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<strong>Revista</strong><br />
Ano 18 - <strong>Ed</strong>ição <strong>104</strong> - Dez/Jan<br />
EDITORIAL<br />
Primeiramente gostaríamos de agradecer a todos os nossos anunciantes, leitores e colaboradores por construírem<br />
a <strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> conosco e desejar um ótimo ano a todos!<br />
Chegamos à <strong>104</strong>ª edição da <strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong>, cuidadosamente preparada trazendo a maior gama de assuntos<br />
referentes ao setor de controle de qualidade industrial. A nossa revista traz um material abrangente. Contamos,<br />
desta vez, com dois artigos que abordam diferentes temas: o primeiro sobre a construção de agitadores magnéticos<br />
utilizando lixo eletrônico como alternativa de baixo custo para montagem de laboratórios e reutilização de<br />
materiais descartados; e o segundo artigo sobre a efetividade do boro no controle da reatividade dos reatores<br />
nucleares refrigerados a água leve.<br />
Além dos artigos científicos supracitados, temos também a seção Espectrometria de massas apresentando um<br />
artigo sobre o sistema de vácuo na espectrometria de massas. Contamos com a seção Metrologia apresentando<br />
um artigo com tema “A caminho da indústria 3.0”. Para complementar, na seção microbiologia apresentamos um<br />
artigo discutindo os ensaios microbiológicos para produtos não estéreis.<br />
Todo esse conteúdo, associado à uma importante agenda de eventos e as melhores inovações e soluções do<br />
mercado de controle de qualidade industrial, reunindo as maiores empresas do ramo. Agradecemos a todos que<br />
colaboraram com essa edição, e a todos os leitores.<br />
Boa leitura a todos!<br />
JOÃO GABRIEL DE ALMEIDA<br />
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Comercial | Para Assinaturas | Renovação | Para Anunciar:<br />
Daniela Faria | 11 98357-9843 | assinatura@revistaanalytica.com.br<br />
Tel.: 11 3900-2390 | Dúvidas, críticas e ou sugestões, entre em<br />
contato, teremos prazer em atendê-lo.<br />
Para novidades na área de instrumentação analítica, controle<br />
de qualidade e pesquisa, acessem nossas redes sociais:<br />
/<strong>Revista</strong><strong>Analytica</strong><br />
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/revistaanalytica<br />
Esta publicação é dirigida a laboratórios analíticos e de controle de qualidade dos setores:<br />
FARMACÊUTICO | ALIMENTÍCIO | QUÍMICO | MINERAÇÃO | AMBIENTAL | COSMÉTICO | PETROQUÍMICO | TINTAS<br />
Os artigos assinados sâo de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente a opinião da <strong>Ed</strong>itora.<br />
EXPEDIENTE<br />
Realização: DEN <strong>Ed</strong>itora<br />
Conselho <strong>Ed</strong>itorial: Sylvain Kernbaum | revista@revistaanalytica.com.br<br />
Jornalista Responsável: João Gabriel de Almeida | editoria@revistaanalytica.com.br<br />
Publicidade e Redação: Daniela Faria | 11 98357-9843 | assinatura@revistaanalytica.com.br<br />
Coordenação de Arte: FC DESIGN - contato@fcdesign.com.br<br />
Impressão: Gráfica Mundo | Periodicidade: Bimestral
<strong>Revista</strong><br />
Ano 18 - <strong>Ed</strong>ição <strong>104</strong> - Dez/Jan<br />
ÍNDICE<br />
Artigo 1<br />
10<br />
Agitador Magnético<br />
Utilizando Lixo Eletrônico<br />
01<br />
06<br />
08<br />
<strong>Ed</strong>itorial<br />
Publique na <strong>Analytica</strong><br />
Agenda<br />
Autores: Técnico João Carlos Balotari da Silva, Prof. Dr.Marcos Roberto Ruiz,<br />
Prof. Paulo Roberto da Silva Ribeiro, Prof.Marco Tulio Frade Bornia.<br />
Artigo 2<br />
20<br />
Experimento para Levantamento do Efeito do Boro<br />
na Reatividade do Reator Nuclear de Pesquisa<br />
Triga IPR-R1<br />
Autores: Amir Zacarias Mesquita, Isabela Carolina Reis, Vitor Fernandes de<br />
Almeida, Rogerio Rivail Rodrigues.<br />
2<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Dez/Jan 2020<br />
Em Foco Científico<br />
26<br />
Por que funis descartáveis são alternativas<br />
cada vez mais adotadas pelas empresas<br />
para análises microbiológicas?<br />
22<br />
24<br />
28<br />
30<br />
Espectrometria de Massa<br />
Metrologia<br />
Microbiologia<br />
Em Foco
<strong>Revista</strong><br />
Ano 18 - <strong>Ed</strong>ição <strong>104</strong> - Dez/Jan<br />
ÍNDICE REMISSIVO DE ANUNCIANTES<br />
ordem alfabética<br />
Anunciante pág. Anunciante pág.<br />
A3Q 03<br />
Analitica Lab 17<br />
Ansell<br />
2ª Capa<br />
BCQ 07<br />
Bio Scie<br />
4ª Capa<br />
Greiner 33<br />
Las do Brasil 05<br />
Merck 29<br />
Nova Analitica / Adr 25<br />
Prime Cargo<br />
3ª Capa<br />
Sensoglass 09<br />
Veolia 35<br />
Esta publicação é dirigida a laboratórios analíticos e de controle de qualidade dos setores:<br />
FARMACÊUTICO | ALIMENTÍCIO | QUÍMICO | MINERAÇÃO | AMBIENTAL | COSMÉTICO | PETROQUÍMICO | TINTAS<br />
Os artigos assinados sâo de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente a opinião da <strong>Ed</strong>itora.<br />
4<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Dez/Jan 2020<br />
Conselho <strong>Ed</strong>itorial<br />
Carla Utecher, Pesquisadora Científica e chefe da seção de controle Microbiológico do serviço de controle de Qualidade do I.Butantan - Chefia Gonçalvez Mothé, Prof ª Titular da Escola de Química da Escola de<br />
Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro - Elisabeth de Oliveira, Profª. Titular IQ-USP - Fernando Mauro Lanças, Profª. Titular da Universidade de São Paulo e Fundador do Grupo de Cromatografia (CROMA)<br />
do Instituto de Química de São Carlos - Helena Godoy, FEA / Unicamp - Marcos E berlin, Profª de Química da Unicamp, Vice-Presidente das Sociedade Brasileira de Espectrometria de Massas e Sociedade Internacional<br />
de Especteometria de Massas - Margarete Okazaki, Pesquisadora Cientifica do Centro de Ciências e Qualidade de Alimentos do Ital - Margareth Marques, U.S Pharmacopeia - Maria Aparecida Carvalho de<br />
Medeiros, Profª. Depto. de Saneamento Ambiental-CESET/UNICAMP - Maria Tavares, Profª do Instituto de Química da Universidade de São Paulo - Shirley Abrantes Pesquisadora titular em Saúde Pública do INCQS<br />
da Fundação Oswaldo Cruz - Ubaldinho Dantas, Diretor Presidente de OSCIP Biotema, Ciência e Tecnologia, e Secretário Executivo da Associação Brasileira de Agribusiness.<br />
Colaboraram nesta <strong>Ed</strong>ição:<br />
<strong>Ed</strong>uardo Pimenta Almeida de Melo, Luciano Nascimento, Anastasiia Melnyk, Oliveira ML, Pereira AS, Rodrigues KM, França RF, Assis IB, Arena Técnica,<br />
Oscar Vega Bustillos, Américo Tristão, Claudio Kiyoshi Hirai.
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<strong>Revista</strong><br />
Ano 18 - <strong>Ed</strong>ição <strong>104</strong> - Dez/Jan<br />
PUBLIQUE NA ANALYTICA<br />
Normas de publicação para artigos e informes assinados<br />
A <strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong>, em busca constante de novidades em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas para publicação de artigos, aos<br />
autores interessados. Caso precise de informações adicionais, entre em contato com a redação.<br />
Informações aos Autores<br />
Bimestralmente, a revista <strong>Analytica</strong> publica<br />
editoriais, artigos originais, revisões, casos<br />
educacionais, resumos de teses etc. Os editores<br />
levarão em consideração para publicação toda<br />
e qualquer contribuição que possua correlação<br />
com as análises industriais, instrumentação e o<br />
controle de qualidade.<br />
Todas as contribuições serão revisadas e analisadas<br />
pelos revisores.<br />
Os autores deverão informar todo e qualquer<br />
conflito de interesse existente, em particular<br />
aqueles de natureza financeira relativo<br />
a companhias interessadas ou envolvidas em<br />
produtos ou processos que estejam relacionados<br />
com a contribuição e o manuscrito<br />
apresentado.<br />
Acompanhando o artigo deve vir o termo<br />
de compromisso assinado por todos os autores,<br />
atestando a originalidade do artigo, bem<br />
como a participação de todos os envolvidos.<br />
Os manuscritos deverão ser escritos em português,<br />
mas com Abstract detalhado em inglês.<br />
O Resumo e o Abstract deverão conter as<br />
palavras-chave e keywords, respectivamente.<br />
As fotos e ilustrações devem preferencialmente<br />
ser enviadas na forma original, para<br />
uma perfeita reprodução. Se o autor preferir<br />
mandá-las por e-mail, pedimos que a resolução<br />
do escaneamento seja de 300 dpi’s, com<br />
extensão em TIF ou JPG.<br />
Os manuscritos deverão estar digitados e enviados<br />
por e-mail, ordenados em título, nome<br />
e sobrenomes completos dos autores e nome<br />
da instituição onde o estudo foi realizado.<br />
Além disso, o nome do autor correspondente,<br />
com endereço completo fone/fax e e-mail<br />
também deverão constar. Seguidos por resumo,<br />
palavras-chave, abstract, keywords, texto<br />
(Ex: Introdução, Materiais e Métodos, Parte<br />
Experimental, Resultados e Discussão, Conclusão)<br />
agradecimentos, referências bibliográficas,<br />
tabelas e legendas.<br />
As referências deverão constar no texto com o<br />
sobrenome do devido autor, seguido pelo ano<br />
da publicação, segundo norma ABNT 10520.<br />
As identificações completas de cada referência<br />
citadas no texto devem vir listadas no fim,<br />
com o sobrenome do autor em primeiro lugar<br />
seguido pela sigla do prenome. Ex.: sobrenome,<br />
siglas dos prenomes. Título: subtítulo do<br />
artigo. Título do livro/periódico, volume, fascículo,<br />
página inicial e ano.<br />
Evite utilizar abstracts como referências. Referências<br />
de contribuições ainda não publicadas<br />
deverão ser mencionadas como “no prelo”<br />
ou “in press”.<br />
Observação: É importante frisar que a <strong>Analytica</strong> não informa a previsão sobre quando o artigo será publicado. Isso se deve ao fato que, tendo em<br />
vista a revista também possuir um perfil comercial – além do técnico cientifico -, a decisão sobre a publicação dos artigos pesa nesse sentido. Além<br />
disso, por questões estratégicas, a revista é bimestral, o que incorre a possibilidade de menos artigos serem publicados – levando em conta uma<br />
média de três artigos por edição. Por esse motivo, não exigimos artigos inéditos – dando a liberdade para os autores disponibilizarem seu material<br />
em outras publicações.<br />
6<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Dez/Jan 2020<br />
ENVIE SEU TRABALHO<br />
Os trabalhos deverão ser enviados ao endereço:<br />
A/C: João Gabriel de Almeida – redação<br />
Av. Nove de Julho, 3.229 - Cj. 1110 - 01407-000 - São Paulo-SP<br />
Ou por e-mail: editoria@revistaanalytica.com.br<br />
Para outras informações acesse: http://www.revistaanalytica.com.br/publique/
DESDE 2000<br />
Conceito de qualidade em Microbiologia<br />
Novas e modernas instalações<br />
Equipe capacitada e comprometida<br />
Acreditações: REBLAS / CGCRE-INMETRO /ABNT NBR ISO/IEC 17025:2017<br />
comercial@bcq.com.br - www.bcq.com.br - TEL.: 55 11 5083-5444
Agenda<br />
agenda<br />
38º Encontro Nacional dos Estudantes de Química<br />
Data: 19/01 a 25/01 de 2020<br />
Local: R. Baraúnas, 351 - Universitário, Campina Grande/PB<br />
Informações: https://www.enequi.com.br/<br />
XIV Encontro Nacional dos Estudantes de Engenharia Elétrica<br />
Data: 03/02/2020 a 07/02/2020<br />
Local: UFPA - Universidade Federal do Pará | Portão n.6 – Belém/PA<br />
Informações: https://www.even3.com.br/eneeel2020/<br />
Fórum Mundial para Mulheres na Ciência<br />
Data: 10 a 14 de fevereiro de 2020<br />
Local: Academia Brasileira de Ciências | Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas - Rio de Janeiro/RJ<br />
Informações: http://www.abc.org.br/evento/wfwsbr20/<br />
VII Curso de Verão IFGW – “A Física Computacional”<br />
Data: 17 a 20 de fevereiro de 2020<br />
Local: Campinas/SP<br />
Informações:<br />
https://agenda.galoa.com.br/evento/curso-verao-2020-vii-curso-verao-ifgw-fisica-computacional<br />
8<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Dez/Jan 2020<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2020
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Artigo 1<br />
Autores:<br />
Técnico João Carlos Balotari da Silva<br />
Prof. Dr.Marcos Roberto Ruiz<br />
Prof. Paulo Roberto da Silva Ribeiro<br />
Prof.Marco Tulio Frade Bornia<br />
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI<br />
“Santo Paschoal Crepaldi” - Presidente Prudente - SP.<br />
Agitador Magnético<br />
Utilizando Lixo Eletrônico<br />
Imagem Ilustrativa<br />
10<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Dez/Jan 2020<br />
Resumo<br />
A agitação magnética é uma operação de<br />
suma importância na trituração, homogeneização<br />
e mistura de materiais e indispensável<br />
à maioria das outras operações laboratoriais,<br />
em um laboratório de análises químicas ou<br />
de ensino são necessárias muitas unidades<br />
de agitadores, desta forma, são muito importantes<br />
a questão de custo do equipamento e<br />
sua respectiva manutenção. Nos laboratoriais<br />
industriais, que realizam análises de controle<br />
de qualidade os agitadores magnéticos são<br />
insubstituíveis. Alternativas de construção de<br />
equipamentos com baixo custo para montagem<br />
de laboratórios e reutilização de materiais<br />
descartados, fora a principal motivação deste<br />
trabalho. Somando o crescente aumento de<br />
lixo eletrônico descartado no meio ambiente e<br />
o alto custo na produção de equipamentos laboratoriais,<br />
este artigo descreve que é possível<br />
construir um Agitador Magnético utilizando<br />
materiais recicláveis. De forma acessível, prática<br />
e barata, é possível construir o aparelho,<br />
dentro das Boas Práticas Laboratoriais, respeitando<br />
o meio ambiente e consequentemente<br />
ajudando toda a sociedade.<br />
Palavras-chave: Agitador magnético; lixo eletrônico;<br />
otimização.<br />
Abstract<br />
Magnetic stirring is a very important operation<br />
in the grinding, homogenization and<br />
mixing of materials and indispensable to<br />
most other laboratory operations, in a laboratory<br />
of chemical analysis or of teaching it<br />
is necessary many units of agitators, in this<br />
way, they are very important the question<br />
of cost of the equipment and its respective<br />
maintenance. In industrial laboratories, which<br />
carry out quality control analyzes, magnetic<br />
stirrers are irreplaceable. Alternatives<br />
of construction of equipment with low cost<br />
for assembly of laboratories and reutilization<br />
of discarded materials, was the main<br />
motivation of this work. Adding to the increasing<br />
increase in effluent discarded in the<br />
environment and the high cost of producing<br />
laboratory equipment, this article describes<br />
that it is possible to build a Magnetic Stirrer<br />
using recyclable materials. In an accessible,<br />
practical and inexpensive way, it is possible<br />
to build the device, within Good Laboratory<br />
Practices, respecting the environment and<br />
consequently helping the whole society.<br />
Keywords: Magnetic stirrer; electronic waste; optimization.<br />
Introdução<br />
A temática ambiental está em evidência<br />
na atualidade, sendo pauta de diversas discussões<br />
nos diferentes espaços educacionais.<br />
É sabido que ações e estudos que visam minimizar<br />
ou até mesmo extinguir um dano<br />
ambiental, são de suma importância para<br />
toda comunidade. Dentre estas ações, inclui-<br />
-se as Boas Práticas Laboratoriais (BPL). E foi<br />
justamente durante as aulas deste tema, que<br />
houve a ideia de produzir – de forma prática,<br />
barata e acessível – um Agitador Magnético<br />
utilizando lixo eletrônico, equipamento muito<br />
utilizado em diversas práticas e procedimentos<br />
laboratoriais.<br />
De acordo com Ribeiro, D. 2012, o Agitador<br />
Magnético é um aparelho de laboratório destinado<br />
a agitar soluções por meio de uma pequena<br />
barra magnética movida por um campo<br />
magnético rotativo. O agitador magnético foi<br />
patenteado por Arthur Rosinger, a 6 de junho<br />
de 1944 (Patente número 2350534).<br />
Os agitadores magnéticos são utilizados<br />
para agitar líquidos ou soluções por longos<br />
períodos. São muito requisitados nos diversos<br />
tipos de titulações e no processo de<br />
Starter de levedura na produção de cervejas<br />
artesanais quando o mosto cervejeiro possui<br />
uma Original Gravity (OG) mais alta que a especificada<br />
no fermento ou quando o volume<br />
do mosto é maior que o volume especificado<br />
pelo fornecedor do fermento, sendo necessário<br />
de 24 a 48 horas de agitação para propagação<br />
das leveduras.
