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Hospitais Portugueses ANO VI n.º 27 janeiro 1954

Editorial Novidades técnicas, 1954 Serviços médicos e hospitalares da Beralt Tin & Wolfram, L.da, Minas da Panasqueira A contabilidade mecânica nos hospitais As enfermeiras perante a tuberculose A simplificação da escrita nos nossos hospitais A actividade psíquica infantil Farmácia hospitalar Noticias pessoais F.I.H. O.M.S Enfermagem Cantinho das escolas Notícias dos hospitais Notícias do estrangeiro Congressos & Conferências Suplemento económico

Editorial
Novidades técnicas, 1954
Serviços médicos e hospitalares da Beralt Tin & Wolfram, L.da, Minas da Panasqueira
A contabilidade mecânica nos hospitais
As enfermeiras perante a tuberculose
A simplificação da escrita nos nossos hospitais
A actividade psíquica infantil
Farmácia hospitalar
Noticias pessoais
F.I.H.
O.M.S
Enfermagem
Cantinho das escolas
Notícias dos hospitais
Notícias do estrangeiro
Congressos & Conferências
Suplemento económico

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~<strong>ANO</strong> <strong>VI</strong><br />

N 2 7<br />

JANEIRO<br />

.<br />

1 q 5 4


HOSPITAIS . PORT VG V ESES<br />

RE<strong>VI</strong>STA DE HOSPITAIS E ASSISTÊNCIA SOCIAL<br />

EDIÇÃO E PROPRIEDADE DE CORIOLAllO FERREIR.1<br />

I<br />

5:. J. R 4<br />

Ed ütowümll<br />

CONSELHO TÉCNICO<br />

Doutor Manuel dos Santos Silva<br />

Dii'ector do Hosp.-Colónia Rovisco Paics<br />

Doutor Francisco Ibérico Nogueira<br />

Da Faculdade de Medicina de Coimbra<br />

Dr. Carlos Diniz da Fonseca<br />

Chefie de Rep. da Direc.-Geral de Ass~st.<br />

Dr. Rafael Ribeiro<br />

Admin1strado·r dos Hoem .dos H. C: L.<br />

REDP.CTORES-DEJLffiGADOS<br />

D. Alice de Melo<br />

(Misericó~dia d e Valpaços)<br />

Cap. José Maria Coutinho<br />

(Misericórdia de Águeda)<br />

António Maria Andrade<br />

(Misericórdia de Portalegre)<br />

REDACTOR-SECRETÁRIO<br />

F. Silva Martins<br />

ADMINISTRADOR<br />

Madeira da Fonseca<br />

,--------·----------<br />

1 íNDICE GERAL DO N. 0 <strong>27</strong><br />

Editorial<br />

Novidades técnicas, <strong>1954</strong><br />

Serviços méd'icos e hoGpitalwes da Beralt<br />

Tin & Wolfram, L.da, Minas da<br />

Panasquei•ra<br />

A contabilidade mecânica nos hospitais<br />

-Dr. Coriolano Ferreira .<br />

As enfiermeira~ per.antle a tuberoulose­<br />

Dr. M. Ramos Lopes<br />

A simplificação da escrita nos no~'OG<br />

hospitaJis<br />

A activtidadle psíquica infantil -li/Ladre<br />

Marie Constanoe DavOIIl<br />

Prof. Doutor Luis de Rina .<br />

Farmácia hospitalar- DI'S. A. M131rques<br />

e Carlos Silve~a .<br />

Noticias J)essoais<br />

F. I. H ..<br />

O. M. S.<br />

Enfennagem<br />

Gan~illllho das escolas<br />

·Notícias dos hoopitais .<br />

Notícias do estrang'eliro<br />

Congressoo & Conferências<br />

Suplemento económico<br />

1<br />

2<br />

4<br />

11<br />

19<br />

23<br />

29<br />

33<br />

35<br />

40<br />

41<br />

43<br />

45<br />

47<br />

50 I<br />

53<br />

55<br />

57<br />

Vária:- O Hospital da Universidade de Pensi!lvânia;<br />

D istribuição das despesas num<br />

hospital americano; O esgot-am1ento o&-ebral<br />

nas crianças; Co ·~re.> roubados; A nossa<br />

R·evistla.<br />

Publicidade:- Páginas 17, 18, 28, 34, 38, 39,<br />

46, 56, 59, 61, 63.<br />

Redacção e administração: Composto e impresso na Tipo- Assinatura anual 90$00<br />

Avenida Sá da Bandei:ra, n.• 92 grafia da Atlântida- R. Ferreira Estrangeiro<br />

Telefone 2 8 4 3 - COIMBRA Borg>es, 103- 111 - COIMBRA Número avulso<br />

ESTE NÚMERO FOI <strong>VI</strong>SADO PELA COMISSÃO DE CENSURA<br />

120$00<br />

10$00<br />

Nova J7i d ~~<br />

<strong>Hospitais</strong> <strong>Portugueses</strong>, revista de hospitais e de<br />

assistência social, inicia hoje uma fase nova da sua<br />

vida. Poderíamos dizer, em linguagem bio-psicoló­<br />

.. • gica, que chegou a adulto, atingiu a sua maturidade.<br />

• Entra no seu 6. 0 ano de existência com a metamorfose<br />

que resulta da publicação mensal, conseguindo,<br />

por essa forma, uma mais estreita ligação com os seus assinantes<br />

e, podendo assim, desempenhar completamente o papel de<br />

guia permanente dos nossos organismos de assistência, papel que<br />

até aqui- tem de reconhecer-se- foi imperfeitamente executado.<br />

Criar-se-ão no decurso deste ano, novas secções, desde uma de<br />

informação económica a outra de farmácia hospitalar; desde a de<br />

medicina hospitalar às fichas separadas de fornecedores de todos<br />

os ramos. As secções anteriores ir-se-ão ampliando e estruturando<br />

em bases novas no decurso do ano que hoje se inicia.<br />

Prevê-se no ano corrente a publicação de 10 números, pois<br />

foi reconhecida a vantagem de não fazer sair a revista nos meses de<br />

férias grandes, período em que os interéssados estão normalmente<br />

ausentes dos seus organismos. Se vier a verificar-se interesse na<br />

prática contrária, passar-se-á a publicar 12 números anuais. O preço<br />

da assinatura, se é certo que tem de subir em valor absoluto, também<br />

é certo que tem vindo a decrescer em relação a cada número.<br />

O preço agora fixado de 90$00 para 10 números, é já tão baixo que<br />

só com acréscimo de assinaturas será possível manter o equilíbrio<br />

financeiro da publicação.<br />

V ai ser difícil e árdua a vida da revista, a partir desta data.<br />

As pessoas que dela tomaram a responsabilidade não fazem vida<br />

do jornalismo e assumiram este encargo coruo acréscimo não remunerado<br />

das suas funções particulares e profissionais. Todo o seu<br />

esforço e sacrifício se desenvolve com a intenção única de servir a<br />

assistência em Portugal. Esperam, por isso, que de todos os estabelecimentos,<br />

instituições, dirigentes e responsáveis, lhes venha o<br />

merecido apoio. E, se ele não faltar, a revista continuará a servi-los.<br />

e a servir Portugal.


para a apli>cação deste utilíssimo dispositivo •em seus veículos, pois estamos certos<br />

evi•1Ja1rá os muitos e habituai•s ldis;sabo!'es que nos dá a ba•teria.<br />

A «Shell» acaba de 'lançarr- um aditivo cori1pensador<br />

de ·igniçã•o, à ba,se de fosfa·to 1Jri-cDesíli·oo que tem<br />

por firrn 1a1oabar 1com a maior ·Causa de perda de potência<br />

dos morores automóveis: pré-ignição e cUfltos-circuitos<br />

nos eléctrodos das v~el•as, resultantes da formação<br />

de depósitos resitdua:is.<br />

Verificou-se que, depo~s 'de •consumir dois depósitos de gatSolin 1 a Shell-I.<br />

C. A., o ·motor fUtnciona mais I1egu~a11mente .e com lmlaior f'entdi·mento, ta•l como<br />

se fosse novo ou Jtivesse ·sildo acabado de ·peparaL Um funcionamento mais<br />

regular n 'presenta menor desgaste no motor. Mai•s ~rend~mento Pepresenta<br />

menor consumo por qui1lómetro.<br />

A 1Jddos os nossos lei•tor·es, m édi.!cos, funcionários, adminis•trações de<br />

hospitais, casas de saúde, sanatóúos, damos esta notíóa que •cerbamente lhes<br />

interessa.<br />

D e entre as «panes» que mais tdo11es de cabeça<br />

causam 1ao au'tomobili'S'ba 1e, ·C'onsequentemente, •O obrig•am<br />

•a um f.requoobe dis;pên'dio dUimas deziena•s de escudos,<br />

conta-se, sem dúvi'da, a·qu ~lo 'a que vulgarmenlbe chamamos<br />

a «bateria em bai:x;o».<br />

Esbe «mal», qUJe desde ~empre afligiu os proprietários<br />

de veícuLos, momnente aqueles que menos vezes<br />

'de~es se util•izam, ~tem ~sildo obj ·e~cto das a•tenções dos técni­<br />

es v.erdadei11os d'esa~stDes. Basta que 111os ~emib1.1emos o que sucederia<br />

-e que t!anbas vez>es se verifica, i.!nf•eliz.mente- s·e houvesse ne·oessidade lllfgente<br />

de uhlizar um pronto socorro ou uma ambulânóa e estes nã·o «pegassem» por<br />

ter a ba t!er~a desca~rega'da !<br />

Mas a técni1ca, que não descUJ.1a o 'aperfeiçoamento •da máquina, tornou<br />

possível um novo si,stema pelo quatl 1a ba1teria manterá o seu nível constante.<br />

