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Hospitais Portugueses ANO VI n.º 32 junho 1954

Editorial Novidades técnicas, 1954 Projecto do regulamento dos serviços internos do hospital de uma Santa Casa da Misericórdia O emprego dos radioisótopos Sobre «O Primeiro Curso de Formação Técnica na Luta contra os insectos» Farmácia Hospitalar O. M. S Enfermagem Notícias pessoais Cantinho das Escolas Notícias do ultramar Suplemento económico

Editorial
Novidades técnicas, 1954
Projecto do regulamento dos serviços internos do hospital de uma Santa Casa da Misericórdia
O emprego dos radioisótopos
Sobre «O Primeiro Curso de Formação Técnica na Luta contra os insectos»
Farmácia Hospitalar
O. M. S
Enfermagem
Notícias pessoais
Cantinho das Escolas
Notícias do ultramar
Suplemento económico

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~HOSPITAIS<br />

PORTVGVESES ·<br />

~ <strong>ANO</strong> <strong>VI</strong> 1 JUNHO ~<br />

N .o 3 2 1 9 5 4


HOSPITAIS PORTVGVESES<br />

RE<strong>VI</strong>STA DE HOSPITAIS E ASSISTÊNCIA SOCIAL<br />

EDIÇÃO E PROPRIEDADE DE CORIOL<strong>ANO</strong> FERREIRA<br />

~==IB=d=illt=or=üa=n =)<br />

CONSELHO' TÉCNICO<br />

íNDICE GERAL DO N. 0 <strong>32</strong><br />

Doutor Manuel dos Santos Silva<br />

Director do· Hosp.-Colónia Rovisco P ai.s<br />

Doutor Francisco Ibérico Nogueira<br />

Da Faculdade de Medicina de Coimbra<br />

Dr. Carlos Diniz da Fonseca<br />

Chefie de Rep. da Direc.-Geral de Assist.<br />

Dr. Rafael Ribeiro<br />

Administrador dos Hosp. Civis de Lisboa<br />

Dr. Joaquim de Paiva Correia<br />

Director-Adjunto do H oop. Júlio de Matos<br />

Dr. Evaristo de Menezes Pascoal<br />

Chefe de Serviços dos H. U. C.<br />

O. Maria Leonor Correia Botelho<br />

Chefe do Serviço Social do I. A. F.<br />

D. Maria da Cruz Repenicado Dias<br />

SuperintJendente de Enferm.a~em dos H. C. L.<br />

A~tónio<br />

REDACTORES-DELEGADOS<br />

Maria Andrade<br />

(Misericórdia de Portalegre)<br />

Horácio de Carvalho<br />

(Misericórdia do Porto)<br />

Cap. José Maria Coutinho<br />

(Misericórdia de Águeda)<br />

REDACTOR-SECRETÁRIO<br />

F. Silva Martins<br />

ADMINISTRADOR<br />

M. Madeira da Fonseca<br />

Editorial<br />

Novidades técnicas, <strong>1954</strong><br />

Projecto do regulamento dos ·serviços<br />

internos do hospital de uma Santa<br />

Casa da Misericórdia-Ao tónio Maria<br />

Andrade . . . . . . . . . . .<br />

O emprego dos radi;Jisótopos . . . . .<br />

Sobre «0 Primeiro Curso de Formação<br />

Técnica na Luta contra os insectos»<br />

-Dr. Á-lvaro Ramos<br />

Farmácia Hospitalar .<br />

Notícias dos <strong>Hospitais</strong> .<br />

O.M. S .....<br />

Enfermagem . . .<br />

Notícias Pessoais<br />

Cantinho das Escolas<br />

Notícias do Ultramar<br />

Suplemento Económico<br />

Vária:- Orçamento de contas das instituições<br />

de assistência; Regulamento dos serviço3<br />

internos do hospital d e uma Santa Casa de<br />

Misericórdia, Hospital Escolar do Porto ;<br />

Normas para a abertura e encerramento de<br />

hospitais.<br />

Publicidade:- Páginas 12, 13, 14, 39, 40, 42,<br />

43 e 46.<br />

Redacção e administração : Composto e impresso na Tipo- Assinatura anual 90$00<br />

Avenida Sá da Bandeira, n. 0 92 grafia da Atlântida- R. Ferreira Estrangeiro<br />

Telefone 2 8 4 3 - COIMBRA Borges, 103- 111 - COIMBRA Número avulso<br />

ESTE NÚMERO FOI <strong>VI</strong>SADO PELA COMISSÃO DE CENSURA<br />

2<br />

4<br />

15<br />

17<br />

33<br />

38<br />

39<br />

41<br />

44<br />

45<br />

46<br />

49<br />

120$00<br />

10$00<br />

Acaba de assumir as altas funções<br />

de Subsecretário do Estado de Assistência<br />

Social o Ex."'o Sr. Dr. José Guilherme<br />

de Melo e Castro.<br />

Do notável discurso proferido no<br />

momento da posse, tirar-se-á fàcilmente<br />

a conclusão de que o novo membro<br />

do Governo, além de possuir a<br />

formação social indispensável ao<br />

desempenho do seu cargo, vem para<br />

ele, de coração atento e aberto. Se lhe<br />

fosse dado escolher um lugar no elenco<br />

governamental, teria escolhido precisamente<br />

o da assistência, disse Sua Excelência.<br />

A sua actividade política, como<br />

governador civil de Setúbal e como deputado, ficou efectivamente<br />

marcada pelo sinal do social e especificamente da assistência.<br />

Eis algumas palavras do Dr. Melo e Castro, comprovativas de<br />

quanto afirmamos:<br />

«Ü pendor do meu espírito para a política social dá-me firmesa<br />

ao asseverar que tenho amor à missão deste Subsecretariado, que<br />

sinto a dor dos seus problemas e que, se hei-de examiná-los com prudência,<br />

hei-de seguir com o coração as soluções encontradas.»<br />

Quem profere tais palavras, num momento e num lugar que<br />

constituem só por si compromisso solene perante uma Nação inteira,<br />

está devidamente qualificado para exercer uma função que, no dizer<br />

do ilustre Ministro do Interior «nenhuma outra a excede em riqueza<br />

e conteúdo espiritual.»<br />

Não será, por tudo isto, ousado afirmar que todos nós os que<br />

trabalhamos e vivemos neste campo auguramos ao novo governante<br />

um exercício feliz e útil. São também os votos sinceros desta revista<br />

que os apresenta a Sua Excelência, juntamente com os mais respeitosos<br />

cumprimentos.


De •entr·e os materiais que hoje mais aplkação<br />

têm nas modernas construções hospita·lares, contam-se<br />

os mosaicos, pois a sua eficiência, ·em tddos os casos,<br />

é notá'Vel.<br />

Dos mui.tos fa'bricos existentes no mercado, os<br />

mosakos CA VAN mamam, in:contestàvoellmente, um<br />

}ugar de merecido re}evo, pois a sua comp!'ova'da superior<br />

quaEdade é patente em todas as ·construções onde<br />

foram apliocados.<br />

Têm sido usados em construções hospita'lares<br />

com agrado gera'l.<br />

E m todas as construções dev·e existir sempr·e a<br />

pDeocupação de dotar as instalações sanitárias com<br />

os dispositi'Vos que garantam um mais elev·ado grau<br />

de higiene.<br />

Ora dos dispositivos que, pel·as suas notáveis<br />

características, podem ·a·ssegumr esse elevado grau<br />

·•de higiene, conta-se o autoclismo automáti•co alemão<br />


.<br />

Pa·ojeeto do •·e~ulaaneJat .o dos se•·-vi­<br />

_,os itatea·taos do ltospital de •••na<br />

Satata (jasa da a ·iserieót•dia<br />

o<br />

F~<br />

Por ANTóNIO MARIA ANDRADE<br />

CAPíTULO I<br />

FINS<br />

Artigo 1. 0 - O H oopital da S anta Cas·a da M isericórdia<br />

d e . .............. é um estab elecimento de Caridade<br />

destinado a receber e tratacr- oo doentes que desejem<br />

ser hospita'11zad os, desde que s•atitsfaça'ffi às condições<br />

estabelecidas no capítulo - INTERNAMENTO<br />

Todos os doentes serão a1ceites sem distinçã'o de •crenças ou 'de •religião .<br />

CAP íTULO II<br />

INTERNAMENTO DE DOENTES<br />

Artigo 2. 0 - O in~ernamento dos doentes, será feito ·exolusivamente pelo<br />

médico da consulta ·externa, que se realizará todos os dias às 10 horas.<br />

§ único- Fa.ra o internamento dos doentes, o médico da consulta externa.<br />

a quem deve ser indicado diàriamente o número de camas de que pode di•spôr<br />

em •ca!do eníf•ermaria, não poderá em caso algum e~ceder esse número, dando<br />

preferência aos doentes mais gmv·es.<br />

Artigo 3. 0 - Depois daquelas horas, os doentes só poderão ser admitidos<br />

em caso de absoluta urgência, também pelo médico da consulta externa, se<br />

houver vagas e os que estiverem nas seguintes condições:<br />

1. 0 - Quando 0 seu estado de saúde exigir pronto socorro, sem o qual a<br />

vida perigue, ou •a doença ameace •agravamento;<br />

2. 0 - Quando vítimas de um desastre ou acidente e feito o tratamento de<br />

ocasião, os doentes não possam, pelo seu mau •estado, regressar a suas casas;<br />

3. 0 - Quando os doentes venham d e fora do concelho de ... ....... ... .. .. .<br />

munidos da respecti'Va guia de responsabilidade passada pela Câmara do seu<br />

concelho;<br />

4. 0 - Quando os doentes pretendam entrar no Hospital, pagando a diária<br />

correspondente à enfermaria ou quarto particular onde deseje ou tenha de ser<br />

tratado pella natureza da sua doença;<br />

4 HOSPITAIS<br />

5. 0 - Os m~litares serão aceites a qualquecr- hora, desde que venham acompanhados<br />

do respectivo título de baix·a passado pela sua unidade;<br />

6. 0 - Os doentes vítimas de desastres ou acidentes no trabalho ou de<br />

viação, s•erão tratados e internados no Hospital, mediante termo de responsabilidade<br />

assinado pelo Agente da Companhia de Seguros, patrão ou responsável,<br />

.confocme o oaso;<br />

7. 0 - Os doentes que venham acompanhados por agente da autoridade<br />

pública, só s•erão internados depois do médico da consult a externa ter verificado<br />

a doença •e se os doentes estão nas •condições gerais da admissão ortlinária;<br />

Artigo 4. 0 - Para efeitos de internamento, as pessoas que uti1iza\fem o<br />

Hospital serão .cJ.assifi.cadas nas três •categorias seguintes:<br />

a)- Pensionistas;<br />

b) - Porcionistas;<br />

c) - pobres ·e indigentes.<br />

Os pensionistas subdividem-se ainda em:<br />

1. 0 - De 1.a •e 2.a classes os que ocuparem os quar tos parti•culares d e La e<br />

2. a classes.<br />

2. 0 - De 3.a olasse os que forem internados nas enfermarias ou na<br />

m at ernida·de.<br />

Artigo 5. 0 - Os pensionistas .de L a e 2. 3 classes lficaTão sujeitos ao pagamento<br />

das diárias d e interna mento correspondentes ao qua·rto ocupado, sendo<br />

mais d e sua ·Con tJa ttxlos os en•cargos inerentes, análises, f\adiografioas, tratamentos<br />

p or agentes f ísicos, transfusões de sangue, d espeS!as ~ on sid erad as extraordinári·as<br />

e não previs·tas nas tabelas, e bem assim o materi·a'l inutilizado p elos próprios<br />

assistidos.<br />

Artigo 6. o - Consideram-se porcionistas os assistid os que, p or si, seus<br />

ascendentes, desistencia'l, tendo-se em conta qualquer circunstância que<br />

V•enha a apumr-se.<br />

Artigo 9. 0 - Os porcionistas, além da •a'limentação terão direito a medicamentos,<br />

análises. radiografias, tra·tamentos pelos agentes físicoo, conforme o<br />

escalão em que es·tiver classificado.<br />

Artig10 10. 0 - São •considerados pobres e indigentes os initJernados com<br />

domicílio na área do concelho, que não possuam vecursos que lhes permitam ser<br />

