Revista Analytica Ed 105
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Artigo 2<br />
Imagem Ilustrativa<br />
Autor:<br />
Dário Mário Napoleão Armando dos Santos*<br />
Universidade Púnguè, Bairro Heróis Moçambicanos, CP 323,<br />
Chimoio-Moçambique, tel.: 251 24700, Fax: 251 24758<br />
22<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Fev/Mar 2020<br />
4.1.2. Por espectrofotometria no<br />
UV – Visível<br />
Para se fazer análise por espectrofotometria<br />
no UV-visível, primeiro foi feita a determinação<br />
do comprimento de onda, que consistiu<br />
em fazer uma varredura com a solução padrão<br />
de 2 µg. mL -1 no comprimento de onda<br />
na faixa de 400 a 600 nm. Obteve-se o sinal<br />
máximo de absorvância em 512 nm. Conforme<br />
ilustra a figura 5, que mostra a o espectro<br />
de absorção no visível do complexo ferro-1,-<br />
10-fenantrolina.<br />
A curva analítica das soluções padrão apresentou uma regressão altamente significativa com o<br />
Para se fazer análise por espectrofotometria no UV-visível, primeiro foi feita coeficiente<br />
Tabela<br />
a determinação<br />
2. Determinação<br />
do R 2 = 0,9954. Com base na curva analítica foi feita a predição da<br />
do ferro total por espectrofotometria<br />
no UV-Vis<br />
conforme a ilustra a Tabela 2, que apresenta os resultados de<br />
concentração das amostras,<br />
comprimento de onda, que consistiu em fazer uma varredura com a solução padrão de 2 µg. mL<br />
concentração de ferro antes e depois da fortificação com 5 µg. mL -1 .<br />
1 no comprimento de onda na faixa de 400 a 600 nm. Obteve-se o sinal máximo Tabela de 2. Determinação absorvância do ferro total por espectrofotometria no UV-Vis<br />
em 512 nm. Conforme ilustra a figura 5, que mostra a o espectro de absorção Amostra no visível Concentração do em µg. Amostra Fortificadas Concentração em µg.<br />
mL -1 mL -1<br />
complexo ferro-1,10-fenantrolina.<br />
Figura 5 - Determinação do comprimento de onda.<br />
A2 0,14 A2 4,54<br />
Figura 5 - Determinação do comprimento de onda.<br />
A3 0,14 A3 5,02<br />
A4 0,15 A4 4,59<br />
A5 0,11 A5 4,96<br />
A=0.426,=512<br />
A6 0,24 A6 5,22<br />
A8 0,10 A8 5,05<br />
A9 0,19 A9 4,88<br />
A10 0,09 A10 4,95<br />
A11 0,15 A11 4,85<br />
B2 0,59 B2 5,70<br />
B8 0,08 B8 5,22<br />
B10 0,12 B10 5,22<br />
400 450 500 550 600 *As amostras designadas pela letra A correspondem amostras de água da torneira e B água do poço.<br />
Absorvância<br />
Absorvância Absorvância<br />
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4<br />
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4<br />
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0<br />
R 2 0,9954<br />
por Peng et al., (2017), onde utilizaram o<br />
0 2 4 6 8 10<br />
400 450 500 Concentração 550 (µg. 600mL^-1)<br />
Fonte: O autor.<br />
Comprimento de onda (nm)<br />
Fonte: O autor<br />
para determinação do ferro em água potável<br />
No comprimento de onda previamente escolhido, foram feitas medidas da absorvância dos<br />
padrões com concentração que variam de 2,0 -10,0 µg. mL -1 de acordo com a figura 6.<br />
e em alimentos com soluções padrão na faixa<br />
A faixa de concentração do padrões do presente trabalho difere do trabalho realizado por Peng et<br />
al., de (2017), 0,047 onde – utilizaram 1,0 µg. o método mL -1 da O-fenantrolina como reação colorimétrica, um<br />
“scanner” e o software ImageJ para determinação do ferro em água potável e em alimentos com<br />
soluções<br />
Figura<br />
padrão<br />
6 - Curva<br />
na faixa<br />
analítica<br />
de 0,047 –<br />
dos<br />
1,0 µg.<br />
padrões<br />
mL -1<br />
no UV-Visível.<br />
Figura 6 - Curva analítica dos padrões no UV-Visível.<br />
Fonte: O autor.<br />
Fonte: O autor.<br />
*As amostras designadas pela letra A correspondem<br />
amostras de água da torneira e B água do poço.<br />
Fonte: O autor.<br />
Comprimento de onda (nm)<br />
De acordo com a tabela 5, as amostras apresentaram concentração de ferro na faixa de 0,08 – 0,59<br />
Fonte: O autor<br />
Fonte: O autor. µg. mL -1 . A menor concentração da solução padrão foi de 2 µg. mL -1 , o método proposto (análise<br />
