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Revista Newslab Edição 161

Revista Newslab Edição 161 - Agosto / Setembro 2020

Revista Newslab Edição 161 - Agosto / Setembro 2020

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R$ 25,00


evista<br />

Editorial<br />

Ano 27 - <strong>Edição</strong> <strong>161</strong> - Ago/Set 2020<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong> chega à sua <strong>161</strong>ª <strong>Edição</strong>, cuidadosamente elaborada trazendo a maior gama de assuntos<br />

referentes ao setor de diagnóstico laboratorial.<br />

Seguimos nosso compromisso em trazer informação de ponta para as empresas e profissionais dos<br />

laboratórios por todo o Brasil, formando nossa rede de apoio para superar esse período de pandemia que se<br />

segue, dispostos e empenhados.<br />

Como antes afirmamos, segue essencial a valorização da importância da área diagnóstica, dos profissionais<br />

da saúde, da ciência e informação de qualidade, e todos os atores que colaboram para salvar vidas e prevenir<br />

danos. Unidos venceremos a Covid-19.<br />

Nesta edição, trazemos as mais atualizadas e melhores inovações e soluções do mercado de análises clínicas,<br />

reunindo as maiores empresas do ramo e conteúdo de qualidade. As empresas parceiras da <strong>Newslab</strong> oferecem<br />

o que há de melhor para o mercado e sendo indispensáveis para o movimento que se faz tão importante na<br />

área da saúde. Nossos experientes colaboradores assinam materiais inéditos e de maior relevância.<br />

Agradecemos a todos que colaboraram com a revista, e a todos os leitores.<br />

*A <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong> é viva e dinâmica, acessando-a em nosso site, você poderá clicar nos links<br />

disponibilizados nela e melhorar a sua experiência com os materiais que lhe interessem. Sua experiência com a<br />

revista não termina aí. Nosso site e nossas redes sociais estão sempre trazendo materiais atualizados.<br />

Boa leitura a todos!<br />

JOÃO GABRIEL DE ALMEIDA<br />

Para novidades na área de diagnóstico e pesquisa,<br />

acessem nossas redes sociais:<br />

/revistanewslab<br />

/revistanewslab<br />

Ano 27 - <strong>Edição</strong> <strong>161</strong> - Ago/Set<br />

<strong>Newslab</strong> Editora Eireli - <strong>Revista</strong> NewsLab<br />

Av. Nove de Julho, 3.229 - Cj. 1110 - 01407-000 - São Paulo - SP<br />

Tel.: (11) 3900-2390 - www.newslab.com.br - revista@newslab.com.br<br />

CNPJ.: 35.678.385/0001-25 - Insc. Est.: 128.209.420.119 - ISSN 0104 - 8384<br />

/revistanewslab<br />

@revista_newslab<br />

EXPEDIENTE<br />

Realização: NEWSLAB EDITORA EIRELI<br />

Conselho Editorial: Sylvain Kernbaum | revista@revistaanalytica.com.br<br />

Jornalista Responsável: João Gabriel de Almeida | redacao@newslab.com.br<br />

Assinaturas: Daniela Faria (11) 98357-9843 | assinatura@newslab.com.br<br />

Comercial: João Domingues (11) 98357-9852 | comercial@newslab.com.br<br />

Produção de conteúdo: FC Design | contato@fcdesign.com.br<br />

Impressão: Gráfica Mundo | Periodiciade: Bimestral<br />

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MGI Brazil contact:<br />

psouza@mgiamericas.com<br />

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evista<br />

Ano 27 - <strong>Edição</strong> <strong>161</strong> - Ago/Set 2020<br />

Normas de Publicação<br />

para artigos e informes de mercado<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong>, em busca constante de novidades em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas para<br />

publicação de artigos, aos autores interessados. Caso precise de informações adicionais, entre em contato com a redação.<br />

Informações aos Autores<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong>, em busca constante de novidades<br />

em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas<br />

para publicação de artigos, aos autores interessados. Caso<br />

precise de informações adicionais, entre em contato com<br />

a redação.<br />

Informações aos autores<br />

Bimestralmente, a <strong>Revista</strong> NewsLab publica editoriais, artigos<br />

originais, revisões, casos educacionais, resumos de teses<br />

etc. Os editores levarão em consideração para publicação toda e<br />

qualquer contribuição que possua correlação com as análises<br />

clínicas, a patologia clínica e a hematologia.<br />

Todas as contribuições serão revisadas e analisadas pelos<br />

revisores. Os autores deverão informar todo e qualquer<br />

conflito de interesse existente, em particular aqueles de<br />

natureza financeira relativo a companhias interessadas ou<br />

envolvidas em produtos ou processos que estejam relacionados<br />

com a contribuição e o manuscrito apresentado.<br />

Acompanhando o artigo deve vir o termo de compromisso<br />

assinado por todos os autores, atestando a originalidade do<br />

artigo, bem como a participação de todos os envolvidos.<br />

Os manuscritos deverão ser escritos em português, mas com<br />

Abstract detalhado em inglês. O Resumo e o Abstract deverão<br />

conter as palavras-chave e keywords, respectivamente.<br />

As fotos e ilustrações devem preferencialmente ser enviadas<br />

na forma original, para uma perfeita reprodução.<br />

Se o autor preferir mandá-las por e-mail, pedimos que a<br />

resolução do escaneamento seja de 300 dpi’s, com extensão<br />

em TIF ou JPG.<br />

Os manuscritos deverão estar digitados e enviados por<br />

e-mail, ordenados em título, nome e sobrenomes completos<br />

dos autores e nome da instituição onde o estudo<br />

foi realizado. Além disso, o nome do autor correspondente,<br />

com endereço completo fone/fax e e-mail também deverão<br />

constar. Seguidos por resumo, palavras-chave, abstract,<br />

keywords, texto (Ex: Introdução, Materiais e Métodos, Parte<br />

Experimental, Resultados e Discussão, Conclusão) agradecimentos,<br />

referências bibliográficas, tabelas e legendas.<br />

As referências deverão constar no texto com o sobrenome<br />

do devido autor, seguido pelo ano da publicação,<br />

segundo norma ABNT 10520.<br />

As identificações completas de cada referência citadas<br />

no texto devem vir listadas no fim, com o sobrenome do<br />

autor em primeiro lugar seguido pela sigla do prenome.<br />

Ex.: sobrenome, siglas dos prenomes. Título: subtítulo do<br />

artigo. Título do livro/periódico, volume, fascículo, página<br />

inicial e ano.<br />

Evite utilizar abstracts como referências. Referências de<br />

contribuições ainda não publicadas deverão ser mencionadas<br />

como “no prelo” ou “in press”.<br />

Os trabalhos deverão ser enviados ao endereço:<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab<br />

A/C: João Gabriel – redação<br />

Av. Nove de Julho, 3.229 - Cj. 1110<br />

CEP 01407-000 - São Paulo-SP<br />

Pelo e-mail: redacao@newslab.com.br<br />

Ou em http://www.newslab.com.br/publique/<br />

Contato<br />

A sua opinião é muito importante para nós. Por isso, criamos<br />

vários canais de comunicação para você, nosso leitor.<br />

REDAÇÃO: Av. Nove de Julho, 3.229 - Cj. 1110 - 01407-000 - São Paulo-SP<br />

TELEFONE: (11) 3900-2390<br />

EMAIL: redacao@newslab.com.br.<br />

Acesse nosso site: www.newslab.com.br<br />

Para novidades na área de diagnóstico e pesquisa, acessem nossas redes sociais:<br />

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@revista_newslab<br />

Esta publicação é dirigida aos laboratórios, hemocentros e universidades de todo o país. Os artigos e informes<br />

assinados são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da <strong>Newslab</strong> Editora Eireli.<br />

Filiado à:<br />

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ordem alfabética<br />

Ano 27 - <strong>Edição</strong> <strong>161</strong> - Ago/Set 2020<br />

ANUNCIANTE PÁG. ANUNCIANTE PÁG.<br />

BECKMAN COULTER 12-13 | 15<br />

BECKMAN COULTER LIFE SCIENCES 09<br />

BIO ADVANCE 29<br />

BIODIAGNÓSTICA 27<br />

BIOTECHNICA 19<br />

BUNZL SAÚDE 17<br />

CELER 105<br />

CELLAVISION 89<br />

CEPHEID 97<br />

COMERCIAL 3 ALBE 93<br />

DB DIAGNÓSTICOS<br />

4ª CAPA<br />

DIAGNO 110-111<br />

DIAGNOSTICA CREMER 39<br />

EBRAM 65<br />

ENZYTEC 51<br />

ERBA 41<br />

EUROIMMUN 117<br />

FIRSTLAB 31<br />

GOLD ANALISA 75<br />

GREINER 43 | 123<br />

GRIFOLS 113<br />

GT GROUP-BIOSUL 21<br />

HORIBA 2ªCAPA | 107<br />

ILLUMINA 77<br />

IN VITRO DIAGNÓSTICA 33<br />

J.R. EHLKE 72-73<br />

KOLPLAST 07<br />

LABREDE 69<br />

LABTEST 79<br />

LUMIQUICK DIAGNOSTICS 37<br />

LUMIRADX 49<br />

MAYO CLINIC 45<br />

MGI BRAZIL 03<br />

MOBIUS LIFE SCIENCE 81<br />

NEOLABIMPORT 11<br />

NEWPROV 35<br />

NIHON KHODEN 1ªCAPA | 57 | 58-59<br />

OXFORD IMMUNOTECH 129<br />

PMH PRODUTOS 24-25<br />

PNCQ 125<br />

PRIME CARGO<br />

3ª CAPA<br />

RENYLAB 85<br />

SARSTEDT 23<br />

SIEMENS 63<br />

SNIBE 95<br />

TBS- BINDINGSITE 67<br />

VEOLIA 04-05<br />

VIDA BIOTECNOLOGIA 61<br />

WAMA 91<br />

Conselho Editorial<br />

Prof. Humberto Façanha da Costa filho - Engenheiro, Mestre em Administração e Especialista em Análise de Sistemas | Dr. Dan Waitzberg - Associado do Departamento de Gastroenterologia da Fmusp. Diretor Ganep Nutrição<br />

humana | Prof. Angela Waitzberg - Professora doutora livre docente do departamento de patologia da UNIFESP | Prof. José de Souza Andrade Filho - Patologista no hospital Felício Rocho BH, membro da academia Mineira<br />

de Medicina e Professor de Patologia da Faculdade de Ciências Médicas do Minas Gerais | Fábia Regina Severiano Bezerra - Biomédica. Especialista em Gestão de Contratos pela Universidade Corporativa da Universidade de São<br />

Paulo. Auditora em Sistemas de Gestão da Qualidade: ISO 9001:15 e NBR ISO 14001:15, Organização Nacional de Acreditação (ONA). Auditora Interna da Divisão de Laboratórios do Hospital das Clínicas da Faculdade Medicina da<br />

Universidade de São Paulo | Luiz Euribel Prestes Carneiro – Farmacêutico-Bioquímico, Depto. de Imunologia e de Pós-Graduação da Universidade do Oeste Paulista, Mestre e Doutor em Imunologia pela USP/SP | Dr. Amadeo<br />

Saéz-Alquézar - Farmacêutico-Bioquímico | Prof. Dr. Antenor Henrique Pedrazzi – Prof. Titular e Vice-Diretor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto - USP | Prof. Dr. José Carlos Barbério – Professor Emérito da<br />

USP | Dr. Silvano Wendel – Banco de Sangue do Hospital Sírio-Libanês | Dr. Paulo C. Cardoso De Almeida – Doutor em Patologia pela Faculdade de Medicina Da USP | Dr. Zan Mustacchi – Prof. Adjunto de Genética da Faculdade<br />

Objetivo/UNIP | Dr. José Pascoal Simonetti – Biomédico, Pesquisador Titular do Depto de Virologia do Instituto Oswaldo Cruz - Fiocruz - RJ | Dr. Sérgio Cimerman – Médico-Assistente do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e<br />

Responsável Técnico pelo Laboratório Cimerman de Análises Clínicas.<br />

Colaboraram nesta <strong>Edição</strong>:<br />

Humberto Façanha, Fabia Bezerra, José de Souza Andrade Filho, Lisiane Cervieri Mezzomo, Cristhian Roiz, Bruna Mascaro, Waldirene Nicioli, Rachel Siqueira de Queiroz Simões,<br />

Jorge Luiz Silva Araújo Filho, Gleiciere Maia Silva.<br />

0 8


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ÍNDICE<br />

revista<br />

Ano 27 - <strong>Edição</strong> <strong>161</strong> - Ago/Set 2020<br />

2<br />

14<br />

60<br />

62<br />

68<br />

70<br />

74<br />

76<br />

82<br />

84<br />

86<br />

96<br />

99<br />

100<br />

135<br />

MATÉRIA DE CAPA<br />

52<br />

NIHON KOHDEN COMEMORA<br />

5 ANOS DE IVD NO BRASIL<br />

- Editorial<br />

- Agenda<br />

- Minuto Laboratório<br />

- Radar Ciêntifico - Siemens - Healthineers<br />

- Laboratório em Destaque<br />

- Diagnóstico por Imagem<br />

- Engenharia Clínica<br />

- Medicina Genômica<br />

- Citologia<br />

- Logística Laboratorial<br />

- Virologia<br />

- Microbiologia Clínica<br />

- Biossegurança<br />

- Informe de Mercado<br />

- Analogias em Medicina<br />

16<br />

ARTIGO 1<br />

FEBRE CHIKUNGUNYA: UMA ARBOVIROSE<br />

EMERGENTE EM EXPANSÃO NO BRASIL<br />

30<br />

ARTIGO 2<br />

EXAME DE COLPOCITOLOGIA ONCÓTICA:<br />

FATORES MOTIVACIONAIS QUE INFLUENCIAM NA<br />

REALIZAÇÃO ANUAL DO EXAME<br />

38<br />

ARTIGO 3<br />

ARTIGO DE REVISÃO: GESTÃO DE QUALIDADE<br />

NOS LABORATÓRIOS DE ANÁLISES CLÍNICAS<br />

46<br />

GESTÃO LABORATORIAL<br />

RANKING NACIONAL DA COMPETÊNCIA<br />

GERENCIAL PARA LABORATÓRIOS<br />

80<br />

LADY NEWS<br />

RESSIGNIFICANDO O NOVO<br />

NORMAL NA OFAC<br />

Autores: Gleyson da Cruz Pinto, Raíssa Dias Fares,<br />

Viviane Camara Maniero.<br />

Autoras: Amanda Cristina Pinheiro Martins,<br />

Beatriz Roetger Loch, Giulia Costa Santos,<br />

Jéssica Ponciano Oliveira, Michele Ramos da Silva.<br />

Autoras: Carolina Antunes Torres, Jéssica da Silva Abel,<br />

Karoline Pizzolo, Victória Linden Rezende, Eduarda Shultze.


AGENDA<br />

Em função da pandemia do Covid-19, e acompanhando<br />

os desdobramentos da crise, decretos e posicionamentos<br />

dos governos, os eventos presenciais agendados para o<br />

período Agosto/Setembro estão cancelados.<br />

Comprometidos em não propagar informações equivocadas, não haverá<br />

seção Agenda na <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong> Ed <strong>161</strong> e recomendamos que os<br />

interessados em participar de eventos consultem os sites dos eventos que<br />

estariam programados para esse período para se informar sobre possíveis<br />

novas datas e também sobre apresentações digitais como webinars e<br />

outras alternativas que estão sendo oferecidas pelas empresas.<br />

Mantenha-se informado em nosso site e em nossas redes sociais.<br />

/revistanewslab<br />

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@revista_newslab<br />

Agradecemos a compreensão de todos,<br />

Equipe <strong>Newslab</strong>.<br />

0 14<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


Autores: Gleyson da Cruz Pinto 1 , Raíssa Dias Fares², Viviane Camara Maniero³.<br />

ARTIGO 01<br />

1- Médico formado pela Universidade do Grande Rio Prof. José de Souza Herdy –<br />

UNIGRANRIO – Brasil.<br />

2- Acadêmica do curso de Odontologia da Universidade do Grande Rio Prof. José de<br />

Souza Herdy – UNIGRANRIO – Brasil.<br />

3- Doutora em Biomedicina Translacional (PPG BIOTRANS) (UNIGRANRIO/INMETRO/<br />

UEZO) – UNIGRANRIO – Brasil.<br />

Febre Chikungunya:<br />

Uma Arbovirose Emergente em Expansão no Brasil<br />

Resumo<br />

A transmissão autóctone de chikungunya (CHIKV) no Brasil foi detectada<br />

em setembro de 2014, na cidade do Oiapoque (Amapá).<br />

Provavelmente, essa introdução se deveu à epidemia que ocorreu<br />

no Caribe, em 2013, pois já havia ocorrido outras epidemias atingindo<br />

a África e a Ásia. Em 2015 devido ao clima e a presença de<br />

vetores que co circulam na mesma região, o CHIKV causou epidemias<br />

com rápida dispersão em diferentes estados brasileiros. Em<br />

2018 até o primeiro semestre, já foram confirmados 14.873 casos<br />

por CKIKV no Rio de Janeiro, com o predomínio de mulheres, correspondendo<br />

a 61.8% dos casos contra 38,2% de homens acometidos<br />

por CHIKV. Além disso, a CHIKV, em crianças, idosos e em pacientes<br />

com comorbidades, pode evoluir com gravidade, sendo necessária<br />

uma observação diferenciada. Diversos relatos apontam que a infecção<br />

durante o parto, em alguns casos, causa encefalopatia neonatal<br />

e abortamento. Contudo, encefalite está relatada com maior<br />

frequência em recém- nascidos de mães com infecção recente com<br />

CHIKV, no período intraparto. Dessa forma, o objetivo do trabalho<br />

é realizar um levantamento bibliográfico, com o formato de revisão<br />

de literatura, através de documentos elaborados pelo Ministério<br />

da Saúde e base de dados Scielo para evidenciar a importância da<br />

CHIKV, que atualmente se apresenta como um problema de saúde<br />

pública mundial. Com isso o artigo visa discutir sua epidemiologia,<br />

salientar suas manifestações clínicas, a importância do diagnóstico<br />

precoce e tratamento adequado além de apresentar medidas para<br />

prevenir a expansão da doença pelo país.<br />

Palavras-Chave: Arbovirose Emergente, Chikungunya, Saúde Pública.<br />

Abstract<br />

The autochthonous transmission of chikungunya (CHIKV) in<br />

Brazil was detected in September 2014 in the city of Oiapoque<br />

(Amapá). This introduction probably occurred because of the<br />

epidemic that occurred in the Caribbean in 2013 as there were<br />

other epidemics in Africa and Asia. In 2015, due to the climate<br />

and the presence of vectors circulating in the same region, CHIKV<br />

caused epidemics with rapid dispersion in different Brazilian states.<br />

In the first semester of 2018, 14,873 cases were confirmed<br />

by CKIKV in Rio de Janeiro, with the predominance of women,<br />

corresponding to 61.8% of the cases against 38.2% of men affected<br />

by CHIKV. In addition, CHIKV in children, the elderly and<br />

patients with comorbidities can evolve with severity, requiring<br />

a differentiated observation. Several reports indicate that infection<br />

during childbirth, in some cases, causes neonatal encephalopathy<br />

and abortion. However, encephalitis is reported more<br />

frequently in newborns of mothers with recent CHIKV infection<br />

in the intrapartum period. Therefore, the objective of the study is<br />

to carry out a bibliographic survey, with the format of literature<br />

review, through documents prepared by the Government Health<br />

and Scielo database to highlight the importance of CHIKV, which<br />

currently presents itself as a world health problem. This article<br />

aims to discuss its epidemiology, expose the clinical manifestations,<br />

the importance of early diagnosis and appropriate treatment,<br />

besides presenting measures to prevent the spread of the<br />

disease throughout the country.<br />

Keywords: Emerging Arboviral Disease, Chikungunya, Public Health<br />

0 16<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


Autores: Gleyson da Cruz Pinto1, Raíssa Dias Fares², Viviane Camara Maniero³.<br />