PORTUGUESES 5


I<br />

!li<br />

I<br />

considerados p·ensionistas ou porcionistas e que não tenham famHia que, nos<br />

termos da lei, deva mantê-los ou prestar--lhes alimentos.<br />

Artigo 11. 0 - Os doentes pensionistas só serão internados mediante depósito<br />

de garantia, guia ou termo de responsabilidade assinado pdos responsáveis<br />

pelos encargos da assistência, devendo os depósitos ser exigidos sempre que se<br />

trate de doen·tes a ·C'ai'go de entidades particulares.<br />

Artigo 12. 0 - Em caso de reconhecida urgência, a admissão poderá efectuar-'Se<br />

independente da gui·a ou termo de responsahi'lidade, devendo, nesta hipótes·e,<br />

organizar-·se imediatamente o respectiV'o proeesso pam apuramento da<br />

pessoa ou entidade responsável pelos encargos da assistência.<br />

§ úni•co- O tempo de internamento será contado por períodos de 24 horas:<br />

ou fracção, desde o dia e hom da ·entrada.<br />

Artigo 13. 0 - Se a'lgum doente pensionista necesS'i.tar de operação ·<br />

cirúrgica ·e quis~er ser operada por médi•co espedalista estmiilho ao ·corpo<br />

clínieo, inform·ará deste fado o Director clínico, indicando o nome do operador<br />

esodlhitdo.<br />

Artigo 14. 0 - S·e qualquer pessoa de famma ou de amizade do doente<br />

pensionista de 1.a e 2.a classes quiser ser internada pa'I'a a•companhar o doente,<br />

poderá ser admitida, pagando a diári·a respectiva que ·constar da tabela, garantida<br />

peLo respectivo depósito, sujeitando-se à disdp'lina hoopitJalaL<br />

Artigo 15. 0 - O depósito s·erá I'e'Í'orçado no caso do doente necessitar de<br />

ser opemdo, com a ~mportância do seu custo; os depósitos serão renovados de<br />

quinze em quinze di·as, se assim fôr neoessário, rec-ebendo o saldo ao retirar do<br />

Hospital.<br />

Artigo 16. 0 - A mudança de categoria do doente poderá ser feita a seu<br />

pedido, desde que satisfaça às condições exigidas para a nova categoria, ou por<br />

imposição da Mesa, quando se tenha reconhecido que não são aceitáveis os<br />

documentos apre.:;·entados para a •admissão ou que o doente não poss-a satisfazer<br />

o seu débito ou renovar o seu depósito.<br />

A·rtigo 17. 0 - Não poderão ser internados no Hospital:<br />

1. 0 - Os doentes que •solfram de a1ierração mentatl;<br />

2. 0 - Os doentes portadores de doenças crónicas, sa-lvo em perigo de vida<br />

ou crise agúda;<br />

3. 0 - Os que puderem ser curados no Banco e seguir pa•ra suas casas<br />

sem perigo:<br />

4. o - inJVálidos que, po·r sua av·ançada idade, tenham de ser considerados<br />

como tais, devendo nesse ·Caso ser propostos para dar entrada em asilo.<br />

5. 0 - Os Tubercu'losoo;<br />

6. 0 - As .crianças de leite, quan!do as mães as não possam amamentar por<br />

qualquer motivo;<br />

7. 0 - As crianças de leite, doentes, só serão aceites no Hospital, em casos<br />

absdlutamente urgentes. Em tais oasos as mães a•companha-rão as crianças.<br />

dando entrada na enfermaria •Onde aquela fur internada;<br />

8. 0 - Aos hospitalizados, quando se verifique es


mentares, tanto de disciplina ·como de tmtamento, depois de devidamente<br />

advertidos;<br />

2. 0 - Quando averiguadamente co;tribuirem de propósito ou por negligência<br />

para p:rolong,a:rem a doença com o fim de usuifruir·em os benefícios dre hospedagem<br />

no hospi't:a,l, ou quando se ,av;eriguar que s'imu:l!am ou exager-am padecimentos<br />

com o m~esmo fim;<br />

3. 0 - Quando se prove que rludiram as condições da sua admissão no hospital,<br />

pam usufruirem o tr-atamento gratuito a que só os pobres têm direito,<br />

.devendo nest e 'Caso pagar a diária correspondente a'os di·as que estiverem<br />

internados;<br />

4. 0 - Quando os doentes em pleno uso das suas fa·ctrldades mentais, os<br />

paTentes ou amigos p edirem para que seja dada alta ao doente, esta poderá<br />

ser-Ihe ·concedida, devendo ficar exara'Cla no respectivo bol'etim clínico do doente<br />

a mzão e motiro dessa alta.<br />

Artigo 28. 0 - Os doentes devem apresentar ao Dii'ecto'r da enfermaria,<br />

Fiscal de M ês ou Pf'OV1edor, as suas queixas ou reclamações, que podem s·er verbais<br />

ou escritas, sobre quaisquer falt as que para com eles tenha ha·vido e que<br />

lhes possa t er prejudicado a saúde ou que de algum modo os possa ter prejud<br />

icado.<br />

Artigo 29. 0 - Não é p ermitido aos doentes a·oeitaTem das p essoas que os<br />

visitarem , b ebidas akoo'li·cas nem comidas de qualquer esp écie, sem prévia aut o­<br />

. rização do Director da enferma·ria.<br />

Artigo 30. 0 ----N 0 dia da a lta, os d oentes p ensi,onistas receberão a r esp ectiva<br />

factura com nota deta,1hada de todas as despesas que tenha feito, a qual será<br />

liquidada com o depósito em cofre se o tiver ou tomará o compTomisso de a<br />

liquidar no prazo combin ado .<br />

§ único- Quando haja processo judicial, poderá a fadura ser enviada<br />

a juizo para ser pag'a pelo condenado no respectivo processo.<br />

CAPíTULO III<br />

ADMINISTRAÇÃO<br />

Artigo 31. 0 - O Hospita;l, Asi'lo de Inválidos do T rabaf!Jho, Maternidade e<br />

'!;eus anexos serão superiormente di'rigidos e administrados exdusivamente pela<br />

Mesa Administrativa em conformidade com o respectivo Compromisso.<br />

Artigo <strong>32</strong>. 0 - A Mesa Administmtiva nomeará um dos seus Voga~s para<br />

comparecer diàriamente no Hospital, a fim de verificar como deconem os diversos<br />

serviço;;; na qualidade de Fiscal de Mês.<br />

Artigo 33. 0 - A Mesa Administrativa ao terminar o seu mandato, fará<br />

ent:I'ega à gerência seguinte de todos os valores e fundos constantes do balanço,<br />

encerraldo em 31 de Dezembro último, mobiliário, 'livros de es~crita , devidamente<br />

HOSPITAIS<br />

I<br />

f<br />

a rrumada, inventário Ide onde 'cons,tem todos os hav;eres pertencentes à Misericórdia,<br />

o que tudo, depois de devidamente observado e :conferido, constará da<br />

a cta que se l·avmr para esse :fim. No período que decor:rer desde a eleição até ao<br />

dia maroado para a posse, a Mesa ·cessante só resolverá os assuntos de mero<br />

expediente.<br />

Artigo 34. 0 - A M ~esa Administrativa t erá pe'lo menos uma sessão em<br />

.c ad ~ mês, e além desta as que ju'lgar convenientes, lavrando de toda's, as respectiv·as<br />

actas com as ocorrências que se derem .<br />

§ úni,co-As sessões d ep endem sempre de ·convocação feita pelo Proved<br />

or, por inidativa própri·a ou a requerimento assinado por um dos seus Membros,<br />

que poderá ape1'ar paPa a Assembleia Geral se o Prorvedor não deferir o<br />

requerimento no prazo de 'Cinco dias contados da data da entrega.<br />

Artigo 35. 0 - A sessão funciona 'legalmente logo que se encontrem presentes<br />

quatr:o dos seus M·embPos e as r:esoluções sejam tomadas por unanimidade<br />

de votos, tornando-s·e automàhcament e nula e d e nenhum efeito d esde que sejam<br />

t omadas ·em ·contravenção deste arti.~ .<br />

§ únk o- Quando em qualquer sessão haja empabe, o P11ovedor ou quem<br />

legalmente o Pepresente terá voto de qua'lidad:e.<br />

Artigo 36. 0 - Nenhum Voga'l da M,es,a se pode escusar de votar em quaiqu<br />

er assunto tratado na s·essão ,a que assista, podendo porém, fazer a expliocação<br />

do seu voto .<br />

Artigo 37 , 0 - Só pode eximir -se à responsabilidade da M esa, o Vogal que<br />

fizer a declaração ·em acta d e não t er ap'l"ovado a deliberação tomada.<br />

Artigo 38. 0 - D e tudo o que ocorrer na sessão, o Secretário da M esa redigirá<br />

a compebente acta que 'a ssinará juntamente ~com a M esa, depms de 1avrada<br />

no resp ectivo livro pelo Chefe da Secretaria.<br />

Artigo 39. 0 - O VogaiJ. que faltar a cinco sessões consecutivas sem ser por<br />

motivo de doença ou que deixe de executar os serviços que lhe forem confiados<br />

ou que por ,esoa·la lhe pertençam, será exonerado do lugar que esta:va desempenhando,<br />

sen'do logo chamado o s uplente a seguir, podendo ser também eliminado<br />

da lista dos ITmãos da M isericórdia.<br />

DO PROVEDOR<br />

Artigo 40. 0 - Ao Prov·edor compete a superintendência de todos os s•erviços<br />

da MisericÓfldia e, a'lém das atribuições designadas no Compromisso, compete-lhe:<br />

1. 0 - Autorizar todas as despesas ordinárias e as que extraordinàriamente<br />

forem votadas pela Mesa Administrativa;<br />

2. 0 - Convocar a reunião da M·esa, ordinária ou extraordinàriamente,<br />

sempre que os interesses da Misericórdia o exijam;<br />

PORTUGUESES 9


I!<br />

3. 0 - Presidir a todas as sessões da Mesa e regular o servi~o das mesmas<br />

pelo modo mais conveniente;<br />

4. 0 · - Assinar todos os documentos da rec-eita e despesa, tanto ordinária<br />

como extraordinária;<br />

5. 0 Vigi,ar com rigor ttodo o andamento económico e financeiro da administraçã;o<br />

que ·lhe está confiada;<br />

6. 0 - Observar, ·cumpri·r e fazer observar •e cumprir todas as disposições<br />

deste regu1amento por todos os empregados internos e extem·os s·em excepção,<br />

tomando efectiva a responsabilidade daqueles as infringirem;<br />

7. o - Conceder lioenças a todos os empregados em conformidade com este<br />

regulamento;<br />

8. 0 - Suspender até à reunião da M·esa, que se não f·ará demorar por mais<br />

de cinco dias, a1gum empreg,ado que cometa alguma falta gmve;<br />

9. 0 Ass-inar ·com o Visto e autenticar com o selo bmnco as eertidões que<br />

tenham de s·er passadas pelo Secretário da Mesa;<br />

10. 0 - Assinar e autentioar c-om o sdo 'branco, os recibos de dinheiro que<br />

o T.esoureko tenha de passar;<br />

11. 0 - Conoeder esmo'las. avulsas a indigentes, dentro das dotações orçamentais;<br />