No comprimento de onda previamente escolhido, foram feitas medidas por da imagem absorvância digital) não dos teve sensibilidade suficiente para quantificar o ferro em água potável<br />
padrões concentração que variam de 2,0 -10,0 µg. mL -1 com concentração abaixo de 2 µg. mL<br />
de acordo com a figura 6.<br />
No comprimento de onda previamente escolhido,<br />
foram feitas medidas da absorvância De RSD acordo na faixa de 2,89% com - 6,51%. a No tabela presente trabalho, 5, as foi feita amostras<br />
a fortificação e a<br />
-1 . Como alternativa foi feita a fortificação das amostras<br />
com 5 µg. mL -1 , onde se obteve a concentração na faixa de 4,54 – 5,70 µg. mL -1 .<br />
A faixa de concentração do padrões do presente trabalho difere do trabalho realizado Conforme Peng por et Peng al., (2017), et utilizaram adição de padrão em que a concentração foi expressa<br />
al., (2017), onde utilizaram o método da O-fenantrolina como reação como colorimétrica, um<br />
recuperação do analito foi 135% ± 20%. De acordo com a legislação brasileira, a concentração<br />
“scanner” e o software ImageJ para determinação do ferro em água potável e em alimentos com<br />
Para se fazer análise por espectrofotometria no UV-visível, primeiro foi feita a determinação máxima tolerável do para o ferro em amostras de água potável é 0,3 µg. mL<br />
soluções<br />
comprimento dos padrões padrão<br />
de onda,<br />
na faixa com que consistiu<br />
de concentração 0,047<br />
em<br />
– 1,0<br />
fazer<br />
µg.<br />
uma<br />
mL<br />
varredura que variam -1<br />
com a solução de<br />
-1 . Conforme a tabela<br />
apresentaram concentração de ferro na faixa<br />
padrão 5, de todas 2 µg. amostras mL - apresentaram concentração de ferro abaixo do limite máximo tolerável para o<br />
Figura 1 no comprimento 6 - Curva de analítica onda na dos faixa padrões de 400 no a 600 UV-Visível. nm. Obteve-se o sinal máximo de absorvância<br />
em 2,0512 -10,0 nm. Conforme µg. mL -1 ferro na água potável, exceto a amostra B2, que apresentou o dobro da concentração recomendada<br />
ilustra de a figura acordo 5, que com mostra a o figura espectro de 6. de pela legislação 0,08 brasileira. – 0,59 A amostra µg. em referência mL -1 é proveniente . A menor de um poço artesanal. concentração<br />
absorção no visível do<br />
Os resultados obtidos no método de referência foram diferentes com os resultados do método<br />
complexo ferro-1,10-fenantrolina.<br />
proposto, pois<br />
da<br />
a intensidade<br />
solução<br />
da fita de LED<br />
padrão<br />
pode ter interferidos<br />
foi de<br />
na predição<br />
2 µg.<br />
da concentração<br />
mL -1 das<br />
,<br />
Figura 5 - Determinação do comprimento de onda.<br />
amostras causando um desvio positivo nas determinações.<br />
A faixa de concentração do padrões A=0.426,=512 do pre-<br />
y = 0,239476x - 0,006229<br />
sente trabalho difere do trabalho realizado<br />
método da O-fenantrolina como reação colorimétrica,<br />
um “scanner” e o software ImageJ<br />
Absorvância<br />
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0<br />
Fonte: O autor.<br />
y = 0,239476x - 0,006229<br />
R 2 0,9954<br />
0 2 4 6 8 10<br />
Concentração (µg. mL^-1)<br />
A curva analítica das soluções padrão apresentou<br />
uma regressão altamente significativa<br />
com o coeficiente de determinação R 2 =<br />
0,9954. Com base na curva analítica foi feita<br />
a predição da concentração das amostras,<br />
conforme a ilustra a Tabela 2, que apresenta<br />
os resultados de concentração de ferro antes<br />
e depois da fortificação com 5 µg. mL -1.<br />
o método proposto (análise por imagem<br />
digital) não teve sensibilidade suficiente<br />
para quantificar o ferro em água potável com<br />
concentração abaixo de 2 µg. mL -1 . Como alternativa<br />
foi feita a fortificação das amostras<br />
com 5 µg. mL -1 , onde se obteve a concentração<br />
na faixa de 4,54 – 5,70 µg. mL-1.<br />
Conforme Peng et al., (2017), utilizaram<br />
adição de padrão em que a concentração<br />
foi expressa como RSD na faixa de 2,89%<br />
