<br />

corda com a ajuda de directores musicais<br />

e médicos.<br />

l<br />

Também o programa de cinema a<br />

apresentar em hospitais exige uma<br />

cuidadosa selecção de todos os filmes,<br />

para_ eliminar os que podem ter<br />

uma má influência sobre eles. Os<br />

doentes podem frequentar as salas<br />

designadas para acomodar não só vs<br />

doentes que andam a pé mas também<br />

cadeiras de rodas e macas. Um<br />

problema que requer grande habilidade<br />

por parte dos projeccionistas<br />

é o de proporcionar uma sessão cinematográfica<br />

a doentes retidos no<br />

leito ; têm de utilizar o seu engenho da<br />

melhor maneira, desde as projecções<br />

no teta, para doentes que não podem<br />

sentar-se na cama até à instalação de<br />

microfones individuais, só audíveis<br />

por aqueles que desejam assistir à<br />

sessão.<br />

No programa hospitalar de teatro<br />

e diversões podemos escolher desde<br />

os espectáculos de variedades, ca~ções<br />

e peças em um acto, até às representações<br />

completas de dramas<br />

populares. Estes espectáculos estimulam<br />

os doentes a participar em todos<br />

os diversos aspectos, desde a<br />

actuação ao cenáriv. Procura -se dar<br />

uma oportunidade aos doentes, para<br />

formarem grupo, e trabalharem juntos<br />

num projecto, ou na solução de<br />

problemas comuns. As produções<br />

teatrais também se apresentam por<br />

meio do sistema de rádio do hospital.<br />

Em todos os hospitais de tuberculosos,<br />

e em muitos outros, a Vet~rans<br />

Administration instalou sistemas de<br />

14<br />

rádio e dá a todos os doentes a escolha<br />

de três ou quatrv programas. Estes<br />

podem ser retransmissões de ofertas<br />

comerciais, ou programas transmitidos<br />

pela estação de rádio do hospital,<br />

em que colaboram doentes. O<br />

repouso, tão importante no tratamento<br />

da tuberculose, parece tornar­<br />

-se muito mais fácil ao escutar programas<br />

recreativos pela rádio; intel<br />

i<br />

Fábrica ADICO<br />

MOBILIÁRIO METÁLICO<br />

CIRÚRGICO E HOSPITALAR<br />

Vendas no continente:<br />

Em Lisboa:<br />

R. Nova do Almada, 6z<br />

No Porto:<br />

·Rua do Carmo, 8<br />

Em: Coimbra:<br />

Av. Sá da Bandeira, 7J<br />

Fábrica e Escritórios em AVANCjA<br />

Telef. 2<br />

Teleg. ADJCO<br />

Adelino Dias Costa & c.a, L::_<br />

ressa acrescentar que sempre que o<br />

médico o ache aconselhável, os doentes<br />

beneficiam em participar nos programas<br />

de rádio locais, em que podem<br />

usar o seu talento e arte.<br />

Outro exemplo de adaptação de<br />

actividades básicas recreativas, utilizadas<br />

nos hospitais de Veterans<br />

Administration, inclui danças, em<br />

HOSPITAIS<br />

que podem tomar parte doentes em<br />

cadeiras de rodas, desde que as marcações<br />

de dança sejam apropriadas;<br />

também se organizam jogos em que<br />

participam enfermarias inteiras de<br />

doentes que não andam de pé; a publicação<br />

de jornais do hospital tem<br />

também a contribuição dos doentes,<br />

quer cultural, quer editorial: Entre<br />

as actividades interessantes nos hospitais<br />

para tuberculosos, conta-se a<br />

construção da via férrea, isto é, doentes<br />

a pé constroem um caminho de<br />

ferro em miniatura, numa · sala central<br />

do hospital, enquanto os outros<br />

doentes, retidos no leito, os auxiliam,<br />

construindo carros eléctricos individuais<br />

e outras peças pequenas.<br />

Resta dizer que o feliz desenvolvimento<br />

das divisões hospitalares, se<br />

AGENTE EM LISBOA E COLÓNIAS<br />

CUSTODIO GANDARELA<br />

R. ALVES CORREIA, 130, 1.• D.• • TELEF. 25060<br />

deve à cooperação entre a· classe médica<br />

americana e os profissionais de<br />

diversões. O valor do método recreativo<br />

como auxiliar da assistência m( _<br />

dica pode resumir-se da seguinte maneira:<br />

ajuda os doentes a adaptar-se<br />

à vida do hospital; dá mais oportunidades<br />

aos médicos de -observar a<br />

reacção dos doentes e diversas activida:des;<br />

orienta os doentes a descobrir<br />

as suas capacidades; C'Ontribui para<br />

manter a saude física; desenvolve o<br />

interesse e inteligência durante e após<br />

o período de hospitalização, e ajuda­<br />

-os no reajustamento social e psicológico.<br />

(Artigo publicado em Recreation,<br />

revista mensal da National Recreation<br />

Association, E. U. A.).<br />

Fabrico nacional em vidro NEUTRO·<br />

e PIREX que rivaliza com os melhores<br />

estrangeiros.<br />

Abastecimentos ganhos em concurso:<br />

<strong>Hospitais</strong> da Universidade de Coimbra.<br />

Federação de Caixas de Previdência<br />

do Porto.<br />

Federação de Caixas de Previdência<br />

de Lisboa.<br />

Hospital Militar Principal<br />

Instituto de Assistência Nacional aos<br />

Tuberculosos.<br />

<strong>Hospitais</strong> da Misericórdia.<br />

Casas de Saúde, Sanatórios, etc.<br />

Marcas: SUPER PYREX, PYREX RÉGIA e LUER VN-9<br />

garantidas contra defeitos de fabrico e fendas de esterilização<br />

PORTUGUESES 15:


IIi<br />

li<br />

Como elassiOear as li~adut·as<br />

Por ALBERTO MOURÃO<br />

Monit>r da E. E. Ângelo da Fonseca<br />

Gravuras de Pereira dos Santos, enfermeiro dos H. U. C<br />

Temos observado através da nossa carreira profissional, e não tão raro<br />

como à primeira vista possa parecer, a dificuldade na execução das ligaduras,<br />

quer não só por parte da enfermagem, como até por parte dos clínicos.. . Na<br />

verdade, a diversidade de casos criou uma correspondente diversidade de técnicas<br />

que tornou escassos 'OS indivíduos possuidores do conhecimento de todas<br />

elas, ou, por consequência, capazes de empregar a mais útil e adequada<br />

a cada um.<br />

Porém, é incompreensível que qualquer profissional, destes cuja matéria<br />

prima é o corpo do semelhante, não saiba ou não conheça uma parte da técnica<br />

da sua profissão.<br />

Um mecânico só é bom quando conhece toda a engrenagem dos motores,<br />

de tal sorte que em caso de «panne» possa avaliar qual é a peça que «gripa»<br />

afim de a consertar sem demora. De igual forma, quem tem obrigação de<br />

aplicar ligaduras deve conhecer o assunto tão bem como se procedesse à simples<br />

confecção de um penso asséptico ou a uma injecção hipodérmica; se assim<br />

não for, está incompleto, longe de ser perfeito; andou metade do caminho<br />

e .. . parou.<br />

Devemos no entanto afirmar que não é fácil proceder à execução do que<br />

vulgarmente se chama uma ligadura, caso se pretenda agir como se deve e não<br />

como calha. Requere muitos pormenores de técnica que, até por insignificantes,<br />

podem passar despercebidos as mais das vezes.<br />

Podemos definir as ligaduras como sendo os meios convenientemente<br />

estudados e aplicados para obter a contenção de pensos, a imobilização de<br />

fracturas, luxações e entorses, a compressão de vasos sanguíneos, ou, finalmente,<br />

para obstar à saída de alguns orgãos ou vísceras através de orifícios e<br />

cavidades, quer fisiológicas, quer patológicas. Para nos apercebermos do real<br />

valor das ligaduras basta, na verdade, ter presente o quadro das respectivas<br />

funções, descritas sumàriamente na definição acima. Não nos resta a menor<br />

dúvida quanto à necessidade de as conhecer e por isso vejamos a sua classificação.<br />

Vários autores, como Gerdy, Chavasse, Maissonnet, Jamain, Cristmann<br />

e outros, têm procurado um quadro único, verdadeiramente esquemático; contudo,<br />

varia de uns para os outros. Na classificação de Gerdy, por exemplo,<br />

incluem-se todos os aparelhos de imobilisação de fracturas, ressecções ou lesões<br />

16 HOSPITAIS<br />

articulares, enquanto que, na de Chavasse, esses aparelhos já se encontram<br />

excluídos, e Maissonnet apresenta, entre outras, a exclusão das ligaduras em<br />

cruz, laços e nós diversos que, não só os primeiros, como ainda Jamain,<br />

apresentam.<br />

O estudo destas várias classificações levou-nos a mutilar aqui para<br />

acrescentar além; conseguimos desta forma uma outra classificação, de conjunto,<br />

que nos parece a mais racional. Vejamos o nosso esquema:<br />

"'<br />

.~<br />

...<br />

Q)<br />

c<br />

Q)<br />

E<br />

os<br />

..<br />

c.<br />

•O<br />

..<br />

c.<br />

.. "' os<br />

... =<br />

os<br />

=<br />

f Circulares<br />

1 Oblíquas<br />

Simples ~ Epirais<br />

Cruzadas ou em 8 de conta<br />

Espigas<br />

Recorrentes<br />

Inteiras<br />

ou<br />

plenos<br />

l<br />

i<br />

Triângulos<br />

Quadrados<br />

Rectângulos<br />

Gravatas<br />

Cordas<br />

Fundas<br />

Ligaduras em T<br />

...I<br />

Ligaduras em +<br />

Com- Ligaduras triangulares<br />

postas Ligaduras quadradas<br />

Ligaduras rectangulares<br />

Suspensórios<br />

l<br />

l<br />

Ligaduras de Sahuqué<br />

j •.,<br />

.:s Meias<br />

E "' Ligaduras elásticas J ~elheiras<br />

"' "'<br />

Cmtas<br />

~ .::! Dedeiras<br />

= = I<br />

:3'<br />

;: Ligaduras ou fundas herneárias<br />

l Cintas<br />

I<br />

Adesivos<br />

• . Colódio<br />

Substancias especiais usadas como ligaduras<br />

Monossegmentares<br />

Bissegrnentares<br />

Trissegmentares<br />

Polissegmentares<br />

Soluções de cauchú<br />

Soluções de guta-percha<br />

Do simples exame a este quadro notamos, primeiramente, dois grupos<br />

Principais: ligaduras propriamente ditas e ligaduras mecârúcas.<br />

As ligaduras propriamente ditas obtêm-se com a aplicação de ataduras,<br />

faixas, lenços, fundas, ataduras em T , em +, etc., isto é, são as ligaduras resul-<br />

