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*Abril/2020 Revista Biomais 38

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Sustentável e eficaz: Curitiba encontra alternativa para aterro da Caximba<br />

SOB MEDIDA<br />

SOB MEDIDA<br />

PRODUTOS PERSONALIZADOS<br />

POTENCIALIZAM CRESCIMENTO<br />

NO MERCADO DE PELLETS<br />

FORÇA INEXPLORADA<br />

BIOMASSA CONTRIBUI<br />

NA DEMANDA RESIDENCIAL<br />

MATRIZ ENERGÉTICA<br />

ÁFRICA BUSCA SOLUÇÕES


SUMÁRIO<br />

06 | EDITORIAL<br />

Sempre em frente<br />

08 | CARTAS<br />

10 | NOTAS<br />

14 | ENTREVISTA<br />

18 | PRINCIPAL<br />

24| PELO MUNDO<br />

Alternativa urgente<br />

28| ECONOMIA<br />

Potencial ilimitado<br />

32| CASE<br />

De olho no futuro<br />

<strong>38</strong> | SUSTENTABILIDADE<br />

42 | ARTIGO<br />

48 | AGENDA<br />

50| OPINIÃO<br />

Acelerar reformas é crucial<br />

para o Brasil crescer<br />

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EDITORIAL<br />

Estampa a capa desta edição da REVISTA<br />

BIOMAIS imagens das máquinas e<br />

equipamentos da Costruzioni Nazzareno<br />

SEMPRE<br />

EM FRENTE<br />

A<br />

s energias renováveis viram sua capacidade de produção quadruplicar no mundo em dez<br />

anos, embora isso também não tenha impedido o crescimento das emissões do setor energético.<br />

E é esse setor que buscamos retratar nas páginas de cada edição da REVISTA BIOMAIS.<br />

Nesta edição, em nossa reportagem de capa, contamos a história da Costruzioni Nazzareno,<br />

empresa de tecnologia europeia atuante no Brasil. Além disso, falamos sobre a biomassa de bagaço de<br />

cana-de-açúcar onde se destaca: o insumo tem condições de suprir 80% de toda demanda residencial de<br />

eletricidade no país. Por fim, contamos a história do antigo Aterro do Caximba em Curitiba (PR), desativado<br />

desde 2010, se transformará em uma usina de produção de energia solar e de biomassa de resíduos<br />

vegetais das podas de árvores e limpeza de jardins. Tenha uma excelente leitura!<br />

EXPEDIENTE<br />

ANO VII - EDIÇÃO <strong>38</strong> - ABRIL <strong>2020</strong><br />

Diretor Comercial<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

(fabiomachado@revistabiomais.com.br)<br />

Diretor Executivo<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

(bartoski@revistabiomais.com.br)<br />

Redação<br />

Murilo Basso<br />

(jornalismo@revistabiomais.com.br)<br />

Dep. de Criação<br />

Fabiana Tokarski - Fabiano Mendes - Supervisão<br />

Crislaine Briatori Ferreira<br />

(criacao@revistareferencia.com.br)<br />

Representante Comercial<br />

Dash7 Comunicação - Joseane Cristina Knop<br />

Dep. Comercial<br />

Gerson Penkal,<br />

Tainá Carolina Brandão (comercial@revistabiomais.com.br)<br />

Fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Dep. de Assinaturas<br />

(assinatura@revistabiomais.com.br)<br />

0800 600 20<strong>38</strong><br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 20<strong>38</strong><br />

A REVISTA BIOMAIS é uma publicação da<br />

JOTA Editora - Rua Maranhão, 502 - Água Verde -<br />

Cep: 80610-000 - Curitiba (PR) - Brasil<br />

Fone/Fax: +55 (41) 3333-1023<br />

www.jotaeditora.com.br<br />

Veículo filiado a:<br />

A REVISTA BIOMAIS - é uma publicação bimestral e independente, dirigida aos<br />

produtores e consumidores de energias limpas e alternativas, produtores de resíduos<br />

para geração e cogeração de energia, instituições de pesquisa, estudantes universitários,<br />

órgãos governamentais, ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/<br />

ou indiretamente ligados ao segmento. A REVISTA BIOMAIS não se responsabiliza por<br />

conceitos emitidos em matérias, artigos, anúncios ou colunas assinadas, por entender<br />

serem estes materiais de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução,<br />

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textos, fotos e outras criações intelectuais da REVISTA BIOMAIS são terminantemente<br />

proibídas sem autorização escrita dos titulares dos direitos autorais, exceto para fins<br />

didáticos.<br />

REVISTA BIOMAIS is a bimonthly and independent publication, directed at clean alternative<br />

energy producers and consumers, producers of residues used for energy generation and<br />

cogeneration, research institutions, university students, governmental agencies, NGO’s, class<br />

and other entities, directly and/or indirectly linked to the Segment. REVISTA BIOMAIS does<br />

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by others; these are the responsibility of their authors. The use, reproduction, appropriation,<br />

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authorial rights, except for educational purposes.<br />

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CARTAS<br />

BRILHO<br />

Parabenizo toda equipe da BIOMAIS pela reportagem sobre o crescimento do número de<br />

instalações de painéis solares no Brasil. Continuem com a ótima cobertura sobre o setor!<br />

Thales Machado – Rio de Janeiro (RJ)<br />

Foto: divulgação<br />

BONS VENTOS<br />

Excelente abordagem do potencial econômico da energia eólica, cada vez mais reconhecido pelo mercado brasileiro.<br />

Rafaela Santana – Feira de Santana (BA)<br />

ABERTURA<br />

Cada vez mais as fontes de energia renováveis estão deixando de ser um nicho do setor e a REVISTA BIOMAIS sabe<br />

retratar isso como ninguém.<br />

Tiago Macedo – Santos (SP)<br />

CASE<br />

Ótimo caso sobre as medidas adotadas por Papua Nova Guiné em prol da energia limpa.<br />

Sempre é ótimo retratar os exemplos ao redor do mundo.<br />

Matheus Valêncio – Goiânia (GO)<br />

Foto: divulgação<br />

REVISTA<br />

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www.revistabiomais.com.br<br />