Trata-se do tampão «Niivopia», lançaldo há pouco no me!1cJaldo, e que, pel!as suas<br />

características, nos deixa antever uma utiilização imprescindível.<br />

A todos os hospitais, oa·sas de saúde, mêdioos, etc., acons·elh'amos o estudo<br />

2 HOSPITAIS<br />

O probrema do Telpou:so te do conforto do doente no<br />

hospital rtem UJm dos seus factores predominantes na comod<br />

ildalde Ido 1eitt!o. Aos velhos cdlchões de pailh'a , responsáveis,<br />

por tantas escarns e defétos físi~os pe11manentes, têm sido substituídos os colchões<br />

de borracha, de molas, etc.. A técn~•oa não pára na ânsi•a incansável de<br />

resolv.er 'este problema, um dos ma·i


mé(lieos<br />

da Det·alt Titt &<br />

Mittas da Pa<br />

Set•-vi~os<br />

e ·ltospita·lat•es<br />

"'olft•atn, L. da<br />

ttasqtteiti)a<br />

Vista Geral do Hospital do lado dos Jard~ns<br />

Sala de espel"a e visitas<br />

Corredor das enfermarias<br />

As Minas da Panasquei11a estão<br />

sitUJadas nos c-ontrafortes a su:l da<br />

Seri'a Ida Estrela e a noroeste da Serra<br />

da Garidunha no limi.be oci'dental do<br />

distrito rdrc Oastelo Bmncq e no oonoelho<br />

ida Covilhã.<br />

O Oouto Mineiro da Panasqueira<br />

compPeende 3 s·ecções: PanasqUieim,<br />

Bwroca Grande e Rio. Nas 'Ciuas<br />

primeiras desenvolvtem-s•e ·os trabalhos<br />

de }laVria ·e na última, junto ao<br />

rio Zêz·ere, a sua preparação mecâni·ca<br />

e c-onc:en•tração.<br />

As Min:as da Panasquei-ra, pela<br />

sua importâncita •e ·de~envorlvimento<br />

constituem o principia} 1oentro mÍIIlleiro<br />

do país ocupando um dos primeiros<br />

lugares na produção munldi.aol Ide volfrâmio.<br />

Empreg.am na sua laboração a


o<br />

pi•ta:l ·C:entrarl rprovildo de instalações<br />

modelar·es e oom 'a'ssistêncira médica<br />

e cirúrgi.oa permane:nt:es.<br />

O hospital rdispõe de apatPelhragem<br />

modema .e é constituído por dois<br />

pisos represre:n:tJando umra árrea de mais<br />

de 800 m 2 •<br />

O hoSipital prilma peLa sua higriene<br />

e •conforto e ldisrpõe de •aquecimento<br />

eléotrico. Trem 40 ·camas di·stribuídas<br />

pelas enfiermarias Ide cirurg.i 1 a, tr.aumatologila,<br />

·med~ rcina le de murlihreres re<br />

por 4 quartos rpa:rticru~ares. Entre as<br />

vá·ri!as ldrependênrc:i;as dest!a•oam-se um<br />

«Banco» par:a trratamlenrtos, tLuas sa '~as .<br />

de operações, uma sépti•Cia, outra assép11ic'a,<br />

um ~?~abin:etie de •estomatologia<br />

Clom equipamento eléctrico, sa•la<br />

de R.ai'os X •e ag•entes físicos.<br />

O pessoa.! do ho31pi'ta•l é ~constituído<br />

por um órurgião permanente,<br />

um·a enferm•ei;ra parteiTa, uma enferm'eim,<br />

cinco enfermeiros e quatro auxiliares<br />

de renrfiermagem do sexo f.eminirn:o.<br />

O hoslpiitlal remprega 14 s ~erventes.de<br />

amhos os sex'Os ~e os serviços de<br />

secretaria ocupam três empregados.<br />

No hospital são


I SALA DE ESPERA<br />

2 PORTEIRO<br />

3 BANCO<br />

4 HALL<br />

5 CONSUTÓRIO<br />

6 SECRETARIA<br />

12 ARRECADAÇÃO.<br />

13 COSINHEIRO<br />

14 ARRECADAÇÃO<br />

15 ECÓNOMO<br />

16 ROUPARIA<br />

17 REFEITÓRIO<br />

18 PREPARAÇÃO DE GENEROS<br />

19 COSINHA<br />

20 LOUÇAS<br />

21 DESPENSA<br />

22 FRIGORIFICO<br />

3<br />

7 ESTOMATOLOGIA<br />

8 BARBEARIA<br />

23 QUARTO DE BANHO<br />

9 DESINFECÇÃO<br />

10 RAIOS X<br />

11 DEPOSITO DE MEDICAMENTOS<br />

I<br />

,_<br />

REZ DO CHAO<br />

o 5<br />

lOM<br />

___...._. - -----<br />

HALL OE ENTRADA<br />

2 CONSULTÓRIO<br />

3 PEQUENA CIRURGIA<br />

6 SALA DE OPERAÇÕES<br />

7 SOLÁRIO<br />

8 ENFERMARIA DE MULHERES<br />

11 SALA<br />

12 VARANDA<br />

13 ENFERM. DE CIRURGIA<br />

4 ARSENAL<br />

9<br />

11<br />

" MEDICINA<br />

14 QUARTOS PARTICULARES<br />

5 ESTERILIZAÇÃO<br />

10<br />

"<br />

u TRAUMATOLOGIA<br />

15 ENFERMEIRO DE SER<strong>VI</strong>ÇO<br />

. 2<br />

6<br />

~<br />

7 8<br />

9<br />

10 1 1 13<br />

16 ELEVADOR<br />

1~ PA<strong>VI</strong>MENTO<br />

1 7 QUARTOS DE BANHO<br />

0 5 lOM .<br />


•<br />

queira, indiCiamos os seguintes núm:eros:<br />

1950 1951 1952<br />

Consulta ·exttema 8.383 7.365 18.584<br />

Consulta d omióliária<br />

Partos<br />

Trattam·entos<br />

Injecções<br />

Pe quena cirurgia<br />

G t'ande d rurgi•a<br />

H ospitalizados<br />

Dias de internamento<br />

Dias de internamento<br />

( m édia<br />

por doente ) .<br />

Serviço de radiologia<br />

Serviço de estoma ~<br />

tologia<br />

Vacinações<br />

Falecidos<br />

849<br />

49<br />

583<br />

61<br />

391<br />

79<br />

45.387 45.387 49.814<br />

22.360 24.2 79 28.731<br />

705<br />

25<br />

750<br />

299<br />

676<br />

2<br />

883<br />

19<br />

887<br />

372<br />

962<br />

28<br />

849<br />

8.009<br />

9,4<br />

39 2<br />

638 677<br />

1.474<br />

9 1<br />

PUJbJ..i'cando estas notas, •es·nas es·tatísti•cas<br />

·e f•otog.rafi.as, desejamos, por<br />

tal p rooesso, presba·r ·a mais sincera<br />

homenarg•em ã g1erênc'ia da «'Brena•lt Tin<br />

& Wolfmm, Limited» pda v•:são dare<br />

e arrojada dos pr:obl


1r<br />

O gererrte não poÇ·e j:% coqfi~ar n~ sua memória, nem ·em .s•irrnples apontamento<br />

de agerrda rde algibei·ra, nem mes~o no s


li<br />

I!•<br />

II<br />

li<br />

Surgiu entã'O pa.ra as g1randes empresas a necess~d~•de de dispor~. de<br />

um meio mai•s ráp~do •e m•a!leável que tinha de ser, necessanamente, o mecan1co.<br />