12 . 0 - LouV'ar •em o1casião oportuna os empregados que mereçam;<br />

13. 0 - Vigiar p ela rig·oros'a dbservância do Compr:omisso e Regulamentos<br />

e pmti•calf tudo o que neles lhe seja determinado e o que lhe pareça de úti'l aos<br />

legítimos interess·es da Miseócórdia, provando em todos os casoS' urgentes e omissos,<br />

dando de tudo conta a Mesa, perante a qua'l será 11esponsável, morai, disciplinar<br />

e pecuniàriamente pelo mau uso que faça da latitudade que este número<br />

lhe confere, desde que do seu pro::edimento Tenha 11esult·ado prejuízo material ou<br />

moral pam a Santa Casa.<br />

14. 0 - Fiscalizar ·a admissão dos doentes, de acordo •com as disposições<br />

deste Regulamento;<br />

15. 0 - Determinar a saída de algum d•o-ente que tenha sido considerado<br />

absolutamente inconveniente à disciplina hospita'lar, salvo o perigo de vida.<br />

DO<br />

SECRETÁRIO<br />

Artigo 41. 0 .- Compete especialmente ·ao Sec11etário da Mesa Administrativa:<br />

1. 0 - Substituir o Prov·edor, nas suas faltas e impedimentos;<br />

2. 0 - Lavrar ou mandar lavrar as actas das sessões da Mesa;<br />

3. 0 - Superintender nos serviços da Secretaria;<br />

4. 0 - Apresentar à Mesa os assuntos que esta deva apreciar, organizando<br />

previ·amente os respectivas processos;<br />

5. 0 - Passar certidões do que constar dos livros ou outros documentos.<br />

10 HOSPITAIS<br />

arquiv.ados na Secretaria, depois de lançado o despacho pelo Provedor «Passe-se<br />

0 que constar» com a respectiva data, no requerimento, dirigido ao Provedor,<br />

onde se diga 0 motivo e fins da certidão e só de assuntos que digam respeito ao<br />

11equerente, dando-as depois ao Provedor a autenticar ·com o seu <strong>VI</strong>STO e selo<br />

branco em uso na Misericórdia;<br />

6.o _ Ol'gan.'izar os orçamentos ordinários e extr·aortlinários bem como as<br />

contas de gerência no fim de ·cada ano.<br />

DO<br />

TESOUREIRO<br />

Artigo 42. 0 - Compete especialmente ao Tesoureiro:<br />

1. 0 - Receber e gua1"dar os valor-es pertencentes à Santa Casa da Misericórdia;<br />

2. 0 - Cumprir as autorizações de pagamento quando tenham cabimento<br />

na respectiva verba orçamental;<br />

3. 0 - Superintender na contabi:lidade e arquiv.ar todos 03 documentos de<br />

receita e despesa, assifllando-os;<br />

4. 0 - Submeter à aprovação do Provedor os balancetes do ·oolfre que<br />

tenha'm de ser presrotes à Mes·a;<br />

5. 0 - Assinar os 11ecibos que a Miseri•córdia tenha de passar para receber<br />

qualquer importância.<br />

DO FISCAL DE MÊS<br />

Artigo 43. 0 - Mensalmente será nomeado por escala, um vogal de Mesé!<br />

Administrativa, •conforme pPeceitua o Compf1omisso, ao qual, como seu delegado,<br />

incumbe:<br />

1. 0 - Fiscalizar, vigiar e dirigir todo o estabelecimento, em conformidade<br />

com este Regulamento e com as deliberações da Mesa;<br />

2. 0 - Fiscalizar o receituário à Farmácia, vigiando se todos os medi,camentos<br />

têm o seu legal destino;<br />

3. 0 - Vigiar pela conservação e limpeza das roupas do Hospital;<br />

4. 0 - Propôr à Mesa a aquisição das roupas que ju'lgar necessárias e faze­<br />

-las aumentar no respectiv.o inventário;<br />

5. 0 - Vigiar pela ·conservação dos edifícios que pertençam à Santa Casa,<br />

propondo à Mesa as 11eparações que julgar necessárias;<br />

6. 0 - Zelar pela conservação do mobiliário e outros artigos existentes<br />

nas diferentes dependências da Miseri·cór-dia, propondo à Mesa os consertos<br />

julgados necessários;<br />

7. 0 - Autorizar no fim de cada trimestr'e a inutilização das roupas e<br />

outros artigos considerados inuteis para o serviço hospitalar, ort:lenando o seu<br />

abate ao inventário;<br />

PORTUGUESES 11


li<br />

SISTEMAS<br />

Máquinas espe cialme nte construídos poro mútiplos serviços e m Hos pitais,<br />

Sanatórios, Casa s de Saúde e Estabe le cime nto ; congéne res<br />

CONTROLE DE TESOURARIA<br />

CONTAS CORRENTES<br />

-Câmaras lVl un icipais<br />

- Doentes<br />

-Fornecedores<br />

-Honorários Clínicos<br />

-Etc.<br />

CONTROLE DE EXlST.f:NCIA<br />

- Móveis e Utensílios<br />

-Artigos de Penso e Consumo<br />

-Material Cirúrgico<br />

-Medicamentos<br />

-Tecidos, Roupa e Calçado<br />

- Depósito de Géneros<br />

--Materiais para Obras<br />

-Etc.<br />

ESTA TÍSTlCA<br />

CONTABILIDADE ORÇAMENTAL<br />

CONTAS DE ADMINISTHAÇÃO<br />

ETC., ETC.<br />

Asseguramos a mais eficiente assistência técnica e mecânica<br />

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SUCURSAL DE PORTUGAL<br />

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PORTO- Rua de Sta Catarina, 312·1.• - Tele! 22951<br />

COIMBRA- Rua Ferreira Borges, 79-1. 0 - Telef. 5030<br />

LUANDA- Calçada do Município, 20- Cx. Postal 2298<br />

12<br />

HOSPITAIS<br />

Um aspecto da mecanização dos Serviços Administrativos de um hospital, verrdo-se uma<br />

máquina National da classe 31 a executar contas coroontes e outra<br />

National da classe 41 no controle da tesouraria.


I<br />

8. 0 - Assistir sempre que poss·a , à distribuição das diet>as e da alimentação<br />

dos empregados, verificando se rodas estão bem con~eocionadas e conforme<br />

as prescrições regulamentares e ·especiais dos clíni•cos;<br />

9. 0 - V:erifi


detectar radrações.<br />

o seguinte:<br />

Para empregar um Geiger no laboratório é necessário ter<br />

a) uma alta voltagem,<br />

b) um amplifioador pequeno e um aparelho es·tabilizador para evitar<br />

distúrbios no .contador, e<br />

c) um «sca·ler». Este é um instrumento para oontar os ~mpu~sos eléctricos<br />

do contador Geiger ·a uma velocidade muito mais a•lta do que<br />

seria possível com um contador mecânico.<br />

Para uso na medicina, para explorar metais de urânio, para traba.lhos<br />

de defesa civil e para registar mudanças em sistemas quími•cos, é m ·ais conven~ente<br />

uti'lizar um «mtemeter» em vez dum «scaler». O «ratemet:er» regoista<br />

num ind~oador do instrumento, o número de impulsos por segundo, evitando<br />

assim a necessidade de um •cronóm•etl'O.<br />

Há mui,tas vari


I<br />

I<br />

I<br />

Há que contar também que em grande parte do globo a transmissão do<br />

.s ezonismo não foi cortada, que o anofdismo existe à superfíci•e da terra e que,<br />

tudo leva a •crer pelas últimas •comunicações, se defenderá dos chamados novoo<br />

processos de luta.<br />

Por outro lado estes mesmos processos, de belos e indiscutíveis resultados,<br />

fizeram diminuir a um mínimo a imunidade das populações que dava<br />

um aSJPecto b enigno à doença. Ainda não é de muit·os anos, e está assim bem<br />

na memória d e alguns, a diferença de gravidade do se~onismo nos indivíduoG<br />

que vinham pam uma região sezonáti,ca peJa primeira vez e naqueles que lá<br />

viV'l·am adaptados de longos anos ou que, pelo menos, já as tinham visitado<br />

várias vezes e se tirrl!!am infectado.<br />

Também não é de esquecer que existem hoje, por toda a p art e onde se<br />

têm ·obtido os bons resultados da lll!tla 'anti-sezonátioa, crianças que não sabem<br />

o que é uma sezão ·e que, como sempre, serão d as amanhã as mais at ingidas<br />

p or qualquer manifestação ·epidémica.<br />

Benso, assim, que se impõe a d efesa das popuLações em ·escala suficiente<br />

p ara evitar a possibilidad e de um surto epidémi·co que, a verificar-se, en contrará<br />

condições p:ua se desenvolver sob uma forma gmve, extensa e com elevlad a<br />

m ortalida de.<br />

D e tudo isto resultou est a minha opinião, já claramente manifestada,<br />

de q ue a•inda não terminou a ép ooa dos malariólogos e que ·a parte teórica do<br />

curso de luta cont!'a os ins·ectos n ão •chega para a sua form ação.<br />

Também às leishmanios,es, em minha opinião, devÍ'am ter merecido u m<br />

maior desenvolvimento, dado que, ·como já tive oportunidade de es·cr·ever, estou<br />

convencido que há regiões onde o kala-azar grassa em extensã o desconhecida<br />

ainda hoj-e e que somente campanhas bem organizadas para di'agnóstico e tratamento<br />

dos doentes podem definir a extensão e a gravidade dos focos. Para tal<br />

é necessá1:io um pTofundo conhecimento destas doenças, por vezes de difícil<br />

diagnóstico, mas todos sabemos o que pode obter-se com trabaiho bem dirigido<br />

e vontade de acertar; ao Ex.rna Dir·ector de Serviços Anti-Sezonáticos coube a<br />

orientação dessa •campanha em Portug·al e del


Apesar de tudo o· seronismo, .ainda que tivesse perdido o seu antigo<br />

aspecto de ·extrema gravidade e mostrasse muito ma~ s baixa incidência, mantinha<br />

o seu cará•cter endémitco.<br />

MAPA DE ITÁLIA<br />

Regiões visitadas .. ... .. .. .... .... ........ . ......... .<br />

A luta anti-sezonática continuava, pràticamente, de forma permanente<br />

pelo sistema de regularização e limpeza de valas e canais e pela luta anti-•laiVar<br />

20 HOSPITAIS<br />

fe~ta •com verde de Paris. Ê que a efidência da apLicação dÓ 'larvkida dependia<br />

na sua maior parte do estado de 'limpeza dos ·canais de drenagem e das va•las, já<br />

que estas, pda sua v;egetação e condições de exposição, ·constituíam óptimos<br />

lugares de postura e, cons·equentementt, ex.tensíssimos oriadouros de anófeles<br />

transmissores; por isso, 4 vez·es por ano ( !), era necessário faz·er a Limpeza destas<br />

gmndes ·superfki·es de água, cortando todas as ·ervas - o que na prátioa<br />

equivalia a começar por uma ponta cada vez que se acabava na outra e ininterruptamente<br />

durante a maoior parte do ano.<br />

Na última guerra, motivos de ordem m~Qiotar l·evalf'am •ao alagamento<br />

de todos os terrenos baixos e foi, assim, refeito o grande pântano; no f·inal<br />

apresentava-se uma situação gravíssima com 50% da população infectada.<br />

Em Fondi, região mais ao sul onde as .c~bras de hidrátrl.ioa para<br />

en;x:ugo tinham sido mal ori·entadas, ·estando hoje a ·executar-se um plano<br />

idênti·co ao da Latina, a incidência do sezonismo chegou então a 100% !<br />

Aqui foi mesmo necessário remover grande parte da população para as<br />

regiões do norte.<br />

Toda a obra económica realizada apar·eceu em perigo imediato e assistimos<br />

então a um tr;ahalho de 'brilhantrismo inexcedível que pôde conduzir ao<br />

estado actual de salubrificação.<br />

Ê reparado e posto a funcionar todo o sistema de canais e consegue-se o<br />

rápido enxugo dos terrenos, a sua r·ecuperação pana a cU'ltum e diminuição<br />

enorme e imediata da supef'fíci·e dos •criadouros de anófel·es.<br />

Em seguida é f.eita ·a luta pelo DDT, que até aí •constituia segredo mHiotar,<br />

aproveitado a persistência da sua acção e os resuLtados atingem o máximo possível:<br />

em 1950 está cort:ada a transmissão do sezonismo e desde essa data não<br />

há um só caso· desta doença na província da Latina !<br />

Cabe aqui ref·erir a bem elucidativa publicação «La malarioa in Italia<br />

negli ultimi 25 anni», pequena •colecção de fotogPafias antigas e modernas, mandada<br />

executa•r pel-o «Comitato Antimalarico di Latina». Nela pode ler-se esta<br />

grande verdade, de que a Itália se tem sabido servir:<br />

«Netla febbre di pmgredire l'uomo dimenti-ca rapidamente i·l passato per<br />

cui al período delle grandi conquiste segue pr·esto il tempo dell'olblio. Le nostre<br />

fotografie vog·liono ricordare che ·le vi·ttorie ocontro le malattie infettive non costituiscono<br />

mai successi definitivi, per cui é necessari.o organizzare servizi permanenti<br />

per oconservare ed ·estendere i risultati cons·eguiti.»<br />

Não deixaremos de aoentuar que, na Latina, foi :t:eita somente a luta<br />

anti-alado, tendo-se abandonado completamente a luta anti-larvaor. Daqui<br />

resultou imediatamente uma economia p elo fac~o de não ser necessário :t:azer o<br />

corte de ervas dos canais mais do que uma vez por ano.<br />

Mais notável é o facto de, muito embora se não tenha feito luta anti­<br />

-larvar e os canais mantenham as melhores condições dos criadouros de la•rvas,<br />