ARTIGO 01<br />

Introdução<br />

As arboviroses são um grupo de doenças virais,<br />

transmitidas por vetores (arthropod-borne<br />

vírus). São reconhecidas pela Organização Mundial<br />

de Saúde (OMS) como um problema global<br />

de saúde pública, em virtude de sua crescente<br />

dispersão territorial e necessidade de ações de<br />

prevenção e controle cada vez mais complexas<br />

(20). A designação dos arbovírus não é somente<br />

relacionada à sua veiculação através dos artrópodes,<br />

mas principalmente pelo fato de seu ciclo<br />

replicativo ocorrer nos insetos. Neste sentido,<br />

para classificar um artrópode como veiculador<br />

de um arbovírus é necessário que este tenha<br />

a capacidade de infectar vertebrados e invertebrados;<br />

de iniciar uma viremia em um hospedeiro<br />

vertebrado por tempo suficiente para<br />

permitir a infecção do vetor invertebrado; e de<br />

iniciar uma infecção produtiva e persistente da<br />

glândula salivar do invertebrado, a fim de fornecer<br />

vírus para infecção de outros hospedeiros<br />

vertebrados (5). Dessa forma, os arbovírus possuem<br />

hospedeiros variados, sejam vertebrados<br />

ou invertebrados, ocasionado doenças em humanos<br />

e em outros animais, sendo constituídos<br />

basicamente de cinco famílias virais:<br />

Bunyaviridae, Togaviridae, Flaviviridae, Reoviridae<br />

e Rhabdoviridae (10).<br />

O vírus da chikungunya (CHIKV) pertence à<br />

família Togaviridae e foi isolado inicialmente<br />

na Tanzânia por volta de 1952 e seu significado<br />

no idioma Makonde quer dizer “aquele que<br />

se curva”, por causar artralgias graves e intensas<br />

nas pessoas acometidas por esta moléstia.<br />

O CHIKV é um vírus de RNA cadeia simples e<br />

sua transmissão ocorre pela picada da fêmea<br />

hematófaga do mosquito Aedes aegypti e Aedes<br />

albopictus (1, 7, 8, 11).<br />

No Brasil, no ano de 2014 foi registrado o primeiro<br />

caso de transmissão autóctone do CHIKV<br />

que foi notificado no estado do Amapá, um ano<br />

após a chegada do vírus as Américas (região do<br />

Caribe), acometendo também outros países da<br />

América do Sul como Paraguai, Suriname e Colômbia<br />

neste mesmo ano (9).<br />

Um surto dessa magnitude é justificado<br />

porque o vírus ainda não havia circulado nas<br />

Américas, portanto não existia imunidade nesta<br />

população. O vírus CHIKV e a estirpe americana<br />

do vetor Aedes aegypti também apresentam<br />

em diversos países um histórico de transmissão<br />

concomitante com a dengue. (20).<br />

Adaptado: Tool for the diagnosis and care of patients with suspected arboviral diseases, PAHO, 2017. O algoritmo acima tem por objetivo auxiliar<br />

os laboratórios que possuem a capacidade de identificar arboviroses como Dengue, Chikungunya e Zika e, desta forma, realizar com maior<br />

precisão o diagnóstico diferencial destas doenças. Desde que, esteja disposto em sua unidade normas de contenção de biosegurança (BSL) para<br />

o adequado manuseio das amostras a nível laboratorial.<br />

No primeiro semestre de 2017 ocorreu um<br />

surto em todos os bairros da capital de Fortaleza.<br />

Com mais de 52 mil casos confirmados<br />

e, além disso, o município apresentou um aumento<br />

de 296% dos casos em relação ao ano<br />

anterior. (17). Nos primeiros três meses do ano<br />

de 2018, os casos de CHIKV no Estado do Rio<br />

de Janeiro cresceram em relação a 2017 e quase<br />

superam os índices do ano anterior. Foram<br />

computados, até o mês de março, 4.262 casos<br />

da doença em todo o estado, em comparação<br />

aos 1.585 casos notificados no mesmo período<br />

do ano anterior. Isso representa um aumento de<br />

aproximadamente 168% dos casos em apenas<br />

um ano e um total de 4.305 pessoas atingidas<br />

pela doença em 2017. (16).<br />

O CHIKV quando infecta o homem possui um<br />

período de incubação médio de 3 a 7 dias, podendo<br />

variar de 1 a 12 dias, surgindo então a “Febre<br />

Chikungunya” que é manifestada clinicamente<br />

com febre de início súbito, poliartralgia intensa<br />

e geralmente simétrica, mialgia, cefaleia, náuseas,<br />

fadiga e exantema de tronco e extremidades<br />

(incluindo palmas e plantas), podendo levar a<br />

morte de pessoas que apresentam alguma comorbidade<br />

ou que se encontram nos extremos de<br />

idades (3). Além disso, foram descritas algumas<br />

complicações graves como miocardite, meningoencefalite,<br />

hemorragia leve e até síndrome de<br />

Guillain-Barré (6). O diagnóstico da Chikungunya<br />

é geralmente clínico, porém o teste definitivo para<br />

a confirmação da doença é feito por técnica molecular<br />

RT-PCR (reação em cadeia da polimerase<br />

por transcriptase reversa) na primeira semana de<br />

doença que caracteriza a fase aguda. São utilizadas<br />

as técnicas de ELISA e teste imunocromatográfico<br />

do tipo POC (point of care) para pesquisar<br />

anticorpos específicos da CHIKV. Existem outros<br />

testes sorológicos que identificam anticorpos<br />

específicos das classes IgM e IgG. A IgM é melhor<br />

detectada a partir do quinto dia de doença,<br />

porém pode estar presente desde o segundo dia<br />

e permanecer elevada de 3 a 6 meses após a infecção.<br />

Por outro lado, a IgG apresenta aumento<br />

de seus títulos em torno do sexto dia de doença,<br />

devendo se realizar uma nova coleta após 15<br />

0 18<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


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Autores: Gleyson da Cruz Pinto1, Raíssa Dias Fares², Viviane Camara Maniero³.<br />

ARTIGO 01<br />

Sintomatologia da febre Chikungunya<br />

Febre Alta > 38°C<br />

Exantema<br />

Mialgia<br />

Artralgia<br />

Edema articular<br />

Conjuntivite<br />

Cefaleia<br />

Prurido<br />

Hipertrofia ganglionar<br />

Tendência a sangramentos<br />

Manifestações neurológicas<br />

50% casos<br />

Leve<br />

Moderada / Intensa<br />

Moderada / Intensa<br />

30% casos<br />

Leve<br />

Leve<br />

Moderada<br />

Leve<br />

Raro (predomínio em neonatos)<br />

Fonte: Carlos Brito – Professor da Universidade Federal de Pernambuco<br />

(atualizado em dez/2015)<br />

Sinais de gravidade da Chikungunya<br />

Acometimento neurológico (cefaleia intensa, convulsão, déficit de força)<br />

Sinais de choque compensado ou não<br />

Dor torácica, palpitações e/ou arritmias<br />

Dispneia<br />

Vômitos persistentes<br />

Diurese diminuída ou aumento abrupto de escórias metabólicas<br />

Sangramento de mucosas<br />

Neonatos<br />

Descompensação da doença de base<br />

Fonte: Chikungunya: Manejo Clínico. Ministério da Saúde. 2017.<br />

dias e mostrar um aumento de quatro vezes<br />

nos seus títulos sorológicos comparados com a<br />

primeira. Devemos ressaltar a possibilidade de<br />

reação cruzada que os testes sorológicos podem<br />

apresentar com outros vírus como o Mayaro por<br />

exemplo. O padrão ouro para o diagnóstico de<br />

várias arboviroses, incluindo a Chikungunya, é<br />

a técnica de isolamento viral, porém apresenta<br />

a desvantagem de ser mais dispendiosa e necessitar<br />

de mais tempo para o seu resultado<br />

(3, 4, 6). Não existe um antiviral para tratar a<br />

CHIKV de forma específica. Entretanto, o tratamento<br />

é realizado com sintomático e medidas<br />

de suporte como repouso e aumento da ingesta<br />

hídrica para os pacientes, administração de<br />

paracetamol como antipirético e anti-inflamatórios<br />

não estereoidais (AINES) como o naproxeno<br />

ou ibuprofeno para alívio das artralgias.<br />

Caso o paciente seja refratário ao tratamento<br />

medicamentoso com AINES, pode se fazer uso<br />

de corticoesteróides por um curto período de<br />

tempo e até fazer uso de morfina (2). O objetivo<br />

do presente trabalho é evidenciar a importância<br />

sobre o conhecimento de uma das arboviroses<br />

emergentes no Brasil e que tem se mostrado<br />

um grande problema de saúde pública nacional<br />

e internacional, discutir sua epidemiologia, enfatizar<br />

as manifestações clínicas, a importância<br />

do diagnóstico precoce, tratamento adequado<br />

e medidas para prevenir a expansão da doença<br />

pelo país.<br />

Material e Métodos<br />

Foi realizado um levantamento bibliográfico,<br />

no período de agosto de 2017 à dezembro do<br />

mesmo ano, utilizando as palavras chave: Chikungunya,<br />

febre do chikungunya, Aedes albopictus<br />

e diagnóstico da chikungunya, com o<br />

formato de revisão de literatura, através de documentos<br />

elaborados pelo Ministério da Saúde<br />

e na base de dados Scielo.<br />

Resultados e Discussões<br />

A CHIKV é uma doença infecciosa não contagiosa<br />

de origem africana e emergente em<br />

nosso meio, pois como a população exposta é<br />

susceptível e não há nenhuma vacina ou antivirais<br />

disponíveis contra a doença, torna se<br />

um problema de saúde pública que somada a<br />

Dengue, outra arbovirose endêmica no Brasil,<br />

pode gerar um colapso no nosso sistema de<br />

saúde em relação à superlotação de hospitais<br />

e grandes gastos (9). As manifestações clínicas<br />

apresentadas são diversas, como febre<br />

súbita, poliartralgia intensa e geralmente bilateral<br />

(90% casos), cefaleia, fadiga e exantema<br />

macular principalmente em tronco e extremidade,<br />

podendo acometer palmas e plantas.<br />

Além disso, manifestações atípicas e graves<br />

da doença também podem ocorrer como por<br />

exemplo a Síndrome de Guillain-Barré, retinite,<br />

insuficiência cardíaca e renal, hepatite,<br />

pancreatite e até morte caso o paciente possua<br />

alguma comorbidade (3).<br />

A Síndrome de Guillain-Barré (SGB) é uma<br />

doença de caráter autoimune que acomete<br />

primordialmente a mielina da porção proximal<br />

dos nervos periféricos de forma aguda<br />

ou subaguda (20). Não se consegue determinar<br />

as suas causas, mas ela é muitas vezes<br />

desencadeada por alguma infecção (como<br />

o VIH, dengue ou gripe) e, menos frequentemente,<br />

pela vacinação, cirurgias ou traumatismos<br />

(20). O diagnóstico baseia-se em<br />

sintomas, achados dos exames neurológicos,<br />

incluindo perda ou diminuição dos reflexos<br />

dos tendões profundos, e da punção lombar.<br />

Podem ser necessários outros testes, como<br />

análises ao sangue, para identificar as causas<br />

que desencadeiam a SGB. (20). A principal<br />

forma de transmissão é realizada pela picada<br />

do mosquito, Aedes aegypti ou Aedes albopitus<br />

mas ainda assim existe a possibilidade<br />

menos frequente de transmissão intraparto,<br />

da mãe (com o vírus) ao recém-nascido. A<br />

infecção pelo CHIKV, no período gestacional,<br />

não está relacionada a efeitos teratogênicos,<br />

e há raros relatos de abortamento<br />

espontâneo (15). No entanto, mães que<br />

adquirem CHIKV no período intraparto podem<br />

transmitir o vírus ao recémnascido por<br />

via transplacentária, transmissão perinatal<br />

(15). Durante o aleitamento materno não<br />

ocorre a transmissão. As gestantes devem<br />

ser acompanhadas e caso sejam verificadas<br />

situações que indiquem risco de sofrimento<br />

fetal ou viremia próxima ao período do parto,<br />

é necessário o acompanhamento em leito de<br />

internação. (4).<br />

Outro fator de grande importância é que<br />

0 20<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


Autores: Gleyson da Cruz Pinto1, Raíssa Dias Fares², Viviane Camara Maniero³.<br />

ARTIGO 01<br />

deve ser realizado o diagnóstico diferencial<br />

com outras doenças febris aguda, que também<br />

apresentam artralgia e que tenham potencial<br />

de causar a morte do indivíduo como<br />

outras arboviroses como a dengue (DENV), o<br />

zika vírus (ZIKV), mayaro (MYO), além de outras<br />

doenças como a leptospirose, febre reumática<br />

e artrite séptica.<br />

O diagnóstico laboratorial da infecção pelo<br />

CHIKV pode ser realizado de forma direta:<br />

através do isolamento viral e da pesquisa do<br />

RNA viral em diferentes amostras clínicas, ou<br />

de forma indireta: através da pesquisa de anticorpos<br />

específicos. (15). Para a pesquisa do<br />

RNA viral as principais técnicas moleculares<br />

utilizadas são o RT-PCR (Reação da polimerase<br />

em cadeia seguida da transcriptase reversa) e o<br />

qRT-PCR (Reação da polimerase em cadeia seguida<br />

da transcriptase reversa em tempo real)<br />

já para a pesquisa de anticorpos específicos,<br />

as principais técnicas disponíveis são: o ELISA<br />

(Enzyme-Linked Immunosorbent Assay) e o<br />

Teste Imunocromatográfico do tipo POC (Point-of-<br />

Care). (15). Outra estratégia para confirmação<br />

sorológica é a sorologia pareada. Neste<br />

caso, duas amostras devem ser coletadas, a<br />

primeira na fase aguda da doença e a segunda,<br />

aproximadamente, 15 dias após a primeira. O<br />

aumento de 4 vezes no título dos anticorpos demonstra<br />

a reatividade específica. Técnicas que<br />

necessitam o isolamento viral, como o teste de<br />

neutralização por redução de placas (PRNT, sigla<br />

do inglês Plaque Reduction Neutralization Test),<br />

são usualmente utilizadas como padrão ouro<br />

para a confirmação do diagnóstico de diversas<br />

arboviroses. Entretanto, é um procedimento<br />

demorado e que, na maioria das vezes, exige<br />

laboratórios com nível de segurança biológica 3<br />

(BSL3) (4). Como não existe um tratamento definitivo<br />

e específico, como o uso de antivirais e<br />

nem profiláticos como as vacinas, que impeça o<br />

indivíduo de ser infectado pelo CHIKV e desenvolver<br />

a doença, devemos utilizar de meios para<br />

tratar os sintomas como indicar ao paciente que<br />

repouse, mantenha-se hidratado e também<br />

faça uso de antitérmicos nos casos de febre e<br />

anti-inflamatórios nos casos de dor articulares<br />

(não utilizar aspirina devido o possível risco de<br />

hemorragia em pacientes que apresentam síndrome<br />

de Reye), podendo chegar a utilizar glicocorticoides,<br />

morfina e até imunossupressores<br />

como o metotrexate quando não há melhora da<br />

artralgia (1, 2, 6). Outro fator importante é que<br />

o CHIKV ocorre por transmissão vetorial, e desta<br />

forma, medidas profiláticas devem ser adotadas<br />

para combater o mosquito transmissor como o<br />

uso de vedação em depósitos de água, aplicação<br />

de larvicida e inseticida químico, destino<br />

adequado a pneus e garrafas para que não aja<br />

acúmulo de água e desta forma impedir a proliferação<br />

vetorial (2). Além da utilização de telas<br />

e mosquiteiros dentro de casa, vale ressaltar o<br />

uso de repelentes. O uso tópico de repelentes à<br />

base de n,n-dietil-metaloluamida (DEET) é seguro.<br />

Além do DEET, no Brasil são utilizados em<br />

costméticos as substâncias repelentes Hidroxyethil<br />

isobutyl piperidine carboxylate (Icarídin<br />

ou Picaridin) e Ethyl butylacetylaminopropionate<br />

(EBAAP ou IR3535) e óleos como citronela.<br />

(SOUZA JL et al., 2017).<br />

Conclusão<br />

O surgimento de uma nova arbovirose em<br />

nosso meio representa um grande desafio para<br />

a saúde pública, pois a emergência do Chikungunya<br />

no Brasil encontrará uma população<br />

totalmente susceptível a este novo agente etiológico.<br />

Desta forma, como o vetor do CHIKV são<br />

os mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus,<br />

medidas profiláticas por parte da população e<br />

do governo devem ser adotadas com o objetivo<br />

de minimizar a sua disseminação, como manter<br />

as caixas de água fechadas, remover acúmulo<br />

de águas pluviais em pneus, pratos de plantas<br />

e garrafas, fazer uso de larvicida, inseticidas,<br />

utilizar repelentes em áreas expostas do corpo e<br />

repelentes ambientais. Portanto, deve haver um<br />

maior entendimento sobre a doença por parte<br />

dos profissionais de saúde para que estes estejam<br />

aptos a diagnosticar a doença com maior<br />

rapidez e instituir seu tratamento apropriado,<br />

e também é de fundamental importância que<br />

haja uma educação por parte do governo a<br />

população em geral para que esta possa colaborar<br />

no combate aos criadouros dos mosquitos<br />

e assim controlarmos esta nova epidemia que<br />

assola o nosso país.<br />

Referências Bibliográficas:<br />

1. Azevedo RSS, Oliveira CS, Vasconcelos PFC. Risco do Chikungunya<br />

para o Brasil. <strong>Revista</strong> de Saúde Pública. Pará. 2015;49:58.<br />

2. Brasil. Ministério da Saúde. Preparação e resposta à introdução<br />

do virus Chikungunya no Brasil. Brasília: Ministério da Saúde/<br />

Secretaria de Vigilância em Saúde/Departamento de Vigilância das<br />

Doenças Transmissíveis, 2014.<br />

3. Brasil. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Síndrome de<br />

Guillain- Barré Portaria SAS/MS nº 1171, de 19 de novembro de 2015.<br />

4. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.<br />

Secretaria de Atenção Básica Chikungunya: Manejo Clínico/Ministério<br />

da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Secretaria de Atenção<br />

Básica. Brasília: Ministério da Saúde; 2017.<br />

5. Casseb AR, Casseb LMN, Silva SP, Vasconcelos CPF. Arbovírus:<br />

importante zoonose na amazônia brasileira. Vet. e Zootec. 2013 set.;<br />

20(3): ppp-ppp.<br />

6. De Albuquerque IGC, Marandino R, Mendonça AP, Nogueira<br />

RMR, Vasconcelos PFC, Guerra LR, Brandão BC, Mendonça APP,<br />

Aguiar GR, De Bacco PAM. Chikungunya virus infection: report of the<br />

first case diagnosed in Rio de Janeiro, Brazil. <strong>Revista</strong> da Sociedade<br />

Brasileira de Medicina Tropical 45(1):128-129, jan-fev, 2012.<br />

7. Donalisio MR, Freitas ARR. Chikungunya no Brasil: um desafio<br />

emergente. <strong>Revista</strong> Brasileira de Epidemiologia, vol.18 nº.1, São<br />

Paulo Jan./Mar. 2015.<br />

8. Krutikov M, Manson J. Chikungunya vírus infection: an update<br />

on joint manifestation and management. Rambam Maimonides<br />

Med J. 2016;7 (4):e0033.<br />

9. Lima-Camara TN. Arboviroses Emergentes e Novos Desafios para a<br />

Saúde Pública no Brasil. São Paulo. <strong>Revista</strong> de Saúde Pública 2016;50:36.<br />

10. Lopes N, et al. Características gerais e epidemiologia dos arbovírus<br />

emergentes no Brasil. Rev Pan-Amaz Saude 2014; 5(3):55-64.<br />

11. Mayer SV, Tesh RB, Vasilakis N. The emergencyof arthropod-<br />

-borne viral diseases: a global prospective on dengue, Chikungunya<br />

and zika fevers. Acta Trop. 2017;166:155-63.<br />

12. Ministério da Saúde. Diretrizes Nacionais para a Prevenção e<br />

Controle de Epidemias de Dengue. Brasília. Secretaria de Vigilância<br />

em Saúde 2009.<br />

13. Ministério da Saúde. Preparação e Resposta à Introdução do Vírus<br />

Chikungunya no Brasil. Brasília. Secretaria de Vigilância em Saúde 2014.<br />

14. Ministério da Saúde. Febre de Chikungunya: Manejo Clínico.<br />

Brasília.Secretaria de Vigilância em Saúde 2015.<br />

15. Ministério da Saúde. Chikungunya: Manejo Clínico. Brasília.<br />

Secretaria de Vigilância em Saúde 2017.<br />

16. Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro. Boletim epidemiológico<br />

arboviroses Nº 005/2018. 2018.<br />

17. Secretaria Municipal de Saúde. Coordenadoria de Vigilância em<br />

Saúde. Boletim Semanal da Febre de Chikungunya, Célula de Vigilância<br />

Epidemiológica, Centro de Informações Estratégicas de Vigilância<br />

em Saúde de Fortaleza, 2017.<br />

18. Suhrbier A, Jaffar-Bandjee MC, Gasque P. Arthritogenic alphaviruses<br />

an overview. Nat Rev Rheumatol. 2012;8:420-9.<br />

19. Weaver SC, Lecuit M. Chikungunya vírus and the global spread<br />

of a mosquito-borne disease. N Engl J Med. 2015;372:1231-9.<br />

20. World Health Organization. Síndrome de Guillain–Barré: WHO;<br />

2016 [acesso em 06 agosto de 2018]. Disponível em:http://www.<br />

who.int/mediacentre/factsheets/guillain-barre- syndrome/pt/<br />

0 22<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


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ARTIGO 02<br />

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Jéssica Ponciano Oliveira, Michele Ramos da Silva.<br />

Centro Universitário de Santa Catarina – Unisociesc Campus Florianópolis<br />

Profa. Leila Brochi<br />

Exame de Colpocitologia Oncótica:<br />

Fatores Motivacionais que Influenciam na<br />

Realização Anual do Exame<br />

Resumo<br />

No Brasil o câncer de colo de útero é a terceira neoplasia maligna mais<br />

comum, sendo uma das maiores causas de morte por câncer em mulheres.<br />

Fica evidente que este tipo de câncer ainda constitui um sério<br />

problema de saúde pública. Para o Sistema Único de Saúde (SUS) a<br />

prevenção gira em torno de ações de conscientização e principalmente<br />

na detecção precoce, que pode ser realizada por exames simples e<br />

de baixo custo como a colpocitologia oncótica, também conhecida<br />

como Papanicolau. O exame consiste na coleta e posterior análise das<br />

células provenientes de raspagem do colo do útero. Segundo parte<br />

das mulheres entrevistadas, pode ser desconfortável e até doloroso,<br />

embora o INCA afirme que o exame é indolor. Pensando sob a ótica<br />

dos relatos femininos sobre a razão de baixa adesão ao exame ou de<br />

manter as frequências necessárias, este estudo busca se aprofundar<br />

nos sentimentos já relatados e que nos serão revelados após questionário<br />

com o objetivo de ter variáveis analisadas para propor melhorias<br />

capazes de impulsionar o aumento do número de mulheres realizando<br />

o exame, impactando na detecção precoce de lesões e neoplasias<br />

com maior abrangência.<br />

Abstract<br />

In Brazil, cervical cancer is the third most common malignancy,<br />

being one of the biggest causes of cancer death in women. It<br />

is evident that this type of cancer is still a serious public health<br />

problem. For the Unified Health System (SUS), prevention revolves<br />

around awareness actions and especially early detection, which<br />

can be performed by simple and low-cost tests such as oncotic<br />

colpocytology, also known as Pap smears. The exam consists in the<br />

gathering and subsequent analysis of cells from cervical scraping.<br />

According to part of the women interviewed, it can be uncomfortable<br />

and even painful, although INCA states that the test is painless.<br />

Thinking from the perspective of female reports about why they<br />

did not adhere to the exam or maintain the necessary frequencies,<br />

this study seeks to deepen the feelings already reported and which<br />

will be revealed to us after a questionnaire with the objective of<br />

having variables analyzed to propose improvements capable of<br />

boost the increase in the number of women undergoing the exam,<br />

impacting the early detection of lesions and neoplasms with greater<br />

coverage.<br />

Introdução<br />

O câncer de colo de útero é um grande<br />

fator de risco para a vida da mulher e também<br />

um grave problema de saúde pública<br />

no Brasil, pois atinge principalmente mulheres<br />

em estado de pobreza e com maior<br />

dificuldade de acesso aos serviços de saúde<br />

(INCA, 2020). Para a prevenção ao câncer<br />

cervical o principal exame a ser realizado<br />

é o exame de colpocitologia oncótica, mais<br />

conhecido como "Papanicolau", que é capaz<br />

de detectar lesões antes do aparecimento<br />

dos sintomas sendo então um fator capaz<br />

de reduzir significativamente a mortalidade<br />

por câncer de colo de útero. Segundo<br />

Martins et al. (2009), o exame citopatológico<br />

de Papanicolau é um método simples<br />

que permite detectar alterações da cérvice<br />

uterina a partir de células descamadas do<br />

epitélio. Por ser um exame de baixo custo,<br />

rápido, indolor, de fácil execução e realiza-<br />

0 26<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


do em nível ambulatorial, o Papanicolau<br />

tem se mostrado efetivo e eficiente para<br />

aplicação coletiva e se constitui, até hoje, o<br />

método mais indicado para o rastreamento<br />

do câncer de colo uterino (MARTINS, THU-<br />

LER e VALENTE, 2009).<br />

Em uma busca por mais sensibilidade e<br />

especificidade para o método, novas técnicas<br />

de coleta e preparo do material foram<br />

desenvolvidas. Em 1990 foi criada uma<br />

nova metodologia e introduzida a citologia<br />

em meio líquido (LBC) (CAMPAGNOLI et al.,<br />

2005; ALVES et al., 2003; HOELUND, 2003).<br />

Para viabilizar a leitura das lâminas pelos<br />

computadores, era necessário que os preparados<br />

apresentassem o menor número possível<br />

de artefatos e superposições de células,<br />

dessa maneira, os preparados citológicos em<br />

meio líquido foram chamados no início de<br />

citologia de mono camada ou camada fina<br />

(CAMPAGNOLI et al., 2005; HOELUND, 2003<br />

e PAYNE et al., 2000). O número de células<br />

em CML é considerado ideal, uma vez que ao<br />

ser acomodado no recipiente, a quase totalidade<br />

das células coletadas é transferida ao<br />

meio (PEREIRA et al., 2003). Essa técnica é<br />

realizada mediante a suspensão de células<br />

provenientes do material coletado em meio<br />

líquido fixador, teoricamente oferecem uma<br />

amostra mais representativa. Essa metodologia<br />

traz um grande avanço, uma vez que há<br />

evidências de que apenas cerca de 20% do<br />

material coletado pelo método convencional<br />

são transferidos à lâmina; o restante, que se<br />

encontra aderido aos instrumentos utilizados<br />

na colheita (escova/espátula) é descartado<br />

(DIAS et al., 2008).<br />

As vantagens da CML são a presença de<br />

100% do material coletado no líquido fixador,<br />

com a possibilidade de testes histoquímicos<br />

e de biologia molecular, para a<br />

identificação de agentes etiológicos como<br />

HPV. Segundo Túlio et al. (2007), o risco de<br />

câncer de colo do útero invasivo está diretamente<br />

relacionado à presença de HPV,<br />

com alto potencial oncogênico, a pesquisa<br />

destes tipos virais pelos métodos biomoleculares<br />

têm sido extremamente importante<br />

para o acompanhamento de mulheres que<br />

apresentam alterações citológicas.<br />

Segundo o INCA, em 2017 o câncer de<br />

colo de útero ocasionou 6.385 mortes, é<br />

importante ressaltar que quando detectada<br />

na fase inicial, a doença é 100% tratável,<br />

por isso a importância da realização<br />

do exame com regularidade, impedindo o<br />

agravamento da doença ao tratá-la precocemente<br />

(INCA, [201-]). Sabe-se que<br />

o câncer de colo uterino é um câncer que<br />

pode ter cura, se detectado precocemente,<br />

e dependendo das condições de vida e<br />

saúde dessa mulher (MOURA et al., 2010).<br />

Objetivos Principais<br />

ARTIGO 02<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020<br />

0 27


Autoras:<br />

Amanda Cristina Pinheiro Martins, Beatriz Roetger Loch, Giulia Costa Santos, Jéssica Ponciano Oliveira, Michele Ramos da Silva.<br />