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NOTAS<br />

COMUNIDADES<br />

RIBEIRINHAS<br />

A produção de energia solar fotovoltaica vem criando<br />

oportunidades para comunidades ribeirinhas que ainda não<br />

possuíam acesso à energia elétrica no Brasil. Essa transição<br />

vem permitindo o desenvolvimento socioeconômico de<br />

regiões mais afastadas na Amazônia, por meio de projeto<br />

do WWF (Fundo Mundial da Natureza). O objetivo é fomentar<br />

o uso de energias renováveis no Brasil e bater as metas<br />

brasileiras previstas no acordo do clima em Paris. Segundo a<br />

entidade, a produção de energia renovável para micro e mini<br />

geração é uma grande oportunidade de modificar a matriz<br />

energética e permitir que ainda mais pessoas tenham acesso<br />

à energia elétrica limpa e barata. O projeto desenvolvido<br />

pelo WWF com a instalação de painéis solares na Amazônia<br />

teve como base a quantidade de pessoas nas comunidades<br />

ribeirinhas, levou treinamento para a população de como<br />

usufruir da energia gerada a partir do sol e levou energia para<br />

residências e escolas da região.<br />

Foto: divulgação<br />

TRIBOS CANADENSES<br />

Cerca de nove tribos canadenses irão receber sistemas<br />

de geração de energia de biomassa neste ano. O projeto é<br />

parte de uma iniciativa do Mltc (Conselho Tribal de Meadow<br />

Lake) e será instalado pela empresa Italiana Mitsubishi Heavy<br />

Industries, com apoio do governo canadense. O objetivo é levar<br />

energia limpa para as nações indígenas do Canadá. As comunidades<br />

receberão um sistema de gerador de energia de<br />

ciclo orgânico de 8.000 kW (kilowatts) que utilizará biomassa<br />

lenhosa residual da serraria para gerar energia. A expectativa<br />

é que o sistema gere em torno de 6.600 kW de eletricidade e<br />

abasteça cerca de cinco mil residências. O projeto do sistema<br />

de cogeração também fornecerá calor para os edifícios da<br />

serraria, bem como um novo forno a seco de madeira de alta<br />

eficiência, que reduzirá o consumo de gás natural e também<br />

irá melhorar a economia da instalação.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

BIOMASSA NA ÁFRICA<br />

O desenvolvimento de biomassa está crescendo na África do Sul.<br />

O objetivo é capitalizar essa fonte de energia renovável nos próximos<br />

anos. A ideia, segundo especialistas, é reduzir a emissão de carbono<br />

através da conversão de carvão em biomassa e manter o crescimento<br />

da fonte para garantir um estado neutro em carbono. A expectativa<br />

é que o desenvolvimento de projetos de biomassa mantenham um<br />

equilíbrio sustentável entre as necessidades locais e gere benefícios<br />

ambientais, segurança energética e desenvolvimento econômico<br />

através da geração de empregos. O Sanedi (Instituto Nacional de Desenvolvimento<br />

Energético da África do Sul) também destaca, além das<br />

grandes usinas, o crescimento das micro e mini redes, embora o setor<br />

ainda enfrente entraves na falta de regulamentação.<br />

10 www.REVISTABIOMAIS.com.br


COOPERATIVAS E BIOGÁS<br />

Cooperativas agropecuárias no Paraná irão implementar uma usina de<br />

biogás com projeto de Geração Distribuída. O projeto é da marca institucional<br />

das cooperativas agropecuárias Frísia, Castrolanda e Capal, Unium. O projeto<br />

prevê a produção de biogás através da biodigestão de resíduos agroindustriais.<br />

A expectativa é que a usina entre em operação no primeiro trimestre<br />

de <strong>2020</strong> e passe a produzir também outros combustíveis renováveis, como o<br />

biometano, que poderá ser utilizado para abastecer as frotas da cooperativa.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: Fabiano Mendes<br />

NOVA<br />

EMBALAGEM<br />

Nova embalagem de papel desenvolvida<br />

pela Klabin, o Eukaliner, um kraftliner<br />

feito exclusivamente com fibra de eucalipto,<br />

otimiza as áreas de florestas plantadas por<br />

utilizar apenas eucalipto. A tecnologia por<br />

trás do Eukaliner foi a vencedora da categoria<br />

Inovação em Embalagem da 11ª edição<br />

do PPI Awards, da Fastmarkets RISI, em<br />

evento realizado em Lisboa. Testes do produto<br />

mostram alta qualidade de impressão,<br />

excelente estrutura que permite a redução<br />

na gramatura e ótimo desempenho em<br />

ambientes refrigerados. O Eukaliner já foi<br />

testado por clientes na Europa, EUA (Estados<br />

Unidos da América) e América Latina e a<br />

produção em larga escala está prevista para<br />

o início de 2021 na Unidade Puma II, que<br />

está sendo construída no Paraná.<br />

VOLVO VERDE<br />

A fábrica de ônibus da Volvo localizada na cidade de Borås, na Suécia,<br />

passou a utilizar apenas energia renovável para a produção dos veículos. Todo<br />

consumo da unidade vem de fontes como geração hidroelétrica e biocombustíveis.<br />

Segundo a companhia, nos últimos anos o consumo energético geral da<br />

planta foi reduzido em 15%. A fábrica recebeu o selo de “Instalação de Energia<br />

Renovável”, certificação emitida após uma série de etapas para minimizar a<br />

pegada climática da fábrica. A fábrica da Volvo em Borås produz chassis de<br />

ônibus para a Europa e outras regiões. A capacidade de produção é de 10 mil<br />

unidades por ano, com 300 funcionários.<br />

Foto: divulgação<br />

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

11


NOTAS<br />

QUALIDADE DE BIODIESEL<br />

Pesquisadores da Utfpr (Universidade Tecnológica Federal do Paraná) analisaram<br />

a qualidade dos biodieseis produzidos a partir do óleo de soja e gordura<br />

animal. O objetivo foi investigar as propriedades dos biodieseis e acompanhar<br />

a qualidade do produto durante o processo de produção. A pesquisa destacou<br />

o comportamento das amostras em relação ao processo de termodegradação.<br />

Segundo os pesquisadores, a estabilidade à degradação é uma das características<br />

mais importantes dos combustíveis, uma vez que o processo leva em<br />

consideração a alteração das propriedades físicas e químicas do biocombustível.<br />

A pesquisa analisou duas amostras: uma de biodiesel 100% derivado do óleo de<br />

soja e outra derivada com 50% de soja e 50% de gordura animal. Os dois tipos<br />

de biodieseis se mostraram eficazes ao processo de degradação.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