PORTUGUESES 21


I<br />

não termos ·conseguido encontrar na Latina -uma única -larva de anófdes transmissor<br />

do sezonismo.<br />

Todo ·este magnífico traba-lho é hoje mantido com o seguinte pessoal permanente:<br />

1 médico, 3 inspector.es (formados p e1a prálti·ca e depois melhorados<br />

por uma preparação dada em Roma) e 12 chefes de ·equipas, sendo cada uma<br />

constituída por 4 homens, o máximo excepciona·l de S.<br />

Dispõem-se ass!im de 50 trabalhadores para usar os aparelhos de pulverização,<br />

chefiados por 12 empregados permanentes e que não fazem pulverizações.<br />

Este p essoal desrtina-se todo aos traba'lhos de protecção de uma só província-<br />

a Latina, que, como diss·e, ·~em 260.000 habitantes.<br />

Pol'que os centros pop'll'la.cionais são muito recentes ·e as construções são<br />

feitas segundo tipos e semtJPe iguais, a luta na Latina é fácil de ex•ecutar, mas<br />

mesmo asS!im dispõe de meios muito grandes como se vê.<br />

A dotação anual, compreendendo material, bombas de p ulverização· e<br />

dinheiro, o•rça cer·ca dos 50.000.000 de liras (ao câmbio, aproximadamente<br />

2.400 contos).<br />

Dada a configuração ·plana do terr·eno os automóveis foram aqui substituídos<br />

pelas bici·detas; cada trabalhador des:loca-s·e na sua máquina apetrechado<br />

para o trab a~ho do dia e devendo transport·ar também a quantidade de<br />

insecbicida que está ·cakulada para a sua tarefa. Os 3 inspector·es têm pequenas<br />

motocicletas e há um automóvel para serviço dü médico, bem ·como uma viatura<br />

pesada paTa serviço do armazém.<br />

O emprego do DDT na luta anti-sezonática levou, noo primeiros<br />

anos, à destruição de outros ins•ectos que também procuram a habitação<br />

do homem.<br />

Na Latina, o desaparecimento quase total das moscas teve influência<br />

considerável e imediaJt:a na morta'lidade infantil. Assim o Dott. Salvatore Colfbo<br />

- Direttore Sanitario·Assisbenziaie Fed. O. N. M. T., Latina- publicou já este<br />

ano um trabalho cujas conclusões são daras e segue com atenção o prosseguimento<br />

do ·estudo da resistência da mosca doméstica para os insecticidas clarados<br />

e as possibilidades e resultados da luta pelos derivados fosforados- diazínona<br />

e malathon.<br />

O trabalho do Dott. Corbo- «La mosca domestica principale deHa mortalità<br />

infantile per malattioe gastroenterite (7 anni di Osservazioni)- mostra a<br />

queda da mortalidade infantil pela aplicação dos insecticidas de acção duraáoim<br />

- DDT e DDT + Octaklor.<br />

Estes resultados e a permanente vontade de saber encorajaram todos e<br />

este ano, .como já r·eferi, fizeram-se na Latina experiências tendent·es a vencer a<br />

resistência da mosca. É ínúbil reproduzir aqui o que se fez e, nesta província,<br />

âeu resultados satisfatórios, tanto mais que tudo será em breve publicado, mas<br />

não resisto que ta'lvez também tivesse chegado o momento de se conhecer a<br />

22 HOSPITAIS<br />

li<br />

li<br />

resistência possível dos insectos ao DDT em algumas regiões do nosso País e<br />

tentar combatê-la.<br />

b) Frosinone<br />

Nesta províncira o sezonismo tinha, antes da última guerra, !incidência<br />

moderada.<br />

Devido a necessidades estratégicas ligadas à defesa de «Monte Cassinm>que<br />

se situa dentro da província, foi ela alagada em grande parte e, em seguida<br />

ao fim das hostilidades, os sanitaristas encontraram-se em pres·ença de uma gravíssrima<br />

epidemia de sezonismo que, em determinada zona, atingiu os 100 o/o<br />

da população: 100 % da população infect-ada pel-o P. Vivax, dos quais 40 %<br />

também p elo P. Fakiparum ou sejam 40% de mixtas pelo P. Vivax + P. Fa•lciparum<br />

a demonstra•r o elevado grau de hiper-endemia. A mortalidade foi<br />

então muito .alta.<br />

Lutando com f.alta de DDT, a luta anti-sezonática foi inióa'lrilente difícil<br />

mas a partir de 1947 fez-s·e com as melhores perspectivas.<br />

D e faerto a transmissão foi cortada ao fim de 3 anos e não mais se verificou<br />

um •caso de sezonismo. Aqui também não s·e fez luta anti-larvar.<br />

É curioso notar que, ao contrá·rio do que se passa na Latina, em Frosinone<br />

continuam a en•contrar-se anófeles vectores. Assim há o cuidado de barrar<br />

a saída destes para a Latina com a qual esta província confina, não vão os resu'ltardos<br />

ser além desvirtuados pela passagem de anófel•es de Fmsinone; por isso<br />

é tratada uma faixa da fronteira das 2 províncias.<br />

A luta aqui pôde mesmo diminuir, rapes·ar do anofelismo •exristente, já<br />

poi'que a incidência sezonática antiga era fraca, já porque hoje uma população<br />

sem parasitas do s·ezonismo vive paredes meias com outra de igual condição<br />

-a da Latina. Ma~ . mesmo assim, não se deixa exposta a população inteira à<br />

deflagração de uma epidemia grave, se o anofelismo local for alimentado por<br />

portadores de gametocitos que ainda existam ou surjam de outras regiões; por<br />

isso os técnicos, em luta permanente, velam pelas gentes a quem restituíram a<br />

saúde e continuam o seu trabalho diário e persistente sobre todos os assuntos<br />

que se reladonem com o vector ou com os insecti.cidas.<br />

Os transportes são feitos em viaturas •automóv·eis e ·em bicicletas, usados·<br />

conforme a natur·eza do terrem) em que se vai actua-r.<br />

Em Frosinone as equipas também foram constituídas por um chet:e e<br />

mais 4 e'lementos no máximo, considerando-se menos rendo·sas as equipas<br />

maiores.<br />

PORTUGUESES 23


c) Sardenha<br />

A luta anti-sezonática, nesta ilha de terreno mui'bo a•oidentado, é imensamente<br />

penosa e exige dos técnicos e dos trabalhadores esforços .e sacrifícios<br />

.incalculá·veis.<br />

A população, de baixa densidade, tem sido castigada p elo sezonismo<br />

desde época que data de 2.000 a nos. Quando t·erminou a última guerra, ta·l<br />

como na Latina e em Frosinone, grassava na ilha uma epidemia intensa de<br />

s·ezonismo.<br />

Latina- Quinta da Ninfa- O Curso com<br />

os Profs. Mosna, Alessandrini e Saccà<br />

O factor geográfico que debermina o seu isolamento, chamou para a Sardenha<br />

a atenção daqueles que pensavam que a luta anti-sezonática devia- na<br />

sua nova era então iniciada-prever 2 fases: 1." eliminação da doença; 2.a de<br />

erradicação da espécie ou espécies v·ectoras.<br />

Assim a E. R. L. A. A. S. ·começou em 1947 a campanha mais inbensa e<br />

mais ca·ra de que eu tenho conhecimento, empregando o DDT, para conseguir<br />

os 2 fins previstos. Esba campanha, anunciada para 2 anos, prolongou-se<br />

até 1950 e muito embora tenha elevado a resu]itados extraordinários, não atingiu<br />

a finalidade em vista.<br />

Podem citar-se números que já foram publicados:<br />

Criadouros positivos:<br />

1948<br />

1949<br />

1950<br />

1.598<br />

<strong>32</strong>6<br />

151<br />

Casos primitiovos de sezonismo:<br />

1946 10.149<br />

1947 2.968<br />

1948 341<br />

1949 6<br />

1950 ' 7<br />

R esta acrescenbar que, não incluindo as despesas feitas com o pessoa•! da<br />

«Rockfe11er Fondation», nem •com o pessoal técnico italiano e estrang


As vetibas dispendidas foram:<br />

Em 1951- 135.000.000 de lims ( 6.500 contos)<br />

Em 1952- 425.000.000 de Eras (20.400 contos)<br />

P.ara 1953 a verba ,atribuída era de 400.000.000 de liras (19.200 contos),<br />

isto apesar de não ter havido um só caso primitivo de sezoruismo em 1952 !<br />

Note-se que as ver


e) ·Abruzzo<br />

Esta visit·a teve por fim a observação dos trabalhos de profi~axia da<br />

leishmaniose cutânea-Botão do Oriente- pelo uso de insecticidas de •a:cção<br />

duradoira, no ·caso o DDT ·aplicado no interior das casas e dos estábulos e na<br />

dose de 2 gramas por metro quadrado de superfície.<br />

A zona escolhida para as experiênci·as iniciais foi uma laorg.a iaixa de cerca<br />

de 10 quilómetros de largura, entre os rios Tordino e Vomano, e que tem 20 quilómetros<br />

de comprimento partindo do Adriáti•co.<br />

activas ou cicatrizes de -botão do oriente. Duas a1plicações subsequentes e<br />

anuais de DDT, incidindo nas casas e no~ estáb ulos, foram sufi


li<br />

I!<br />

[i<br />

Dada a extensão e a intensidade da leishmaniose visceral em Portugal<br />

-ainda que nas regiões onde se f.az a luta anti-sezonática se pratique, corno sua<br />

consequência, a profUaxia do kaQa-azar- é bem evidente a nec•essidade de um<br />