São aparelhos visualmente similares às placas<br />
de aquecimento de laboratório, possuindo<br />
um prato superior de alumínio, de vidro ou<br />
de material cerâmico. Por baixo deste prato<br />
encontra-se um motor de velocidade regulável<br />
ligado a um imã em rotação que faz rodar<br />
uma pequena barra magnetizada, protegida<br />
por material de plástico ou de vidro, que é<br />
colocada no interior da solução a ser agitada.<br />
Analisando os componentes de um agitador<br />
magnético, vislumbrou-se a possibilidade de<br />
desenvolvimento de um agitador utilizando<br />
materiais eletrônicos recicláveis. Em quase<br />
todas as cidades do estado de São Paulo são<br />
realizadas campanhas de coleta de lixo eletrônico,<br />
partes destes componentes podem ser<br />
aproveitados para desenvolvimento de muitos<br />
equipamentos para laboratório, reduzindo significativamente<br />
os custos.<br />
É caracterizado como lixo eletrônico os “resíduos<br />
da rápida obsolescência de equipamentos<br />
eletrônicos, que incluem computadores e<br />
eletrodomésticos, entre outros dispositivos.<br />
Tais resíduos, descartados em lixões, constituem-se<br />
num sério risco para o meio ambiente,<br />
pois possuem em sua composição metais<br />
pesados altamente tóxicos” (GUERIN, 2008) e<br />
(OLIVEIRA, 2014).<br />
O método convencional para tratamento de<br />
resíduos eletrônicos tem sido até bem pouco<br />
tempo a disposição final destes em aterros<br />
sanitários e/ou incineração. (KANG & SCHO-<br />
ENUNG, 2005) e (ANDREADE, 2011).<br />
De acordo com reportagem publicada pela<br />
<strong>Revista</strong> Exame em fevereiro deste ano, geração<br />
anual de resíduos REEE passa de 40 milhões de<br />
toneladas. Só em 2016, o mundo gerou 44,7<br />
milhões de toneladas deste tipo de lixo, que é<br />
equivalente ao peso de 4.500 torres Eiffel.<br />
Só o Brasil gerou 1,5 milhões de toneladas,<br />
sendo o segundo país do continente americano<br />
que mais gera estes resíduos, atrás somente do<br />
EUA, com 6,3 milhões toneladas/ano. No ranking<br />
mundial, nosso país está em 7º lugar dos que<br />
mais geram lixo eletrônico, (BARBOSA, 2018).<br />
Segundo a matéria publicada no site Ecycle<br />
o lixo eletrônico descartado de forma incorreta<br />
libera diversos metais pesados e resíduos tóxicos,<br />
podendo contaminar o solo e os lençóis<br />
freáticos, colocando em risco a saúde. O cobre<br />
metal muito utilizado no interior cooler (ventoinha)<br />
causa intoxicação aguda, provocando<br />
náuseas, vômitos, diarreias, anemia; intoxicação<br />
crônica, como insuficiência hepática, além<br />
de ser cancerígeno.<br />
Para o desenvolvimento do Agitador Magnético,<br />
foram utilizados materiais recicláveis<br />
do lixo eletrônico, sendo 01 (um) imã de Hard<br />
Disk (HD) e 01 (um) cooler (ventoinha). A<br />
montagem foi simples e rápida.<br />
Foi efetuado 4 furos de 4 mm no fundo da<br />
caixa de passagem de energia, Figura 1, em<br />
seguida foi fixado 4 parafusos, e 4 porcas Figura<br />
2 ao cooler (ventoinha) Figura 3 de computador<br />
e no centro dele, aderido com cola<br />
quente um imã de Hard Disk (HD) Figura 4.<br />
Método<br />
Com conhecimentos básicos de eletrônica,<br />
foi instalado dentro da caixa um dimmer, Figuras<br />
6 e 7, que tem a função de controlar a<br />
velocidade do cooler. As Figuras 8 e 9 demonstram<br />
o esquema eletrônico utilizado para a<br />
Figura 1. Caixa de Passagem de Energia.<br />
Fonte: Próprio Autor.<br />
montagem do dimmer. Em seguida utilizando<br />
de fios eletrônicos foi realizada a ligação do<br />
cooler com a fonte de energia a Figura 10 ilustra<br />
a ligação. Ao ligá-lo, o imã gira em sentido<br />
anti-horário e interagem com o campo magnético<br />
da barra magnética “peixinho” agitando<br />
o líquido presente. A Figura 11 demonstra o<br />
agitador magnético produzindo um vórtex<br />
necessário para a mistura de líquidos.<br />
Figura 2: Parafusos.<br />
Fonte: Próprio Autor.<br />
Figura 3: Cooler (ventoinha).<br />
Fonte: Próprio Autor.<br />
Figura 4: Imã de hard disk (HD).<br />
Fonte: Próprio Autor.<br />
Figura 5: Imã de hard disk (HD) aderido no cooler.<br />
Fonte: Próprio Autor.<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Dez/Jan 2020<br />
11
Artigo 1<br />
Imagem Ilustrativa<br />
Autores:<br />
Técnico João Carlos Balotari da Silva<br />
Prof. Dr.Marcos Roberto Ruiz<br />
Prof. Paulo Roberto da Silva Ribeiro<br />
Prof.Marco Tulio Frade Bornia<br />
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI<br />
“Santo Paschoal Crepaldi” - Presidente Prudente - SP.<br />
Com conhecimentos básicos de eletrônica,<br />
foi instalado dentro da caixa um dimmer, Figuras<br />
6 e 7, que tem a função de controlar a<br />
velocidade do cooler. As Figuras 8 e 9 demonstram<br />
o esquema eletrônico utilizado para a<br />
montagem do dimmer. Em seguida utilizando<br />
de fios eletrônicos foi realizada a ligação do<br />
cooler com a fonte de energia a Figura 10 ilustra<br />
a ligação. Ao ligá-lo, o imã gira em sentido<br />
anti-horário e interagem com o campo magnético<br />
da barra magnética “peixinho” agitando<br />
o líquido presente. A Figura 11 demonstra o<br />
agitador magnético produzindo um vórtex<br />
necessário para a mistura de líquidos.<br />
Figura 6: Dimmer – controlador de velocidade.<br />
Fonte: Próprio Autor.<br />
Figura 9: Dimmer – esquema eletrônico.<br />
Fonte: Próprio Autor.<br />
Figura 7: Dimmer instalado.<br />
Fonte: Próprio Autor.<br />
Figura 10: Ligação Cooler, Dimmer e<br />
Fonte de energia.<br />
Fonte: Próprio Autor.<br />
Figura 8: Dimmer - esquema eletrônico.<br />
Fonte: Próprio Autor.<br />
Figura 11: Agitador magnético em<br />
funcionamento.eletrônico.<br />
Fonte: Próprio Autor.<br />
Resultados e Discussões<br />
Após a construção do agitador magnético<br />
foram realizados os ensaios com soluções<br />
de densidade próxima da água em vidrarias<br />
diversas, o que possibilitou a realização de<br />
diversas titulações.<br />
A Tabela 1 apresenta o tamanho do vórtex<br />
formado em cada vidraria e em quantidades<br />
diferentes.<br />
Tabela 1: Tamanho do vórtex<br />
Tabela 2: Materiais utilizados para<br />
construção do agitador<br />
12<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Dez/Jan 2020<br />
Materiais<br />
Para construção do agitador magnético os<br />
materiais foram adquiridos em casa de materiais<br />
para construção, lojas especializadas em<br />
parafusos, informática e eletroeletrônicos. As<br />
Tabelas 2 e 3 demonstram a quantidade e a<br />
descrição dos materiais utilizados.<br />
Após uma pesquisa de mercado, foi constatado<br />
um valor unitário para o agitador magnético<br />
John Mix aproximadamente onze vezes<br />
inferior aos valores praticados no mercado.<br />
A Tabela 4 apresenta os valores praticados no<br />
mercado.<br />
Fonte: Próprio Autor.<br />
Tabela 3: Materiais utilizados para construção do<br />
dimmer.<br />
Fonte: Próprio Autor.<br />
Fonte: Próprio Autor.<br />
Tabela 4: Pesquisa de mercado agitadores magnéticos.<br />
Fonte: Próprio Autor.
Considerações Finais<br />
Durante as aulas práticas, observou-se que<br />
muitos aparelhos utilizados em laboratórios<br />
são de alto custo. O Agitador apresentou um<br />
resultado que atende de forma eficiente o processo<br />
de agitação, formando um vórtex central<br />
com profundidade que permite a aeração, parte<br />
importante no starter de leveduras, e nas<br />
titulações garantindo agitação das soluções.<br />
O custo final do equipamento, foi na ordem<br />
de onze vezes inferior à média dos preços praticados<br />
no mercado, desta forma, além de toda<br />
contribuição com o meio ambiente o equipamento<br />
é muito viável economicamente.<br />
Agradecimentos<br />
À Escola SENAI “Santo Paschoal Crepaldi”,<br />
especialmente aos cursos Técnicos Química e<br />
Eletroeletrônica que contribuíram diretamente<br />
com o desenvolvimento do projeto.<br />
Referencias<br />
ANDRADE, R. A. N. et al. Construção de um<br />
agitador magnético usando materiais do lixo<br />
eletrônico. Universidade Federal da Paraíba:<br />
João Pessoa/PB, 2011.<br />
BARBOSA, VANESSA. Brasil gerou 1,5 milhões<br />
de toneladas de lixo eletrônico em<br />
2016. Exame. Abril. Disponível em: .<br />
Acesso em: 04 dez. 2018.<br />
eCycle, Equipe. Quais são os componentes<br />
tóxicos do lixo eletrônico? Descarte incorreto<br />
do lixo eletrônico provoca liberação de componentes<br />
tóxicos no meio ambiente. Entenda<br />
os riscos à saúde. Ecycle. Disponível em: .<br />
Acesso em<br />
05 dez 2018.<br />
GERIN, M. Consciência ecológica: Reduzir,<br />
reusar e reciclar. Reportagem publicada na Folha<br />
de Londrina em 30 de abril de 2008.<br />
KANG, H.-Y. AND SCHOENUNG, J.M. (2005)<br />
Eletronic Waste Recycling A Review of US Infrastructure<br />
and Technology Options. Resourses,<br />
Conservation and Recycling, 45, 368-400.<br />
OLIVEIRA, Sebastião Sidnei Vasco de. Sustentabilidade<br />
na Universidade Estadual do<br />
Centro-Oeste – Unicentro: Um estudo de caso<br />
sobre o Projeto “Gerenciamento do Lixo Eletrônico:<br />
Uma solução tecnológica e social para<br />
um problema ambiental”. Itajai (SC), 2014.<br />
RIBEIRO, D., Agitador Magnético. 2012.<br />
Disponível em: .<br />
Acesso em: 09 mar. 2018.<br />
Complemento Normativo - Artigo 1<br />
Referente ao artigo 1<br />
Disponibilizado por <strong>Analytica</strong> em parceria com Arena Técnica<br />
Agitador Magnético Utilizando Lixo Eletrônico<br />
ISO 22447<br />
Industrial wastewater classification<br />
Norma publicada em: 11/2019. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Resíduos líquidos. Lodo.<br />
Classificação 2: Norma recomendada.<br />
Artigo: AGITADOR MAGNÉTICO UTILIZANDO LIXO ELETRÔNICO<br />
Entidade: ISO.<br />
País de procedência/Região: Suiça.<br />
https://www.iso.org/standard/73237.html<br />
ISO/DIS 23044<br />
Guidelines for softening and desalination of industrial wastewater<br />
for reuse<br />
Projeto em andamento<br />
Classificação 1: Resíduos líquidos. Lodo<br />
Artigo: AGITADOR MAGNÉTICO UTILIZANDO LIXO ELETRÔNICO<br />
Entidade: ISO.<br />
País de procedência/Região: Suiça.<br />
https://www.iso.org/standard/74377.html<br />
ISO 16089<br />
Machine tools — Safety — Stationary grinding machines<br />
Norma publicada em: 11/2015. / Status: Vigente<br />
Classificação 1: Máquinas-ferramentas em geral<br />
Classificação 2: Norma recomendada.<br />
Artigo: AGITADOR MAGNÉTICO UTILIZANDO LIXO ELETRÔNICO<br />
Entidade: ISO.<br />
País de procedência/Região: Suiça.<br />
https://www.iso.org/standard/55665.html<br />
NIE-CGCRE-046<br />
Análise da Documentação Legal dos Organismos de Avaliação<br />
da Conformidade e das Instalações de Testes BPL.<br />
Norma publicada em: 10/2019. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Norma recomendada.<br />
Artigo: AGITADOR MAGNÉTICO UTILIZANDO LIXO ELETRÔNICO<br />
Entidade: INMETRO.<br />
País de procedência/Região: Brasil.<br />
http://www.inmetro.gov.br/monitoramento_BPL/documentos_aplic.asp?-<br />
tOrganismo=Inspetores-BPL<br />
NIT-DICLA-035<br />
Princípios das boas práticas de laboratório - BPL.<br />
Norma publicada em: 10/2019. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Norma recomendada.<br />
Artigo: AGITADOR MAGNÉTICO UTILIZANDO LIXO ELETRÔNICO<br />
Entidade: INMETRO.<br />
País de procedência/Região: Brasil.<br />
http://www.inmetro.gov.br/monitoramento_BPL/documentos_aplic.asp?-<br />
tOrganismo=Inspetores-BPL<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Dez/Jan 2020<br />
13
Artigo 2<br />
Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear/<br />
Comissão Nacional de Energia Nuclear (CDTN/Cnen)<br />
Campus da UFMG, Pampulha, Belo Horizonte, MG<br />
* amir@cdtn.br<br />
Autores:<br />
Amir Zacarias Mesquita*,<br />
Isabela Carolina Reis,<br />
Vitor Fernandes de Almeida,<br />
Rogerio Rivail Rodrigues.<br />
Experimento para Levantamento do Efeito do Boro<br />
na Reatividade do Reator Nuclear de Pesquisa<br />
Triga IPR-R1<br />
Imagem Ilustrativa<br />
14<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Dez/Jan 2020<br />
Resumo<br />
Reatores nucleares são dispositivos em que<br />
reações de fissão em cadeia são obtidas de<br />
modo controlado. A grandeza que representa<br />
este controle é a reatividade. Através da inserção<br />
ou remoção de barras absorvedoras de<br />
nêutrons controla-se o fluxo de nêutrons, determinando<br />
deste modo os níveis de potência.<br />
Já para o controle de longo prazo, substâncias<br />
químicas com alta seção de choque de absorção,<br />
são dissolvidas na água de refrigeração<br />
dos reatores à água pressurizada (PWR). O ácido<br />
bórico é utilizado para este propósito, devido<br />
ao isótopo B-10. O propósito deste trabalho<br />
foi mostrar a efetividade do boro no controle<br />
da reatividade dos reatores nucleares refrigerados<br />
a água leve. Foram inseridas amostras,<br />
com concentrações diferentes de ácido bórico<br />
no núcleo do reator nuclear de pesquisa Triga<br />
IPR-R1, do Centro de Desenvolvimento da Tecnologia<br />
Nuclear - CDTN. As variações de reatividades<br />
foram avaliadas utilizando o Método<br />
Estático da Reatividade Nula. Medidas do pH e<br />
da condutividade elétrica foram realizadas nas<br />
soluções para caracterizá-las. Os resultados<br />
encontrados possibilitaram simular o consumo<br />
de B-10 durante a operação do reator e<br />
seu efeito na reatividade com o aumento da<br />
concentração de ácido bórico. Os valores de pH<br />
tiveram um aumento muito pequeno após a<br />
irradiação. Já as condutividades das amostras<br />
tiverem alterações pouco significativas. Como<br />
resultado desta pesquisa, foi levantada uma<br />
correlação entre várias concentrações de ácido<br />
bórico e a reatividade do reator.<br />
Palavras-chave: Reator nuclear, Triga, boro,<br />
controle químico, reatividade neutronica.<br />
Abstract<br />
Nuclear reactors are devices in which chain<br />
fission reactions are obtained in a controlled<br />
manner. The unit that this control represents is<br />
the reactivity. By inserting or removing neutron<br />
absorber bars the neutron flux is controlled,<br />
thereby determining the power levels. Already<br />
for long-term control, chemicals with a high<br />
absorption cross section are dissolved in the<br />
cooling water of the pressurized water reactor<br />
(PWR). Boric acid is used for this purpose, due<br />
to the B-10 isotope. The purpose of this work<br />
was to presents the effectiveness of boron in<br />
controlling the reactivity of nuclear reactors cooled<br />
to light water. Samples with different concentrations<br />
of boric acid were inserted into the<br />
Triga IPR-R1 nuclear reactor core from the Development<br />
Center of Nuclear Technology (CDTN).<br />
Variations of reactivities were evaluated using<br />
the Static Reactivity Null Method. PH and electrical<br />
conductivity measurements were performed<br />
on the solutions to characterize them. The<br />
results obtained made it possible to simulate<br />
B-10 consumption during reactor operation and<br />
its effect on reactivity with increasing boric acid<br />
concentration. The pH values had a very small<br />
increase after irradiation. However, the conductivity<br />
of the samples had minor changes. As a<br />
result of this research, a correlation between various<br />
concentrations of boric acid and reactivity<br />
of the reactor was raised.<br />
Keywords: Nuclear reactor, Triga, boron, chemical<br />
shim, neutronic reactivity.