BIOPRODUTOS<br />

FLORESTAIS<br />

Projeto-piloto desenvolvido em Portugal<br />

deverá criar bioprodutos a partir de<br />

resíduos florestais e agrícolas, fomentando<br />

o setor renovável do país. O objetivo é trazer<br />

sustentabilidade, diminuir riscos de incêndios<br />

e melhorar nutrientes do solo. Os bioprodutos<br />

agregam valor devido ao seu processo de<br />

fabricação como a pirólise (conversão termoquímica<br />

assistida por micro-ondas). O projeto<br />

conta com o apoio de associações portuguesas<br />

e espanholas. O desenvolvimento de<br />

testes do projeto já começou. Dentre os produtos<br />

já desenvolvidos através dos resíduos<br />

estão a produção de bio-herbicida, biobetão<br />

e carvão vegetal, que terão aplicabilidade nas<br />

propriedades agrícolas e florestais.<br />

ANÁLISE DE MADEIRA<br />

Estudo desenvolvido pela Universidade Estadual Paulista, em parceria<br />

com o Instituto de Pesquisa em Bioenergia e o Labb (Laboratório Agroflorestal<br />

de Biomassa e Bioenergia), analisou a densidade básica da madeira<br />

da espécie Banbusa Tuldoides para produção de bioenergia. O objetivo<br />

foi determinar a densidade básica da planta a fim de consolidá-la como<br />

uma alternativa no cenário energético brasileiro. A pesquisa realizou<br />

análises físicas e químicas da Bambusa Tuldoides, bem como as normas<br />

da Abnt NBR 11941 – 2003. Os resultados apontaram uma média das<br />

densidades básicas encontradas, as quais ultrapassaram o último estudo<br />

realizado sobre o assunto em 1987.<br />

Foto: divulgação<br />

12 www.REVISTABIOMAIS.com.br


MAIS BIOCOMBUSTÍVEL<br />

O relatório Annual Energy Outlook <strong>2020</strong> da Administração<br />

de Informações sobre Energia dos EUA<br />

(Estados Unidos da América) anunciou que a produção<br />

de biocombustível no país crescerá consideravelmente<br />

até 2050. A produção será impulsionada por questões<br />

políticas e econômicas, bem como as leis e regulamentos<br />

atuais propostos pelo governo, segundo o relatório.<br />

Atualmente a produção de combustível renovável no<br />

país é 18% maior que o ano passado. O etanol combustível<br />

e biodiesel vem tendo aumento de consumo como<br />

substitutos dos derivados de petróleo, resultando em<br />

um crescimento de 55% na produção até 2050, aponta o<br />

documento. O consumo de biocombustíveis nos EUA totalizou<br />

1,09 milhão de barris por dia e representou 7,3%<br />

do consumo total de gasolina, destilado e combustível<br />

de aviação.<br />

Foto: divulgação<br />

HIDROGEL DE BIOMASSA<br />

Estudo desenvolvido pelo Instituto de Química da Universidade<br />

de Brasília analisou biogel criado a partir de biomassa do<br />

cerrado brasileiro. O produto tem vantagens ambientais e de<br />

custo em relação ao hidrogel tradicional. O biogel é uma alternativa<br />

ao hidrogel, polímeros capazes de absorver grandes quantidades<br />

de água e serem aplicados em produtos de higiene e para<br />

usos médicos como lentes de contato. A alternativa sustentável<br />

é biocompatível, biodegradável e atóxico. O biogel criado a partir<br />

do cerrado apresentou muitas características de um hidrogel<br />

ideal, com alta taxa de absorção e com preço mais baixo por utilizar<br />

matéria prima obtida de forma natural.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

DIESEL VERDE<br />

A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis)<br />

iniciou consulta pública sobre a resolução que trata da especificação de<br />

diesel verde, um novo biocombustível a ser comercializado no Brasil.<br />

O diesel verde é um combustível renovável para motores a combustão<br />

de ciclo diesel, produzido a partir de matérias-primas renováveis, como<br />

gorduras de origem vegetal e animal, cana-de-açúcar, álcool e biomassa.<br />

O novo combustível será adicionado ao diesel de origem fóssil. Hoje, o<br />

diesel tradicional tem obrigatoriamente 12% de biodiesel. O resultado<br />

da nova composição será uma mistura ternária, ou seja, um combustível<br />

composto pelos três produtos. A proposta de regulamentação está em<br />

linha com a RenovaBio (Política Nacional de Biocombustíveis), que visa<br />

à expansão do uso de biocombustíveis na matriz energética brasileira,<br />

promovendo segurança energética, previsibilidade para a participação<br />

competitiva dos diversos biocombustíveis no mercado nacional e mitigação<br />

das emissões dos gases geradores do efeito estufa.<br />

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

13


ENTREVISTA<br />

Foto: divulgação<br />

ENTREVISTA<br />

TONY<br />

REAMES<br />

Formação: Engenheiro Civil e phD em<br />

Administração Pública, Universidade<br />

Estadual do Kansas<br />

Cargo: Diretor do Urban Energy Justice<br />

Lab, da Universidade de Michigan<br />

A HORA DA<br />

ENERGIA LIMPA<br />

U<br />

ma a cada três famílias norte-americanas sofrem para pagar em dia suas contas de<br />

luz. Em um país com uma crescente desigualdade social, em que muitos deixam<br />

de adquirir produtos essenciais para cumprir suas obrigações com aquecimento e<br />

eletricidade, o debate sobre a ampliação do acesso às energias limpas e renováveis<br />

se torna cada vez mais essencial. Pelo menos é o que defende a pesquisa do engenheiro civil<br />

e phD em administração pública, Tony Reames, responsável pelo Laboratório de Justiça Energética<br />

Urbana da Universidade de Michigan. Em entrevista, ele conta detalhes do estudo que<br />

constatou que o custo de atualização para lâmpadas econômicas era duas vezes mais caro em<br />