9. A .escrita mecânoi•ca ba~ei•a- ·se em quatro princípios, a saber:<br />

- Princípio da imprensa<br />

-Princípio ode cálculo mecânico<br />

- Pr~ncípio da automatiódaode<br />

-Princípio da s~multaneidade.<br />

P elo princlp!O da 1mpr•ensa, a máquina rescr-eve ·com letras fundidas,<br />

benefiocia'Il!do :de leitura fácil e com 1a gavantia de que ttddas as cópi·as são ai.grorosamenlte<br />

oiguaiiS.<br />

P.e1o pr.incíp~o do cákulo mecânico, consegu e-s1e não só uma va.riedade<br />

de cálculos muito mai•or e mais rápida do que seri:a possível à inteligênc~a do<br />

homem ma~s ·ainda a certeza mecânica do cá~c ulo.<br />

;elo princípio da automatiódatde a articulação da descrição com o cálculo<br />

é, como a própria palavra diz, automática. E há Y.erdadeiras maravi·lhas<br />

em doocober!Jas de automabcirdades, desde a inscrição das da•tas até à prova a O.<br />

o pri'Il!cípio de simul!Janeidalde, trazido 'do decalque manu'a>l, p


Iii<br />

1:::<br />

1'11<br />

1'::<br />

[III<br />

H<br />

I '<br />

II<br />

Ir<br />

II<br />

I"<br />

Podeiiemos responder ·af1'1"mativamente. Quas•e todas as casas fabricantes<br />

de máquinJas de •contabi'l~datde :fiz·er!am •o seu estudo para orgaruz•ações haspita1aa-es.<br />

A:ssi.m, 0 all"tigo que citei no número ·anterior é feito por um técnico da<br />

casa «Burroughs». A casa «National» editou o P'1ano geml de co:ntabilitdade<br />

mecânica pa~a hospittais·, prano que tem distribuído ·l•afglamente. ,<br />

Este plano ftoi .estudado e daborado pac1entement1e 'ao· 1ongo de vá'l"ios<br />

anos por técni'CO:S america!Iros, suj·eito a todas 'as controvérsias •e críti,cas que os<br />

interessados quis,erem opor-lhe. De modo geml, as rtestantes tempreS'as da especialidald'e<br />

possuem trabalhos do génem dos aqui ·apontadoo.<br />

Por outro lado, as revistas de .adrninistraçã'o hospi1latar de todos os P'aíses<br />

dedicam há muito tempo ·longos e cuidaldos estudos •a este prob 1 ~ema que, pode- .<br />

mos .afirm,ar, •atingiu já ·a SU'a fa•se de matur'ação de modo 'a dar-·nos 'Confiança<br />

nas so1luções achiadas.<br />

14. As vazões qUie ~os kvam ·a defender ·a meoani~ação da contaJbiLidade<br />

nos grandes !hospitais são:<br />

Economia - Lembremo-nos de que o vencimento médio Ido empregado<br />

de oontabmdarde •arnda por 1.500$00 mensais. Oada empregaldo· que se poupe<br />

traduz uma economi•a anua•l de 18.000$00.<br />

Rigor de elementos- Folf mtaioc que seja o número dre empregados, é<br />

impOSiSÍvel ·~air deles o rigor m ecânico dos grarndes números 'e do:s grandes<br />

cák'll!los.<br />

Pontualidade - Os .atrazos são escolho inevitável nas organizações que<br />

se baseiam 'exclusivamente no fa'Cto'l" humano. A máqui•J:lla, quando bem utilizada,<br />

elimiDa essa fa,lhta.<br />

Dificuldade de governo- Os grandes quad111os de pessoa.l são de difícil<br />

governo e de di's'Cilplina pPecár;i,a. A mass'a human.a é, poc I()QnstiJtruição, lent.a<br />

nas rea•cções, te~mosa nos hábitos adqui!f'i:dos e oega na rotin 1 a. Por isso, é precis·o,<br />

de oode a onde, entll'emeá-·Ia de qua·lquer coisa que lhe dê ma~eab~lidade,<br />

fi'l'mez·a •e capacirdade de ad'apt:ação. Só a máquina, sem •dispensar o homem -<br />

antes valoriz,ando-o- pode satisfazer a qualquer necessidade.<br />

15. Pode'l"á perguntar-se, finalmente, se o sistema mecânico respei'!Ja, em<br />

toda •a sua ,extensão, •as nmma's legais da contabilidade pública vig,entes em<br />

Portuga'l.<br />

As regras da •contaJbiHdade obrigatória nos serviços públicos têm hoje<br />

duas funções distintas:<br />

a) Fiscaliz,ar a e.JCecução orçamental<br />

b) Fisc.adiza'l" o movimento de teso\IDari•a.<br />

.. ..<br />

A :e.lCecução orçamenta>! é fis.ca.lizada através das •contas-CQI"I100Jtes das.<br />

verbas inscritas nos orçamentos •com lba~e nas qua'is são tapostJais as «deda'l"ações<br />

de cabimentm> 1em ·rigoros•a observânci.a das di•spos~ções l:egais.<br />

0fla o sis·tema mecânico não só movimentra 'essas contas correntes com<br />

m.aior ponrtua,lildrade, .como ainda 'executa a.utomàti,camente •e por dec:a:lque o,<br />

diário flesp'ectivo, de modo a da'l'-nos um dem·ento noiV'o de fis•oa'liz•ação- 0 do<br />

confronto diário dos •encargos com a fracção d:iá,rira do du01décimo orçamental.<br />

1<br />

Quanto à fi,s,ca•liz,ação da tesouraria, o si·stem'a •mecâm·co .não só 'a não<br />

reduz, mas .aumenta-·a arté subs·t:ancialmente, polis que as ordens de pagamento<br />

e recebimen'tlos S'a'i,em automàtioamentJe e por deoo:1que dos diários 11espectivos,<br />

sem possibi'lidade de desoonfofllll.idade ·e com uma muito maior pos·silbilidalde de<br />

conferência.<br />

Só ass·~m s•e ·compreende que o decfleto-•lei n. 0 38.503, de 12 de Nove.mhro<br />

de 1951, tenha p'l"ecis·amenbe ordenado o estudo da mecan'iz·ação de todos os<br />

serviços públ'icos •e que a Comissão de Ef.i1ciência 'esteja neste momento em vi,as<br />

de 11eso1lvter 'este pmblema.<br />

....<br />

Vl<br />

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3<br />

aJ<br />

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li<br />

AMIVERINA<br />

UOSltiOS<br />

Composição:- Aminofilina O, 100 - Cloridrato de papaverina 0,020- Fenobarbital<br />

0,020- Quelina 0,030.<br />

C<br />

. "d . . . { Adultos<br />

Apresentação:- ompnm1 os, suposttonos Infantil<br />

Indicações terapêuticas:- l Insuficiências coronárias, crises anginosas, enfartos<br />

do miocárdio. - 2 Asma cardíaca. Dispneia paroxística noturna com ritmo<br />

de Cheine-Stokes. - 3 Asma brônquica. - 4 Coqueluche. - 5 Cólicas<br />

ureterais, 'biliares e digestivas.<br />

COSMALGINA<br />

Composição: - Cloridrato de efedrina 0,005- Cloridrato de codetilina 0,005 -­<br />

Cafeína 0,0-lO- Paracetofenetidina amido febina 0.180- Amidofebrina 0,180.<br />

. "d . . . J Adultos<br />

Apresentação: - C ompnm1 os, supos1tonos l Infantil<br />

Indicações terapêuticas: -Estados pré-gripais e gripais.<br />

reumatismllis, nevralgias do trigémeo, coriza, etc.<br />

Dores de cabeça, dores<br />

COSMAXIL<br />

Composição:- Sulfato de atropina 0,003- C!oridrato de papa.v~rina 0,0200-<br />

Cloridrato de efedrina 0,0200- Fenobarbital 0,0400- Teofilma 0,2000.<br />

. .d . • . { Adultos<br />

Apresentação: - Compnm1 os, supositonos Infantil<br />

Indicações terapêuticas: - Tratamento patogénico da asma brônquica, acessos<br />

asmatiformes e enfisema pulmonar.<br />

COSMO DERME<br />

Composição: - Sulfato de oxiquinoleína 4 °/ 0 -<br />

Ácido bórico, pó 3 °/u- Caulino<br />

coloidal 10 "/ 11 - Peróxido de zinco 15 11 / o- Este ara to de zinco 15 °/D- Talco<br />

de Veneza 53 11 /u.<br />

Indicações terapêuticas:- Eritemas, impetigo intertrigo, estafilococcias cutâneas,<br />

acné, epidermofitiase lpé de atleta), pruridos de diversa natureza, etc.<br />

COSMOLAX<br />

Composição: - Oleum Ricini O, IS grs.- Phenolphtaleinum 0,12 grs. - Scammonium<br />

0,10 grs.- Magnesii Oxídum 0,30 grs.<br />

Indicações terapeuticas: - Laxatante e purgativo.<br />

PRO-SONIL<br />

Composição: - Ciclo-barbital 0,20 grs.<br />

Indicações terapêuticas:- Soporífero eficaz e inócuo.<br />

PRO-SONIL CÁLCICO<br />

Composição :- Ciclo-barbital cálcico 0,20 grs.<br />

Indicações terapêuticas: - Soporífero eficaz e inócuo.<br />

LABORATÓRIOS DA FARMÁCIA COSMOS<br />

~:==========A=v=.=J=o=ã=o==C=r=i=s=o·s=t=o=m=o==·=4=4==-C=-=L=i=s=bo=a==-==T=e=l.=4=0=5~9=2==========~<br />

