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Hospitais Portugueses ANO VI n.º 29 março 1954

Editorial Novidades técnicas, 1954 Regulamentação dos serviços hospitalares A prevenção da tuberculose na prática hospitalar Cuidados de enfermagem em oto-rino-laringologia O estudo do «caso» nas escolas belgas de enfermagem A Associação Belga de Hospitais e a contabilidade de resultados Acontece nos Hospitais Enfermagem F. I. H. O. M. S Notícias rdos Hospitais Cantinho das Escolas Noticias do Estrangeiro Notícias pessoais Congressos & conferências Notícias do Ultramar Publicações Suplemento económico

Editorial
Novidades técnicas, 1954
Regulamentação dos serviços hospitalares
A prevenção da tuberculose na prática hospitalar
Cuidados de enfermagem em oto-rino-laringologia
O estudo do «caso» nas escolas belgas de enfermagem
A Associação Belga de Hospitais e a contabilidade de resultados
Acontece nos Hospitais
Enfermagem
F. I. H.
O. M. S
Notícias rdos Hospitais
Cantinho das Escolas
Noticias do Estrangeiro
Notícias pessoais
Congressos & conferências
Notícias do Ultramar
Publicações
Suplemento económico

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~HOSPITAIS<br />

PORTVGVESES .<br />

J.f) <strong>ANO</strong> <strong>VI</strong><br />

N. 0 2 9


I<br />

HOSPITAIS<br />

RE<strong>VI</strong>STA DE HOSPITAIS E<br />

PORTVGVESES<br />

ASSISTÊNCIA SOCIAL<br />

EDIÇÃO E PROPRIEDADE DE CORIOL<strong>ANO</strong> FERREIRA<br />

CONSELHO TÉCNICO<br />

Doutor Manuel dos Santos Silva<br />

Director do Hosp.-Colónia Rovisco Pai.s<br />

Doutor Francisco Ibérico Nogueira<br />

Da Faculdade de Medicina de Coimbra<br />

Dr. Carlos Diniz da Fonseca<br />

Chefie de Rep. da Direc.-Geral d e Ass>st.<br />

Dr. Rafael Ribeiro<br />

Administrador dos Hosp . Civis de Lisboa<br />

Dr. Joaquim de Paiva Correia<br />

Director-Adjunto do H osp. Júlio de Matos<br />

Dr. Evaristo de Menezes Pascoal .<br />

Chefe de Serviços d os H. U. C.<br />

D. Maria Leonor' Correia 13otclho<br />

Chd e do Serviço Social do I. A. F.<br />

D. Maria da Cruz Repenicado Dias<br />

Superintendente d e Enierm.agtem doJ H. C. L.<br />

REDACTORES-DELEGADOS<br />

D. Alice de Melo<br />

( M i·sericórdia d :.! Va lp:~ços)<br />

António Maria Andrade<br />

(Mi ~er i córd ia de Porta l e~r ::: )<br />

Horácio de Carvalho<br />

( Mi~ericórdia d o P orto)<br />

Cap.<br />

José Maria Coutinho<br />

(Misericórdia de Águeda)<br />

REDACTOR-SECRET ÃR IO<br />

F. Si lva Martins<br />

ADMINISTRADOR<br />

M. Madeira da Fonseca<br />

íNDICE GERAL DO N. 0 <strong>29</strong><br />

Editorial<br />

Novidades técnicas, <strong>1954</strong><br />

R egulamentação dos serviços hospitalar·es<br />

- Cap. José M. Coutinho.<br />

A prev·enção da tuberculose na prática<br />

hospitalar - Doutores Edouard Rist,<br />

Pierre Pro.vost •e Stéphane Bidon .<br />

Cuidados de enfermagem e m oto-rino­<br />

-laringologia- En'f. 0 António Andrade<br />

O estudo do «caso» nas •escolas b elgas<br />

de ·enfermagem - Iris Poppi.<br />

A Associação B elga de <strong>Hospitais</strong> e a<br />

contabilidade de r·esultados<br />

Acontece nos <strong>Hospitais</strong><br />

F . I. H . .<br />

O. M . S.<br />

Enfermagem<br />

Cantinho das e;scolas<br />

N otícias dos hospitais .<br />

CongPessos •e Conferênc·ias<br />

Notícias p essoais .<br />

N otícias d o Ultramar .<br />

N otícias do E strangeiro<br />

Suplem ento económico<br />

1<br />

2<br />

4<br />

6<br />

14<br />

20 I<br />

30<br />

32<br />

34<br />

36<br />

37<br />

39<br />

41<br />

44<br />

46<br />

47<br />

48<br />

49<br />

Vá:ia: - Socorro Social e sua acção; A contabilização<br />

dos donativos em gén eros; O novo<br />

hospital d e Castendo; A leal vila de Nisa<br />

esteve em festa; P roblemas relativo3 ao pes­<br />

~:>a l ; A sociologia e a enferm agem; S an ta<br />

Casa da M isericórdia do Funchal ; M isericórdia<br />

de Alhandra; Assistência hospitalar<br />

ao pe3soal da P. S. P. ; Vagas para enfermeiras;<br />

O N ovo H ospital Escolar d ::: :Uiosboa.<br />

Publicidade:- P áginas 13, 18, 19, 22, 23, 25,<br />

28, 35, 36, 38, 40, 42, 43, 51, 52 e 54.<br />

Redacção e administração: Composto e im pi'esso na Tipo- Assinatura anual 90$00<br />

Avenida Sá da Bandeira, n. 0 92 arai ia da Atlân tida- R . Ferreira Estran geiro<br />

Telefone 2 8 4 3 - COIMBRA Borges, 103- 111 - COIMBRA Número avulso<br />

ESTE NÚMERO FOI <strong>VI</strong>SADO PELA COMISSÃO DE CENSURA<br />

120$00<br />

10$00<br />

~==E=dil=to=rila=R=)<br />

O doe1ate: ltóspede ou se•altot·?<br />

Um grande administrador francês lançou a senha<br />

W<br />

do «malade, notre hôte» e, guiados por este grito, realizaram<br />

e estão realizando os nossos colegas franceses<br />

um magnífico movimento de humanização dos seus<br />

hospitais.<br />

A nossa revista, logo no primeiro número e nas<br />

primeiras páginas, condensou uma das suas convicções na frase<br />

«o doente é o senhor do hospital». Consola-nos a certeza de que<br />

tantos dos nossos dirigentes apoiaram e fizerem sua esta divisa e<br />

deram-lhe execução em muitos dos hospitais portugueses.<br />

Poderá, porém, perguntar-se, se as duas senhas- a portuguesa<br />

e a gaulesa- são iguais em seu alcance e propósitos.<br />

O doente «nosso hóspede» equivale ao doente «nosso senhor» ?<br />

Vejamos:<br />

Em ambas as fórmulas há um sentido de «servir». O hospedeiro<br />

serve o hóspede; o súbdito serve o senhor.<br />

Mas o alcance de serviço é que é diferente nas duas proposições_<br />

O hospedeiro serve o hóspede, nas suas necessidades materiais,.<br />

no seu conforto, na sua comodidade.<br />

O senhor deve ser servido não só nas suas faltas materiais e<br />

exteriores, mas ainda nas espirituais e nas afectivas.<br />

O hospedeiro deve ao hóspede apenas uma boa organização<br />

- que nada falte a tempo e horas, com a melhor qualidade e pelo<br />

menor preço.<br />

O servo deve ao senhor, . além da mesma organização, total<br />

doação da sua pessoa - do seu corpo, do seu espírito; do seu respeito<br />

e da sua afeição.<br />

A hospedagem é um contrato objectivo. A hospedagem paga-se·<br />

com dinheiro.<br />

O senhor é-o por aceitação íntima do súbdito. Os serviços<br />

são-lhe devidos, não apenas em execução, embora escrupulosa, de<br />

um contrato, mas em amor. Podemos odiar um hóspede enquanto<br />

o servimos requintadamente. Um senhor só o é, na medida em que<br />

for amado.<br />

Eis porque continuamos preferindo a fórmula - o doente<br />

senhor do hospital.


E Novatdl~tdles Técnicas. Dl!l>54 ~<br />

-<br />

A «Atlantic» lançou agom no mel'cado o<br />

novo aditivo ICC, des·tinado •a evitar ·a pré-ignição<br />

e a acumulação de depósitos nas velas.<br />

Os benefícios da uti'lização deste aditivo são<br />

notáveis p ela sua rápida acção, ·evitando incandescência<br />

ou depósitos carbonosos causadoTes da ignicão antecipada.<br />

P elas •reais v:antagens que apresenta o aditivo IOC, aqui inserimoo esta<br />

«novidade» ·cientes d e que muito interessará a todos o•s médicos, funcionários,<br />

a dministmção de hospitais, 'Casas de •saúde, s•anatórios, ·e a todos os restantes<br />

leitores que possuam veículos automóv:eis.<br />

Em todas as constl'uções deve •existir sempre a<br />

preocupação de dotar as insta'l·ações sanitárias com<br />

os dispositivos que g·arantam um mais dev:ado grau<br />

de higi•ene.<br />

Ora dos dispositivoo que, pelas suas notáveis<br />

rcamderísticas, podem .assegu111ar esse dev:ado grau<br />

de higiene, conta-se 'O autodi•smo automático 1a•lemão<br />

«DAC» que dispõe de um novo ·e interessante sistema<br />

muito aconselhável para todos os estabelecimentos<br />

b'Ospitalares.<br />

A todos os hospitais, casas de saúde, sanató­<br />

:r1os, etc., acons'elhamos pall'a ·as suas instalações sanitárias, esta útil «novidade».<br />

Em toq.~s ·as construções, porque a. t~·çnica<br />

moderna assim o reclama, não se pr.es·cinde já do<br />

indispensável isolamento térmico. Celulite<br />

Mormente nas construções hospitalares, a<br />

necessidade deste isolamento é já bem ·conhecida.<br />

Dos muitos pr-odutos que existem· no mercado destinados a ta•l fim, é<br />

sem dúvida •a «Celulite» a que melhor tem prov·ado a sua capacidade isoladora.<br />