bairros de baixa renda do que em áreas mais ricas. Confira:<br />

14 www.REVISTABIOMAIS.com.br


No ano passado, você e seus colegas publicaram<br />

um estudo que constatou que o custo de atualização<br />

para lâmpadas econômicas era duas vezes mais caro<br />

em bairros de baixa renda do que em áreas mais ricas.<br />

Como surgiu a ideia para esse estudo?<br />

Era dono de uma casa de aluguel em Kansas City.<br />

Muitas das minhas ideias de justiça energética vieram de<br />

ter aquela casa por vários anos e entender os problemas<br />

de energia de meus inquilinos. Essa ideia em particular<br />

surgiu porque uma inquilina ligou e perguntou se<br />

poderia comprar algumas lâmpadas para a casa, porque<br />

ela tinha ido à loja local e só tinham, segundo ela, "as<br />

lâmpadas rabiscadas" (lâmpadas fluorescentes compactas)<br />

e eram muito caras. Esse choque de preço para um<br />

inquilino de baixa renda a levou a me perguntar se poderia<br />

encontrá-los a um preço mais baixo. Mantive essa<br />

ideia comigo por alguns anos. Estava lendo os estudos<br />

de justiça alimentar, analisando o custo de frutas frescas<br />

em bairros pobres e urbanos e bairros de minorias. Então<br />

ouvi uma história sobre farmácias cobrando mais por<br />

medicamentos em áreas mais pobres e principalmente<br />

comunidades não brancas. Reunindo todas essas<br />

ideias, queria tentar analisar esta questão do acesso e da<br />

acessibilidade das tecnologias com eficiência energética.<br />

Quando falamos sobre maneiras simples de melhorar a<br />

eficiência energética nas casas das pessoas, se algo tão<br />

simples quanto uma lâmpada custar duas vezes mais,<br />

então temos outros desafios que precisamos enfrentar.<br />

Acredita que os formuladores de políticas e o<br />

setor de energia estão cientes dessas disparidades?<br />

Uma das coisas interessantes que me levou a essa<br />

área é que temos esses dois grandes programas federais<br />

de assistência energética: o Programa de Assistência<br />

Energética Domiciliar de Baixa Renda, conhecido como<br />

Liheap (sigla em inglês), e o Programa de Assistência à<br />

Climatização, conhecido como WAP (sigla em inglês).<br />

Fazemos isso desde os anos 70 e 80. Na época da crise do<br />

petróleo dos anos 70, reconhecemos essa disparidade de<br />

acessibilidade entre famílias pobres e não pobres. A ação<br />

do governo naquela época foi criar esses programas de<br />

longa duração. Mas acho que há uma falta de reconhecimento<br />

de que precisamos ser um pouco mais inovadores<br />

e que não podem existir apenas esses programas<br />

federais.<br />

As pesquisas mostraram que minorias e comunidades<br />

de baixa renda são frequentemente os grupos<br />

de pessoas mais preocupadas com os impactos das<br />

mudanças climáticas, mas também enfrentam obstáculos<br />

significativos se querem tornar-se mais verdes.<br />

Quais são os maiores desafios?<br />

Um dos primeiros estudos que fiz para minha dissertação<br />

foi analisar as barreiras que continuam a existir<br />

no funcionamento do Programa Federal de Assistência<br />

à Climatização de baixa renda. As pessoas costumam<br />

dizer que a primeira barreira para tornar a sua casa mais<br />

O termo: justiça energética; ainda é relativamente<br />

novo. Como exatamente define esse conceito?<br />

A justiça energética começou com uma ideia ampla<br />

de nação “desenvolvida” versus “em desenvolvimento”,<br />

pensando na responsabilidade das nações desenvolvidas<br />

em garantir o acesso à moderna tecnologia energética<br />

nos países em desenvolvimento. Mas vimos que, mesmo<br />

em países desenvolvidos como os EUA (Estados Unidos<br />

da América), existem disparidades que devem ser<br />

abordadas e compreendidas da perspectiva da justiça.<br />

Quando penso nisso, penso em acesso justo e equitativo<br />

à tecnologia de energia, participação justa e equitativa<br />

na tomada de decisões sobre energia e também a ideia<br />

de energia como um direito básico, porque é muito importante<br />

para tudo o que fazemos na vida. Isso significa<br />

que a energia precisa ser acessível e também limpa e<br />

eficiente.<br />

Quando falamos sobre<br />

maneiras simples de<br />

melhorar a eficiência<br />

energética nas casas<br />

das pessoas, se algo tão<br />

simples quanto uma<br />

lâmpada custar duas<br />

vezes mais, então temos<br />

outros desafios que<br />

precisamos enfrentar<br />

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

15


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PRINCIPAL<br />

QUALIDADE<br />

EUROPEIA<br />

EMPRESA EUROPEIA INVESTE CADA VEZ<br />

MAIS NO BRASIL E CONQUISTA ESPAÇO NO<br />

SEGMENTO DE PELLETS DE MADEIRA<br />

FOTOS DIVULGAÇÃO<br />

18 www.REVISTABIOMAIS.com.br


A<br />

Costruzioni Nazzareno sempre priorizou<br />

a qualidade de seus produtos e o atendimento<br />

aos clientes. Com esses pilares muito<br />

bem definidos desde o começo de suas<br />

atividades, em 1988, na região do Vêneto, na Itália, a<br />

companhia se transformou em referência no mercado<br />

de biomassa na Europa. Com a inevitável expansão de<br />

suas atividades, chegou ao Brasil em 2012 construindo<br />

a primeira unidade produtiva de pellets no município<br />

de Farroupilha (RS), e, desde então, se tornou líder no<br />

fornecimento de equipamentos para a fabricação de<br />

pellets de madeiras.<br />

Mas apesar do conhecimento técnico adquirido<br />

ao longo das décadas de atuação, diversas foram as<br />

dificuldades encontradas na chegada ao mercado<br />

brasileiro. O país ainda engatinhava no setor da biomassa<br />

e o pouco conhecimento fez com que algumas<br />

confusões tomassem o setor. Nem mesmo o conceito<br />

de pellet havia sido disseminado aos consumidores.<br />

“O maior desafio – e que depois de anos ainda<br />

existe –, é a certa confusão entre pellet e pallet. Na<br />

maioria dos casos parece simples a fabricação desse<br />

material. Mas ele deve ter determinadas características,<br />

deve estar dentro da normativa existente, vinda<br />

da Europa”, revela o diretor comercial da Nazzareno,<br />

Francesco Stella.<br />

Para entrar no mercado da União Europeia, os<br />

pellets de madeira provenientes do Brasil precisam<br />

ser aprovados no sistema de certificação europeu EN-<br />