Introdução<br />
Como o núcleo dos reatores está imerso em<br />
onerosas. Além disso, a inserção das barras de<br />
Para manter um reator nuclear crítico é ne-<br />
água, parte dos nêutrons provenientes da<br />
controle no vaso do reator é reduzida, o que<br />
cessário equilibrar a taxa em que os nêutrons<br />
reação de fissão são termalizados pela coli-<br />
melhora sua resistência, reduz a probabilidade<br />
são produzidos dentro do núcleo, com a taxa<br />
são elástica com os átomos de hidrogênio da<br />
de corrosão e aumenta o tempo de vida útil do<br />
em que eles são perdidos devido a fugas e<br />
água, num processo de moderação. Os nêu-<br />
vaso do reator. A segunda razão é que o uso<br />
absorções. Através da inserção ou remoção de<br />
trons térmicos são capturados pelo isótopo 10<br />
do controle químico não produz distúrbios de<br />
barras absorvedoras de nêutrons controla-se<br />
do boro, contido no refrigerante como ácido<br />
potência no núcleo do reator (LAMARSH; BA-<br />
a população de nêutrons no núcleo, determi-<br />
bórico, conforme Eq. 1 (PASTINA et al., 1999).<br />
RATTA, 2013).<br />
nando deste modo os níveis de potência dese-<br />
O propósito deste trabalho foi mostrar a<br />
jados. Já para o controle de longo prazo, subs-<br />
efetividade do boro como absorvedor de nêu-<br />
tâncias químicas com alta seção de choque de<br />
O uso do ácido bórico para controle da rea-<br />
trons no controle da reatividade de reatores<br />
absorção, como o ácido bórico, são dissolvidas<br />
tividade possui benefícios: redução da depen-<br />
nucleares refrigerados a água leve. Para tal,<br />
na água de refrigeração dos reatores PWR.<br />
dência das barras de controle, economia do<br />
foram conduzidos experimentos de medida da<br />
O absorvedor de nêutrons mais comum em<br />
combustível e melhor distribuição da potência<br />
variação da reatividade do reator de pesquisas<br />
reatores PWR é o boro, adicionado na forma<br />
no núcleo e os produtos da reação, hélio (He)<br />
Triga IPR-R1, mostrado na Fig. 1. Amostras<br />
de ácido bórico (H3BO3). O boro natural con-<br />
e lítio (Li), são isótopos estáveis (GIADA, 2005)<br />
com concentrações diferentes de ácido bórico,<br />
tém 9,8% de B-10, com o restante na forma<br />
(BYRNE, 1994).<br />
condicionadas em recipientes estanques, fo-<br />
de B-11. O B-10 tem uma seção de choque de<br />
Existem duas principais razões para realizar<br />
ram inseridas no núcleo do reator. O IPR-R1 é<br />
absorção de nêutrons térmicos de aproxima-<br />
um controle químico da reatividade no reator.<br />
um reator de pesquisa refrigerado a água leve<br />
damente 3840 barns, o que aumenta a pro-<br />
A primeira é a redução do número de barras<br />
desmineralizada, cujo núcleo é composto de<br />
babilidade de captura neutrônica de nêutrons<br />
de controle, o que fornece uma economia<br />
63 elementos combustíveis. A parte ativa nos<br />
moderados. O isótopo B-11 é quase ineficaz<br />
considerável nos custos operacionais do reator,<br />
combustíveis é composta por uma dispersão<br />
como absorvedor de nêutrons (IAEA, 1996).<br />
já que as barras de controle juntamente com<br />
homogênea de urânio enriquecido a 20% do<br />
A concentração de ácido bórico depende<br />
seus respectivos mecanismos de controle são<br />
isótopo U-235.<br />
das características do núcleo e da projeção de<br />
queima do combustível. Nos reatores PWR o<br />
teor de boro começa dentro da faixa de 1000-<br />
2000 ppm e diminui, gradativamente, devido<br />
à absorção de nêutrons. No final do período<br />
de queima do combustível, de quaisquer dos<br />
ciclos de queima, a concentração de boro alcança<br />
poucos ppm ou está próxima de zero.<br />
No desligamento para abastecimento do<br />
reator, o ácido bórico também é injetado em<br />
altas concentrações a fim de absorver todos<br />
os nêutrons térmicos extinguindo a reação de<br />
fissão. Já nas trocas de elementos combustíveis,<br />
o ácido bórico é utilizado em grandes<br />
concentrações, para garantir a subcriticalidade<br />
do núcleo (NORDMANN, 2004).<br />
Figura 1: Poço do Triga IPR-R1 mostrando seu núcleo com o reator em operação.<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Dez/Jan 2020<br />
15
Artigo 2<br />
Imagem Ilustrativa<br />
Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear/<br />
Comissão Nacional de Energia Nuclear (CDTN/Cnen)<br />
Campus da UFMG, Pampulha, Belo Horizonte, MG<br />
* amir@cdtn.br<br />
Autores:<br />
Amir Zacarias Mesquita*,<br />
Isabela Carolina Reis,<br />
Vitor Fernandes de Almeida,<br />
Rogerio Rivail Rodrigues.<br />
Metodologia<br />
Caracterização das amostras<br />
Equação de Inhour – reatividade<br />
Os experimentos no reator foram conduzidos,<br />
após um período de uma semana sem<br />
operação do reator Triga IPR-R1 (reator frio) e<br />
operou-se a baixa potência (1W) durante 10<br />
minutos, para não haver efeito da temperatura<br />
na reatividade. Preparam-se amostras com<br />
concentrações diferentes de soluções de ácido<br />
bórico. Mediu-se o pH e condutividade elétrica<br />
das soluções, antes da irradiação. Em seguida,<br />
realizaram-se os experimentos de variação da<br />
reatividade do reator. Após os experimentos,<br />
caracterizou-se novamente as amostras. As<br />
amostras foram inseridas do tubo central do<br />
núcleo (fluxo máximo de nêutrons) (Fig. 2),<br />
com o reator operando a 1 W. A Barra de Con-<br />
Cada amostra continha diferentes concentrações<br />
de ácido bórico apresentando na Tabela<br />
1. A faixa de valores das concentrações usuais<br />
utilizadas nos reatores PWR, vão de cerca de<br />
1000 ppm a 2000 ppm. Nos experimentos,<br />
aqui realizados, as concentrações foram maiores<br />
devido ao pequeno volume do porta-amostras<br />
e do tubo central do reator, onde estas foram inseridas.<br />
Além disto nos experimentos as amostras<br />
são pontuais, ao contrário dos reatores PWR<br />
onde a solução de boro é diluída de modo homogêneo<br />
no núcleo. As variações de reatividade<br />
foram medidas usando a técnicas da reatividade<br />
nula.<br />
Uma das maneiras de expressar a reatividade<br />
é em termos do inverso da hora, conhecida pela<br />
unidade inhour, definida como a reatividade<br />
que corresponde a um Período estável de uma<br />
hora (3600 s). O Período do reator (T) é definido<br />
como o tempo necessário para que a potência<br />
do reator aumente (ou diminua) de um fator<br />
e, de aproximadamente 2,718. A função que<br />
relaciona o período estável (T) com o acréscimo<br />
do fator de multiplicação (δk) (com k ≈ 1), é<br />
conhecida como “equação de Inhour” e é dada<br />
pela Eq. 2 (IAEA, 2017):<br />
16<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Dez/Jan 2020<br />
trole foi mantida em uma posição fixa e a barra<br />
de segurança foi totalmente retirada. Assim,<br />
toda a compensação de reatividade se deu retornando<br />
à criticalidade, exclusivamente, pelo<br />
reposicionamento da Barra de Regulação.<br />
Figura 2: Diagrama do núcleo do reator Triga IPR-R1.<br />
A reatividade descreve o comportamento do<br />
reator quando k desvia de 1, sendo o parâmetro<br />
mais importante na operação do reator nuclear.<br />
Note-se que os níveis de potência, a densidade<br />
dos nêutrons, etc., estão constantemente mudando<br />
quando k não é igual a 1,0. A diferença<br />
entre um dado valor de k e 1,0 é denominado<br />
como o “excesso” do fator de multiplicação δk,<br />
e tanto pode ser positivo ou negativo, dependendo<br />
se k for menor ou maior que 1,0. Quando<br />
a reatividade é positiva, o reator é supercrítico;<br />
zero, ele está crítico; e negativo, o reator está<br />
subcrítico.<br />
A reatividade pode ser controlada de várias<br />
formas: por adição ou remoção de combustível;<br />
alterando a fração de nêutrons que fogem<br />
do sistema, ou por alteração da quantidade<br />
do material absorvedor, que compete com o<br />
combustível na captura de nêutrons. A reatividade<br />
ρ está relacionada com o acréscimo δk<br />
conforme Eq. 3.
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<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Dez/Jan 2020<br />
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Artigo 2<br />
Imagem Ilustrativa<br />
Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear/<br />
Comissão Nacional de Energia Nuclear (CDTN/Cnen)<br />
Campus da UFMG, Pampulha, Belo Horizonte, MG<br />
* amir@cdtn.br<br />
Autores:<br />
Amir Zacarias Mesquita*,<br />
Isabela Carolina Reis,<br />
Vitor Fernandes de Almeida,<br />
Rogerio Rivail Rodrigues.<br />
18<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Dez/Jan 2020<br />
As alterações de reatividade envolvidas nas<br />
operações normais do reator são pequenas e<br />
envolvem valores de k muito próximos de 1,<br />
por exemplo k = 1,003 dá um δk = 0,003.<br />
A reatividade é uma quantidade definida<br />
matematicamente que não pode ser medida<br />
diretamente, na prática. Uma vez que k é um<br />
número adimensional, a quantidade ρ é um<br />
número puro. No entanto, várias unidades<br />
são utilizadas para expressar a reatividade em<br />
termos de um valor fixo: número puro ou por<br />
cento (×100 número puro), ou também o<br />
“mk” (1mk = 0,001). A unidade para a reatividade<br />
de uso comum nos reatores de potência<br />
é o pcm (“por cem mil”), que é igual a um<br />
valor de ρ de 10-5 ( = 1 pcm). Em reatores de<br />
pesquisa, como os reatores Triga, a reatividade<br />
é dada em uma unidade denominada dólar,<br />
dividida em centavos (¢) (cents). A reatividade<br />
em dólar (β$) é igual a Peff. Sendo Peff a fração<br />
efetiva de nêutrons atrasados na fissão térmica<br />
do 235 U (MESQUITA, 2016).<br />
Em reatores PWR, diversos são os parâmetros<br />
que influenciam a reatividade do núcleo.<br />
Entre eles, destaca-se a concentração de ácido<br />
bórico, objeto de estudo deste trabalho. Outros<br />
parâmetros que influenciam na reatividade<br />
neutrônica são: temperatura média do moderador,<br />
temperatura do combustível, concentração<br />
de produtos de fissão (principalmente,<br />
xenônio e samário) e a posição das barras de<br />
controle e regulação (GOMES, 2008).<br />
Para um dado reator, as quantidades βi, λi, e<br />
k são conhecidas (frequentemente k ≈ 1 e é<br />
deixado de fora da equação), de modo que o<br />
período pode ser determinado quando a reatividade<br />
é conhecida e vice-versa.<br />
Quando o período é longo (isto é, quando a<br />
reatividade é muito pequena), a unidade pode<br />
ser negligenciada em comparação a λiT e l/<br />
(1+δk) é pequeno comparado ao termo de<br />
soma. Nesses casos, a Eq. 2 se reduz a Eq. 4<br />
(LAMARSH; BARATTA, 2013).<br />
Estimar os valores de reatividade pela<br />
Equação 4 é válido, ressaltando apenas que<br />
essa equação foi obtida assumindo T >> 1/<br />
λi = 1/0,0124 ≈ 80 segundos para um reator<br />
com combustível de U-235. Assim, tomando<br />
um período que seja o dobro, isto é, T=160 s,<br />
a Eq. 4 quando usada para valores de período<br />
menor que este valor, fica superestimada a reatividade<br />
(LAMARSH; BARATTA, 2013).<br />
Método estático da reatividade nula<br />
O método estático da reatividade nula, para o<br />
cálculo da reatividade, consiste em se estabelecer<br />
um estado crítico inicial e comparar a um<br />
estado crítico final, obtido após uma alteração<br />
no núcleo. A mudança nas posições das barras<br />
de controle entre os dois estados crítico obtidos<br />
permite que se obtenha a reatividade inserida.<br />
A variação na reatividade é determinada a partir<br />
da curva de calibração das barras de controle e<br />
sua movimentação. Considerando que a barra<br />
de Regulação é projetada para compensar pequenas<br />
variações de reatividade, optou-se por<br />
manter fixa a posição da barra de Controle, de<br />
modo que toda compensação de reatividade se<br />
desse exclusivamente pelo reposicionamento<br />
da Barra de Regulação. Assim a curva de calibração<br />
desta barra foi utilizada para determinar<br />
as variações de reatividade (SOUZA, 2016).<br />
Os dados relativos à calibração da barra de<br />
Regulação são apresentados na Tabela 2 e a Figura<br />
3 apresenta a curva de calibração integral<br />
desta barra. Foi feito um ajuste através de um<br />
polinômio de terceiro grau, cuja fórmula é expressa<br />
na mesma figura. A metodologia para<br />
calibração das barras está descrita em Souza e<br />
Mesquita, 2008.
Na curva de calibração da barra, cada posição<br />
da barra corresponde a um determinado<br />
valor de reatividade. Logo a diferença entre<br />
as posições de barras obtidas para os estados<br />
críticos, fornece o valor da variação de reatividade<br />
correspondente àquela mudança de<br />
estado, ou seja, fornece o valor da reatividade<br />
inserida pela amostra no núcleo.<br />
Figura 3: Curva de calibração integral da barra de<br />
Regulação.<br />
A reatividade devido ao boro é determinada<br />
pela diferença das reatividades com as amostras<br />
contendo H3BO3 ρf (estado crítico final), e a reatividade<br />
com as amostras sem adição de H3BO3<br />
ρ0, (estado crítico inicial), conforme Eq. 5.<br />
Análise dos resultados<br />
Os resultados do experimento foram representados<br />
em gráficos. Os gráficos incluem a linha de<br />
regressão, que representa a equação de regressão,<br />
o erro padrão da regressão, os coeficientes determinação<br />
e os intervalos de confiança e predição<br />
de 95%. O erro padrão da regressão, simbolizado<br />
por “S”, representa os valores da distância padrão<br />
dos dados até a linha de regressão. Quanto menor<br />
o valor de “S”, melhor o modelo prediz a resposta.<br />
O coeficiente de determinação, simbolizado por<br />
“R²” indica quantos por cento a variação encontrada<br />
pela regressão representa na variação total,<br />
indicando, portanto, a qualidade da regressão. O<br />
“R² (aj)” simboliza o coeficiente de determinação<br />
ajustado. O termo ajustado significa ajustado para<br />
os graus de liberdade associados às somas dos<br />
quadrados. O valor de “R²” sozinho dá uma falsa<br />
impressão que o modelo está bom. Por isso é<br />
importante avaliar também os valores de “R² (aj)”.<br />
Quanto mais próximos de 100% forem esses coeficientes<br />
de determinação, maior será a validade<br />
da regressão. O intervalo de confiança “IC” fornece<br />
um intervalo de valores prováveis para a resposta<br />
média, possibilitando então avaliar a estimativa<br />
do valor ajustado para os valores observados<br />
das variáveis. Já o intervalo de predição “IP” é<br />
um intervalo que provavelmente contém uma<br />
única resposta futura para um valor de variável<br />
preditora, ou seja, com faixa de predição de 95%,<br />
pode-se ter 95% de confiança de que as novas<br />
observações irão cair dentro do intervalo indicado<br />
pelas linhas na cor roxa.<br />
As incertezas associadas às variáveis concentração<br />
das soluções de H3BO3, pH, condutividade<br />
e reatividade foram avaliadas de acordo com o<br />
procedimento da norma ISO GUM (2008) - Guide<br />
to the expression of Uncertainty in Measuremen).<br />
Resultados e Discussão<br />
Variação da condutividade elétrica e<br />
do pH das amostras<br />
A Tabela 3 apresenta dos resultados para os valores<br />
de concentração e os valores de pH antes e<br />
após a irradiação.<br />
As concentrações das soluções de H3BO3 estão<br />
representadas com suas respectivas incertezas<br />
de medidas, nas quais as incertezas expandidas<br />
estimadas para as concentrações de ácido bórico<br />
foram menores que 2%, logo, não foram consideradas<br />
no cálculo de incertezas dos demais parâmetros<br />
(pH, condutividade e reatividade). Nesta<br />
tabela e nas seguintes a serem mostradas, “U” indicada<br />
a incerteza expandida, com probabilidade<br />
de abrangência correspondente a 95%.<br />
O pH das amostras teve um aumento muito pequeno<br />
após o experimento. Este pequeno aumento<br />
pode estar associado ao aumento da concentração<br />
de oxigênio formado pela radiólise da água. Ou então,<br />
pela interação da água com o ambiente, o que<br />
pode impactar na sua composição.<br />
A condutividade elétrica é um indicador da<br />
concentração total das impurezas iônicas. Em<br />
reatores nucleares, o aumento de impurezas<br />
iônicas influencia adversamente na corrosão<br />
dos materiais, no aumento do campo de radiação<br />
e no desempenho do combustível. Por<br />
isso, o nível de condutividade elétrica na água<br />