ARTIGO 02<br />

Analisar os fatores motivacionais que influenciam<br />

as mulheres na realização anual do<br />

exame de colpocitologia oncótica segundo a<br />

sua percepção, propondo melhorias capazes de<br />

impulsionar maior número de mulheres a efetuar<br />

o exame, impactando na detecção precoce<br />

de lesões e neoplasias com maior abrangência.<br />

Objetivos Específicos<br />

• Verificar a importância dada à realização<br />

anual do exame de colpocitologia oncótica<br />

pelas mulheres participantes.<br />

• Detectar a frequência de realização do<br />

exame entre as entrevistadas.<br />

• Identificar os elementos motivacionais<br />

ligados à realização do exame.<br />

• Classificar os elementos mais problemáticos<br />

quanto à realização do exame entre<br />

as participantes.<br />

• Propor melhorias cabíveis de acordo<br />

com os fatores identificados.<br />

Método<br />

Aspectos Éticos<br />

Os participantes responderam à pesquisa<br />

de forma anônima, sem obrigatoriedade de<br />

fornecer dados pessoais para a realização<br />

da pesquisa. Aos que tiveram interesse, foi<br />

dada a opção de inserir o email do participante<br />

para receber os resultados da pesquisa<br />

posteriormente à análise.<br />

Tipo de Pesquisa<br />

A determinação do tipo de pesquisa considerou<br />

três critérios de classificação relacionados<br />

aos objetivos, à abordagem e aos procedimentos<br />

técnicos, conforme cita Gil (2002). O tipo<br />

de pesquisa é delineado quanto aos objetivos<br />

como descritiva, pois busca descrever as características<br />

de uma determinada população.<br />

Em relação à abordagem trata-se de uma pesquisa<br />

quantitativa, pois utiliza instrumentos<br />

de medidas e requer o uso de recursos e de<br />

técnicas estatísticas para análise dos dados.<br />

No que tange aos procedimentos técnicos, foi<br />

caracterizado como de levantamento, pois se<br />

refere à interrogação dos participantes acerca<br />

do seu conhecimento sobre a realização da<br />

colpocitologia oncótica.<br />

Participantes<br />

Os participantes do projeto foram indivíduos<br />

que tiveram contato com o link para acesso ao<br />

questionário online, via Whatsapp ou email.<br />

Ao início do formulário foram filtrados os<br />

indivíduos do sexo masculino e mulheres que<br />

não realizaram o exame anteriormente, através<br />

de questões obrigatórias para a exclusão.<br />

Instrumentos<br />

Foi elaborado um questionário através da<br />

plataforma online Google Forms que abordou<br />

os hábitos, classificação de conforto,<br />

eventos impeditivos e conhecimento prévio<br />

acerca do exame colpocitológico.<br />

Procedimentos<br />

Foi solicitada autorização da faculdade<br />

UniSociesc campus Florianópolis-Ilha para<br />

o envio em massa do formulário online via<br />

link para o email dos estudantes ativos na<br />

instituição. Além disso, os participantes puderam<br />

também copiar o link e divulgar para<br />

seus entes queridos caso fosse de interesse<br />

dos mesmos. Aos que foram voluntários para<br />

responder ao questionário, bastava acessar o<br />

link para responder via celular ou computador<br />

e enviar as respostas pela plataforma.<br />

Tratamento de Dados<br />

Os dados foram colhidos através da plataforma<br />

e analisados posteriormente via<br />

Microsoft Excel® (2010) e pela própria plataforma.<br />

Foram então tratados através de<br />

análise estatística (média, desvio padrão,<br />

frequência simples e frequência relativa).<br />

Resultados<br />

Após envio de questionário, que ficou<br />

disponível online por duas semanas, houve<br />

92 participantes, algumas perguntas<br />

todos responderam e algumas oscilaram<br />

com menos respostas, conforme o critério<br />

de exclusão. Os resultados demonstraram<br />

que a grande maioria dos entrevistados são<br />

do sexo feminino (foram desconsideradas<br />

respostas não aplicáveis ao público masculino),<br />

com prevalência de idade entre 19<br />

a 29 anos em 42,4% ( n = 39 ), seguidos<br />

pela idade de 30 a 39 em 22,8% ( n = 21 ),<br />

dentre estes 84,4% ( n = 76 ) já realizaram<br />

o exame colpocitológico e 15,6% ( n = 14<br />

) nunca fizeram (gráfico 1). Sobre casos de<br />

câncer de colo de útero na família 10% ( =<br />

9 ) disseram possuir, 12,2% ( n = 11 ) não<br />

tinham certeza e a grande maioria 77,8%<br />

( n = 70 ) não possuem casos na família.<br />

Gráfico 1 - Relação entre faixa etária e realização do<br />

exame colpocitológico ( n = 90)<br />

Legenda: Em vermelho quem não realizou o exame e<br />

em azul quem realizou.<br />

Fonte: Elaborado pelas autoras 2020.<br />

Dentre as 76 pessoas que já realizaram o<br />

exame 75% fizeram e fazem na rede particular<br />

enquanto 25% utilizam a rede pública. Quando<br />

perguntados sobre informações em panfletos,<br />

infográficos ou propagandas que falem<br />

sobre a importância do exame na prevenção<br />

do câncer de colo de útero, 56,6% nunca viram<br />

algum material, e é importante ressaltar<br />

que o Ministério da Saúde investe bastante em<br />

informação, e que de alguma forma estas não<br />

têm alcançado a população em geral.<br />

O questionamento sobre a realização do<br />

exame, resultou em uma frequência maior<br />

em quem realiza o exame anualmente, chegando<br />

a 63,2% dos entrevistadas, e 43,4% o<br />

realizaram há cerca de um ano.<br />

Gráfico 2: Fatores motivacionais para a realização do<br />

exame colpocitológico (n = 90).<br />

Fonte: Elaborado pelas autoras, 2020.<br />

0 28<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


Bio Advance<br />

Diagnósticos


Autoras:<br />

Amanda Cristina Pinheiro Martins, Beatriz Roetger Loch, Giulia Costa Santos, Jéssica Ponciano Oliveira, Michele Ramos da Silva.<br />

ARTIGO 02<br />

Sobre as sensações na realização do exame,<br />

50% das pessoas relataram não sentir<br />

nenhum desconforto e 38,2% sentiram dor,<br />

seguidos por 30,3% que sentiram vergonha.<br />

Quando questionadas quanto aos fatores<br />

de impedimento para a realização do<br />

exame, 26,7% das entrevistadas considera<br />

o constrangimento na realização do exame,<br />

como o de fator mais relevante. Enquanto<br />

que, quanto aos principais fatores motivacionais<br />

para a realização do exame (gráfico<br />

2), onde cada participante optou por dois<br />

fatores, o mais escolhido foi a prevenção<br />

do câncer, por 87,8% dos participantes,<br />

seguido pela manutenção da periodicidade<br />

na realização do exame, por 60% dos participantes.<br />

E sobre a pergunta da importância<br />

em realizar o exame 92,1% das respostas<br />

foi de que o exame tem máxima importância<br />

na prevenção e evolução de casos de<br />

câncer de colo de útero.<br />

Discussão<br />

Quanto à realização do exame 15% das<br />

participantes afirmaram nunca ter realizado<br />

a colpocitologia oncótica, em contraste<br />

com o estudo de Monteiro et al. (2019) que<br />

encontrou apenas 3%. Vê-se discrepância<br />

entre os resultados, principalmente quando<br />

se observa que Monteiro et al. (2019)<br />

entrevistou apenas usuárias do serviço<br />

público com maioria descontente com o<br />

serviço oferecido e no presente estudo 75%<br />

das participantes realizam o exame na rede<br />

privada. Porém, Monteiro et al. (2019) entrevistou<br />

participantes com idade superior<br />

a 25 anos e no estudo atual 42% possuíam<br />

entre 19 e 29 anos. Lima et al. (2014)<br />

encontrou valor similar, onde 17% das<br />

participantes nunca tinham feito o exame<br />

e metade destas possuíam também idade<br />

inferior a 25 anos. Lima et al. (2014) ainda<br />

aponta que dentre as que nunca realizaram<br />

o exame, entre os principais impeditivos<br />

estão vergonha, medo e falta de conhecimento.<br />

Vê-se que o avanço da idade é um<br />

motivador para realização do exame, que<br />

tem como prioridade a faixa de idade entre<br />

25 a 64 anos (INCA, 2020).<br />

Faz-se necessário pontuar que dentre as<br />

sensações na realização do exame, embora<br />

50% tenham declarado não sentir qualquer<br />

desconforto, o mais citado foi a dor, seguido<br />

pela vergonha. No estudo de Brito et al.<br />

(2007), por realizar a pesquisa através de<br />

perguntas orais abertas, declara que mesmo<br />

em relatos onde a palavra dor não foi<br />

mencionada, de modo geral, as falas remetiam<br />

a desconfortos ou medo de sentí-los<br />

na realização do exame. No estudo citado a<br />

vergonha se mostrou como fator muito evidente<br />

na fala das entrevistadas. Corroborando<br />

com Rafael e Moura (2010), cujo estudo<br />

demonstra que estes dois sentimentos<br />

são os mais prevalentes, tendo inclusive,<br />

prevalência idêntica na referida pesquisa.<br />

O resultado encontrado por Andrade<br />

et al. (2010) relata um ponto muito diferente<br />

das demais bibliografias como<br />

principal motivo de não adesão ao exame:<br />

a ausência de problemas ginecológicos,<br />

com 47%. No presente estudo<br />

28,9% das participantes de fato citam<br />

o aparecimento de sintomas como motivador<br />

principal para a realização do<br />

exame (gráfico 2). Embora a ausência<br />

destes não fosse uma opção de impedimento<br />

no presente estudo, este é um<br />

ponto importante e diretamente ligado<br />

ao grau de instrução especificamente sobre<br />

o tema, uma vez que, a manifestação<br />

de sintomas costuma estar presente em<br />

fases avançadas da doença, nas quais as<br />

chances de sucesso do tratamento já estão<br />

em progressiva redução. Em relação<br />

a propagação de informações por parte<br />

do próprio sistema público de saúde,<br />

que obteve níveis baixíssimos de alcance<br />

segundo a presente pesquisa, é um forte<br />

colaborador para evitar esse tipo de confusão<br />

corriqueira por parte de usuários<br />

da rede. Enfatiza-se aqui a necessidade<br />

de levar informações claras quanto a<br />

necessidade de detecção precoce das lesões,<br />

ressaltando que o termo precoce se<br />

refere, dentre outras coisas, a um período<br />

anterior ao aparecimento dos sintomas.<br />

O conhecimento é a principal forma de<br />

conscientizar a mulher a realizar o exame<br />

preventivo ao câncer de colo de útero. Dias<br />

et al. (2015) entrevistou mulheres em idade<br />

de risco, entre 44 a 57 anos, que julgaram<br />

o exame importante, resultado semelhante<br />

ao do estudo atual em que cerca de 92%<br />

deram classificação máxima para a importância<br />

do exame. Apesar do projeto atual<br />

não ter como foco o conhecimento prévio e<br />

sim a vivência das participantes, felizmente<br />

os dois itens mais pontuados como motivadores<br />

para a realização do exame na atual<br />

pesquisa foram a prevenção ao câncer de<br />

colo de útero e mantença à periodicidade<br />

do exame (gráfico 2). Vale ressaltar que no<br />

estudo de Dias et al. (2015) as participantes<br />

não tinham conhecimento adequado de<br />

porque o exame é importante, mas mesmo<br />

assim o realizavam periodicamente. Segundo<br />

Aguilar et al. (2015), apenas o acesso<br />

gratuito ao exame não é ação suficiente, se<br />

fazendo necessário outras formas de intervenção<br />

para trazer conhecimento e reflexão<br />

à mulher e assim auxiliar na prevenção ao<br />

câncer cervical.<br />

O principal fator impeditivo para realização<br />

do exame foi o constrangimento durante<br />

o procedimento em sí, apontado por<br />

26,7% das participantes. Este dado corrobora<br />

com o estudo de Andrade et al (2010),<br />

onde o constrangimento foi o segundo fator<br />

impeditivo mais pontuado no estudo, com<br />

23,5%. Dantas el al (2018) encontrou em<br />

sua pesquisa a vergonha como impeditivo<br />

para 50% das participantes na não realização<br />

do exame, mas também ressalta que o<br />

profissional tem capacidade de tranquilizar<br />

a paciente durante o exame ao explicá-la o<br />

procedimento e sua importância, o que poderá<br />

auxiliar na motivação para a realização<br />

anual do Papanicolau.<br />

Ainda existe outro meio para realização<br />

do exame, que seria o exame colpocitológico<br />

em meio líquido, porém o SUS não<br />

dispõe desse método, pois para o sistema<br />

único de saúde se torna um exame relati-<br />

0 30<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


Autoras:<br />

Amanda Cristina Pinheiro Martins, Beatriz Roetger Loch, Giulia Costa Santos, Jéssica Ponciano Oliveira, Michele Ramos da Silva.<br />

ARTIGO 02<br />

vamente caro. Ambos os métodos convivem<br />

sem grandes atritos, pois não se trata<br />

de excluir uma coisa para repor por outra,<br />

mas sim avaliar de forma sensata virtudes<br />

e limitações de cada opção e definir o que<br />

é melhor para a população feminina. A citologia<br />

em meio líquido foi desenvolvida na<br />

tentativa de diminuir as falhas da citologia<br />

convencional por apresentar uma melhor<br />

disposição celular, facilitando a interpretação,<br />

redução do número de hemácias, exsudado<br />

inflamatório e muco, além de possibilitar<br />

a preparação de lâminas adicionais<br />

em caso da necessidade de complementação<br />

ou uso de material residual para testes<br />

moleculares e identificação de HPV e outros<br />

agentes microbiológicos (FILHO, [201-]).<br />

Vale ressaltar que a colpocitologia oncótica<br />

é realizada para prevenção do câncer do<br />

colo do útero e de outras patologias, priorizando<br />

as considerações e necessidades<br />

de cada mulher, considerando-as ativas e<br />

responsáveis pelo cuidado com sua saúde,<br />

com a sabedoria e desenvolvimento de total<br />

consciência a respeito da relevância de<br />

realizar a prevenção.<br />

Conclusão<br />

Neste projeto as mulheres se mostraram<br />

motivadas principalmente pela hipótese<br />

de prevenção de um câncer, dessa forma,<br />

ressalta-se a conscientização acerca do potencial<br />

de cura do câncer de colo de útero,<br />

se for diagnosticado precocemente através<br />

deste exame, como ponto chave para um<br />

aumento na adesão em sua realização e<br />

assiduidade. Reitera-se aqui a importância<br />

dessas informações, quando utilizadas,<br />

como subsídio fundamental, não somente<br />

para gestores públicos, como também para<br />

a conscientização da população no enfrentamento<br />

do problema. Através destes resultados<br />

é possível avaliar a efetividade das<br />

ações realizadas regionalmente.<br />

A naturalização do cuidado íntimo da<br />

mulher também se apresenta como uma<br />

temática importante nesse contexto, visto<br />

que a vergonha ainda é um importante<br />

fator de impedimento para a realização do<br />

exame. Tangendo uma questão cultural,<br />

faz-se necessário por parte das autoridades<br />

em saúde, por meio de campanhas, o<br />

esclarecimento de que o cuidado íntimo se<br />

difere de qualquer forma de transgressão<br />

a moralidade, visando somente a preservação<br />

da vida e da saúde, e portanto com<br />

legitimidade inquestionável.<br />

O câncer, doença vista como o mal do<br />

século, ainda está muito longe de alcançar<br />

uma cura, visto suas variações, tipos<br />

e mecanismos de ação que seguem como<br />

uma grande incógnita para a ciência.<br />

Neste sentido ao pensar que um simples<br />

e efetivo método de prevenção pode salvar<br />

milhares de vidas, é papel tanto do<br />

governo quanto de profissionais da saúde<br />

auxiliarem como ferramentas importantes<br />

para o planejamento, gerenciamento e<br />

acompanhamento de situações de saúde,<br />

tomada de decisões e desenvolvimento de<br />

ações, com o propósito de gerar intervenções<br />

mais adequadas e oportunas frente<br />

às necessidades da população.<br />

Pontua-se aqui a sugestão aos estabelecimentos<br />

de realizar pesquisas de satisfação<br />

dentro das unidades de atendimento para<br />

constante adequação de acordo com as<br />

questões suscitadas pelas próprias usuárias,<br />

visto que podem haver questões relativas<br />

às condições diferenciais de atendimento.<br />

Dessa forma será possível a detecção de<br />

fatores locais específicos para as melhorias,<br />

visando aumentar o conforto e acolhimento,<br />

reduzindo os desconfortos relatados.<br />

Assim, uma vez mencionados os desconfortos<br />

referidos pelas usuárias que já<br />

realizaram o exame, de maneira geral,<br />

percebe-se a necessidade de capacitar e<br />

dar suporte aos profissionais e garantir<br />

o uso de equipamentos e técnicas adequadas<br />

para reduzir os incômodos físicos,<br />

como a dor, e minimizar o desconforto<br />

psicológico.<br />

Referências<br />

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realização do exame Papanicolau: perspectivas de usuárias e profissionais<br />

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Janeiro, v. 26, n. 5, p. 1045-1050, maio 2010.<br />

0 32<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


sigla


Autoras: Carolina Antunes Torres 1 , Jéssica da Silva Abel 2 , Karoline Pizzolo 3 ,<br />

Victória Linden Rezende 4 , Eduarda Shultze 5<br />

ARTIGO 03<br />

1- Graduanda em Biomedicina pela Universidade do Extremo Sul Catarinense UNESC<br />

2- Graduanda em Biomedicina pela Universidade do Extremo Sul Catarinense UNESC,<br />

aluna de Iniciação cientifica no Laboratório Fisiopatologia Experimental, UNESC<br />

3- Graduanda em Biomedicina pela Universidade do Extremo Sul Catarinense -UNESC<br />

4- Graduanda em Biomedicina pela Universidade do Extremo Sul Catarinense -UNESC,<br />

aluna de Iniciação cientifica no Laboratório Neurologia Experimental, UNESC<br />

5- Biomédica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Mestre e Doutora em Biotecnologia<br />

pela Universidade Federal de Pelotas, Atua como Docente na Universidade do<br />

Extremo Sul Catarinense no curso de Biomedicina -Universidade do Extremo Sul Catarinense,<br />