-plus; a maioria das empresas que exporta busca essa<br />

certificação para aumentar o valor agregado do seu<br />

produto e certificar a qualidade da sua produção.<br />

PRESENTE E FUTURO<br />

Após quase 8 anos no Brasil, o diretor vê grande<br />

potencial de crescimento. “Estamos neste ramo há<br />

mais de 30 anos e esse é um grande momento dos<br />

nossos produtos em todo o mundo”, acredita o empresário.<br />

“Cientes disso, atualmente temos investido muito<br />

nos países emergentes, como os do Leste Europeu e<br />

aqui, no Brasil, claro, não seria diferente”, explica.<br />

Por isso, a Costruzioni Nazzareno também irá<br />

ampliar em breve suas operações em terras brasileiras,<br />

com o objetivo de oferecer cada vez mais soluções.<br />

“Estamos muito atentos ao mercado brasileiro, tanto<br />

que vamos ampliar nossas operações, com uma nova<br />

unidade de depósito no país, para trazer peças de<br />

reposição a pronta entrega aos nossos clientes”, almeja<br />

Francesco Stella.<br />

QUALIDADE EUROPEIA<br />

A Nazzareno é referência na fabricação de briquete,<br />

nos sistemas de pellets, nos secadores de esteira<br />

e de tambor, assim como trituradores, moinhos de<br />

martelos, filtros, sistemas de cogeração de biomassa,<br />

agropellet, misturadores horizontais e sistemas de<br />

alimentação, armazenagem e transporte.<br />

Além deste vasto mix de produtos, a companhia<br />

é empenhada no desenvolvimento, aperfeiçoamento<br />

e construção de fábricas exclusivas de pellets de<br />

madeira. “Investimos muito em pesquisa e tecnologia,<br />

focados exclusivamente em fábricas de pellets de madeira.<br />

Nosso foco de mercado é exclusivo em pellets<br />

de madeira. Não trabalhamos com outros mercados",<br />

explica o diretor Francesco, que se orgulha do diferencial<br />

da Nazzareno.<br />

PÓS-VENDA<br />

Como não possui filiais fora da Europa, a empresa<br />

procurou ter uma grande expertise no pós-venda e na<br />

construção de fábricas e maquinários, se adequando<br />

às demandas de cada cliente em particular.<br />

Como não possui<br />

filiais fora da<br />

Europa, a empresa<br />

procurou ter uma<br />

grande expertise<br />

no pós-venda e<br />

na construção<br />

de fábricas e<br />

maquinários<br />

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

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20<br />

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23


PELO MUNDO<br />

ALTERNATIVA<br />

URGENTE<br />

FOTOS DIVULGAÇÃO<br />

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ÁFRICA BUSCA SOLUÇÕES<br />

PARA CRISE ENERGÉTICA<br />

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

25


PELO MUNDO<br />

A<br />

s taxas de acesso à energia e a confiabilidade<br />

na África são as mais baixas do mundo e os<br />

custos de eletricidade estão entre os mais altos.<br />

Um novo parque eólico em Djibuti levará<br />

energia renovável para o país do norte da África que tem<br />

mais de 110 mil famílias sem acesso a energia elétrica. A<br />

usina de 60 MW (megawatts) será construída na área de<br />

Ghoubet, perto do Lago Assal, em Djibuti.<br />

O projeto é parte de um consórcio que aprovou o<br />

financiamento para a construção e operação do parque<br />

eólico. O consórcio é constituído pela AFC (Africa Finance<br />

Corporation), CFM (Climate Fund Managers), FMO,<br />

o banco holandês de desenvolvimento empresarial e<br />

Great Horn Investment Holdings e tem como objetivo<br />

apoiar o Djibuti com suas crescentes necessidades de<br />

energia. “Este projeto reduzirá significativamente as<br />

emissões de gás do efeito estufa no setor de eletricidade<br />

do Djibuti”, disse Jaap Reinking, diretor de Private Equity<br />

do FMO.<br />

O projeto possui um contrato de compra e venda<br />

de energia de 25 anos com a concessionária doméstica<br />

Electricite de Djibouti e deve entrar em operação no próximo<br />

ano. Segundo a AFC, a abordagem inovadora de<br />

financiamento permitiu que a construção iniciasse dois<br />

anos após o lançamento do seu desenvolvimento, contra<br />

um ciclo de desenvolvimento típico de três a cinco anos.<br />

O desenvolvimento do projeto eólico foi iniciado em<br />

2017 pela AFC, CFM, gerenciado pela CIO (Construction<br />

Equity Fund do Climate Investor One), FMO (junto ao<br />

consórcio) e a desenvolvedora local Ghih (Great Horn<br />

Investment Holdings). O projeto pertence e é operado<br />

pela Red Sea Power Limited SAS, uma empresa de responsabilidade<br />

limitada sediada em Djibuti.<br />

“A parceria e a inovação resultaram em muitas<br />

inovações, incluindo a primeira IPP em escala de rede no<br />

país e um financiamento ponte para acelerar o desenvolvimento<br />

do país”, comemora Oliver Andrews, diretor de<br />

investimentos da AFC.<br />

A expectativa é que o projeto inicie suas operações<br />

comerciais em 2022. Segundo a AFC, este será o primeiro<br />

projeto de energia renovável em Djibuti, cujo objetivo<br />

é tornar-se 100% renovável até 2030. "Temos o prazer<br />

de ver essa transição pioneira do parque eólico para a<br />

construção, tendo desenvolvido o projeto desde 2017",<br />

orgulha-se Tarun Brahma, diretor e chefe de investimentos<br />

do CFM.<br />

“Este projeto ajudará a facilitar a transição de energia<br />

limpa no Djibuti, fornecendo energia sustentável e<br />

reduzindo a dependência da produção de energia<br />

térmica doméstica e das importações de energia. O<br />

projeto, graças aos nossos parceiros do consórcio, está<br />

agora posicionado para ajudar o Governo do Djibuti a<br />

cumprir suas ambiciosas metas de redução de emissões”,<br />

acrescenta.<br />

Localizado no chifre da África, com mais de 23 mil<br />

km2 (quilômetros quadrados), o Djibuti depende da<br />

produção de energia térmica doméstica e das importações<br />

da Etiópia para o consumo de eletricidade e precisa<br />

da adição de capacidade de energia renovável doméstica.<br />

Por isso, o projeto será um marco que promoverá<br />

a industrialização do país, reduzindo a dependência de<br />

outras fontes instáveis de alto custo e apoiará a ênfase<br />

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27


ECONOMIA<br />

POTENCIAL<br />

ILIMITADO<br />

FOTOS DIVULGAÇÃO<br />

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BIOMASSA TEM CONDIÇÕES<br />