de reatores nucleares deve ser mantido o mais<br />
baixo possível. Um aumento da condutividade<br />
elétrica pode, também, ser devido à presença<br />
de produtos de fissão no refrigerante primário,<br />
o que indica falha nos revestimentos dos<br />
elementos combustíveis. Os valores da condutividade<br />
avaliada antes e após a radiação estão<br />
dispostos na tabela e nas figuras a seguir:<br />
Pode-se dizer que, a partir dos resultados<br />
encontrados, houve pouca variação na condutividade<br />
das amostras após a irradiação, exceto<br />
para a água pura. Como a condutividade da<br />
água deionizada é muito baixa, sua interação<br />
com o meio (ar) incorpora componentes gasosos<br />
em sua composição, tendo como consequência<br />
o aumento da condutividade.<br />
Na literatura é relatado que com um valor<br />
de pH entre 4,5 e 7 e uma condutividade<br />
abaixo de 1 μS/cm, a corrosão da maioria dos<br />
metais é mínima. Porém, esses valores de pH<br />
e condutividade não podem ser levados em<br />
consideração no presente trabalho, dado que a<br />
concentração de ácido bórico utilizada nos experimentos<br />
(0–40.000 ppm) foi muito maior<br />
do que aquela aplicada em reatores do tipo<br />
PWR (0–2.500 ppm). Além disso, outros produtos<br />
químicos (tais como hidróxido de lítio,<br />
hidrogênio e zinco, etc.) que são acrescentados<br />
para controlar o pH e a condutividade elétrica,<br />
não foram adicionados nas amostras. Por<br />
conseguinte, com o aumento da concentração<br />
de ácido bórico, evidentemente, ocorrerá o aumento<br />
da condutividade.<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Dez/Jan 2020<br />
19
Artigo 2<br />
Imagem Ilustrativa<br />
Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear/<br />
Comissão Nacional de Energia Nuclear (CDTN/Cnen)<br />
Campus da UFMG, Pampulha, Belo Horizonte, MG<br />
* amir@cdtn.br<br />
Autores:<br />
Amir Zacarias Mesquita*,<br />
Isabela Carolina Reis,<br />
Vitor Fernandes de Almeida,<br />
Rogerio Rivail Rodrigues.<br />
20<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Dez/Jan 2020<br />
Mudança da reatividade devido às<br />
amostras<br />
As reatividades devidas ao boro são apresentadas<br />
na Figura 4. As reatividades foram<br />
obtidas pela diferença entre as reatividades<br />
das amostras contendo H3BO3 e as amostras<br />
contendo água pura.<br />
Figura 4: Reatividade ρB devida ao boro pelo Método da<br />
Reatividade Nula.<br />
Na Tabela 6 são apresentados os valores<br />
médios das reatividades em valor absoluto e<br />
as suas respectivas incertezas expandidas calculadas<br />
para as várias concentrações das soluções<br />
de ácido bórico pelo da Reatividade Nula.<br />
Apesar do pequeno volume (6,5 mL solução<br />
de H3BO3) inserido, a influência na reatividade<br />
do reator IPR-R1 foi observada e significativa<br />
em concentrações mais altas. Isso mostra<br />
o quanto este reator é sensível a pequenos<br />
distúrbios em seu núcleo e o quão efetivo é o<br />
isótopo B-10 como absorvedor de nêutrons.<br />
Conclusão<br />
Como as amostras foram preparadas apenas<br />
com soluções de ácido, sem adição de nenhum<br />
outro agente alcalino, o pH das amostras<br />
reduziu com o aumento da concentração<br />
de ácido, enquanto a condutividade elétrica<br />
aumentou. Após a irradiação, o pH das amostras<br />
sofreu um pequeno aumento, já a condutividade<br />
teve mudanças pouco significativas.<br />
A avaliação desses parâmetros é importante<br />
na caracterização da qualidade da água e no<br />
controle de impurezas de reatores refrigerados<br />
à água leve.<br />
As perturbações no núcleo do reator que levaram<br />
às mudanças na reatividade ocorreram<br />
devido à introdução do isótopo 10 do boro,<br />
contido nas amostras como ácido bórico, o<br />
que aumentou a absorção local de nêutrons.<br />
Foi possível observar que até a concentração<br />
máxima de boro, a reatividade teve um<br />
comportamento linear com o aumento da<br />
concentração. O experimento reproduziu o<br />
comportamento esperado da reatividade em<br />
função da concentração de H3BO3– aumento<br />
da concentração de boro e consequente aumento<br />
do valor absoluto da reatividade devido<br />
à absorção de nêutrons.<br />
O pequeno volume das soluções foi importante<br />
para demonstrar o quão sensível o reator<br />
Triga é às pequenas perturbações. Por outro<br />
lado, um volume de amostra maior que se<br />
estendesse ao longo do tubo central cobrindo<br />
toda a área ativa do núcleo, possibilitaria<br />
utilizar concentrações menores mais próximas<br />
daquelas usadas em reatores de potência,<br />
acarretando em melhores resultados nos parâmetros<br />
analisados no presente trabalho.<br />
Os resultados obtidos, neste trabalho, possibilitam<br />
a realização de outros estudos. Entre as<br />
novas investigações que podem ser realizadas,<br />
pode-se citar a influência de outros produtos<br />
químicos que podem ser adicionados à água<br />
de refrigeração para melhorar os coeficientes<br />
de transferência de calor e também produtos<br />
que podem ajudar na redução de problemas<br />
relacionados à corrosão e controle do campo<br />
de radiação.<br />
Agradecimentos<br />
Esse projeto é apoiado pelas seguintes instituições:<br />
Centro de Desenvolvimento da Tecnologia<br />
Nuclear (CDTN), Comissão Nacional de<br />
Energia Nuclear (Cnen), Fundação de Amparo<br />
à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig)<br />
e Conselho Nacional de Desenvolvimento<br />
Científico e Tecnológico (CNPq).<br />
Referências<br />
Byrne, J. (1994). Neutrons, Nuclei and Matter: An Exploration of<br />
the Physics of Slow Neutrons. New York: <strong>Ed</strong>. Dover.<br />
Giada, M. R. (2005). Determinação da reatividade do veneno<br />
queimável de Al2O3-B4C em função da sua concentração no reator<br />
IPEN/MB-01. 84 p. Dissertação (Mestrado em Ciência na Área de<br />
Tecnologia Nuclear - Reatores) - Instituto de Pesquisas Energéticas<br />
e Nucleares, São Paulo.<br />
Gomes, K. (2008). Controle preditivo neural aplicado ao processo<br />
de criticalidade da usina nuclear de Angra II. 193 p. Dissertação<br />
(Mestrado em Ciências em Engenharia Nuclear) - Universidade<br />
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro.<br />
IAEA – International Atomic Energy Agency. (2017). Physics<br />
and Kinetics of TRIGA Reactors. Recuperado de https://ansn.iaea.<br />
org/Common/documents/Training/TRIGA%20Reactors%20(Safety%20and%20Technology)/chapter2/physics221.htm.<br />
IAEA - International Atomic Energy Agency. (1996). Processing<br />
of nuclear power plant waste streams containing boric acid. Vienna:<br />
IAEA Nuclear Energy Series, (IAEA-TECDOC-911).<br />
ISO - International Organization of Standardization. (2008).<br />
Guide to the Expression of Uncertainty in Measurement, Geneva.<br />
Lamarsh, J. R.; Baratta, A. J. (2013). Introduction to Nuclear Engineering.<br />
3. ed. New Jersey: Prentice Hall.<br />
Mesquita, A.Z. (2016). Reatores Nucleares - Introdução à Energia<br />
do Núcleo. Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia<br />
das Radiações, Minerais e Materiais do Centro e Desenvolvimento<br />
da Tecnologia Nuclear. 147p. Belo Horizonte.<br />
Nordmann, F. (2004). Aspects on chemistry in French nuclear<br />
power plants. 14th International Conference on the Properties of<br />
Water and Steam in Kyoto, p. 521–530,.<br />
Pastina, B.; Isabey, J.; Hickel, B. (1999). The influence of water<br />
chemistry on the radiolysis of the primary coolant water in pressurized<br />
water reactors. Journal of Nuclear Materials, v. 264, n. July<br />
1998, p. 309–318.<br />
Souza, R. M. G. P.; Mesquita, A. Z. (2008). Procedimentos de Testes<br />
Neutrônicos e Termohidráulicos no Reator TRIGA IPR-R1 à 100<br />
kW – Núcleo com 63 E.C. Belo Horizonte: Centro de Desenvolvimento<br />
da Tecnologia Nuclear, Nota Interna (NI-TR-03/08).
Complemento Normativo - Artigo 2<br />
Referente ao artigo 2<br />
Disponibilizado por <strong>Analytica</strong> em parceria com Arena Técnica<br />
Experimento para Levantamento do Efeito do Boro na Reatividade<br />
do Reator Nuclear de Pesquisa Triga IPR-R1<br />
ISO/AWI 10645<br />
BS EN IEC 60964<br />
Nuclear energy — Light water reactors — Decay heat power in non-recycled nuclear fuels<br />
Nuclear power plants. Control rooms. Design<br />
Projeto em andamento<br />
Norma publicada em: 07/2019. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Engenharia de Reatores<br />
Classificação 1: Norma recomendada.<br />
Artigo: Experimento para Levantamento do Efeito do Boro na Reatividade do Reator<br />
Artigo: AVALIAÇÃO DE METAIS E QUALIDADE DA ÁGUA EM TRECHOS DO RIO PARAOPEBA APÓS O ROMPIMEN-<br />
Nuclear de Pesquisa Triga IPR-R1<br />
TO DA BARRAGEM DO FUNDÃO: UMA VISÃO DO FATO FRENTE AO EQUILÍBRIO DO MEIO AMBIENTE.<br />
Entidade: ISO.<br />
Entidade: BSI.<br />
País de procedência/Região: Suiça.<br />
País de procedência/Região: Reino Unido.<br />
https://www.iso.org/standard/76532.html<br />
https://shop.bsigroup.com/ProductDetail?pid=000000000030400881<br />
ISO 18229<br />
IEC 60965<br />
Essential technical requirements for mechanical components and metallic structures fo-<br />
Nuclear power plants - Control rooms - Supplementary control room for reactor shutdown<br />
reseen for Generation IV<br />
without access to<br />
nuclear reactors<br />
the main control room<br />
Norma publicada em: 02/2018. / Status: Vigente.<br />
Norma publicada em: 02/2016. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Engenharia de Reatores<br />
Classificação 1: Central nuclear. Segurança<br />
Classificação 2: Norma recomendada.<br />
Classificação 2: Norma recomendada.<br />
Artigo: Experimento para Levantamento do Efeito do Boro na Reatividade do Reator<br />
Artigo: AVALIAÇÃO DE METAIS E QUALIDADE DA ÁGUA EM TRECHOS DO RIO PARAOPEBA APÓS O ROMPIMEN-<br />
Nuclear de Pesquisa Triga IPR-R1<br />
TO DA BARRAGEM DO FUNDÃO: UMA VISÃO DO FATO FRENTE AO EQUILÍBRIO DO MEIO AMBIENTE.<br />
Entidade: ISO.<br />
Entidade: IEC.<br />
País de procedência/Região: Suiça.<br />
País de procedência/Região: USA.<br />
https://www.iso.org/standard/61829.html<br />
https://webstore.iec.ch/publication/24232<br />
ISO 12749-5<br />
ASTM C 781<br />
Nuclear energy, nuclear technologies, and radiological protection — Vocabulary — Part<br />
Standard Practice for Testing Graphite Materials for Gas-Cooled Nuclear Reactor Compo-<br />
5: Nuclear reactors<br />
nents<br />
Norma publicada em: 02/2018. / Status: Vigente.<br />
Norma publicada em: 01/2019. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Proteção contra Radiação<br />
Classificação 1: Engenharia de Reatores<br />
Classificação 2: Norma recomendada.<br />
Classificação 2: Norma recomendada.<br />
Artigo: Experimento para Levantamento do Efeito do Boro na Reatividade do Reator<br />
Artigo: Experimento para Levantamento do Efeito do Boro na Reatividade do Reator<br />
Nuclear de Pesquisa Triga IPR-R1<br />
Entidade: ISO.<br />
País de procedência/Região: Suiça.<br />
https://www.iso.org/standard/67429.html<br />
Nuclear de Pesquisa Triga IPR-R1<br />
Entidade: ASTM.<br />
País de procedência/Região: USA.<br />
https://www.astm.org/Standards/C781.htm<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Dez/Jan 2020<br />
21
Espectrometria de Massa<br />
O sistema de vácuo<br />
na espectrometria de massas<br />
Por Oscar Vega Bustillos*<br />
22<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Dez/Jan 2020<br />
Um dos filósofos a quem o estudo da Espectrometria<br />
de Massas tem como base é Demócrito<br />
de Abdera. No ano 400 a.C. ele fez a<br />
seguinte afirmação: “O Universo é composto de<br />
Vácuo e Átomos”. O raciocínio que guiou Demócrito<br />
para afirmar a existência dos átomos<br />
foi que o movimento pressupõe o vazio no qual<br />
a matéria se desloca. Mas outro filosofo grego,<br />
Aristóteles afirmava que a natureza tinha<br />
um verdadeiro “horror ao vácuo” e quando se<br />
tentava criar vácuo, a natureza imediatamente<br />
agia preenchendo este espaço. A resposta para<br />
este impasse surge graças a um problema na<br />
utilização das bombas de sucção, que eram<br />
utilizadas pelos antigos gregos, para o abastecimento<br />
de água. A dificuldade de se elevar a<br />
água a uma altura acima de dez metros é reportado<br />
por Galileu Galilei que, num primeiro<br />
momento, atribui o problema a um possível<br />
mau funcionamento da própria bomba. Galileu<br />
sugere um estudo mais detalhado sobre<br />
este assunto para seu aluno Evangelista Torricelli<br />
(1608-1647). Torricelli demonstra que<br />
não é problema da bomba e sim do peso do ar<br />
que empurra a água para cima da coluna. Ele<br />
percebeu que a atmosfera exerce uma pressão<br />
sobre a superfície da Terra e suspeitou que isso<br />
explicasse o motivo da água não se elevar acima<br />
de uma determinada altura. Essa pressão<br />
do ar seria suficiente para explicar o fenômeno<br />
até então atribuído ao fato de a natureza ter<br />
horror ao vácuo. Torricelli percebe que o mercúrio,<br />
um líquido cerca de quatorze vezes mais<br />
denso que a água seria mais interessante para<br />
experimentos laboratoriais. De fato a mesma<br />
bomba que era capaz de elevar água a uma<br />
altura de aproximadamente 10m, só elevava o<br />
mercúrio a 760mm. No intuito de provar suas<br />
teorias a respeito do peso do ar e da pressão<br />
atmosférica, Torricelli idealiza um instrumento<br />
de medida de pressão atmosférica denominado<br />
de barômetro de Torricelli.<br />
Blaise Pascal (1623-1662) pede para seu<br />
cunhado Florin Périer medir a pressão atmosférica<br />
por meio do barômetro de Torricelli em<br />
altitudes diferentes, na base de uma montanha<br />
e no cume da montanha, com o objetivo de<br />
observar se havia diferença na altura da coluna<br />
de mercúrio. Pela primeira vez era formulado<br />
o princípio da determinação de altitudes por<br />
nivelamento barométrico, muito utilizado na<br />
aviação.<br />
Desta forma conclui-se que a pressão é uma<br />
força que atua sobre uma unidade de superfície.<br />
A sua unidade escolhida é 1 Torr (Torricelli)<br />
e equivalente a 1mm de mercúrio. Além disso,<br />
760mm de mercúrio é igual a 1 atmosfera<br />
(atm). Outra unidade de pressão é o Pascal<br />
(Pa) que é equivalente a um Newton por metro<br />
quadrado (Tabela 1).<br />
Otto Von Guericke (1602-1686) desenvolveu<br />
a primeira bomba de ar no ano de 1650. Em<br />
8 de maio de 1654, Von Guericke apresentou<br />
seu primeiro experimento relativo ao vácuo.<br />
Ele demonstrou a força exercida pela pressão<br />
atmosférica, e o fez bombeando o ar para fora<br />
de dois hemisférios de cobre perfeitamente<br />
encaixados, demostrando que duas parelhas<br />
de cavalos eram incapazes de afastar os dois<br />
hemisférios até o momento em que o ar fosse<br />
readmitido.<br />
O vácuo é definido como sendo um espaço<br />
onde não existe matéria. Na ciência da espectrometria<br />
de massas, o vácuo é utilizado para eliminar<br />
os gases interferentes da atmosfera interna<br />
ao espectrômetro. Todos os espectrômetros de<br />
massas funcionam sob alto vácuo. Isso é necessário<br />
para permitir que os íons cheguem ao detector<br />
sem sofrer colisões com outras moléculas<br />
interferentes. De fato, colisões produziriam um<br />
desvio da trajetória dos íons que podem perder<br />
sua carga quando atingem as paredes do instrumento.<br />
Por outro lado, colisões do tipo, íon-<br />
-molécula podem produzir reações indesejadas,<br />
aumentando a complexidade do espectro de<br />
massas. Estas colisões íon-molécula no interior<br />
do espectrômetro de massas é medida por meio<br />
da unidade linear denominada “caminho livre<br />
médio”, cuja unidade é o metro. Na teoria cinética<br />
dos gases, o caminho livre médio é a distância<br />
média percorrido entre duas colisões sucessivas<br />
das moléculas de um gás. As moléculas de um<br />
gás estão em constante movimento, chocando-<br />
-se umas com as outras, e a temperatura do gás<br />
é função da energia cinética dessas moléculas.<br />
Essa teoria também é válida para átomos no interior<br />
do espectrômetro de massas.<br />
Em um espectrômetro de massa, o caminho<br />
livre médio deve ter pelo menos 1m, isto é, a<br />
pressão deve ser de 10-4 Torr. Em instrumentos<br />
usando uma fonte de alta tensão, a pressão deve<br />
ser reduzida ainda mais para evitar a ocorrência<br />
de descargas. A introdução de uma amostra em<br />
um espectrômetro de massa requer a transferência<br />