.r.studo e classificação dos f1ebótomos em todo o País, o que, julgo bem, só está<br />

feito na área de Lisboa pelo Instituto de Medi,cina Tropical e mostra a nrtida<br />

pr·edominância ·do Ph. pemiciosus {90%). Além disso, e ·conhecidos os resultados<br />

a1oançados pelo emprego do DDT na profilaxia da doença dada a sensibilidade<br />

dos Hebótomos à droga, muito está ainda por faz·er antes de se atingir<br />

a eliminação desta grave doença do solo português.<br />

Res·ervei propositadamente pam o .fim a referência aos aparelhos usados<br />

nas pulverizações. Em Itália todos ·estão de acoPdo com a vantagem dos aparelhos<br />

manuais, ideia •essa que está há muito definitiv,amente assente no meu<br />

espírito.<br />

Não sei se alguma vez na Itália foram ·emppegados os aparelhos de compressão<br />

a motor, mas seja na Latina, Frosinone, SaPdenha, Albruzzo ou Gargano,<br />

hoje empPeg·am os Hudson ou os G>aleazzi; de qua'lquer forma sempPe bombas<br />

manuais.<br />

A sua vantagem •está provada sobejamente para ser hoje neoessário argumentar<br />

sobre ela e nada justifica que o uso destes aparelhos possa não estar<br />

genera'lizado. Mas a independência que conferem aos trabaihado.I'es, o fáci'l<br />

manejo, a mpidez do traba1ho, a não ·exis 1 tência de avarias, o não necessitarem<br />

de pessoa'l •especializ•ado, et:c., impõem a preferência concedida a estes aparelhos<br />

em relação com tudo quanto esteja sujeito a motores.<br />

Já no relatório da Estação de Alcácer do Sal, referente ao ano de 1950, tive<br />

oportunidade de def•ender este mesmo ponto de vista e justifica'!' 'largamente a<br />

minha preferência p elos aparelhos de bomba manua'l.<br />

E se se atentar que no refe~ido ano só dispunhamos de Paragons e de<br />

Myers- aparelhos que hoje pouco usamos ou abandonámos para a lutapoderá<br />

avaliar-se a minha opinião a•ctual depois de 3 anos de tralbalho com os<br />

Galeazzi- aparelhos de pressão prévia •e cujo ·consumo excede em muito pouco<br />

o das pistolas.<br />

A casa Galeazzi 1ançou agora, e •está sendo usado na La·tina, um novo<br />

modelo de pressão constante «Galeazzi M-52». É um ·aparelho parcialmente<br />

idêntico ao modelo precedente L-52, no qua 1 se introduziram dü~positivos que<br />

permitem manter sempre •a mesma pressão no reservatório do líquido até seu<br />

complemento esvasiamento. Este aparelho vem munido de 2 manómetros desmontáveis<br />

que permitem gradua·r os apa,relhos para determinada pressão, sob a<br />

qual traba•liham, pràtiocamente, um dia inteiro.<br />

Este pulverizador tem vantag·ens inegáveis entre ·as quais sobreleva a da<br />

regularidade das pulverizações, mas exige pessoal de armazenagem com certos<br />

conhecimentos para proceder à sua afinação diá'fia. Ponho muito em dúvida,<br />

por isso, a vantagem prátioca da sua utilização em Portugal, pelo menos no que se<br />

refere à Estação Anti-Sezonática de Alcácer do Sa·l; no entanto tenho iQustrações<br />

destes aparelhos que podem ser observadas .e estudadas com certo po'fmenor permitindo<br />

certamente uma opinião segura.<br />

Digno da melhor atenção é o novo bico usado pela •cas•a Galeazzi ·e do qual<br />

nos foi oferecido, amávelmente, um e~empiar. Com um dispositivo• fi'ltro para<br />

1<br />

evitar as impurezas que tantas vezes tapaV'am a S'aída produzindo demoras no<br />

trabalho. este bico tem além disso o orifício· de saída e a mnhura exterior concebidas<br />

de maneira a forçar uma melhor, mas regU'lar ·e mais fácil distribuição<br />

de leque.<br />

Parece-me que _seri•a muito útil fazer a substituição dos hicos que estãp<br />

a trabalhar nos Serviços Ãnti-Sezonáticos por ·eSII:es do novo modelo, bem como<br />

a de a'lguns .aparelhos que, ·ao fim de 3 campanhas, começam a t>er roturas dilfíoeis<br />

de remedi·ar na ligação do fundo. Claro que mantenho a opinião, que par.a<br />

os nossos t!rabalhador·es é pre~er ível o modelo de pulverizador L-52, o mais<br />

antigo.<br />

Os aparelhos Hudson, de que não tenho prática, são igualmente bons<br />

tendo vantagens e desvantagens em relação .aos Galeazzi. São preferidos na<br />

Sardenha ·e sabemos que são os usados para a luta anti-sezonática na Turquia.<br />

D e qu.a~quer forma a preferência_ po.r um ou por outro deve ser mais uma<br />

questão de simpatia ou de hábito do que de reais qualidades que imponham<br />

uma à outra marca. Na Sardenha, provàvelmen1:e porque a luta foi iniciada<br />

pe+la E. R. L. A. A. S., onde os americanos tinham ·a parte mais a·ct:i'Va e fomeciam<br />

o material, são usados e ·elogiados os Hudson; na Itália, tal'Vez porque<br />

são de fabrico italiano, ainda que possivelmente inspirados no Hudson, preferem-se<br />

por toda a parte os Galleazzi.<br />

Em Portugal, os Ga•leazzi têm sido usados 'com grandes vantagens sobre<br />

os apa•relhos de compressão a motor; assim o tenho podido verificar na Estação<br />

Anti-Sezonátioa de Alcácer do Sal, onde eles têm prestado inestimáv·eis serviços<br />

nos últimos 3 anos.<br />

Dep·ois desf:a simples relação do que me foi possível ver em Itália, va•le a<br />

pena dizer que a grande força que tem podido realizar obras de tanto valor é a<br />

resultante da associação inteligente da categoria ·científica, senso prático e amor<br />

ao trabalho e à Pátria dos ·~ecelentes técnicos italianos- entre os quais me<br />

permito destacar Rafaele Mosna, Conadetti, Alessandrini, M.eHe Alessandrini,<br />

Cassini, La Face, Bettini, Saccá, etc. -


Facilidades de aquisição de material e apar.elhos, tudo de fabricação<br />

itahana;<br />

óptima •colaboração das autoridades provinciais;<br />

Perleita organização que permite o início das campanhas na época<br />

própria;<br />

Utiliz·ação dos meios de transporte indicados em cada caso;<br />

Existência, na gener-alidade, de boas, fá·ceis e numerosas vias da comunkação;<br />

Finalmente, dbservação pmfunda dos probl·emas e probidade profissional<br />

na elaboração e execução dos planos.<br />

Julgo poder ·afirmar ter-se •assim conseguido um conjunto de f·ado·Des que,<br />

sempre que em presença uns dos outros, s.e completam. tornando fácil o que,<br />

inidaJlmente e sem eles, poderia apresentar gra'Ves dificuldades.<br />

Alcácer do Sal, Novembro de 1953.<br />

Regulamento dos serviços internos do hospital<br />

de uma Santa Casa de Misericórdia<br />

Começamos hoje a publicar um<br />

projecto de regulamento., eloabomdo<br />

intei·ramente pelo nosoo redactor-d~egado<br />

em .Portalegre, Sr. António Maria<br />

Andrade.<br />

Trata-se de um regul•amento destinado,<br />

em princípio, ·ao hospital da<br />

Santa Casa da Misericóvdia de Porta1egre,<br />

mas que, sem grande esforço,<br />

pode conter sugestões apllicáveis aos<br />

estabelecimentos ·congénel'es de todo<br />

o país.<br />

Tem de tomar-se es1e trabalho<br />

como simples subsídio para estudo<br />

mais profundo de um futuro reguiJ.amento-tipo<br />

que só entidades superio-<br />

res poderão elaborar. É discutível na<br />

sua ordenação, em algumas das soluções<br />

·adoptadas e em tantos outros<br />

pormenores.<br />

Mas, não há dúvida de que representa<br />

um ·contributo sério para o estudo<br />

e documentação rdati·va a este<br />

grave •e momentoso prdblema.<br />

A Devista acdl.he •com o maior prazer<br />

.este traba~ho rque respeitou em<br />

todas as suas minúcias, pois lhe pa·rece<br />

que não seria conveniente alterar, sdb<br />

qualquer motivo, o pensamento do<br />

autor, a quem apresenta os mais sinceros<br />

cumprimentos.<br />

("' Farmâda ho5pãtaBar)<br />

I) DOUTRINA<br />

Secção dirigida pelos DTs. A. MARQUES LEAL e OARLOS SILVEIRA<br />

O FARMACÊUTICO HOSPITALAR E OS ISOTOPOS RADIOACTIVOS<br />

Não é necessádo ser fisioco nudear pam ·conhecer e compreender<br />

a utilização dos isotopos radioa•ctivos em b~dl'Ogia.<br />

Os pormenores do seu emprego como medicamento<br />

interessam sobretudo aos fa'I'ma1cêuti!cos dos Hospita~s uma vez<br />

que os isorop•os radioa•ctivos só podem ser uti1izados em estabelecimentos<br />

hospitai·a·res, com pessoa~ e condições a:dequa'das.<br />

Segundo opinião dos esp·eciall.'istas que têm tmotado deste<br />

assunto, parece ifora de dúvidas que o armazenamento, distribuição e até o<br />

emprego clínico dos isotopos radioa·ctivos devem ser feitos num departamento.<br />

especia:l, central:iza'do, de cada grande Hospita!J.<br />

Não oabe pois aos Serviços Farma•cêu'ti-cos desses Hospita.is a entreg·a<br />

destes produtos, mas o farma•cêutico hospilta1ar tem de eSJtar p.reparra


e ' na detecção de tumoPes do cerebro (neste caso é a solução de di-iodofluore.scinea<br />

estéril).<br />

O P 3 2 é fi~ado na solução do P0 4 Na 2 estéril!. A via de administração pode<br />

ser a dra 1 ou intravenosa sendo escolhida de ppeferênda a última. Usa-se ·em<br />

doentes seieocionados de leucem~a •e poJ.icetemia «vera» pam ~ooaEzar dpidam•ente<br />

o crescimento de ·ma·ss·as do tecido mole, tai.s 'Como tumores do seio ·e para<br />

determinaif a extensã.o dos tumores durante a cirurgi•a do cerebro.<br />

• O Na 24 , fixado em 01 Na é, usado por via oral ou intravenosa e quase<br />

e~clusivamente para· testes de diagnóstico sobre o nível ou tota1 do fluxo sarngui­<br />

.neo através d.as veias e artérias, em radÍ'Caifdiograifia e na de!termirn-ação da difusão<br />

electroEtica a•través dos tecidos.<br />

O Au 198 , s-db a form·a de oiro ·coJ.oi'dal, é usado no tifatamento de certtos<br />

catl'cros ·do sistema hnfáti•co e das cavidades do •corpo. Normai'merute há necessidade<br />

de :farer uma di-luição posterior numa solução isotoni•ca salina (solfo fisiológ·itco)<br />

esteri-lizado; ou, em água destill:a:da esterilizada, s•e a di[uição for maior,<br />

para impedir a rlocu:Iação do çoJ.oide.<br />

O Ta 182 sdb a foPina de agu'lhas a introduzir rocalmenlte é usado como<br />

fonte de i:'ra-diação, substituindo o rádio sobretudo mos tumores da próstata.<br />

A a•piicação terapêutioa dos isotopos é, entre nós, veiatiJVamente recente.<br />

É possí'V'e'l que dentro de ·alguns anos s·e tome necessá·rio existir um depaT'ta-<br />

1Tiento espe+ci


Este composto é '