P9RTUGUESES 17


'<br />

tantes da aplicação de tiras ou peças de pano, de contextura e configuração<br />

diversas. É perante esta configuração que as subdividimos depois em<br />

a) ligaduras simples<br />

b) ligaduras inteiras ou plenos<br />

c) ligaduras compostas.<br />

a) As ligaduras simples resultam da aplicação de ataduras ou ataduras-faixas;<br />

levam a um revestimento gradual e progressivo de determinada<br />

região.<br />

Chamam-se ataduras àquelas tiras de qualquer tecido, ainda que· vulgar,<br />

cujas dimensões variam para mais ou para menos, quer em largura, quer<br />

em comprimento, e que utilisamos por exemplo, na contenção de um penso.<br />

Por ataduras-faixas compreendem-se essas. mesmas tiras logo que tenham<br />

ultrapassado os 10 cm. na largura.<br />

Com o uso de tais tiras poderemos obter ligaduras circulares, oblíquas,<br />

espirais, cruzadas e recorrentes, cujas designações têm origem na sua trajectória.<br />

As ligaduras circulares (Fig. 1) caminham em tôrno ou em círculo, as<br />

sivamente repetido; os cruzados sobrepostos lembram as espigas de trigo e<br />

daí a sua denominação genérica de Espigas (Fig. 4).<br />

As recorrentes, no dizer de Gerdy, são ligaduras formadas por circunvoluções<br />

parabólicas e recorrentes, mantidas cada uma delas, por uma cirçunvolução.<br />

circular.<br />

Deve salientar-se que reina por toda a parte uma certa confusão na<br />

aplicação d~s termos atadura e ligadura. Tão depressa se ouve pedir uma atadura<br />

para ligar um doente- o que aliás está certo- como uma ligadura para<br />

fazer uma atadura, o que revela, de algum modo, erro de linguagem técnica<br />

de quem assim se exprime.<br />

Fig. 4 Fig· 5<br />

Fig. I Fig. 2 Fig. 3<br />

oblíquas descrevem uma linha oblíqua ou diagonal indo, por exemplo, do<br />

rebordo externo a subir para o rebordo interno do ante-braço; as espirais<br />

(Fig. 2) descrevem espiras, as cruzadas (Fig. 3) fazem cruzamento em determinado<br />

ponto e com a sua execução origina-se um 8- o oito de conta- suces-<br />

<strong>18</strong> H:OSPITAIS<br />

Tenha-se presente que as ataduras são as tiras de pano que utilisamos<br />

enquanto que as ligaduras, por sua vez, resultam da aplicação das ataduras<br />

ou de todos os meios convenientemente estudados e utilizados para atingir os<br />

fins que já conhecemos.<br />

Por isso, quando a referência é feita à tira de pano a empregar, diz-se atadura,<br />

e só quando se fala da atadura já aplicada, isto é, quando se fala do<br />

resultante da sua aplicação é que passa a designar-se ligadura. Ao fazer esta<br />

destrinça seguimos a opinião abalizada de Amboise Paré, apesar de que todos<br />

os dicionaristas ou lexicólogos apresentam os termos ligadura e atadura como<br />

sinónimos, contra o que nos insurgimos.<br />

PORTUGUESES 19


A propósito desta aplicação indevida de termos também Alvarez~Sierra<br />

se insurge porque mesmo os próprios cientistas nem sequer se coíbem de trocas<br />

de tal natureza, usando, por exemplo, como sinónimos, os vocábulos «mofo e<br />

fungo», quando não restam dúvidas sobre a identidade de um e outro. Isto,<br />

é claro, reforça o nosso ponto de vista.<br />

b) As ligaduras ·inteiras ou plenos são as que se executam com peças<br />

inteiriças, sob a forma de quadrados e triângulos e derivados, sem necessidade<br />

de proceder a um revestimento gradual e progressivo de qualquer região. Foi<br />

Mayor o arauto deste sistema que visava maior economia. Por isso o estudou<br />

convenientemente, condoído com a parca situação económica da maioria dos<br />

doentes, sem meios para custear a compra das ataduras julgadas imprescindíveis<br />

para o tratamento.<br />

. De facto, com um lenço das dimensões dos «tabaqueiros», podemos<br />

obter ligaduras perfeitas, tanto tnais que a esse lenço podemos dar outras configurações:<br />

triângulo, rectângulo, gravata, corda (Fig. 5).<br />

Estas designações estão assim em correlação com as metamorfoses sofridas<br />

pelo lenço ou quadrado inicial, pois quando dobrado em diagonal nos dá<br />

essa figura geométrica que se chama triângulo; quando dobrado sobre si próprio<br />

nos dá o rectângulo, e a gravata obtém-se com dobras sucessivas até chegar<br />

quase à configuração desse adorno masculino, enquanto que a corda resulta<br />

da torção a que se sujeitou.<br />

Tanto as ligaduras simples como as inteiras podem atingir um ou mais<br />

segmentos do corpo e assim subdividimo-las em:<br />

monossegmentares, as que cobrem um só segmento ou pequena região,<br />

como o pescoço ou o braço;<br />

bissegmentares, as que consistem numa dupla volta circular, unida por<br />

um cruzamento de atadura em forma de 8, tal como a ligadura da articulação<br />

rádio-cárpica, ou cruzado do punho;<br />

trissegmentares, as que atingem três regiões diferentes, como por exemplo<br />

aquelas que unem o pescoço, a nuca e a face;<br />

polissegmentares, as que envolvem mais de três segmentos, e isto exemplifica-se<br />

com a execução das ligaduras dos membros.<br />

c) As ligaduras compostas são aquelas que se executam com ataduras<br />

ou pedaços de pano a que se deu qualquer formato. Assim, as fundas, as ataduras<br />

em T e em +, as triangulares, quadradas e rectangulares, os suspensórios<br />

e as ataduras de Sahuqué (Fig. 6).<br />

As fundas são tiras de pano rasgadas dos dois lados até uma distância<br />

determinada do centro da atadura. Os rasgos podem ser únicos ou múltiplos.<br />

As demais ataduras compostas recebem o nome da configuração que apresentarem:<br />

a atadura em T é formada pela junção de duas ataduras (pedaços) cosidas<br />

uma à outra, em ângulo recto, e se à horizontal fixarmos duas ou três verti-<br />

~··<br />

... o.'-'<br />

Fig. 6<br />

(, .,~<br />

20 HOSPITAIS<br />

PORTUGUESES 21


llllllli<br />

jiil<br />

,'i<br />

,,<br />

lt<br />

l:i<br />

1!1<br />

~ I<br />

i<br />

III<br />

cais, obteremos o T duplo ou triplo; a atadura em + é a que toma a configuração<br />

duma cruz, pois se compõe de dois pedaços que se unem com tal forma; as<br />

triangulares são formadas pela reunião de duas ataduras que ao unir .formam<br />

ângulo recto, estando a atadura vertical separada da horizontal por um tecido<br />

. com forma de triângulo; são rectangulares ou quadradas quando se apresentam<br />

respectivamente com esses formatos.<br />

Os suspensórios são formados por uma bolsa que se destina a conter o<br />

escroto e em cuja par~e superior existe um orifício para dar saída ao pénis.<br />

· Na sua constituição entram 4 fitilhos que utilisamos para perfeita adaptação<br />

e segurança. Com eles obtém-se ~ suspensão do escroto e daí o denm:n.inarem-se<br />

suspensórios, em vistas da função.<br />

Incluímos nas ligaduras compostas as chamadas ligaduras de Sahuqué,<br />

muito usadas durante a guerra pelos franceses. De facto, os serviços de saude<br />

do Exército Francês deram grande incremento ao emprego de tais ataduras<br />

pelo seu sentido prático e pela sua fácil aplicação. São constituídas por panos<br />

cortados sob diversas formas, aos quais estão ligados fragmentos de ataduras<br />

para se proceder à respectiva fixação. Conforme a região do corpo humano<br />

a ligar, assim a forma que tomam as ataduras de Sahuqué.<br />

*<br />

* *<br />

As ligaduras mecânicas obtêm-se com a aplicação de aparelhos feitos à<br />

. base de peças rígidas ou substâncias elástica~, para o que se aproveita a força<br />

ou a pressão que exerçam em qualquer sentido. Aplicam-se para obter ou<br />

compressão ou contenção e são constituídas ou por tecidos elásticos- e temos:<br />

meias, joelheiras, cintas e dedeiras- ou por tecidos de lona à mistura com<br />

cabedal, metal ou qualquer substância de resistência- e assim temos as fundas<br />

herniárias e algumas cintas medicinais.<br />

É atendendo aos tecidos de que se compõem e ainda aos resultados obtidos<br />

pela força, se é que assim nos podemos exprimir, que elas se denominam<br />

ligaduras mecânicas.<br />

São preparadas em casas industriais especialisadas às quais se manda<br />

a nota do modelo pretendido.<br />

Apenas nos pode caber a responsabilidade da sua aplicação. Na verdade,<br />

não interessa em demasia o estudo deste capítulo das ligaduras pois elas<br />

são verdadeiros aparelhos com fins terapêuticos, é certo, mas em que a nossa<br />

actuação pouco além vai da adaptação conveniente.<br />

Quer se trate de ligaduras elásticas, quer se trate de fundas herniárias<br />

ou cintas, elas devem ficar razoàvelmente ajustadas, mas sem ferir.<br />

22<br />

HOSPITAIS<br />

Antes da sua aplicação deve deixar-se Que os orgãos tomem as suas<br />

posições fisiológicas e elas depois devem manter a anatomia íntegra. Nas<br />

hérnias; a funda é colocada depois da sua redução; nas ptoses intestinais a<br />

