Urbanismo DURABILIDADE HISTÓRICA 34
DATADAS DO INÍCIO DO SÉCULO 20, PORTAS E JANELAS DE MADEIRA DO COTUCA SERÃO RECUPERADAS PARA A XXV CAMPINAS DECOR Fotos: divulgação F echado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2014, o Cotuca (Colégio Técnico <strong>de</strong> Campinas) reabrirá para os 25 anos da Campinas Decor, principal mostra <strong>de</strong> arquitetura, <strong>de</strong>coração e paisagismo do interior paulista, que será <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> junho a 9 <strong>de</strong> agosto. As marcantes portas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, que ao lado dos janelões tombados como patrimônio histórico, estarão recuperadas, assim como todo o prédio que está em obras <strong>de</strong> reparação. Des<strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2019 o imóvel, localizado na Rua Culto à Ciência, na região central da cida<strong>de</strong>, está passando por melhorias estruturais assinadas pela própria mostra. “Os profissionais participantes terão a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> integrar um projeto histórico, que além <strong>de</strong> marcar os 25 anos da Campinas Decor, irá recuperar e <strong>de</strong>volver para a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Campinas este importante prédio, que po<strong>de</strong>rá voltar a abrigar o Cotuca”, explica a diretora da mostra, Sueli Cardoso. Muito além da fachada, a ma<strong>de</strong>ira é presente em vários espaços do imóvel projetado, no início século 20, por Ramos <strong>de</strong> Azevedo. Há uma mistura <strong>de</strong> espécies ma<strong>de</strong>ireiras, mas todas são ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> lei. “Acreditamos terem sido utilizadas ao longo dos anos em substituição ou no conserto <strong>de</strong> algumas peças, pelo <strong>de</strong>sgaste, como a peroba”, ressalta Sueli Cardoso. Do projeto original, há <strong>de</strong>staque para Pinho <strong>de</strong> Riga. Nos pisos da parte interna, em sua maioria, predomina a peroba. “Eles foram aproveitados, recuperados e valorizados na composição dos ambientes”, avisa a diretora. A recuperação prevê, inclusive, dar mais visibilida<strong>de</strong> às portas e janelas que estavam escondidas por camadas <strong>de</strong> tinta e que, nesse trabalho, serão lixadas e tratadas. “Está nos surpreen<strong>de</strong>ndo e promete ser um dos atrativos da edição <strong>de</strong>ste ano”, prevê Sueli. Ela <strong>de</strong>staca um outro ponto que chama atenção: a largura das esquadrias, consi<strong>de</strong>radas muito maiores do que o padrão das construções atuais. “Acreditamos que as ma<strong>de</strong>iras presentes no imóvel irão enriquecer e contribuir muito no processo <strong>de</strong> criação dos projetos dos expositores. Elas serão combinadas com outras ma<strong>de</strong>iras mais mo<strong>de</strong>rnas que serão aplicadas pelos profissionais na ambientação dos diversos espaços”, finaliza a diretora da Campinas Decor. O trabalho <strong>de</strong> recuperação, executado pela organização, expositores, patrocinadores e fornecedores, incluem a reconstrução das re<strong>de</strong>s hidráulica 35