.tls etafe•·•••eit•as pet•atate<br />

a tttbea·ettlose<br />

Ao S'er convidaldo<br />

para colabOPa'r<br />

na S•em,ana<br />

da Tuberculose<br />

que me disseram<br />

ser •e'specialmente<br />

dedic'ada às alunas<br />

da·s Escolas<br />

de EnfePmagem<br />

·e Escoloa Normal<br />

Social ldeódi, lõgioament'e,<br />

ori.entaJr •esta palestr·a nesse<br />

sentildo, giz.anrdo~a de t!aG. sorte que no<br />

conlt!eúdo, na forma, nas preocupações<br />

e nos •obje~otivos não f.osse mais<br />

do que uma simples lição que procurei<br />

•torn'ar 'C'Omtpi'eensí vel e claTa.<br />

Intetiessar as futuras enfermeiPas<br />

pe1o prob'~ema da tuhercu.~ose, •C'ham'ar<br />

•a sua 1a1:!enção paTa 'a •I1esponsa'hilidade<br />

que esta doença tem na 1noss'a<br />

taxa da morta'liodade, reooPdar-lhes o<br />

ess-encia'l da sua nosografi'a, com partiocula•r<br />

·atenção aos -asp·ectos e~pidemiológicos,<br />

definir o papel específico<br />

que amanhã desempenhalfãiO n'a luta<br />

c·ontra a tubevcu1ose, apontarrdo-lhes<br />

ao mes.mo tempo o•s perigos de c'a•rá•cter<br />

profissiona'l inerentes 'a il:a•l tarefa<br />

e o modo ·de os Pem,edi'ar, m'e pareceu<br />

a melhor ma.neiPa de cotaborar nes!Ja<br />

semana da tubevculose cujos organiz.adoreos<br />

felicito e a quem agradeço a<br />

oportunidade que me dePam de oolabomr<br />

em tão meritóri•a campanha.<br />

Pelo Dr. M. RAMOS LOPES<br />

Eis, minhas senhoms e meus senhores,<br />

no nrvel •e no conteúdo, o que<br />

vou dizer-'lhes sob o título «As enfermeims<br />

perante ·a tuberculose».<br />

*<br />

É a tubercul'Dse uma das chamadas<br />

doenças soci•ais.<br />

Se por doença s•ocia·l s•e •entender<br />

aquela doença qrure nla sociedade se<br />

11epercute •e à soci•edade interesSia é<br />

evidente que todas as enfermidades<br />

serão doenças soci!ais poPque, em<br />

maior ou menor grau todas


III<br />

I ii<br />

I II<br />

li:<br />

Iii<br />

ples .enfermidades :Daz:em perder, constitu·em<br />

por si, quando •consi·dleraidas<br />

no p}ano nacional, problema de uma<br />

importãnci'a •económi•oa que de longe<br />

trans·cende o que à primeira vis·ta<br />

poo.sa pens'alf quem sobne •el1e nunca<br />

tenha meditado uns instante.>.<br />

Se doenças soci•ais foosem, po~s.<br />

aquela·s que se 1'epel1cutem na economia<br />

nacional, havt:lfÍoamos dle inc'luir<br />

ne.s~úa rubrioa .as simP'les enfermildades<br />

acima •enumenadas.<br />

Se por do'en ça s·ocira1l entendessemos<br />

•aquela .enfermidalde :adquirida e<br />

diiSiseminoada mePcê das r-elações sociais<br />

entrle •os indivíduos, ·então teriamos<br />

de cons·idel1ar como ta•l todlas as<br />

do•enças mfecto-'co>ntaogioSJas.<br />

M•as não. Nenhum destes conceitos,<br />

só por Sli, basta pa11a dtelfinilf<br />

doença socioal, designação esta, mais<br />

lata, habitua1menlte reservtada p:ara<br />

aquelas •enf•ermidades cuj•a debelação<br />

e comba!:'e não pede arssenta•r 1em medidas<br />

estritamente médioas, mas depende<br />

também de medidas de ordem<br />

sociaL A tubePculose no s•eio de uma<br />

sociedade surrg


F'<br />

Ii<br />

1:<br />

I i<br />

I<br />

de predi:spos:ição ·e 'então 'a forma filtráve'l<br />

ev;oluiri:a dando .a forma patogéni,ca<br />

adulta, resu:li!Jaind'O um fero<br />

tubwculoso. Porém, se 'filO ovo houv:ess~e,<br />

p elo .contrá11io, g·en:es. nudeares<br />

de resistênda, a ±:ormla fi1trável não<br />

evoluiria s·enldo trarrstmit+ida a:os d~cendentes.<br />

Se um destes descendentes<br />

portador 1do vcilrus ótoplásrnico<br />

latente (•e portanto dinticam~n'te são)<br />

se üru~a .com um individuo portador<br />

de genes nudear•es de pfledispos~ção<br />

(também cHni1camerlltJe são por<br />

não con~er o v~rus), 'l.'eahzam - ·se<br />

as •o01111Clci.ções óptimas parla que a<br />

f·ormla virus:al, g~enetiC'attnien'l:!e herdada<br />

por v~ c~:toplâSII'IliC'o, evolucionle<br />

pam :a fonnJa l:Jia,cilar parogéniJca<br />

adulta, dando origem a ldes·c·rndêncía<br />

tubevculooa.<br />

Quer dizier, poderiamos I1!a tub~rcu:Lo'S•e<br />

ter dois tipos de hereditariedade:<br />

a) heredi'!Jariecliadte ro!Jal- de<br />

semente (virus o u ptltasm.a.gerre trulberculoso)<br />

e do terl'en:o (g~e:nte nuolear de<br />

pvedisposiçã:o) ;<br />

b) her~ediotlariedade p21'cia1-só<br />

de S'emente ('citoplásmioa) ou só de<br />

!Jerreno (nuclear), verifi-cando-se que<br />

só da conjunção das duas heranças<br />

poderiam J:lesultar as condições propícias<br />

ao desenvo[vimen·to da :ilnfecçã'o<br />

(3).<br />

É daro que se trou:x!emos estes<br />

fiactos à liça foi tão somente par:a .com<br />

iSIS'o signi:ficar que ·ainda hoje há<br />

quem discuta a heDeditJariledade da<br />

tuberculo~e . Mas is.to são hipóteses<br />

genéticas e como tal muoí,to di'scutív;eis.<br />

Nós, como Pegra prática que se<br />

tem reveJ.,a:do frutuosa, continuaremos<br />

·a a'cei!Jar que o individuo ao l!l'ascer<br />

S>e ·encontr.a virgem da inf;ecção, não<br />

tnaz·endo consigo o baólo de Kock<br />

nem possuindo !Jecildos que, em :r.eg:r'a,<br />

po3Sam deixar de l.'eagir da mesma<br />

man,ei,ra que os dos dlemai's itndivíduos,<br />

pemnte a inlfiecção b acil:a•.<br />

Infeo~a-se na vida extJra-u!Jerina, ·em<br />

ambiente bacilar propí:c1o. E é das<br />

oarac!Jerís1:icas do p~rimeiro contacto<br />

com o ba 1c i~o qu:e dependerá a sorte<br />

d:a •crianç-a ou adulto em oaus 1 a. O<br />

oontág,io é urna f'ataJ.idad!e da vi•da em<br />

sociled!aide onde haja indiv~duos bacilíferos,<br />

como aoontece nos a:glom•erados<br />

popu}aóonai:s de cerl:'o vulto:<br />

ddades, vi1a:s •e aldeias com grande<br />

densidade de popu'Jiação. Sobretudo<br />

n:as idatdes inlfan~tis, os hábitos das<br />

crianças que em tudo tocam 'levando<br />

a:s mãos ou os próprios objectos infectJados<br />

à boca e os hábitos dos :adultos<br />

que ,a·ca•ri:cialrrl ·e be'ij:a m 'essas tcri'anças<br />

na ignorância da doença de que<br />

mui!Ja:s V'eZies são portadores, tol'n:am<br />

a infecção tuherclllltos'a partioolarmente<br />

frequente. Os bacitlos aStPirados<br />

ou inge'I"idos vão origi.na'I" uma<br />

infiecção por voia Pe:spim.tórita ou dig.est!iva.<br />

Se se dá uma absorção ou inalação<br />

maciça de gérmens vtirulentos,<br />

suflg:e ta ldoença ·com cal!"á·oter evolutivo<br />

de que o org,ani'Srno rarernpr·e o pior, sobJ:IetU'do em crianças<br />

de tewa idade. Se, pelo contrário,<br />

foi um contágio ligeiro de germens<br />

pouco numerosos ou pouco virulentos<br />

o organismo defende-se bem, bloqueia<br />

a inf1ecção, constituindo-se o cancro<br />

de inoculação oaradJerístico da primo­<br />

-in:f1ecção tuberculosa.<br />