DE SUPRIR 80% DE TODA<br />

DEMANDA RESIDENCIAL DE<br />

ELETRICIDADE NO PAÍS<br />

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

29


ECONOMIA<br />

O<br />

setor de energia renovável passa por um<br />

período de consolidar seu potencial no<br />

Brasil. Neste cenário, a biomassa de bagaço<br />

de cana-de-açúcar se destaca: o insumo<br />

tem condições de suprir 80% de toda demanda<br />

residencial de eletricidade no país, segundo informações<br />

do Projeto Sucre, iniciativa do Lnbr (Laboratório<br />

Nacional de Biorrenováveis), gerida em parceria com o<br />

Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento).<br />

A energia de bagaço de cana pode suprir demanda<br />

de 100 TWh (terawatts-hora), em conjunto com<br />

50% de recolhimento da palha da cana-de-açúcar. O<br />

documento também destaca que a bioeletricidade<br />

possui papel prioritário na redução de emissões de<br />

gases de efeito estufa. “Considerando a bioeletricidade<br />

da cana em substituição parcial da potência instalada<br />

prevista para o gás natural, essa geração mitigaria<br />

11,4% das emissões de gases de efeito estufa do setor<br />

energético”, relata o Projeto Sucre.<br />

O potencial do bagaço de cana já demonstra<br />

crescimento: a produção de eletricidade a partir de<br />

biomassa de cana cresceu 4% em 2019 em comparação<br />

com o ano anterior. Durante 2019 foram<br />

produzidos e ofertados para a rede de distribuição<br />

22.407 GWh (gigawatts-hora) gerados por bagaço e<br />

palha, segundo dados da Unica (União da Indústria<br />

de Cana-de-Açúcar), elaborados a partir de dados da<br />

Ccee (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica).<br />

Essa produção é capaz de abastecer a 12 milhões de<br />

residências ao longo do ano.<br />

Essa forma de energia se destaca pelo potencial<br />

de redução de emissões. Os 22.407 GWh gerados em<br />

2019 evitaram a emissão de 7,6 milhões de toneladas<br />

de CO2 (gás carbônico). “Essa marca só é conseguida<br />

com o cultivo de 53 milhões de árvores nativas ao<br />

longo de 20 anos”, aponta Zilmar Souza, gerente de<br />

bioeletricidade da Unica.<br />

Segundo dados da Aneel (Agência Nacional de<br />

Energia Elétrica), a energia térmica, que inclui a biomassa<br />

de bagaço, representa 27% da matriz elétrica<br />

brasileira. As usinas que geram energia a partir da<br />

biomassa representam 34% desse total.<br />

A biomassa de bagaço é originária da sobra do<br />

processamento da cana-de-açúcar pelas usinas para<br />

a produção de etanol e açúcar. Esta fonte de energia<br />

é considerada orgânica e renovável. O resíduo é<br />

transformado em insumo para fabricação de bioeletri-<br />

cidade, que é produzida a partir da queima do bagaço<br />

em caldeiras. O processo gera calor, que passa por<br />

uma turbina e é transformado em energia mecânica,<br />

depois vai para o gerador e vira energia elétrica. A eletricidade<br />

gerada alimenta os motores das usinas, que<br />

são autossuficientes, e o excedente é disponibilizado<br />

pelas plantas ao Sin.<br />

A participação do bagaço é mais representativa<br />

em determinadas regiões do Brasil. No Mato Grosso<br />

do Sul, o bagaço de cana já gera quase 40% da energia<br />

elétrica consumida no Estado. Entre janeiro e outubro<br />

de 2019, 13 usinas do Estado disponibilizaram ao Sistema<br />

Interligado Nacional 2.262 GWh, segundo o BDE<br />

(Banco de Dados do Estado).<br />

O Mato Grosso do Sul tem 19 usinas sucroenergéticas<br />

e todas produzem energia de bagaço de cana.<br />

O Estado é o terceiro maior produtor de energia de<br />

biomassa do Brasil, atrás apenas de São Paulo e Minas<br />

Gerais.<br />

O crescimento da biomassa de cana reflete o<br />

cenário positivo da geração de energia de biomassa<br />

no Brasil. As usinas de biomassa do Brasil produziram<br />

3.108,6 MW médios em 2019, o que representa um<br />

crescimento 3% ao ano em 2019. Já a capacidade<br />

instalada de energia de biomassa era de 13,09 GW no<br />

final de 2019, um aumento de cerca de 2% em relação<br />

ao mesmo período do ano anterior, de acordo com<br />

dados da Ccee.<br />

O aumento do número de projetos implementados<br />

e colocados em operação no país é apontado<br />

como o principal fator por trás do crescimento da<br />

O crescimento da biomassa<br />

de cana reflete o cenário<br />

positivo da geração de<br />

energia de biomassa no Brasil<br />

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FACAS PARA<br />

PICADORES<br />

DURABILIDADE<br />

ECONOMIA<br />

PRODUTIVIDADE<br />

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CASE<br />

DE OLHO<br />

NO FUTURO<br />

FOTOS DIVULGAÇÃO<br />

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CHINA TENTA REDUZIR AS<br />

