Revista Cleto Fontoura 25º

PATRIMÔNIO
Apesar de todos os investimentos feitos para atrair os
visitantes, um dos principais cartões-postais de Bonito
é a gruta do Lago Azul, tombada pelo Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 1978.
Considerada uma das maiores cavidades inundadas do
planeta, possui um lago de águas intensamente azuladas.
Para chegar até ele, é preciso descer quase 300
degraus, o que equivale a um prédio de 12 andares. O
acesso é controlado e nunca há mais que 15 por grupo
visitando o espaço.
Além disso, há um limite de 305 visitantes por dia, divididos
em grupos com saídas em horários estipulados, sempre
acompanhadas por guias de turismo locais. Por isso é preciso
se programar e reservar a visita com antecedência.
As visitações ocorrem das 7h às 14h e demoram em
média uma hora e meia entre a descida e a subida. A
cada 20 minutos, um grupo inicia a visitação.
Como a cor azulada é fruto da incidência do sol combinado
com outros fatores como localização da gruta e
presença de minerais no fundo do lago é importante planejar
o horário de visita. Nas primeiras horas da manhã o
azul fica ainda mais intenso. E entre dezembro e o início
de janeiro o azul é ainda mais forte.
As várias estalactites e estalagmites da caverna são outro
atrativo. No local já foram encontrados vários fósseis
de animais pré-históricos, entre eles o de uma preguiça
gigante e de um tigre dente de sabre, os quais viveram
durante o período geológico do Pleistoceno (6.000 a
10.000 anos atrás).
Atenção: o acesso é permitido apenas a partir dos 5
anos de idade e é obrigatório o uso de capacete e tênis
ou papete de trilha com solado de borracha.
DIVERSÃO
Tanto os atrativos de contemplação como as atividades
de aventura e de esportes radicais são realizados em
propriedades particulares, com exceção da própria gruta
do Lago Azul e do Balneário Municipal, que são administrados
pela prefeitura. Os locais para visitação estão
entre 7 e 55 quilômetros da área urbana e acesso é feito
por estradas de terra.
Durante a visita a Bonito, os turistas também podem
conhecer sobre os peixes locais visitando o aquário,
que oferece um passeio educativo e recreativo. Nele
estão mais de 60 espécies de peixes encontrados na
Serra da Bodoquena e Pantanal.
O Aquário de Bonito é composto de 32 tanques que
abrigam espécies ornamentais pantaneiras, arraias de
água doce, jaus, pintados, cacharas, pacus e dourados.
A visitação é feita juntamente com um guia que passa as
informações, tira dúvidas e curiosidades dos visitantes.
No tanque das Arraias, e permitido ao visitante interagir
alimentando ou mesmo tocando as arraias, com a supervisão
do guia.
GASTRONOMIA
Outro ponto alto de Bonito é a gastronomia. Na cidade
há uma infinidade de lugares para comer, como os
tradicionais restaurantes de culinária regional a base de
peixes de água doce. Mas também existem os quiosques
de tapioca, lanches, pizzas e restaurantes de carnes
exóticas, inclusive a de jacaré.
Grande parte desses estabelecimentos ficam no centrinho
da cidade e são de fácil acesso.
Bonito também é conhecida pela bebida que dá nome a
um dos mais tradicionais bares da cidade, o Taboa. Ela
é resultado da mistura de cachaça, mel, canela, guaraná
em pó e outras ervas naturais.
O local onde ela é produzida a bebida integra o roteiro
cultural-turístico de Bonito. O visitante pode apreciar o
açude com plantação de Taboa, ervas que compõem a
mistura, o processo de montagem das garrafas com revestimento
em palha, setor de rotulagem, envasamento
e degustar a cachaça durante o percurso.
ARTESANATO
Por fim, quem visita Bonito pode levar para casa amostras
da cultura regional nas lojas de venda de artesanato
espalhadas pelo centro da cidade.
Uma das principais manifestações culturais da região
é representada pelo artesanato feito da reciclagem do
osso bovino, couro e restos de madeira, que busca alternativas
produtivas, focadas na preservação ambiental
e na criação de fonte de renda sustentável para a população
mais carente da região.