A lesão fica ·estaib~lizada e os tecidos<br />

do in 1 divíiduo adquirelm uma reactividade<br />

1 el~ctiva p:emnte o B . K .<br />

Postos em :oontJa:cto -oom a toxina<br />

baci,la'I", os tecidos reagem agora dumla<br />

maneim espedfi.Cia que se aproV'eita<br />

em clínica patt-a os t estles de alergi:a<br />

cutânea, tipo Von Pirket ou Man1Joux,<br />

e que se considera no plano biológico<br />

como uma a1ergi'a def:en:siva dos tecidos<br />

penaa1'te nov,as infecções bacil'a1res,<br />

que assün tendem a ser a:ctivamente<br />

bloqueadas e dominadas. Uma vez<br />

adquiri'da, eSita ·alerg'Í'a VJai m'anter-s·e<br />

indefini·damente podendo desaparecer<br />

por períodos curtos quando o orrganismo<br />

perde as suas defes,a:s, se anergiz,a<br />

, como sucede ·em consequência<br />

de certas doenças infecciosas agudas<br />

-gripe, febre tifóide, sa1·ampo, pamtidite,<br />

etc.- ou consu mptiva·::; crónicas.<br />

Então o indivíduo perdeu a protecção<br />

dessa hipersensibilida'de defensiva<br />

(como se verifica p ela perda de<br />

reatcção à ruberculina) podendo acontecer<br />

qu:e os bacilos aoantonados nos<br />

flocos da primo~infecção s:e rooclbivem,<br />

invadam os tecidos da visinhança e<br />

g:evem um estado dle re-intfiecção endógena<br />

que origirt'a muit!as VJezes a<br />

tulbercu}ose pulmOI!l'a'I" do adulto; outl11as<br />

vez,es, e n:es·te estado de anergia, é<br />

o organismo su:I1pl.'eendido por uma<br />

sobl.'e-inf1ecção exógena que, c'Omo os<br />

tecidos s'e defendam •mal, quase sempre<br />

terminla por uma infecção activa.<br />

As formas dín:icas da Tuberculose<br />

não têm gravidade clín:ioa idêntica,<br />

nem o m~o in'teresse ·epidenrioió-<br />

gico. Sabe-ste que de toldas ·as formas<br />

de bacilose é a T. Pulmonar a<br />

mais frequente e aquda que mais<br />

intel'esse :ep~derniológico possui. O<br />

tubei'Culoso pulmon'M colm lesões<br />

a:bertas :em ·Oon1lac:to com 'O 'exterior<br />

pelo ar que :respill"a 18 :a 20 ve zes por<br />

minuto, stem ei 1 a de bacilos o ambientte.<br />

Ao tossir expulsa impetuosattntente<br />

ess:e tar carregado de badios e s·ecreções<br />

brônqui1oas. Ao fa,lar, as gotícul!as<br />

de Flugg.e - pequ'enas partículas<br />

sah-v.ar'es ·carregadas de gél'm'ens<br />

- fa2!em igua~men: !Je dele um s:emeador<br />

de b'a,cilos. l'Sto, na hipótes:e de<br />

t ubel.'culos'e aberta.<br />

A tu!ber.cul,os'e pul-mon:a•r fechada,<br />

a tuberculos'e óss,ea (de que são exemp1actes<br />

mais fl'equ:entes o mal de Pott<br />

e a co~algi 'a a tuberculose meníngea<br />

e mesm'o a ruberoulose cutânea, urinári•a<br />

e il!lltlestin'al, possu em um inten:•sse<br />

•epidemio[ógico mU!ito men'Or.<br />

*<br />

É noção corPente que a tuberculose<br />

pesta bas1Jan1t:e na taxa de mortalidade<br />

entre nós. M:as, cnnoretizando melhor<br />

·esta simples impressão, verifiquemos<br />

o que a e.>be Pespeito noo diz o<br />

Anuário Demog'I"áfico (6). Consuatando<br />

esta pub1ioação, vejamos -<br />

parr'a não recua'I" demas~ado- o que<br />

s·e passa desde 1930 em matéria de<br />

causas de morte. Neste me811Ilo ano<br />

notamos que o primeiro log•ar pertence<br />

à di,arreia e enterite aíba.ixo dos<br />

dois ano.:;, com 14.023 óbitos; o segundo<br />

à tuberculose oom 13.213 e<br />

22<br />

HOSPITAIS<br />

PORTUGUESES<br />

23


'O bePceim às doenças do oo[iação<br />

com 9.897 .<br />

Em 1935 Vlerifioamos esta mesma<br />

.sucessão: diaTreiJa e rentffl"i'lle - tuberculose-<br />

caJI'Id1opati'as, ocupando os<br />

·tTês p rimeiros lugares das oaus as de<br />

.lTlOT'I!e.<br />

Em 1940 op ere-•se uma mutação:<br />

. a tuber-culose tdesoe ao tleroeir.o luga r<br />

com 11.764 óbitos, permutando com<br />

as doenças d o comção que ·aS'cendem<br />

ocupado pela senilidade. As respectivas<br />

citfras são 13.088, 12.664 e 11.009.<br />

Em 1950


a linha de tendência da curva de<br />

mortalidalde por tuiherculos•e em Po'ftuga•l,<br />

que aquele ilustfie PPof. t·ev•e o<br />

trabalho de determina1r, d esenha um<br />

119<br />

l&<br />

ll<br />

I'<br />

35<br />

3'1<br />

ll<br />

12<br />

"<br />

I lO<br />

29<br />

..<br />

<strong>27</strong><br />

1<<br />

2.1<br />

21<br />

2l<br />

,.<br />

,<br />

11.0<br />

t9lb 19 19'>0<br />

pendor que bem evidenóa essa baixa<br />

de mortalidade.<br />

Na fig. 5, vemos a posição da<br />

curva de morbah'dade por tuberculose<br />

em PO'ftugal, relativamente a outros<br />

países da Europa ·e da América.<br />

*<br />

O rápido esbôço epidemiológico e<br />

p•atogénico que atrás fizemos vai permitir-nos<br />

compreende'!' o alcance das<br />

diver~as medidas que devem s·er postas<br />

em prátioa, e o têm sido, no combate<br />

à tuberculose entre nós. Essas<br />

MORTALIDADE POR TUBERCULOSE PULMONAR<br />

(linha de tendência da curva respecti va)<br />

Fig. 4<br />

m edid1as, a um tempo de profilaxia •e<br />

teroapêuti'oa e de índole não só médica<br />

como so::ia.l, podemos agrupá-•las em<br />

três rubri,cas, di'f·ectam!ente a!f"ticula-<br />

~·<br />

das com as coordenadas epidemio·lógicas<br />

já consilderadas.<br />

1)- Cur.ar, sempr'e que possíV1el e<br />

quanto m'ais depress•a melhor, os indivíduos<br />

enfermos- palfa assim e'lirninar<br />

a fonbe de gérmens.<br />

2) -Tornar impraticáv·el o contágio-<br />

directo ou indirecto.<br />

3)- P.mteger os in,divíiduos sãos,<br />

imunizando-os ·e rdbuS'tecerrdo-os.<br />

Como conseguir estes objectivos?<br />

A rea,lização do primei'fo desideratum<br />

exige que se diagnostique precocemente<br />

para poder bratar em condições<br />

de êxito, e isto impli·oa, pM<br />

outro lado, a existência do indispensáve'l<br />

arsenal 'terapêutico. Ora, para<br />

~··<br />

...<br />

110<br />

...<br />

,..<br />

io<br />

to<br />

••<br />

MORTALIDADE POR TUBERCULOSE<br />

Chile<br />

Inglaterra<br />

(Todas as formas)<br />

Fig. 5<br />

que o médico possa diagnos


lf<br />

H<br />

IIII<br />

l ttl<br />

I<br />

Iii<br />

•<br />

da ese•·ita<br />

tiOS IIOSSOS llOSpif.ais<br />

.tl siiDJ)Iifiea~áo<br />

Alguns leitores nosS'os, interessados 111a introdução<br />

do método de escrit:a por decalque, 'escrevem-nos a pedir<br />

esdaf!eciment>os vários. Entre ess'es esda'l"•ec~mentos pedidos,<br />

há um que aparece •CQiffi frequênóa: é o de saber se<br />

tal método podre introduzir-s'e em quraiJ.quer altura<br />

do .ano.<br />

Responcl!eT'emos que ~m.<br />

Eim qualquer •altura podre passar-se à 'escrita de<br />

deoatlque, fácil e comodalmente. o (]ieoa·lque não é um<br />

novo ~~stema die contahi.J.i'cl!ade. É apenas um proc·esso nov-o de «inrs•crição».<br />