E , porque •lhe reconhe cemos r-eais propriedades, permitimo-nos registar­<br />

-lhe o nome no ficheiro dos nossos hospitais.<br />

Acaba de aparecer no mercado um novo pmduto alemão<br />

para enceramento de soalhos, corticite, oleados, móveis, etc.,<br />

de uma comodidade extraordiná·ria p ela facilidade da sua<br />

aphcação.<br />

Trata-se da cera pulveriz•ardor;a «Ge-Halin», ·apr-esentada<br />

•em latas e f•ornecida •em diversas cores.<br />

Porque se tf'ata de um produto económico, i.sento de<br />

mau cheiro e que se presta a muitas aplioações, interessando<br />

,especialrn·ente, por tal motivo, •a todos os estabelecimentos<br />

hospitalares, aqui fica a nossa recomendação.<br />

D e ·entr'e •as muitas máquinas Ide 'lav:ar roupa que ultimamente<br />

têm surgido no mer·cardo, uma há que, peloas suas notáveis<br />

·características técnicas, está destinada a S'er um valioso<br />

auxiliaT dos pequenos hospitais e casas de saúde. Refe1:imo­<br />

-nos •ao modelo, cujo desenho á direita inserimos, que a General<br />

Electric lançou, r.eoentemente, no mercado.<br />

Porque a achamos robusta, prática e económica, a aconselhamos<br />

aos hospitais e casas de saúde.<br />

Constitui sempr·e um problema sério, a venhlação e<br />

resguardo de quaisquer compartimentos, quando há a intenção<br />

de os não devassar. Especialmente nos hospitais, esse<br />

problema mais frequentemente se apresenta.<br />

Ofla rcom o apat'ecimento de res:to111es «Sol-An>, que,<br />

pelas suas características interessantes, sem favor podem<br />

considerar-se de uma utilidade impr-escindível em todos os<br />

-hospitais, casas de saúde, sanatórios, etc., ficou pràticamente o problema<br />

solucionado.<br />

Consideramos ·este estor de g11ande utiHdade paTia todos os estabelecimentos<br />

hospitalares.<br />

HOSPITAIS<br />

Não se aceitam anúncios para esta secção.<br />

A e~-a-1h_a_d_e_«_N_Q_v_i~<br />

dades» e o texto respectivo são da exclusiva iniciativa e responsabilidade<br />

da redacção da revista, tendo como único fim, o de<br />

bem informar os seus leitores.<br />

_I<br />

PORTUGUESES 3<br />

I<br />


li<br />

li1<br />

11 1<br />

li<br />

,,<br />

I<br />

Re~ulatnetata~áo fios sea·vi~os<br />

ltospitalaa·es<br />

Pelo CAP. J osÉ M. CoUTINHO<br />

O Boletim da Assistência Social, 11eferente aos<br />

meses de Janeim a Junho de 1953, publioa um artigo<br />

da autori•a do Sr. Dr. Carlos Dinis dia F ons.eca, intitulado<br />


A p•·e"e••eáo da 1.ube••etiiose<br />

••a p•·átiea hospitalat·<br />

pelos Doutores Edouard Rist, Pierre Provost •e Stéphane Bidon<br />

A prevenção<br />

em tis iiQilogi·á é<br />

UJm!a •aquisição re-<br />

1ati'<strong>VI</strong>am


des :está bem .estatbe1ecida. O prohlem'a<br />

particu~a[" das mã'es tuberculosas<br />

testá resdlvitdo há já mUJito !tempo.<br />

São-·lhe reservatdos ldoa~s, e os ["ecém­<br />

-nasoidtos, ·se fior necessárito, sã·o isol'aldos<br />

tdtas mães. S'eguntdto as prescrições<br />

médic·as são premunik:los pel'o<br />

B. C. G.<br />

JII -DOENTES DA CONSULTA<br />

EXTERNA<br />

Os doentes da


11 1<br />

11<br />

remas ref.eni["-nos à irmperiooa necessidade<br />

que há de não 'Consrervar os<br />

doentes tubercu}osos em loc ·a~s nã•o<br />

especifi,oamente dtestlinados ao seu tratamento.<br />

Est!a [nv:estig·açãto sistemática<br />

permi1:1i:I'ia rdi!f'igi.r ràpidlamoote<br />

pal'a o SJerviço especie:lizaido o doente<br />

reconh~cildo tubercuLoso e lá htaveri•a<br />

ainda uma derivação que pdde["ia ser<br />

ef.ectU'ada segundo gs Lesões constat!adras.<br />

&esta consitdwar o ca~o dos tu'berou1osos<br />

,a,bingidos p 'oc outra •afecção<br />

cirúrgica ou médi·oa e o dos doentes<br />

que têm urma anomalia pulmonarr sobre<br />

ra qual nã'o nos podemtos arin'da<br />

1<br />

pronunci'ar e que não devem necessàrira,merrte<br />

ser hospita•lizaJdos num<br />

serviço de tisi•ologi•a. Não há, parece,<br />

gm'nldes !dificuldades pana encontrar<br />

uma solução paTa es·tes problemas;<br />

o •ex·emp1o é draldo pel 1 os hrospitais de<br />

criança's tem qu:e há um pavilhão de<br />

«suspeitos» onde ·os doentes permanecem<br />

·aniles de s·erem· diagnostitoardos<br />

com preo1sã•o. Ex.aminados nesta ordem<br />

sdecrbi<strong>VI</strong>a particul'a•r, ·os cuidados<br />

seriam melhor disrbribu~dos e mais fáceis,<br />

•a higiene dos looais seria mais<br />

bem observrada, a ·con't'aminação hospitalar<br />

eventua·l seri•a suprimida e<br />

seria ~ei·ta uma boa preV'enção para<br />

o doente. Os serviçoo soci•ais anexos<br />

podeDiam im•edila:tJamente •entflar em<br />

a'cção paPa procumr o lugar- adequado<br />

para esta ou aqueLa categoria<br />

de .doentes.<br />

c) A prevenção das recaídas nos<br />

antigos doentes- Até •aqui ocupámo-nos<br />

apenas da prevenção da tuberculose<br />

- doença ai'nlcloa não reco-<br />

nh.ecda - ou, mais e:xJarcllarrnente, do<br />

s


I<br />

,,<br />

I<br />

,1<br />

ii<br />

A eotttabiliza~âo dos dotaaf.ivos<br />

em ~énet•c.s<br />

«Do ex•ame dos orçamentos de ·muitas im;·~~tuiçõ.es, conjugado com as<br />

capi1:ações obtidas na secção de ·estatística, ressa•lta por vezes manifesta disparidatde<br />

entre o número de assistidos ·e os dispêrrd~os constantes dos mesmos<br />

.orçamentos, o que deve atribuir-se ao fado das refleridaos inSJtituições não orçamentarem<br />

os donativos em géneros, nem os produtos das suas explorações agrí­<br />

.coltas ou .agm-pecuárias, que são ·oonsum~das nas próprias instituições.<br />

Desta omissão resu~ta uma visão m.enos exacta do movimento económico<br />

.das citadas instituições, que a•carretam pa•ra das própri1as prejuízos, cifmdos<br />

num mai•s reduzido auxílio do &.tado. É que para a fiXIação deste as entidades<br />

que apr·eciam a sua situação finarrceira, têm na•tura•lmertte que ·estabelecer compar-ação<br />

en1:t


Cuidados de eJtfe•·•na~em<br />

·t·i••o-lat•i•t~olo~ia<br />

e1n oto­<br />

Pelo Enf." ANTÓNIO ANDRADE<br />

1-A SURDEZ POR OBSTRUÇÃO DE ROLHO DE CERúMEN<br />

-SEU TRATAMENTO<br />

k<br />

Como se sabe, 'a surdez é a diminuição da percepção<br />

normal dos sons.<br />

,# O iníóo da surdez faz-s•e em g'eM'l por três fo1rmras:<br />

à = ~ Insildiosamente - ·O doente dirfici·lmente precisa<br />

quando •começou.<br />

Brusca·mente- a1o ·erguer-s·e da cama ou td·epois de tomaT banho.<br />

Brusca ou ràpidament!e- mas é arcompanhada de outros sintomas, tais<br />

como dor ( óta1lgi•as), ve.rting·ens, náuseas ·e vómitoo.<br />

O greu de su11dez é vtariável e vai desde o ligeil'o défirc~t auditivo •até à<br />

sUI1dez comp~et>a ou quaee ·completa.<br />

Pode ra.tingir um só ouv~do ou os dois, quer SlimuJ.tanea ou sucessivamente.<br />

A abol'ição tota'l da •auldição é den.omlin1ada OofoSte.<br />

O Apa1J.1e'lhro Audiómetro, determina com rigorosa ex'a!Ct~dão o grau de<br />

surdez do mdi.viduo, registando no gráf,~oo por escail!a pr6pvi:a, esta anomalria,<br />

estudo qUJe se denomina Ex1ame Audiométrico.<br />

Este aparelho e os gráficos são em tudo ~dênt!ioos aos usados parn exames<br />

de Electro-awdi~mmas.<br />

Na maior parte das vez·es, o doente oom sUl'dez apresentla-&e ao Médi·co<br />

queixando-se que insurdeceu 'bruscamente, muitas vezes rde manhã ao fazer a<br />

«toilette», ]a'<strong>VI</strong>ando ras orelhas, tomando banho ou depois de ter limpo o can•a'l<br />

auditivo com o •oondenável gancho.<br />

Noutros casos, •notou que ·começava a ouvilf menos há já a ·lgum tempo<br />

e bruscamente a slll'dez a'lllment>ou muito.<br />

T·anto num, como noutro caso, é frequenltle queiXJar-s•e que a voz lhe faz<br />

eco dentro da oaibeça e que se sente estonteado, fenómeno denominado<br />

Autofoni!a.<br />

O Médico, quando é asSiilm o caso, ,dia~nosltircará: rdl!ho de cerúmen. obturante.<br />

Prooeda à Lavagem auflicular.<br />

Oomo se formou o rolho de oerumen ?<br />

Como deve o enfermeiro proceder à }a!<strong>VI</strong>ag·em a!Uni.cUil.ar?<br />

14 HOSPITAIS<br />

É do que nos vam·os ocupa·r ·em seguida.<br />

A p e1e do conduto auditivo •externo cons•tirtui-se de numerosos folículos<br />

pilosos, glândulas sebá·ceas e surdoriperas. No estado normal, as secreções<br />

destas glândUJl'as fleaEzam-·s•e modernam·ente e a sua •constituição é semi~fluída.<br />

0 rexa~ero desta s•eopeção determi,na a 'aCU'ffi'\.ll~ação do rOerúmen, tloma101do-se •em<br />

rolho que, p or sua V'ez, a•oruando como vevdadei•ro ·tampão, li'mpede a saída da<br />

seoreçã.o, aumentando-a.<br />

Há oema de do~s sécu1os o •c·erúmen dos ouvidos ena ,c·cmsJ~d!eraldo como<br />

remédi•o poderoso e sobenano •contra ·as pi1cada~,;; do es•corp•ião, consoi~diava as<br />

feridas •e curava as fendas da pel,e.<br />

Acontec.e que o tlampão de cera é muito higmmét:rirco (inchia demasiadamente<br />

com a presença da humlirdrarde), provocando 'assim o seu hiper-!aumento<br />

e a consequente SUl'dez -a sua consistência vtaria, pod!enrdo s,er muito du11a e<br />

ader·enbe ou, pelo contrário, pastosa.<br />

O ·enfiermeiro nunroa dev.e proceder à ·extPacção do rôlho de cerumlen oom<br />

pinça ou ,estilête, •tla.manlho.;; •e ·grave.;; ·são os perigos que es·sas manobr'as podem<br />

ocaSiionar.<br />

Se à primeirra Lavagem o resu~tado fior negJativo, o que é pouco fr.equente,<br />

info:rmar-se-á d ~srso o Médico, que de oerto, orden'ará o amo!1edimento com<br />