cinta é colocada após uns momentos de posição em plano inclinado, e convém<br />

até que se proceda enquanto essa posição se mantem- cabeça assente na·<br />

cama, pernas penduradas na barra ; nas varizes, a meia é ·calçada de manhã,<br />

antes do trajecto venoso se encontrar sobrecarregado pela deficiência das válvulas,<br />

em virtude da verticalidade do corpo quando em pé.<br />

Por fim, consideramos que há substâncias utilizadas com frequência<br />

e que substituem as ligaduras. São sobretudo os adesivos. Estes são tiras de<br />

tela que têm uma das faces impregnada de uma substância aderente. Hoje, o<br />

seu uso é universal, todos os conhecem e fazem deles largo uso, o que se<br />

explica pela facilidade que oferecem na aplicação e também pela economia que .<br />

representam. Cabe ao técnico escolher a maneira de os aplicar- em cruz, em<br />

tiras paralelas, etc.- procurando sempre não atingir regiões com abundância<br />

de pelos.<br />

Também por vezes, uma picada ou uma pequena ferida incisa requerem<br />

a aplicação de uma substância que além de proteger desempenhe o papel de<br />

hemostático; está neste caso o colódio. Basta que se deixem vert~r três ou<br />

quatro gotas dessa droga sobre o ferimento para que se tenha uma sensação de<br />

apêrto; é o colódio que exercendo uma acção constritiva aperta as malhas do<br />

tecido conjuntivo, e assim os vasos abertos sofrem um estrangulamento que os<br />

impede de continuar a sangrar.<br />

Simultâneamente o colódio séca e deixa uma camada protectora sobre<br />

os tecidos lesados.<br />

As soluções de éauchú e guta-percha são hoje aplicadas com certa insistência<br />

nos casos de varizes ou úlceras varicosas. São pastas solidificadas desses<br />

produtos que a uma certa temperatura se liquefazem; espalham-se depois<br />

com um pincel apropriado e voltam a solidificar com a perda da temperatura<br />

que as dissolveu.<br />

Da sua aplicação resulta um aparelho de imobilização, de consistência<br />

mais branda que os gessados, e daí a aplicação, sobretudo, nos doentes que<br />

referimos.<br />

PORTUGUESES 23


III:<br />

I<br />

24<br />

FICHEIRO DE FORNECEDORES RECOMENDADOS<br />

Alimentação e Dietética<br />

* Lacticlnios de Aveiro, L.da- Produtos<br />

VougaSul: Manteiga, Queijo,<br />

Leite Pasteurizado.<br />

* Lusa-Atenas, L. da, S.or- Mercearias<br />

por grosso, papelaria, miudezas.<br />

Depósito das águas Vidagf' , Melgaço<br />

e Pedras Salgadas. R. do Arnado -<br />

Telefone 2126 - Coimbra- Apartado<br />

17.<br />

Materiais e actividades de construção e instalação<br />

* Aleluia & Aleluia (Fábricas Aleluia)<br />

-Materiais de Construção, Azulejos<br />

e louças sanitárias. Cais da Fonte<br />

Nova- Aveiro. Telefone 22 -- Telegramas:<br />

Fábricas Aleluia.<br />

* Barboza & Carvalho, L.da - Fábrica<br />

de Estores «SOLCRIS» (estores<br />

de madeira e em duro- alumínio).<br />

Aços finos para construção e ferramentas.<br />

Materiais de construção e<br />

representações. Rua de José Falcão,<br />

61 - Porto. Telefone 25150/1<br />

- Telegramas: SOLCRIS.<br />

* Lafayétte de Carvalho - Materiais<br />

de construção. Representante das<br />

Fábricas de Vernizes e Esmaltes<br />

« Teolin )> e « Teoflux », Holanda.­<br />

C. de Monchique, 3, Porto- Telefone<br />

25326- Teleg. Laca.<br />

* Silarte-Silva, Soares & Leite, L.da<br />

-Instalações eléctricas. Montagem<br />

de água quente, fria e aquecimento<br />

central. Armazenistas de material<br />

eléctrico. - Rua do Dr. António<br />

Granjo, 6 - Telefone, 4444- Coimbra.<br />

Material e aparelhagem médico-cirúrgica<br />

* A. G. Alvan - Gatguts-linho e<br />

seda para sutura «Lukens». Rua da<br />

Madalena, 66-2. 0 - E - Lisboa. Telefone<br />

25722.<br />

* Siemens Reiniger, S. A. R. L.<br />

-Aparelhos de Raios X, Electromedicina<br />

e Electrodentária. Rua de<br />

Santa Marta, 33-1. 0 - Lisboa. Telefone<br />

44329- Teleg.: Electromed.<br />

Mobiliário metálico, hospitalar e .geral<br />

1f Adelino Dias Costa & C.a, L.da<br />

(Fábrica Adico)- Mobiliário cirúrgico<br />

e hospitalar (Fábrica de).- Avanca<br />

- Portugal. Telef. 2 - A vanca-Telegramas:<br />

Adico.<br />

* Dário Correia- Mobiliário de<br />

ferro, material médico-cirúrgico de<br />

laboratório e hospitalar.- R. Morais<br />

Soares, 6o.- Telefone 53484. - Lisboa.<br />

* Fábrica Portugal S. A. R. L.- Mobiliário<br />

Metálico e Hospitalar.-Regueirão<br />

dos Anjos, g6- Telefone 47157/9<br />

-Lisboa- Telegramas: FIELSA.<br />

(Seguej<br />

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marquezas, juntas (


<strong>Hospitais</strong> esit•att~ei•·os<br />

DR. lLiDIO DE OLiVEIRA BARBOSA<br />

(ln Boletim dos <strong>Hospitais</strong> Civis)<br />

Material- :Ê muito vigiada a sua inutilização, que .é paga quando<br />

não justifjcada suficientemente.<br />

As visitas são gratuitas, de 2 horas, 3 dias por semana.<br />

Regime de trabalho nas secretarias: das 7/12 e 14/17 horas.<br />

Trabalho no Hospital:<br />

)<br />

Kantonsspital- Zurique<br />

(Continuação)<br />

Após Basileia dirigi-me a Zurique. Capital do Cantão do mesmo nome,<br />

Zurique, que detém a maior estação ferroviária e o maior aglomerado urbano<br />

da Suíça, é uma cidade nova, mas de grande importância industrial, graças<br />

à qual muito e ràpidamente se tem desenvolvido.<br />

Aí, entrei no Hospital Cantonal, onde o respectivo director, Sr. Elsasser,<br />

que nesse dia iniciava a sua licença, me indicou um dos seus colaboradores<br />

-a sua secretária, Fraulein Strauli -, para me acompanhar na minha visita<br />

e prestar-me esclarecimentos.<br />

O Hospital tem à sua frente um director adt:ninistrativo que não é<br />

médico, e depende da Direcção Geral de Saude Pública do Cantão.<br />

Entre os doentes há a distinguir:<br />

a) pensionistas;<br />

b) porcionistas.<br />

Indigentes, no sentido absoluto do termo, não há. Os porcionistas pagam<br />

segundo uma tabela.<br />

As Caixas de Seguros Médicos pagam 4 frs. diários. Toda a gente é,<br />

obrigatoriamente, inscrita nas Caixas.<br />

Há, até, uma Companhia privada, onde estão seguros os empregados<br />

do Estado.<br />

O inquérito à fortuna de cada um é feito pelo serviço de impostos do<br />

Estado. É ele que determina o escalão: gratuito, se o indivíduo vive no Cantão:<br />

mediante uma taxa insignificante, se é estranho ao Cantão.<br />

O prix de revient é frequentemente actualizado. A recuperação é sempre<br />

incompleta e, por isso, o Cantão tem de solver o deficit, ainda que vigiando<br />

tudo pelo seu departamento financeiro. Justamente por ser sempre deficiente<br />

a verba de 4 frs., paga pelas Caixas, o doente é frequentemente obrigado a<br />

pagar, também se a sua economia é de molde a permiti-lo.<br />

Nas secretarias, um empregado de categoria média ganha anualmente<br />

5.220/ 7.815 frs. acrescidos de 12% por cada ano de serviço.<br />

a) Médicos-chefes de serviço;<br />

b) Assistentes, sendo:<br />

1)-Voluntários- sem direito a vencimentos:<br />

2) - Contratados- com vencimentos.<br />

Somente os médicos-chefes de serviço habitam no hospital, acompanhados<br />

de suas famílias, pois são permanentes. Contam, ao todo, 11 chefes.<br />

Porém, os assistentes cotrata:dos trabalham em, regime de «full-time» e por<br />

isso ganham 12.000 frs. por ano (Esc. 72.000$00). Afinal, quem ganha menos<br />

são os chefes- 4.000 a 5.000 frs. anuais-, pois têm o seu ordenado pela Universidade<br />

e a sua clínica. Apesar de residirem no hospital, trabalham em<br />

regime de «half time».<br />

Os chefes são propostos pela Univêrsidade e nomeados pelo Cantão,<br />

enquanto que os assistentes são propostos pelos chefes. Quando solteiros,<br />

vivem no hospital, pagando 3.200 frs. por ano, de indemnização.<br />

O hospital conta, para as suas 1.500 camas:<br />

<strong>18</strong>3 médicos;<br />

485 enfermeiros, na sua quase totalidade mulheres, com homens<br />

só para os doentes mentais e serviço de urologia. Incluídas<br />

neste número, religiosas-protestantes;<br />

375 auxiliares de enfermagem;<br />

475 auxiliares gerais (cozinheiros, motoristas, jardineiros, marceneiros);<br />

16 assistentes sociais;<br />

vigário;<br />

1 pastor;<br />

44 empregados de secretaria.<br />

As enfermeiras tiram um curso de 3 anos numa escola privada, em que<br />

Pagam o ensino. Durante o estágio, o hospital paga à escola os honorários<br />

das alunas. Existe um hospital nos arredores, mas ainda pertencente ao Cantão,<br />