Não é precisn tazer .es·tuldos espec]ai•s. Basta s1aber o necessário da contabilidade<br />

olássioa.<br />

Tudo se ,resume a impressos desenhadoG de forma 'espieiCial, de modo<br />

a que cada ·empregado, em Vlez de perder tempo a oopi 1 ar lançamentos de um<br />

livro para outro e depo.is paTa outro, faz, de uma só v.ez, sem possihi'lidade<br />

de ·erro, os langa·mentos em todos os livros e regis:tm •em uso I1!a instituição.<br />

Nos países estrangeiros este sistema é já tão usurail. que ninguém ald'mite<br />

que se possa viV"er ai·nda no sis,t:ema clássico. Entre nós contam-se já por centenas<br />

as ·empresas e •in,stituições que transformavam a sua escrita pava<br />

«dec•a}que».<br />

Esta,ndo nós a organiZ'a:r a thsta dos p edidos já reoebidoo de vários hoopitais<br />

que •desej1am ser visHiados, sem compromisso nem despesas, p elo técnico<br />

da empresa Ruf, ~sugerimos aos nossos assinantes que ·ainda não tenham formulado<br />

0 •desejo de vecebeTem tal visita ·a conveniência de o faZ'erem com<br />

urgência, a üm de não fioa•rem para último lugar.<br />

I QUEIJOS ((VouGA SuL»<br />

TIPO PRATO-TIPO BOLA<br />

CASEÍNA<br />

COALHO- LÁCTEA<br />

11<br />

MANTEIGA<br />

LEITE HIGIENIZADO<br />

L!.'ACTICÍNIOS DE AVEIRO, L. 0 ~<br />

.tl actividade psíq11iea ittfatttil .<br />

Pela l\'1 adre M ARIE-CONST ANCE DA VON<br />

Directora da Escola Normal Social de Coimbra<br />

Todo o ser viV'o é •ess'encia•lmente activo. A a'ctividade é<br />

uma ·fia·ouldalde g·eral que dá aos seres viv


li'<br />

IIII<br />

11<br />

~ I<br />

ii<br />

III<br />

BONS INSTINTOS<br />

Quanto 'aos «bons instintos», devem •aparecer num dado ·mO'IIlento em<br />

que a cri1ança se .disciplina e se soóabiJiza. O instinto •a·ltruis1Ja ou de sociabilidade<br />

n•a·soe da s~mpatWa que é uma derivação do instinto de imitação; •a .crilan ça<br />

é ·atmída pana os outros, mas «pour de-même». N·es.te estáldio, a •simpatia da<br />

cr~ança é ,eJectiva; o dPcll'lo das suas sim'Pahas Destring.e-•se à f.amílfa, mas<br />

depois vai-se alargando pouco a pouco.<br />

Há vá•fi.as f·ases no desenvolvimento desne -instinto •sooial: aquelia ·em que<br />

a cri'ança não quer f,azer ·aos outros o que não quer que •lhe façam a si, e •ainda<br />

uma .fase sUiperior que ·chamamos sublimação •ou fiase Ide maturidade mora,l:<br />

«Ama o teu próximo oomo a ifJi m 1esmo e mais que a ti mesmo». É es·ta f1as•e<br />

que cú!a .a idei


pess-o·as grandes, 1até, às vez·es, os seus defei1Jos. Es-ta vontade da or.i'ança tem<br />

um fim: pr·ati·ca 1a.ctos cada vez mais •difkeis, n·ecessários a U'lll'a •educação física,<br />

intdectu


T·ambém ~oi procurador à Câmara Corpooati<strong>VI</strong>a de 1945 a 1949.<br />

Em 5 de Janeilf>O de 1953 tomou pos ~e do cargo de PPoV1edor da Santa<br />

Casa 'da Misefi.córdira do Porto, paPa que for.a elei-to.<br />

É Vogarl da Comissão E x>ecutiV1a da União Naóonal.<br />

Pulblioou diversos restudos sobre Arqueolo:g.ia, Ana1tomi'a 'e AntJrapo}ogia,<br />

'Crimin!Ologila ·e Identificação, História da's Ciênci•as, Históri1a rda Medidna 'e<br />

Etnografi'a, Dentologia médica -e Doutrina Médi:co-Soda


II<br />

111<br />

I<br />

I<br />

ção poSSia apresentar v:arntJagens práti.oas ou administrativas, ou mesmo paii'a que<br />

sej•am ensaiadas e discutidas porr outros -co[reg)as.<br />

Ao enoerPar .estas despvertJerrcioSJas pal•avras de apresentação, não podemos<br />

deixar :de ra.grardeoer ao Sr. Dr. Corio)ano F rerrei!fla 1a manreri1"a 1~beral como pôs<br />

à nOS!Sa ldispoffição ra1gUJmas páginas de <strong>Hospitais</strong> <strong>Portugueses</strong>.<br />

II) NOVOS MEDICAMENTOS<br />

CLORETO DE SUCCINILCOLINA<br />

A. MARQUES LEAL<br />

Cura'Pi;;,a:nlte sirntêtlirco, esrt:urdaldo espreciahn'entJe por .investigadores italianos,<br />

inglres·es e amrerrroanos re r.ec'en1Jemenrte ra•oeite p~os Cons. F1aDm. Qu.im. da<br />

Assoe. Mred. Amer., para irndusão nos «New an!d Non-of>ficiarl Rremed.ies».<br />

Quimicamente é o d~ro}oDeto do suooirna'to de oolina, ou donebo de suxametó11'~o.<br />

pó lbtiarroo, cr>isrtlalmo, dre pf. = 155-1'59°, hidrross.u~úV'el (com reacção<br />

ácid!a), de fórmu'la:<br />

CH3 CHJ +<br />

I I _<br />

CH3 - N - CH2CHzO • COCHz . CHzCOO CHz . N - CHJ, 2 C!, 2 H10<br />

I<br />

I<br />

CH3<br />

Produz uma acção curia'riz,anil1e de curr1Ja. duvaçã'o, s:em refeitos s>ecundários<br />

sobre o si.&tema ca~d.io-vascurllar.<br />

É ràpirclJamenbe desrt:ruiclJo no organismo re não é arnil1agorrizaldro p rella n'eostig,1mi>nra<br />

(que polde a1tJé pOIOOnCiiraT o sreu refieilt


Máquinas especialmente construídas para mútiplos serviços em <strong>Hospitais</strong>,<br />

Sanatórios, Casas de Saúde e Estabelecimentos congéneres<br />

CONTROLE DE TESOURARIA<br />

CONTAS CORRENTES<br />

-Câmaras Municipais<br />

-Doentes<br />

-Fornecedores<br />

-Honorários Clínicos<br />

-Etc.<br />

CONTROLE DE EXISTf:NClA<br />

-Móveis e Utensílios<br />

-Artigos de Penso e Consumo<br />

-Material Cirúrgico<br />

-Medicamentos<br />

-Tecidos, Roupa e Calçado<br />

- Depósito de Géneros<br />

-Materiais para Obras<br />

-Etc.<br />

ESTATÍSTICA<br />

CONTABILIDADE ORÇAMENTAL<br />

CONTAS DE ADMINISTRAÇÃO<br />

ETC., ETC.<br />

Asseguramos a mais eficiente assistência técnica e mecânica<br />

THE<br />

NATIONAL CASH REGISTER COMPANY<br />

SUCURSAL DE PORTUGAL<br />

LISBOA- Rua Augusta, 146- T elefs. 32482 e 23920<br />

PORTO- Rua deSta Catarina, 312-1 . 0 - Telef. 22951<br />

COIMBRA- Rua Ferreira Borges, 79-1 . 0 - Telef. 5030<br />

LUANDA- Calçada do Município, 20- Cx. Postal 2298<br />

Um aspecto da mecanização dos Serviços Administrativos de um hospita~, vendo-se uma<br />