GI.iooerma Carbonartada durante um ou dois dias, Jindos os quais uma nova<br />

lavagem solucionará o problema.<br />

Contudo, sem nos mov.er outro interesse que não sejra a S!atisdiação pelo<br />

êxito à pl'imeira }lavagem, ,cont:rarri'a-nos o co111cei1Jo oar111terior, podendo afirmar<br />

que 1ainda não necessit-amos de 11ecorr·er à segUI11d•a lavtagem (Siempre incómoda<br />

pa.m o


gaçada


,,<br />

Máquinas espe cialme nte constru ídas para mútiplos serviços e m <strong>Hospitais</strong>,<br />

Sanatórios, Casa s de Saúde e Estabe lecime ntos congé neres<br />

CONTROLE DE TESOURARIA<br />

CONTAS CORRENTES<br />

-Câmaras Municipais<br />

- Doentes<br />

-Fornecedores<br />

-Honorários CJ í n i c os·<br />

-Etc.<br />

CONTROLE DE EXISTE 1 ClA<br />

- Móveis e Utens.ilios<br />

-Artigos de Penso e Consumo<br />

- Material Cirúrgico<br />

- Medicamentos<br />

-Tecidos, Roupa e Calçado<br />

- Depósito de Géneros<br />

-- Materiais para Obras<br />

-Etc.<br />

ESTATÍSTICA<br />

CONTABILIDADE OHÇAMENTAL<br />

CO TAS DE ADMI ISTRAÇÃO<br />

ETC., ETC.<br />

Asseguramos a mais eficiente assistência técnica e mecânica<br />

THE<br />

NATIONAL CASH REGISTER COMPANY<br />

SUCURSAL DE PORTUGAL<br />

LISBOA - Rua Augusta, 146-T elefs. 32482 e 23920<br />

PORTO- Rua deSta Catarina, 312-1. 0 - Telef. 2<strong>29</strong>51<br />

COIMBRA- Rua Ferreira Borges, 79-1. 0 - Telef. 5030<br />

LUANDA - Calçada da Município, 20- Cx. Postal 2<strong>29</strong>8<br />

18<br />

HOSPITAIS<br />

Um aspecto da mecanização dos Serviços Administrativos de um ho&pital, vendo-se uma<br />

máquina National da classe 31 a executar contas correntes e outra<br />

National da classe 41 no controle da tesouraria.


I<br />

Q estwtdo do «easo» Jtas eseolas ltel~as<br />

de ettfe•·•na~e•·n<br />

O estudo<br />

do caso nos<br />

serviços de<br />

enfermagem<br />

é um dos<br />

métodos form<br />

ativos para<br />

a aluna rde ·enfiefimagrem, int roduzid o<br />

laa-garrnente rnas escolas b elgas depois<br />

dta guerra.<br />

Cons·iste no estuklo aprofuntda1do,<br />

por parte da a luna, d e um doente,<br />

considerado como p essoa, isto é,<br />

tendo e m c·onta não áp'enas a sua<br />

d oença era cura de que necerssri·ta ma~,<br />

acima rde tudo, os factores (famirliares,<br />

sociais, psicológicos) qu e influencirarm<br />

o s·eu eSJ1Jado dllllante a permanên'Cia<br />

no hospitatl, e ·que podem modifioar<br />

o seu fUJturo.<br />

Origem deste método:<br />

Veio da Améri,oa.<br />

Cons?tui uma reacção contra a<br />

desumanização pTo.fissionarl que anteriormente<br />

a·oompanhiaVla o rápido e<br />

contínuo progresso e desenvolvimento<br />

da estrutura técnica das instituições<br />

hospita~afles, à medida que nelas se<br />

muJ}tiplrioaVlattn os serviços es.peciatliztatdos.<br />

20<br />

Por !RIS P o PPI<br />

(Graduada pela Escola S uperior de Monitoras -<br />

Lovaína)<br />

As enfermeiras cujo número não<br />

aumenta'<strong>VI</strong>a 'fila p roporçã.o das exrigêncitas<br />

t écnitcas e da multiplicação dos<br />

serviços t inham de adaptar-se, de<br />

quatlquer forma, 'a esba si'tuta ção,<br />

estandardizando o seu tPabalho, segundo<br />

as reg-ras d o trabalho indus ­<br />

tri,al.<br />

Porém , porque o homem, o doen te,<br />

não é u m objecto que possra ser manipulado<br />

indep endente nas v ári'a~ pa·rtes<br />

que oon:stituem a sua pessoa, mas é<br />

um todo que exi-g.e ser conhecido, respeitado<br />

e servido como 'bai, as consequ<br />

ências de uma a'ssistência assim<br />

profundamente desn'atuflada, bem depressa<br />

se fizerattn sentir no espírito<br />

e na m ren:ta'lidratde das ·enfermeirns, as<br />

,quais, com demtasiada rapitlez, vieram<br />

a p erder a caridade e o sentido do<br />

humano, em relação aos s·eus doentes,<br />

preocupadas e sufocadas pela técnica.<br />

Foi por iss'O que nas escolas americarnas<br />

de enfermagem se introduziu,<br />

há já allg-uns anos, o estudo do «caso».<br />

E x>arninrando os printcípios a·cima expostos,<br />

é fácil av,aiJ.1rar a importância<br />

e o significado deste estudo: obrigará<br />

a a'luna a observar o doente e não a<br />

doença.<br />

Esse estudo prepa,rá-1a-à parn<br />

aquela orientação psico-somática e social<br />

Ida rrneditcina, que todos hoj'e con-<br />

HOSPITAIS<br />

sideram essenci'a1 para respon!der às<br />

reais exigências do home m.<br />

D esde o infci;o Ida última guerra,<br />

pouco 'a pouco, foi e s


exig•e tempo e qUie poderá perturbar o<br />

regular andamento Ida escola.<br />

4) O obstáculo ma•is impor1lante<br />

é oa necessidalde de rotaçã·o das a•lunas<br />

pelos vários serviços que poderá impedir<br />

oa •cada •UJmla delas o estudo detalhado<br />

dos «lcasos».<br />

T•ddas esba's dificuldades impõem<br />

necesàri,anren1le •limitações à ap:li'cação<br />

des1le métcdo. Em pa~r1le, são devidas<br />

à es•truhllia •e organização da es•cola,<br />

mas •em g11ande medildia podem ser<br />

suP'eratdas com bom sens-o e com adequada<br />

pfleparação do pes·soal de ·ensino.<br />

Esquema para o estudo do «caso»:<br />

O estudo do «caso» pode fazer-se<br />

em sentido vertical ou horizontal. No<br />

primeiro oaso, o estudo será feito<br />

sobl'e um doente, s1eguido durante<br />

todo o perí•odo do s·eu irnternamento e<br />

a·1lé d'epoios de'le, através dos serviços<br />

externos do hospi1>al. No s•egundo<br />

oa•so, 1ao contrário, o e11tudo toma por<br />

obj·edto uma manifestação mórbida da<br />

qua~ se refere simultâneamente em<br />

várias doentes as fases de desenvolvimento,<br />

a'daptJando individualmente a<br />

assistência.<br />

Dou a seguir um exemplo prátioco<br />

de um trabalho sob11e o estudo do<br />

«caoso», •em serrbido ve.rti'V'al, prrepaflado<br />

duran1le :a minha permanência<br />

em Lovaina:<br />

Serviço de maternidade:<br />

Enfermeira-•chefe X<br />

Professor X<br />

Doente di1abéti·ca, gestante do<br />

oitavo mês, pro~eni1ente da clínica X.<br />

1) Descrição das condições psicológicas<br />

na altura de entrada;<br />

2) Posição familiar<br />

3) Condições económico-social<br />

4) Quadro clínico:<br />

a) exame geml<br />

b) exame obstétrico<br />

c) ana.mnlf$'e.<br />

Começa-se logo o diário da doente<br />

que tem de ser submeti1da a uma intervenção<br />

de urgência (•oes1arianoa).<br />

No diário toma-se nota de todas as<br />

fas·es da doença no hospi:ta'l (desde a<br />

a•ceit:ação, à entrada na sala de operações,<br />

ao acto opera'tório e ao período<br />

post-operatório).<br />

A aluna ·deve registar não só de<br />

forma concis•a mas Clara e comp'letoa. a<br />

de:;;•crição minuciosa de tudo aquilo<br />

que à doente sej1a feito, do ponto· de<br />

vista méclúco, assistencia•l e moml, mas<br />

FÁBRICA DE BORRACHA «MON­<br />

SANTO», L.da- Borracha : - Anilhas,<br />

botões «Sanitas», guarnecimentos<br />

de rodas de marquezas, juntas<br />

«Unitas», pontei·ras para bengalas e<br />

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tapetes para lavabos, tubos<br />

de irrigador, tubagem dhnersa, válvulas<br />

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bidets, revestimentos, passadeiras e<br />

ca11petes em todas as dimensões e<br />

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-Tels.: 73520-71052-71053.<br />

expHcar ainda o·s rrrotiv9s e anO'taor as<br />

reacções o>bserv·aldas .no marido -e na<br />

doente, nos di·as 'em que eles atravessam<br />

uma fase tão •dclioatda e importante<br />

pa.m a sua vida matrimonial.<br />

Depois de doze di1as de internamento,<br />

a doente tem o parto, a<br />

criança prematura parssou a ser tra-<br />

1latda no hoopital e a ob-s'ervação do<br />

«casm> prossegue de mo'do menos contínuo,<br />

m1as constante, até que a<br />

cruança volte à famí1ia.<br />

Atr:avés do ·estudo deste caso de<br />

gr•avidez complicada por uma diabetes<br />

gravre e .res-Oilvidla, antes do s.eu<br />

termo nlatural, por uma intefV'enção<br />

opemtóri•a, a a'luna terá de usar as noções<br />

div·ersas adquiridas nas vá1'ias<br />

discip'l·inas teóricas. Por outro lado<br />

teve ocasião de considernor e avaliar as<br />

rearcções e repercussões psíquicas e familiares<br />

·de um caso tão ·complexo de<br />

maternidade.<br />

HITZEMANN & C.",<br />

L.da - Representantes<br />

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-22136. Telegramas : Agia- Foto-<br />