da amostra à pressão atmosférica em<br />
uma região de alto vácuo sem comprometer o<br />
sistema. Da mesma forma, produzir colisões<br />
íon-moléculas eficientes requer o caminho livre<br />
médio de 0,1mm, implicando pelo menos uma<br />
pressão de 10-1 Torr em uma determinada região<br />
do espectrômetro. Essas grandes diferenças<br />
de pressão são controladas com a ajuda de<br />
um eficiente sistema de bombeamento usando<br />
bombas mecânicas em conjunto com bombas<br />
turbo-moleculares ou de difusão. As bombas<br />
mecânicas permitem obter um vácuo de cerca<br />
de 10-3 Torr. Uma vez atingido esse vácuo, a<br />
operação dos outros sistemas de bombeamento<br />
permite um vácuo de 10-10 Torr a ser atingido.<br />
Alguns espectrômetros de massas não requerem<br />
um sistema de vácuo na fonte de íons, tal como<br />
o APCI/MS ou ES/MS, mas precisam diferentes<br />
sistemas de bombeamento no analisador e detector<br />
(Figura 1). Portanto, o sistema de vácuo<br />
no espectrômetro de massas é necessário para:<br />
1. Aumentar o caminho livre médio dos íons<br />
no interior do espectrômetro.<br />
2. Evitar perda de sinal iônico. A colisão do
Espectrometria de Massa<br />
feixe iônico do analito com outras moléculas<br />
indesejáveis dentro do espectrômetro de massas<br />
reduz o sinal iônico que atinge o detector,<br />
isto é, reduz a razão Sinal/Ruído (Signal to<br />
noise ratio).<br />
3. Remover contaminantes químicos interferentes,<br />
deixando um ambiente limpo dentro<br />
do espectrômetro de massas, evitando o efeito<br />
memória, isto é, remoção dos íons de análises<br />
anteriores.<br />
4. Evitar a formação de arcos elétricos nos bornes<br />
elétricos dentro do espectrômetro de massas.<br />
Todo espectrômetro de massas possui um<br />
sistema de vácuo constituído de bombas de<br />
vácuo e monitores de pressão que registram<br />
o nível do vácuo no interior do espectrômetro.<br />
As bombas de vácuo, geralmente estão constituídas<br />
por duas bombas, uma de pré-vácuo e<br />
outra de alto vácuo.<br />
A bomba de pré-vácuo é uma bomba mecânica<br />
que opera na ordem de gradeça da pressão<br />
atmosférica, isto é, 760 Torr até atingir um<br />
10-2 Torr. Estas bombas são a óleo, podendo<br />
ser de um ou dois estágios, atingindo pressões<br />
de 10-2 e 10-3 Torr, respectivamente (Figura<br />
2). O óleo utilizado é especial para bombas<br />
de vácuo, ou seja, com baixa pressão de vapor<br />
para não contaminar o espectrômetro. Atualmente,<br />
existem bombas de vácuo secas, eliminando<br />
toda possível contaminação de óleo no<br />
espectrômetro, além de não ser necessária a<br />
manutenção da troca de óleo, exigida em toda<br />
bomba de vácuo a óleo, porem tem um custo<br />
maior.<br />
A bomba de alto vácuo, opera a partir de<br />
10-2 Torr, podendo atingir 10-10 Torr dependendo<br />
do volume do analisador e do deslocamento<br />
nominal, medido em L/min. Estas, podem<br />
ser, bomba difusora à mercúrio e bomba<br />
à óleo, ambas precisam de sistemas de refrigeração<br />
para evitar a contaminação no sistema<br />
(Figura 3a). Para evitar possível contaminação<br />
é melhor utilizar a bomba turbo-molecular (Figura<br />
3b) que não utiliza nenhum tipo de óleo,<br />
mas tem vida útil menor e custo maior que as<br />
bombas difusoras.<br />
Os monitores de vácuo utilizados no interior do<br />
espectrômetro dependem do grau de vácuo a ser<br />
monitorado. Por exemplo, para monitorar o pré-<br />
-vácuo, até 10-3 Torr, é utilizado o medidor Termopar.<br />
Para monitorar a fonte de íons 10-4 Torr,<br />
é utilizado o medidor Pirani. Para o analisador,<br />
10-6 Torr, é utilizado o medidor Bayard-Alpert.<br />
Existe muita literatura sobre este tema.<br />
Por meio da análise dos gases internos do<br />
analisador, o próprio espectrômetro é auto<br />
monitorado. Se o espectro de massas dos gases<br />
interno ao espectrômetro apresenta uma<br />
intensidade iônica alta de m/z 18 (água), isto<br />
significa que o interior do espectrômetro está<br />
com alto teor de umidade. A solução é aquecer<br />
todo o espectrômetro num processo denominado<br />
“Baking”. Isto acontece especialmente<br />
após a manutenção do espectrômetro. Se o<br />
espectro de massa do interior do analisador<br />
apresenta uma intensidade iônica alta de m/z<br />
28, significa que existe um vazamento denominado<br />
“Leaking”. A massa 28 representa a<br />
presença do gás nitrogênio, ou seja, atmosfera<br />
ingressando dentro do sistema. Para eliminar<br />
este vazamento, tem que verificar os possíveis<br />
lugares do vazamento, tais como juntas, válvulas,<br />
conectores e O-rings do sistema. Existe um<br />
instrumento comercial que auxilia a detecção<br />
de vazamentos, chamado “Leak detector”.<br />
Os sistemas de vácuo são utilizados por outros<br />
ramos da ciência, além da espectrometria<br />
de massas, tais como filmes finos, eletro deposição,<br />
produção de lâmpadas, microscópios<br />
de varredura, aceleração de partículas, entre<br />
outras. Há uma Sociedade Brasileira de Vácuo<br />
que apoia a divulgação e estudo da ciência do<br />
vácuo. O SITE da Sociedade é:<br />
http://www.sbvacuo.org.br/<br />
Tabela 1: Tabela de conversão das unidades de pressão.<br />
Fonte: E. Hoffman [1]<br />
Figura 1: Sistema de vácuo requerido num espectrômetro de<br />
massas com fonte de íons à pressão atmosférica APCI/MS. O<br />
mesmo possui três sistemas de bombeamento das bombas de<br />
vácuo, atingindo diferentes pressões internas.<br />
Fonte: E. Hoffman [1]<br />
Figura 2: Esquema da bomba de vácuo á óleo de duplo estágio.<br />
Fonte: E. Hoffman [1]<br />
Figura 3: Bombas de alto vácuo difusora (a) e Turbo-molecular (b)<br />
Figura 4: Espectro de massas (a) da contaminação de umidade m/z<br />
18 (água). Espectro de massas (b) descrevendo algum vazamento no<br />
sistema m/z 28 e 32, Nitrogênio e Oxigênio, respectivamente.<br />
*Oscar Vega Bustillos<br />
Pesquisador do Centro de Química e Meio Ambiente CQMA do<br />
Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares IPEN/CNEN-SP<br />
Referências bibliográficas<br />
1) E. Hoffman e V. Stroobant. “Mass spectrometry”. <strong>Ed</strong>it. Wiley. 2007.<br />
2) H. Tomkins. “Pumps used in vacuum technology”. <strong>Ed</strong>it. AVS. 1991.<br />
3) F.T. Degasperi. “Modelagem e análise detalhada de sistemas de vácuo”. Dissertação FATEC/<br />
UNICAMP. 2002.<br />
4) D.M. Silva. “A natureza tem horror ao vácuo?”. Dissertação UEM. 2013.<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Dez/Jan 2020<br />
23
Metrologia<br />
A caminho da indústria 3.0<br />
Muito se discutiu nesse 2019 sobre a quarta<br />
revolução industrial. Tanto se fala do tema<br />
que 4.0 virou sinônimo de algo moderno ou<br />
avançado. Diversos eventos procuraram debater<br />
o tema e os caminhos (e os descaminhos)<br />
para seguir mais rapidamente nessa direção.<br />
O assunto foi tratado de diversas maneiras<br />
no Metrologia2019, congresso organizado<br />
pela Sociedade Brasileira de Metrologia com<br />
o apoio do Instituto Nacional de Metrologia,<br />
Qualidade e Tecnologia – Inmetro e o Instituto<br />
de Radioproteção e Dosimetria – IRD. “Metrologia<br />
para a indústria 4.0” foi o moto do evento,<br />
realizado em Florianópolis entre 24 a 27 de<br />
novembro de 2019.<br />
O tema perpassou discussões desde cibersegurança<br />
e tratamento de dados em larga<br />
escala na Metrologia Legal, a evolução de tecnologias<br />
para medições em sistemas remotos<br />
ou em sistemas ciberfísicos. Buscou apresentar<br />
avanços nas áreas de saúde e química, com<br />
apresentações sobre terapias fotodinâmicas a<br />
crescimento artificial de tecidos e pesquisas na<br />
área de cosméticos, que ressaltaram a importância<br />
da metrologia para a evolução das pesquisas.<br />
Destacaram-se os avanços e a primordial<br />
importância da metrologia na indústria de<br />
defesa e na consolidação de órgãos devotados<br />
à metrologia nas forças armadas. A presidente<br />
do Inmetro Ângela Flores Furtado destacou o<br />
papel da instituição, tanto no suporte ao desenvolvimento<br />
da indústria de ponta como<br />
dos desenvolvimentos de aplicações de bigdata<br />
na Metrologia Legal.<br />
Mas, apesar de todo esse esforço na busca<br />
de compreender os processos necessários<br />
para que o país assuma uma posição central<br />
na cena industrial, o sinal amarelo acendeu.<br />
Sondagem realizada pela FIESP junto a 417<br />
empresas paulistas mostra um quadro preocupante.<br />
Apesar de na sondagem de 2019<br />
perto de ¾ das companhias pesquisadas já<br />
ter ouvido falar de indústria 4.0, um aumento<br />
de 7% em relação a 2017, o investimento em<br />
tecnologias 4.0 é pífio, estagnado em 1,3%, e<br />
o número de empresas que se julgam muito<br />
preparadas para a indústria 4.0 caiu de 5%<br />
para 3%, de 2017 para 2019. Ou seja, 97 %<br />
das empresas não se julga preparada. Em<br />
2015, a posição do Brasil no ranking de uso de<br />
robôs industriais para cada 10 mil trabalhadores<br />
mostrava uma realidade muito preocupante.<br />
Enquanto nos países industrializados esse<br />
número flutuava acima de 200, com a Coreia<br />
chegando a 531, no Brasil era de 11, conforme<br />
outro estudo da FIESP.<br />
Um elemento chave para explicar esse retrocesso,<br />
além da crescente desindustrialização<br />
do Brasil, que chega ao nível mais baixo em 73<br />
anos, é o desmonte da indústria de microeletrônica<br />
ocorrido no país, essencial à quarta revolução.<br />
Além da falta de recursos para investimento<br />
e de dúvidas sobre a relação custo-benefício,<br />
outro fator que chama a atenção para o atraso<br />
é, conforme declaram as empresas, a falta de<br />
capacitação dos funcionários. Ou seja, investir<br />
em educação é um dos principais desafios.<br />
Conforme discutido exaustivamente no Metrologia2019,<br />
onde inclusive foram lançados dois<br />
novos livros voltados para a formação básica<br />
em disciplinas de tecnologia industrial básica, a<br />
formação de profissionais com competência em<br />
metrologia é base para o desenvolvimento necessário.<br />
Esse é papel que a Sociedade Brasileira de<br />
Metrologia tem assumido nesses últimos anos.<br />
A partir do fortalecimento da Escola Nacional de<br />
Tecnologia Industrial Básica – ENTIB, diversos<br />
cursos têm sido ofertados. Perto de 130 cursos<br />
foram realizados em 2019, um aumento de perto<br />
de 30% em relação a 2018. Passamos a ofertar,<br />
em parceria com a Universidade Católica de Petrópolis,<br />
um curso de Especialização em Metrologia.<br />
Mas é importante ouvir a indústria e construir<br />
fóruns para que essa possa se posicionar melhor<br />
e ter mais contato com as políticas públicas e os<br />
casos de sucesso. Isso é fator de impulsionamento<br />
na implantação de novas ferramentas e construção<br />
de novos procedimentos. Para isso, a SBM<br />
marcou para os dias 02 e 03 de julho de 2020<br />
o “MQ2I4.0 – Metrologia e Qualidade: apoio à<br />
inovação na Indústria 4.0” (https://www.mq2i.<br />
org.br/site/ ), que reunirá líderes empresarias e<br />
gestores públicos, buscando responder melhor<br />
aos desafios pontuados pela empresas. Mais<br />
uma vez, frente a todo esse cenário de dúvidas<br />
e incertezas, devemos trabalhar mais, fortalecer<br />
canais de articulação e cooperação para impulsionar<br />
o Brasil para o salto que lhe é exigido.<br />
24<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Dez/Jan 2020<br />
Américo Tristão Bernardes<br />
Presidente da Sociedade Brasileira de Metrologia, Engenheiro Eletricista, Doutor em Física<br />
e Professor da Universidade Federal de Ouro Preto.
Diluidores e Dispensadores<br />
Diluidores Dispensadores<br />
HAMILTON – MICROLAB 600<br />
HAMILTON – MICROLAB 600<br />
O Microlab 600 é um diluidor e dispensador que utiliza uma bomba de seringa de alta precisão com uma<br />
interface gráfica para o usuário, sendo um sistema projetado para diluir e distribuir líquidos de maneira<br />
O Microlab 600 é um diluidor e dispensador que utiliza uma bomba de seringa de alta precisão com uma<br />
rápida e fácil. Esse sistema de deslocamento positivo fornece uma precisão superior a 99%,<br />
interface gráfica para o usuário, sendo um sistema projetado para diluir e distribuir líquidos de maneira<br />
independentemente da viscosidade, pressão do vapor e temperatura do líquido. O caminho do fluido inerte<br />
rápida e fácil. Esse sistema de deslocamento positivo fornece uma precisão superior a 99%,<br />
minimiza o transporte da amostra e é compatível com produtos químicos agressivos.<br />
independentemente da viscosidade, pressão do vapor e temperatura do líquido. O caminho do fluido inerte<br />
minimiza o transporte da amostra e é compatível com produtos químicos agressivos.<br />
Benefícios:<br />
- Reduza o tempo preparando amostras ou distribuindo reagentes;<br />
Benefícios:<br />
- Minimize a variação experimental entre usuários;<br />
Reduza o tempo preparando amostras ou distribuindo reagentes;<br />
- Simplifique as preparações em conformidade com EPA, FDA (GLP, GMP) e ISO;<br />
Minimize a variação experimental entre usuários;<br />
- Simplifique as preparações em conformidade com EPA, FDA (GLP, GMP) e ISO;<br />
Disponível em duas configurações:<br />
Disponível em duas configurações:<br />
Diluidor – com duas seringas<br />
Diluidor – com duas seringas<br />
Dispensador – com uma ou duas seringas<br />
Dispensador – com uma ou duas seringas<br />
analiticaweb.com.br
Em Foco Científico<br />
Por que funis descartáveis são<br />
alternativas cada vez mais adotadas pelas<br />
empresas para análises microbiológicas?<br />
26<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Dez/Jan 2020<br />
Funis reutilizáveis e descartáveis são opções<br />
viáveis para análises microbiológicas. Produtos<br />
de uso único, single-use, são indiscutivelmente<br />
mais convenientes, precisos e seguros, embora<br />
funis reutilizáveis passem uma idéia de serem<br />
mais baratos e gerar menos resíduos. Análises<br />
mais detalhadas sobre o custo, o impacto ambiental<br />
e os riscos de acidentes associados ao<br />
uso de funis reutilizáveis, mostram que os funis<br />
descartáveis são melhores alternativas.<br />
Ainda hoje, exitem laboratórios que utilizam<br />
funis reutilizáveis de aço inoxidável, que<br />
devem ser esterilizados por flambagem como<br />
parte do processo de filtração por membrana.<br />
Outros, usam funis reutilizáveis plásticos que<br />
são esterilizados através de uma autoclave.<br />
Ambos encorrem nos problemas mencinados<br />
anteriormente e que os funis descatáveis<br />
solucionam.Livres da necessidade de esterilizar<br />
funis, equipes podem ter operações mais<br />
flexíveis que geram resultados mais precisos e<br />
reprodutíveis, sem expor as pessoas a riscos de<br />
segurança, incluindo queimaduras e formação<br />
de bolhas na pele.<br />
Conveniência e flexibilidade<br />
No entanto, se essa empresa de repente precisa<br />
analisar 20 amostras para um prazo apertado, faltaria<br />
a quantidade suficiente de funis estéreis. Se os<br />
funis estão parados para limpeza ou esterilização, a<br />
análise das amostras extras não será possível.<br />
Esse é um exemplo pontual de um problema<br />
de rotina associado ao uso de funis reutilizáveis.<br />
Com o processo de limpeza e esterilização<br />
levando de uma a duas horas, existem períodos<br />
de inatividade forçada quando a demanda<br />
de análise de amostras ultrapassa a disponibilidade<br />
de funis. Esse problema se torna maior<br />
em laboratórios com alta demanda, onde o<br />
acúmulo de produtos aguardando limpeza e<br />
esterilização levam a maiores atrasos.<br />
Funis descartáveis sempre estão prontos para<br />
uso. Os laboratório que utilizam funis descartáveis<br />
podem rapidamente aumentar a capacidade<br />
para atender as mudanças na demanda,<br />
permitindo que se gaste mais tempo analisando<br />
as amostras e menos tempo esperando que dispositivos<br />
estéreis estejam disponíveis.<br />
Custo e desperdício<br />
A eficiência operacional proporcionada pelos<br />
funis de uso único é um fator que compensa o<br />
gasto extra com os produtos em si. Laboratórios<br />
que usam funis reutilizáveis precisam de autoclaves<br />
e outros equipamentos para limpeza e<br />
esterilização. Além desses gastos, as empresas<br />
também precisam gastar ainda mais com eletricidade<br />
e outros recursos humanos necessários<br />
para limpar e esterilizar funis reutilizáveis.