- 6,51%. No presente trabalho, foi feita a<br />
fortificação e a recuperação do analito foi<br />
135% ± 20%. De acordo com a legislação<br />
brasileira, a concentração máxima tolerável<br />
para o ferro em amostras de água potável é<br />
de 0,3 µg. mL -1 . Conforme a tabela 5, todas<br />
amostras apresentaram concentração de ferro<br />
abaixo do limite máximo tolerável para o<br />
ferro na água potável, exceto a amostra B 2<br />
,<br />
que apresentou o dobro da concentração<br />
recomendada pela legislação brasileira. A<br />
amostra em referência é proveniente de um<br />
poço artesanal.<br />
Os resultados obtidos no método de referência<br />
foram diferentes com os resultados<br />
do método proposto, pois a intensidade da<br />
fita de LED pode ter interferidos na predição<br />
da concentração das amostras causando um<br />
desvio positivo nas determinações.<br />
4.1.3.Comparação entre as metodologias<br />
O teste F foi aplicado, para um nível de confiança<br />
de 95%, aos modelos de regressão para<br />
a verificação da significância dos modelos,<br />
assim, todos os canais apresentaram modelos<br />
significativos de acordo com a tabela 3.<br />
4.1.3.Comparação entre as metodologias<br />
O Tabela teste F foi 3. aplicado, Teste para F para um nível a determinação confiança 95%, do aos ferro modelos em de regressão água para a<br />
verificação da significância dos modelos, assim, todos os canais apresentaram modelos<br />
significativos<br />
potável.<br />
de acordo com a tabela 3.<br />
Tabela 3. Teste F para a determinação do ferro em água potável.<br />
DETERMINAÇÃO DO FERRO<br />
Teste F UV-Visível Canal RGB Canal R Canal G Canal B<br />
F(calculado) 3496 159,9 23,63 315,5 1283<br />
Fonte: O autor.<br />
Para o método de referência, o valor crítico de F(0,05;1;16) = 4,49, enquanto Fonte: que O para autor. o método<br />
proposto o valor é igual F(0,05;1;3) = 10,13. Estes valores críticos foram comparados com aqueles<br />
obtidos com os dados experimentais. Conforme ilustra a Tabela 6, todos os valores de F<br />
calculados são maiores que os valores críticos de F, isso demonstra que todos os modelos são<br />
significativos.<br />
Para o<br />
Os<br />
método<br />
valores calculados<br />
de<br />
e críticos<br />
referência,<br />
de F para o nível<br />
o<br />
de<br />
valor<br />
significância<br />
crítico<br />
escolhido e o<br />
número de graus de liberdade. O canal verde foi escolhido como melhor canal por apresentar<br />
resultados de F(0,05;1;16) próximos do valor = de 4,49, referência enquanto (5 µg. mL -1 ). que para o método<br />
proposto o valor é igual F(0,05;1;3) = 10,13.<br />
O teste t-pareado foi aplicado aos conjuntos de dados para um nível de confiança de 95%, para<br />
verificar a diferença entre as medias aritméticas do método proposto e do método de referência.<br />
Conforme mostra a tabela 4.<br />
Tabela 4. Teste t pareado para a determinação do ferro em água potável.<br />
Estes valores críticos foram comparados com<br />
DETERMINAÇÃO DO FERRO<br />
aqueles obtidos com os dados experimentais.<br />
Teste t-pareado UV-Visível Vs RGB UV-Visível Vs R UV-Visível Vs G UV-Visível Vs B<br />
t(crítico) 9,98 9,92 28,8 18,9<br />
Conforme DDDD 1,98 ilustra a Tabela 3,42 6, todos 1,89 os valores 2,33<br />
Fonte: O autor<br />
De acordo com a tabela 7, todos os modelos apresentaram diferença significativa entre as médias<br />
de F calculados são maiores que os valores<br />
aritméticas, visto que (tcrítico > t(0,05;9) =2,26). O canal verde apresentou menor diferença entre as<br />
medias aritméticas do método proposto e do método de referência (DDDD = 1,89), isso mostra que<br />
críticos de F, isso demonstra que todos os mo-<br />
existe uma tendência na metodologia proposta em apresentar uma concentração superior de ferro<br />
total em água em relação ao método de referência por espectrofotometria de absorção.<br />
delos são significativos. Os valores calculados<br />
4.2.Determinação de metanol em cachaça<br />
4.2.1.Por espectrofotometria no UV –Visível<br />
4.2.1.1.Estudo cinético para determinação do tempo de reação