Porto.<br />

Cpnclusões:<br />

O tmba1lho, uma vez completado,<br />

não deve ser remetido pela a'luna à<br />

di~ectora pla'I1a dassificação, mas srim<br />

apresentado e ilustrado de viva voz<br />

perante todo o ·curso e •eventlU!lmente<br />

diS1CU'tido e aprofundado.<br />

Daqui resuJta claramente quão<br />

complexo e completo é o exercício do<br />

estudo do «·caso» e que útil contributo<br />

fornece par:a a formação da•s enfermeiras<br />

que não sejam executoras<br />

muito habeis das 1:1écni·cas assistenciais.<br />

A m~m me paflece que, -embora<br />

tomando •em coruba a necessária adaptação<br />

Ide ta'l método à personalidade<br />

das nossas alun~as-enferomeiras e à<br />

situação Pea'l das noss•as escolas e dos<br />

' nossos hospitais, s:e podenia introduzir<br />

com Vlanta·gem o es·tudo do «caso» na<br />

formação das alunas itaEanas.<br />

(Transcrito da revista «F'e'de e Professione»,<br />

do mês de F1evereiro de <strong>1954</strong>).<br />

Compr•e os seus fatos e os seus vestido-s<br />

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22<br />

HOSPITAIS<br />

PORTUGUESES<br />

23


A leal vila de l1isa esteve e1n festa<br />

No dia 21 de Feverciro p. passado, foi lança'da a primeim peclr,a para a<br />


ll..<br />

'"<br />

T emos o gosto 'de publ~ ca r o esquema •da lição-palestra, p roferida no<br />

di ~a 2 de D ez.emlbro de 1953, pelo Profiessor Dr. José Madel Fortes na Escola<br />

de Enfermagem do H ospita•l de Santo António. Este teSquema, só por si, constitui<br />

um magnífico traba•lho que ~aqui ofepecemo\S •aos nossos lcitores.<br />

O desenvolvimento desta lição-palest ra, assentou sobre dois p ontos:<br />

1) Segundo um critértio especul,ativo, adentro de um a doutrinação geral ;<br />

2) SegUind o um ·critério ·e~positivo , adentro do di,reito p ositivo social.<br />

I<br />

D eifinjda a Sociologia oomo o estudo da vida social, foi •ap ontada a vaTiabi.lidad<br />

e dos conceitos, até se frisar a circunstância de a·inda 1alguns autores<br />

consi:derarem a sociologia como uma síntese de· tod•as as ciênó as sociais.<br />

F risou -se a circunstância de os sociólogos diV'ergil'em quanbo, e principalmente,<br />

à definição, tendo sido apontadas as def~ n iç õ es de Snedden , de Gi:ddings,<br />

de Simmel ,e de Posada, aceitando-se, provisol'iamente, a definição de considerar<br />

a Sociolo g~a como a ciência dos factos ou dos tenómenos sociais. E tendo-se<br />

procurado circunscl'ever o object o da Sociologia indi


li<br />

Instituto Maternal, Instituto de Assistên6a aos Menores, Instituto de Assistência<br />

aos Inválidos •e o da R,epressãü da Mendis<br />

da Assistência Social e 'do Serviço Socia'l, no seu aspecto eminentemente sociológko,<br />

fornecendo-se para tanto aos alunos os .conhec'imentos 1 ~ndispensá v eis,<br />

pa~a que os futuros enfermei'l'os pudessem colher, na vida prática, van'i'agens<br />

-reais quanto ao 'eJCercíoio da ;actividade profissi·onal, havendo todavia o cuidado<br />

de fug-ir, tanto quanto possív·el .às teorias e às abstracções, bem como aos prin­<br />

.cípios doutrinár1os de dif~cultosa 'compreensã'o 'e às ·definições complex•as. Esta<br />

lição terminou pela afirmação de que •esta questão didáctica carece de profundo<br />

estudo e de dilatada meditação, tendo •em Portuga•l de ser muito ponderada se<br />

atentarmos a 1 o modesto níve l .cultural dos candidatos à enfermagem, dentl'o do<br />

actual instante e dadas as 'POSsibilidades do ensino enfermáti'co entre nós.<br />

Sa1ata Casa fia Mise•·ieórdia<br />

do F••••eltal<br />

O relatório da g•erência de 1953, apresent>ado pel


ilssoeia~áo<br />

Bel~a<br />

e a eo•atabilidade<br />

tle<br />

de<br />

UOSJ)itais<br />

resttlt.ados<br />

I<br />

I<br />

Segundo in~orma o nosso confrade « L'hopital »,<br />

órgão da Assrodação Belga de Hosprtaqs, -a assemblei1a<br />

geral dle:Sibe organis.mo, -reunida 1 em Bruxe:ltas, em Dezembro<br />

últiano, paTa estudar os pmcessos de gestão dos hospitais<br />

franceses, decidiu envia•r ao Ministro de Saúde<br />

Púbhoa e da Flamítha a moção seguinte:<br />

«Üonsideran'do, no Ciampo n'acion>ail, >a crítica situação<br />

finail!oeira que a travessam as instituições púMic>as e<br />

1<br />

priVladas, por moti~o das ldestpesas resultantes do reanmamento<br />

hospita1a


II<br />

(~ Acolfiltere lfilO§<br />

I<strong>Hospitais</strong> •.. )<br />

O homem-avestruz comeu os<br />

lençóis da cama do hospital<br />

onde o ·operaram .. .<br />

Os anémicos. poderão tratar-se<br />

com eficácia aspirando vitaminas<br />

B-12 em pó<br />

Uma operação de apendicite<br />

revelou a existência de um<br />

homem vestido de mulher ...<br />

O caso passou-se há pouco no<br />

hospital da Miseri,córtdi'a de AV1eiro,<br />

oncl!e aparec-eu, pia!fa \SeT operado da<br />

apen 1 dkite, um indivíduo que pa:reiCira<br />

S'er do sexo femin:ino, que dizia · ter<br />

19 •anos ·e chaoma.--se M•ari1a Adelaide<br />

Soa'fles N eto. Tinha cabe1eim em fa1'­<br />

tas tranças e OS'tentava brincos nas<br />

orelhas. O enf-emneiro sr. Eugénio<br />

Santos, prep1arou o doente para a operação<br />

·e foi em determilllilda altura<br />

desses prepa·raltiO<strong>VI</strong>OS que ficou atónito<br />

ao V'erifi:car que a «rapari!ga» era homem.<br />

Os médi·c-os, que se •encontra­<br />

V1am ona sa1la de operações, foram chados<br />

pelo enfierm'eiPo e v·erifiocaram que<br />

a Marira Adelaide era, de facto, um<br />

homem sem qualquer anoma•lioa.<br />

-Como se chama ? -perguntata1'am"'lhe.<br />

- M,a.óa Alde1aiode Soares Neto ...<br />

Como a operação de apendicite se<br />

impunha, os médilcos procederam à<br />

intervenção e, dias depois, proce deram<br />

a um 'breve inquérito. O rapaz<br />

que s•e averiguou ter 27 e não 19 anos,<br />

disse que desde pequeno, não conhecem<br />

outros trajos senão os femininos.<br />

Andou sempr·e assim v:estido porque<br />

era o desejo de seus pais.<br />

Os médicos resolveram então cor-<br />

32<br />

~ar-lhe o cabelo e vesti-lo com trajos<br />

masculinos. E o mais c-urioso é que,<br />

de uma mulher pouco atr.aente, surgiu<br />

um r.apaz simpático e com boa figura.<br />

De ta•citumo ·e pouco fa·l·ador, transformou-s·e<br />

numa P'essoa jovial e comunicativa.<br />

Sua mãe, que reside no lugar<br />

de S. Bema11do, do distrito de Av-eiro,<br />

ao saber do «incidente», limitou-se a<br />

dec'l,arar com uma certa tristeza:<br />

-Deixem-na esta•r como «·e[a»<br />

está ...<br />

Ba'f'eoe que este estrnnho -caso teria<br />

sido motiv.a'do pe1o desejo que os pais<br />

tinham de evitar que seu fiaho. .. fosse<br />

para a 'tropa. Emprega·ram--no desde<br />

os 15 anos em serviços domésticos.<br />

Ultimamente, a «rapariga» serviu em<br />

vária's oaSias parti•cu'l.a.res. Agora,<br />

quando lhe perguntJamm se nunca<br />

havia sido cortej:aldo, disse que sim,<br />

mas que repudiou sempre namoros.<br />

A falsa Papariga não rev-ela a menor<br />

•afectação feminiil'a e parece um<br />

homem normal.<br />

A repartição do Regi·sto Civil está<br />

a organizar um processo pa-ra efeitos<br />

de mudança de nom-e e ... de sexo, não<br />

se sabendo ai-nda o novo nome da M -aria<br />

Adelaide. Os médicos desejaram,<br />

todavia, que o rapaz fosse a Co-imbra<br />

pa-oo ser observado nos hospitais da<br />

UniV'ersidade.<br />

(Diário de Lisboa de 13-1-954).<br />

HOSPITAIS<br />

Ao •entrare:m no quart:o do homem ­<br />

-avestruz- o si'liciano Salvador Scandurra-<br />

depois da operoção que permitiu<br />

eX'ti1aúr do seu estômago vinte<br />

e sete .oanivetes, pregos, uma corrente<br />

e uma porção de outros objectos, as<br />

freir·as da clínioa, onde é tratado, encontraTam-no<br />

estendido na cama, sern<br />

1ençois, nem 'Cobertores. Atacado de<br />

súbito apetite odeV'orador, o homem­<br />

-av·estruz co~em-os à ·taia de pequeno<br />

almoço ! O sogro recordou, a propósito,<br />

que duranlt:e a ca-mpanha eleitoral<br />

Salvador comeu o volante do<br />

automóvel do ·oandid,alt:o a deputado,<br />

que guiaV'a. «Não po'de passar sem<br />

ferr-agens» -af-irmou.<br />

(Dos jornais diários).<br />

No hospital H enry Ford, de Detroit,<br />

foi descoberto um processo de<br />

aplicar a vi•tamina B -12 •aos doentes<br />

1aotoa•cados de anemia. O tDa.tam•ento<br />

continuo por meio dessa vitamiil'a, domina<br />

efioazmentoe as anem.i!as. Porém<br />

a abso.Ppção ora1 proV'ooa dificiências<br />

di~?;estiva·s e 1JOif'na o remédio inap'licávd.<br />

AldoptQIU-se, po~rtanto, o sistema<br />

de apliocar a .B-12 •em inJecções, o que<br />

resU'l'Í!a não só doloroso ·como pouco<br />

práitioo e dispendioso, pois. exig.e a perrn!anência<br />

'Oonsotante de um díni'co.<br />

Por istio os médi,cos do hospita1 Henry<br />

Fortd Tesdlve.mm pôr os anémicos a<br />

aspiraor a vitamina, sob a fiorma de pó.<br />

e o proc·esso deu os melhoDes resultados.<br />

(Dos jom81i.s diárioo).<br />

Assistência hospitalar ao pessoal da Polícia<br />

de Segurança Pública<br />

P-elo 'al't. 95. 0 do Decreto-lei n. 0 39.497, de 31 de Dez-emb11o último foi<br />