EMISSÕES DE CARBONO<br />

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33


CASE<br />

C<br />

om mais de 1,3 bilhões de pessoas, a<br />

China exige enorme quantidade de<br />

energia e combustível. Essa demanda<br />

levou o país a se tornar um dos maiores<br />

poluidores do mundo, mas também um país<br />

extremamente sensível a esse problema. O foco em<br />

energia renovável deve ter consequências positivas<br />

para o resto do mundo.<br />

A China prometeu aumentar seu consumo de<br />

energia renovável para 15% do seu consumo total<br />

de energia até <strong>2020</strong> e 20% até 2030. Ao tentar atingir<br />

esses objetivos, a China deve aumentar a eficiência<br />

de suas energias renováveis. A meta de <strong>2020</strong> é reduzir<br />

a perda, chamada de redução.<br />

Na medida em que a China reduzir as emissões<br />

de carbono, os impactos das mudanças climáticas<br />

globais serão reduzidos, com benefícios que<br />

incluem a criação de mais empregos no setor de<br />

energia renovável, desenvolvimento de novas tecnologias<br />

e criação de novas políticas para acomodar<br />

essas mudanças.<br />

Na medida em que<br />

a China reduzir as<br />

emissões de carbono, os<br />

impactos das mudanças<br />

climáticas globais serão<br />

reduzidos<br />

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37


SUSTENTABILIDADE<br />

SOLUÇÃO<br />

ECOLÓGICA<br />

CURITIBA (PR) ENCONTRA ALTERNATIVA<br />

PARA ATERRO DO CAXIMBA<br />

FOTOS DIVULGAÇÃO<br />

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O<br />

antigo Aterro do Caximba em Curitiba<br />

(PR), desativado desde 2010, se transformará<br />

em uma usina de produção de<br />

energia solar e de biomassa de resíduos<br />

vegetais das podas de árvores e limpeza de jardins. A<br />

obra é uma parceria da Copel e da Prefeitura de Curitiba<br />

e terá capacidade de 5 MW (megawatt). A Copel<br />

arcará com 49% do investimento de R$ 31,5 milhões,<br />

enquanto a Prefeitura de Curitiba responderá pelos<br />

outros 51%.<br />

A produção anual de energia deve gerar em torno<br />

de 18,6 mil MW/h (megawatts/hora) que poderão ser<br />

utilizados para compensação de consumo de energia.<br />

A produção corresponderá a 43% do que é consumido<br />

hoje pelos prédios públicos de Curitiba ou até 7,5 mil<br />

residências.<br />

“Curitiba tem a luz em seu nome de batismo e a<br />

nossa devoção é à luz. E a rapidez com que o Governo<br />

do Estado, por meio da nossa Copel, acolheu a proposta<br />

do município nos permitirá fazer história”, disse o<br />

prefeito Rafael Greca.<br />

“Com uma área que já representou um passivo<br />

ambiental, vamos trazer luz e energia para Curitiba.<br />

São iniciativas urgentes e de que o planeta precisa”,<br />

acrescentou a secretária municipal do Meio Ambiente,<br />

Marilza Oliveira Dias.<br />

Segundo o projeto da usina apresentado em março<br />

de 2019, a usina solar terá a função de abastecer o<br />

futuro Bairro Novo da Caximba, que a Prefeitura está<br />

projetando para tirar cerca de 1.147 unidades habitacionais<br />

irregulares instaladas à beira dos rios da região.<br />

“Nós temos o sonho de fazer que esta usina seja<br />

um símbolo para o Brasil do novo mundo. O projeto<br />

do Bairro Novo da Caximba já foi aprovado pela AFD<br />

(Agência Francesa de Desenvolvimento)”, orgulha-se<br />

o prefeito.<br />

A usina contará com uma Unidade Geradora<br />

Fotovoltaica, com potência de 3,5 MW, com painéis<br />

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41


ARTIGO<br />

BIOMASSA DE ESPÉCIES FLORESTAIS<br />

PARA PRODUÇÃO DE<br />

CARVÃO VEGETAL<br />

FOTOS DIVULGAÇÃO<br />

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AMANDA PINHEIRO FORTALEZA<br />