Em Foco Científico<br />
Nem precisamos quantificar. Os riscos de<br />
acidentes associados com a flambagem de<br />
funis de metal usando alcool dentro dos<br />
laboratórios por si já devem ser abolidos.<br />
Para o caso de submeter funis reutilizáveis<br />
a uma autoclave de 324L utiliza-se certa de<br />
18kW de eletricidade e 420L de agua gerando<br />
um gasto que supera os custos dos<br />
funis descartáveis. Fabricantes frequentemente<br />
disponibilizam informações sobre<br />
como reciclar produtos de uso único para<br />
descarte de resíduos sustentável.<br />
Precisão e reprodutibilidade dos<br />
resultados<br />
Uma análise correta sobre o custo e desperdício<br />
associado aos funis também precisa<br />
considerar a reproducibilidade e precisão<br />
dos resultados de produtos reutilizáveis e<br />
descartáveis.<br />
Toda análise microbiológica realizada com<br />
funis descartáveis começa com um produto<br />
estéril que não trará fatores de variação. Isso<br />
significa que os resultados gerados devem ser<br />
os mesmos sempre.<br />
O processo de limpeza introduz o risco de<br />
interferência com as amostras e os resultados,<br />
devido a resíduos de sanitizantes. Detergentes<br />
a base de nitrato apresentam um problema<br />
em particular, uma vez que seus resíduos podem<br />
impedir o crescimento microbiológico.<br />
Sabe-se também que a autoclavagem gera<br />
desgastes no funil e a qualidade da membrana<br />
utilizada também são fatores que podem levar<br />
a um desvio no resultado da amostra analisada,<br />
isso não ocorre nos funis descartaveis.<br />
Segurança do operador<br />
O último pilar de benefícios dos funis descartáveis<br />
é a segurança. A limpeza e a esterilização<br />
apresentam riscos para o operador,<br />
mais especificamente durante o processo de<br />
flambagem. A flambagem é realizada sem<br />
a ocorrência de acidentes na maior parte do<br />
tempo, mas já aconteceram muitos eventos<br />
graves de segurança resultantes da combinação<br />
de fogo com gases inflamáveis envolvidos<br />
durante o processo.<br />
A formação de bolhas na pele é o risco de<br />
segurança mais comum. Bolhas aparecem<br />
quando o operador segura o funil durante o<br />
processo de flambagem, mas não percebe que<br />
o aço inox aquece a uma temperatura capaz de<br />
ferir a pele. Operadores também já queimaram<br />
seus braços durante a flambagem. Ainda<br />
mais preocupante, o processo de flambagem<br />
aumenta o risco de incêndio para o laboratório<br />
e para as pessoas que trabalham no local.<br />
Funis de uso único não apresentam esses<br />
riscos. Operadores podem simplesmente conectar<br />
o funil ao equipamento e descartá-lo<br />
após o uso, eliminando os riscos associados a<br />
flambagem e outros processos de esterilização<br />
usados para produtos reutilizáveis. O resultado<br />
é que funis descartáveis promovem um ambiente<br />
de trabalho mais seguro.<br />
Conclusão<br />
A conveniência, precisão e segurança dos<br />
funis descartáveis torna esses produtos adequados<br />
às necessidades de laboratórios de<br />
análises microbiológicas. Escolher funis de uso<br />
único permite que equipes tenham o produto<br />
em mãos sempre que precisarem, entregando<br />
resultados precisos e reprodutíveis, atingindo<br />
excelência em registros de segurança.<br />
Também importante, equipes podem desfrutar<br />
desses benefícios sem se submeter aos<br />
impactos ambientais associados ao uso de<br />
funis reutilizáveis, fazendo com que os produtos<br />
descartáveis sejam a alternativa correta até<br />
mesmo para os laboratórios de microbiologia<br />
mais sustentáveis.<br />
Conteúdo fornecido por:<br />
Merck, Darmstadt, Alemanha.<br />
Avaliação, edição e revisão:<br />
Luis Henrique da Costa<br />
Field Marketing Manager Latin America<br />
LUIS.COSTA@MERCKGROUP.COM<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Dez/Jan 2020<br />
27
Microbiologia<br />
Ensaios Microbiológicos<br />
para Produtos não Estéreis<br />
A partir de 1º de dezembro de 2019 , na Farmacopéia<br />
Americana USP 43, foi oficializado a introdução<br />
do teste para Burkolderia cepacia<br />
complex. (BCC).<br />
Como todos sabemos, os microrganismos resistentes<br />
a antibióticos tem se tornado uma procupação<br />
global. Estes microrganismos multirresistentes<br />
adicionam custos significativos ao sistema<br />
de saúde, bem como o custo em vidas humanas.<br />
Recentemente o Federal Drug Administration<br />
dos Estados Unidos da América (FDA) forneceu<br />
novas exigências regulatórias para a Burkolderia<br />
cepacia complex em razão de inúmeros<br />
problemas verificados com produtos farmacêuticos<br />
aquosos não estéreis.<br />
Esta exigência requer a realização de um teste<br />
para demonstrar a ausência do BCC no produto<br />
final e a validação do método de teste de ausência<br />
do microrganismo.<br />
O BCC pode sobreviver e multiplicar em uma<br />
grande variedade de produtos aquosos não<br />
estéreis devido ao fato de que ele é resistente a<br />
vários conservantes e agentes antimicrobianos.<br />
De acordo com o FDA os pacientes e consumidores<br />
de produtos contaminados com o microrganismo<br />
tem um risco aumentado para a<br />
infeção especialmente pacientes com o sistema<br />
imunológico comprometido.<br />
O gênero Burkholderia é composto por: bacilos<br />
Gram negativos; oxidase e catalase positivos;<br />
com uma proporção de G+C que oscila entre 59<br />
e 69,5 %. São bactérias móveis com um flagelo<br />
polar único ou com um penacho de flagelos<br />
polares de acordo com as espécies. Também são<br />
mesófilos e não esporulados. Seu metabolismo<br />
é aeróbico. Como sustância de reserva utilizam o<br />
polihidroxibutirato.<br />
Ecologicamente são saprófitas que intervêm na<br />
reciclagem de matéria orgânica. As bactérias de<br />
este gênero podem ser patógenas para os seres<br />
humanos e os animais, como Burkholderia mallei<br />
agente causal do mormo, ou para as plantas<br />
como Burkholderia cepacia, que a sua vez é um<br />
patógeno oportunista em enfermos de fibrose<br />
cística e apresenta uma grande capacidade degradativa<br />
de contaminantes orgânicos.<br />
Existem conhecidos hoje, pelo menos 18 espécies<br />
conhecidas de BCC , o habitat principal<br />
destes microrganismos é a agua, muito embora<br />
tenha sido isolado na água, com capacidade de<br />
sobreviver por períodos prolongados em ambientes<br />
úmidos , com formação de biofilmes.<br />
O gênero Burkholderia formou-se em 1992, a<br />
partir da divisão do gênero Pseudomonas em<br />
decorrência da análise dos dados de ARNr. A<br />
espécie tipo é B. cepacia, anteriormente denominada<br />
Pseudomonas cepacia.<br />
Como os BCCs são tipicamente organismos<br />
transmitidos pela água, não é incomum encontrar<br />
contaminação por BCC em sistemas<br />
de água ou áreas com alto teor de água. Várias<br />
empresas diferentes encontraram o BCC em<br />
suas instalações e investigaram a fonte dos<br />
contaminantes. As fontes de BCC foram encontradas<br />
nos seguintes ambientes:<br />
Tanques de armazenamento de água<br />
Em alguns casos, grandes tanques de armazenamento<br />
de água são usados como parte do sistema<br />
de distribuição de água. Verificou-se que<br />
quando os tanques são rotineiramente apenas<br />
parcialmente cheios, não é incomum encontrar<br />
organismos de biofilme acima da linha de água.<br />
Em algumas instalações, o contaminante BCC<br />
foi encontrado neste biofilme.<br />
Mangueiras<br />
O uso de mangueiras dos locais de ponto de<br />
uso (POU) no sistema de distribuição de água<br />
pode ser problemático. É essencial garantir<br />
que as mangueiras sejam usadas corretamente<br />
para evitar que a água fique na mangueira<br />
e desenvolva biofilme. Em um local, as mangueiras<br />
foram usadas em uma linha ambiente.<br />
A mangueira conectou-se ao ponto de uso e<br />
estava pendurada em uma pia. O fundo da<br />
mangueira estava assentado na base da pia. O<br />
biofilme foi confirmado na mangueira e o BCC<br />
foi encontrado no biofilme.<br />
28<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Dez/Jan 2020<br />
Claudio Kiyoshi Hirai<br />
farmacêutico bioquímico, diretor científico da BCQ consultoria e qualidade, membro da American<br />
Society of Microbiology e membro do CTT de microbiologia da Farmacopeia Brasileira.<br />
Telefone: 11 5539 6719 - E-mail: técnica@bcq.com.br
Linhas de distribuição ambiental<br />
Em uma empresa, um loop de distribuição de<br />
água ambiente foi usado para transferir a água<br />
ambiente para diferentes pontos de uso. Embora<br />
o local tivesse uma política de desinfetar a<br />
água quente, o método usado foi descrito como<br />
desinfetante com água quente sempre que o<br />
ponto de uso não estava em uso. Investigações<br />
posteriores mostraram que a higienização não<br />
ocorreu a menos que “todos os pontos na linha<br />
não estivessem em uso. Pode levar muitas horas<br />
sem que ocorra a higienização. O biofilme foi<br />
detectado e continha os organismos BCC.<br />
O capítulo 60 da Farmacopéia Americana<br />
Microbiological Examination of Nonsterile<br />
Products – Tests for Burkolderia cepacia<br />
complex descrevem o procedimento que<br />
permitem a determinação de presença ou<br />
ausência do BCC especialmente em produtos<br />
aquosos inalatórios, preparações de uso oral,<br />
produtos aquosos semissólidos, para oromucosa<br />
ou nasal.<br />
A metodologia preconiza que a promoção de crescimento<br />
seja realizada com a B.cepacia ATCC<br />
25416 B. cenocepacia ATCC BAA-245,<br />
B.multivorans ATCC BAA-247, P. aeruginosa<br />
ATCC 9027 e S. aureus ATCC 6538.<br />
O meio de cultura deve ser a Burkolderia<br />
cepacia seletive agar. Caso o laboratório<br />
opte pela utilização do meio de cultura formulado<br />
deve-se adquirir também o suplemento<br />
seletivo contendo polimixina B. Gentamicina e<br />
Ticarcilina.<br />
Referências Bibliográficas :<br />
1- Farmacopéia dos Estados Unidos da América<br />
– USP 43 capítulo 60 Microbiological Examination<br />
of Nonsterile Products – Tests for Burkolderia<br />
cepacia complex. 2- Oxoid Product detail<br />
- Dehydrated Culture Media – Burkolderia cepacia<br />
agar base. 3- Burkolderia cepacia complex<br />
case studies ; American Pharmaceutical review ;<br />
2018 – Jeanne Moldenhauer.<br />
precisando de Filtração<br />
para análise microbiológica?<br />
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<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Dez/Jan 2020<br />
29
Em Foco<br />
FRAUDE, REGULAMENTOS, GLIFOSATO E MUITO MAIS...<br />
Uma entrevista sobre as preocupações crescentes para testes de alimentos e bebidas com Khalil Divan, Ph.D.<br />
30<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Dez/Jan 2020<br />
O Dr. Khalil Divan é o Diretor Sênior de<br />
Marketing Global para o mercado de Alimentos<br />
e Bebidas do grupo de Cromatografia e<br />
Espectrometria de Massa da Thermo Fisher<br />
Scientific. Com mais de 20 anos de experiência<br />
neste setor, o Dr. Divan ajuda a enfrentar<br />
desafios, trabalhando em estreita colaboração<br />
com clientes, órgãos reguladores, associações de<br />
validação de métodos e líderes de opinião. Ele<br />
obteve seu diploma de bacharel em Ciências com<br />
honras e doutorado em Ciências Analíticas pela<br />
Universidade de Leeds, no Reino Unido.<br />
Khalil Divan, Ph.D.<br />
P: Se você tivesse que usar uma única<br />
palavra para descrever a situação atual<br />
nos testes analíticos de alimentos e<br />
bebidas, qual seria e por quê?<br />
Eu escolheria a palavra “desafiadora”. A<br />
natureza global da cadeia de produção de<br />
alimentos e bebidas, as expectativas dos<br />
consumidores e o acompanhamento de<br />
mudanças regulatórias, como o aumento<br />
das regulamentações e a redução dos limites<br />
regulatórios, contribuem para a crescente<br />
pressão sobre produtores e laboratórios<br />
envolvidos nos testes de alimentos e bebidas.<br />
Além disso, o próprio teste analítico pode ser<br />
desafiador. Frequentemente, há expectativas de<br />
que uma amostra seja testada quanto à presença<br />
de tantos contaminantes e resíduos quanto<br />
possível, talvez várias centenas, em níveis baixos e<br />
com custos e tempos de resposta mínimos.<br />
A questão da fraude é um dos maiores<br />
desafios que o setor enfrenta. Detectar fraudes<br />
ou confirmar autenticidade é mais intenso que<br />
os testes de rotina, exigindo uma caracterização<br />
mais holística das amostras para detectar<br />
substâncias inesperadas ou perfis anormais. Os<br />
fraudadores estão se tornando cada vez mais<br />
sofisticados em suas abordagens; portanto, os<br />
laboratórios precisam acompanhar o nível de<br />
sofisticação de seus testes.<br />
Outra questão é a velocidade de resposta em<br />
casos de contaminação inesperada, como casos<br />
recentes de dioxinas em rações para animais e<br />
de fipronil em ovos. Produtores e laboratórios<br />
de testes devem se preparar para esses tipos<br />
de situações antes que elas ocorram, para<br />
minimizar os impactos na saúde do consumidor<br />
e os danos à reputação.<br />
P: Como o mercado mudou nos últimos<br />
anos? Para onde vai seguir (impulsionado<br />
por tecnologias analíticas?)<br />
Os avanços na instrumentação analítica,<br />
particularmente na espectrometria de massas,<br />
permitiram o surgimento de métodos<br />
genéricos mais simples, de custo mais baixo e<br />
mais rápidos, com um escopo analítico mais<br />
amplo. Isso fornece um número maior de<br />
resultados em uma única análise. Na última<br />
década, houve uma melhoria significativa na<br />
velocidade de aquisição e na sensibilidade dos<br />
espectrômetros de massas triplo-quadrupolo,<br />
os quais predominam na atualidade para análises<br />
quantitativas de substâncias alvo.<br />
Paralelamente, ocorreram melhorias significativas<br />
nos recursos de espectrometria de massas<br />
de alta resolução e massa exata (HRAM), como<br />
a nossa tecnologia Orbitrap, no poder de resolução,<br />
exatidão de massa e taxa de aquisição.<br />
A alta seletividade, a aquisição full scan e a<br />
fragmentação flexível permitem a simultânea<br />
quantificação de analitos-alvo (target) e a triagem<br />
de substâncias inesperadas.<br />
P: Qual a melhor forma de produtores<br />
de alimentos e bebidas protegerem<br />
seus produtos e a si mesmos?<br />
Os produtores de alimentos obtêm um grande<br />
número de matérias-primas diversas de<br />
todo o mundo. Além disso, alguns produtos,<br />
como alimentos para bebês, contêm muitos<br />
ingredientes, aumentando a complexidade<br />
da matriz das amostras. Os produtores são<br />
suscetíveis também ao inesperado. Portanto,<br />
eles precisam caracterizar todas as amostras<br />
da maneira mais abrangente possível. Isso<br />
começa verificando a integridade de suas matérias-primas.<br />
Em seguida, seus protocolos de<br />
preparação de amostras devem efetivamente<br />
extrair todos os compostos de interesse de<br />
suas amostras. Finalmente, eles devem executar<br />
uma combinação de análises para uma<br />
longa lista de compostos-alvo e também criar<br />
um perfil de novas amostras em um banco de<br />
dados de referência. Felizmente, os avanços no<br />
software de criação de perfis e o crescimento<br />
de bibliotecas espectrais de massa para varredura<br />
completa, bem como dados de fragmentação,<br />
são extremamente poderosos para<br />
detectar substâncias conhecidas e desconhecidas,<br />
além de caracterizar amostras.
Em Foco<br />
P: Como os laboratórios de teste contratados<br />
podem enfrentar os desafios<br />
para melhor atender seus clientes do<br />
mercado de alimentos e bebidas?<br />
O mercado de testes de rotina é muito competitivo;<br />
portanto, os laboratórios precisam<br />
analisar centenas de milhares de amostras com<br />
muita eficiência, com instrumentos funcionando<br />
24 horas por dia, 7 dias por semana, com<br />
tempo mínimo de inatividade. Eles precisam ser<br />
rápidos, ter alto rendimento e baixos custos para<br />
serem competitivos. A automação da extração e<br />
limpeza de amostras oferece economia de tempo<br />
e minimiza a variabilidade da amostra. Além<br />
disso, ajuda a remover os coextrativos da matriz,<br />
diminuindo a contaminação dos instrumentos e<br />
a necessidade de intervenção do usuário.<br />
Da mesma forma, os novos recursos do instrumento<br />
aumentam a robustez. Por exemplo, o<br />
diagnóstico digital pode monitorar o desempenho<br />
do instrumento e identificar a necessidade<br />
de manutenção preventiva, reduzindo o tempo<br />
de inatividade inesperado.<br />
Laboratórios de rotina geralmente precisam<br />
implementar novos métodos em resposta aos<br />
requisitos do mercado, mas não possuem recursos<br />
internos de desenvolvimento de métodos.<br />
Para ajudar, oferecemos fluxos de trabalho<br />
analíticos pré-configurados e pré-testados, que<br />
fornecem resultados compatíveis com os regulamentos.<br />
Até o momento, os fluxos de trabalho<br />
para a análise de dioxinas, pesticidas passíveis<br />
de cromatografia líquida e pesticidas aniônicos<br />
polares estão disponíveis “prontos para uso”,<br />
com documentação abrangente para implementação<br />
rápida e fácil. Por exemplo, o glifosato,<br />
que é uma séria preocupação mundial,<br />
inclusive no Brasil, pode ser detectado usando o<br />
Thermo Scientific Anionic Pesticides Explorer,<br />
que é baseado em nossa plataforma de cromatografia<br />
de íons e espectrometria de massas triplo-quadrupolo.<br />
Ele permite que os laboratórios<br />
superem o desafio de quantificação e identificação<br />
confiáveis de vários pesticidas aniônicos<br />
polares, incluindo glifosato, glufosinato, fosetil,<br />
clorato e outros, tudo em uma única análise e<br />
sem a necessidade de derivatização.<br />
P: Qual é o benefício de trabalhar<br />
com a Thermo Fisher neste mercado?<br />
Oferecemos um portfólio abrangente de tecnologias<br />
para testes de alimentos e bebidas.<br />
Ajudamos nos testes de contaminantes químicos<br />
e microbianos, resíduos, integridade dos<br />
alimentos, requisitos de rotulagem, alergênicos,<br />
especiação de metais e muito mais.<br />
Inovações como a tecnologia Orbitrap permitem<br />
a triagem de contaminantes desconhecidos e<br />
emergentes, além da análise retroativa de dados<br />
para ajudar a identificar problemas muito depois<br />
que a amostra original foi descartada. Além disso,<br />
com uma ampla variedade de configurações<br />
de instrumentos, temos soluções para as necessidades<br />
e orçamentos de praticamente todos os<br />
tamanhos de laboratório e tipos de usuários.<br />
Além disso, trabalhando com a Thermo Fisher,<br />
nossos clientes recebem o benefício de tecnologias<br />
inovadoras que resultam de um investimento<br />
anual de US$ 1 bilhão em pesquisas e<br />
desenvolvimento. Com esse tipo de compromisso<br />
com a melhoria das soluções dos clientes,<br />
garantimos que estamos na vanguarda dos desafios,<br />
hoje e no futuro.<br />
Nosso Portfólio<br />
O grupo de Cromatografia e Espectrometria de Massa da Thermo Fisher oferece cromatografia de íons, líquidos e gasosos;<br />
espectrometria de massa; espectroscopia atômica e análise inorgânica; colunas e consumíveis; e soluções de preparação de<br />
amostras. Saiba mais em thermofisher.com/nossassolucoes<br />
Nossa Presença no Brasil<br />
Nossos clientes são apoiados por mais de 350 funcionários<br />
Além disso, formamos fortes parcerias com parceiros em<br />
todo o Brasil para nos ajudar a vender e prestar serviços de<br />
manutenção a produtos. As organizações parceiras recebem<br />
treinamento contínuo da fábrica e suporte técnico diretamente<br />
de nós, formando uma extensão bem qualificada de<br />
nossas próprias equipes.<br />
em nossa sede brasileira em São Paulo. Além disso, nosso<br />
Centro de Experiência do Cliente (CEC) no local nos permite<br />
testar amostras de clientes, oferecer treinamento prático e<br />
fazer demonstrações ao vivo.<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Dez/Jan 2020<br />
31
Em Foco<br />
SOLUÇÕES EM BIOSCIENCE CONHEÇA AS SOLUÇÕES<br />
EXCLUSIVAS DA GREINER BIO-ONE<br />
A divisão BioScience da Greiner Bio-One<br />
atua como parceira tecnológica de centros<br />
de pesquisa e da indústria diagnóstica,<br />
farmacêutica e de biotecnologia. Com soluções<br />
para diferentes demandas e aplicações,<br />
traz para o Brasil e América Latina<br />
produtos inovadores e exclusivos que facilitam<br />
a rotina de trabalho e estabelecem um<br />
novo patamar de desempenho.<br />
Cultura Celular 3D<br />
Um dos destaques do portfólio, o sistema<br />
para Cultura Celular (m3D) utiliza tecnologia de<br />
magnetização das células por meio de nanopartículas,<br />
que formam uma estrutura celular tridimensional<br />
(esferoide) em tempo recorde, capaz<br />
de mimetizar um determinado microambiente<br />
in vitro. O método é um modelo relevante e preditivo<br />
para estudos de microambiente tumoral,<br />
Linha CELLSTAR®<br />
Com uma variedade de produtos, inclui:<br />
tubos, placas e frascos para cultura celular<br />
em diferentes superfícies, como a CELLSTAR®<br />
TC, com superfície hidrofílica para promover a<br />
adesão celular; CELLSTAR® Suspensão (superfície<br />
hidrofóbica, indicada para células que não<br />
necessitam de ancoragem para se proliferar e<br />
sobreviver); superfície “Cell-repellent”, com<br />
tecnologia exclusiva que evita efetivamente a<br />
adesão celular.<br />
Referência quando o assunto é confiabilidade,<br />
os produtos são fabricados seguindo<br />
rigorosos padrões de qualidade para garantir<br />
o máximo de esterilidade e, por isso, não<br />
possuem traços de RNA ou DNA e oferecem a<br />
opção de embalagem tripla (Triple Package),<br />
indicada para processos e análises que exigem<br />
produtos em conformidade com os princípios<br />
em poliestireno com máxima transparência,<br />
utilizam código de cores de acordo com as<br />
normas internacionais e possuem indicação<br />
do volume em graduação negativa. Todas as<br />
pipetas sorológicas do portfólio são estéreis e<br />
produzidas sob rigorosos padrões de qualidade<br />
conferindo um certificado de ausência de<br />
RNase, DNase e DNA humano, além de não<br />
serem pirogênicas e citotóxicas.<br />
Outro destaque é o design drop-free, que<br />
evita a retenção da última gota no momento<br />
da dispensa e também possui filtro que protege<br />
contra sucção do líquido para dentro do<br />
dispositivo de pipetagem. A validade e lote<br />
também são impressos na embalagem.<br />
high-throughput screening para prospecção<br />
de boas práticas de fabricação (GMP) estabe-<br />
de novos fármacos, co-cultivo, invasão e dife-<br />
lecidas por órgãos reguladores.<br />
32<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Dez/Jan 2020<br />
renciação celular. Assim, permite condições de<br />
cultivo mais próximas da metodologia in vivo e<br />
com grande reprodutibilidade.<br />
Pipetas Sorológicas<br />
Também com a qualidade da marca CELLS-<br />
TAR®, as Pipetas Sorológicas, são fabricadas<br />
Para saber mais sobre estes e outros produtos,<br />
acesse: www.gbo.com.br, ou entre em<br />
contato: info@br.gbo.com.