. '<br />

determinado que fiquem a cargo do ES'Í!ado as 'despesas de 'hospitalização do<br />

pessoal da Polícia de Segurança Pública, por acidente ou desastre ocorrido em<br />

serviço.<br />

Foi assim resolvido, a título definitivo, um problema que há bastante<br />

tempo vinha criando s·ituações .embaraçosas e injustas.<br />

PORTUGUESES 33<br />

3


IIi<br />

F<br />

FEDERAÇÃO INTERNACIONAL<br />

Membros e q uotisação anuais<br />

As disposições relativas<br />

aos societários<br />

e às quotizações<br />

anuais estão expressas<br />

nos artigos II e<br />

X dos Estatutos que abaixo reproduúmos.<br />

As quoti21ações anuais paPa<br />

. cada categori·a de membros, são<br />

actualm.ente as seguintes:<br />

Categoria A (organismos hospitalares<br />

nacionais) -de if: 20 a if: 120,<br />

conforme escala estabelecida p ela Organização<br />

das Nações Unidas.<br />

Categoria B (outras 'associações ou<br />

instituições hospita'lares)-if: 5 Ss. Od.<br />

Categori•a C (in'dividualidades ligadas<br />

a assuntos hospitalares - if: 2<br />

2s. Od.<br />

Catego!fi,a D ( empPesas com erciais<br />

ou industriais) - if: 5 5s. Od.<br />

Viagem de estudo em França<br />

A F edemção Hospit:a~ar tde F ran ça<br />

acaba de concluir o itinerári·o da viagem<br />

d e estudo que d ecorrerá em<br />

França de 16 a 30 de M·aio do ano<br />

.corPente.<br />

Tomando Paris como ponto de<br />

-partida, os participantes terão ocasião<br />

de visitar vários estabelecimentos hospitaLares<br />

modernos, entre os quais a<br />

Cidade Hospita}ar de Lille, inaugurada<br />

em Outubi'o findo, e o Centro<br />

Hospitalar Dujarric-ide-la-Riviere, em<br />

H<br />

DE HOSPITAIS<br />

P érigueux, inaugurado no mês de<br />

Março.<br />

O Capitão J. E. Stone, secretário­<br />

-tesoureiro da F. I. H., foi ultimamente<br />

a Paris, a convite da Comissão<br />

que 'Organizou a viagem de estudo,<br />

para !:ornar conhecimento do programa<br />

definitivo das visitas e para se<br />

entender com os membros 'da Comissão<br />

a eerca das d i-sposições que foram<br />

toma das em atenção 1 ~os visitantes.<br />

As pessoas que desejam pa·rticirpar<br />

nesta viagem d e estudo devem dirigir-se<br />

ao Secretariado da F. I. H ., em<br />

Londres, o mais breve p ossível. Podem<br />

. nela toma r parte, em primeiro<br />

lug·ar , t odos os membros da F . I. H ..<br />

Os pedidos de inscrição por parte da s<br />

p essoas ·estranhas à F . I. H. serão aceites<br />

no caso do número de lugares disponíveis<br />

o p erm itir.<br />

Notícias<br />

- O Dr. R. de Cock, P residente<br />

da Associação B elga de H ospit ais, foi<br />

nomeado membm do Conselho de<br />

Direcção da F . I. H ., em substituição<br />

do Dr. R ené S.an:d. O D r. Cock é já<br />

bem conhecido dos membros da F. I.<br />

H. que assistirnm ao congresso realizado<br />

em Londres em Maio findo.<br />

Nessa ocasião, ele apresentou um relatório<br />

extremamente interessante sobre<br />

o papel da medicina preventiva nos<br />

hospitais.<br />

lST~l()T()Mif()~<br />

UM<br />

NOVO PROGRESSO NA QUIMIOTERAPIA DA TUBERCULOSE<br />

Isonicotilhidrazona de Estreptomicina<br />

equivalente a<br />

lsoniazida.<br />

Estreptomicina .<br />

0,236 gr.<br />

1 gr .<br />

e Os dois mais activos medicamentos antituberculoso&<br />

numa única fórmula.<br />

e Aumento de eficiência por sinergismo<br />

medicamentoso.<br />

e Grande redução do número de estirpes<br />

resistentes.<br />

«Um ponto está esclarecido com clareza: nenhuma das drogas<br />

eficientes presentemente conhecidas deve ser usada isoladamente.<br />

Elas devem ser normalmente usadas em combinações que se sabe<br />

limitarem o aparecimento de estirpes resistentes•.<br />

Advances in the treatment of respiratory disorders Pulmo·<br />

nary tuberculosis.}. G. Scadding. The Pracitioner - Out. de 1953 .<br />

LABORATÓRIO SANITAS<br />

34<br />

HOSPITAIS<br />

P OR TUGUESES 35


M §<br />

MUNDIAL DE SAÚDE<br />

Enfermagem )<br />

Constituição da O. M. S.<br />

. Os Estados que par-<br />

({ i\~ ticipam nesta Consti-<br />

~ i ltituição declaram, de<br />

~~ •<br />

acordo com a Carta das<br />

Nações Unidas, que os princ1p10s seguintes<br />

são a bas·e da fieli•cidade dos<br />

povos, de suas relações ·amigáveis e<br />

de sua segu~ança:<br />

A saúde é um •estado de completo<br />

bem-esta~ físico, mental e social, e não<br />

consiste só na ausênci·a da doença ou<br />

enfermidade.<br />

A posse do melhor estado de saúde<br />

que é capaz de a·tingir, constitui um<br />

dos ·~eitos fundamentais de todo o<br />

ser humano, qualquer que seja a sua<br />

mça, sua religião, opinões políticas,<br />

condição económica ou social.<br />

A saúde de todos os pvvos é uma<br />

condição fundamenta'! da paz do<br />

mundo •e da sua segurança; ela depende<br />

da mais estreita cooperação<br />

entre o indivíduo e o Estado.<br />

O resultado atingido por cada Estado<br />

nv melhoramento e na protecção<br />

à saúde são preciosos para todos.<br />

A negligência dos países no que<br />

vespeita ao melhoramento da saúde e<br />

na luta contra as doenças, em particular<br />

das doenças contagiosas, é um<br />

perigo para todvs.<br />

O desenvolvimento são da criança<br />

36<br />

é duma importância fundamental ;<br />

aptidão para viver num meio em<br />

plena transformação é essencial a este<br />

desenvolvimento.<br />

Levar a todos os povvs o benefí·cio<br />

dos conhecimentos adquiridos pel1as<br />

ciências medicinais, psico'lógicas e outras<br />

é essencial para atingir o mais<br />

alto gmu de saúde.<br />

Uma opinião pública esclarecida<br />

e uma coope1·ação activa da sua parte<br />

são duma importância capita•l para<br />

melhorar a saúde dos povos.<br />

Os Governos têm a responsabilidade<br />

da saúde dos povos que governam;<br />

des não podem fazer face a esta<br />

obrigação senão adoptando medidas<br />

sanitárias ·e sociais apropriadas.<br />

Aceitando estes princípios com o<br />

fim de cooperar com e les e com todos<br />

os outros destinados a melhom'f e<br />

proteger a saúde dos povos, as partes<br />

contratantes ·aderem à dita Oonstiteuição<br />

e reconhecem a Organização<br />

Mundial de Saúde como uma instituição<br />

especializada nos termos do<br />

art. 57. 0 da Carta das Nações Unidas.<br />

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excursões. -Almoços e jantares<br />

HOSPITAIS<br />

111ilita•ate da saítde<br />

De 1 a 13 de Abril comemora-se em Portugal e em<br />

todo o mundo o centenário de Florence M ystingale. O «dia<br />

mundial de saúde» que a O. M. S. fixou para sempre em 7 de<br />

Abril destina-se no ano corrente, a chamar a atenção do<br />

mundo para a importância da missão da enfermeira e para<br />

a necessidade de ampliar o seu recrutamento.<br />

Em Lisboa foram proferidas conferências alusivas pelos<br />

Doutores Costa Sacadura, Frazão Nazareth, João Porto e pela D. Maria da<br />

Cruz Repenicado Dias.<br />

Em todas as Escolas do País se re·alizaram sessões de propaganda. Pela<br />

nossa parte, queremos associar-nos às comemorações, publicando uma fotografia<br />

que há tempos vimos numa revista americana. Trata-se de um carro alegórico<br />

que entrou num cortejo de propaganda de enfermagem e que tem este expressivo<br />