("'Notndas<br />

DE SAÚDE<br />

<strong>Hospitais</strong> Civis de Lisboa<br />

éom a presença dos Ministros do<br />

Interior, Obras ·Públireas ·e Subsecretário<br />

da Assisltênci'a, comemorou-se no<br />

Hospital de S. José o «D1a dos <strong>Hospitais</strong><br />

Civis».<br />

Hospital de D Maria Pia<br />

O Minist.ro do Interior, senhor Doutor<br />

Trigo de Negreiros, visitou o Hospital<br />

de Crianças de D. Ma.ria Pia,<br />

tendo sido a~vo de uma 1car:inhosa<br />

homenagem, em que foi descerrado o<br />

s·eu retrato.<br />

O Prolf. Almeida Garrett, Directoc<br />

!Qlínico, elogiou a a'CtiiVidade assistencia[<br />

·tule1ada p elo Ministro e por<br />

de ilffitpulsionada, notàvetlmente.<br />

Inaugurou-se, a seguir, a sa!J:a de<br />

Operações «Dr. Trigo 'de Negreiros» e<br />

os depail'ta:mentos anexos, da mais<br />

cuidada •organização.<br />

Hospital Escolar do Porto<br />

O s·enhor Ministro da'S Obras Púbhcas<br />

·concedeu, pelo Fundo do<br />

Desemprego, à Câ·mara Municipa~ do<br />

Porto, a •comparti-cipação de 300 rni•l<br />

escudos para a construção da via de<br />

acesso ao Hospita~ Escdlar do Porto.<br />

Hospital de Paços de Ferreira<br />

Em Paços de Ferreira foi aberta<br />

uma subscrição promovida pelo<br />

Dr. Jaoime de Ba·rroo, destinada a<br />

adquirir apalfe}ha•gem de R•aoios X p·ara<br />

o hospital 'loca'l.<br />

Misericórdia de Ovar<br />

Foralffi postas a concurso as obras<br />

de remodelação e alffipliação do Hospital<br />

da Miserk6rdia de Ovar.<br />

Misericórdia de Castelo de Vide<br />

Foi concedida, pelo Ministério das<br />

Obras PúbHcas, à Misericórdia de<br />

Castelo de Vide, a quantia de Escudos<br />

27.830$00, para remodeiJ.tação e<br />

ampli·ação do seu hospita[ subregi·ona·l.<br />

Misericórdia de Guimarães<br />

A Miseri•córdia de Guima1'ães vai<br />

abrir concurso para a construção de<br />

uma lavandari•a paifa o seu hospital,<br />

para o que já dbteve a1oordo de sua<br />

Excelêncio o Ministro das Obras Públicas.<br />

Hospital de S. Marcos -<br />

Braga<br />

Rea1lizou-se, na Sa'la dos Benfeitores<br />

do Hospi.tal 'de S. Marcos, uma<br />

sessão de cinte'ma com fi1mes médi<br />

a cooperaT, a equipe de sere<br />

membros pôde faz·er 1'65.000 provas<br />

no ano passado.<br />

A campanha 'd·e varoin·ação com<br />

BCG foi ·lançada na Birmâni1a visando<br />

fazer pelo menos 1.500.000 provas em<br />

dois anos.<br />

Este alvo foi alcançado, apesar dos<br />

insurgentes, sobrepassado mesmo. O<br />

número de provas feitas até 31 de Dezembro<br />

de 1953 montava a 1.649.010,.<br />

um aumento de 10%.<br />

Elffi Rangum, a c-apita1, o tehefe da<br />

equitpe ·cdmpos•t:a de um médi,co e<br />

cinco técni•cos, informa que estão<br />

sendo aplicadas vacinas à ra·zão de<br />

3.000 por mês.<br />

No período de dois anos, desde o<br />

início da ·ca•mpanha, foram sublffietidas<br />

a provas 317.000 pessoas, só ·em<br />

Rangum. Pa•ra demon•strar o interesse<br />

da popul}ação na campalfl'ha, val·e<br />

citar •a/]tguma'S cifr'as.<br />

c.•,<br />

ADELINO DIAS COSTA &<br />

L.da (FÁBRICA ADICO) -Mobiliário<br />

cirúrgico e hospitalar (Fábrica<br />

de).- Avanca- Portugal. Telef. 2<br />

- Avanca- Telegramas: Adico.<br />

38<br />

HOSPITAIS<br />

PORTUGUESES<br />

39


li<br />

Dentre uma popu[ação de 711.000<br />

habitantes em Rangum, 227 ,520 são<br />

jóvens de menos de quinze ·anos.<br />

Destes, a Equ~'pe N. 0 1 já ~examinou<br />

mais de 230.000 ... em outras pa-<br />

1avras, não deveri.a existir em Rangum<br />

Uma só ·criança que nã'O tenha<br />

'Si


Finda esta sessão, reuniram-s·e ·OS<br />

profissionais de enfePmagem num almoço<br />

de confraternização que tev·e<br />

lugar no ·restaurante Ni,cola.<br />

De tarde, visitapet·iaU relevo<br />

as propos1tas aprovadas nesta sessão e<br />

apresentadas pelo D eilegado do Sindicato<br />

em üoimbra, Sr. Alberto Mourão<br />

e pelo Presidente, Sr. Manuel Leitão<br />

Bra.nco, a do primeiro ·ace11ca das facilidades<br />

a 1conceder a·os profissionais de<br />

enf.enmagem na entra1da dos hospitais,<br />

as do segundo acerca 'da constituiç9o<br />

da Comissão N acionaU de Enfermagem<br />

e da escolha do dia 8 de Março<br />

como dia Naciona~ da pTofissão.<br />

Os nossos Slinceros par.abens ao<br />

Sindicato e às Comissões que rea1izaram<br />

esta magnffi,ca jornada.<br />

A Organização Mundial de<br />

Saúde e as enfermeiras<br />

São já cerca de 140 as ,enfermeiras<br />

de Saúde Pública que a O. M. S.<br />

enviou para várias partes do globo.<br />

São cerca de 30 países os beneficiados<br />

com e&tas missárias da saúde.<br />

A sua formação- abrange matérias<br />

que vão desde a saúde públioa à<br />

pediatria, ·à cirurgia e à medicina<br />

geral.<br />

As suas funções- usalf de persuação<br />

junto das autoridades locais,<br />

incitá-las a melhomr os seus serviços<br />

de enferrn,agern e a criar ·Centros para<br />

a formação de enfermeÍ["Ias. Ensinar<br />

ao pessoa'! indígena conceitos e métodos<br />

novos, c-ompatív·eis com as condições<br />

locais. Assegumr nas escolas<br />

de ·enfermeiras e nas d e parteiras a<br />

formação das futuras elites profissionais.<br />

As suas qualidades - Além de<br />

outras: solicitude, ta'Cto, 'espírito de<br />

iniciativa, faculdade de adaptação,<br />

sentido do humoT. A maior parte destas<br />

enfermeiras é de ·excelentes pedagogas<br />

e dispõe de urna boa dose de<br />

energia.<br />

SI N G E R SEWING MACHINE<br />

COMPANY- Departamento Indu~trial.-<br />

Séde em Lisboa- Av. 24 de<br />

Julho, n. 0 42. Máquinas industriais<br />

pa1"a todos os trabalhos de costura em<br />

lavandarias<br />

Curso para directoras<br />

de escolas<br />

Em Milão funciona neste momento<br />

um curso para directoras de escolas de<br />

enfermagem. Começou -em 1 de Abril<br />

e irá até 30 de Novembro. Eis o seu<br />

programa:<br />

A parte teórica -compreende as<br />

seguintes cadeiras:<br />

1) A formação moral, religiosa<br />

e civil da enfermeira;<br />

2) A assistência ao doente, segundo<br />

os ensinamentos da psicologia<br />

modema;<br />

3) Noções de pedagogia para enfermagem;<br />

4) Org·anização e funcionamento<br />

das escolas de enfermagem. Administração<br />

das eswlas. Legis.lação.<br />

5) Tutela higiénica da aluna-enfermeira;<br />

6) Organização e administração<br />

de hospitais. Legislação;<br />

7) Higi·ene e m edióna sociais;<br />

8) Conferência's de actualização<br />

sobr·e assuntos de bio,logi'a e medicina.<br />

A parte de Seminário albrange discussões<br />

livres sobre assuntos inerentes<br />

à organização e funcionamento das<br />

escolas e das residências de alunas;<br />

A parte prática é fei1Ja por esca}as<br />

junto de:<br />

a) Secretarias e serviços económicos<br />

das escolas ·e 11esidências;<br />

b) Dos serviços -escolares;<br />

c) Dos serviços administrativos<br />

do Hospital Maior de Milão;<br />

Não deixa de ser curioso verificar a<br />

flagrante semelhança existente entre<br />

este plano e o do ·curso complementar<br />

que no 'ano corrente está a ser professado<br />

na Escola dos <strong>Hospitais</strong> da Univ·ersidade<br />

de Coimlbra e que compreende<br />

as seguintes cadeiras:<br />

De formação geral<br />

1) Orientação e direcção de enfermagem.<br />

2) Técnicas de enfermagem.<br />

3) Organização de serviç-os hospitaJ.ares.<br />

4) Saúde públi.c·a .<br />

5) Higiene mental.<br />

De formação pedagógica<br />

6) Pedagogia e didática.<br />

7) Organização e administmção<br />

de escolas.<br />

Estágios<br />

1) R evisão e actualização de processos<br />

técnioos.<br />

2) Exercícios de funções de ohefia;<br />

a) Em enfermarias-escolas.<br />

b) Em serviços de Tirocínio de<br />

enfermag·em.<br />

c) Em aulas Teóri'Cas e p1:áticas.<br />

Os serviços de Tirocínio ·albrangem<br />

não só as enfermari·as ·como tal designadas,<br />

consultas ·externas, sePViços de<br />

urgência, quartos particulares, mas<br />

ainda ·administração de esoolas, de<br />

residências e aulas.<br />

..<br />

•<br />

..<br />

'<br />

St o AS ,·, .... lnor lr 11 11j0<br />

d.o be..nlko.l...,.bt"'"<br />

"I'IOSAÍWS ÁS~<br />

tlt o mt lhoo ''""Jo dt<br />

..... t, ... t,, ""' ... ' "'<br />

........,.~.)<br />

l.tlt!J.,.t ' lOI'I<br />

'---,.,=---/ ;<br />

::::---.....<br />

42<br />

HOSPITAIS<br />

PO'RTUGUESES<br />

43


Prof. Celestino Costa ·<br />

Dei::>rou o ·cargo de direoror dos Serviços<br />

de Análises Olinica$ dos <strong>Hospitais</strong><br />

Civis de Lisboa, por ter atingido<br />

o lim~te de idade, o Prof. Celestino<br />

da Costa.<br />

A Sua EXtcel.ência, por ess•e fado,<br />

foi prestada significativa homenag·em.<br />

Dr. Manuel Palma Leal<br />

Foi autorizado o Sr. Dr. M•anuel<br />

Pa•}ma Leall, distinto médico da Federação<br />

das Ca•íxas de Prev:i'dência, a<br />