Criciúma-SC<br />

Artigo de revisão:<br />

Gestão de qualidade nos laboratórios de análises clínicas<br />

RESUMO<br />

Atualmente a qualidade em qualquer âmbito profissional e em seus<br />

serviços é um quesito que se destaca tanto positiva quanto negativamente<br />

em um mercado de trabalho concorrido, refletindo na aprovação<br />

e na satisfação dos clientes que estão sempre na busca de uma ótima<br />

qualidade. A qualidade se faz altamente necessária nestes ambientes de<br />

trabalho que se movimentam através da aprovação de uma clientela; por<br />

haver esta necessidade, é possível implantar uma gestão de qualidade<br />

para promover uma melhoria na organização da realização dos serviços e<br />

no próprio local de trabalho. A gestão da qualidade é uma forma de gerenciamento<br />

que vem se desenvolvendo para obter resultados positivos<br />

de qualidade através de técnicas e métodos que expõem os problemas<br />

e suas causas. Esse método tem como objetivo evitar a repetição progressiva<br />

de erros por meio de metas e mudanças na gestão do ambiente<br />

profissional. No âmbito laboratorial, a gestão de qualidade envolve todos<br />

os procedimentos realizados desde a preparação da coleta até os resultados<br />

obtidos através das análises laboratoriais, para serem interpretados<br />

pelo médico. Muitos erros ocorrem durante o percurso de todos estes<br />

processos, mas com o auxílio de uma gestão de qualidade laboratorial<br />

muitos destes erros podem ser eliminados e novas melhorias podem ser<br />

implantadas até mesmo pelos próprios colaboradores. Neste contexto,<br />

o presente estudo objetivou analisar como pode ser possível ocorrer a<br />

gestão de qualidade em laboratórios clínicos, destacando nos mesmos<br />

as principais causas e os principais erros comprometedores nas três fases<br />

analíticas laboratoriais, as fases: pré-analítica, analítica e pós-analítica,<br />

visando o treinamento e a gestão dos profissionais envolvidos nestas<br />

fases. Disponibilizando também, possíveis maneiras para a melhoria e<br />

reparo da qualidade nos serviços e processos essenciais para resultados<br />

precisos e confiáveis emitidos por um laboratório clinico, bem como formas<br />

de capacitação por meio de treinamento dos colaboradores e manutenção<br />

de equipamentos.<br />

Palavras-chave: Gestão; Pessoas; Treinamento; Laboratório clínico; Pré-analítica;<br />

Analítica; Pós-analítica.<br />

ABSTRACT<br />

Currently, the quality in any professional field and in their services<br />

is an item that stands out both positively and negatively in a<br />

competitive labor market, reflecting in the aprove and satisfaction<br />

of the client that are always in a search of a great quality. Quality<br />

becomes highly necessary in those work environments that move<br />

through the approval of a clientele; for having this need it's possible<br />

to implant a management of quality to promote an improve in the<br />

organization of the realization of the services and in the workplace<br />

itself. The management of quality is a way of management that has<br />

been developing to get positive results of quality through of technics<br />

and methods that expose problems and their causes, this method<br />

has as a goal avoid the progressive repetition of mistakes, by<br />

means of goals and changes in the management of the professional<br />

environment. At the laboratory scope the management of quality<br />

involves all of procedures performed since the preparation of the<br />

collect to the results obtained, through laboratory analyzes, to be<br />

interpreted by the doctor. Many mistakes occur during the course of<br />

all these process, but with the aid of a management of laboratory<br />

quality many of these mistakes can be eliminated and new improves<br />

can be implanted even by the employees themselves. In this<br />

context, the present study aimed to analyse how can be possible<br />

occur the management of quality in clinical laboratories, highlighting<br />

in them the main causes and the main mistakes in the three<br />

laboratory analytical phases, the phases: pre-analytical, analytical<br />

and post-analytical, aiming the training and the management of<br />

the professionals involved in these phases. Also providing ways for<br />

the possible improvement and repair of the quality in services and<br />

essential process for accurate and reliable results issued by a clinical<br />

laboratory, as well ways of employees training and equipment<br />

maintenance.<br />

Key words: Management; People; Training; Clinical laboratory; Pre-analytical; Analytical.<br />

Post-analytical.<br />

0 34<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


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ARTIGO 03<br />

Introdução<br />

Gestão de qualidade condiz com o ato de gerir<br />

coisas e pessoas de forma qualitativa. Com os<br />

avanços da tecnologia, a melhoria da gestão<br />

de qualidade continua sendo importante para<br />

o sucesso de qualquer área de empreendimento.<br />

Entre suas definições, a qualidade pode ser<br />

entendida como um atributo essencial e diferencial<br />

de um produto ou como um serviço de<br />

satisfação e comprometimento (CROSBY, 1990).<br />

Nas empresas prestadoras de serviço, assim<br />

como nas indústrias, o crescimento e desenvolvimento<br />

dependem da satisfação dos requisitos<br />

de qualidade exigidos por seus clientes, sendo<br />

improvável que essas exigências sejam alcançadas<br />

por equipes sem um alto nível de qualidade<br />

pessoal interna (HESKETT et al., 1994;<br />

MOLLER, 1997). A gestão da qualidade é um<br />

processo contínuo de melhoramento que requer<br />

a adoção de mecanismos de observação<br />

direta para identificar as necessidades e as aspirações<br />

dos clientes/usuários. Através de bom<br />

senso, educação, treinamento e habilidade para<br />

se comunicar e trabalhar em equipe, é possível<br />

satisfazer ou até mesmo superar as expectativas<br />

dos clientes (MOTTA; CORREA; MOTTA; 2001).<br />

A inclusão da gestão de qualidade é seguida em<br />

todo o mundo, em um laboratório clínico a gestão<br />

de qualidade também é indispensável. Os laboratórios<br />

de diagnóstico clínico seguem a norma ISO<br />

15189, publicada em 2003 e revisada em 2008<br />

(ABNT, 2008). Segundo Plebani (2003), a busca<br />

pelo credenciamento é crucial para a melhoria<br />

dos serviços laboratoriais e para avançar em direção<br />

a um consenso internacional.<br />

e o intenso movimento pela qualidade e produtividade,<br />

surge uma eloquente constatação na<br />

maioria das organizações: o grande diferencial,<br />

a principal vantagem competitiva das empresas<br />

decorre das pessoas que nelas trabalham. São<br />

as pessoas que mantêm e conservam o status já<br />

existente e são elas, e apenas elas, que geram e<br />

fortalecem a inovação e o que deve vir a ser. São<br />

as pessoas que produzem, vendem, servem ao<br />

cliente, tomam decisões, lideram, motivam, comunicam,<br />

supervisionam, gerenciam e dirigem<br />

os negócios das empresas (MELO, et al. 2012).<br />

Assim como as pessoas, as situações de trabalho<br />

diferem de uma organização para outra,<br />

de um país para outro e por isso precisa-se<br />

estar atento às atuais tendências do mercado e<br />

especialmente às pessoas - clientes internos e<br />

externos - que a compõe (MELO, et al. 2012).<br />

Segundo Melo et al (2012), a Administração<br />

de Recursos Humanos (ARH) exerce várias funções<br />

que são essenciais para as organizações.<br />

Neste setor, geralmente, define-se critérios para<br />

avaliações de cargos e funções, elaboração de<br />

projetos, condução de funções e fornecimento<br />

de informações. Podendo estas, serem terceirizadas<br />

ou próprias, assim como, contarem com<br />

estruturas diferenciadas, podendo ou não, apresentar<br />

diferenças na gestão.<br />

O presente artigo visa estabelecer uma revisão<br />

de literatura a respeito da gestão de pessoas<br />

em laboratórios clínicos nas fases pré-analítica,<br />

analítica e pós-analítica, identificando os<br />

problemas que comprometem as análises e os<br />

resultados liberados.<br />

Discussão<br />

Há quem considere que o esforço para agregar<br />

qualidade ao processo produtivo gerou uma<br />

nova era no esforço pela qualidade. Criaram-se<br />

a partir daí, novas prioridades e novas posturas<br />

gerenciais. A ênfase, agora, parece ser a análise<br />

das causas e não mais a atenção exclusiva<br />

a efeitos. Nesse novo contexto, surge a Gestão<br />

da Qualidade no processo, definida como o<br />

direcionamento de todas as ações do processo<br />

produtivo para o pleno atendimento do cliente<br />

(PALADINI, 2012).<br />

Um roteiro prático para viabilizar a Gestão da<br />

Qualidade no processo envolve a implantação<br />

de atividades agrupadas em três etapas: a eliminação<br />

de perdas; a eliminação das causas das<br />

perdas e a otimização dos processos (PALADINI,<br />

1995).<br />

As figuras a seguir resumem as características<br />

de cada etapa:<br />

Figura 1-3: Características das fases de eliminação de perdas, eliminação das causas das<br />

perdas e otimização dos processos:<br />

O laboratório clínico necessita de um sistema<br />

operacional trifásico, o qual envolve as fases<br />

pré-analítica (etapa que tem obrigações com o<br />

paciente na preparação, identificação e transporte<br />

de amostras), fase analítica (etapa onde serão<br />

realizadas todas as analises laboratoriais) e pós-<br />

-analítica (refere-se à informação, interpretação,<br />

conferencia de dados e liberação de resultados).<br />

Com a globalização dos negócios, o desenvolvimento<br />

tecnológico, o forte impacto da mudança<br />

Metodologia<br />

Trata-se de revisão sistemática de literatura nacional<br />

e internacional de estudos que investigaram,<br />

de forma direta ou indireta a gestão de pessoas,<br />

preferencialmente em laboratórios clínicos.<br />

A busca realizada contou com bases de dados<br />

obtidos no site SciELO, Google Acadêmico e<br />

PubMed, e obteve-se também buscas no acervo<br />

de livros da biblioteca central da Universidade<br />

do Extremo Sul Catarinense – UNESC.<br />

Fonte: PALADINI, 2012<br />

0 36<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


Autoras: Carolina Antunes Torres 1 , Jéssica da Silva Abel 2 , Karoline Pizzolo 3 , Victória Linden Rezende 4 , Eduarda Shultze 5<br />

ARTIGO 03<br />

Observa-se que a consistência desta última etapa<br />

envolve a noção de melhoria contínua, típica<br />

da Qualidade Total. Outro aspecto importante é o<br />

direcionamento do processo aos objetivos globais<br />

da organização. Em termos gerenciais, isso significa<br />

harmonizar metas operacionais, táticas e<br />

estratégicas (PALADINI, 2012).<br />

Não há como deixar de observar que os recursos<br />

humanos sempre desempenharam um<br />

papel relevante no esforço pela qualidade nas<br />

organizações. Trata-se de uma contribuição<br />

única: eles são os agentes de transformação, ou<br />

seja, aqueles que mudam efetivamente a história<br />

da organização em termos de qualidade<br />

(PALADINI, 2012).<br />

Essa atenção aos recursos humanos torna-se<br />

evidente pelo contínuo desenvolvimento de estratégias<br />

e ferramentas para garantir o efetivo envolvimento<br />

dos recursos humanos da organização<br />

no suporte da gestão da qualidade (TIGANI, 2012).<br />

Na área da saúde, a filosofia da qualidade não<br />

difere da aplicada nas indústrias. A adequação<br />

do produto ou serviço aos anseios do cliente é<br />

um fundamento de qualidade perfeitamente<br />

aplicável aos diversos serviços de assistência à<br />

saúde (MENDES, 1998).<br />

Em um Laboratório de Análises Clínicas, a garantia<br />

da qualidade é alcançada tendo-se total<br />

e absoluto controle sobre todas as etapas do<br />

processo, que compreende as fases pré-analíticas,<br />

analítica e pós-analítica. Estas fases servem<br />

para obtenção de um laudo laboratorial que<br />

ajudará no diagnóstico do paciente e iniciam<br />

fora do laboratório (DA Rin, 2009).<br />

Segundo Mendes et al (2007) para que um<br />

método laboratorial tenha utilidade clínica, este<br />

deve preencher alguns requisitos básicos que<br />

garantam a confiabilidade dos resultados obtidos<br />

em amostras de pacientes. Esses requisitos<br />

básicos estão relacionados ao desempenho do<br />

método e equipamento que envolve: exatidão,<br />

recuperação, robustez, precisão, medida de<br />

branco da reação, sensibilidade, limite de detecção,<br />

interferentes e valor de referência.<br />

O primeiro momento da realização de análise<br />

laboratorial compreende a fase pré-analítica,<br />

que determina o processo desde a chegada do<br />

paciente ao laboratório clínico, passando pela<br />

recepção, coleta e transporte até a chegada à<br />

fase analítica.<br />

Conforme Plebani (2006), é considerável a<br />

quantidade de erros encontrados nessa primeira<br />

fase de um laboratório clínico onde em sua<br />

maioria os processos são realizados de forma<br />

manual e por esse motivo pode-se observar de<br />

46% á 68,2% de erros na fase inicial.<br />

Pode-se observar na figura abaixo, as etapas<br />

que compreendem a fase pré-analítica de um<br />

laboratório e seus possíveis erros.<br />

Figura 04. Possíveis erros na fase pré-analítica:<br />

Fonte: PALADINI, 2012<br />

Com base na figura 04 conclui-se que são altas<br />

as chances de ocorrência de problemas na<br />

fase pré-analítica, e por isso, o laboratório deve<br />

investir em programas de gestão de qualidade e<br />

pessoas para que os erros sejam minimizados e<br />

os processos sejam concluídos com êxito.<br />

Problemas pré-analíticos que podem causar<br />

resultados críticos falsos devem ser de conhecimento<br />

geral. Alguns deles incluem contaminação<br />

da amostra, condições de transporte<br />

inadequadas, tempo incorreto de coleta de<br />

amostra (por exemplo, para testes toxicológicos)<br />

e atraso no processamento da amostra<br />

(MAYA, 2011).<br />

A Figura 05 mostra resumidamente diversos<br />

trabalhos que avaliaram o percentual de erros<br />

na etapa inicial de laboratórios clínicos. Podemos<br />

observar que a etapa laboratorial com<br />

maior concentração de erros foi a fase pré-analítica<br />

(COSTA,2018).<br />

Figura 05: Porcentagem de erros obtidos na fase pré-analítica em diversos estudos:<br />

Fonte: COSTA, 2018<br />

Segundo Marras (2010), o foco na gestão estratégica<br />

de pessoas está mais direcionado para<br />

os negócios e para a estratégia e menos direcionado<br />

para as funções tradicionais dos recursos<br />

humanos, como seleção, treinamento, avaliação<br />

e compensação. Dessa forma, existe uma preocupação<br />

maior em diagnosticar as necessidades<br />

da organização e desenvolver os talentos exigidos<br />

para a implementação da estratégia competitiva<br />

e o alcance das metas da instituição.<br />

Miles e Snow (1978) elaboraram três estratégias<br />

de gestão de pessoas, cada uma delas adequada<br />

a uma proposta específica de seu modelo<br />

de estratégias organizacionais.<br />

A primeira estratégia consiste em "desenvolver<br />

pessoas", que instiga a busca pela preparação<br />

e formação internamente na organização.<br />

Portanto, é necessário construir habilidades,<br />

com extensos programas de treinamento. Dessa<br />

forma, as atividades de recrutamento e seleção<br />

são mínimas, a avaliação de desempenho serve<br />

de base para a identificação de necessidades<br />

de treinamento e o sistema de recompensas é<br />

fundamentado na estrutura hierárquica da organização<br />

(MARRAS, 2010).<br />

Conforme a proposta de Miles e Snow (1978),<br />

a segunda estratégia visa "adquirir pessoas",<br />

implicando na identificação e aquisição de habilidades.<br />

Baseado nisso, o sistema de recrutamento<br />

e seleção é sofisticado e englobam todos<br />

os níveis da empresa, o treinamento é mínimo,<br />

a avaliação do desempenho serve de base para<br />

a identificação de necessidades de pessoal e o<br />

sistema de recompensas é fundamentado no<br />

desempenho.<br />

0 38<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


Autoras: Carolina Antunes Torres 1 , Jéssica da Silva Abel 2 , Karoline Pizzolo 3 , Victória Linden Rezende 4 , Eduarda Shultze 5<br />

ARTIGO 03<br />

A terceira e última estratégia é a de "alocar pessoas",<br />

seja por meio da construção ou da aquisição<br />

de recursos humanos, rearranjando-se como<br />

uma mistura das duas estratégias anteriores. A<br />

avaliação de desempenho serve de base tanto<br />

para a identificação das necessidades de treinamento<br />

quanto para as de pessoal, e o sistema de<br />

recompensas se fundamenta tanto na hierarquia<br />

quanto no desempenho (MARRAS, 2010).<br />

Através dessas estratégias nota-se a presença<br />

do treinamento, fator imprescindível na composição<br />

de uma equipe laboratorial. A qualificação<br />

dos colaboradores por meio de processos de<br />

treinamento e aperfeiçoamento é a base para<br />

as organizações crescerem, permitindo-a que<br />

tenha novos olhares sobre a sua atuação e seu<br />

papel na organização.<br />

Treinamento é definido por Biles e Schuler<br />

(1986) como um processo sistemático de mudar<br />

o comportamento dos empregados na direção<br />

do alcance dos objetivos organizacionais.<br />

O treinamento está relacionado com as atuais<br />

habilidades e capacidades exigidas pelo cargo.<br />

Além disso, também tem sido entendido como<br />

o processo pelo qual a pessoa é preparada para<br />

desempenhar de maneira excelente as tarefas<br />

específicas do cargo que deve ocupar. Modernamente,<br />

o treinamento é considerado um meio<br />

de desenvolver competências nas pessoas para<br />

que elas se tronem mais produtivas, criativas e<br />

inovadoras, a fim de contribuir melhor para os<br />

objetivos organizacionais.<br />

Conforme a RDC 302, na definição 5.2.2, está<br />

explícito que o laboratório clínico e o posto de<br />

coleta laboratorial devem promover treinamento<br />

e educação permanente aos seus funcionários<br />

mantendo disponíveis os registros dos mesmos.<br />

Fundamentando-se nessas afirmações é possível<br />

acrescentar que pessoas bem treinadas e<br />

cientes de seus compromissos para com a unidade<br />

laboratorial, contribuem para a diminuição<br />

dos erros pré-analíticos.<br />

Além disso, a RDC 302 também prevê que<br />

o laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial<br />

devem manter disponíveis registros de<br />

formação e qualificação de seus profissionais<br />

compatíveis com as funções desempenhadas.<br />

Portanto, é de suma importância que o profissional<br />

esteja habilitado à realização de sua tarefa,<br />

pois assim, erros como troca de tubos de<br />

amostra na hora da coleta, erros de identificação<br />

e armazenamento serão minimizados.<br />

A fase analítica procede a pré-analítica, e consiste<br />

na execução do teste laboratorial, a qual<br />

pode ser monitorada pelo controle interno da<br />

qualidade (CIQ) e pelos ensaios de proficiência<br />

ou avaliação externa da qualidade (AEQ). Após<br />

o material coletado e devidamente preparado<br />

os laboratórios iniciam o processo de análise<br />

do material. À fase analítica compete a garantia<br />

de resultados precisos e exatos e confiáveis.<br />

Deve haver cuidado com materiais e reagentes<br />

a serem usados durante o processo. Além disso,<br />

a calibração de aparelhos e adesão correta aos<br />

procedimentos operacionais padrão são fundamentais<br />

para um resultado de qualidade.<br />

Assim como a fase pré-analítica, a analítica<br />

requer uma gestão de controle e qualidade ainda<br />

mais cautelosa, e é regida pelo CIQ e AEQ,<br />

que são ferramentas utilizadas na prática laboratorial<br />

para assegurar seus serviços ou, mais<br />

especificamente, o processo de realização dos<br />

testes (Berlitz; Haussen, 2005 e SCIACOVELLI, et<br />

al 2007). Controles internos que se assemelham<br />

às amostras biológicas são preparados e utilizados<br />

em conjunto com estas, com a finalidade<br />

principal de monitorar a estabilidade e a reprodutibilidade<br />

do sistema analítico durante todas<br />

as etapas de sua execução.<br />

No contexto de fase analítica, seguindo a<br />

mesma linha de estratégias organizacionais,<br />

Bird e Beechler (1995) desenvolveram três tipos<br />

de estratégias de gestão de pessoas: a acumuladora,<br />

a utilizadora e a facilitadora.<br />

A estratégia acumuladora enfatiza a acumulação<br />

dos recursos humanos da empresa,<br />

por meio da aquisição de pessoas com amplo<br />

potencial e do desenvolvimento desse potencial<br />

ao longo do tempo, de acordo com as<br />

necessidades da empresa. É caracterizada por<br />

programas de treinamento extensivos, a política<br />

de compensação é baseada na antiguidade e a<br />

política de emprego prima pela segurança (PA-<br />

LADINI, 2012).<br />

A estratégia utilizadora prima pela exploração<br />

dos recursos humanos de acordo com as necessidades<br />

de curto prazo da organização, por<br />

meio da contratação e demissão de pessoal,<br />

fundamentadas nas habilidades e exigências<br />

específicas das tarefas. Desse modo, o sistema<br />

de seleção é altamente dinâmico, o treinamento<br />

é limitado e as políticas de avaliação e recompensas<br />

são baseadas em resultados (PALADINI,<br />

2012).<br />

Já a estratégia facilitadora visa desenvolver os<br />

recursos humanos, contratando pessoas motivadas<br />

e oferecendo apoio e estímulo para que<br />

desenvolvam suas habilidades e seus conhecimentos.<br />

Predomina a formação de equipes flexíveis<br />

com o incentivo ao autodesenvolvimento<br />

(MARRAS, 2010).<br />

A análise de não conformidades é muito<br />

importante na rotina do laboratório clínico. Os<br />

funcionários do laboratório realizam tarefas rotineiras<br />

e repetitivas, ao surgir uma ocorrência<br />

não prevista, deve-se detecta-la, trata-la adequadamente<br />

e elimina-la (MOTTA; CORREA;<br />

MOTTA; 2001).<br />

Conforme a estratégia de Bird e Beechler<br />

(1995), é necessário que as pessoas tenham<br />

um potencial desenvolvido, ou seja, é necessário<br />

que elas tenham capacidade de detectar<br />

problemas durante um processo laboratorial, e<br />

desenvolver maneiras para contornar a situação.<br />

Nesse momento, o treinamento mostra-se<br />

0 40<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


Autoras: Carolina Antunes Torres 1 , Jéssica da Silva Abel 2 , Karoline Pizzolo 3 , Victória Linden Rezende 4 , Eduarda Shultze 5<br />