your power for health<br />
BioScience<br />
Conheça as soluções exclusivas da Greiner Bio-One<br />
Cultura Celular 3D<br />
Cultura Celular<br />
Manuseio de Líquidos<br />
Cultura Celular 3D (m3D):<br />
inovação na formação de esferoides<br />
Variedade da linha CELLSTAR ®<br />
para o cultivo de células<br />
Pipetas Sorológicas: máxima<br />
precisão no manuseio de líquidos<br />
Greiner Bio-One Brasil | Avenida Affonso Pansan, 1967 | CEP 13473-620 | Americana | SP<br />
Tel: +55 (19) 3468-9600 | Fax: +55 (19) 3468-3601 | E-mail: info@br.gbo.com<br />
www.gbo.com/preanalytics
Em Foco<br />
MANUTENÇÃO DA INTEGRIDADE MICROBIANA NA ÁGUA PURA<br />
Apesar da água muito pura ser um ambiente<br />
extremamente difícil, com um conteúdo mínimo<br />
de nutrientes - após a remoção das impurezas<br />
químicas orgânicas e inorgânicas da<br />
água -, ainda pode ocorrer crescimento bacteriano.<br />
Os vestígios residuais de impurezas ou<br />
detritos de bactérias mortas podem funcionar<br />
como fonte de alimento e biofilmes. As bactérias<br />
em si não são o único problema: elas<br />
também produzem endotoxinas e nucleases.<br />
Várias tecnologias de purificação removem<br />
ou degradam as bactérias e os respectivos pro-<br />
dutos secundários. A resina de troca aniônica<br />
inativa as bactérias e, assim como a retenção<br />
de uma membrana osmose reversa, ambas<br />
podem reduzir o total viável em mais de 95.<br />
As moléculas com carga, tais como endotoxinas,<br />
são efetivamente atraídas por ânions e<br />
resinas de leito misto durante a maior parte do<br />
tempo de vida útil da resina. Os microfiltros e<br />
ultramicrofiltros, com cortes de 0,2 e 0,05 μm<br />
respectivamente, são excelentes para remover<br />
microrganismos, mas menos eficazes para remover<br />
endotoxinas.<br />
A exposição à luz ultravioleta é também<br />
muito eficaz na destruição de microrganismos.<br />
Já a combinação da fotoxidação com 185 nm<br />
de luz UV, seguida de um ultrafiltro, remove<br />
bem as bactérias, bem como endotoxinas e<br />
enzimas, como nucleases.<br />
Para mais informações: (11) 3888-8800<br />
Watertech.marcom.lata@veolia.com<br />
www.veoliawatertech.com/latam<br />
HAMILTON – MICROLAB 600 – DILUIDOR E DISPENSADOR<br />
34<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Dez/Jan 2020<br />
Microlab 600 Series<br />
O MICROLAB 600 é uma bomba de seringa<br />
altamente precisa com uma interface gráfica<br />
para o usuário projetada para diluir e distribuir<br />
líquidos de maneira rápida e fácil. Esse sistema<br />
de deslocamento positivo fornece uma precisão<br />
superior a 99%, independentemente da<br />
viscosidade, pressão do vapor e temperatura<br />
do líquido. O caminho do fluido inerte minimiza<br />
o transporte da amostra e é compatível<br />
com produtos químicos agressivos.<br />
Todo laboratório possui tarefas muito pequenas<br />
para automatizar e grandes para serem<br />
realizadas com segurança manualmente. O<br />
Microlab 600 é um manipulador de líquidos semiautomático<br />
projetado especificamente para<br />
essas aplicações intermediárias. O ML600 aumenta<br />
a produtividade e a consistência enquanto<br />
reduz o custo e o desperdício dos reagentes.<br />
Chega de pipetas e cálculos de diluições. Recupere<br />
rapidamente as dispensas e diluições armazenadas<br />
na tela “Favoritos”. Acione a sonda manual<br />
ou toque no pedal para acionar as seringas de<br />
precisão de acordo com o programa predefinido.<br />
Benefícios:<br />
- Reduza o tempo preparando amostras ou<br />
distribuindo reagentes;<br />
- Minimize a variação experimental entre<br />
usuários;<br />
- Simplifique as preparações em conformidade<br />
com EPA, FDA (GLP, GMP) e ISO;<br />
Disponível em duas configurações:<br />
Diluidor - Microlab 600 com duas seringas<br />
Suporta uma ampla gama de aplicações na<br />
preparação de amostras, incluindo grandes<br />
diluições.<br />
A configuração do diluidor de seringa dupla<br />
do Microlab 600 usa duas seringas para criar<br />
uma diluição de até (1:50.000) em uma única<br />
etapa, reduzindo drasticamente o tempo<br />
de preparação e o desperdício de tampão. O<br />
diluente lava a tubulação entre cada amostra,<br />
minimizando a transferência mesmo para as<br />
técnicas mais sensíveis.<br />
Dispensador – Microlab 600 com<br />
uma ou duas seringas<br />
Pode dispensar um líquido, dois líquidos de<br />
diferentes reservatórios em diferentes posições<br />
e trabalhar com dispensa contínua.
em foco<br />
Em Foco<br />
em foco<br />
ÁGUA POTÁVEL - realizando a amostragem ideal<br />
ÁGUA para POTÁVEL análises - realizando microbiológicas. a amostragem ideal<br />
para análises microbiológicas.<br />
ÁGUA POTÁVEL - REALIZANDO A AMOSTRAGEM IDEAL<br />
PARA ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS<br />
36<br />
Qualidade no início para confiança no fim gem seja realizada em saco plástico estéril, descartável,<br />
contendo gem seja realizada pastilha em de saco tiossulfato plástico de estéril, sódio. descar-<br />
O<br />
Qualidade no início para confiança no fim<br />
A detecção A e quantificação detecção e quantificação de todos os micro-organismos<br />
potencialmente patogênicos presentes na<br />
de todos os micro-organismos<br />
potencialmente potencialmente patogênicos patogênicos presentes na deve realizada exceder tempo entre 24 em horas. coleta saco e plástico a realização estéril, das descartável, análises não<br />
presente. É indicado que esta amostragem seja<br />
A detecção e quantificação de todos os micro-orga-<br />
tempo tável, entre contendo coleta e a pastilha realização de tiossulfato das análises de sódio. não O<br />
água é trabalhosa, demanda tempo, possui custo deve exceder 24 horas.<br />
elevado e presentes água nem sempre é trabalhosa, na conseguimos água demanda é trabalhosa, obter tempo, resultados<br />
satisfatórios.<br />
possui demanda custo contendo pastilha de tiossulfato de sódio. O tempo<br />
entre coleta e a realização das análises não<br />
Porque escolher WHIRL–PAK Nasco?<br />
elevado e nem sempre conseguimos obter resultados<br />
satisfatórios.<br />
Porque escolher WHIRL–PAK Nasco?<br />
tempo, possui custo elevado e nem sempre<br />
As bolsas de amostragem WHIRL–PAK Nasco tem<br />
As bolsas de amostragem WHIRL–PAK Nasco tem<br />
A água potável conseguimos não deve obter conter resultados patógenos satisfatórios. e sim sido a deve escolha exceder profissionais 24 horas. por quase 60 anos e<br />
A água potável não deve conter patógenos e sim sido a escolha de profissionais por quase 60 anos e<br />
estar livre, principalmente, de bactérias indicadoras oferecem grandes diferenciais técnicos como abas<br />
estar livre, principalmente, bactérias indicadoras oferecem grandes diferenciais técnicos como abas<br />
de contaminação<br />
A água<br />
de contaminação<br />
fecal.<br />
potável<br />
Como<br />
não<br />
fecal.<br />
principal<br />
deve conter<br />
Como principal<br />
indicador<br />
patógenos Porque escolher WHIRL–PAK Nasco?<br />
indicador<br />
à prova<br />
à<br />
de<br />
prova<br />
perfuração,<br />
de perfuração,<br />
esterilidade<br />
esterilidade<br />
garantida,<br />
garantida,<br />
fácil<br />
fácil<br />
dessa contaminação, e<br />
dessa<br />
sim estar<br />
contaminação,<br />
livre, são principalmente, eleitas são “bactérias eleitas “bactérias<br />
de bactérias de de identificação identificação<br />
As bolsas e fechamento e<br />
de<br />
fechamento<br />
amostragem à prova à prova de vazamentos WHIRL–PAK<br />
de vazamentos<br />
referência” indicadoras referência” as pertencentes as de pertencentes contaminação ao grupo ao coliforme, grupo fecal. coliforme, Como que você Nasco que pode você tem confiar. pode sido confiar. a escolha de profissionais por<br />
tendo como tendo representante como representante a Escherichia a Escherichia coli. coli.<br />
principal indicador dessa contaminação, são A Thio-Bag, quase A Thio-Bag, 60 modelo anos modelo e oferecem destinado destinado grandes a coleta a coleta diferenciais de água de água<br />
A Portaria A nº Portaria 2.914/2011 nº 2.914/2011 do Ministério do Ministério da Saúde da Saúde clorada, clorada, foi especialmente foi especialmente projetada projetada para para amostragegem<br />
torneiras, em torneiras, piscinas, piscinas, linhas linhas de produção, de verificado tes verificado na ao água grupo na para coliforme, água consumo para tendo consumo humano como humano represen-<br />
a laboratórios a esterilidade laboratórios e outras e garantida, outras áreas áreas de interesse fácil de interesse identificação para para análise análise e<br />
eleitas “bactérias de referência” as pertencen-<br />
técnicos como abas à prova de perfuração,<br />
amostra-<br />
(Portaria (Portaria de Potabilidade) de Potabilidade) estabelece estabelece que seja que seja<br />
ausência tante de ausência coliformes a Escherichia de coliformes totais coli. e Escherichia totais e Escherichia coli, e coli, bacteriológica e fechamento bacteriológica da água. à da prova água. de vazamentos que você<br />
determinada determinada a contagem a contagem de bactérias de bactérias heterotróficas,<br />
para garantir cas, A Portaria para sua garantir potabilidade.<br />
nº 2.914/2011 sua potabilidade. do Ministério da Aprovada pode pelo confiar. EPA, oferecem segurança e confiabi-<br />
heterotrófi-<br />
Aprovada pelo EPA, oferecem segurança e confiabilidade<br />
além de além outros de outros benefícios benefícios como: como:<br />
lidade<br />
Saúde<br />
Coleta de<br />
Coleta (Portaria<br />
amostras<br />
de amostras de Potabilidade)<br />
de água<br />
de<br />
para<br />
água estabelece<br />
análises<br />
para análises que A Thio-Bag, modelo destinado a coleta de<br />
• Redução do tempo técnico na amostragem;<br />
bacteriológicas<br />
• Redução do tempo técnico na amostragem;<br />
bacteriológicas seja verificado na água para consumo humano água clorada, foi especialmente projetada<br />
• Economia para o setor público e privado;<br />
A coleta de amostra é um dos passos mais • Economia para o setor público e privado;<br />
A coleta a de ausência amostra de é coliformes um dos totais passos e Escherichia mais<br />
para amostragem em torneiras, piscinas, linhas<br />
• Necessita de pouco espaço para armazenamento;<br />
importante para a avaliação da qualidade da água, • Necessita de pouco espaço para armazenamento;<br />
importante coli,<br />
portanto,<br />
para e a determinada avaliação<br />
é essencial<br />
da a qualidade<br />
que<br />
contagem<br />
a amostragem<br />
da de água, bactérias<br />
seja • Fácil<br />
de produção,<br />
descarte.<br />
portanto, realizada é essencial com que precaução a amostragem e técnica seja apurada,<br />
• Fácil descarte.<br />
heterotróficas, para garantir sua potabilidade.<br />
realizada A laboratórios LAS do Brasil e é outras a sua distribuidora áreas de interesse autorizada para para<br />
evitando com precaução assim todas e técnica as fontes apurada, contaminantes A LAS do<br />
evitando assim a linha Brasil WHIRL–PAK é a sua distribuidora da Nasco, autorizada garantindo para<br />
Coleta<br />
entrega<br />
possíveis. de todas As amostras as fontes de água contaminantes clorada, para análises enviadas análise bacteriológica da água.<br />
a linha<br />
possíveis.<br />
rápida WHIRL–PAK em todo da território Nasco, nacional. garantindo entrega<br />
bacteriológicas<br />
para As amostras as análises de microbiológicas, água clorada, devem enviadas ter o cloro<br />
rápida Aprovada em todo território pelo EPA, nacional. oferecem segurança e<br />
para as análises residual microbiológicas, neutralizado imediatamente devem ter o após cloro a coleta,<br />
LAS do Brasil<br />
residual neutralizado para A coleta remover de imediatamente amostra seu efeito é um após dos bactericida passos a coleta, mais sobre im-portante<br />
para a avaliação qualidade da água, • Redução do tempo técnico +55 na 62 amostragem; 3085 1900<br />
confiabilidade além de outros benefícios +55 LAS 62 do 3085 Brasil como: 1900<br />
para remover microbiota seu presente. efeito bactericida É indicado que sobre esta amostra-<br />
a<br />
www.lasdobrasil.com.br<br />
microbiota presente. É indicado que esta amostra-<br />
www.lasdobrasil.com.br<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Dez/Jan 2020<br />
Qualidade no Início para Confiança no Fim<br />
portanto, é essencial que a amostragem seja realizada<br />
com precaução e técnica apurada, evitando<br />
assim todas as fontes contaminantes possíveis. As<br />
amostras de água clorada, enviadas para as análises<br />
microbiológicas, devem ter o cloro residual<br />
neutralizado imediatamente após a coleta, para<br />
remover seu efeito bactericida sobre a microbiota<br />
• Economia para o setor público e privado;<br />
• Necessita de pouco espaço para armazenamento;<br />
• Fácil descarte.<br />
A LAS do Brasil é a sua distribuidora autorizada<br />
para a linha WHIRL–PAK da Nasco, garantindo<br />
entrega rápida em todo território nacional.<br />
LAS do Brasil<br />
+55 62 3085 1900<br />
www.lasdobrasil.com.br
em foco<br />
Em Foco<br />
O PODER COLETIVO DA CROMATOGRAFIA<br />
O PODER COLETIVO DA CROMATOGRAFIA.<br />
00<br />
Resultados reprodutíveis com preparo<br />
e amostra, colunas e vials.<br />
Resultados Maximizar a produtividade reprodutíveis da cromato- com preparo grafia e<br />
atingir e amostra, resultados colunas reprodutíveis e vials. requer otimização<br />
de todo o workflow, da amostra ao conhecimentografia<br />
Escolhendo e atingir as ferramentas resultados corretas reprodutíveis do preparo<br />
Maximizar a produtividade da cromato-<br />
de requer amostra otimização (manual ou de automatizado) todo o workflow, à melhor<br />
da amostra ao conhecimento.<br />
seletividade química das colunas, é possível manter<br />
preparo a integridade de da amostra e alcançar (manual máxima ou<br />
Escolhendo as ferramentas corretas do<br />
eficiência automatizado) instrumento, à melhor além de seletividade<br />
reduzir custos<br />
química das colunas, é possível manter<br />
com reanálises.<br />
a integridade da amostra e alcançar<br />
máxima eficiência do instrumento,<br />
além de reduzir custos com reanálises.<br />
No preparo de amostras, a Thermo Fisher oferece<br />
No os preparo kits SMART de Digest amostras, e o SMART a Thermo Digest<br />
ImmunoAffinity Fisher oferece (IA) os criados kits SMART para caracterização Digest e<br />
e o SMART Digest ImmunoAffinity<br />
quantificação (IA) criados de biomarcadores para caracterização e bio-terapêuticos.<br />
quantificação Através da imobiliza- de biomarcadores ção da enzima tripsina e<br />
e<br />
estável bio-terapêuticos. ao calor, os kits melhoram Através da o workflow imobilização<br />
da enzima tripsina estável ao calor,<br />
com<br />
a os digestão kits melhoram rápida e eficiente o workflow de proteínas com para a<br />
caracterização digestão rápida e quantificação. e eficiente Além de proteínas do avanço<br />
tecnológico,<br />
para caracterização<br />
os kits oferecem<br />
e<br />
simples<br />
quantificação.<br />
utilização<br />
Além do avanço tecnológico, os kits<br />
evitando oferecem erros simples no processo, utilização melhorando evitando assim a<br />
reprodutibilidade erros no processo, dos testes melhorando e automa- tização. assim a<br />
reprodutibilidade dos testes e automatização.<br />
Se comparado ao SPE tradicional os produtos<br />
Se comparado ao SPE tradicional os<br />
SOLA<br />
produtos<br />
fornecem<br />
SOLA<br />
maior<br />
fornecem<br />
robus- tez,<br />
maior<br />
alta sensibilidadetez,<br />
fácil alta utilização, sensibilidade, alta produtividade, fácil utilização, além de<br />
robus-<br />
eficiência alta produtividade, e rápido processamento, além de eficiência devido a sua e<br />
rápido processamento, devido a sua<br />
tecnologia tecnologia exclusiva exclusiva e inovadora e frit-less. inovadora Desenvolvidos<br />
frit-less. para as Desenvolvidos análises bioanalíticas para e pesquisas<br />