dístico: «Ser enfermeira é caminhar com Deus».<br />

PORTUGUESES 37


li<br />

li<br />

I ''<br />

I"<br />

Alojamento da enfermagem<br />

No nosso último número fiz·emos<br />

ligeira referência às preocupações de<br />

todas •as administrações hospitalares,<br />

no que respeita ao alojamento do pessoal<br />

de enfermagem.<br />

Pa•ra bem se ava·liar o cuidado que<br />

a este problema é dispensado ·em todos<br />

os países, permitimo-nos acrescentar<br />

às informações que 'demos no<br />

nosso último número, mais duas:<br />

Na Alemanha foi construído na<br />

«Kinderk,linik St. Hedwig» um pavilhão<br />

especialmente 'destinado •a a•lojamento<br />

de enf·ermeir·as.<br />

Na Ir'landa, o hospita•l Mater Misericordiae<br />

fez construir um novo pavühão<br />

para enfermeiras, com a capacidade<br />

de 239 pessoas.<br />

Concurso para enfermeiros­<br />

-chefes<br />

Nos <strong>Hospitais</strong> da Uni•versida:de de<br />

Coimbra está aberto concurso para o<br />

preen•chimento de vários lugares de<br />

enfermeiros - che ~es . A escolha será<br />

feita mediante pr·estação de provas<br />

teóricas e práticas.<br />

A enfermeira de saúde pública<br />

«As primeiras vitórias da Enfermeira<br />

da Saúde Públi·ca foram ganhas<br />

no campo da luta contra a morta'lida'de<br />

infantil. Na Bélgica, por exemplo,<br />

ao passo que os médicos não<br />

introduziram novos métodos de prev·enção<br />

de doenças da criança entre<br />

os anos de 1920 e 1935, a mortalidade<br />

infantil diminuiu 42 % e .p número<br />

de óbitos devido ao sa·rampo e à es­<br />

·carlatina nada menos de 89 %».<br />

(Dr. René Sand).<br />

Enfermeiras no mundo<br />

Uma portuguesa: É de Lisboa e<br />

chama-se Maria Tito de Morais. É<br />

•conselheim do Governo Sírio· palf'a os<br />

assuntos de enfermagem, desde 1951.<br />

Com os técnicos do Ministério de<br />

Saúde colaborou nos planos de desenvo~vimento<br />

Idos serviços sírios de enfermag·em.<br />

Organizou escolas de enfermagem<br />

e residências de alunas,<br />

melhorou hospitais, preparou regulamentos<br />

sanitários: honrou •a sua pátria<br />

e a sua profissão.<br />

Uma australiana: Chama-s·e Jessie<br />

Abrahams ·e foi destacada para as Filipinas,<br />

a fim de treinar enfermeiras<br />

de obstetrída. Miss Abrahams foi<br />

Instrutora de Obstetrícia no Hospital<br />

Rei Jorge V, em Camperdown (Nova<br />

Gales do Sul).<br />

Uma holandesa: Faz parte da<br />

equipa de Higiene Materno - Infantil<br />

em Karachi, na qualidade de parteira<br />

do distrito. Chama-se Willy Maters<br />

e tem vasta experiência fora do seu<br />

país natal, tenldo trabalhado na Indonésia<br />

e na Inglaterra.<br />

LACTICÍNIOS DE AVEIRO, L.da<br />

-Produtos Vouga- Sul: Manteiga,<br />

Queijo, Leite Pasteurizado.<br />

Escola de Enfermagem<br />

Dr. Ângelo da Fonseca<br />

As alunas da Escola de Enferrmagem<br />

Dr. Âng.elo da Fonseca, que funciona<br />

nos Ho:;;pitais da Universidade<br />

de Coimbra, promoveram, no di·a 8 de<br />

M•arço, a sua festa ·anual, te ndo ouvido<br />

missa na capela dos H. U. C ..<br />

Seguiu-se a cerimónia de imposi-·<br />

ção das roucas, à qua~ assistiram o<br />

Prof. João Porto, o corpo docente da<br />

Escola e os funcionários superiores.<br />

A festa terminou com um•a merenda<br />

oferecida pelas alunas ao pessoal<br />

dos <strong>Hospitais</strong>.<br />

Escola de Enfermagem<br />

de S. Vicente de Paula<br />

Na Esco1a de Enfermagem de<br />

S. Vioente de Paufa, em Lishoa, realizou-se,<br />

com a presença do Subsecretário<br />

de Estado da As•sistênóa, uma<br />

sessão solene para distribuição de diplomas,<br />

insíg1ni•as e braçadeiras às<br />

enfermeir.as e auxiliaTes sociais que<br />

concluíram os resp'ecti'V'Os curs·os. Na<br />

mesa tomaram lugar, a1lém daquele<br />

membro do Governo, ·os srs. arcebispo<br />

de Cízico e Dr. Mag.a•l'hães Cardoso.<br />

A sr.a D . Maria Ermelinda Sarafana,<br />

monitora da escola, falou do<br />

papel da enfei'l'Ileira e do seu dever de<br />

trabalhar para Deus e para a Pátria.<br />

Escola de Enfermagem<br />

· Artur Ravara<br />

Pel'a 'Portari"cl n. 0 14.758, de 13 de<br />

Feverei'l'o pr·etérito foi a>lterado o quadro<br />

do pessoa•l des·ta Escola, permitindo-se<br />

que sejam recrutados monitores<br />

eventuais enlt>re os enfepmeiros dos<br />

<strong>Hospitais</strong> Civis de Lisboa e fixando­<br />

-lhes as resp·ectivas l'emunerações.<br />

Escola de Enfermagem<br />

do Telhai<br />

Os bene méritos Irmãos Hospitaleiro:;;<br />

de S. João de Deus, que há muito<br />

crial'am e vêm mantendo, em Algueirão,<br />

a exc•elen>te Casa de Saúde rdo Telha•l<br />

destinado a doentes mentais,<br />

inauguraram um novo edifício para a<br />

sua ·escola de enfermagem.<br />

O novo edifício comporta •air1da 12<br />

quartos, duas amplas enfermarias e<br />

um magnífico bioco operatório.<br />

Escola de Enfermagem<br />

Dr. Assis Vaz<br />

1-Por Portaria n. 0 14.719, de 23<br />

de Janeiro pvetéri'to, do Ministério do·<br />

Interior, foi cri•ada, na cidade do<br />

Porto, a Escola de Enfel'magem Doutor<br />

Assis Vaz, que se regerá, como<br />

escola oficia1, pelas disposições aplicáVTeis<br />

do D ecreto-lei n. 0 38.884, de 28'<br />

38<br />

HOSPITAIS<br />

PORTUGUESES<br />

39


Vagas para enfermeiras<br />

de Agosto de 1952, pe1as do regulamento<br />

que faz paJ"te integrante do<br />

Decreto n. 0 38.885 da m'esma data,<br />

,e ainda p elo seu regulamento privativo<br />

aprovado op0!.'1:tmamente.<br />

2- F oi nomeada a seguinte comissão<br />

insta,ladora e atdministrativa<br />

para ·a E~co1a d e Enf:ermagem Dr. Assis<br />

Vaz, do Porto; Presiden te - prof.<br />

dout or António Ide A'lmeida Gan ett.<br />

V ogais, P rof. Dout or H ernâni Bastos<br />

M onteiro ; Dr. D oming·os F errei'fa<br />

Afonso e Cunha, deleg,ado d e Saúde<br />

d o Porto e diPector do Hospital Joa ­<br />

quim Urban o ; Humber>to dos Santos<br />

Caste~o , chefe de secretaria da Matternidade<br />

Júlio Dinis; M aria Madalena<br />

Lopes Taveira, ac tua·! monitora­<br />

-chef.e da Bscola de Enfermagem<br />

Dr. Ângelo da Fonseca.<br />

••• I .ê.<br />

CURIX - P elícula radiog ráfica.<br />

SCOPlX- Para a fotog rafia do ecran.<br />

DENTUS FILM - P ara ra diografia dentária<br />

PAPEL ELECTROCARDIOGRAFO<br />

Material para câmara escura, reveladores,<br />

fi xadores. etc.<br />

Garcez, L.da<br />

LISBOA<br />

A Organização M undia'l .de Saúde emprega mais en ~erme i ras que q ualquer outro organism<br />

o no campo de trabalho internacion al. Actualmente, 140 •enferme1r.as de 22 n acionalidades<br />

dife11entes •encontram-se trabalhando em pmjectos da OMS em 31 países.<br />

Os tipos de trabalho nos quais •existe maior falta de funcionárias são: ·enfermagem de<br />

saúd e pública (V1isitas domiciliárias) inclusive obstetrícia, enfermagem de pediatria e e:nfermagem<br />

médico-cirúrgica.<br />

N a maioria dos casos a enfermeira da OMS faz parte de equipes empenhadas no<br />

desenvolvimento de escolas de enfermagem e centros de adestramento e demonstração, tais<br />

como de proDilaxia Ida tuberculose; ou empenhadas no adestramento de funcionárias para os<br />

centros de higiene matemo-inEantil, etc.<br />

Os requisitos para colocação no campo da enfermagem internacional são muito precisos.<br />

A candidata deve ser enfermeira licenciada e contar com pelo menos um ano de trabalhos<br />

post-gvadua.dos em um dos ramos principais, ou seja, !laúde ·pública, pediatvia, ou<br />

enfermagem médico-cirúrgica. Além disso deve ter tido pelo menos dois anos de experiência<br />

em ,sua especiali'dade.<br />

Cabe mencionar que ex>srem colocações não só para mulheres enfermeiras. Em muitas<br />

reg,iões há falta de enfermeiros que possam preencher estes requisitos.<br />

Além do adestramento profissional, candidatos aos cargos de enfermagem junto à<br />

OMS ou outros organismos internacionais de assistência técnica, devem possuir certos característicos<br />

pessoais e psicológicos importantes.<br />

A qualidade .principal é a flex,ibilidade de adaptação- adaptação a pessoas e situações.<br />

A segunda, qualidade também imprescindíV'el, é um sentimento de verdadeiro amor<br />

pela humanidade. O desejo de modificar e melhorar a condição alheia não é suficiente.<br />

A saúde e o bom humor são também atributos indispensáveis à ·enfermeira da OMS.<br />