ARTIGO 03<br />

como um aliado, pois este confere um aperfeiçoamento<br />

à pessoa integradora do laboratório, e<br />

lhe fornece autonomia para resolver os possíveis<br />

problemas que podem surgir.<br />

A criação de um procedimento específico para<br />

seleção e qualificação de um sistema analítico a<br />

ser implantado no laboratório clínico auxilia na<br />

padronização desta atividade, bem como estabelece<br />

os critérios e diretrizes para a escolha de<br />

um método adequado que garanta a eficiência<br />

do processo e a racionalização dos custos (OLI-<br />

VEIRA; MENDES, 2010-2012).<br />

A Figura 06 descreve os principais itens a serem<br />

considerados na elaboração deste procedimento.<br />

Figura 06. Itens a serem avaliados na seleção e qualificação do processo analítico:<br />

quantidades medidas e falta do controle interno<br />

e externo de qualidade, contribuem para<br />

potenciais erros em uma gestão laboratorial da<br />

fase analítica. Bird e Beechler (1995), enfatizam<br />

a necessidade de demissão e contratação de<br />

pessoal com base nas suas habilidades e nos<br />

requisitos a curto prazo que o sistema do laboratório<br />

exige.<br />

É de responsabilidade do laboratório clinico estabelecer<br />

a política e os procedimentos para um<br />

bom controle de não conformidades, também<br />

é necessário designar pessoal responsável para<br />

a implantação de ações corretivas quando for<br />

detectado o não comprimento de um requisito<br />

estabelecido (MOTTA; CORREA; MOTTA; 2001).<br />

Após as fases pré-analítica e analítica, segue-<br />

-se a pós-analítica, que segundo a RDC 302, inicia-se<br />

após a obtenção de resultados válidos das<br />

análises e finda com a emissão do laudo, para a<br />

interpretação pelo solicitante.<br />

quatro conjuntos de valores que competem entre<br />

si e norteiam os quatro tipos de estratégias gerais<br />

da gestão de pessoas.<br />

O primeiro tipo é o de relações humanas, que<br />

apresenta estrutura flexível e enfoque interno.<br />

Os aspectos valorizados nesse quesito são a<br />

moral, a valorização das pessoas, o comprometimento,<br />

a participação, o envolvimento, o<br />

empoderamento, a identidade, o trabalho em<br />

equipe e o bom relacionamento interpessoal.<br />

Em contraponto, a estratégia de processo interno<br />

adota a estrutura de controle no ambiente<br />

interno. Suas características são a padronização<br />

de procedimentos, o foco em processos e regulamentos,<br />

a hierarquia rígida, a estabilidade, a<br />

previsibilidade, a eficiência e o controle próximo<br />

e permanente.<br />

Figura 07. Modelo de valores competitivos para a gestão de pessoas<br />

Fonte: (OLIVEIRA; MENDES, 2010-2012)<br />

A inovação na área diagnóstica é frequente. Fatores<br />

como a competitividade e a atualização tecnológica<br />

levam os serviços de medicina laboratorial a<br />

buscarem permanentemente novos métodos e/ou<br />

equipamentos com tecnologia de ponta para manterem<br />

sua posição no mercado ou assegurarem<br />

uma vantagem competitiva em relação à concorrência<br />

(OLIVEIRA; MENDES, 2010-2012).<br />

Um fato fica bastante claro: não se deve introduzir<br />

um novo sistema analítico no laboratório<br />

sem que haja, previamente à sua colocação na<br />

rotina diagnóstica, um estudo completo envolvendo<br />

as etapas de seleção e avaliação (OLIVEI-<br />

RA.; MENDES, 2010-2012).<br />

O desempenho técnico incorreto dos testes<br />

laboratoriais, cálculos incorretos dos valores das<br />

Erros frequentemente associados a essa etapa<br />

correspondem às falhas na liberação dos resultados,<br />

por erros de transcrição ou digitação ou<br />

pelo não cumprimento do prazo de entrega. O<br />

desenvolvimento da tecnologia de informação<br />

(TI) aplicada ao setor laboratorial tem contribuído<br />

para a diminuição dos erros de transcrições<br />

de resultados, principalmente após o advento<br />

dos sistemas de interfaceamento, os quais<br />

possibilitam a transmissão das informações<br />

diretamente do equipamento automatizado de<br />

análise para o sistema de informação laboratorial<br />

(SIL) (HILT et al. 2003 e PLEBANI, 2007).<br />

Para que os problemas nessa fase sejam minimizados,<br />

é importante utilizar estratégias para<br />

uma melhor gestão. Outra classificação de estratégias<br />

de gestão de pessoas é a explorada por Panayotopoulou,<br />

Bourantas e Papalexandris (2003)<br />

e se fundamenta no Modelo de Valores Competitivos<br />

desenvolvidos por Quinn e Rohrbaugh. Esse<br />

modelo já é bastante utilizado na investigação de<br />

diversos aspectos organizacionais, como liderança<br />

e cultura. Conforme ilustra a figura 06, ele parte<br />

de duas dimensões: a estrutura organizacional,<br />

que vai do interno ao externo, dando origem a<br />

Fonte: (PANAYOTOPOULOU; BOURANTAS; PAPALEXANDRIS, 2003, p. 684)<br />

A terceira estratégia é denominada sistema<br />

aberto, com estrutura flexível e enfoque externo.<br />

Ela expõe a criatividade, a iniciativa, a<br />

melhoria contínua, o empreendedorismo, a<br />

inovação, a visão de futuro, a capacidade de se<br />

adaptar às mudanças e a disposição em assumir<br />

riscos (PANAYOTOPOULOU; BOURANTAS; PAPA-<br />

LEXANDRIS, 2003).<br />

Por fim, a estratégia metarracional apresenta<br />

estrutura de controle com enfoque<br />

externo. Nela são enfatizados aspectos como<br />

planejamento, o alinhamento estratégico, o<br />

estabelecimento de objetos e metas, a produtividade,<br />

a geração de resultados, a rentabilidade,<br />

a eficiência e a competitividade<br />

(MARRAS, 2012).<br />

0 42<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


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ARTIGO 03<br />

A fase pós- analítica é uma das mais importantes,<br />

pois libera o laudo ao paciente, portanto,<br />

ele precisa estar nas conformidades estabelecidas<br />

pela RDC 302. Para isso, O laboratório<br />

deve estabelecer e manter um sistema próprio<br />

de melhoria de qualidade adequando ao tipo,<br />

abrangência e volume das atividades realizadas.<br />

Consiste em processos para descrever os problemas,<br />

fazer o diagnóstico e fazer correções para<br />

evitar os erros (MOTTA; CORREA; MOTTA; 2001).<br />

Através de ferramentas de qualidade é possível<br />

controlar o sistema de gestão para o planejamento<br />

estratégico, gerenciamento da rotina, solução de<br />

problemas, além do relacionamento com o cliente,<br />

tornando possível a visualização sistêmica, integrada<br />

e rápida de toda extensão da organização.<br />

Para Vieira (2003), Brainstrorming é uma das<br />

ferramentas que se presta à atividade participativa,<br />

onde todos terão a oportunidade de<br />

emitir a opinião em um ambiente de trabalho.<br />

Eliminar críticas, apresentar ideias sem rodeio e<br />

melhorar ideias já existentes são exemplos de<br />

regras básicas para o sucesso do brainstorming.<br />

O mesmo se dá quando o líder da reunião sugere<br />

uma questão-problema.<br />

Além disso, tem-se o plano de ação, como o<br />

próprio nome diz, é um meio para que ocorra<br />

o planejamento de ações que serão executadas<br />

para a solução de possíveis problemas. É chamado<br />

de 5W1H OU 5W2H, como conhecido<br />

mundialmente, devido as iniciais das questions<br />

words: what, who, when, where, why, how,<br />

how much (VIEIRA, 2003).<br />

O Diagrama de Causa e Efeito é um resumo das<br />

possíveis causas do problema, bem como, um<br />

guia para identificar a causa do problema e para<br />

determinar ações que deverão ser adotadas. É empregado<br />

para identificar, explorar e ressaltar todas<br />

as possíveis causas de um determinado efeito, contribuindo<br />

para a melhoria da gestão de qualidade.<br />

Outra questão importante da fase pós-analítica<br />

é a impressão do trabalho laboratorial<br />

passada ao cliente. Segundo Carpinetti; Miguel;<br />

Gerolamo (2011), a avaliação da satisfação do<br />

cliente tem dois objetivos, primeiro tem como<br />

propósito verificar se a organização esta sendo<br />

bem-sucedida em sua missão básica de promover<br />

serviços que estejam satisfazendo seus<br />

clientes. Segundo, serve para avaliar a eficácia<br />

do sistema de gestão de qualidade para atendimento<br />

dos requisitos dos clientes.<br />

A satisfação do cliente depende de atributos internos<br />

do laboratório e também de atributos relacionados<br />

ao processo de atendimento, como prazo,<br />

pontualidade, flexibilidade, confiabilidade e custo<br />

(CARPINETTI; MIGUEL; GEROLAMO, 2011).<br />

Portanto, é possível observar que através das<br />

ferramentas de gestão e estratégias de gestão<br />

de pessoas, obtêm-se resultados precisos, exatos<br />

e qualificados para serem disponibilizados<br />

aos clientes. Se o laboratório clínico estiver<br />

dentro das conformidades pode ser munido de<br />

acreditação e certificação.<br />

A certificação atesta que determinados produtos,<br />

processos ou serviços são realizados ou<br />

cumpridos de acordo com requisitos especificados,<br />

como é o caso das normas da International<br />

Organization for Standardization (ISO). Já na<br />

acreditação, os procedimentos são avaliados<br />

com o intuito de verificar sua adequação aos<br />

serviços que estão sendo oferecidos, além do<br />

cumprimento dos requisitos exigidos em uma<br />

certificação (VIEIRA, et al 2011).<br />

Conclusão<br />

A prevalência dos erros laboratórios é evidentemente<br />

alta em empresas que não possuem<br />

uma gestão de qualidade. Todos os estudos<br />

apontam que os laboratórios clínicos necessitam<br />

de uma boa gestão de qualidade para excluir e/<br />

ou minimizar os erros cometidos, que podem<br />

comprometer a imagem da empresa, bem como<br />

a satisfação de seus clientes. Uma empresa com<br />

qualidade é lembrada de forma positiva.<br />

Portanto, é essencial que as empresas se preocupem<br />

com seus funcionários, e com toda a infraestrutura<br />

que ela oferece ao trabalhador para que<br />

ele possa desenvolver bem suas funções, para<br />

assim conseguir a excelência em seus serviços.<br />

Referências<br />

CARVALHO, Marly Monteiro de; PALADINI, Edson P. Gestão<br />

da qualidade: teoria e casos. Elsevier, 2006. 355 p.<br />

MENDES, M. E. Avaliação da implantação de um sistema<br />

de qualidade em um laboratório clínico público. Tese (Doutoramento)<br />

– Faculdade de Medicina, Universidade de São<br />

Paulo, 1998.<br />

DA Rin G. Pre-analytical workstations: a tool for reducing<br />

laboratory errors. Clin Chim Acta. 2009; 404(1):68-74.<br />

M. Plebani. Errors in clinical laboratories or errors in laboratory<br />

medicine. Clin Chem Lab Med, 2006. 44(6):750756<br />

MENDES M.E. et al. Gestão por processos no Laboratório<br />

Clínico: uma abordagem Prática. EPR Editora, 2007.<br />

MARRAS, Jean Pierre (Org.). Gestão estratégica de pessoas:<br />

conceitos e tendências. Saraiva, 2010. xviii, 357 p.<br />

MILES, R.E.; SNOW, C.C. Organizational strategy, structure<br />

and process. McGrawHill, 1978<br />

BERLITZ, F. A.; HAUSSEN, M. L. Seis sigma no laboratório<br />

clínico: impacto na gestão de performance analítica dos processos<br />

técnicos. J Bras Patol Med Lab, v. 41, n. 5, p. 301-12,<br />

2005.<br />

SCIACOVELLI, L. et al. Risk management in laboratory medicine:<br />

quality assurance programs and professional competence.<br />

Clin Chem Lab Med, v. 45, n. 6, p. 756-65, 2007<br />

ANVISA. Resolução da Diretoria Colegiada, RDC 302, de 13<br />

de outubro de 2005. ANVISA.<br />

BIRD, A.; BEECHLER, S. Links between nusiness strategy and<br />

human-resource management strategy in United-States-based<br />

Japanese subsidiaries: an empirical investigation. Journal of International<br />

Business Studies, v.26, n.1, p. 23-46, 1995.<br />

MAYA, GC. Valores críticos en el laboratorio clínico: de la teoría<br />

a la práctica. Medicina & Laboratorio. 2011; 17: 331-50.<br />

OLIVEIRA, Carla Albuquerque de; MENDES, M. E. (Org.).<br />

Gestão da fase analítica do laboratório : como assegurar a<br />

qualidade na prática.1.ed. ControlLab, 2010-2012. 3 v.<br />

VIEIRA, G. F.; GQT-Gestão da Qualidade Total: uma abordagem<br />

prática; Editora Alínea, 2003.<br />

HILT, L. et al. Project Control for Laboratory Automation<br />

Outsourced to consultants: a 10-step process to optimize the<br />

effectiveness of custom information technology development.<br />

J Assoc Lab Autom, v. 8, n. 1, p. 31-7, 2003.<br />

PLEBANI, M. Errors in laboratory medicine and patient<br />

safety: the road ahead. Clin Chem Lab Med, v. 45, n. 6, p.<br />

700-7, 2007.<br />

PANAYOTOPOULOU, L.; BOURANTAS, D.; PAPALEXANDRIS,<br />

N. Strategic human resource management and its effects<br />

on firm performance: an implementation of the competing<br />

values framework. International Journal of Human Resource<br />

Management, v.14, n.4, p. 680-699, jun. 2003.<br />

VIEIRA, Keila Furtado et al. A utilidade dos indicadores da<br />

qualidade no gerenciamento de laboratórios clínicos. Bras<br />

Patol Med Lab, v. 47, n. 3, p.201-210, jun. 2011.<br />

CARPINETTI, Luiz Cesar Ribeiro; MIGUEL, Paulo Augusto<br />

Cauchick; GEROLAMO, Mateus Cecílio. Gestão da qualidade<br />

ISO 9001:2008: princípios e requisitos. Atlas, 2011. 111 p.<br />

MOTTA, Valter T.; CORRÊA, José Abol; MOTTA, Leonardo R.<br />

Gestão da qualidade no laboratório clínico. 2. ed.: Médica Missau,<br />

2001. 244p.<br />

LAPOLLI, Édis Mafra (Org.). Gestão de pessoas em organizações<br />

empreendedoras. 1.ed.: Pandion, 2010. 188 p.<br />

MELO, F. A. O et al. 2012 ; A influência da gestão de pessoas<br />

no desempenho empresarial através do líder. Simpósio de<br />

excelência em gestão e tecnologia.<br />

0 44<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


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GESTÃO LABORATORIAL<br />

Ranking Nacional da Competência Gerencial<br />

para Laboratórios<br />

Gerenciar um laboratório é controlar seus<br />

processos e, só pode ser gerenciado aquilo<br />

que é medido e comparado! Quem não sabe<br />

calcular a sua competitividade e avaliar o<br />

seu risco de insolvência se comparando com<br />

seus concorrentes, por exemplo, como no<br />

RANKING NACIONAL DA COMPETÊNCIA<br />

GERENCIAL, não sabe se localizar no “Mapa<br />

da concorrência mundial”. E quem não sabe<br />

onde anda, está PERDIDO! Simples assim. A<br />

importância deste ranking fica, então, evidente.<br />

É uma ferramenta fundamental para o auxílio às<br />

decisões dos gestores laboratoriais, sendo única<br />

no Brasil, com este formato e alcance. Com a<br />

posição do laboratório marcada no RANKING<br />

NACIONAL DA COMPETÊNCIA GERENCIAL,<br />

os gestores podem identificar os<br />

problemas existentes, ou seja, elaborar<br />

um diagnóstico, analisar as causas e<br />

propor soluções (ações corretivas e<br />

preventivas). Isto de fato, é controlar os<br />

processos econômicos do laboratório.<br />

Como participar do RANKING NACIONAL<br />

DA COMPETÊNCIA GERENCIAL? A Unidos<br />

Consultoria e Treinamento disponibiliza<br />

um produto (ferramenta de TI implantada<br />

via web) focado na gerência de processos<br />

econômicos dos laboratórios clínicos.<br />

Trata-se do Sistema de Benchmarking<br />

– Apoio à Decisão, que contempla o<br />

RANKING NACIONAL DA COMPETÊNCIA<br />

GERENCIAL. Todo o laboratório que implantar<br />

o Sistema de Benchmarking – Apoio à<br />

Decisão, automaticamente irá participar do<br />

Ranking Nacional da Competência Gerencial,<br />

desfrutando desta magnifica ferramenta<br />

de gestão econômica, inédita no Brasil e no<br />

mundo. Atualmente os laboratórios estão<br />

enfrentando uma redução significativa da<br />

competitividade empresarial acompanhada<br />

pelo aumento no risco de insolvência dos<br />

laboratórios. As duas causas fundamentais<br />

disto são o excesso de capacidade produtiva<br />

instalada frente à demanda de exames<br />

e a socialização da medicina, dentre um<br />

conjunto de outras causas, que levaram, de<br />

uma forma geral, a uma queda brutal na<br />

precificação dos exames. Agrega-se agora<br />

a pandemia em função da COVID – 19. A<br />

luta é literalmente pela sobrevivência física<br />

e evitando a falência jurídica, contudo, creio<br />

que os efeitos serão devastadores. Estes<br />

eventos denotam indubitavelmente, mais<br />

do que nunca será imprescindível que os<br />

pequenos e médios laboratórios adotem<br />

um sistema de gestão profissional.<br />

Não há mais espaço para amadorismo nos<br />

negócios na área das análises clínicas. O futuro<br />

destas organizações dependerá disto: gestão<br />

científica baseada em dados, fatos<br />

e algoritmos matemáticos no apoio<br />

às decisões. Neste contexto, o Sistema<br />

de Benchmarking – Apoio à Decisão,<br />

que contempla o RANKING NACIONAL DA<br />

COMPETÊNCIA GERENCIAL, torna-se uma<br />

ferramenta decisiva para alavancar os lucros,<br />

a produtividade dos laboratórios, buscando<br />

assegurar um futuro perene, pois é dotada<br />

de uma concepção complexa em termos de<br />

desenvolvimento, contudo, extremamente<br />

amigável para os usuários, pois evidencia<br />

claramente e de forma automática os<br />

problemas da organização, viabiliza a análise<br />

das causas, conduzindo naturalmente às<br />

ações corretivas e preventivas (soluções dos<br />

problemas). Trata-se de um programa ímpar<br />

no mercado das análises clínicas que requer<br />

poucos dados de entrada, implantado<br />

à distância e que fornece um conjunto de<br />

importantes informações para o auxilia às<br />

decisões dos gestores laboratoriais. Veja a<br />

seguir.<br />

Sistema de Benchmarking - Apoio à Decisão<br />

A utilização de um Sistema de Apoio à<br />

Decisão (SAD) decorre, fundamentalmente,<br />

da competição cada vez maior entre as<br />

organizações, bem como da necessidade de<br />

obter de forma rápida, informações cruciais para<br />

a tomada de decisões. Um SAD é responsável<br />

por captar e elaborar informações contidas<br />

em uma base de dados, transformandoos<br />

em vantagem competitiva, pela tomada<br />

de decisões de forma inteligente. Com esta<br />

finalidade, desenvolvemos o SISTEMA DE<br />

BENCHMARKING – APOIO À DECISÃO,<br />

fundamentado em sólido banco de dados e um<br />

modelo analítico, contemplando de forma ampla<br />

a realidade dos laboratórios clínicos. O sistema<br />

gera informações vitais para o sucesso destas<br />

empresas, mediante inúmeras alternativas<br />

quantificadas de alocação dos recursos físicos,<br />

financeiros e humanos, para a obtenção dos<br />

melhores resultados organizacionais. Tratase<br />

de SUPORTE CIENTÍFICO ÀS DECISÕES dos<br />

gestores laboratoriais.<br />

Objetivo: disponibilizar uma ferramenta<br />

para a tomada prática e rápida de decisões<br />

0 46<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


com fundamento matemático, mediante um<br />

conjunto de produtos integrantes do método<br />

de gestão, agilizando a implantação das ações<br />

corretivas e preventivas visando aumentar os<br />

lucros, a competitividade e reduzir o risco de<br />

insolvência dos laboratórios.<br />

Produtos:<br />

• Diagnóstico de problemas através da<br />

mensuração da competitividade e do risco<br />

de insolvência dos laboratórios clínicos. Isto<br />

somente é possível por meio de um PROCESSO<br />

EXCLUSIVO DE BENCHMARKING COMPETITIVO E<br />

DE COLABORAÇÃO com âmbito nacional.<br />

• Análise das causas prováveis dos<br />

problemas identificados, também via processo<br />

de benchmarking competitivo e de colaboração<br />

com âmbito nacional, que estabelece valores<br />

referenciais (metas) de laboratórios<br />

do Brasil, para todos os indicadores de<br />

desempenho (ID’s).<br />

• Informações para soluções dos<br />

problemas, geradas por meio de dezenas de<br />

análises qualitativas e quantitativas.<br />

Generalidades: a base do sucesso do SISTEMA<br />

DE BENCHMARKING – APOIO À DECISÃO (SB –<br />

AD) é o seu banco de dados. Sem sombra de<br />

dúvidas, aqui a utilização do conceito de “Big<br />

data” é pertinente. Aproximadamente uma<br />

centena de laboratórios geram milhões de<br />

dados, envolvendo dezenas de indicadores de<br />

desempenho ao longo do tempo. Por sua vez,<br />

os indicadores são compostos de variáveis, que<br />

muitas vezes são constituídas de inúmeros<br />

componentes e assim sucessivamente numa<br />

progressão quase geométrica. Os produtos do<br />

sistema transformam este turbilhão de dados<br />

em informações rápidas e úteis para a tomada<br />

de decisão dos gestores laboratoriais.<br />

Conceitos e objetivos: Benchmarking<br />

é um método de aprendizado que significa<br />

comparar-se e aprender com os melhores,<br />

adaptando as práticas e os resultados à realidade<br />

da organização, com melhorias significativas.<br />

De acordo com o Modelo de Excelência da<br />

Gestão (MEG)®, da FNQ, o benchmarking é<br />

uma importante ferramenta para a tomada<br />

de decisão das organizações, tema abordado<br />

no Fundamento Pensamento Sistêmico. Essa<br />

prática pode ajudar as organizações a definirem<br />

referenciais comparativos pertinentes, utilizandoos<br />

para avaliar sua competitividade em relação a<br />

outras organizações de referência, em indicadores<br />

importantes para o sucesso do negócio. Por<br />

que fazer benchmarking? A) Estimular a<br />

implantação de novas práticas e padrões a partir<br />

das melhores práticas; B) Estabelecer metas a<br />

partir dos melhores desempenhos; C) Apoiar o<br />

processo decisório, tornando-o mais robusto e<br />

sistêmico; D) Quebrar os paradigmas existentes,<br />

facilitando o processo de mudança.<br />

O produto Sistema de Benchmarking<br />

– Apoio à Decisão é regido por quatro<br />

princípios: Reciprocidade; Analogia; Medição<br />

e Validade. Este método torna o produto<br />

justo, com comparações efetivas, confiáveis<br />

e pertinentes, portanto, válidas. Trata-se de<br />

um benchmarking competitivo, entretanto, de<br />

cooperação. Este é o seu grande diferencial,<br />

além do ineditismo dos seus indicadores de<br />

desempenho (ID’s). O produto abrange<br />

dezenas de ID’s contemplando: custos<br />

fixos (17); variáveis (8); ticket médio; grau de<br />

alavancagem operacional; produtividade dos<br />

colaboradores; produtividade dos custos fixos;<br />

produtividade dos custos variáveis; ponto de<br />

equilíbrio; custo percentual da força de trabalho;<br />

eficiência do modo de produzir; custo por exame;<br />

lucro por exame; margem de lucro por exame;<br />

margem de contribuição em reais e percentual;<br />

razão operacional, margem de segurança e<br />

matriz das perspectivas empresariais, dentre<br />

outros. Um grande diferencial do produto é o<br />

Relatório de Gestão que o cliente recebe a<br />

primeira vez com uma análise dos ID’s, de forma<br />

sintética, detalhada, mensurada, comparada<br />

e criticada! Com base nesta demonstração,<br />

os gestores laboratoriais não têm nenhuma<br />

dificuldade em elaborar novos relatórios, a não<br />

ser tomar as ações corretivas e preventivas<br />

identificadas. Finalmente, todos os indicadores<br />

de desempenho são apresentados em valores<br />

absolutos e gráficos, sendo os desvios (deltas<br />

absolutos e %) calculados considerando as<br />

estatísticas do banco de dados. Consideramos<br />

este produto como sendo um sistema de<br />

gestão profissional, sintetizado na<br />

sua essência, não sendo mais possível<br />

produzir tanta informação importante,<br />

de forma fácil e rapidamente acessível<br />

GESTÃO LABORATORIAL<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020<br />