máquina National da classe 31 a executar contas çorrentes e outra<br />

National da classe 41 no controle da tesouraria.<br />

PORTUGUESES 39


.. F H H<br />

FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE HOSPITAIS<br />

Dr. Coriolano Ferreira<br />

Foi provido, definitivamente, no<br />

lugar de Administt1adm dos <strong>Hospitais</strong><br />

da Univ;ersilci


foi ·conv.iodado a exeroer tais funções.<br />

Desde então o Dr. Binswanger, que<br />

a Assembléa Gera•l el,egeu Vi•oe-Pre­<br />

•sidente em Junho de 1949, desempenhou<br />

um paJpel de va•lor no Comité<br />

Ex•ecutivo.<br />

<strong>Hospitais</strong> <strong>Portugueses</strong> ap1-es·enta<br />

ao no'V'o Pflesidente da Federação os<br />

maús sinceroo cumprimentoo.<br />

Porque existe a federação?<br />

-Os hospitais do mundo inteiro,<br />

f•azern fa,ce a numerosos probl,emas<br />

que s·e reduzem a es•ta pergunta:<br />

corno obter o máximo rendimento<br />

com 0 mínimo de trabalho e tempo ?<br />

Os progl"essos manid.iestJam-se continuametn:te<br />

a este respei,to, e, em<br />

mui


li<br />

I<br />

I<br />

I<br />

tudo da terminologi•a da ciência sanitári


iii<br />

Senh1ora lfeali2!ou totJa'lmootJe a missão<br />

alta que lhe fora oonfitada.<br />

Sililcei1am·ente d'esej,a:mlos qll!e no<br />

s'eu novo lugar consiga •atingir p lenamente<br />

o idea·l de uma enfermag.em<br />

perfeita.<br />

1<br />

1<br />

«FÁBRICA DE BORRACHA MON­<br />

SANTO», L.da- Borracha : - Anilhas,<br />

botões «Sanitas», guamecimentos<br />

de rodas de marquezas, juntas<br />

«Unitas», ponteiras para bengaJa·s e<br />

mU'letas, rolhas para frascaria 'de laboratório,<br />

tapetes para laV'abo•s, tubos<br />

de irrigador, tubagem diV'ersa, válvulas<br />

para autoclismo, emboques para<br />

bidets, Pev'estimentos, passadeiras e<br />

canpetes ·em todas as dimensões e<br />

toda a espécie 1de artefactos mediante<br />

amostra ou simples desenho. Rua do<br />

Oentro Cultural, 35- Alvalade, Lisboa.-<br />

T-el. 58.330.<br />

Os enfermeiros gerais<br />

dos H. U. C.<br />

Por portaria do Ministéúo do Interior<br />

pa~s·a!'a'm •a ser dois os lug'ares<br />

de enfermeiros-ge11ais dos Hosipitais<br />

da Universidalde de Coimbra.<br />

Est:Jes lugaPes ficam a ser desempenhados<br />

pelo sr. José Pint:Jo Teles e<br />

D. Maria F·emanda Rooende aos<br />

qua1s enviamos as noss.a•s saudações.<br />

A enfermagem no Egipto<br />

1-Uma escola pMa ·enfermeiras<br />

será anexa ao Hospital Sednawy do<br />

«Croiss'ant-Rouge», no Cairo. A Senhora<br />

Faurt, da Suíça, especialista<br />

na formação de enfermeiras, foi nomeada<br />

directora.<br />

2 - O Ministério da Saúde .Pública<br />

do Egipto, ~ançou um projecto<br />

único no M•eio-Ori·ente. Consta da<br />

inauguração de uma escol-a superio'f<br />

de enfie11magem q~e será autoriza 1 da<br />

a •conf·erir o di:p1oma de «Ba,chare'lato<br />

em ·Bnfermagem». A es•cola f 1 ará parte<br />

do Hospital Mouassat A·lexandria<br />

(velho Hospital do Rei Fouad I,<br />

em Al-exandria).<br />

A enfermagem na Inglaterra<br />

Foi inaugurado, em princ-ípios do<br />

coroent:Je •ano, um novo Pavilhão de<br />

enferm'agem no «Hereford County<br />

Hospita,l».<br />

Será destinlado •a'o a'loj•amento de<br />

ceroa de 80 ·enfermeiros.<br />

EX'p'erimentou-se um n•ovo sistema<br />

de aloj-amento paira tentermciras, c•olocan!do<br />

à disposição de cada uma<br />

um pequeilJO ·com:partimen'1Jo independen:be,<br />

compor.tando U!ma peça úni•ca,<br />

com divan e um peqU!eno Vtestíbulo,<br />

com lavatório e armário. O custo<br />

desba rOO'Liztação elev


P.resen't1emente, e P'ara o 'ano est::o-<br />

1alf ·em curso, encontram-se já matriculadas<br />

18 alU111as.<br />

2. Foi aberto um ·,curso de enfermagem<br />

domésltioa que está sendo<br />

mu±to conconri!do por meninas e rsenhoPa


<strong>Hospitais</strong> Civis de Lisboa<br />

1 - Após importantes ob11as d:e<br />

remodelação e amphação, .começai'am<br />

a funcio'naJr 'as novas in~talações do<br />

Banco do hospita1 de S. Jooé, que<br />

dispõe, agOI'a, de ins!Ja'Lação priv-ativa<br />

de Roa,i:os X, rde ·1abomtório ode análises,<br />

s'alas ode observação pa['a os dois<br />

s·exos, .etc..<br />

O nmro Banco dispõe de um bloco<br />

operatório constituído por duas sala<br />

de gm:nde cirurg·~a, sepam1das por<br />

uma saLa comum Ide 'ane:stesi•a, todas<br />

foroada•s a mármore negro, e m ·ais<br />

uma -sa•la destina1da à ciJrurgia óssea.<br />

Há, aiin'd!a, duas sal'as para pequeaa<br />

cirurgia, e uma outra de •esterilização.<br />

Quanto 1a aJpa•relhagem, houv.e a preocupação<br />

rde do!Ja.r o Ba•noo com o que<br />

rnai·s aperfeiçoado !Se conhece, não<br />

fa•ltandto uma central de aspiração,<br />

li~ada a todas as 'S'atl1as do Banco, ·com<br />

a qua1 é possível extrair, em óptimas<br />

conldiçC.es, de qualquer parte do ·corpo,<br />

líquido que prejudique o doerrte.<br />

2 - O P110f. Dr. José Rafael Bell'o<br />

de MOI'ais tomou posse, no di'a 17 de<br />

Novembro, do lug·ar de ·a,ssistente de<br />

cirurgia torác·ica dos <strong>Hospitais</strong> Civis<br />

de Li·sboa.<br />

Foi empossado pe'lo Administmdor<br />

daqueles Hospita~s, Dr. Rad)ael<br />

Ribeiro, n.a ausênci'a do Enfermeiro­<br />

-mór, tendo assistido ao acto muitos<br />

médicos e funcionários.<br />

<strong>Hospitais</strong> da Universidade<br />

de Coimbra<br />

1 -Foi cr1ado um novo luga~ de<br />

enfermeiro-geral •a ser desempenhado<br />

por um dos monitores da Escola de<br />

Enfermag·em.<br />

2- Tem ailcançado o mais as·sina1ado<br />

êxito o ·liV'ro Ssaogem de nível de<br />

Pa•Lma de Cima.<br />

O Paviihão princip:ai terá a su1a<br />

frente no troço carnpr~endildo ll'l.lo prol•ongamerrto<br />

da Avenida António Augusto<br />

'de Aguiar, entl'e a Avenida de<br />

Berna e o Bairro do Rego, já n'a nova<br />

área da Cidade Universitá·ria.<br />

Maternidade Dr. Alfredo<br />

da Costa<br />

Comemorou-s,e, no pretérito dia 5·<br />

de Dezembm, o 21. 0 •a.nivernário da<br />

dat~ e m que a M.a:remildade Dr. Alfnido<br />

Ida Costa, Ide Lisboa, lfoi aberla<br />

ao públi•co, tenido-se rea.flZJaldo nesse<br />

dia a cerimóni•a da entroniz.ação do·<br />

Santí1ssi'mo na ooape'la privativa daquele<br />

estabelecimento, •acto a que pre­<br />

S'ildiu ·o APcebispo de Mitilene, acolita•do<br />

pelos plad.rtes António Reis· e<br />

A!delino Genro. Seguidamente foi<br />

ce1ebrada miooa 1e p11oferida um1a homília<br />

a1lusiva .alo 'a'cto.<br />

A comemorlação assistiu a directora<br />

da M .aterni.ldalde, Dr.a M,afi'a<br />

Luísa Van Z•e'Uer, 'a'companhaida do<br />

co11po clíni-co, fWl!ci'onár.ios administrativos<br />

e pes:so al de enfermagem.<br />

Hospital de Braga<br />

Realizou-'S'e, em Brag;a, um cortejo<br />

de oferendas ·a fiavor do Hospital<br />

de São M •arcos, no qual tomaram<br />

parte oenten1as de C'alfros. Ju:lga-s•e<br />

que o produto dos donativos, em dinheit


gra'fllde ·cirwgi!a. O núme11o d;e consult:as<br />

nas diversas •especi


ias, •as consultas externas, ·a farmácia<br />

e os serviços de nadi:ologia.<br />

No .r.és-do-chã•o, os oornsultórios<br />

f]cam s. DupLas paredes de<br />

alumínio assreguflam o .i•solamento térrico.<br />

As célul·as são munidas de portas<br />

de acesso de correr •comandadas<br />