40 HOSPITAIS<br />

Hospital Militar Regional N.o 1<br />

No Hospital Milit a·r R egiona'l n. 0 1,<br />

do P.orto, fomm 1:ecentem'ente inaugura'das<br />

duas secções d e ·cons'lclt as destinadas<br />

às famHia·s idos oficiais e dos<br />

sarg·enttos, do a'ctivo, 'da reserva e do<br />

quadro de reforma.<br />

As duas novas ·consultas -uma de<br />

P·edi·atria e outra de Obstetrícia e Gin<br />

ecologia - são d irig1das, resp ectivam<br />

ente, pelas Dr.a• Ju dit·e de Lim a e<br />

M aria dos P razeres Lopes Flerreira,<br />

funcionando às terças e sextas-feiras,<br />

às 15 horas.<br />

Inauguração de um Serviço de<br />

Fisioterapia no Hospital<br />

do Barre iro<br />

Com a ass·ist ênc·ia das ·autoridades<br />

loc·ais, médi'cos e Tepresentanrbes de várias<br />

instituições, in•augurou-se no dia<br />

14 de Fevereiro, no Hospita1 da Miser1córdia<br />

do Barreiro, um Serviço de<br />

Fisiroterapia.<br />

O novo Serviço, que será dirigido<br />

pelo Dr. Luaz·es M·eyer, está equipa'do<br />

com •aparelhagem pam u1travio·letas,<br />

infravermelhos, U'ltm-sons, massagem<br />

vibmtória, correntes ga·Ivânicas e diatermia<br />

de onda curta, material que se<br />

acha instalado em seis gabinetes isolados<br />

·e bem iluminados.<br />

PORTUGUESES<br />

Pavilhão-Sanatório Hospitalar<br />

da Covilhã<br />

Oausou viva satisfação a notícia<br />

d e ter sido resolv~do reabrir o Pa vilhão-Sanat<br />

ório Dr. An tónio V.az de<br />

Ma·cedo, 1da Oovi:Ihã. Daldo o conhecim<br />

ent o dos •sef'Viços ·em tempos prestados<br />

por aquele estabelecimento,<br />

foi muito bem acolhida a decisão<br />

g-overnam•enta·l, tomad a a este respeito.<br />

Hospital da Misericórdia<br />

de Montijo<br />

B eneficiou ultimamente de várias<br />

obms o Hospita'l da M isericóPdia de<br />

Monrtijo, cujos s·erviços foram remoddatdos,<br />

deV'endo pr·oceder-se em<br />

breve à .respectiva inauguração. Os<br />

importantes melhoramentos introduzidos<br />

naquele Hospital mereceram do<br />

Estado va1lioso auxHio.<br />

O movimento daque'le ·estabelecimento,<br />

durante o passado ano de 1953,<br />

foi bastante importante, constando<br />

dos seus r·egistos os números seguintes:<br />

Doentes internaldos, 122; dias· de<br />

intemamento, 1008; inscritos na consulta<br />

externa, 1.236; consultas no<br />

Banco, 1.721; intervenções cirúrgicas,<br />

367; tPatamentos, 6.031; injec-<br />

41


[1<br />

li<br />

I<br />

I<br />

ções, 7.499; análises, 1.010; e radiografias,<br />

17 2.<br />

Logo que se comp'}ebe o apetrechamento<br />

do mohi'liário e do material<br />

cirúrgico, cuja despesa 1\Jeve a compa~hcipação<br />

ofici•a1l, Montijo ficará<br />

dotada com um hospital que preencherá<br />

e:s suas mais urg:entes necessidades<br />

de ordem sanitária.<br />

Hospital Subregional<br />

de Cabeceiras de Basto<br />

O «Diário do Governo» ins·eriu<br />

Pecentemente uma portaria que<br />

dec'lara a ut11lidade pÚ!blica e a urgência<br />

de expropri,ação de várias parcelas<br />

de terreno situadas na vila de Cabeceiras<br />

Ide Basto, necessárias para a<br />

construção do Hospital Subregional.<br />

Noutra pol"taria, também publioa'da<br />

no «Diári'o do Governo», é concedida<br />

à Santa Oasa da Mis:eri'córtlia<br />

de Cabeceiras de Basto uma comparticipação<br />

de 650 contos para a construção<br />

do referido estabelecimento<br />

hospita1lar.<br />

Hospital Subregional<br />

de Mogadouro<br />

A nova cO'missão administrativa<br />

da Santa Casa da Misericór.dia de<br />

Mogadouro, ·recentemente empo•ssada,<br />

adquiriu, por c01mpra, uma pa.rc'ela<br />

de tel'fleno com a área de 4.200 metros<br />

quadrados, no sítio 'den·ominado<br />

Ce'r'ca, pela importância de<br />

Esc. 58.800$00, destinado à construção<br />

do novo Hospital Subf'egional da<br />

vila, a levar a •efeito 'com ·a comparticipação<br />

!do Estaldo.<br />

A empreitarda já foi a.!djudi,oada,<br />

devendo as obras principiar imedi·atamente.<br />

Misericórdia de Figueira<br />

de Castelo Rodrigo<br />

A nova Comissão Administrativa<br />

da Santa Casa da Miserkórdia de Figueira<br />

de Cas,telo Rodrigo está a<br />

envidar todo·s os esforços. no sentido<br />

de remodeta,r aqu~la instituição, reorganiz·ando<br />

os seus s•erviços ho-spitalaf'es,<br />

de forma a torná-los mais<br />

eficientes. T·endo aprovado novos<br />

estatutos, espera a aprovação superior,<br />

· pa'l'a proceder à el'eição de nova Mesa.<br />

Hospital Infantil de S. João<br />

de Deus<br />

Os Irmãos Hospitaleiros de S. João<br />

de Deus, cuja Casa-Mãe está estabelecida<br />

em Gran·a:da, Rspanha, inkiamm<br />

em 18 de Fevereiro, ·em Évorn,<br />

um peditório que s·erá extensivo .a todo<br />

o Alentejo, a fa'Vor do Hospital Inf·anti'l<br />

de S. Joã·o de Deus, instalado há<br />

muito em Montemór-o-Novo, tena<br />

da na,turalidade do Santo, e que muitos<br />

serviços tem prestado às crianças<br />

pobres.<br />

A. G. ALVAN- Gatguts-linho e<br />

seda para sutura «Lukens». Rua da<br />

Madalena, 66-2. 0 -D.- Lisboa. Telefone<br />

25722.<br />

·Novo Hospital Subregional<br />

da Régua<br />

A Santa Casa da Misericórdia da<br />

Régua vai pôr a ·concurso a construção<br />

do novo Hospita,l Subregional,<br />

com a base de '}ilc'itação de Escudos<br />

2.400.000$00. O edifício fi.cará<br />

situ·ado ao fundo da Avenida Sebastião<br />

Ramires, senldo constituído por<br />

q'l.l!a1:ro 'andares, comp'O-rtando oi


I r<br />

I!<br />

li<br />

11<br />

1:<br />

li<br />

!<br />

!<br />

IV Congresso Internacional de<br />

Técnicos de Saúde<br />

Paris 15 a 19 de junho<br />

S


("' Notndas do URtramar)<br />

Dr. Augusto Martins Inácio<br />

Foi nomeado subdelegado de<br />

saúde do conceli·rizam os indígenas:<br />

procurou, e conseguiu, m'elhorar as<br />

irnstailações, aumentar o número de<br />

microscapistas e, por m eio de uma<br />

portaria d o Governo da P rovíncia,<br />

isentar do pagamento de impostos to-<br />

dos os doentes de sono dura.nt:Je o período<br />

de tratamento.<br />

A Missão de Estudo e Combate à<br />

Doença de Sono está, pois, a travar<br />

uma ·luta sem tréguas contra a séri·e de<br />

doenças que inuti'lizam os indígenas<br />

para um trabalho ~ecundo indispensável<br />

ao desenvo1'Vimento ·e progresso<br />

da Guiné.<br />

Cabo Verde<br />

1. O movimento do Hospital<br />

Amadeu de Figueir-edo, da cidade de<br />

S. Filipe, Uha do Fogo, Oabo Verde,<br />

durante o ano transacto, foi o seguinte:<br />

consultas, 5.820; injecções,<br />

9.601; tmtamentos e curativos, 10.225;<br />

doentes ·entrados, 415; doentes sa~dos<br />

•com alta, 393; d'a•lecidos, 22.<br />

2. Junto do Hospitial começou<br />

este ano a funcionar uma Mabernidade,<br />

construída em edifício próprio,<br />

inaugurado de 1953.<br />

3. O pessoal técnico de saúde da<br />

Ilha do Fogo é constituído por três<br />

médicos, um dos quais é o de'J..eg•a'do de<br />

saúde, e~ercendo outro a


(~ Notlída.s do Estrangeftm<br />

("!Supnemento ~onómãc~<br />

· ~<br />

,,.<br />

J<br />

Alemanha<br />

U m novo hospital<br />

de p ediatria, com 230<br />

leitos, a «Kinderklinik<br />

St. H edwig», foi construído<br />

em Ratisbonne,<br />

gT.aças à iniciativa d a congregação dos<br />

«Bl:auen Schwestem V'On der b eiligen<br />

Elisabeth».<br />

Arábia Saudita<br />

Foram estabelecid os proj.ectos, na<br />

Arábia Saudita, com vista à constru ­<br />

ção de no·vos •estabelecimentos hospit<br />

alares.<br />

O primeiro esta'bdecimento, um<br />

sanatório, para 220 leitos., será construído<br />

em Taif, após a elaboração do<br />

p lano pelo m édi•co-perito da •empresa<br />

sueoa C. A. W a•Henborg et Fils, membro<br />

da F . I. H. que será 't!ambém tconsultadJa<br />

sobPe o equipamen 1 1:1o médico e<br />

a ·orglaniZ'ação do estabelecimento.<br />

Estados Unidos da América<br />

Em Minneapolis (Minnesota) está<br />

em estudo um proj•ecto que tem em<br />

vista a criação de um grande


()ombnstíveis<br />

(Continuação)<br />

Arualisemos agora cada um dos combustíveis sólidos naturais.<br />

l-MADEIRA<br />

Foi durante séculos o úni,co oombustível uNizado pelo homem. Com.<br />

o desenvolvimento das necessilda1dies ·dle combustíveis perdeu em .grande parte<br />

a sua importânicia.<br />

As fibras da madeira seca, que representam cerca de 9/ 10 do seu peso,<br />

são conS'titu~das por uma matéri>a quimi>camente definida, a celulose. Mém de<br />

celulose a madeir.a possui out:ms constituintes. Um deles, que possui em gf'ande<br />

quantidade, é a água. Quando 'Cortada recentemente o teor em água da madeira<br />

pod.e ir a 50%. Há pois necessidade de a secar, ao -ar norma.rlmente, perdendo<br />

assim água mas üc·ando no ~entanTo ·com 10 a 15%. Completam'ent;e seca, em<br />

estufas, o seu poder caiJ.orífi,co é de 4.500 calorias, mas norma>J.mente, seca ao ar,<br />

ele é de 2.800 a 3.000 oalorias.<br />

As maldei·ms divildem-s·e ·em bmndas e duras. Nas primeiras, qu1e ardem<br />

mais depress•a, temos o pinheiro enquanto nas s·egundas, que desenvolvem mais<br />

ca1or e proporcionam brasa mais duradoura, temos a 'acáda.<br />

O facto de possuírem pequena percentagem de cinzas (1,2 a 2,3%) juntamente<br />

com a ausêncita de enxofre confere-Ihes condições sumamente<br />

favoráveis.<br />

Nôrma1mente aPde com chama longa, o que é bom para aquecimento de<br />

caldeiras e fomail!has.<br />

Verrde-se •conrrentemente ao metro cúbi•co e também à tonel!alda, Vlariando<br />

o peso entre SOO e 800 qui,los por metro cúbico.<br />

A relação entre os pesos de madeira e hulha para ·obter o mesmo efeito<br />

ca1lorífico é, pràti>Oamente, da ordem dos três quilos de madeirn pam um quilo<br />

de huhlra.<br />

Pode ser qUiei.mada em pedaços ou ·em despermci·os (serrim, aparas ou<br />

fitas, etc.).<br />

A turf,a como combustível tem ·apenas interesse loca•l, não só porque os<br />

seus j·azigos tem escassa importância çomparndos com ·os dos restantes crunbustí<strong>VI</strong>eis<br />

fosscis mas também porque o s·eu poder comlbustível e densidade são<br />

tão pequenos que não admitem tmnsporte importante. Resulta da decomposição<br />

dos veg·etais aquátJ.cos nos locais pantanosos. Quando da sua extra'Cção<br />

pode conter •até 85% de humidade. Sec·a ao ar perde bastantle humildade chegando<br />

aos 25%. A sua d1ssecação oomp'leta exigirira a •combustão Ide todo o<br />

oombustível que en'CeiTa.<br />

O teor em cinzas osci'la muito. Quando a turfa é de boa quarlidalde não<br />

tem m'ais dJe 5% de ,cinzas.<br />

O seu poder ca'lorífiico varia entre 300 e 400 calorias desde que o teor em<br />

cinzas não seja superior •a 8% e a humidade não vá além rde 25%.<br />

3-LINHITE<br />

Ocupa o segundo lugar ·entrle os oombusthneis sálidos não só pelo aproveitamento<br />

•a'otuai que de1e se faz 'como pela importânda das t'eservas mundiais.<br />

Em certos países tem g•rande importância como


li<br />

I•<br />

I!<br />

li<br />

1: o<br />

li<br />

li<br />

li<br />

4-HULHA<br />

A hulha é sem dúvida o combustível sól·ido mais impO'rl!ante, tendo em<br />

vista não só o valor das suas r·eserves como o ·Consrumo que del.a .se faz. Err-bo.::a<br />

utilizada há mais de m~l anos g-anhou ~mportância ·com o desenvolvimento<br />

industrial pl'ovooado pela dres.oobert!a da máquina •a Vlapor. De então para cá<br />

o seu consumo veio sempre a crescer.<br />

ResuH:a, fundamentalmente, da decomposição dos vegetais que cresceram<br />

outl'ora no local onde hoje se encontram oo jazigos. É uma massa amorfa,<br />

densa (densidade 1,3), de estrutura fibrosa ou pizarros•a, brilhante ou mate e de<br />

cor pa!Ilda escura a negro profundo.<br />

Por desti1ação seca dá origem ao coque, libertando gases. O comportamento<br />

das hulhas na •coquisação dependie do s•eu teor em betu:mes e da composição.<br />