com uma escola de enfermagem, que fornece 3 ou 4 enfermeiros por ano,<br />

o que é insignificante.<br />

26 HOSPITAIS<br />

PORTUGUESES 27


Os enfermeiros têm, anual~ente, 4 semanas· de férias, excepto os de<br />

raios X, que têm 6 semanas.<br />

O mobiliário é vulgar- sem nada de especial. Nalgumas enfermarias,<br />

as camas são de pés e rodas, simultâneamente.<br />

O hospital não dá uniformes aos enfermeiros, e àqueles, cujos vencimentos<br />

são arrecadados pelas escolas, estas fornecem-lhos.<br />

O serviço de vela não tem controlo especial, havendo só o feito durante<br />

a noite.<br />

Em princípio, não se admitem enfermeiras casadas.<br />

Durante a guerra, abriu-se excepção, mas só então. As enfermeiras<br />

trabalham, em regra, 10 horas por dia.<br />

Há muitas escol~s e enfermeiras, anexas aos hospitais. Os hospitais, em<br />

vez de pagarem às enfermeiras oriundas dessas escolas, pagam a estas últimas,<br />

as quais, por seu turno, remuneram as enfermeiras. Este regime faz excepção<br />

ao das enfermeiras diplomadas, que são contratadas directamente pelos<br />

hospitais.<br />

Há uma enfermeira-chefe por cada secção de 10 a 12 camas. É ela a<br />

responsável pelo material. Pensa-se em reduzir as secções a um máximo<br />

de 6 camas.<br />

Hà um pavilhão separado para infecto-contagiosos, estando o serviço<br />

absolutamente separado dos demais.<br />

Sobre ordenados:<br />

Enfermeiros- entre 4.572 e 6.372 frs. por ano, em regime de diuturnidades,<br />

acrescendo, sobre a base, 12% de cada ano de serviço.<br />

Zurique- Hospital Cantonal<br />

Há pequenos armários .para coisas pessoais, em tabuleiros próprios.<br />

As roupas dos doentes em vestiários numerados, na própria enfermaria, com<br />

a chave em poder da enfermeira. Noutro armário, em pequeninas gavetas,<br />

cada uma para seu doente, pequenos mimos das far.nílias (frutas, doces, etc.).<br />

Em armários semelhantes aos lavatórios de bordo, mas com jacto de<br />

água, interno, faz-se a lavagem de bacias e urinóis. Um ramal da rede de<br />

aquecimento é utilizado para secador de toalhas. Em armários próprios, arrecadam-se<br />

carrinhos, cadeiras, escadotes. Há água quente e fria nos lavadouros.<br />

Puxadores, suficientemente grandes, permitem a abertura das portas com o<br />

antebraço, no caso de as mãos estarem ocupadas.<br />

Alto-falantes em minúsculas almofadas facultam ao doente, em condições<br />

de o fazer, ouvir telefonia sem incomodar os outros.<br />

28 HOSPITAIS<br />

Os laboratórios trabalham, também, para o exterior, mas é o hospital<br />

que cobra tudo, sem nada pagar aos médicos. Do mesmo modo chama a si<br />

10% do produto das operações feitas nos quartos particulares.<br />

Para os serviços de cozinha e distribuição da comida há uma dirigen~e<br />

(directrice) e uma sub-dirigente (sous-directrice). As funções são mais limitadas<br />

que as da dirigente belga. Em Zurique a dirigente da cozinha tem, também,<br />

a seu cargo uma escola para dietistas.<br />

A cozinha principal- para 1.200 pessoas- é antiga, mas muito asseada.<br />

Cozinham ainda a carvão e, também, a gás, vapor e electricidade. Há 2 cozinheiros<br />

a chefiar, com ·<strong>18</strong> mulheres, ajudantes.<br />

Os frigoríficos têm capacidade para uma semana de carne.<br />

Há duas máquinas para descascar batatas (uma para cada face), outra<br />

para cortar batatas para fritar, uma outra para cortar hortaliças, e, ainda,<br />

uma para fazer pequenas rações de manteiga.<br />

Na cozinha para dietas trabalham só mulheres, em número de 10. Há<br />

carros fechados, aquecidos electricamente, para condução de comidas. A tiragem<br />

dos fogões é subterrânea.<br />

As louças são de cerâmica. Nas cozinhas- alumínio e aço inoxidável.<br />

Não há restrições em matéria de medicamentos. Mas, quando se trata de medicamentos<br />

caros, a Administração indaga quem é o responsável pelo tratamento<br />

do doente- se o patrão, se a Caixa.<br />

PORtUGUESES 29


Sobre alimentação, há as seguintes refeições:<br />

Das 6 para as 7 horas - Café;<br />

Às 9 horas- Pequeno almoço;<br />

Às 12 horas- Almoço;<br />

Às 16 horas- Café;<br />

Às <strong>18</strong> horas- Jantar.<br />

é dirigido por um médico, mas pensa-se fazê-lo substituir, a seu tempo, por<br />

um director administrativo.<br />

À testa da administração do hospital estão duas comissões: uma legislativa,<br />

de JS membros, e outra executiva, de 5 membros. A comissão legislativa<br />

é nomeada pelo Cantão. A executiva é nomeada pela legislativa e é a seu<br />

cargo que está a administração.<br />

Lavandaria- Há uma lavandaria central, instalada numa prisão longe<br />

de Zurique. Aproveita-se o trabalho dos reclusos.<br />

Acerca de aquecimento, o hospital tem duas torres, a carvão, fornecendo<br />

água quente à Universidade, hospital e a uma zona da cidade. As despesas são<br />

rateadas, pagando o hospital a sua parte.<br />

Não há saboaria.<br />

Na desinfecção de roupas usam o formo!.<br />

Há assistência social, que, entre vários objectivos, procura colocar os<br />

doentes, quando têm alta. Há uma creche em funcionamento satisfatório,<br />

para as crianças filhos de doentes.<br />

Há, todos os seis meses, uma rigorosa inspecção médica ao pessoal.<br />

Quanto a lixos, o Município é que os remove, mediante o pagamento<br />

de uma taxa para transporte. Os papéis são vendidos e os restos de comida<br />

são dados à Escola de Agricultura, para alimentação dos seus animais.<br />

I nselspital- Berna<br />

No limite da Suíça Alemã com a Suíça Romande, fica a capital federal,<br />

capital, também, do populoso cantão do mesmo nome. Cidade muito industrial<br />

e sede de inúmeras Convenções Internacionais, Berna, que olha orgulhosamente,<br />

de perto; os cumes das neves perpétuas que alvejam nos Alpes a que<br />

deu o nome, fascina pelos seus jardins, de requintada beleza.<br />

Na visita ao seu hospital- o hospital da Ilha, tradução do nome por<br />

que é designado, e que nasceu, segundo me informaram, da circunstância de o<br />

hospital, outrora isola~o, se assemelhar a uma ilha -fui atendido pelo secretário,<br />

que me apresentou ao tesoureiro (Kassier) do hospital, funcionário muito<br />

distinto, decano do funcionalismo do hospital e profundo conhecedor de tudo<br />

quanto se relaciona com o movimento hospitalar de Berna.<br />

Nos serviços, encontrei as enfermeiras muito limpas, mas com uma certa<br />

pobreza, em comparação com Basileia e até com Zurique. As cozinhas, também<br />

em estado de muita limpeza, mas sem máquinas de descascar batatas, nem<br />

de lavar louças. Estas são de alumínio, muito modestas. Os fogões são a<br />

vapor e a gás. Tem estufas para as comidas, aquecidas pelo vapor.<br />

Entrando no desempenho da minha missão, averiguei que o hospital<br />

30 HOSPITAIS<br />

Berna -<br />

Hospital da Ilha<br />

O hospital vive por si próprio, pois tem avultados bens.<br />

O material utilizado- seringas, termómetros- só é pago pelo pessoal<br />

que o inutiliza, quando, do inquérito a que se procede, se conclui a sua culpabilidade.<br />

Cobra-se à volta de 2.000 frs. por ano, destas inutilizações.<br />

Os tratamentos por institutos especiais e os medicamentos muito caros<br />

são pagos à parte. Para os doentes assistidos e indigentes, as autoridades de<br />

assistência competentes são garantes. Os doentes originários doutros cantões<br />

ou os estrangeiros devem pagar de pronto ou garantir o pagamento. Os doentes<br />

tratados em qualquer divisão do hospital devem pagar o tratamento<br />

efectuado.<br />

PORTUGUESES 31<br />

I


A administração é feita pela própria direcção do hospital, que faz concursos<br />

ou compras directas, segundo se trata de grandes ou pequenas quantidades<br />

de mercadoria.<br />

Quando no gozo de férias, o pessoal conserva os seus vencimentos e têm<br />

2 frs. por dia para alimentação, uma vez que não utiliza a fornecida<br />

pelo hospital.<br />

Não têm doentes pensionistas e os doentes com meios são objecto de<br />

inquérito por intermédio do Serviço de Impostos.<br />

Na Secretaria trabalham 15 pessoas. Queixam-se de excesso de trabalho.<br />

O prix de revient anda por 12 frs. diários.<br />

A estreptomicina e a penicilina são fornecidas sem qualquer espécie<br />

de restrições.<br />

O Hospital é rico, como já se disse. Os doentes p·obres e os indigentes<br />

berneses têm tratamento gratuito, pagando, porém, a comuna os tratamentos<br />

extraordinários.<br />

Os naturais do Cantão de Berna, para serem admitidos, devem<br />

apresentar:<br />

1. 0 - Pedido oficial de admissão, com informações acerca do seu estado<br />

civil, condições de família, de fortuna e de seguro social. O pedido cleu" c:er<br />

firmado pela Direcção Cantonal de Assistência Pública, pelos comissários de<br />

