principal A escola da vida Fotos: divulgação Mais de 30 anos dedicados ao magistério, hoje Arioswaldo Trancoso Cruz, graduado em Filosofia e História, está com 78 anos e aposentado. Quem dá continuidade à sua trajetória é o filho Ronaldo Rangel Cruz. Psicólogo, há 15 anos resolveu atuar também dando aulas, atividade que viu o seu pai e a sua mãe exercerem desde quando ele era pequeno. “Eu e minha esposa tínhamos uma vida de professor e ele com certeza foi influenciado pela nossa atuação”, acredita Arioswaldo. No entanto a influência poderia ser negativa, pois com os pais professores, os via corrigindo provas fora do horário de aula, seu pai fazia três turnos e por isso só parava em casa para almoçar e jantar. Somado a isso, quando criança, acompanhava o pai nas aulas de Filosofia e achava tudo aquilo muito chato. No entanto, como os pais de Ronaldo eram bons exemplos de professores, foi inevitável o encontro dele com o mundo acadêmico. “Não se ensina nada sem o exemplo, com certeza o Ronaldo foi influenciado pelo meu exemplo e de minha esposa em casa”, acredita Arioswaldo. O exemplo vinha também da liderança do seu pai como professor, sempre atuante, presidente de centros de letras e assíduo na Associação de Pais e Mestres. Ronaldo absorveu o amor do pai pelo magistério. “Percebi vendo meu pai em sala de aula e depois atuando, que com informação e conhecimento, conseguimos transformar realidades. Foi isso que me motivou quando quis ser professor”, lembra Ronaldo. O orgulho de Arioswaldo quando o filho Ronaldo deu a notícia que daria aulas, encheu o pai de orgulho: “Vejo o quanto ele leva a sério. Senti que ele escolheu dar aula pela vontade que ele tem em transmitir conhecimentos. Nossa forma de encarar a profissão é muito parecida, vemos algo necessário para o crescimento do ser humano.” Ronaldo lembra muito bem quando esse momento aconteceu: “Primeiro vi como repetindo os passos do meu pai. Na primeira aula, liguei para ele, antes de entrar em sala e pedi umas dicas.” Foi a única vez. Dali pra frente, seguiu a sua intuição, muito dela fruto de algo que veio do exemplo do dia a dia em casa observando os seus pais. “Nunca tive medo da sala de aula, porque ganhei segurança por ter crescido vendo o meu pai nesta profissão.” Seguindo os passos dos pais e com a atuação em sala de aula, aprendeu que: “as pessoas vão valorizar você o quanto honesto e sincero for em sala, se tem conhecimento e algo a dizer, melhor ainda, mas tem que ter uma relação de sinceridade com as pessoas”. E foi assim que vem construindo a sua carreira dando aula em cursos universitários. Como resultado, recebeu muitos prêmios e homenagens dos alunos para o orgulho do papai. 30 agosto 2020 revistavoi.com.br
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