0 47


GESTÃO LABORATORIAL<br />

aos gestores laboratoriais, com tão<br />

poucos dados de entrada. Nunca o<br />

apoio às decisões foi tão simples,<br />

completo, científico e acessível:<br />

identificação de problemas (diagnóstico)<br />

e análise de causas, proporcionando<br />

a visualização das ações corretivas e<br />

preventivas. Finalmente, este sistema<br />

contempla algo único em termos de gestão<br />

econômica para laboratórios, inédito mesmo<br />

mundialmente: o RANKING NACIONAL DA<br />

COMPETÊNCIA GERENCIAL! Em síntese:<br />

O RANKING NACIONAL DA COMPETÊNCIA<br />

GERENCIAL (RNCG) é um produto exclusivo do<br />

Sistema de Benchmarking – Apoio à Decisão<br />

(SB – AD), ferramenta de TI integrante do<br />

PROGELAB. Este ranking de laboratórios<br />

brasileiros classifica os cem (100) primeiros<br />

colocados em um certame onde está em<br />

jogo a eficiência da gestão econômica<br />

de cada participante.<br />

A competência dos gestores e ou<br />

sócios proprietários é avaliada pela<br />

qualidade dos resultados dos processos<br />

econômicos da administração. Esta<br />

é mensurada através de um conjunto<br />

de Indicadores de Desempenho (ID’s)<br />

da eficiência gerencial. São eles: 1) IEG<br />

= Índice de eficiência gerencial.<br />

É formado por outros três indicadores,<br />

entretanto, não é uma soma aritmética, pois<br />

os valores que constituem as bases 100 são<br />

diferentes entre si. Portanto, nunca estes<br />

índices devem ser somados. Aqui existe<br />

uma “soma de conceitos”. Estes indicadores<br />

são: 2) IEGCF = Índice de eficiência<br />

gerencial dos custos fixos. 3) IEGCV<br />

= Índice de eficiência gerencial dos<br />

custos variáveis. 4) IEGD = Índice de<br />

eficiência gerencial diversos.<br />

ATENÇÃO: nenhum laboratório conhece a<br />

posição dos outros participantes do certame.<br />

A classificação individual no Ranking<br />

Nacional da Competência Gerencial (RNCG) é<br />

absolutamente confidencial e particular. Não<br />

é de conhecimento público!<br />

Serve exclusivamente para o<br />

importante propósito (objetivo)<br />

de orientar e motivar os gestores<br />

laboratoriais para buscar a constante<br />

melhoria contínua dos processos<br />

econômicos, visando aumentar os<br />

lucros, a competitividade e reduzir o risco<br />

de insolvência, observando assegurar<br />

desta forma, um futuro perene para os<br />

laboratórios. Boa competição a todos e que<br />

sejam vitoriosos!<br />

Você gestor laboratorial, deve aproveitar<br />

esta oportunidade única de se comparar<br />

com os seus concorrentes, participar do<br />

aprendizado coletivo oriundo do processo<br />

de benchmarking competitivo, contudo, de<br />

cooperação. O RANKING NACIONAL DA<br />

COMPETÊNCIA GERENCIAL, proporciona<br />

o aprendizado coletivo, onde o saber,<br />

o conhecimento de todos, permeia de<br />

forma sinérgica no grupo de participantes,<br />

beneficiando de forma anônima cada<br />

laboratório, sem prejudicar nenhum,<br />

socializando a gestão econômica científica<br />

para os que dela mais necessitam. E, o<br />

fantástico desta solução inteligente e justa,<br />

é que os aspectos inerentes ao sistema do<br />

livre mercado, ou seja, da concorrência,<br />

continuam existindo, porém, os concorrentes<br />

deixam de ser “inimigos” e passam a ser<br />

parte da solução! Convidamos a todos os<br />

gestores laboratoriais a participarem deste<br />

certame, uma disputa onde TODOS GANHAM,<br />

ainda que fique classificado em último lugar<br />

do ranking, pois o sistema de tecnologia da<br />

informação, por nós desenvolvido, viabiliza a<br />

melhoria contínua dos processos econômicos<br />

dos laboratórios, por consequência, dos<br />

LUCROS e da COMPETITIVIDADE, reduzindo<br />

os RISCOS. Asseguramos que quem participa<br />

do RANKING NACIONAL DA COMPETÊNCIA<br />

GERENCIAL, melhora significativamente<br />

os resultados econômicos. Isto só não<br />

ocorrerá somente se, mesmo tendo acesso<br />

as fantásticas informações do sistema que<br />

identifica de forma científica, problemas<br />

(diagnóstico), analisa causas prováveis e<br />

evidencia possíveis soluções (ações corretivas<br />

e preventivas), os gestores laboratoriais<br />

não tomarem as devidas providências. Esta<br />

magnífica ferramenta de TI faz a parte que<br />

lhe toca, entretanto, não pode agir no lugar<br />

dos gestores. Cabe a estes a responsabilidade<br />

e o dever de agir, a ferramenta é sistema de<br />

apoio às decisões, estas dependem do livre<br />

arbítrio dos gestores laboratoriais.<br />

0 48<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


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A DIFERENÇA NA SUA HEMATOLOGIA<br />

Características Gerais<br />

• Metodologia de impedância combinada com<br />

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GESTÃO LABORATORIAL<br />

35 QUESTÕES FUNDAMENTAIS PARA OS<br />

GESTORES<br />

Se o gestor do laboratório não souber responder<br />

estas questões, ele poderá até estar lucrando bem,<br />

entretanto, ainda assim, não controlará de forma<br />

adequada a empresa.<br />

1. A lucratividade do seu laboratório é maior ou<br />

menor do que a do concorrente?<br />

2. Qual o nível de competitividade do laboratório<br />

comparado com a concorrência?<br />

3. E o risco de insolvência é maior ou menor do que<br />

a concorrência?<br />

4. Os clientes do laboratório pagam mais ou menos<br />

pelos os exames do que na concorrência?<br />

5. Qual o valor dos exames na concorrência?<br />

6. A política de precificação dos exames está correta?<br />

Não está conduzindo à falência do laboratório? Ou<br />

quem sabe, à perda de mercado?<br />

7. Não será a hora de vender o laboratório? E, neste<br />

caso, quanto vale o negócio? Quais as alternativas<br />

para continuar a operação?<br />

8. O laboratório produz mais barato do que a<br />

concorrência? O quanto mais barato?<br />

9. Qual o valor de quem produz mais barato? É<br />

possível produzir por este valor?<br />

10. É melhor produzir ou terceirizar mais?<br />

11. Quantos dias por mês produzem os lucros do<br />

laboratório?<br />

12. O volume de exames produzidos é adequado<br />

à capacidade instalada para recepcionar, coletar,<br />

produzir, entregar e faturar?<br />

13. O laboratório tem mais ou menos empregados<br />

que a concorrência?<br />

14. Eles ganham mais ou menos que na concorrência?<br />

15. O laboratório paga mais ou menos aluguel que<br />

a concorrência?<br />

16. Gasta mais com água, energia elétrica e<br />

comunicações do que a concorrência? E, qual o valor<br />

gasto a mais ou a menos?<br />

17. Gasta mais com marketing, material de<br />

uso comum e serviços de terceiros do que a<br />

concorrência? E, quanto gasta a mais ou a menos?<br />

18. Gasta mais com investimentos e capital de giro do<br />

que a concorrência? E, quanto gasta a mais ou a menos?<br />

19. Gasta a mais com reagentes, controles e<br />

calibradores do que a concorrência? E, quanto gasta<br />

a mais ou a menos?<br />

20. Gasta a mais com descartáveis, manutenção<br />

de equipamentos e material de escritório do que a<br />

concorrência? E, quanto gasta a mais ou a menos?<br />

21. Gasta a mais com laboratórios de apoio do que<br />

a concorrência? E, quanto gasta a mais ou a menos?<br />

22. Paga mais impostos do que a concorrência? E,<br />

quanto paga a mais ou a menos?<br />

23. Em que processos devem ser alocados os<br />

recursos físicos, financeiros e humanos para atingir<br />

metas desejadas?<br />

24. Quais serão as margens de lucro e as<br />

rentabilidades do negócio para os mais diversos<br />

cenários de vendas?<br />

25. Qual o ponto de equilíbrio do laboratório?<br />

26. Em caso de expansão do laboratório ou ainda,<br />

da abertura de um novo negócio, que lucro esperar?<br />

27. Qual a forma e momento de mudar a operação<br />

do negócio?<br />

28. Quais as causas dos problemas econômicos do<br />

laboratório?<br />

29. Que ações corretivas e preventivas devem ser<br />

tomadas?<br />

30. Qual a repercussão no lucro do laboratório?<br />

31. Os custos fixos são controlados de forma eficiente?<br />

32. Os insumos para a produção dos exames são<br />

gerenciados de forma eficiente?<br />

33. São mensurados e comparados com a concorrência<br />

os índices de eficiência gerenciais?<br />

34. Qual a posição do laboratório no Ranking<br />

Nacional da Competência Gerencial?<br />

35. O planejamento estratégico do laboratório é<br />

estabelecido com base nos resultados da concorrência,<br />

assegurando desta forma que a organização seja<br />

competitiva e com baixo risco de insolvência?<br />

O SISTEMA DE BENCHMARKING – APOIO À DECISÃO<br />

responde todas estas questões!<br />

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nossos clientes, pois são eles, em última análise,<br />

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a tomarem as decisões mais assertivas na importante<br />

área econômica, que define não só a sobrevivência,<br />

mas os lucros no presente e no futuro. Não há<br />

alternativa honesta possível a não ser gestão baseada<br />

em evidências científicas. É o que oferecemos aos<br />

nossos clientes: gestão profissional para um futuro<br />

perene! Esperando termos contribuído para os<br />

negócios na área das análises clínicas, nos despedimos<br />

até a próxima edição da revista NewsLab.<br />

Boa sorte e sucesso!<br />

Humberto Façanha<br />

51-99841-5153<br />

humberto@unidosconsultoria.com.br<br />

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*Humberto Façanha da Costa Filho<br />

Professor e Engenheiro, atualmente é articulista e consultor financeiro<br />

da SBAC, professor do Centro de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas<br />

(CEPAC) da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) e professor<br />

do Instituto Cenecista de Ensino Superior de Santo Ângelo (IESA), curso<br />

de Pós-Graduação em Análises Clínicas.<br />

0 50<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


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MATÉRIA DE CAPA<br />

Nihon Kohden<br />

comemora 5 anos<br />

de IVD no Brasil<br />

No seu 69º aniversário da multinacional<br />

japonesa comemorado em agosto, a filial<br />

brasileira da Nihon Kohden comemora 5<br />

anos do departamento de diagnóstico<br />

in vitro no Brasil com ótimos resultados.<br />

Desde a sua fundação, em 1951, a Nihon Kohden<br />

tem desenvolvido as suas atividades sempre sob<br />

a tutela de sua Filosofia Corporativa que é a de<br />

contribuir com o mundo combatendo doenças<br />

e melhorando a saúde a partir de sua tecnologia<br />

avançada, e criar uma vida plena aos nossos<br />

colaboradores. 2021 será o 70º aniversário de<br />

nossa fundação, e as nossas conquistas nesta<br />

jornada foram graças ao apoio de nossos clientes<br />

e parceiros, na qual expressamos nossa mais<br />

sincera gratidão. Para construirmos uma sociedade<br />

sustentável, a Nihon Kohden continuará<br />

no trabalho e desenvolvimento de tecnologias<br />

inovadoras e assim contribuir para resolver<br />

questões médicas globais.<br />

Com grande apoio dos clientes e parceiros, nós<br />

rapidamente aumentamos as nossas vendas de<br />

hematologia no Brasil. Entretanto, nós não priorizamos<br />

o crescimento das vendas.<br />

Nosso principal objetivo é oferecer o melhor<br />

valor aos nossos consumidores através de produtos<br />

e serviços de alta qualidade.<br />

A Nihon Kohden continua a criar e a fornecer<br />

valor aos consumidores brasileiros baseado na<br />

potencialização dos seguintes pontos:<br />

1) Capacidade de desenvolver tecnologias baseado<br />

em práticas médicas.<br />

2) Uma ampla base de clientes dentro e fora do<br />

Japão.<br />

3) produtos e serviços com a mais alta qualidade,<br />

além dos sistemas de desenvolvimento, produção,<br />

vendas e serviços de alto padrão para apoiá-lo.<br />

4)Uma marca poderosa cultivada ao longo de<br />

vários anos.<br />

0 52<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


MATÉRIA DE CAPA<br />

Kotaro Ichikawa<br />

Presidente da Nihon Kohden do Brasil<br />

RESPOSTA À PANDEMIA DO COVID-19<br />

Inicialmente, nós gostaríamos<br />

de expressar as nossas mais<br />

profundas condolências às vítimas<br />

que padeceram devido ao<br />

Covid-19. Nós também estendemos<br />

nosso apoio para aqueles<br />

que adoeceram e às suas<br />

famílias, bem como desejamos<br />

uma rápida recuperação.<br />

Na resposta à propagação do<br />

Covid-19, a Nihon Kohden<br />

Group conduz o seu negócio<br />

de acordo com a política<br />

básica de assegurar aos<br />

nossos colaboradores e aos<br />

seus familiares, saúde e segurança<br />

como prioridade<br />

máxima, além de cumprir<br />

com a responsabilidade de<br />

fornecer produtos e serviços<br />

para o sistema de saúde.<br />

Não é tão simples aumentar<br />

subitamente a produção.<br />

Entretanto, acreditamos que<br />

a responsabilidade social da<br />

Nihon Kohden é apoiar os<br />

trabalhadores na linha de<br />

frente dos cuidados médicos,<br />

que trabalham dedicadamente<br />

no tratamento<br />

de pacientes todos os dias,<br />

e nós, portanto, faremos o<br />

nosso maior esforço para<br />

construir uma produção<br />

e sistema de suprimentos<br />

que possam atender estes<br />

profissionais do sistema de<br />

saúde.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020 0 53


MATÉRIA DE CAPA<br />

Entrevista com<br />

Marcio T. Uono<br />

Gerente de IVD<br />

Nihon Kohden do Brasil<br />

Este ano a Nihon Kohden completa 69<br />

anos de fundação, em primeiro lugar,<br />

a <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong> gostaria de parabenizá-los<br />

por sua belíssima história e<br />

pela importância global que a empresa<br />

possui, e agradecê-los pela parceria que<br />

já é de longa data. Posição global essa<br />

reconhecida pelo desenvolvimento de<br />

avançadas tecnologias para a saúde no<br />

mundo inteiro. Diante disso, como se<br />

deu o processo de vinda da divisão IVD<br />

da Nihon Kohden para o Brasil?<br />

Marcio T. Uono: Muito obrigado! Realmente<br />

69 anos de história é muito significativo em<br />

qualquer área, mas principalmente em empresas<br />

de saúde. Boa parte dos 69 anos, foi voltada<br />

ao mercado interno, no Japão, que é extremamente<br />

exigente, e a conquista deste mercado,<br />

permitiu ampliar a atuação em outros mercados<br />

no mundo. Assim, hoje a empresa atua em mais<br />

de 120 países. No Brasil, apesar de já atuar com<br />

distribuidores por mais de 50 anos em mercados<br />

específicos, a Nihon Kohden começou a atuar<br />

de forma direta, ampla e fortemente a partir de<br />

2014, com a linha de equipamentos médicos/<br />

hospitalares. Em outubro de 2015, a empresa<br />

iniciou a atuação mais específica no mercado de<br />

Diagnóstico In Vitro. No entanto, somente em<br />

março de 2016 realmente iniciamos as operações,<br />

com a venda dos primeiros analisadores<br />

hematológicos e reagentes, no Brasil.<br />

A que se deve o crescimento da divisão IVD<br />

da marca Nihon Kohden, em poucos anos<br />

de atuação no Brasil? Qual o diferencial<br />

que fez com que o mercado respondesse<br />

tão velozmente a demanda pelos produtos<br />

da marca?<br />

0 54<br />

Marcio T. Uono: Há 5 anos, sabíamos que o<br />

desafio de entrar no restrito mercado de hematologia<br />

no Brasil seria enorme. O ambiente<br />

já estava bastante consolidado, com a participação<br />

de fortes players de enorme representatividade,<br />

além de novos entrantes ávidos pelo<br />

seu espaço. Entretanto, os consumidores cada<br />

vez mais especializados também buscavam, e<br />

buscam, muito mais tecnologia e confiabilidade<br />

nas suas escolhas. Com a estratégia focada na<br />

alta tecnologia japonesa, na confiabilidade do<br />

analisador hematológico e, principalmente, nos<br />

resultados obtidos, conseguimos nos encaixar à<br />

necessidade e demanda local. Com isso, focamos<br />

também em criar uma estrutura de atendimento<br />

local, e agilizamos o estabelecimento de uma<br />

ampla rede de distribuidores em todo o país.<br />

Como tem se posicionado a Nihon Kohden<br />

no cenário atual, especialmente em<br />

relação a pandemia?<br />

Marcio T. Uono: O Grupo Nihon Kohden que<br />

atua em diversos segmentos de saúde, recebeu<br />

um enorme impacto, com uma explosão de demanda<br />

mundial de produtos da linha médica e<br />

hospitalar. Isso exigiu a empresa repensar o todo<br />

modelo de produção e da cadeia de suprimentos<br />

dessa linha produtos específicos rapidamente,<br />

e graças à flexibilidade interna, temos minimizado<br />

os principais efeitos da súbita explosão de<br />

demanda. Especificamente no segmento de IVD,<br />

como não há até o momento, produtos diretamente<br />

relacionados ao Covid, houve uma rápida<br />

Foto: Marcio T. Uono - Gerente de IVD Nihon Kohden do Brasil<br />

retração da demanda inicial, mas com uma forte<br />

tendência de recuperação nos próximos meses.<br />

Aproveitamos esse momento para reforçarmos<br />

a nossa relação com os distribuidores, técnicos<br />

e consumidores em geral. Realizamos a Reunião<br />

Anual de Distribuidores (DSM) com a presença<br />

de todos remotamente, webinars e cursos com<br />

especialistas convidados de alto gabarito técnico<br />

para públicos ligados ao laboratório de análises<br />

clínicas e médicos veterinários, discussões<br />

técnicas com assistentes técnicos, todos online.<br />

Também reformulamos as comunicações em<br />

redes sociais, para estabelecermos uma relação<br />

mais próxima, direta e transparente com todos<br />

os stakeholders.<br />

Dado ao caráter inovador da Nihon<br />

Kohden, quais as expectativas futuras<br />

do mercado brasileiro? Devido ao<br />

crescimento apresentado pela marca,<br />

poderíamos esperar uma fábrica localizada<br />

no Brasil?<br />

Marcio T. Uono: A Nihon Kohden enxerga o<br />

mercado brasileiro com bastante expectativa,<br />

e entendemos que a pandemia catalisou uma<br />

série de mudanças em todo o mercado. Isso exigiu<br />

rápidas adaptações, mas entendemos que<br />

a longo prazo exige cautela. Empresas japonesas<br />

são caracterizadas por decisões seguras e<br />

com risco calculado, com crescimento sólido e<br />

gradual. Não será diferente no Brasil. Já temos<br />

um bom planejamento em longo prazo, que<br />

certamente inclui uma planta produtiva.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