acUJmular o •cargo de médirco da Santa<br />

Casa da Misericórdia de Lisboa.<br />

Dr. Victor José Moura de<br />

Carvalho<br />

'Domou posse do cargo de Director<br />

dos Serviços de Obstetrícia do Hospitarl<br />

da Misericórdia de Penafiel, o<br />

Dr. Victor José M•our.a de Carrvalho.<br />

<strong>Hospitais</strong> <strong>Portugueses</strong> apresenta ao<br />

ilustre médico respeitosos •cumprimentos,<br />

desejando as maiores farcilidades<br />

no desempenho do seu difícil ca·rgo.<br />

Dr. Fontoura Madureira<br />

Regressou de Madrid o Dr. Fontoura<br />

MaduPeira, que, a convite da<br />

Associação Espanhala de Uralogia, foi<br />

àquela cidade tomar parte nos traba-<br />

lhos do Congress•o da especial1rdade<br />

onde apresentou duas importantes<br />

camunkações.<br />

Prof. Cid dos Santos<br />

Partiu para Londres o Pmf. Cid<br />

dos Santos, onde vai reger um curso<br />

sobre cirurgia vascular, sob os auspícios<br />

da Sociedade Rearl de Cirurgiões<br />

Britânicos, de qu-e foi nomeado membro.<br />

Dr. José Conde<br />

Regressou a Lisboa, após um estágio<br />

de 3 meses no Centro de Cirurgia<br />

Plástica do «Odstock Hospita'l», de<br />

Sa1isburi, o Dr. José Conde, ilustre<br />

assistente do Instituto Português de<br />

Oncologia.<br />

Prof. Tavares de Sousa<br />

Regressou a Coimbra o Prorf. Tavares<br />

de Sousa, que esteve em missão<br />

de es•tudo no estrangeiro, com o fim<br />

de apetrechar os <strong>Hospitais</strong> da Universidade<br />

de Coimbra.<br />

Dr. Joaquim Luiz Malfeito<br />

Monteiro<br />

Foi contratado para o lugar de<br />

médico do Comando Disltrital da Polícia<br />

de Segurança Pública de Santarém,<br />

o senhor Dr. Joaquim Luiz Malfeito<br />

Monteiro.<br />

No passado dia 18 ide Mrar-ço, na<br />

Esco}a de Enfermagem Dr. Henrique<br />

Te}es, qure funci'()lna no Hospitail de<br />

S. Ma.rcos da cidade de Braga, prestaram,<br />

num g.e.sto de puDa e bri1lhante<br />

dedicação, uma pequena mas rbem<br />

vivida e sentirda homenagem ao<br />

sr. Dr. T·eotónio dos Santos, director<br />

da mesma E'S'cola.<br />

Alunos que frequentam, no cort'ente ano, a<br />

Escola d'e Enfermagem Dr. Henrique Teles,<br />

V'eii.do-se ao centro o seu 1 director, Dr. Teotónio<br />

dos Santos, a quem foi prestada<br />

grandiosa homenagem<br />

Figura de grandre relevo e notariedade<br />

na medicina nacional, màrmente<br />

em Braga, onde é bastante<br />

conhecido, o sr. Dr. Teotónio dos<br />

Santos impôs-se na obra rque tão distintamente<br />

'dirige secundardo e ajuda


("' Notiídas do UBtramar)<br />

Serviços de Saúde da Província<br />

de Moçambique<br />

Vêm os Serviços d e Saú d e de Moçambiqllle<br />

interrsifitcando gradua1lmente<br />

a sua aJctividade, quer tornando as<br />

suas dependências ·e~ten siv·as a tdda .a<br />

Provín'cia, quer aumentando subs'tan ­<br />

cial'men:te os quadros de pesso•a[ técnico<br />

e a'dministra:tivo, quer a~nda<br />

munintdo-s·e de equipamento n~e c ess á ­<br />

r io ao bom cum primento de t ão nob re<br />

missão.<br />

Para melhor se p oder .ava'li,ar a<br />

estrutura d a dbra desenvolvida em<br />

t ão importante sector da vida públka,<br />

vamos fazer uma breve resenha dos<br />

novos organismos e ·serviços tcriados<br />

n o perfodo tdecorrido de 1947 a <strong>1954</strong>.<br />

Serviço anti-sezonático - Até 1947<br />

a 'luta organizada contra a ma·lária<br />

realizava-se sobretudo na Estação<br />

Anti-M aUári!ca de Lourenço Marques.<br />

Mais tarrde, foi-se esten'dendo progressivamente<br />

a luta contra o sezonismo<br />

a outros centros urbanos da<br />

Província com o valioso auxílio das<br />

muni·cipatlidades e das jun1:ats locais.<br />

E, assim, na 'Cidade da Beira<br />

criou-se na de}egaci•a de saúde uma<br />

secção oon1Jra a ma~ária, que, aUém<br />

dos serviços latboPatori~ais de rotina,<br />

tem a seu cargo os tralbailhos de campo<br />

de aplitcação de insec'ticidas e larrvicidas<br />

e 'de colheita de larvas e mosquitos,<br />

para estudo. A Câmara<br />

Municipal tem auxiliado materia1 1-<br />

m•ente a campanha e hoje o saneamento<br />

da cidade da Beira está<br />

consid eràveUmente m elihorado.<br />

Em Inhambane e Vi1la de João<br />

B elo, criaTa'm-s·e post os de luta anti­<br />

-·sezonáti•ca 1com p essoal treinado não<br />

só nos exames d e 'lâmina d e sangue<br />

•como também na rdtina da entemologia,<br />

havendo ainda um funcionário<br />

enca•rregad o do serviço 'de campo.<br />

Nas regiões orizíco1as de Umbelúzi,<br />

Caniçad o, Quelimane e António<br />

Enes, foram insta1~ad os postos d e<br />

menor importância , onde há, p or<br />

enquanto, um enfermeiro in'dígena<br />

encarregado da apli1cação de insecticidas<br />

e 'l·arvid das.<br />

Tem -se •a


pensano um m'édico •ana[ista, um<br />

médi•co radidlogista e um médico ·<br />

oterino-l•aringo1ogista.<br />

Luta contra a Bilharziose- Foi<br />

inscri1ta no Orçamento des•te ano uma<br />

dotaçã~ globa1l pa~a •as despesas com<br />

pessoal! e ma•teri•a[ ·de uma secção de<br />

Combate à Bil]ha.rziose.<br />

Apetrechamento dos Serviços<br />

Tem sido notávd o progresso rea1izado<br />

nos últimos 7 anos no •qu.e ~espeita<br />

ao ·apetrechamento dos· Serviços<br />

de Saúde.<br />

As principais obras realizadas<br />

foram as seguintes:<br />

Distrito de Lourenço Marques ­<br />

Construção de uma residência para<br />

enf•emeri.ro europeu no Maputo, maternidades<br />

da Catembe e de Caruano<br />

e pasto saniltário delfinitivo de Sa•lamanga;<br />

benefi·ciações na enfermaria<br />

regiona:l de BeLa Vista e no Maniocómio<br />

de Malfratcuene.<br />

Hospital Central de Miguel Bombarda<br />

-Construção de um pa1Vi.llhão<br />

de 'hospi;tJalização e da central de esterilização;<br />

ampliação e beneficiação de<br />

diversas enfermarias e do Laboratório<br />

Fa'l"macêutico; adaptação a enfermarias<br />

de duas dependênJCias no bloco<br />

1<br />

para hospitalização de in'dígenas.<br />

Círculo do Sul do Save -Construção<br />

do pavi•]hão para os serviços de<br />

cirurgi•a, radidlogia •e de •agentes físi·cos<br />

no Hospital :de lniha'mbane.<br />

Construção de uma• enfermaria<br />

·para banco e consulta no Pafúri e em<br />

Massinga.<br />

Construção das maternidades definiltivas<br />

de Maluane, Cumbana, Pembe,<br />

Saolela, Majoote, Zandamela, Din-<br />

48<br />

guine, Maibd, Incaoia, Ch:angoane, Mapai,<br />

Nha•cutze, Mlln'diane, Ma•cupu­<br />

'lane, Taning.a e Jangamo.<br />

Construção dos postos s·anitários<br />

definitivos de Mapu~·anguene e Massingire.<br />

Construção 'de uma r·esidência para<br />

·enfermei•ro europeu em Mam'bene e<br />

de outra para enifer'Ineiro auxi[iar em<br />

Zavala.<br />

Círculo de Manioa e Sol ala-Construção<br />

de dois pavilhões de hospitalização,<br />

de U'm pavilhão de •consultas<br />

externas e da residênda para habitação<br />

das Irmãs no HospitaiJ. da Bei.ra.<br />

Construção da enfermaTi'a regional!<br />

e maternidade no Ba'l"llé ·e de duas<br />

enfermarias para indígenas nas delegacias<br />

saúde de Chimoio e de Mossurize.<br />

Construção das malterniodades definitiva•s<br />

da Chupanga, Macequece e<br />

das Amatongas.<br />

Construção dos postos s•anitários<br />

definitivos de Vila Fontes, MoTema,<br />

Sangombe, Inhangoma, üatu1ene, M·aringué,<br />

Gôndola, Vanduzi, Ohangara,<br />

Mungari, Vila Gamito, Chibabava,<br />

Z.ongorgu:é e Mutara'l"a.<br />

Construção de residências paTa<br />

médicos nas delega1cias de saúde de<br />

Ohemba, Manica, Furancungo, Mossurize<br />

e resi'dêntcias para enfermeros<br />

auxili'a·res em Ohiba!bava e na Mutura'l"a.<br />

LACTICÍNIOS DE AVEIRO, L .da<br />

-Produtos Vouga- Sul : Manteiga,<br />

Queijo, Leite Pasteurizado.<br />

HOSPITAIS<br />

("~'SII.ll plemento ecornómDro)<br />

A função do comprador<br />

A oompr·a de •artigos de uso corrente é relativamente simples. Sendo a<br />

qualidade padronizada, com probabilidade de ser uniforme, e as mercadorias<br />

não sendo frequentemente modificadas para satisfazer 'Caprichos pessoais, o<br />

prdb1ema do comprador é em grande parbe uma questão de preço. Certas<br />

marcas e certos nomes de comércio indicam, em 'muitos casos, va•lores definidos,<br />

nos quai·s o comprado:r pode confiar, mas as 'COmpras baseadas em especificações<br />

são preferíVJeis. Por meio da experiência e do cons·elho dos técnicos, o comprador<br />

acaba por conhecer perfeitamente as mercadorias. ·Ele compreende os<br />

princípios sobre os quais o mercado opera. Sobre essa base, mantém-se em<br />

contacto com as variações do mercado, no esforço de comprar 0 mais barato·<br />

possível, s·em sa•crificar a qualidade.<br />

O comprador profissional conhece usua~mente o mercado m·el'hor do que<br />

o comprador ocasional. O 'Vendedor deve estar preparado pa:roa discutir as condições<br />