·bairro da cidade de Berna ou pelas chancelarias comunais do domicílio ou do<br />

lugar de origem:<br />

2. 0 - Atestado médico, se for possível.<br />

Os berneses indigentes, em virtude do estatuto da fundação do hospital.<br />

são tratados gratuitamente, se apresentarem declaração da autoridade com··<br />

petente certificando que são, de facto, indigentes.<br />

Esta disposição não se aplica aos doentes das Caixas de Seguro Social,<br />

aos presos, asilados e inválidos. Para estes doentes, as taxas fixadas pelas<br />

autoridades hospitalares devem ser pagas, independentemente do facto de o<br />

internado estar a cargo da Assistência Pública.<br />

Os outros berneses pagarão entre 1 franco a 7,50 francos por dia, a fixar<br />

pela Direcção do Hospital, segundo a situação económica do doente.<br />

Para os berneses indigentes domiciliados em cantões firmantes du11i<br />

acordo em vigor, a Assistência Pública da comuna do domicílio garante 4 frs.<br />

por dia, segundo o referido acordo.<br />

Os doentes doutros cantões, isto é, de origem não bernesa, devem apresentar,<br />

além do pedido oficial e do atestado médico, declaração dum médico­<br />

-chefe atribuindo-lhe uma cama gratuita, ou, se habitam o cantão de Berna.<br />

depositar entre 4 e 8 frs. por dia.<br />

Se se trata de Suíços doutros cantões ou de estrangeiros não estabelecidos<br />

em Berna, o preço da diária é, pelo menos, de 7 frs., devendo ser feito<br />

um depósito ou caução de 200 frs., pelo menos. Para os indigentes doutros<br />

cantões, doentes ou vítimas de desastre no Cantão de Berna, as autoridades<br />

locais competentes, da Polícia ou da Assistência Pública, são responsáveis e<br />

garante, nos termos dum decreto do Conselho de Estado ou em virtude dum<br />

acordo existente sobre assistência no lugar do domicílio.<br />

Os doentes aos quais o chefe da clínica tenha atribuído uma cama gratuita<br />

são admitidos independentemente do seu domicílio e origem.<br />

Dentre o pessoal superior há a mencionar os seguintes chefes de serviço:<br />

Secretário<br />

Tesoureiro<br />

Chefe da Contabilidade<br />

Pastór<br />

Chefe da Farmácia<br />

Engenheiro.<br />

Os serviços clínicos estão a cargo de:<br />

Médicos-chefes;<br />

Médicos primeiros assistentes- os adjuntos dos médicos-chefes;<br />

Médicos-assistentes - os componentes das equipas;<br />

Internos -sem limite de idade.<br />

Na preparação dos médicos, não é obrigatório o internato.<br />

Faz-se no hospital uma classificação dos médicos que, de curiosa que é,<br />

menciono apenas para ser fiel ao que ouvi: há médicos clínicos e médicos não<br />

clínicos. São clínicos: os médicos da Faculdade; são não clínicos: os nomeados<br />

pelo próprio hospital.<br />

Os chefes são de nomeação vitalícia, propostos pela Universidade e<br />

nomeados pelo Governo, o que sucede com os assistentes.<br />

Os médicos-chefes e os primeiros-assistentes trabalham em regime de<br />

«half-time». Os assistentes secundários, em regime de «full-time».<br />

Os chefes ganham 1.000 frs. por trimestre e, tal como os primeiros-assistentes,<br />

têm suas clínicas na cidade. Os assistentes, como empregam toda a<br />

sua actividade no hospital, ganham 900 frs. por mês, com pensão e alojamento<br />

no hospital, as famílias excluídas. É claro que os chefes têm o seu vencimento<br />

de professores da Universidade, com reforma pela Faculdade e limite de idade<br />

aos 65 anos.<br />

Há uma escola autónoma para enfermeiros. A admissão destes funcionários<br />

é por contrato, com reforma aos 65 anos.<br />

Os enfermeiros vivem no hospital, mas saem quando querem. Ganham<br />

entre 320 e SOO frs., com alimentação e alojamento.<br />

32 HOSPITAIS<br />

PORTUGUESES<br />

3<br />

33


Para 850 camas, há:<br />

30 enfermeiros<br />

140 enfermeiras religiosas<br />

100 criadas.<br />

As enfermeiras religiosas são diplomadas.<br />

Há férias anuais para .toda a gente:<br />

15 dias, depois de um ano de serviço;<br />

20 dias, depois de dois anos de serviço;<br />

30 dias, os demais.<br />

No hospital não há doentes mentais. Quanto às prostitutas, faz-se uma<br />

discreta separação.<br />

A separação dos infecto-contagiosos é completa e as desinfecções são<br />

feitas apenas pelo vapor, o que é julgado suficiente. Para as crianças há um<br />

pavilhão especial.<br />

Enfermarias pequenas, com um máximo de 10 doentes.<br />

As visitas, 3 vezes por semana, são inteiramente gratuitas.<br />

Dentre as enfermeiras religiosas, há umas 10 ou 12 encarregadas de<br />

dirigir serviços. As velas estão a cargo das restantes, vigiadas pelos m~dicos<br />

de serviço.<br />

Não se admitem enfermeiras casadas. O casamento implica a demissão.<br />

Dão 4 refeições diárias aos doentes: às 7, 12, 15 e <strong>18</strong> horas. Os sobejos<br />

de comida são vendidos, rendendo cerca de 6.000 frs. por ano.<br />

Na cozinha trabalham 8 pessoas, sendo 3 cozinheiros. Há uma irmã a<br />

chefiar. Frigoríficos vulgares, uma pequena despensa, todos os dias reintegrada.<br />