A Nihon Kohden é conhecida pelo seu<br />

enorme investimento em capital humano,<br />

no que diz respeito aos seus colaboradores,<br />

como em treinamentos técnicos e<br />

assistências diversas, e na atenção a sua<br />

ampla rede de distribuidores. Qual a importância<br />

desse processo para vocês e qual<br />

a visão por trás dele?<br />

Marcio T. Uono: Em um país de extensão continental,<br />

com peculiaridades e características locais<br />

bastante diversas, exige estratégias regionais fortes<br />

e adaptadas. Desde o início, buscamos a colaboração<br />

de distribuidores locais, que além de possuir<br />

uma forte atuação comercial local, que também<br />

tivesse uma equipe de atendimento técnico e<br />

científico bem estruturada, e com uma estrutura de<br />

logística ampla e ágil. Há alguns anos, foi exigido<br />

também, que as empresas seguissem um código de<br />

conduta e regras de compliance bastante rígidas, no<br />

intuito de garantir um saudável relacionamento de<br />

longo prazo. Assim, possuímos um excelente grupo<br />

de distribuidores com a capacidade de atender<br />

com qualidade, segurança e agilidade, nas respectivas<br />

regiões. Para garantir que a nossa marca seja<br />

bem representada, é fundamental que a empresa<br />

mantenha o relacionamento com os distribuidores<br />

bastante próximos, e não poupamos esforços e<br />

recursos para que os nossos distribuidores estejam<br />

bem preparados para atender o exigente mercado<br />

brasileiro.<br />

A Nihon Kohden desenvolve diversas tecnologias<br />

como o princípio da oximetria de<br />

pulso que foi projetado pelo pesquisador<br />

Takuo Aoyagi no início dos anos 1970 e também<br />

o primeiro sensor de CO2 convencional<br />

do mundo que é projetado especificamente<br />

para pacientes não intubados no seguimento<br />

ME. No segmento IVD sabemos que os equipamentos<br />

da linha hematológica tem alguns<br />

diferenciais como o princípio de leitura<br />

para leitura dos Neutrófilos Bastonetes (%<br />

e #) do CelltacG. Existe algum projeto para<br />

desenvolvimento de novos equipamentos<br />

ou novas tecnologias, diferentes das atualmente<br />

utilizadas no mercado, seja no segmento<br />

atual (hematologia) ou em outras<br />

áreas das análises clinicas?<br />

Marcio T. Uono: A inovação é uma característica<br />

incorporada à filosofia da Nihon Kohden, e a<br />

todo momento desenvolvemos novas tecnologias<br />

que são definitivamente incorporadas aos<br />

nossos produtos. Na nossa linha de analisadores<br />

hematológicos não é diferente, e a todo momento<br />

nossa equipe de desenvolvimento busca<br />

soluções que incorporem novos parâmetros, ou<br />

melhorem e garantam a qualidade dos testes ou<br />

ainda que tragam muito mais eficiência e praticidade<br />

ao usuário. Teremos novos lançamentos<br />

nos próximos anos, que deverão incorporar boa<br />

parte destas soluções.<br />

MATÉRIA DE CAPA<br />

IVD TEAM Nihon Kohden do Brasil<br />

Há quase 5 anos aceitamos o desafio de erguer do<br />

zero a marca de IVD da Nihon Kohden. Na nossa<br />

frente tínhamos um mercado de hematologia<br />

estável, com grandes players consolidados e<br />

diversos entrantes. Na retaguarda, uma marca<br />

muito forte no Japão, com um bom reconhecimento<br />

em equipamentos médicos no país, mas sem<br />

nenhuma repercussão em IVD. Com grande esforço,<br />

conseguimos estruturar uma equipe comprometida<br />

de alta performance e com um claro propósito<br />

de levarmos tecnologia de ponta para combater<br />

doenças, estabelecemos uma rede de distribuidores<br />

de alto padrão para atender todos os territórios<br />

Brasileiros e criamos centenas de consumidores<br />

apaixonados pela marca. Assim, posicionamos<br />

a marca Nihon Kohden no mais alto patamar do<br />

mercado de hematologia no Brasil.<br />

Não bastasse, no aniversário da corporação<br />

mundial comemorado dia 7 de agosto, fomos<br />

premiados como uma das equipes de melhor<br />

performance, dentre centena de equipes e<br />

milhares de funcionários de todas as áreas da<br />

Nihon Kohden Corporation do globo. Isso coroou<br />

com chave de ouro o nosso trabalho!<br />

Parabéns aos dedicados membros do IVD<br />

team da NKBR, vocês merecem todo o<br />

reconhecimento.<br />

O incansável trabalho dessa<br />

equipe justifica todo o<br />

sucesso da marca!<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020 0 55


MATÉRIA DE CAPA<br />

IVD TEAM Nihon Kohden do Brasil<br />

Alexandre Busnardo - Diretor na empresa Labingá - Maringá/PR<br />

Nos nossos 20 anos de empresa podemos sem dúvidas dizer que a Nihon Kohden foi a empresa que mais nos surpreendeu,<br />

equipamentos de altíssima qualidade e precisão em conjunto com uma equipe comercial, técnica e científica<br />

incomparável. Sempre visando constante aperfeiçoamento e evolução para o segmento IVD no Brasil é um orgulho fazer<br />

parte dessa história.<br />

Jusciney Santana - Diretor comercial e administrativo na empresa Excellab - São Paulo/SP<br />

É uma honra para a Excellab, estar desde 2016 em parceria com a Nihon Kohden, sendo uma das primeiras empresas a comercializar<br />

os equipamentos de hematologia: MEK-6450 Alpha Veterinário e MEK 7300 Humano no Brasil. Também tivemos a<br />

satisfação de comercializar o primeiro CELTAC G MEK 9100 no Brasil e um dos primeiros no mundo. Obrigada Nihon Kohden,<br />

há 69 anos inovando em tecnologia na saúde, do Japão para o Mundo.<br />

José Antônio G. Caramanti - Sócio proprietário na empresa Blister – São José do Rio Preto/SP<br />

A Blister atua no mercado de insumos e equipamentos desde o ano de 1982, porem conta com a experiencia de seus sócios<br />

proprietários desde 1974, foi uma longa jornada de constante aprendizado, sempre incentivando nossos colaboradores e clientes<br />

em buscar o caminho mais curto e correto possível. Temos selo de qualidade ISO 9001e temos orgulho em fazer parte da família<br />

Nihon Kohden da qual recebemos com muita alegria o troféu do primeiro equipamento vendido no Brasil.<br />

Ailton Flavio Moreira Junior - Diretor na empresa AC Labor – Goiânia/GO<br />

Nós da AC Labor já estamos no mercado IVD há muitos anos. Mas a experiência de estar presente no nascimento de uma<br />

marca no país e fazer parte do seu desenvolvimento, realmente nos trouxe grande satisfação. Satisfação a qual incrementa-se<br />

de orgulho e de otimismo quando falamos de parceria respeitosa, séria, recheada de qualidade, tecnologia e compromisso<br />

com a longevidade da marca, sem em nenhum momento esquecer do passado que a trouxe até aqui. Em resumo, a Nihon<br />

Kohden nos ensina dia-a-dia a forma exemplar de trabalho a longo prazo.<br />

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<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


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MINUTO LABORATÓRIO<br />

Fábia Bezerra *<br />

Fábia Bezerra, Biomédica, com mais de 20 anos na<br />

área Laboratorial. Consultora e Auditora na Empresa<br />

Suzimara & Sarahyba Consultoria.<br />

Email: contato@suzimaraesarahyba.com.br<br />

"O Novo Normal ."<br />

Estão Preparados?<br />

Por Fábia Bezerra<br />

Já percebemos que a população em geral<br />

adotou novas condutas e, passou a se preocupar<br />

mais com as meio “esquecidas” mas,<br />

que sempre existiram - afinal, lavagem das<br />

mãos e não falar cuspindo ,denota mais falta<br />

de bons hábitos do que falta de conhecimento<br />

da transmissão de muitas doenças.<br />

Precisou de uma pandemia para algumas<br />

pessoas compreenderem que ninguém está<br />

imune e que os cuidados básicos de higiene<br />

cabem a ricos e pobres.<br />

E na Área da Saúde? o que será incorporado<br />

como o 'novo normal'? A verdade é<br />

que para as Instituições de Saúde, pouca<br />

coisa mudará pois, os hábitos de higiene<br />

nos estabelecimentos sérios já são práticas<br />

rotineiras, independente de covid. O que<br />

permanecerá provavelmente será o distanciamento<br />

entre as pessoas nos espaços, as<br />

barreiras de acrílico entre guichês, as cadeiras<br />

e leitos mais espaçados e álcool gel<br />

na entrada dos estabelecimentos, creio que<br />

estas manobras chegaram para ficar.<br />

Este"novo normal" de alguma forma, nos desinstala<br />

da nossa zona de conforto pré pandemia<br />

e esta adaptação passou à cada dia, uma<br />

busca pela sobrevivência e segurança de que<br />

ficaremos protegidos. Uma coisa é certa: A<br />

mudança se faz necessária, mesmo que nos<br />

assuste. Contudo, estamos em vantagem, pois<br />

já conhecemos este ‘novo’ e como nos comportar<br />

diante dele. Temos as ferramentas nas<br />

mãos e, até que a vacina chegue, pelo menos<br />

já aprendemos a nos comportar para evitar sua<br />

propagação.<br />

E o que ganhamos com o "novo normal"?<br />

Aquilo que é realmente necessário ganhou<br />

lugar, deixando para trás o consumismo<br />

exagerado, fazendo as pessoas refletirem a<br />

cerca do que lhes fazem mais falta, sobre<br />

o que querem e o que realmente precisam,<br />

com isso, descobriram novas alternativas<br />

que prometem ficar, como as consultas da<br />

tele medicina e reuniões on-line por exemplo,<br />

são algumas das facilidades que estão<br />

em alta e prometem continuar otimizando<br />

o tempo das pessoas. E para finalizar, as<br />

relações familiares ganharam mais atenção,<br />

onde a vontade de atravessar a tela do computador<br />

ou celular em busca de um abraço<br />

tornou-se símbolo do quanto o contato físico<br />

com quem amamos é valioso.<br />

REFERÊNCIAS<br />

https://www.insper.edu.br/noticias/novo-normal-conceito/<br />

https://www.em.com.br/app/noticia/bem-viver/2020/05/25/interna_bem_viver,1150466/<br />

coronavirus-estudo-aponta-tendencias-pos-<br />

-pandemia.shtml<br />

http://maracanaassistencia.com.br/blog/curio-<br />

sidades-que-vao-alem-pos-pandemia-o-novo-<br />

-normal/<br />

0 60<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2020


RADAR CIENTÍFICO<br />

Validação da Razão de 100 para a Definição de Mieloma<br />

Múltiplo Latente (SMM) de Alto Risco com N Latex FLC<br />

Medical Affairs Laboratory Diagnostics - Siemens Healthineers<br />

Diretrizes e Introdução<br />

O mieloma múltiplo latente (SMM) é uma condição assintomática precursora<br />

do mieloma múltiplo (MM). O SMM é geralmente descoberto<br />

acidentalmente quando a proteína M é encontrada no soro ou na urina<br />

em testes de eletroforese, solicitados por algum outro motivo. Os indivíduos<br />

com SMM têm uma taxa de 10% de progressão para MM sintomático<br />

dentro dos primeiros 5 anos após o diagnóstico. A taxa de progressão<br />

cai para 3% dentro de 5 a 10 anos após o diagnóstico e para 1% depois<br />

desse tempo.<br />

Historicamente, o tratamento de pacientes com SMM não era indicado<br />

até que progredissem para MM devido a altas taxas de toxicidade relacionadas<br />

ao tratamento. Com a introdução de novas terapias de alta eficiência<br />

para o mieloma, que oferecem melhor tolerabilidade, uma busca<br />

intensiva por biomarcadores foi iniciada para identificar pacientes que se<br />

beneficiariam com a terapia precoce. Para intervir antes do desenvolvimento<br />

de danos no órgão-alvo do MM, são necessários biomarcadores<br />

que identifiquem com precisão o subconjunto de pacientes com SMM<br />

com malignidade biológica e estão em risco iminente de progressão.<br />

O Grupo de Trabalho Internacional de Mieloma (IMWG) chegou a um<br />

consenso de que, se fossem identificados biomarcadores confiáveis associados<br />

a uma probabilidade de progressão de aproximadamente 80%<br />

(= valor preditivo positivo [VPP]) para MM em 2 anos, tais pacientes<br />

deveriam ser considerados como tendo MM.<br />

Os especialistas também estipularam uma especificidade de 95% ou<br />

mais e, concluíram que a terapia deve ser oferecida a este grupo de pacientes<br />

de SMM de alto risco. 1 Os profissionais envolvidos neste consenso<br />

apontaram que a especificidade é muito mais importante do que a sensibilidade<br />

para evitar o tratamento desnecessário.<br />

Para o diagnóstico de SMM e MM, a diretriz ESMO e o IMWG<br />

recomendam: 2,3<br />

• Detecção e avaliação do componente monoclonal (M) por:<br />

– Eletroforese de proteínas séricas e/ou urinárias<br />

(concentrado da coleta de urina de 24 horas);<br />

– Quantificação nefelométrica de IgG, IgA e IgM;<br />

– Caracterização das cadeias pesadas e leves por imunofixação;<br />

– Dosagem de FLC no soro.<br />

• Avaliação da infiltração de células plasmáticas da medula óssea.<br />

• Avaliação de lesões ósseas líticas.<br />

• Hemograma completo.<br />

• Dosagem de creatinina, clearance de creatinina e cálcio sérico total.<br />

Estudo francês de validação em pacientes com SMM<br />

As atualizações das diretrizes do IMWG e do ESMO que incluem a razão<br />

>100 de FLC como um critério de para ambos os ensaios, a razão de FLC<br />

(envolvida para não envolvida) foi calculada e o desempenho de uma<br />

razão ≥100 na predição da progressão da doença para MM sintomático<br />

nos próximos 2 anos foi avaliada.<br />

Ambos os ensaios tiveram uma capacidade semelhante de<br />

prever a manifestação de MM com uma razão de risco relativa<br />

de 1,99 para os ensaios N Latex FLC e 2,04 para os ensaios<br />

FREELITE. O VPP e a especificidade foram mais elevados para<br />

o ensaio N Latex FLC (66,7%; 97,4%) em comparação com o<br />

ensaio FREELITE (56,5%; 91,2%).<br />

A comparação do método qualitativo para a razão de FLC com<br />

o cutoff de 100 mostrou uma taxa de concordância de 90%<br />

(coeficiente κ 0,39); a melhor taxa de concordância de 91,5%<br />

foi obtida com um cutoff de 70 para os ensaios N Latex FLC<br />

(coeficiente κ 0,53).<br />

0 62<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


Atellica® Solution com Atellica® Decapper integrado<br />

Atellica® Decapper<br />

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RADAR CIENTÍFICO<br />

Análise de correlação: razão FREELITE<br />

versus N Latex FLC 6<br />

Diagnóstico para MM, baseiam-se em<br />

dois estudos em que os ensaios FREELITE<br />

no sistema nefelométrico Siemens Healthineers<br />

BN II foram utilizados para a dosagem<br />

de cadeias leves livres (FLC).1,4 A partir<br />

desses estudos, vários ensaios adicionais<br />

de FLC foram liberados para diagnóstico<br />

e monitoramento de MM. No entanto, os<br />

Uma razão N Latex FLC ≥100 apoia o<br />

prognóstico de progressão da doença em<br />

pacientes com SMM com desempenho<br />

semelhante ao observado no ensaio FRE-<br />

ELITE. No entanto, os pacientes identificados<br />

como alto risco podem ser diferentes<br />

pelos dois ensaios.<br />

Nesse estudo, a melhor razão de sensibilidade/especificidade<br />

para o ensaio N<br />

Latex FLC foi obtida com cutoff de 70.<br />

posteriores realizados entre 2013 e 2018<br />

relataram VPPs de 30–64% . 4,6-9<br />

Os resultados apresentados por Henriot<br />

para os ensaios N Latex FLC e FREELITE<br />

estão dentro da faixa média dos resultados<br />

de VPP obtidos nos diferentes estudos, demonstrando<br />

que os ensaios N Latex FLC forneceram<br />

prognóstico de risco equivalente.<br />

resultados obtidos por diferentes ensaios<br />

de FLC, assim como resultados obtidos<br />

pelo mesmo ensaio, mas em analisadores<br />

diferentes, não devem ser usados indistintamente.<br />

5<br />

Deve-se notar que a maioria dos pacientes<br />

com a doença progressiva nos primeiros<br />

2 anos, após o diagnóstico, permanece<br />

não detectada (razão FLC 100 de FLC—Qual a evidência<br />

clínica dos dados publicados?<br />

Além dos dois primeiros estudos dos<br />

EUA e da Grécia publicados em 2013,<br />

mais quatro estudos dos EUA, Dinamarca<br />

e França sobre a regra de uma razão de cadeias<br />

leves livres >100 foram publicados.<br />

leve livre não envolvida.<br />

Em resumo, em seis estudos publicados<br />

até 2019 abordando a identificação de pacientes<br />

com SMM de alto risco, uma razão<br />

de FLC ≥100 identificou esses pacientes<br />

com uma taxa de progressão mais modesta<br />

do que o esperado.<br />

uma coorte francesa de 176 pacientes<br />

diagnosticados com SMM de acordo com<br />

Portanto, alguns autores não consideram<br />

os critérios do IMWG de 2003. Durante<br />

o uso de uma razão FLC ≥100 como o úni-<br />

os primeiros 2 anos após o diagnóstico,<br />

62 pacientes (35%) evoluíram para MM<br />

sintomático.<br />

*Resultados de 18 meses (todos os outros estudos duraram<br />

24 meses).<br />

co critério para o tratamento de MM,6 mas<br />

recomendam o monitoramento contínuo<br />

desses pacientes.<br />

O primeiro e maior estudo da Clínica<br />

Abreviações:<br />

Mayo1 definindo o SMM de alto risco por<br />

FLC: cadeia leve livre<br />

uma razão FLC ≥100 (e FLC envolvido<br />

MM: mieloma múltiplo<br />

≥100 mg/L) não atingiu a meta de uma<br />

SMM: mieloma múltiplo latente<br />

taxa de 80% de progressão em 2 anos.<br />

CRAB: cálcio, renal, anemia, osso<br />

SLiM: esqueleto, cadeias leves, medula<br />

No entanto, o VPP de 73% determinado<br />

ESMO: Sociedade Europeia de Oncologia Médica<br />

no estudo da Clínica Mayo é o resultado<br />

IMWG: Grupo Internacional de Trabalho<br />

mais alto obtido até o momento; estudos<br />

do Mieloma PPV: valor preditivo positivo<br />

0 64<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


LANÇAMENTOS<br />

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vírus Chikungunya<br />

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RADAR CIENTÍFICO<br />

Referências:<br />

1. Larsen JT, Kumar SK, Dispenzieri<br />

A, Kyle RA, Katzmann JA, Rajkumar SV.<br />

Serum free light chain ratio as a biomarker<br />

for high-risk smoldering multiple myeloma.<br />

Leukemia. 2013;27(4):941-6.<br />

2. Moreau P, San Miguel J, Sonneveld P,<br />

Mateos MV, Zamagni E, Avet-Loiseau H,<br />

Hajek R, Dimopoulos MA, Ludwig H, Einsele<br />

H, Zweegman S, Facon T, Cavo M, Terpos<br />

E, Goldschmidt H, Attal M, Buske C; ESMO<br />

Guidelines Committee. Multiple myeloma:<br />

ESMO Clinical Practice Guidelines for<br />

diagnosis, treatment and follow-up. Ann<br />

Oncol. 2017;28(suppl_4):iv52-iv61.<br />

3. Rajkumar SV, Dimopoulos MA, Palumbo<br />

A, et al. International Myeloma<br />

Working Group updated criteria for the<br />

diagnosis of multiple myeloma. Lancet<br />

Oncol. 2014;15(12):e538-48.<br />

4. Kastritis E, Moulopoulos LA, Terpos<br />

E, Koutoulidis V, Dimopoulos MA. The<br />

prognostic importance of the presence of<br />

more than one focal lesion in spine MRI<br />

of patients with asymptomatic (smoldering)<br />

multiple myeloma. Leukemia.<br />

2014;28(12):2402-3.<br />

5. 510(k) substantial equivalence determination<br />

decision memorandum for<br />

Freelite kappa and lambda kits. Available<br />

from: https://www.accessdata.fda.gov/<br />

cdrh_docs/reviews/K150658.pdf<br />

6. Henriot B, Rouger E, Rousseau C, Escoffre<br />

M, Sébillot M,Bendavid C, Minvielle<br />

S, Avet-Loiseau H, Decaux O, Moreau C.<br />

Prognostic value of involved/uninvolved<br />

free light chain ratio determined<br />

by Freelite and N Latex FLC assays for<br />

identification of high-risk smoldering<br />

myeloma patients. Clin Chem Lab Med.<br />

2019;57(9):1397-1405.<br />

7. Waxman AJ, Mick R, Garfall AL, Cohen<br />

A, Vogl DT, Stadtmauer EA, Weiss BM.<br />

Classifying ultra-high risk smoldering<br />

myeloma. Leukemia. 2015;29(3):751-3.<br />

8. Sørrig R, Klausen TW, Salomo M,<br />

Vangsted AJ, Østergaard B, Gregersen H,<br />

Frølund UC, Andersen NF, Helleberg C,<br />

Andersen KT, Pedersen RS, Pedersen P,<br />

Abildgaard N, Gimsing P; Danish Myeloma<br />

Study Group. Smoldering multiple myeloma<br />

risk factors for progression: a Danish<br />

population-based cohort study. Eur J Haematol.<br />

2016;97(3):303-9.<br />

9. Wu V, Moshier E, Leng S, Barlogie B,<br />

Cho HJ, Jagannath S, Madduri D, Mazumdar<br />

M, Parekh S, Chari A. Risk stratification<br />

of smoldering multiple myeloma: predictive<br />

value of free light chains and group-based<br />

trajectory modeling. Blood Adv.<br />

2018;2(12):1470-9.<br />

Na Siemens Healthineers nosso propósito é permitir que os clientes da<br />

área da saúde aumentem seu valor empoderando-os através da sua jornada<br />

na expansão da medicina de precisão, na transformação do cuidado<br />

com a saúde e na otimização da experiência do paciente - tudo isso possível<br />

através da digitalização da saúde.<br />

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se beneficiam todos os dias através de tecnologias e serviços inovadores<br />

nas áreas de imagem diagnóstico e terapêutica, diagnóstico laboratorial<br />

e medicina molecular, assim como saúde digital e serviços corporativos.<br />

Nós conduzimos uma companhia de tecnologia médica com mais de<br />

120 anos de experiência e 18.000 patentes no mundo todo. Com mais de<br />

50.000 profissionais dedicados em 75 países, continuaremos a inovar e<br />

moldar o futuro do cuidado com a saúde.<br />

BN e todas as marcas associadas são marcas comerciais da Siemens<br />

Healthcare Diagnostics Inc. ou de suas afiliadas. Todas as outras marcas<br />

pertencem a seus respectivos proprietários.<br />

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a diversos requisitos regulamentares. Entre em contato com o seu representante<br />

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0 66<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


O FUTURO DAS<br />

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Otimização do fluxo de trabalho<br />

Segurança nos resultados<br />

Gamopatias Monoclonais<br />

Freelite ® (quantificação de cadeias leves<br />

e livres)<br />

Sistema Imune<br />

IgA, IgM, IgG, IgD e IgE, Suclasses de<br />

IgG e IgA, Sistema Complemento (CH50,<br />

C1 inativador, C1q, C2, C3c e C4)<br />

Sistema nervoso central<br />

Albumina, Freelite, Cistatina e<br />

Imunoglobulinas no líquor.<br />

Menu de testes<br />

Nefrologia<br />

Cistatina, Microalbumina<br />

Beta-2-Microglobulina, Transferrina<br />

Proteínas Específicas<br />

PCR, ASO, Fator Reumatóide, Ferritina,<br />

Transferrina, Pré-Albumina, Ceruloplasmina,<br />

Haptoglobina, Alfa-1-Antitripisina,<br />

Alfa-1-Glicoproteína Ácida, Lipoproteína(a),<br />

entre outras.<br />

Freelite ® é marca registrada da empresa The Binding Site Group, Birmingham, Reino Unido<br />

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Quando iniciamos nossas avidades, já no ano 2000, fomos movados pelo desejo de ofertar à nossa<br />

Rede apoio personalizado, alto nível técnico e cienfico, tecnologia de ponta. Mas, acima de tudo,<br />

atendimento personalizado. Foi assim que construímos de forma sólida duas décadas de história.<br />