clínicas análises com amostras bioanalíticas biológicas e complexas pesquisas em<br />
clínicas com amostras biológicas<br />
alta complexas demanda em enquanto alta demanda cumprem enquanto legislações<br />
rigorosas, cumprem o SOLA legislações SPE combina rigorosas, o suporte o e os<br />
componentes do meio ativo em uma cama absorvente<br />
uniforme e sólida, o que fornece um fluxo<br />
estável e contro- lável e ainda previne o bloqueio<br />
SOLA SPE combina o suporte e os<br />
de componentes amostras biológicas do meio viscosas. ativo Assim, em além uma da<br />
alta cama produtividade, absorvente melhoram uniforme a reprodutibilidade e sólida, o<br />
que fornece um fluxo estável e controlável<br />
e ainda previne o bloqueio de<br />
não só cartucho a cartucho, como de lote a lote. A<br />
versão amostras SOLAµ permite biológicas aumentar viscosas. a concentra- Assim, ção<br />
da além amostra da alta sem produtividade, modificar o workflow, melhoram além de a<br />
reprodutibilidade não só cartucho a<br />
fornecer a opção de diminuição do volume total<br />
cartucho, como de lote a lote. A versão<br />
sem SOLAµ adicio- permite nar outros aumentar passos na metodologia. a concentração<br />
da amostra sem modificar o<br />
workflow, além de fornecer a opção de<br />
diminuição A Thermo Fisher do volume oferece ainda total sem sua adicionar<br />
outros<br />
linha<br />
premium para<br />
passos<br />
preparo de<br />
na<br />
amosmetodologia.<br />
tras os filtros de<br />
seringa A Thermo Titan3 Fisher de alta oferece performance. ainda Disponíveis em sua<br />
em linha diferentes premium diâmetros para e tipos preparo de membrana, de amostras<br />
os filtros de seringa Titan3 de<br />
filtros apresentam codificação por cor, facilitando<br />
alta performance. Disponíveis em<br />
a diferentes identi- ficação das diâmetros membranas e corretas tipos e também<br />
membrana, do tamanho do os poro, filtros abertura apresentam<br />
luer lock me-<br />
de<br />
codificação por cor, facilitando a identificação<br />
das membranas corretas e<br />
lhorada e anel integral o que previne vazamentos<br />
e também colapso, além do disso tamanho filtros do de 30mm poro, abertura suportam<br />
até luer 120psi. lock Atendendo melhorada também e anel as análises integral mais o<br />
que previne vazamentos e colapso,<br />
complexas e exigentes em termos de impureza,<br />
além disso filtros de 30mm suportam<br />
a até Thermo 120psi. Fisher traz Atendendo o primeiro vial também pré-limpo, as<br />
com análises baixo número mais complexas de partículas e background, exigentes<br />
em termos de impureza, a Thermo<br />
testado<br />
Fisher<br />
e certificado<br />
traz o primeiro<br />
para 15 características<br />
vial pré-limpo,<br />
físicas<br />
que com podem baixo afetar número a performance de partículas do vial, disponível<br />
background, em âmbar ou testado transparente e certificado em vidro Tipo para 1,<br />
e<br />
15 características físicas que podem<br />
atendendo afetar a a performance todos os critérios do das vial, Farmacopeias disponível<br />
Americana, em âmbar Europeia ou transparente e Japonesa. em vidro<br />
Tipo 1, atendendo a todos os critérios<br />
das Farmacopeias Americana,<br />
Europeia Líder em tecnologia e Japonesa. de colunas para cromatografia<br />
líquida, com produção da sílica de alta<br />
Líder em tecnologia de colunas para<br />
pureza, cromatografia polímeros e líquida, carbono com grafite produção poroso, fase<br />
ligada e empacotamento de coluna por 40 anos,<br />
a Thermo Fisher oferece acessó- rios e colunas<br />
inovadoras para as análises mais desafiadoras,<br />
da sílica de alta pureza, polímeros e<br />
incluindo carbono colunas grafite desenvolvidas poroso, fase especialmente ligada e<br />
para empacotamento as inovadoras aplicações de coluna Biofar- macêuticas. por 40<br />
anos, a Thermo Fisher oferece acessórios<br />
e colunas inovadoras para as<br />
As colunas de núcleo sólido Accucore permitem<br />
uma análises separação mais rápida desafiadoras, e alta resolução incluindo com<br />
back colunas pressure desenvolvidas significativamente especialmente<br />
menor do que<br />
para as inovadoras aplicações Biofarmacêuticas.<br />
As colunas de núcleo<br />
as colunas convencio- nais para UHPLC. As colunas<br />
sólido Hypersil Accucore GOLD oferecem permitem picos cromatográfi-<br />
separação cos excepcionais rápida para fase e de reversa, alta troca resolução iônica,<br />
uma<br />
com back pressure significativamente<br />
HILIC ou fase normal. Além das colunas Acclaim<br />
menor do que as colunas convencionais<br />
para em partículas UHPLC. de As sílica colunas porosa ultra-pu- Hypersil<br />
baseadas<br />
ra GOLD com tecnologia oferecem avançada picos e inovado- cromatográficos<br />
excepcionais para fase reversa,<br />
ra de ligação,<br />
o que promove seletivi- dade complementar,<br />
troca iônica, HILIC ou fase normal.<br />
alta Além eficiência das e colunas picos simétricos. Acclaim baseadas<br />
em partículas de sílica porosa ultra-pura<br />
com tecnologia avançada e inovado-<br />
Trazendo de ligação, tecnologia o que de ponta promove e visando seletividade<br />
a otimização<br />
do<br />
complementar,<br />
tempo e quantidade<br />
alta<br />
amostral,<br />
eficiência<br />
a linha<br />
e<br />
picos simétricos.<br />
premium Thermo Fisher oferece produtos para o<br />
preparo Trazendo de amostras tecnologia de forma de ponta rápida, e precisa visando e<br />
a otimização do tempo e quantidade<br />
econômica para superar seus desafios.<br />
amostral, a linha premium Thermo<br />
Fisher oferece produtos para o preparo<br />
de amostras de forma rápida, precisa e<br />
econômica para superar seus desafios.<br />
+55 62 3983-1900<br />
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www.bioscie.com.br<br />
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comercial@bioscie.com.br<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Dez/Jan 2020<br />
37
Em Foco<br />
LUVAS PARA SALA LIMPA E SEUS PADRÕES DE QUALIDADE<br />
38<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Dez/Jan 2020<br />
terial de luva protetora em um nível molecular,<br />
enquanto a penetração é o movimento de um<br />
produto químico e/ou microrganismo através<br />
de materiais porosos, costuras, furos ou outras<br />
imperfeições em um material de luva protetora<br />
em um nível não molecular.<br />
As luvas BioClean 400 mm/16” foram testadas<br />
sob a norma EN 374-3 para avaliar o<br />
quão eficazes são contra produtos químicos<br />
especificados. Para estar em conformidade em<br />
relação à oferta de proteção contra produtos<br />
químicos, a luva sob teste deve ser classificada<br />
como Nível 2 ou mais alto em termos da<br />
proteção oferecida contra, pelo menos, três<br />
produtos químicos. Os níveis de desempenho<br />
são definidos pelo tempo levado para que os<br />
produtos químicos de teste permeassem a<br />
amostra de teste (veja a Tabela 1).<br />
Todas as luvas de sala limpa da linha de 400<br />
mm/16” da BioClean atendem ao nível de proteção<br />
exigido no Nível 2 e são apropriadas para<br />
o uso nos setores farmacêutico, ciências da<br />
vida e microeletrônica, cumprindo com as exigências<br />
da norma EN 420 para luvas de proteção,<br />
EN 374-1, 2 e 3:2003, e a norma para luva<br />
médica EN 455. Disponível em látex e nitrilo,<br />
estéril e não estéril, a linha oferece proteção<br />
extra ao manter o rigoroso protocolo de proteção<br />
do produto. As especificações técnicas<br />
Para ajudar na escolha da luva correta a ser<br />
utilizada em uma sala limpa, os fabricantes<br />
especificam a classe de limpeza para a qual<br />
a luva é adequada (como definidos na norma<br />
EN ISO 14644) por exemplo, ISO Classe 4, 5 ou<br />
6. Além disso, usam as normas de proteção de<br />
luvas EN 420 para definir as dimensões, a EN<br />
374 3, 4, 5 para o número de furos permitidos<br />
e a norma de luvas médicas EN 4556 para<br />
definir a resistência da luva como base para<br />
garantia de qualidade e controle de qualidade<br />
em suas fábricas. Luvas escolhidas para proteger<br />
o usuário de produtos químicos perigosos<br />
são classificadas como Equipamento de Proteção<br />
Individual (EPI) e são regulamentadas ao<br />
abrigo da Diretiva Europeia de EPIs e por suas<br />
normas associadas.<br />
As normas uniformizadas que abrangem as<br />
luvas utilizadas para proteção contra produtos<br />
químicos são a EN 420 e a EN 374. Obviamente,<br />
tais luvas devem, ao mesmo tempo, cumprir<br />
com as exigências das salas limpas. As<br />
luvas de proteção (EPI) formam uma barreira<br />
física entre o usuário e os produtos químicos<br />
que estão manuseando, e permanecerão<br />
eficazes até que a barreira seja quebrada. A<br />
barreira pode ser quebrada através de um dos<br />
dois mecanismos: Permeação ou Penetração.<br />
A permeação é o processo pelo qual um<br />
produto químico se move através de um mado<br />
produto, relatórios de testes, certificados de<br />
análise e qualidade e amostras para as luvas<br />
para salas limpas de 400 mm/16” da BioClean<br />
estão disponíveis mediante solicitação.<br />
Tabela 1: Níveis de Desempenho<br />
de Permeação<br />
Tempo de ruptura medido (considera-se que a ruptura<br />
pelo produto químico de teste ocorreu quando a<br />
taxa de permeação atingiu 1,0 μg/cm2/min)<br />
Nível 1 Mínimo de 10 minutos<br />
Nível 2 Mínimo de 30 minutos<br />
Nível 3 Mínimo de 60 minutos<br />
Nível 4 Mínimo de 120 minutos<br />
Nível 5 Mínimo de 240 minutos<br />
Nível 6 Mínimo de 480 minutos<br />
Saiba mais em:<br />
https://www.ansell.com/br/pt/life-sciences/brands/brand-detail/bioclean
Em Foco<br />
CONTROLE DE PH E CONDUTIVIDADE NA FABRICAÇÃO<br />
DE CERVEJAS ARTESANAIS<br />
A qualidade e o sabor de uma cerveja são<br />
extremamente dependentes da qualidade da<br />
água usada na sua fermentação. As medições<br />
de pH e de condutividade no processo inicial<br />
à fabricação, asseguram características importantes<br />
para o melhor produto final, a cerveja!<br />
A globalização das cervejas gourmet tem<br />
colocado grande pressão e aumentando de<br />
forma substancial a disputa por novos mercados<br />
e tornando os consumidores cada dia mais<br />
exigentes. A manutenção de uma elevada<br />
qualidade da cerveja é um fator determinante<br />
para o sucesso!<br />
O uso de controles analíticos nas etapas de<br />
fabricação da cerveja garantem sua qualidade<br />
e otimizam seu gerenciamento, proporcionando<br />
experiencias inusitadas de sabor, desde<br />
processos caseiros até a indústria de grande<br />
porte.<br />
O valor do pH da água utilizada na fabricação<br />
e o teor de sal são fatores determinantes<br />
do sabor e da qualidade da cerveja. Em alguns<br />
casos, dependendo das substâncias presentes<br />
na água bruta ou potável, a mesma deve ser<br />
submetida a diversos tipos de tratamento, que<br />
podem ir desde acertos sutis de pH, até realização<br />
de processos mais complexos como a<br />
osmose reversa.<br />
Em nosso reator de entrada, temos o sensor<br />
de pH SC04 e o de condutividade SCC04T ligados<br />
a seus respectivos controladores indústrias.<br />
O objetivo aqui é monitorar a alcalinidade e o<br />
teor de sal da água cervejeira necessários para<br />
cada tipo específico de cerveja.<br />
Em processos subsequentes, a medição do<br />
pH também desempenha um papel determinante.<br />
Após a mistura da água com o malte<br />
moído na tina de macerado, as enzimas convertem<br />
o amido em maltose. Este processo<br />
altamente dependente do pH ocorre na faixa<br />
de pH de 5,4 a 5,6. No passo seguinte, cocção<br />
do mosto, é adicionado lúpulo para controlar<br />
o sabor futuro da cerveja e sua validade, sua<br />
gravidade específica é defina e o valor de pH<br />
é reduzido. Uma vez que o sensor de pH SC-<br />
23S8AT pode ser esterilizado com vapor superaquecido,<br />
se mostra ideal para monitorar<br />
esses processos.<br />
A fim de cumprir os regulamentos rigorosos<br />
de higiene para a produção de alimentos, os<br />
sistemas envolvidos na fermentação de cerveja<br />
devem ser lavados usando alternadamente<br />
uma solução de hidróxido de sódio e ácido<br />
(frequentemente ácido nítrico) a temperaturas<br />
de aproximadamente 65 °C (processo CIP). A<br />
concentração do líquido CIP é controlada com<br />
base na medição da condutividade com um<br />
sensor SCC07 em inox. Durante o enxágue final<br />
das linhas de processo lavadas, a remoção<br />
completa de todos os líquidos de enxágue é<br />
verificada usando o sensor de condutividade<br />
SCC04.<br />
Por último, o tratamento dos efluentes da<br />
cervejeira, requer sensores como o eletrodo de<br />
pH SC14 e de condutividade SCC05, altamente<br />
resistente a contaminações, uma vez que<br />
o tratamento destes efluentes podem conter<br />
uma carga elevada de resíduos.<br />
Consulte nosso departamento técnico para<br />
entender mais sobre nossas soluções em<br />
medição de pH, condutividade e ORP.<br />
www.sensoglass.com<br />
fones.: (11) 2262-6208 / 2952-7828<br />
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<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Dez/Jan 2020<br />
39
Em Foco<br />
O GRUPO PRIME CARGO SEMPRE ATENTO E ACREDITANDO NO<br />
MERCADO NACIONAL E INTERNACIONAL REALIZA FREQUENTEMENTE<br />
MASSIVOS INVESTIMENTOS EM SUAS INSTALAÇÕES E FILIAIS.<br />
Contando com estrutura de 7000mts² em<br />
Barueri - SP, e filiais em pontos estratégicos<br />
por todo território nacional, sendo eles totalmente<br />
adequados ao segmento médico-laboratório-hospitalar,<br />
o Grupo Prime Cargo disponibiliza<br />
aos seus clientes um novo conceito<br />
em transporte e armazenagem, que segue em<br />
conformidade com as boas práticas exigidas<br />
pelas diretrizes.<br />
Dispondo de áreas técnicas, laboratórios<br />
para manutenção de equipamentos e espaço<br />
para treinamento de equipes, a PRIME inova<br />
mais uma vez no atendimento e velocidade<br />
nos processos.<br />
O investimento em pessoal é constante com<br />
treinamentos, atualizações de equipamentos e<br />
materiais, isso faz com que além de atender os<br />
prazos, seja feito com qualidade e segurança,<br />
contando com todas as certificações e adequações<br />
necessárias como a ISO9001 (Matriz)<br />
e ANVISA.<br />
O que é a CP 343/2017?<br />
As alterações e novidades abordadas nessa<br />
Consulta Pública vieram para harmonizar<br />
os requerimentos sanitários da Anvisa com<br />
aqueles definidos nas diversas diretrizes internacionais.<br />
Portanto, agora mais do que nunca, os gestores<br />
das empresas embarcadoras, precisam<br />
realizar processo de Qualificação de Fornecedores<br />
de forma a garantir a integridade do<br />
produto farmacêutico de ponta a ponta.<br />
Em fevereiro de 2019, a Agência Nacional<br />
de Vigilância Sanitária, inclusive, promoveu o<br />
Diálogo Setorial, justamente para apresentar<br />
as alterações na CP 343/2017, além de ouvir<br />
as considerações e preocupações dos empresários,<br />
especialistas e técnicos do setor.<br />
Foram enviadas 445 contribuições pelos<br />
participantes, que receberam a versão prévia<br />
da publicação, bem como as alterações do<br />
texto inicial com todas as sugestões e comentários<br />
recebidos.<br />
Com o texto consolidado, a norma reduziu a<br />
quantidade de artigos de 127 para 90.<br />
40<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Dez/Jan 2020<br />
A CP 343/2017 da Agência Nacional de Vigilância<br />
Sanitária se refere às boas práticas de<br />
armazenagem e transporte e tem o intuito de<br />
promover maior controle da cadeia produtiva,<br />
garantindo a qualidade dos medicamentos<br />
em todas as etapas de transporte, distribuição<br />
e armazenamento.<br />
Avenida Piraíba, 296 parte A / Centro<br />
Comercial Jubran –<br />
Barueri – Sp / CEP: 06460-121<br />
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