Engenheira Florestal, Mestranda em Ciências Florestais,<br />

Universidade Federal Rural da Amazônia<br />

DENES DE SOUZA BARROS<br />

Engenheiro Florestal, MSc., Professor da Universidade Federal Rural<br />

da Amazônia<br />

JOSÉ JAIME PESSOA DO NASCIMENTO FILHO<br />

Engenheiro Florestal, Secretaria Municipal de Meio Ambiente<br />

RAFAELA PATRÍCIA DA SILVA CERETTA<br />

Engenheira Florestal, Mestranda em Ciências Florestais,<br />

Universidade Federal Rural da Amazônia<br />

SIMONNE SAMPAIO DA SILVA<br />

Engenheira Florestal, MSc., Doutora em Ciência e Tecnologia da<br />

Madeira<br />

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

43


ARTIGO<br />

RESUMO<br />

D<br />

evido à alta demanda das empresas por geração<br />

de energia oriunda de fontes renováveis,<br />

o objetivo deste estudo foi analisar as propriedades<br />

da madeira e do carvão proveniente<br />

de três espécies florestais: Ceiba pentandra (L.) Gaertn.<br />

(Sumaúma), Guatteria sp. (Envirão) e Brosimum sp. (Mumuré).<br />

O material foi coletado na Empresa Rosa Madeireira<br />

Ltda. De cada espécie foram coletadas 10 amostras para a<br />

análise das propriedades da madeira e do carvão e, destas,<br />

5 amostras foram utilizadas para a análise química. As<br />

propriedades avaliadas foram: densidade básica e teor de<br />

umidade da madeira, rendimento gravimétrico, densidade<br />

aparente e teor de umidade do carvão e, composição<br />

química. Os dados foram submetidos à Análise de Variância<br />

e médias comparadas pelo teste Tukey a 5% de probabilidade,<br />

assim como os efeitos da densidade básica sobre<br />

o rendimento gravimétrico e sobre a densidade aparente<br />

foram testados pela correlação de Pearson. As análises<br />

indicaram que o fator espécies apresentou efeito significativo<br />

em todos os parâmetros, exceto quanto ao teor de<br />

umidade do carvão. Sobre densidade básica da madeira,<br />

a Sumaúma apresentou o menor valor médio (0,4302 ±<br />

0,0157 g/cm3 [gramas por centímetro cúbico]) e Mumuré,<br />

o maior (0,5276 ± 0,0251 g/cm3). Entretanto, com relação<br />

ao teor de umidade, Sumaúma foi a espécie que apresentou<br />

o maior teor (47,46% ± 2,88). Os valores de rendimento<br />

em carvão variaram entre 30,03% ± 1,95 (Envirão) e 32,35%<br />

± 1,46 (Sumaúma). Houve correlação entre a densidade da<br />

madeira e o rendimento gravimétrico para a espécie Mumuré<br />

(P = -0,553), no entanto, considerada negativa. Entretanto,<br />

correlação positiva foi encontrada para Sumaúma (P<br />

= 0,058) e Envirão (P = 0,955). Nos testes de densidade do<br />

carvão, o Mumuré apresentou o maior valor médio (0,3173<br />

± 0,0116 g/cm3) e Envirão o menor (0,2654 ± 0,0407 g/<br />

cm3). Uma relação direta e positiva entre a densidade básica<br />

da madeira e a densidade relativa aparente do carvão<br />

foi encontrada. Tratando-se da composição química, o<br />

fator espécies não apresentou efeito significativo.<br />

INTRODUÇÃO<br />

A cobertura florestal do território brasileiro associada<br />

às condições edafoclimáticas favoráveis para a silvicultura,<br />

confere ao país grandes vantagens para a atividade<br />

florestal quando se compara ao restante do mundo. Como<br />

consequência, a participação no contexto da geração de<br />

energia oriunda de fontes renováveis se destaca com a<br />

mesma magnitude. O uso da madeira no Brasil, visando à<br />

geração de energia, tem sido historicamente relacionado à<br />

produção de carvão vegetal, e essa, se destaca em decorrência<br />

da demanda existente pelo produto junto ao setor<br />

siderúrgico (Santos et al., 2011).<br />

O Brasil é o maior produtor mundial de carvão vegetal.<br />

Em 2010, foram produzidos 11,6 milhões de metros cúbicos<br />

de carvão vegetal a partir de florestas plantadas, dos<br />

quais 66,2% foram consumidos pelos setores de ferro-gusa,<br />

aço e ferro-liga, sendo o único país no mundo no qual<br />

o carvão vegetal tem uma aplicação industrial em grande<br />

escala, como destino principal, a produção de ferro-gusa<br />

e aço e ainda ferro-liga e silício metálico. É nesse contexto<br />

que o carvão vegetal se tornou um dos combustíveis e<br />

redutores mais importantes na indústria siderúrgica, pois é<br />

renovável, e além de ter baixo teor de cinzas, é praticamente<br />

isento de enxofre e fósforo, tendo sua tecnologia para<br />

fabricação já amplamente consolidada no Brasil (Associação<br />

Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas, 2011).<br />

Mesmo que o consumo de carvão vegetal tenha atingido<br />

seu ponto máximo em 2005, quando foram produzidos<br />

e consumidos mais de <strong>38</strong> milhões de metros cúbicos, as<br />

plantações florestais homogêneas ainda não são capazes<br />

de suprir toda a demanda das empresas, de forma que,<br />

por ano, há um déficit anual médio de quase 50% (o que<br />

equivale no mínimo a 100 mil hectares plantados) que é<br />

suprido com o abastecimento de madeira e resíduos advindos<br />

do manejo de florestas naturais (Associação Mineira de<br />

Silvicultura, 2009).<br />

Como esta alta demanda das empresas por fontes de<br />

energia ainda não foi suprida exclusivamente por florestas<br />

energéticas, uma parte dos resíduos de madeira gerados<br />

na indústria madeireira tem sido destinada à produção de<br />

produtos de maior valor agregado como carvão, cabos,<br />

O uso da madeira no Brasil,<br />

visando à geração de energia,<br />

tem sido historicamente<br />

relacionado à produção de<br />

carvão vegetal<br />

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45


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ENERGIA<br />

SOLAR<br />

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RENOVÁVEIS<br />

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AGENDA<br />

AGOSTO <strong>2020</strong><br />

FENASUCRO<br />

Data: 18 a 21<br />

Local: Sertãozinho (SP)<br />

Informações: www.fenasucro.com.br/pt-br.html<br />

DESTAQUE<br />

OUTUBRO <strong>2020</strong><br />

BWEXPO<br />

Data: 6 a 8<br />

Local: São Paulo (SP)<br />

Informações: www.bwexpo.com.br<br />

BRAZIL WIND POWER<br />

Data: 28 a 30<br />

Local: São Paulo (SP)<br />

Informações: www.brazilwindpower.com.br/pt/<br />

home.html<br />

NOVEMBRO <strong>2020</strong><br />

FIEE SMART FUTURE<br />

Data: 20 a 23 de julho de 2021<br />

Local: São Paulo (SP)<br />

Informações: www.fiee.com.br/pt-br.html<br />

Imagem: divulgação<br />

FÓRUM FLORESTAL MINEIRO<br />

Data: 5 a 6<br />

Local: Belo Horizonte (MG)<br />

Informações: https://malinovski.com.br/<br />

agenda-<strong>2020</strong>/<br />

INTERSOLAR<br />

Data: 16 a 18<br />

Local: São Paulo (SP)<br />

Informações: www.intersolar.net.br/pt/inicio<br />

A Fiee (Feira Internacional da Industria de Elétrica,<br />

Eletrônica, Energia, Automação e Conectividade)<br />

é um evento segmentado, focado na evolução dos<br />

setores elétrico e eletrônico, apresentando Tecnologias<br />

e Soluções para Eficiência e Produtividade,<br />

de Geração de Energia à Conectividade. Em sua 31ª<br />

edição, a Fiee Energy é um palco dedicado a toda<br />

infraestrutura do setor elétrico, onde o mercado de<br />

energia e seus consumidores encontram soluções<br />

para as principais fontes de energia<br />

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OPINIÃO<br />

Foto: divulgação<br />

ACELERAR<br />

REFORMAS É<br />

CRUCIAL PARA O<br />

BRASIL CRESCER<br />

O<br />

mundo enfrenta a mais severa crise da<br />

história recente. Os efeitos da pandemia de<br />

coronavírus são devastadores. Governos, autoridades<br />

sanitárias e profissionais da área de<br />

saúde têm atuado com eficiência para controlar a propagação<br />

da doença, tratar os infectados e preservar o bem mais<br />

importante, que é a vida.<br />

Muitos países, inclusive o Brasil, também estão adotando<br />

medidas emergenciais para minimizar os incalculáveis<br />

prejuízos econômicos da Covid-19. Tais ações são<br />

imprescindíveis, pois o isolamento da população reduziu o<br />

consumo e atingiu as cadeias de produção de tal maneira<br />

que já se espera um período de recessão global.<br />

A crise, no entanto, não pode nos paralisar. O momento<br />

exige ação e um esforço coordenado do Poder Executivo,<br />

do Congresso Nacional e da sociedade para reduzir<br />

os impactos sobre as empresas e o emprego no Brasil.<br />

Em paralelo às ações emergenciais, é necessário acelerar<br />

as reformas estruturais e atuar sobre os problemas que<br />

aumentam os custos de produção e diminuem a capacidade<br />

da indústria brasileira de competir com os principais<br />

parceiros comerciais.<br />

A principal prioridade dessa agenda é a reforma tributária.<br />

O sistema atual é complexo, burocrático e repleto<br />

de distorções. Por causa da incidência de tributos nas<br />

diversas etapas da produção, da taxação dos investimentos<br />

e das exportações, o setor é o que suporta a maior carga<br />

tributária. Com uma participação de 21,2% na economia<br />

brasileira, a indústria é responsável por 34,2% da arrecadação<br />

de impostos federais e por 30% das contribuições à<br />

Previdência.<br />

Por isso, defendemos uma reforma que simplifique<br />

o sistema, reduza o número de encargos e obrigações<br />

indiretas e desonere os investimentos e as exportações. As<br />

duas propostas em tramitação no Congresso, que serão<br />

unificadas pela Comissão Mista da Reforma Tributária,<br />

caminham nessa direção, pois reúnem diversos impostos<br />

sobre o consumo em um só tributo nos moldes do IVA (Imposto<br />

sobre Valor Agregado), reduzem a cumulatividade,<br />

desestimulam a guerra fiscal e desoneram os investimentos,<br />

aproximando o sistema brasileiro do padrão adotado<br />

nos países desenvolvidos.<br />

Uma reforma tributária ampla ajudará o país a diminuir<br />

o Custo Brasil que, conforme estudo recente do governo,<br />

atinge R$ 1,5 trilhão ao ano, o equivalente a 22% do PIB<br />

(Produto Interno Bruto). Além de atacar os atuais entraves<br />

tributários, a redução do Custo Brasil que penaliza as empresas<br />

e a população requer a modernização e a ampliação<br />

da infraestrutura, o corte dos custos dos financiamentos, o<br />

combate à burocracia, o aumento da segurança jurídica e a<br />

qualificação profissional dos trabalhadores.<br />

Os desafios são muitos, mas tenho a convicção de que,<br />

com diálogo e o empenho de toda a sociedade, o Brasil<br />

avançará na agenda de reformas e fortalecerá as bases<br />

da economia para, superada essa crise mundial, retomar<br />

o caminho do crescimento sustentado e da criação de<br />

empregos.<br />

Por Robson Braga de Andrade<br />

Presidente da CNI.<br />

Artigo originalmente publicado na Agência CNI - https://bit.ly/3bTM2sX<br />

Foto: divulgação<br />

50 www.REVISTABIOMAIS.com.br


H.Bremer. Há mais de 70 anos<br />

gerando energia térmica para o<br />

mundo, com equipamentos<br />

de alto padrão<br />

tecnológico.<br />

A natureza<br />

agradece!<br />

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