do mercado e IÍa~er faoe à oon


Detergentes<br />

Entre os problemas ~ligados com as<br />

lavagens de um hospital quer se tmte<br />

de larvar roupa, -louça, frascos de sangue<br />

ou quaisquer outros objectos há<br />

um 'bastante impo•rtante re que é o do<br />

produto utilizado para a l-avagem. Por<br />

norma utiliza-se o sabão, muitas ve~es<br />

apenas por rotina, pois não se ligou<br />

a importância devida a novos produtos<br />

aparecidos apenas há a1guns anos<br />

e capazes de darem muito mclhor rendimento<br />

e assegurarem resultados<br />

mais seguros. Fa,laremos por isso,<br />

hoje, dos drete:rg,enbes.<br />

Os detergentes ganham, cada dia<br />

que passa, um papel mais importante<br />

nas operações de rlimpeza, isto apesar<br />

de só serem 'Conhecidos há pourco.<br />

Tem no ·entanto possibilidades enormes<br />

que permitem obter resultados<br />

muito interessantes.<br />

Normalmente são produtos de síntese<br />

ou derivados do petróleo.<br />

1<br />

A sua propriedade mais característioa<br />

é a detergência. É uma cotmbinação<br />

das propriedades mo~hantes,<br />

moussantes e emulsificantes, devidas<br />

à sua estrutura molecular e que 'lhes<br />

permite concentrarem-se entre as superfícies<br />

de contacto água-óleo e água­<br />

-ar, tudo resultado de as suas moléculas<br />

terem uma estrutura com dupla<br />

tendência: solubiQidade no óleo e na<br />

água.<br />

Em princípio todas as lavagens se<br />

podem resumir nas S'eguintes três ope­<br />

I'ações: molhar, emu~sionar as gorduras<br />

e peptisar os corpos sólidos, e evacuar<br />

·a água suja. Quanto melhor responder<br />

a estas três operações, isto é,<br />

quanto melhor se des·empenhar delas<br />

melhor o detergente lavará.<br />

As propriedades motlhantes de um<br />

deter~ente permitem-lhe .f.az.er penetrar<br />

a água em todos os porro.> d'o<br />

material a lavar. A propósito é interessante<br />

efectuar uma experiência<br />

muito simples: se colocarmos algumas<br />

gotas de água s·obre um tecido feltrado<br />

ve:rifi.camos que e:Q3s não molham<br />

o tecido. Mas se lhe ~adicionarmos<br />

um detergente verificamos que a<br />

água é imediatamente bebida pelo<br />

tecido. Quer dizer: a água com detergente<br />

atra'V'essa completamente todos<br />

os poms do tecido penetrando-o em<br />

absoluto e permitindo assim a remoção<br />

de toda ra sujidade e até, se desejarmos,<br />

a introdução de um produto<br />

desinfectanbe rassegurando uma possibilidade<br />

de assepsi·a do material a<br />

lavar.<br />

As propriedades emulsionantes e<br />

peptisantes dum produto permitem<br />

que ele, depois de penetrar profundamente<br />

no materiatl a larvar, transforme<br />

físi•ca ou quimicamente a sujidade que<br />

aí encontre e a mantenha em suspensão<br />

ou em dissolução na água que a<br />

deverá evacuar.<br />

No caso das gordura•s, toma-se necessário<br />

transt:ormá - las numa fina<br />

emulsão fácil de evacuar .com a água.<br />

A propriedade emulsionante doo detergentes<br />

provocará resrse estado.<br />

Os detergentes impedem ainda que<br />

a gordura, depois de retirada do material<br />

a lavar, se vá depositar sobre as<br />

paredes do vaso ou da máquina com<br />

que se traba'lha.<br />

Se la·varmos um farrapo sujo de<br />

ó1,eo com água e sabão constatamos<br />

que o óleo depois de retirado se ·espalha<br />

pela·s paredes do vaso deixando-as<br />

sujas. Mas se a lavagem tiver sido<br />

feita com deterg•ente v;erificamos qu~<br />

as paredes ficam 'limpas poi'que o óleo<br />

é arrastado pela água dado encontrar-se<br />

num estado de emulsão.<br />

Outra ca11acterísrtirca inheressante<br />

dos de!Jergenbes é serem estáveis na<br />

água dum. Com efeito não foram<br />

Antibióticos<br />

Em 1953, importámos dos países<br />

abaixo enuncirados 10.416 quilogramas<br />

de antibióticos:<br />

A. 1.000 esc.<br />

E. U. da América 6.016.396 16.144<br />

Canadá 209.710 853<br />

México 31.410 128<br />

Dinamarca 83.210 1.120<br />

França 3.626.094 16.565<br />

Itália . 296.910 1. 731<br />

Holanda . 152.600 508<br />

Outras origens 27 1<br />

Mercados Nacionais<br />

compostos insolúveis com os sais calcáreos<br />

da água. É por demaris frequente<br />

-v:er as máquinas de laiVar roupa<br />

cobertas de uma espessa oamada de<br />

material insolúvel, consequênci•a da<br />

du11eza da água utitlizada e do sabão.<br />

Com os deterg,entes esta cama'da não<br />

sre forma. dada a sua resistência a formarrem<br />

compostos insolúveis ·com os<br />

sais ·alcalinos da água.<br />

O uso dos detergentes não deve ser<br />

indiscriminado. Na reaEdade trata-se<br />

de produtos que não são 'ba'l'atos pelo<br />

que se dev;e fazer deles uma utilização<br />

inteligente. As eas·ars produtoras fabricam<br />

detergentes com propriedades<br />

especiais confo11me o fim ·a que se destinam.<br />

Por isso mesmo não devem<br />

s•er utilizados •com outros fins sem<br />

risco de que os resultados a obter<br />

sejam desastrosos.<br />

Há, pois, toda ·a vantagem em<br />

ouvir os técnicos das casas vendedoras<br />

e em seguir ·as suas instruções.<br />

Bacalhau importado<br />

A países estrangeiros, comprámos<br />

durante o ano de 1953, 23.537 tonetladas<br />

de batcalhau.<br />

Foram nossos fom'eoedores os seguintes<br />

países (Em quiQogoomas):<br />

Canadá . 1.833.406<br />

Islândia 8.394.375<br />

Reino Unido 1.003.221<br />

Alemanha 145.239<br />

França 7.345.123<br />

Noruega 4.815.212<br />

Outras origens 1.370<br />

50<br />

HOSPITAIS<br />

PORTUGUESES<br />

51


Adubos<br />

Do Chile importámos em 1953,<br />

22.758 toneladas de az.otJato de s8dio<br />

e da Alemanha 251 toneladas, perfazendo<br />

assim a nossa impootação deste<br />

aduba 23.009 t01nel>adas.<br />

Durante igua•l período importámos<br />

80.702 tons. de sulfato de amónio,<br />

tendo sido nossos fornecedores os países<br />

seguintes :<br />

tons.<br />

Reino Unido . . .<br />

Alemanha ....<br />

Bélgica-Lmremburgo<br />

Itália<br />

Holanda<br />

17.435<br />

23.448<br />

5.212<br />

20.775<br />

13.8<strong>32</strong><br />

De farinha de trigo, importámos<br />

1.456.076 quilogramas, com a seguinte<br />

distribuição:<br />

E. U. da América .<br />

Canadá ....<br />

FARINHA DE TRIGO<br />

785.559<br />

670.517<br />

Damos a seguir •a nota de a 1 lgUIIIlas<br />

mercadorias importadas e nas quais<br />

o Ultramar português teve as maiores<br />

quantidades (em qui1ogramas):<br />

FORRAGENS<br />

Cabo Verde.<br />

Angola<br />

Moçambique<br />

Outras origens .<br />

Angola<br />

Outras origens .<br />

Holanda . .<br />

FEIJÃO<br />

MILHO EM GRÃO<br />

ton.<br />

CENTEIO<br />

677.252<br />

2. 710.917<br />

575.<strong>32</strong>1<br />

17.085<br />

3.980.575<br />

39.259<br />

24<br />

39.283<br />

985<br />

Mercados Estrangeiros<br />

Importação de batata<br />

No ano passado importámos 36.290<br />

toneladas de batata.<br />

O seguinte quadro dá oconta dos<br />

nossos fornecedores no período 'eiil<br />

ref,erência :<br />

Tons.<br />

Irlanda 1.113<br />

Reino Unido 19.774<br />

Alemanha 1.031<br />

Bélgica-Lu~em burgo 51<br />

Dinamarca 4.874<br />

Holanda . 9.447<br />

folha de Flandres<br />

A Folha de F11andres importada<br />

duPante o ano de 1953 foi de<br />

16.661.938 quilog·ramas, adquir1da nos<br />

seguintes países:<br />

kg.<br />

E. U. da América .<br />

Reino Unido<br />

Alemanha<br />

Bélgica-Luxemburgo .<br />

França<br />

Outras origens . . .<br />

Importação de cereais<br />

12.<strong>32</strong>5.126<br />

2.715.280<br />

23.900<br />

231.301<br />

1.355.831<br />

10.500<br />

No ano de 1953, comprámos<br />

114.446 toneladas de trigo, nos países<br />

•a seguir enunoi·ados:<br />

E. U. da América.<br />

Canadá<br />

TRIGO<br />

96.634<br />

17.812<br />

Angola<br />

Moçambique . . .<br />

Bélgica-Lu~emburgo<br />

Holanda ...<br />

Outras origens . . .<br />

Angola<br />

Moçambique<br />

Cuba .. .<br />

Brasil . . .<br />

Outras origens .<br />

AÇÚCAR<br />

Cabo Verde ....<br />

S. Tomé e Príncipe .<br />

Angola<br />

Timor ....<br />

Outras origens .<br />

CAFÉ<br />

8.800.586<br />

143.463<br />

48.770<br />

139.253<br />

19.497<br />

9.151.569<br />

23.315.737<br />

53.119.088<br />

6.153 .. 044<br />

24.623.269<br />

20.134<br />

107.231.272<br />

54.060<br />

92.338<br />

9.301.889<br />

31.064<br />

812<br />

9.480.163<br />

A produção mundial de carvão<br />

em declínio<br />

A produção mUil'di·al de carvão<br />

tem declinado desde 1951, ano em que<br />

foi atingido o máximo de 1.475 milhões<br />

de toneladas.<br />

Segundo um relatório publicado<br />

pela O. N. U., a situação nos Estados<br />

Unidos teve furte influênci•a sobre este<br />

resultado.<br />

A melhoria da siruação corbanífera<br />

no resto do mundo contribuiu ao<br />

declínio da produção americana.<br />

Esta última passou de 535 milhões<br />

de toneladas em 1951 pa'l'a 470 milhões<br />

em 1952 e 447 milhões em 1953.<br />

A relatório 'lembra que 1951 constituiu<br />

um ano «record» tanto na produção<br />

como no consumo.<br />

Em 1952 a produção e o consumo<br />

baixaram de trinta mi•lhões de toneladas.<br />

Este fenómeno verificou-se es-<br />

pecialmente nos Estados Unidos, visto<br />

que em todas as outras regiões a produção<br />

e o consumo aumentamm.<br />

Neste mesmo ano, as toransacções<br />

mundiais sobre carvão e briquetes<br />

passamm de 127 mi·lhões de toneladas<br />

para 120 milhões. Em 19'51, o consumo<br />

interior (com excepção da Europa<br />

Oriental, Rússia, China continental<br />

e Coreia do Norte) totalizou<br />

1.146 toneladas, das quais 548 milhões<br />

foram utilizadas pela indústria.<br />

A produção brasileira de aço<br />

e ferro<br />

1. A produção brasileira de aço<br />

em 1953 elevou-se a 982.880 toneladas,<br />

representando um valor de cruzeiros<br />

2.043.982.000. A produção siderúrgica<br />

brasileira dividiu - se como<br />

segue: Rio de Janeiro 522.894 toneladas,<br />

São Paulo 227.966 toneladas, Mi-<br />

52<br />

HOSPITAIS<br />

PORTUGUESES<br />

53


~~ettda<br />

PARA OS MESES DE JULHO E AGOSTO<br />

Nota do mês<br />

-A seca tem prejudicado um<br />

pouco certos abastecimentos agrícolas.<br />

-Estamos em plena época de<br />

fruta. Forneça-a com a abundância<br />

possível aos seus doentes e pessoal.<br />

A palavra «possível» refere-se às disponibilidades<br />

financeiras ...<br />

-É boa altura de fazer o seu<br />

abastecimento de cobertores para o<br />

próximo inverno.<br />

-Insista na cobrança dos débitos<br />

em atrazo para não ter dificuldades<br />

de Tesouraria no fim do ano.<br />

- Prepare o plano de férias do seu<br />

pessoal para evitar que os serviços<br />

sofram prejuízo no seu bom funcionamento.<br />

Obrigações legais regulamentares<br />

Ver noo nossos números anteriores<br />

esta rubrka que se repete normalmente<br />

em todos os meses.<br />

Obrigações legais específicas<br />

-Até ao fim de Julho deve enviar-se<br />

ao Instituto Nacional de Estatística,<br />

o mapa descriminado da produção<br />

de gdo no 1. o semestre. Esta<br />

obrigação ·entende-se •apenas para os<br />

hospitais que possuam fabricação de<br />

gelo.<br />

-No mês de Agosto dev·em asescolas<br />

de enrermagem anunciar a abertum<br />

das matrícul-as.<br />

Lembranças diversas<br />

- Mande dar uma revisão g-eral<br />

aos te'}hados, agoTa que não çhove.<br />

-Como funciona todo o s-eu serviço<br />

contra incêndios ?<br />

- Embom paTeça impossível, o<br />

cerro é que os preços obtidos nos concursos<br />

públicos ou paTticulares são<br />

algum·as vezes menos vantajosos do<br />

que os que s·e conseguiriam pela simples<br />

compra directa do mercado. Permitimo-nos,<br />

por isso, lembrar-lhe a<br />

conveniência de confrontar aquell.oes<br />

preços com os das lojas suas conhecidas<br />

ou mesmo desconhecidas. Verá<br />

que surg•em surpresas de quando em<br />

quando.<br />

-Já pagou a ass1natuTa de «<strong>Hospitais</strong><br />

<strong>Portugueses</strong>» ? Não calcu'la<br />

quanto •1he agradecerá •a Administração<br />

se o fizer imediatamente.<br />

PRECURSORES .E<br />

ESPECIALISTAS<br />

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PARENTERAL<br />

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