Os carrinhos de condução das comidas são antigos, como os usados nos<br />

hospitais portugueses.<br />

Tem uma secção industrial, que funciona a contento, com serralheiros,<br />

carpinteiros, pintores, etc ..<br />

A lavandaria é muito modesta. Tudo muito limpo. A roupa sai alvíssima<br />

e não acusa estragos provenientes do tratamento. Está marcada por<br />

serviços, aos quais volta, depois de lavada. Usam um preparado- Pio -J<br />

soda e sabão.<br />

Não há saboaria.<br />

As desinfecções são feitas pelo formo!.<br />

Em matéria religiosa é de citar que, além de um pastor protestante, há<br />

um capelão para os doentes católicos.<br />

A assistência social ocupa um lugar importante, interessando-se pela<br />

colocação dos indivíduos após a alta.<br />

Sobre higiene íntima das doentes, nada há de especial.<br />

34 HOSPITAIS<br />

<strong>Hospitais</strong> Civis de Lisboa<br />

1.-0 Sr. Enfermeiro-mor dos<br />

<strong>Hospitais</strong> Civis de Lisboa tendo em<br />

vista que «sem qualquer organização<br />

prévia especial prestou relevantes serviços<br />

a equipa de médicos e de pessoal<br />

de enfermagem que foi destacada<br />

do banco para acudir, no local,<br />

às vítimas do desastre da linha do<br />

Estoril, ocorrido em 31 de Março<br />

findo», determinou que, enquanto<br />

não for possível organizar o serviço<br />

móvel de pronto- socorro que há<br />

muito se deseja, o cirurgião de serviço<br />

no banco fique autorizado,<br />

quando as circunstâncias o aconselhem,<br />

a mandar sair, em ambulância<br />

própria, uma equipa constituída por<br />

um ou dois médicos e pessoal de enfermagem<br />

julgado conveniente, conduzindo<br />

também o material e medicamentos<br />

de urgência considerados<br />

necessários. Para o efeito, foi o banco<br />

apetrechado com o material indispensável<br />

ao bom cumprimento daquela<br />

ordem.<br />

•<br />

2. Comemorando os 460 anos do<br />

Hospital Real de Todos os Santos,<br />

houve missa na Capela de S. José,<br />

PORTUGUESES<br />

distribuição de medalhas ? funcionários<br />

e inauguração de vários melhoramentos<br />

a que assistiram os Senhores<br />

Ministros do Interior e das Obras Públicas.<br />

O Sr. Enfermeiro-mor relatou<br />

o desenvolvimento dos <strong>Hospitais</strong><br />

Civis. O Sr. Ministro das Obras Públicas<br />

frisou a boa colaboração entre<br />

o seu Ministério e o do Interior. O<br />

Sr. Dr. Trigo de Negreiros referiu-se<br />

ao nível elevado a que tinham chegado<br />

os <strong>Hospitais</strong> Civis e anunciou<br />

que nv próximo .ano deverá abrir o<br />

Hospital Escolar de Lisboa, integrado<br />

na· rede nacional da assistência hospitalar.<br />

HospHals (]a UulveJ•sldade<br />

de CohnbJ•a<br />

1. Está sendo executada a transferência<br />

dos doentes do Hospital do<br />

Castelo para os novos pavHhões de<br />

Celas, em obediência ao plano de .<br />

obras da Cidade Universitária. Já<br />

foram mudados os doentes de dermatologia<br />

e sifiligrafia e seguir-se-ão<br />

imediatamente os de moléstias infecciosas.<br />

2. Também em Celas abriu o<br />

35


I ~<br />

li 1<br />

novo pavilhão destinado aos doentes<br />

de Neurologia, devidamente equipado<br />

com um bloco operatório para neuro­<br />

-cirurgia.<br />

3. Começaram as obras de modernização<br />

dos serviços de Pediatria<br />

que ficam anexos às enfermarias-escolas<br />

femininas.<br />

JIOSJ)Ual ~ubt•egloual<br />

do llat'I'eh·o<br />

Os actuais mesários da Santa<br />

Casa da Misericórdia do Barreiro,<br />

prosseguindo nas diligências iniciadas<br />

pela direcção cessante, para a<br />

construção do novo hospital subregional,<br />

reuniu-se . com as autoridades,<br />

direcções de todas as colectividades<br />

desportivas e recreativas locais, juntas<br />

de freguesia, delegados de sindicatos<br />

nacionais, representantes da<br />

Imprensa, etc., com o fim de estudar<br />

as bases em que há-de ser pedido<br />

à população o seu auxílio para se<br />

proceder à realização deste melhoramente,<br />

de tão grande importância<br />

para o concelho. A Câmara prometeu<br />

todo o apoio moral e material que<br />

o Município possa dispensar à construção<br />

do hospital subregional, previsto<br />

pelo plano das construções hospitalares,<br />

para esta vila e seu concelho.<br />

Jlospltal de illjustrel<br />

R ealizou-se em Aljustrel a inauguração<br />

dum pavilhão do hospital<br />

civil. O governador do distrito de<br />

Beja, dr. António Castro Brito Meneses<br />

Soares, presidiu à inauguração,<br />

sendo aguardado pela mesa administrativa<br />

do hospital, de que é provedor<br />

o sr. Henrique Maria Albino; corpo<br />

clínico, presidente da Câmara Municipal,<br />

chefe da secretaria da Câmara,<br />

director das Minas de Aljustrel,<br />

comandante da secção da G. N. R.,<br />

presidente da União Nacional e outras<br />

entidades oficiais, que lhe apresentaram<br />

cumprimentos. Ao acto<br />

inaugural seguiu-se uma visita àquele<br />

estabelecimento hospitalar. Em nome<br />

da mesa do hospital saudou o<br />

chefe do distrito o director clínico,<br />

dr. Eduardo Mota Ribeiro de Oliveira,<br />

que lhe agradeceu o auxílio por<br />

ele dispensado para a realização de<br />

tão útil melhoramento. Em resposta,<br />

o dr. António de Castro Meneses Soares<br />

prometeu toda a sua boa vontade<br />

para o engrandecimento e progresso<br />

de Aljustrel. Seguiu-se um «Porto<br />

de honra» em casa do Provedor,<br />

sr. Henrique Maria Albino.<br />

SanaCót•Jo t•at·a pobt•es<br />

elo coucellto tle Tontlela<br />

O hospital de Santa Maria em<br />

Tondela, adquiriu no Caramulo um<br />

Sanatório para internamento de todos<br />

os tuberculosos pobres do concelho.<br />

Para esta obra contribuiu o Estado<br />

com 130 contos. O hospital deu<br />

100 contos. A inauguração efectua-se<br />

em breve.<br />

Gimenez-Salinas & C.a 1\<br />

240, Rua da Palma, 246 - LISBOA<br />

Alguns produtos de sua representação<br />

que actualmente podem fornecer:<br />

ANTELOBlNE, ampolas<br />

ANT!GRlPI!:'E MIDY, hóstias<br />

ARSAMlNOL, ampolas, 1,5 e 3 cc.<br />

ASM ALI CIDA, ampolas .<br />

l:IALSEPTOL, pomada<br />

BlOCALCIUM, ampolas<br />

CÁ L CIO GFVE, comprimidos<br />

CANTE lN E<br />

CEREGUM lL, alimento liquido<br />

DI -PERQUlNOL, corado e incolor<br />

GASE DR. MO l~EAU<br />

HEMO-ANTITOXI NA<br />

HOlUlANTOXON E, globóides<br />

!ODONE, gotas<br />

KOUMYL, go tas<br />

PELE PLÁS riC,\


tricos: bia~ermia, 253; Radioterápia,<br />

190; Correntes galvânicas, 49; Radioscopias,<br />

3; Raios ultra-violetas, 76.<br />

illserlcõJ•(lia de Gallzes<br />

Foi aberto no dia 24 de Junho o<br />

Hospital da Misericórdia desta localidade,<br />

sendo o pessoal de enfermagem<br />

constituído pelas Irmãs da Caridade<br />

que se encontravam no Oonvento<br />

de Vila Pouca da Beira.<br />

Em virtude da criação na sede do<br />

concelho, em Oliveira do Hospital, de<br />

um hospital concelhio, não se sabe<br />

ainda qual será a função do chamado<br />

Hospital da Misericórdia de Galizes.<br />

Hospital da SeJ•tã<br />

Está concluída a primeira fase das<br />

obras do hospital desta vila, que foi<br />

reconstituído e ampliado consideràvelmente.<br />

Para a sua conclusão foi entregue<br />

à Misericórdia pelo sr. José António<br />

Beirão, desta vila, comerciante em<br />

Recife (Brasil), a importância de<br />

73 contos que ele e outros amigos ali<br />

residentes ofereceram para aquele fim.<br />

Ao Hospital ()e ~ão .llaJ•cos<br />

Braga<br />

O conhecido benemérito rev. Augusto<br />

Dias da Silva, abade da Loureira,<br />

Vila Verde, que tem auxiliado<br />

com muitos milhares de contos os organismos<br />

de assistência da região, entregou<br />

ontem, à Mesa da Misericórdia<br />

e Hospital de S. Marcos desta cidade,<br />

mais um importante donativo, exclusivamente<br />

destinado à aquisição de<br />

material cirúrgico para o serviço de<br />

urologia do referido Hospital.<br />

8amatõJ•io DI·. Sousa Jlai'­<br />

tlus, 'la Guarda<br />

Realizou-se concurso para adjudicação<br />

da obra de abastecimento de<br />

água ao Sanatório Dr. Sousa Martins,<br />

da Guarda, cuja base de licitação<br />

era de 225.700$00. Foram apresentadas<br />

cinco propostas, sendo a<br />

mais baixa de <strong>18</strong>1.130$00 e a mais<br />

alta de 235.000$00.<br />

- Na sede da Direcção Geral dos<br />

Edifícios e Monumentos Nacionais,<br />

realizou-se, no dia 9 de Junho, pelas<br />

16 horas, concurso para adjudicação<br />

da empreitada de reparação dos<br />

«Chalets» do mesmo Sanatório. A<br />

base de licitação era de 383.250$00.<br />

Hospltai-Sauatõi•Io 'le Celas<br />

Ao concurso para adjudicação da<br />

empreitada de reparação e beneficiação<br />

no Hospital-Sanatório de Celas<br />

(l.a fase), foram apresentadas cinco<br />

propostas, sendo a mais baixa de Anselmo<br />

Costa, na importância de Esc.<br />

173.700$00, e a mais alta de António<br />

Gaspar de Matos, no valor de Escudos<br />

<strong>18</strong>7.440$00. A base de licitação<br />

era de 200.000$00.<br />

llospltal de Cou,lelxa<br />

A Comissão E xecutiva do cortejo<br />

de oferendas em favor do Hospital<br />

Municipal D. Ana Laboreira d'Eça,<br />

que se realizou em Fevereiro p. p.,<br />

fechou hoje as contas, tendo verificado<br />

um apuro de Esc. 133.196$90,<br />

distribuído da seguinte forma: donativos<br />

recebidos em dinheiro, 65.279$;<br />

produto da venda das ofertas,<br />

48.149$; mercadorias que ficaram<br />

no hospital para seu consumo:<br />

20.719$90; a deduzir 915$00 de várias<br />

despesas.<br />

Hostaltal da itllserlcõa•dla<br />

da Lourinhã<br />

O Hospital da Santa Casa de Misericórdia<br />

desta vila, foi há pouco<br />

tempo provida da mais moderna aparelhagem<br />

eléctrica, assim como de<br />

serviços de puericultura, que dão<br />

assistência diária a 60 crianças.<br />

Agora, e mercê ainda da iniciativa<br />

do provedor, Dr. José Henriques<br />

Palma de Almeida Braga, foram ali<br />

montados, em duas salas completas,<br />

e com a necessária aparelhagem, os<br />

serviços de garganta, nariz e ouvidos.<br />

Pensa-se em ampliar o hospital · com<br />

mais umas salas e pavilhões.<br />

Hospital Subreglooal<br />

de Pinhel<br />

Vai entrar em período de actividade<br />

a construção deste hospital. Foram<br />

abertas, pela mesa daquela instituição,<br />

propostas para a execução da<br />

primeira fase dos trabalhos, orçada<br />

em 1.044.000$00. Foram feitas duas<br />

propostas, respectivamente nos valores<br />

de 1.174.000$00 e de 1.039.000$00.<br />

O concelho de Pinhel terá, em breve,<br />

o hospital que merece.<br />

Novo bOSJ)Ital de Ilação<br />

Iniciou-se a construção do novo<br />

hospital de Mação, que custará cerca<br />

de 850 contos.<br />

O começo _ das obras foi indicado<br />

por uma girândola de morteiros, os<br />

alicerces cavados simbolicamente pelo<br />

Dr. Abílio Tavares, governador civil<br />

de Santarém; João Dias Agudo Cadete,<br />

presidente da Câmara Municipal;<br />

Dr. João Calado Rodrigues, presidente<br />

da Comissão Municipal de<br />

Assistência; Joaquim Duarte Figueira,<br />

provedor da Misericórdia; e<br />

Manuel Lopes, serralheiro, representante<br />

das classes trabalhadoras.<br />

' Terminado este acto, usaram da<br />

palavra os Drs. Isidro Estrela, João<br />

Calado e o governador civil, Dr. Abílio<br />

Tavares.<br />

.\P-'PI4.Ul 80<br />

'1/A.Iiji\UI'Uloi· COI MBRA<br />

SooÁ3t o .... tno•lf,..,Jo<br />

d.o be.r6 lho .l._...bl..,~<br />

"I'IOS.d


Aos Srs. administradores, directores,<br />

médicos e enfermeiros de hospitais·,<br />

casas de saude, sanatórios, etc.<br />

o c o m e r c i o 1 o Ji s 1 a do di s 1<br />

r i to de c o·i m<br />

está preparado para fo1 necer, nas melhores condições,<br />

tudo o necessário para a construção, equipamento e funcionamento<br />

dos hospitais, casas de saude, clínicas, etc<br />

Se precisarem de comprar:<br />

b r a<br />

Artigos de escritório, quinquilharias, ferragens,<br />

máquinas, drogas, tecidos, rotrosarias,<br />

carnes, combustíveis, cereais, legumes,<br />

peixe, criação, leite e lacticínios, louças e<br />

vidros, material eléctrico e cirúrgico, móveis,<br />

e adornos, relojoaria, artigos de sola, etc.<br />

No-vo regime ()e ensino<br />

Acaba de ser promulgada pelo Governo uma reforma do ensino de enfermagem.<br />

Em poucos sectores da assistência terá sido mais rápido o frutificar<br />

de disposições legislativas. De facto, logo após a publicação do decreto-lei<br />

n.o 36:219 de 10 de Abril de 1947, se assistiu em Portugal a um movimento<br />

espantoso de actualização de processos de ensino, acompanhado por um entusiasmado<br />

afluxo de candidatos à profissão. Portugal, até agora, não sentiu<br />

verdadeiramente a falta desesperada de pessoal de enfermagem que aflige muitos<br />

países.<br />

Aquele diploma foi a base notável em que assentou o ressurgimento do<br />

ensino da enfermagem em Portugal.<br />

Cinco anos passados, talvez mais cedo do que seria legítimo prever, o<br />

progresso alcançado pelas Escolas, forçou a dar o segundo passo, actualizando<br />

algumas das disposições anteriores. E surgiram os decretos n .0 8 38:884 e 38:885,<br />

