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Imagem Ilustrativa<br />
AUTORES:<br />
ANNE CAROLINE CEZIMBRA DA SILVA 1 ,<br />
LUARA DA SILVA 1 ,<br />
TÁSSIA BOMBARDIERI HOFFMANN 1 ,<br />
ELOIR DUTRA LOURENÇO 2 .<br />
artigo 2<br />
034<br />
caracterizada pela alteração e inversão dos<br />
hormônios LH e FSH, (altas concentrações<br />
plasmáticas de LH associadas a concentrações<br />
normais ou reduzidas de FSH) (22).<br />
A presença de sangramento disfuncional<br />
ocorre devido a constante exposição<br />
do endométrio ao estrogênio, ocasionando<br />
um crescimento descontrolado que supera<br />
a capacidade de fornecimento de sangue,<br />
resultando em sangramento intenso, frequentemente<br />
confundido com período<br />
menstrual. (24). A SOP é a causa mais comum<br />
de infertilidade anovulatória, sendo<br />
responsável por 90 a 95% dos casos de<br />
infertilidade feminina presentes em clínicas<br />
de fertilização, porém cerca de 60% das<br />
mulheres com SOP são férteis. Do total de<br />
mulheres que possuem infertilidade juntamente<br />
com SOP, cerca de 90% estão acima<br />
do peso. A obesidade atua agravando de<br />
forma independente a infertilidade, reduzindo<br />
a eficácia do tratamento e induzindo<br />
a um risco aumentado de aborto (11).<br />
Os anticoncepcionais combinados são<br />
empregados em pacientes com anovulação<br />
ou com hiperandrogenismo, pois<br />
os estrogênios diminuem os níveis androgênicos<br />
circulantes ao incrementar<br />
os níveis séricos de globulina ligadora de<br />
hormônios sexuais e diminuir a atividade<br />
da 5α-redutase. Contudo, as mulheres<br />
com SOP e SM têm alta prevalência de<br />
aterosclerose subclínica, refletindo na desregulação<br />
da função endotelial, bem como<br />
em anomalias na coagulação e no sistema<br />
fibrinolítico, aumentando o risco de fenômenos<br />
tromboembólicos. Por essa razão,<br />
alguns autores acreditam que a escolha de<br />
anticoncepcionais combinados representa<br />
um desafio para o clínico (25).<br />
Alteração no metabolismo<br />
da glicose<br />
Mulheres com SOP apresentam elevado<br />
risco de desenvolvimento de anormalidades<br />
no metabolismo da glicose quando<br />
jovens, demonstrando uma conversão<br />
rápida para alterações na glicose em jejum<br />
e na tolerância à glicose, assim como para<br />
diabetes mellitus II (DM2) (7; 11). Estudos<br />
clínicos demonstram que cerca de 31 a 35%<br />
de pacientes com SOP possuem tolerância à<br />
glicose alterada e cerca de 7,5 a 10% apresentam<br />
DM2. Ademais, a SOP eleva de 5 a<br />
10 vezes a chance de haver uma conversão<br />
da intolerância à glicose para DM2.<br />
A oligomenorréia atua como marcador<br />
substituto altamente preditivo para SOP e<br />
quando presente eleva a taxa de conversão<br />
para DM2 em duas vezes em comparação<br />
com pacientes que apresentam eumenorréia,<br />
independente da massa corporal,<br />
indicando que a oligomenorréia é um fator<br />
preditivo a parte para o desenvolvimento<br />
de DM2. Um estudo retrospectivo revelou<br />
que 27% de mulheres na pré-menopausa<br />
com DM2 tem SOP e que 82% possuem<br />
ovário policístico (7). A IDF identificou a<br />
SOP como fator significativo não modificável<br />
associado a DM2. A tolerância à glicose<br />
alterada também é um fator preditivo<br />
para DM2, assim como para mortalidade<br />
de doenças cardiovasculares em mulheres<br />
com SOP (11).<br />
Consequências na Gestação<br />
A SOP apresenta excesso de androgênio<br />
e hiperinsulinemia na gestação, fatores<br />
que afetam de uma forma adversa o período<br />
gestacional. Há risco elevado para<br />
presença de pré-eclampsia, dado o IMC<br />
elevado na presença de SOP e a alta taxa<br />
de gestações múltiplas, consequentes de<br />
tratamentos de fertilidade realizados pela<br />
paciente. (1). Entretanto, pacientes com<br />
gravidez única, assim como gestantes de<br />
múltiplos, apresentam risco aumentado<br />
de diabetes mellitus gestacional (DMG),<br />
além de hipertensão induzida pela gestação<br />
e parto prematuro (1).<br />
A DMG possui prevalência de 0,2 a<br />
20%, variando conforme o método de<br />
rastreio, idade gestacional e população<br />
de estudo, é definida como a redução da<br />
tolerância à glicose induzida pela gravidez,<br />
possivelmente como consequência de alterações<br />
fisiológicas no metabolismo da<br />
glicose (2). O descontrole da DMG leva a<br />
efeitos na mãe e no feto, podendo provocar<br />
macrosomia, presença de natimorto<br />
ou traumas no parto. As semelhanças<br />
entre a SOP e a DMG deixa clara a relação<br />
existente entre as patologias, alguns estudos<br />
demonstram a associação de SOP com<br />
DMG e resistência à insulina, deixando<br />
claro que atua de forma independente no<br />
desenvolvimento de DMG. Porém, outros<br />
estudos alegam que não há relação entre<br />
DMG e mulheres com SOP, uma vez que a<br />
prevalência não é elevada. (2)<br />
Considerações Finais<br />
A síndrome dos ovários policísticos<br />
(SOP) é uma desordem endócrino-metabólica<br />
frequente, que acomete mulheres<br />
em idade reprodutiva (3). A SOP apresenta<br />
fatores de risco para desenvolvimento de<br />
doença cardiovascular (DCV), tais como<br />
resistência à insulina, dislipidemia, diabetes<br />
mellitus, hipertensão arterial sistêmica,<br />
disfunção endotelial, obesidade central e<br />
marcadores pró-inflamatórios crônicos.<br />
Dessa forma, mulheres com SOP apresentam<br />
maior tendência para o desenvolvimento<br />
precoce de distúrbios clínicos desfavoráveis,<br />
como a síndrome metabólica<br />
(SM) (15). A SM não possui fisiopatologia<br />
esclarecida, mas a maioria dos estudos<br />
indica uma associação de fatores, estes<br />
envolvidos também na patogenia da SOP,<br />
são eles: resistência à insulina, obesidade<br />
e anormalidades vasculares e de coagulação<br />
(7). Visto a alta prevalência de SM<br />
em mulheres com SOP, principalmente na<br />
presença de resistência à insulina. É necessária<br />
uma triagem dessas pacientes, além<br />
disso, seus tratamentos devem abranger<br />
as complicadas inter-relacionais existentes<br />
com a dislipidemia, obesidade, resistência<br />
à insulina, síndrome metabólica e parâmetros<br />
hormonais, minimizando ao máximo<br />
o risco para o desenvolvimento de<br />
patologias de difícil manejo como a DM2,<br />
intolerância à glicose e DCV (1; 5).<br />
Revista NewsLab | Fev/Mar 2019<br />
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