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Revista VOi 177

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principal<br />

A escola<br />

da vida<br />

Fotos: divulgação<br />

Mais de 30 anos dedicados ao magistério, hoje Arioswaldo Trancoso Cruz, graduado em Filosofia e História, está com 78 anos<br />

e aposentado. Quem dá continuidade à sua trajetória é o filho Ronaldo Rangel Cruz. Psicólogo, há 15 anos resolveu atuar também<br />

dando aulas, atividade que viu o seu pai e a sua mãe exercerem desde quando ele era pequeno.<br />

“Eu e minha esposa tínhamos uma vida de professor e ele com certeza foi influenciado pela nossa atuação”, acredita Arioswaldo.<br />

No entanto a influência poderia ser negativa, pois com os pais professores, os via corrigindo provas fora do horário de aula, seu<br />

pai fazia três turnos e por isso só parava em casa para almoçar e jantar. Somado a isso, quando criança, acompanhava o pai nas<br />

aulas de Filosofia e achava tudo aquilo muito chato. No entanto, como os pais de Ronaldo eram bons exemplos de professores, foi<br />

inevitável o encontro dele com o mundo acadêmico. “Não se ensina nada sem o exemplo, com certeza o Ronaldo foi influenciado<br />

pelo meu exemplo e de minha esposa em casa”, acredita Arioswaldo.<br />

O exemplo vinha também da liderança do seu pai como professor, sempre atuante, presidente de centros de letras e assíduo na<br />

Associação de Pais e Mestres. Ronaldo absorveu o amor do pai pelo magistério. “Percebi vendo meu pai em sala de aula e depois<br />

atuando, que com informação e conhecimento, conseguimos transformar realidades. Foi isso que me motivou quando quis ser professor”,<br />

lembra Ronaldo. O orgulho de Arioswaldo quando o filho Ronaldo deu a notícia que daria aulas, encheu o pai de orgulho:<br />

“Vejo o quanto ele leva a sério. Senti que ele escolheu dar aula pela vontade que ele tem em transmitir conhecimentos. Nossa forma<br />

de encarar a profissão é muito parecida, vemos algo necessário para o crescimento do ser humano.”<br />

Ronaldo lembra muito bem quando esse momento aconteceu: “Primeiro vi como repetindo os passos do meu pai. Na primeira<br />

aula, liguei para ele, antes de entrar em sala e pedi umas dicas.” Foi a única vez. Dali pra frente, seguiu a sua intuição, muito dela<br />

fruto de algo que veio do exemplo do dia a dia em casa observando os seus pais. “Nunca tive medo da sala de aula, porque ganhei<br />

segurança por ter crescido vendo o meu pai nesta profissão.”<br />

Seguindo os passos dos pais e com a atuação em sala de aula, aprendeu que: “as pessoas vão valorizar você o quanto honesto e<br />

sincero for em sala, se tem conhecimento e algo a dizer, melhor ainda, mas tem que ter uma relação de sinceridade com as pessoas”.<br />

E foi assim que vem construindo a sua carreira dando aula em cursos universitários. Como resultado, recebeu muitos prêmios e<br />

homenagens dos alunos para o orgulho do papai.<br />

30<br />

agosto 2020<br />

revistavoi.com.br

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