Quanto mais betumes oleosos ti~ uma hul!ha tanto melhor será o<br />

coque que dela resulta. Por i•sso m •esmo o melhor coque é o que resulta das<br />

hulhas gordas dle ehama curta, chamadas •mesmo hU'llias de coque.<br />

A percentagem 1de humidade de uma hulha depende da sua idade. As<br />

mais antigas oontêm, ao s•a'ir da mina, até 2% da humidade ao passo que as mais<br />

recentes podem ter até 10%.<br />

O tloor em cinz·as é muito Vlariável, podendo, no enbanto, s>e:r I'eduzido<br />

por separação mecâni•ca. Igu>almente é muimento de ,caldeiras e prestam-se tanto para<br />

a combustão directa como para .a g.asificação.<br />

Uma hulha pam vapor dev~e a>presen't!ar as 'carad!erísticas seguintes:<br />

.a) Ser mo'deradamen•be gorda<br />

b) T:er poder ca•lmfi·co eLevado<br />

c) Ter um poder eVlaporatório de ceroa de 7,5 a 8 quiiloo de vapor.<br />

d) A soma das percentagens de cinza•s e humidade deve ser menO'f<br />

que 10 ·a 14.<br />

O carvã.o tal como sa1 da mina reoebe a ·classificação de rodo um. Contém,<br />

em ger.a'l, até 25% de bocados gl'andes. Neste estado não é ind'ioado para a<br />

qUJeima ou gasid:'ioação pelo qll!e s•e pwoede a uma preparação mecâ,ruoa e se<br />

classiüca por tamanhos por meio de crivo. Por vezes é necessá.rio sepam'f as<br />

partes limpas das ricas em •cinz·as pO'f meio de 1ava.gem. Quando o ca'!'Vão foi<br />

não só classificado •em tamanho ma·s ai·nda foi submetido •a esta prepa11ação completa<br />

denomina-se carvão 1avebamente decompost!oo<br />

os veg,etais que lhe del'am origem. Norma•llffieflte é muito dur.a, tem cor<br />

acinzen:bada e só queima com tiT'agem forçada e com chama curta. Tem um<br />

poder calorífico da ordem das 8.800 ca•lorias.<br />

1. Este inverno vicada uma elucidativa<br />

brochura sobre o «Sistema de dassifi.cação<br />

de batatas-semente holandesas»,<br />

que agora passam a ser classificadas<br />

nas classes E, A, B e C, por ordem<br />

decrescente do seu v·alor em função<br />

do grau de selecção.<br />

52<br />

HOSPITAIS<br />

PORTUGUESES<br />

53


Mea·eados Naeio1aais<br />

(~ Concl!.llrsos &Abastedmentos ~<br />

I<br />

ll<br />

I!<br />

I<br />

Salsicharia<br />

A Intendência Geral de Abastecimentos<br />

fixou os 'lucros máximos na<br />

venda de sa•lsicha'fia pela forma seguinte:<br />

15% para a banha e toucinho<br />

gordo; 18% para chour>iço; 30% para<br />

fiambre.<br />

Foi suspensa a venda de banha e<br />

chouriço enlatados.<br />

Óleo de Amendoim<br />

PPeços fixados pam vigorar>em a<br />

partir de 1 de Março na vetl'da ao<br />

retalhista:<br />

Em Lisboa, 12$40. Outvas localidades-<br />

o mesmo, acrescido das despes·as<br />

de transporte.<br />

Batata<br />

O preço de venda ao público, em<br />

mercado 'livre, subiu até 1$50 e 1$60.<br />

Esperemos a nova colheita para que<br />

os preços se recomponham.<br />

Alumínio<br />

Durante os dez pnirr.·eÍiros meses do<br />

ano passado a nossa importação de<br />

alumínio e suas ligas foi de 1.135.804<br />

quüogr>amas.<br />

54<br />

F'omm nossos fomecedores os paí­<br />

Sies a seguir indicados :<br />

kg.<br />

Remo Unido 167.351<br />

Me manha 109.613<br />

Áustria 288.207<br />

Bélgica -LuXlemburgo 122.506<br />

França 136.409<br />

Itálila 80.336<br />

Holanda 35.316<br />

Suíça 168.392<br />

Outra·s ovigens 27.674<br />

Antibióticos<br />

Nos dtez primei•ros meses de 1953, importámos<br />

dos países a baixo enund a­<br />

dos 8.925 qui'logramas de antibiótJiC'OS:<br />

1.000<br />

g. esc.<br />

E. U. da América 5.123.914 12.886<br />

Canadá . 189.710 753<br />

Méxi.co 31.410 127<br />

Dinamarca 83.210 1.120<br />

França 3.143.3<strong>29</strong> 14.182<br />

Itália 201.313 1.211<br />

Holanda 152.600 508<br />

Outms origens 27 1<br />

J . S. AMA R A L - Penacova. -<br />

Solas - Cabedais - Calçado<br />

HOSPITAIS<br />

~<br />

Equipamento<br />

-Até 22 'de Abril está aberto concurso<br />

pela Administração Gera'1 dos<br />

Correios, T•e'l.égrafos e Telefones, para<br />

o fornecimento de Teceptores radioeléctricos,<br />

puxadOTes de fita, máquina<br />

de oaku1ar eléctrioa e torno mecâni:co.<br />

-Até 3 de Maio, pe1a mesma entitda1de,<br />

está a'berto concurso para o<br />

fornecimento de grupos electrogéneos<br />

e dum medidor de intens ~dade.<br />

- Até 4 'de Maio está a'berto concurso,<br />

pela Câmara Municipal de Lisboa,<br />

para o fornecimento de uma máqui'na<br />

de impressão de senhas.<br />

-Até 25 de Maio, pe'la Comissão<br />

Administr·ativa dos Novos Edifícios<br />

Universitários, está aberto concurso<br />

para o fornecimento de aparelhagem<br />

e diverso material par>a equipamento<br />

de laboratórios.<br />

-Até 30 de Abril está aberto concurso,<br />

pe'lo Hospital Esoolar de Lisboa,<br />

paTa o fornecimento de material,<br />

aparelhal?lem, ins·trumentos e mobiliário<br />

clínico para diversos serviços médicos.<br />

-Sem pmzo estabelecido, está<br />

aberto concurso, pelo Hospital Militar<br />

Regional n. 0 2 (Coimbra), paPa o fornecimento<br />

de máquinas de 'escrever.<br />

- Pelo prazo de sessenta dias está<br />

aberto concurso, pelo Instituto Supe-<br />

PORTUGUESES<br />

rior Técnico, pa~a o fomecimento de<br />

um microscópio.<br />

Edificações<br />

-Até 27 de Abril está aberto concurso,<br />

pela Dir.ecção-Gera!l dos Edifícios<br />

e Monumentos Nacionais, pam a<br />

construção de 115 edifícios escolrares<br />

na zona sul do país.<br />

-Até 21 de Abril está aberto concurso,<br />

peta Misericórtlia de Olhão,<br />

para a oonstrução de um edifício.<br />

-Até 30 de Abri'l está aberto concurso,<br />

peta Câma'fa Municipal de Lisboa,<br />

para a construção de c•asas de<br />

renda 'económioa em AlV'alade.<br />

Diversos<br />

- Até 30 de A:bri·l está aberto concurso<br />

pela Comissão Administrativa<br />

dos Novos Edifícios Universitários,<br />

para a instalação de alimentação de<br />

a•lta tensão no Hospital Escolar do<br />

Porto.<br />

-Até 25 de Abril está aberto concurso,<br />

pela S.anta Casa da Misericórdia<br />

de Santa Comba Dão, para a instalação<br />

de aquecimento centr.al.<br />

-Até 17 •de Maio está •aberto concurso,<br />

pela Adrninistmção-Geral dos<br />

C. T . T ., pam o fornecimento de<br />

cabos telefónicos.<br />

55<br />

....


il~etada<br />

NOTA DO MÊS<br />

Mês de Abril<br />

Acaba de decorrer o primeiro trimestre<br />

do ano de <strong>1954</strong>. As institui~<br />

ções que não tenham os serviços montados<br />

para tirarem balanceies mensais<br />

de posição administrativa, devem fazê-lo,<br />

pelo menos trimestralmente. Por<br />

isso, é indispensável que na primeira<br />

quinzena do mês de Abril se faça o<br />

ponto da gerência.<br />

Estamos a comportar-nos dentro<br />

das verbas orçamentais de despesa ?<br />

As receitas estão a corresponder à<br />

previsão efectuada ?<br />

A afluência de doentes aos serviços<br />

de internamento, às consultas ou<br />

ao banco apresenta oscilações anormais?<br />

Os planos de expansão têm sido<br />

realizados regularmente?<br />

Aproveite-se o mês de Abril para<br />

responder seriamente a estas perguntas.<br />

Obrigações legais regulares<br />

- Até ao dia 10 C:epositam-se os<br />

descontos para o Fundo do D esemprego,<br />

Funcionários Civis Tuberculosos,<br />

Caixa Geral de A!)osentações •e os<br />

respeitantes do imposto do selo, onde<br />

haj·a autorização pa~a o pagar pol"<br />

guia.<br />

-Até ao dia 20 depositam-se os<br />

descontos destinados às Oaixas de<br />

Abono de Família e de Previdência<br />

dos EmP'l'egados de Assistência.<br />

Obrigações legais específicas<br />

- As instituições de assistência<br />

particular devem remeter, até ao fim<br />

do mês, à Direcção-Geral de Assistência<br />

o questionário sobre a sua situação<br />

económica.<br />

-Nos termo::; do Dec. n. 0 38.596,<br />

de 4 de Janeiro de 1952, o trabalho<br />

em organismos oficiais na qU!inta-feirn<br />

santa é restrito à parte da manhã.<br />

Lembranças diversas<br />

-Vamos ver hoj·e a lavandaria e<br />

apurar: quantos quilos de roupa está<br />

lavanido por dia; qual a capitação de<br />

quilos de roupa lavada<br />

qual o ocusto por qui'lo.<br />

de 2$50 é caro.<br />

por doente;<br />

Se fôr além<br />

- V·amos passar uma vista de<br />

olhos pelos contadoves de electricidade<br />

de cada pavilhão ou serviço. Se<br />

tivermos mapas mensais para registar<br />

esses consumos, melhor. Detenhamo­<br />

-nos um pouco sobre eles e muito<br />

lucrará a nossa instituição.<br />

PRECURSORES E<br />

ESPECIALISTAS<br />

EM EIAPÊUTICA<br />

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N,N'- dibenziletilenodiamina-dipenicilina G<br />

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LONGAC/LINA A (suspensão aquosa estável para injecção)<br />

600.000 U - actividade: 14 dias<br />

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