automàüoamernte por pedais ; um<br />

tecto v~dmdo servido por l.llffia cochia<br />

superior pertnite obser:vlalf as opel."açõe:s.<br />

Encontra-s•e nro número de Junho<br />

da Pev~sta «Techniques Ho51pitalieres»<br />

uma descrição desenvoQvi•dla desta<br />

reaEzação.<br />

2 -A Cidade Hospita~a .r de Li'lle<br />

foi inauguradla em 3 de Outu(n1o do<br />

•ano finldo, vinte anos •após o aooetntamento<br />

da prirneilfa peldra.<br />

A guerra e realiZ'ou na pall"!:e oeste<br />

dos Estados Unidos.<br />

o número de de'legado.s erevou-se<br />

a 10.379, cifra que não foi ultrapassada<br />

uma só vez em Peuniões precedentes.<br />

Pela primeirra vez a•s instalações<br />

de televisão permitii'am aos delegados<br />

que não pude11am encontrar lugar na<br />

sala prin


li<br />

<strong>Hospitais</strong> a particirpa:r num progrnma<br />

de homoLogação de esoolas de enfermag•em<br />

para a Liga Nacional de<br />

Enfet1meiros.<br />

INST ANTA L.da- Importadores de<br />

aparelhagem fotográfica, cinematográfica<br />

e de precisão. Os melhores<br />

laboratórios fotográficos do País­<br />

Trabalhos para amadOPes, profissiona-is<br />

e técn~cos (Raios X-contacto,<br />

redução e diapositivos; fotocópias;<br />

.r.eprO'duções, •etc.). R. NoV'a do Almada,<br />

51-57- Lisboa.<br />

Conferência no Instituto<br />

Português de Oncologia<br />

- Estev.e no Instituto Português<br />

de Onoolog~a o P.ro:f. •Pevez Fon1!an'a,<br />

que •ali ~ez um!a con~erência intitulada<br />

« H~datidos·e Pulmonar». O conferencista,<br />

que é presidente da Sociedade<br />

Intema'Ci


li<br />

I!<br />

I•<br />

li<br />

I!<br />

li<br />

I!<br />

Todo o bom administrador tem de conhecer os princípios gerais da<br />

tecnologia comercial e industrial para bem governar a instituição que lhe foi<br />

confiada.<br />

O gerente é um técni!co. Como tal, nenhum dos conhecimentos basilares<br />

da técnica administrativa lhe pode ser estranha. O amadorismo paga-se caro.<br />

É por isso que <strong>Hospitais</strong> <strong>Portugueses</strong> inicia hoje uma nova secção a que<br />

deu o nome de «Mercadorias», na qual se darão regularmente notas sobre as<br />

mercadorias mais usadas nos estabelecimentos de assistência.<br />

Temos a certeza de que com e.Ja prestamos bom serviço aos nos­<br />

-~os leitores.<br />

Sabões<br />

Sabões - São sais aloatinos dos<br />

á:ci'dos gor:dos. O s·abão 'dissol'Ve as<br />

1<br />

goi1dUI11as. Daí o seu poder de eliminar<br />

a suj~dade da pele, dias roupas,<br />

etc ..<br />

O V'a'lor do sabão mede-se pela<br />

sua riqueZla em áddos gortd.os, propordonal<br />

à produção de espuma. Antes<br />

dre comprar, •aprecie-se convenientemente<br />

este aspetcto.<br />

Não use nas la'Vagens águras muito<br />

cakáreas porqure haverá desperdício<br />

de sabão pois parte de1re wansformar­<br />

-se-á em sabão oakáreo insolúvel.<br />

O s'abão fabrilca-se poc dois processos:<br />

a) Tll'a·tando, a quenlte, 'as gorduras,<br />

por meio de lixívias a 'liCalinas;<br />

b) neutralizando os ácidos gordos<br />

com sodra.<br />

Os tipos de sabão fiaram entre nós<br />

fixados peLa portaria n. 0 13.055 de 25<br />

de J:aneiro de 1950, pela fOilliila seguinte:<br />

Sabões comuns: « Oftienbach »,<br />

«gordo de primetm», «a·marelo de<br />

terceira», «amên!doo de 'terceira» ·e<br />

«espec1a'l».<br />

T•odros são 'llJP'l'esentados à V'enda<br />

em oaixas de macJirura, com 30 quhlogvamas<br />

de s•aJbão, em barras de cerca<br />

de 1,5 quilogramas, au 3 kg. e por<br />

«especial» para fins inlduS!triais. Nas<br />

barres de «offenibach», «·especial» e<br />

«gx>rdo de primeir>a» devem ser marcadas<br />

estas denominações a todo o<br />

CUI1llprimento da ban'a, com um ou<br />

mais 'catrimbos.<br />

Sabões moles, líquidos ou em pó,<br />

para indústrira. Só potdem ser vendidos<br />

em embalagens ·completas com<br />

o nome do fu'b11ioan1Je.<br />

Sabões de tipo «seda de primeira»,<br />

e «seda de segunda», de cor branca e<br />

em ba11ras com o peso máximo de<br />

1.500 gramas.<br />

r~<br />

!<br />

:<br />

I<br />

(,'<br />

Sabões de tipo «macaco», de polir<br />

e pastas dresengoJ.1dUJranltes, rap11esentadros<br />

em blocos diversos., cunhados<br />

com a ma!I"C'a do fabricante, de peso<br />

igua•l ou in


- .<br />

113CIOII81S<br />

Eeotao•nia<br />

Nota geral<br />

Registaram-se ultimamente algumas<br />

descidas de cotações. Nomeadamente<br />

assinala-se os tecidos (lãs<br />

e algodões) e as fibras animais e vegetais.<br />

Os medicamentos mais caros<br />

(especialmente os antibióticos) revelam<br />

igualmente tendência para baixar.<br />

Sàmente a estreptomicina teve<br />

um nas últimas semanas uma pequena<br />

«crise». As chuvas purificaram<br />

a agricultura e nota-se melhoria<br />

dos mercados de hortaliças. Os metais<br />

têm mantido as cotações anteriores.<br />

Mercado da lã<br />

1. De ] aneiro a Agosto do ano<br />

pia'SSiaJdo 'eXJportámos 802.317 quilogr


Segundo nota fiomecidla pelo Instituto<br />

NadQI'l!al de Es't!atisti•ca, o estado<br />

das cultums, ao ·cameçru- o mês<br />

de Jraneiro •em o S'eguin'tle:<br />

«0 último mês do rano decorreu<br />

com temperaturas sooves e ra-lguma<br />

chuva, pri!Il!cipia•lmentle na primeira<br />

década, o que deu a rtodas as culturas<br />

um 'a,:;pecto de viço ,e desenvolvimento<br />

que nã·o é normlal Vlerifioar-se nesrt:a<br />

qua•dra do ano. Piara ,og praldos, estas<br />

condições ~oram óptimas, trtaduzindo-'Se,<br />

em ratbundância de forragens.<br />

Pa ~m 'aiS Oll.lt!I'as cultums, covre-se o<br />

risco de os benefícios serem mais arparentes<br />

que velais, visto que, na fase<br />

demaJs~aldamente radilantada em que se<br />

en'contrarm, podem ser prejudicadas,<br />

logo que Sllllfjam as pPirmeim1s g~eadas.<br />

A pruduçã'O de kuta poderá igualmente<br />

ser •afiectJaida. pela amenidade do<br />

tempo, pOlis 'aS frutJei:rlas aiillda. não entraram<br />

em Vlevdia1deirro repouso vegetativo,<br />

arpl"es1entan'do os gomoo filoraá.s entumesoidos<br />

e alguns m&""'ffio 'desabroohaldos,<br />

o qllle signif.i:oo fru!Ja perdida.<br />

Em algumas regiões, •a colheita da<br />

az,eitona foi ai!Il!dla a ropeflação domin1ante<br />

do mês. O aZieite c01ntinura a sair<br />

de boa qual:ildade e mantém-se a pre­<br />

Vlisão do mês anterior, que !indiCia uma<br />

col.h:ei1ta quraS'e rt:Jripla (287 %) da obtida<br />

o ano passaldo e superior ao dobro<br />

(230 %) da médi!a do último decéni'O.<br />

As montanheiras têm decorrido<br />

normalmente, 'apesar da boleta estar<br />

bastantJe bichoora.<br />

Nos mercados e fei


III<br />

Nota do mês<br />

Mês de fevereiro<br />

O mês de F ·ev'ereiro é de 'capital<br />

importância na polítioa adlmin.istrati<strong>VI</strong>a<br />

de todos ·os or~anismos e instituições.<br />

Emquan•to que Janeiro foi<br />

pràhoamenfte de


A<br />

N,N' -dibenziletilenodiamin -d1penicilina G<br />

Composto de éib orção muito lenta<br />

LONGA C/ L/NA A (su. pensão aquo a e tá v I para injecção)<br />

600.000 U acllvidade : 14 did<br />

300.000 u ctivid de: 7 dias<br />

LONGACILINA (compnmidos p ra dmini Ir ç o oral)<br />

1 íO.OOO U por omprimido<br />

Actividade por

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