de 28 de Agosto último.<br />

Às Escolas cabe agora tornar frutuoso o regime que o Governo em tão<br />

boa hora promulgou.<br />

Auxiliares sociais e técnicos<br />

de :uhnlnish·ação hospUalat•<br />

e manter em dia os cadastros do respectivo<br />

exercício profissional.<br />

Queiram dirigir-se à União de Grémios de Lojistas de<br />

Coimbra-Av. Sá da Bandeira - que lhes fornecerá<br />

lista completa de todas as empresas que poderão consultar<br />

para a aquisição de cada um déiqueles artigos<br />

_j<br />

Em execução do disposto no artigo<br />

2. 0 do decreto n. 0 38:885, de 28 de<br />

Agosto último, foi determinado pelo<br />

Subsecretário de Estado de Assistência<br />

Social que seja da competência<br />

da Direcção-Geral de Saude proceder<br />

ao registo das auxiliares sociais e dos<br />

técnicos de administração hospitalar<br />

Exet•cíclo da tn•ofissão<br />

de eufet·magem<br />

Para conhecimento dos interessa- .<br />

dos se esclarece que, no decreto-lei<br />

n. 0 38:884, de 28 de Agosto último,<br />

se dispõe o seguinte:<br />

Art. 32.0- A partir de 1 de Janeiro<br />

de 1953 só poderão prestar ser-<br />

40<br />

HOSPITAIS<br />

PORTUGUESES<br />

41


11<br />

1 1 1<br />

':<br />

III<br />

viço profissional de enfermagem os<br />

indivíduos diplomados nos termos do<br />

presente decreto-lei:<br />

§ único. Exceptuam-se do disposto<br />

neste artigo:<br />

a) Os enfermeiros diplomados<br />

por escolas oficiais ou particulares<br />

à data da publicação do<br />

decreto-lei n. 0 36:219, de 10 de<br />

Abril de 1947, ao abrigo deste diploma;<br />

b) O pessoal de enfermagem<br />

autorizado a exercer a profissão<br />

pelo decreto-lei n. 0 32:612, de 31<br />

de Dezembro de 1942, devendo<br />

entender-se que essa autorização<br />

é a que decorre do registo mencionado<br />

no art. <strong>18</strong>. 0 do dereto<br />

n." 13.166, de 28 de Fevereiro<br />

de 1927, efectuado até à data da<br />

publicação deste decreto-lei.<br />

Art. 33. 0 - Os indivíduos que tenham<br />

frequentado com aproveitamento<br />

escolas de enfermagem nacionais<br />

ou estrangeiras consideradas idóneas,<br />

ou que possuam dez ou mais<br />

anos de prática profissional, poderão<br />

ser admitidos a prestar provas de<br />

Exame de Estado nos termos que vierem<br />

a ser fixados em regulamento.<br />

§ único. Em caso algum serão<br />

admitidos candidatos que, com excepção<br />

de idade, não reunam as condições<br />

necessárias para admissão aos<br />

cursos que habilitam para a profissão<br />

a que o exame respeita.<br />

Fiscalização e (utt'la tias<br />

Escolas de Enfet•magem<br />

De harmonia com o novo regime<br />

legal e em obediência a um despacho<br />

do Subsecretário de Estado da Assistência<br />

Social fica estabelecido o seguinte:<br />

Compete à Inspecção da Assistência<br />

Social:<br />

a) Verificar as condições de<br />

funcionamento das escolas oficiais<br />

e particulares de enfermagem e<br />

dos cursos de auxiliares sociais<br />

e de administração hospitalar,<br />

quanto à sua organização, instalação,<br />

regulamentação interna,<br />

admissão, frequência e cadastro<br />

dos alunos;<br />

b) Orientar e fiscalizar o ensino;<br />

c) Fiscalizar os exames de<br />

estado;<br />

d) Homologar os respectivos<br />

diplomas.<br />

Compete à Direcção-Geral de Assistência:<br />

Orientar e fiscalizar a actividade<br />

administrativa das escolas oficiais e,<br />

nos termos das leis vigentes, exercer<br />

o poder de tutela sobre as instituições<br />

particulares de assistência de que dependam<br />

as escolas ou cursos.<br />

Compete à Direcção-Geral de Saude:<br />

Proceder ao registo dos enfermeiros<br />

e auxiliares de enfermagem, como<br />

dos odontologistas, parteiras, farmacêuticos<br />

e ajudantes de farmácia e<br />

'<br />

manter em dia os cadastros do respectivo<br />

exercício profissional.<br />

Os novos t•egulameatos<br />

e progt•atnas<br />

A fim de procederem ao estudo<br />

dos modelos de regulamentos e programas<br />

de cursos a adoptar pelas escolas<br />

e, com as devidas modificações<br />

emergentes do seu estatuto e das circunstâncias<br />

especiais de cada uma<br />

pelas escolas e cursos particulares, fo~<br />

ram constituídas por despacho do<br />

Subsecretário de Estado da Assistência<br />

Social as seguintes comissões que<br />

trabalharão sob a coordenação do<br />

Inspector-Chefe da Assistência Social:<br />

a) Para os Cursos de Auxiliares<br />

de Enfermagem e de Enfer-<br />

, magem Geral - Dr. Magalhães<br />

Cardoso; Dr. Coriolano Ferreira;<br />

Representante da Escola de Enfermagem<br />

das Casas de S. Vicente<br />

de Paulo;<br />

b) Para os Cursos de Auxiliares<br />

de Enfermagem e de Enfermagem-Psiquiátrica:-<br />

Dr. Adriano<br />

de Castilho; Dr. Virgílio de Magalhães;<br />

Dr. Pedro Polónio, como<br />

representante da Escola de Enfermagem<br />

dos Irmãos de S. João de<br />

Deus;<br />

c) Para os Cursos de. Auxiliares<br />

de Enfermagem e Enfermagem­<br />

-Materno-Infantil: - Dr. Adriano<br />

de Castilho; Dr.a D. Maria Luísa<br />

Vanze1er; Enfermeira - monitora<br />

D. Mafalda Vieira da Rocha.<br />

d) Para o curso de-Especialização<br />

de Enfermagem de Saude<br />

Pública:- Dr. Adriano Castilho;<br />

Dr. Amadeu Lobo da Costa; Enfermeira-monitora<br />

D. Maria da<br />

Cruz Repenicado Dias;<br />

e) Para os cursos de Auxiliares<br />

Sociais:- Dr. Magalhães Cardoso;<br />

Representante da Escola das<br />

Casas de S. Vicente de Paulo; Representante<br />

da Escola funcionando<br />

nos Institutos de. S. Pedro de Alcântàra;<br />

Dr." D . Maria Amália<br />

Pequito Valente; Assistente Social<br />

D. Felicidade Marques.<br />

Estas comissões concluirão os seus<br />

trabalhos no prazo de 15 dias.<br />

Além das propostas sobre organização<br />

dos cursos e respectivos programas<br />

e sobre a regulamentação do<br />

funcionamento interno das escolas, as<br />

comissões estudarão os problemas relacionados<br />

com as equivalências entre<br />

os anos das diferentes escolas de enfermagem<br />

durante o período transitório<br />

até à aplicação total do novo<br />

regime.<br />

Pelo mesmo despacho determinou<br />

mais Sua Excelência que os exames<br />

de aptidão a realizar no próximo ano<br />

lectivo de <strong>1952</strong>-53 e bem assim o início<br />

das aulas com o novo regime de<br />

estudos, só poderão ter lugar após<br />

42<br />

HOSPITAIS<br />

PORTUGUESES<br />

43


a aprovação dos regulamentos das<br />

escolas oficiais e da elaboração dos<br />

novos planos de estudo e programas<br />

que farão parte daqueles regulamen-<br />

. tos. Poderão, porém, abrir e funcionar,<br />

sem dependência dessa aprovação,<br />

as aulas destinadas aos alunos<br />

abrangidos pelo art. 35. 0 do Regulamento<br />

das Escolas de Enfermagem<br />

aprovado pelo decreto n. 0 38:885.<br />

dos P•·ofisslonals<br />

~ludlcato<br />

de l~ufm·magem<br />

Secção elo Not·te<br />

A Secção do Norte do Sindicato<br />

Nacional dos Profisisonais de Enfermagem,<br />

assinalou a passagem do aniversário<br />

da sua fundação com diversas<br />

cerimónias.<br />

De manhã, na igreja da Trindade,<br />

foi rezada missa por alma dos sócios<br />

falecidos. Seguidamente, na sede, em<br />

acto simples, mas expressivo pela presença<br />

de muitos profissionais de enfermagem,<br />

foi descerrado o retrato do<br />

Senhor Presidente da República. O<br />

· Sr. Aníbal Ribeiro, presidente da Secção<br />

do Norte, referiu-se à vida associativa,<br />

prestando homenagem ao esforço<br />

dos fundadores do Sindicato.<br />

O profissional de enfermagem mais<br />

antigo, presente, o Sr. Luís Espírito<br />

Santo, descerrou então o retrato do<br />

Chefe do Estado, acto que os assistentes<br />

sublinharam com fortes aplausos.<br />

As comemorações terminaram com<br />

um almoço de confraternização a que<br />

presidiu o Sr. Aníbal Ribeiro.<br />

44<br />

<strong>Hospitais</strong> <strong>Portugueses</strong> associam-se<br />

às comemorações e saudam a Secção<br />

do Norte.<br />

Semana de estudos<br />

-das eufenueh•as católicas<br />

No Liceu Maria Amália Vaz de<br />

Carvalho inaugurou-se, em 16 de<br />

Abril, sob a presidência do arcebispo<br />

de Mitilene, uma semana de estudos<br />

promovida pela Associação das Enfermeiras<br />

Católicas. Perante um auditório<br />

que enchia por completo o<br />

salão de festas daquele estabelecimento<br />

de ensino, o rev. Mohnari fez<br />

uma palestra subordinada ao tema<br />

«Bases doutrinais essenciais à profissão».<br />

Em · 17 de Abril prosseguiram os<br />

trabalhos, com uma sessão presidida<br />

pela sr.a D. !tala da Camillis, presidente<br />

do «Comité» Internacional Católico<br />

das Enfermeiras e Assistentes<br />

Médico-Sociais. A sr.a D. Maria da<br />

Cruz Repenicado Dias, monitora­<br />

-chefe da Escola de Enfermagem<br />

Dr. Ângelo da Fonseca, proferiu uma<br />

conferência subordinada ao tema<br />

«Educação actual da enfermeira».<br />

De manhã, integrada no programa<br />

da «Semana de Estudos», foi<br />

celebrada missa, às 8,30 horas, na<br />

igreja de S. Mamede, e à noite, sob<br />

presidência do Dr. Fernando Ilharco,<br />

o Prof. Pedro Polónio fez uma comunicação<br />

sobre «Psicoanálise e a terapêutica».<br />

No final, o rev. Buissonier<br />

fez o comentário da lição e pôs em<br />

relevo a acção moral da enfermeira<br />

sobre o espírito da doente, como uma<br />

HOSPITAIS<br />

das principais e proveitosas intervenções<br />

para auxílio do tratamento e<br />

cura.<br />

Finalmente, a 19 de Abril, terminaram<br />

os trabalhos. Houve missas<br />

nas capelas privativas da Casa dos<br />

Retiros de S. Mamede e sede do Instituto<br />

da Acção Social. As cerimónias<br />

foram celebradas pelos revs. Molinari<br />

e Buissonier para cerca de 300<br />

participantes no congresso, à maior<br />

parte das quais foi ministrada a comunhão.<br />

Depois do primeiro almoço<br />

realizaram-se ali duas sessões de trabalhos,<br />

uma às 10 horas e outra às 11,<br />

preparatórias da sessão de encerramento.<br />

Albumina<br />

BASE : Diatomáceas<br />

{<br />

Coloide silioico<br />

Na segunda participaram os ·presidentes<br />

e secretários das mesas, que<br />

elaboraram as conclusões da reunião<br />

para serem lidas e apreciadas na reunião<br />

plenária final e de encerramento.<br />

Âs 14 horas, reuniram-se os congressistas<br />

no largo de São Mamede,<br />

tomando lugar em autocarros, que<br />

seguiram para Fátima, onde se realizou<br />

a sessão de encerramento. As<br />

congressistas foram acompanhadas<br />

pela presidente da reunião, D . !tala<br />

Camillis; secretária -geral, «madame»<br />

Calhou e rev. Molinari, Buissonier e<br />

Vítor Franco, este assistente social<br />

da Associação das Enfermeiras Católicas<br />

Portuguesas, em organização.<br />

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e maleabilidade, permitem executar todo o género de<br />

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DR. TRAJ<strong>ANO</strong> PINHEIRO- No Sanatório do Caramulo foi prestada<br />

homenagem, pelos internados, ao seu médico assistente Dr. Trajano<br />

Pinheiro. Numa das salas do refeitório foi descerrado um retrato do homenageado<br />

e discursaram, os Dr. Luís Ramos,· António Rodrigues dos Santos,<br />

José Leitão Amaro e o director Administrativo da Estância Sanatorial, Dr. Abel<br />

de Lacerda. No final foi servido um copo de água e entregue ao homenageado<br />

uma artística prenda. Associamo-nos gostosamente à· homenagem.<br />

DR. TOV AR DE LEMOS- O embaixador de França, rodeado dos<br />

seus coloboradores, entregou as insígnias de cavaleiro da Legião de Honra,<br />

ao Dr. Tovar de Lemos, director do Dispensário de Higiene Social. O Governo<br />

francês quis, assim, exprimir o seu apreço pela actividade deste médico português<br />

em prol do estreitamento dos laços científicos entre os dois países amigos.<br />

DR. ARMANDO JORGE SANTOS CARVALHO DA FONSECA<br />

-Por portaria do Ministério do Interior acaba de ser convertida em definitiva<br />

a nomeação do Dr. Armando Jorge Santos Carvalho da Fonseca para o lugar<br />

de adjunto do Instituto de Assistência à Família, cargo que já vinha exercendo<br />

em comissão de serviço.<br />

Pela distinção que tal nomeação representa, as nossas sinceras felicitações.<br />

V. S., paro i nstantãneos ..<br />

rcrunloiCóf·!o ~ntmJent :.H S rlt' !iU:n• r nan\'3&<br />

Eis Joi1 IItH !1'\U,..,ol campal e,. que a Kodo•<br />

p6e o fologrofio o seu servic:o<br />

O médico, paro radiografias . ..<br />

mdi spcn s.1 vf' J ~ ma Oll>dlrlllu llllll ll' rllJ<br />

pttru li rlu!.gn6sllco.<br />

para as lraturas.<br />

pa ra r'lrurtna<br />

D. MARIA LEONOR CORREIA BOTELHO- O Ministério do<br />

Interior mandou prover a título definitivo, no lugar de chefe do serviço social<br />

'<br />

'<br />

do Instituto de Assistência à Família a sr.a D. Maria Leonor Correia Botelho,<br />

até agora em situação de contratada.<br />

A ilustre senhora, deputada da Nação, e das primeiras assistentes sociais<br />

do nosso país, endereçamos respeitosas felicitações.<br />

KODA.K PORTUGUESA, Limited<br />

Rttai Garrett, 3.3- LISBOA<br />

DR. JOSÉ BAÍA JÚNIOR- Atingido pelo limite de idade, abandonou<br />

as suas funções, o director clínico do hospital Conde Ferreira, do Porto,<br />

46<br />

HOSPITAIS<br />

PORTUGUESES 47


Dr. José da Silva Ferreira Baía Júnior. Foi-lhe prestada uma homenagem,<br />

a que se associaram o provedor da Misericórdia e o corpo clínico, pessoal de<br />

enfermagem e direcção administrativa daquele estabelecimento hospitalar.<br />

Foi descerrado o retrato do homenageado, de quem fizeram o elogio os<br />

Drs. Vítor Ramos, subdirector clínico, e Joaquim do Vale Cabral, presidente<br />

da direcção administrativa. O provedor da Misericórdia, coronel Almeida<br />

Frazão, comunicou-lhe em seguida que, atendendo aos serviços prestados à<br />

instituição, esta resolvera considerá-lo. director clínico honorário do hospital<br />

Conde de Ferreira. O Dr. Baía Júnior agradeceu comovido.<br />

DR. EUGÉNIO MAC-BRIDE- Realizou-se um jantar de homenagem<br />

ao Dr. Eugénio Mac-Bride, director do Hospital Curry Cabral, promovido<br />

pelos directores de serviço, assistentes e internos daquele estabelecimento hospitalar.<br />

Foram recebidos numerosos telegramas e falaram vários oradores que<br />

fizeram o elogio 'do Dr. Mac-Bride e se congratularam por vê-lo restabelecido<br />

e regressad~ à sua actividade. O homenageado agradeceu, sensibilizado, a<br />

prova de amizade dos colegas.<br />

Alimentação e dietética<br />

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s<br />

IS<br />

AVISOS AOS ASSINANTES<br />

Materiais e actividades de constn1ção<br />

III<br />

t. Foram remetidos aos nossos presados assinantes, para cobrança, os recibos<br />

respeitantes ao ano em curso. Encarecidamente rogamos a fineza de procederem<br />

ao seu pagamento com a possível brevidade, a fim de não sofrerem<br />

interrupção na remessa da revista.<br />

2. Muitos dos nossos presados assinantes nos fazem sugestões amigas acerca<br />

da orientação da revista e de assuntos que nela desejariam ver tratados.<br />

Garantimos _que todns esses desejos têm sido tomados na devida conta e<br />

que, em relação a alguns, apenas motivos alheios à nossa vontade têm<br />

impedido a sua realização.<br />

3. Bastantes assinantes vêm sugerindo a conveniência de se reimprimirem os<br />

números já esgotados, para poderem completar as colecções. Concordamos<br />

com a ideia. Mas, antes de a pôr em prática, agradecíamos a todos os<br />

leitores que possuam números duplicados a fineza de o comunicarem à<br />

administração para se estudar a possibilidade de uma redistribuição que<br />

a todos contente.<br />

Adelino Dias Costa & C.a Limitada<br />

Fábrica de Mosaicos Santa Isabel, Limitada<br />

M ateria/ médico-cirúrgico<br />

J. A. Baptista de Alm .:: ida, Limita ia<br />

Kodak Portuguesa, Lirnited.<br />

Mobiliário, adornos e equipammtos<br />

Adelino Dias Costa & C.a Limitada<br />

Produtos quimicos e farmacêttticos<br />

Instituto Pasteur de Lisboa.<br />

Girnenez-Salinas & c.a<br />

M. Rodrigues Loureiro .<br />

Assinatura anual . { metrópole, colónias, Espanha e Brasil<br />

(pagamento adiantado) outros países, , , , . , • , ,<br />

Número avulso , . . . .<br />

Cobrança pelo correio mais<br />

I8<br />

(capa)<br />

38<br />

45<br />

75$00<br />

90$00<br />

15$00<br />

5$00<br />

PUBLICA-SE BIMESTRALMENTE


I<br />

PENICILINA O (Potássica)<br />

500.000 u<br />

Caixa de 1 frasco . . 22$00<br />

PENICILINA O (Potássica)<br />

I.OQO.OOO U<br />

Caixa de 1 frasco . . 37$00<br />

MIOCILINA R 40o.ooo u<br />

Caixa de 1 frasco •<br />

Caixa de 3 frascos<br />

Caixa de 5 frascos<br />

Caixa de 10 frascos<br />

•<br />

MIOCILINA R &oo.ooo u<br />

Caixa de 1 frasco . . .<br />

19$00<br />

52$00<br />

80$00<br />

150$00<br />

25$00<br />

MIOCILINA I.Soo.ooo u (Oleosa)<br />

(C/ monoestearato de aluminlo)<br />

Caixa de 1 frasco . .<br />

Caixa de 3 fra scqs .<br />

61$00<br />

<strong>18</strong>0$00<br />

MIOMICINA<br />

Caixa de 1 frasco .<br />

Caixa de 3 frascos<br />

Caixa de 10 frascos<br />

32$50<br />

96$00<br />

300$00<br />

MIOCILINA R 200.000 u (Infantil)<br />

MIOMICINA FORTE<br />

Caixa de 1 frasco .<br />

Caixa de 3 frascos .<br />

12$00<br />

30$00<br />

Caixa de 1 frasco .<br />

Caixa de 3 frascos .<br />

46$00<br />

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lM f~ASC()S<br />

SILIC()~A()f)S<br />

LABORATÓRIO S<br />

D O<br />

INSTITUTO PASTEUR DE LISBOA<br />

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