Hoje, completando 20 anos, connuamos tendo como principal diretriz o compromisso de sermos mais<br />

e melhores. Atuamos como extensão de cada parceiro acompanhando todos os processos, oferecendo<br />

conhecimento de alto nível à equipe de colaboradores, acompanhando às demandas geradas pelo<br />

mercado e tornando mais compevo cada membro da Rede, principalmente pela qualidade e<br />

confiabilidade dos resultados entregues.<br />

Quando o assunto é qualidade, O Lab Rede tem orgulho de ser reconhecido pelas principais programas<br />

de Acreditação: PALC, DICQ e ONA, sendo pioneiro como laboratório de apoio a receber uma cerficação<br />

de Acreditado ONA com Excelência.<br />

A Assessoria Cienfica do Lab Rede é referência em atendimento e resoluvidade. Está sempre disponível<br />

no auxílio aos nossos membros de forma personalizada, sendo este um dos grandes destaques percebidos<br />

por nossos parceiros.<br />

Somos reconhecidos por auditorias contábeis independentes como uma empresa séria e digna de<br />

credibilidade, graças à nossa atuação responsável, transparente e fiel às regulamentações fiscais e<br />

tributárias.<br />

Hoje, com centenas de membros, nossos clientes e parceiros apontam o Lab Rede como referência em<br />

apoio laboratorial. Nossa missão é propiciar à nossa Rede, sustentabilidade e independência em sua<br />

atuação no mercado. Uma visão inovadora de relacionamento e apoio que gera valor, fortalece cada<br />

parceiro e respeita as parcularidades.<br />

É assim que, juntos, criamos um novo conceito em apoio laboratorial.<br />

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pautado por seus principais valores: Éca, Transparência,<br />

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DIAGNÓSTICO POR IMAGEM<br />

Experiência do Paciente e o valor<br />

da humanização em saúde<br />

O que o paciente precisa de nós?<br />

Autor: Dra. Daniella Kerbauy, Dr. Rogério Caldana<br />

Para responder essa pergunta é importante<br />

adotarmos a perspectiva correta, do próprio<br />

paciente e seus familiares, que estão diante<br />

de variadas incertezas quando buscam<br />

assistência à saúde. Eles geralmente desconhecem<br />

o nível de serviço necessário para<br />

o adequado desfecho de seu caso, podem<br />

se sentir inseguros e fragilizados diante de<br />

procedimentos potencialmente invasivos,<br />

e enfrentam a possibilidade de sofrimento<br />

e exposição à ideia da própria mortalidade,<br />

com todos os sentimentos que isso implica.<br />

Aspectos como esses tornam o atendimento<br />

à saúde uma relação única na prestação<br />

de serviços, em que a confiança no médico,<br />

profissional ou instituição de saúde assume<br />

papel preponderante. Tal grau de confiança<br />

é geralmente estabelecido sobre dois principais<br />

fatores: um de natureza técnica, representado<br />

pelo conhecimento científico e uso<br />

de recursos tecnológicos cada vez mais complexos<br />

e avançados, e outro de natureza humanística,<br />

caracterizado pela compreensão<br />

e acolhimento ao sentimento do paciente. A<br />

confiança necessária para o sucesso dessa relação<br />

fracassará se um desses componentes<br />

for oferecido sem a presença do outro.<br />

É com essa perspectiva que assume central<br />

importância a chamada "Experiência do<br />

Paciente”, que reúne o conjunto de fatores<br />

e interações vivenciadas na jornada de seu<br />

atendimento. Pesquisas têm demonstrado<br />

que os pacientes atribuem a percepção de<br />

qualidade ao serem adequadamente informados,<br />

ouvidos com dedicação, quando são<br />

tratados de forma pessoal e acolhedora, e<br />

apoiados nas necessidades para seu engajamento.<br />

Isso tem levado as instituições de<br />

saúde a reestruturarem seus processos de<br />

atendimento em torno do paciente e não da<br />

doença.<br />

Programas efetivos que priorizam a Experiência<br />

do Paciente envolvem praticamente<br />

todas as operações de uma organização de<br />

saúde, ao colocarem o bem-estar do paciente<br />

como o principal foco de suas atividades.<br />

Tais programas incluem desde a escolha do<br />

perfil das lideranças e corpo profissional, a<br />

aspectos operacionais como o rigor nos protocolos<br />

de segurança, consentimento e informação,<br />

o aprimoramento contínuo na comunicação<br />

interpessoal e corporativa, ações<br />

de engajamento de pacientes e familiares,<br />

políticas de desenvolvimento e valorização<br />

de habilidades pessoais, como empatia, comunicação<br />

e trabalho colaborativo.<br />

Atentas a isso, o desenvolvimento da cultura<br />

organizacional centrada no paciente tem<br />

sido um dos principais fatores de diferenciação<br />

competitiva das maiores instituições de<br />

saúde por todo o mundo, com importantes<br />

exemplos nacionais nesse sentido, o que inclui<br />

iniciativas de sucesso também em instituições<br />

públicas.<br />

O impacto da experiência do paciente também<br />

pode ser medido pelo seu efeito direto<br />

na saúde do indivíduo: elevados níveis de<br />

experiência correlacionam-se à maior aderência<br />

ao tratamento e maior grau de engajamento<br />

no controle de doenças crônicas.<br />

Instituições de saúde que priorizam a Experiência<br />

do Paciente têm também apresentado<br />

melhor avaliação de seu corpo clínico e colaboradores,<br />

por reforçarem a noção de pertencimento<br />

e o ambiente positivo de trabalho.<br />

Todo esse esforço traz também impacto<br />

nos resultados financeiros, seja pelo ganho<br />

em eficiência, credibilidade e fidelização, ou<br />

pelo melhor desempenho em modelos de<br />

remuneração baseados em valor, tendência<br />

cada vez maior na cadeia de saúde, pelo foco<br />

no desfecho clínico. Um exemplo disso é a<br />

implantação do sistema MIPS norte-americano,<br />

baseado em critérios de qualidade<br />

avaliados pelos próprios pacientes.<br />

Por fim, as instituições precisam criar mecanismos<br />

eficientes para receber os feedbacks<br />

dos pacientes, e implantar as melhorias<br />

apontadas. Boa parte da experiência diferenciada<br />

está na percepção de que os pacientes<br />

são ouvidos e valorizados individualmente, e<br />

não tratados apenas como parte de protocolos<br />

clínicos.<br />

Se por um lado já conhecemos quais fatores<br />

são importantes para garantir uma experiência<br />

diferenciada no atendimento à saúde,<br />

0 70<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


a atual pandemia acentuou o distanciamento<br />

e passou a representar um novo desafio ao<br />

acolhimento do paciente. Com a ampliação<br />

no uso dos recursos digitais, e as interações<br />

físicas afetadas por um conjunto de barreiras<br />

Geralmente características naturais em muitos<br />

profissionais de saúde, pela relação com<br />

seu propósito vocacional, essas habilidades<br />

podem ser ainda mais prevalentes por meio<br />

da valorização desses aspectos na cultura da<br />

padrão de atendimento aos pacientes. Para<br />

garantir a entrega de uma boa experiência<br />

do paciente, é necessário atuar com foco no<br />

bem-estar desses profissionais por meio do<br />

reconhecimento, de práticas que promovam<br />

DIAGNÓSTICO POR IMAGEM<br />

nos equipamentos de proteção pessoal, todo<br />

organização, pela implantação de programas<br />

resiliência e garantam uma comunicação<br />

o processo de abordagem do paciente preci-<br />

de treinamento corporativo e reconhecimen-<br />

efetiva verbal e não-verbal e alinhamento de<br />

sará ser reconsiderado. Boa parte da expres-<br />

to profissional.<br />

propósito (Figura1).<br />

são facial, componente fundamental para a<br />

conexão empática, está atualmente ocultado<br />

O desafio do atual momento é ainda maior<br />

Como em todos momentos de crise, as li-<br />

por máscaras, óculos e protetores faciais. Isso<br />

ao considerarmos que os profissionais de<br />

ções aprendidas nesse período farão parte<br />

obriga o profissional de saúde a fazer o me-<br />

saúde encontram-se sob intensa sobrecarga<br />

das transformações futuras do sistema. Vi-<br />

lhor uso possível dos outros recursos dispo-<br />

física e psicológica, principalmente aqueles<br />

vemos um evento de profundo impacto na<br />

níveis para o estabelecimento do vínculo de<br />

envolvidos na linha de frente do combate à<br />

prática médica. É preciso garantir que esse<br />

contato, como a comunicação efetiva, o con-<br />

pandemia, e precisam ter apoio adicional<br />

novo momento amplie a inclusão das me-<br />

tato visual e a adequada linguagem corporal.<br />

em suas instituições, de modo a manter o<br />

lhores práticas de cuidado, e com isso o estabelecimento<br />

de maior valor à Experiência<br />

Profissionais de saúde<br />

Pacientes<br />

do Paciente.<br />

Referências:<br />

Práticas<br />

promovem<br />

Resiliência<br />

(Meditação, Yoga)<br />

Mecanismos de<br />

Reonhecimento<br />

Bem-estar,<br />

satisfação,<br />

engajamento<br />

Comunicaçã<br />

o empática<br />

(verbal e<br />

não-verbal)<br />

Ciclo<br />

virtuoso de<br />

Experiências<br />

do Paciente<br />

The Patient Experience Book. NHS Institute for Innovation<br />

and Improvement. Available online: https://<br />

www.england.nhs.uk/improvement-hub/wp-con-<br />

tent/uploads/sites/44/2017/11/Patient-Experience-<br />

-Guidance-and-Support.pdf<br />

Boissy A, Windover AK, Bokar D. Communication<br />

Skills Training for Physicians Improves Patient Satisfaction.<br />

J Gen Intern Med. 2016;31(6):755-61<br />

Kerbauy D, Santalucia C, Caldana R, Sweet J, Tsutsui<br />

J, Rizzatti E, Mercer MB. Communicating with HEART<br />

around the globe—does empathy transcend culture?<br />

Journal of Hospital Management and Health Policy,<br />

November, 2019; 3: 30.<br />

Millstein JH, Kindt S. Reimagining the Patient Experience<br />

During the Covid-19 Pandemic. NEJM Catalyst<br />

Innovations in Care Delivery. From de Editors, June, 2020.<br />

Figura 1. Comunicação Empática, Reconhecimento e Resiliência como pilares fundamentais para uma experiência do<br />

paciente extraordinária.<br />

Dra. Daniella Kerbauy<br />

Diretora Médica do Grupo Fleury<br />

Graduada em Medicina pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), tem residência<br />

em Clínica Médica e Hematologia/Hemoterapia pela Escola Paulista de Medicina<br />

da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e doutorado em Hematologia pela<br />

mesma universidade. Possui título de especialista em Patologia Clínica e Medicina<br />

Laboratorial pela Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/ Medicina Laboratorial<br />

(SBPC/ML). Cursou o pós-doutorado no Fred Hutchinson Cancer Research Center<br />

em Seattle (WA), nos Estados Unidos. Além disso, possui MBA executivo “OneMBA,<br />

Global Executive MBA Program”.<br />

Dr. Rogério Caldana<br />

Médico Radiologista do Grupo Fleury<br />

Médico formado pela EPM/UNIFESP, com residência e pós-graduação em<br />

Diagnóstico por Imagem. Pós-doutorado em ensino digital em Radiologia.<br />

Título de especialista em Diagnóstico por Imagem pelo CBR e MBA em gestão<br />

empresarial pela FGV.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020<br />

0 71


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Desde 1971 atendendo<br />

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celular hematológica, composta<br />

de dois analisadores BC-6800 e<br />

uma automação em distensão e<br />

coloração de lâminas (SC-120).<br />

• Capacidade de processamento de<br />

até 250 amostras/hora (CBC+Diff).<br />

• Equipamentos podem trabalhar<br />

em conjunto ou isolados<br />

dependendo da rotina.<br />

• As esteiras de carregamento<br />

dos analisadores são bidirecionais<br />

(patente Mindray).<br />

• O software labXpert é o padrão<br />

para o CAL 8000 e gerencia todo<br />

o sistema com a possibilidade de auto validação e análise de amostras com base em regras predefinidas, além de possuir<br />

uma interface mais intuitiva para validação manual.<br />

• Amostras STAT podem ser carregadas em modo aberto para diminuir o tempo de execução do teste ou em racks com<br />

prioridade<br />

• Seguindo 3 etapas de “load and go”, os usuários do SC-120 podem obter lâminas finalizadas que estão prontas para a<br />

revisão microscópica.<br />

• Utilizando adaptador com patente própria, vários tipos de tubos são permitidos.<br />

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ENGENHARIA CLÍNICA<br />

A importância da gestão eficiente<br />

de equipamentos laboratoriais<br />

na qualidade e segurança assistencial<br />

Mariana Ribeiro Brandão<br />

Devido ao aumento crescente de tecnologias<br />

em estabelecimentos de saúde, a gestão<br />

do parque tecnológico deve ser eficiente a<br />

fim de assegurar a melhor segurança para<br />

os seus usuários, sendo eles os pacientes e/<br />

ou demais envolvidos. Essa realidade inclui<br />

também os ambientes laboratoriais, onde a<br />

demanda de equipamentos para auxiliar nos<br />

processos são cada vez mais requeridas. Os<br />

equipamentos laboratoriais são dispositivos<br />

utilizados pelo laboratório clínico para auxiliar<br />

no processo de condução de análises<br />

laboratoriais [1].<br />

Gerenciar as tecnologias durante todo o ciclo<br />

de vida é essencial para que elas venham<br />

a desempenhar as suas funções da melhor<br />

forma possível. A gestão das tecnologias em<br />

saúde, incluindo os equipamentos laboratoriais,<br />

são requeridos na resolução da colegiada<br />

(RDC) 02, que preconiza o gerenciamento<br />

das tecnologias em estabelecimentos<br />

de saúde, devendo ser realizado desde os<br />

processos de planejamento e incorporação<br />

tecnológico, gerenciamento de intervenções<br />

técnicas (como manutenções e calibrações),<br />

informações de uso, até o descarte final da<br />

tecnologia [2]. A norma NBR 15943 dispõe<br />

dos requisitos mínimos para a realização<br />

do gerenciamento em todo o ciclo de vida<br />

tecnológico, iniciando nos processos pré-comercialização<br />

até a pós-comercialização [3].<br />

Especificamente para os equipamentos<br />

laboratoriais, a RDC 302 preconiza requisitos<br />

mínimos visando a segurança de equipamentos<br />

e instrumentos laboratoriais. De<br />

acordo com o regulamento, o laboratório<br />

clínico e o posto de coleta laboratorial devem<br />

possuir equipamentos necessários ao<br />

atendimento e que atenda à sua demanda<br />

que estejam regularizados junto a ANVISA/<br />

MS, seguindo a legislação vigente; realizar e<br />

manter registros das manutenções preventivas<br />

e corretivas, além de calibrar ou verificar<br />

os equipamentos periodicamente e registrá-<br />

-lo para o controle histórico [1].<br />

As ações requisitadas devem estar presentes<br />

no plano de gerenciamento de tecnologias<br />

em saúde, a ser elaborada e implementada<br />

por um profissional designado<br />

pelo estabelecimento [2]. Estas podem ser<br />

executadas pelo Engenheiro Clínico, que segundo<br />

definição da Associação Brasileira de<br />

Engenharia Clínica, é o profissional responsável<br />

por aplicar técnicas de gerenciamento<br />

de equipamentos médicos visando a segurança<br />

do paciente [4]. Os procedimentos e<br />

atividades devem ser realizadas durante a<br />

gestão de cada tecnologia nos estabelecimentos<br />

de saúde, de modo a garantir a sua<br />

rastreabilidade, segurança e eficácia, visando<br />

promover a qualidade assistencial para o<br />

usuário final.<br />

Referências:<br />

[1] Ministério da Saúde. Resolução de diretoria<br />

colegiada - RDC Nº 302, de 13 de outubro de 2005.<br />

Dispõe sobre Regulamento Técnico para funcionamento<br />

de Laboratórios Clínicos.<br />

[2] Ministério da Saúde. Resolução de diretoria<br />

colegiada – RDC Nº 2, de 25 de janeiro de 2010<br />

Dispõe sobre o gerenciamento de tecnologias em<br />

saúde em estabelecimentos de saúde.<br />

[3] Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR<br />

15943:2011. Diretrizes para um programa de gerenciamento<br />

de equipamentos de infraestrutura de<br />

serviços de saúde e de equipamentos para a saúde.<br />

[4] Associação Brasileira de Engenharia Clínica.<br />

Disponível em: http://www.abeclin.org.br/pagina.<br />

php?p=quem-somos<br />

Mariana Ribeiro Brandão<br />

Engenheira Biomédica | UNIFESP - Especialista em Engenharia Clínica | UNICAMP<br />

Mestranda em Engenharia Elétrica | UFSC<br />

Linkedin: /marianaribeirobrandao<br />

Instagram: @engenheiraclinica<br />

E-mail: marianaribeirobrandao@gmail.com<br />

0 74<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


MEDICINA GENÔMICA<br />

Vigilância para as Manifestações<br />

Neurológicas das Arboviroses:<br />

Dengue, Zika e Chikungunya<br />

Por: Marzia Puccioni-Sohler, 1,2 e Cíntia da Silva Mello, 1,2<br />

1. Escola de Medicina e Cirurgia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Rio de Janeiro, Brasil<br />

2. Programa de Pós-Graduação em Doenças Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, Brasil<br />

Durante as pandemias de dengue, zika e<br />

chikungunya, houve aumento de relatos de<br />

casos com complicações neurológicas associados<br />

a estes vírus. O envolvimento do sistema<br />

nervoso pode representar a manifestação<br />

inicial da infecção pelo vírus da dengue.<br />

Discutiremos alguns aspectos relacionados a<br />

conceitos, epidemiologia, as manifestações<br />

neurológicas mais frequentes e os critérios<br />

para diagnóstico. Este material poderá servir<br />

de apoio a identificação precoce e tratamento<br />

adequado destas doenças neuroinvasivas pelos<br />

profissionais de saúde.<br />

Palavras-chave: arbovírus, dengue, Zika,<br />

chikungunya, sistema nervoso, encefalite,<br />

síndrome de Guillain-Barré, líquido cefalorraquidiano,<br />

síntese intratecal de anticorpo<br />

específico, critério diagnóstico.<br />

Arbovírus caracterizam os vírus transmitidos<br />

ao hospedeiro vertebrado através da<br />

picada de vetores artrópodes, especialmente<br />

mosquitos e carrapatos. Os Flavivirus (vírus<br />

da dengue, Zika e febre amarela) e os Alphavirus<br />

(vírus chikungunya) são comumente<br />

transmitidos por mosquitos fêmeas do gênero<br />

Aedes (Ae. Aegypti e Ae. Albopictus) após<br />

repasto em um hospedeiro humano virêmico<br />

(WHO, 2018).<br />

Os arbovírus estão presentes em mais de<br />

120 países com caráter endêmico, emergindo<br />

em áreas urbanas pobres e porções<br />

periféricas, com que cerca de 4 bilhões de<br />

indivíduos expostos ao risco de infecção e<br />

seus agravamentos (WHO, 2018). Essa ampla<br />

distribuição associada à urbanização e<br />

às mudanças climáticas são alguns fatores<br />

que facilitam a co-circulação desses agentes<br />

pelos hemisférios e, consequentemente,<br />

o aparecimento de doenças (WHO, 2018).<br />

No Brasil, as arboviroses pelos vírus dengue<br />

(DENV), Zika (ZIKV) e chikungunya (CHIKV)<br />

recebem maior destaque, devido ao elevado<br />

número de casos em ocorrência nos últimos<br />

anos (tabela) 2-6 .<br />

Estima-se que 0,5-21% dos pacientes com<br />

dengue desenvolvam manifestações neurológicas⁷,<br />

16% dos pacientes na infecção<br />

pelo CHIKV⁸ e 13,4 a 33,3% na infecção pelo<br />

Janeiro, Brasil<br />

ZIKV. Os sinais neurológicos podem surgir<br />

desde a fase aguda da infecção até 30 dias<br />

após início dos sintomas⁹. As complicações<br />

neurológicas causadas por esses arbovírus<br />

apresentam elevado potencial de mortalidade<br />

e déficits neurológicos. Estas incluem:<br />

síndromes de malformações congênitas,<br />

encefalite aguda, meningite asséptica, mielite<br />

e distúrbios pós-infecciosos tais como a<br />

síndrome de Guillain-Barré, encefalomielite<br />

disseminada aguda, neuromielite óptica, paralisia<br />

do nervo craniano, neuropatia 7-11 . Os<br />

sintomas neurológicos não são específicos<br />

dificultando o diagnóstico. A fisiopatogenia<br />

das manifestações neurológicas ocorre<br />

pela ação direta do vírus, por mecanismos<br />

autoimunes, hemorragia e pelos distúrbios<br />

metabólicos associados a infecção 7-9 . A encefalite<br />

tem sido a manifestação neurológica<br />

mais comum nas infecções por DENV 7 .<br />

O líquido cefalorraquidiano (LCR) é um ultrafiltrado<br />

do plasma sanguíneo produzido<br />

pelas células do plexo coróide. Pleocitose<br />

(contagem de células>4 céls./mm3), proteína<br />

levemente aumentada ou normal, glicose<br />

normal ou levemente diminuída e nível de<br />

lactato normal ou levemente aumentado são<br />

achados comuns no exame do LCR que contribui<br />

para o diagnóstico de infecção viral no<br />

sistema nervoso central (SNC). No entanto,<br />

estas alterações são semelhantes em uma<br />

variedade de agentes virais 12 . Síntese intratecal<br />

de anticorpos IgG específico para DENV<br />

tem sido demonstrado em casos de mielite 13 ,<br />

assim como síntese intratecal de anticorpos<br />

IgG específico para CHIKV em um caso de<br />

encefalite 14 . Ambos representam potenciais<br />

biomarcadores para o diagnóstico destas infecções<br />

neuroinvasivas.<br />

VIGILÂNCIA PARA AS MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS DAS ARBOVIROSES:<br />

DENGUE, ZIKA E CHIKUNGUNYA<br />

Marzia Puccioni-Sohler,​ 1,2​ Cíntia da Silva Mello,​ 1,2<br />

1. Escola de Medicina e Cirurgia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Rio de<br />

2. Programa de Pós-Graduação em Doenças Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da<br />

Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, Brasil<br />

Durante as pandemias de dengue, zika e chikungunya, houve aumento de relatos de casos com complicações<br />

neurológicas associados a estes vírus. O envolvimento do sistema nervoso pode representar a manifestação inicial da<br />

infecção pelo vírus da dengue. Discutiremos alguns aspectos relacionados a conceitos, epidemiologia, as<br />

manifestações neurológicas mais frequentes e os critérios para diagnóstico. Este material poderá servir de apoio a<br />

identificação precoce e tratamento adequado destas doenças neuroinvasivas pelos profissionais de saúde.<br />

Palavras-chave: ​arbovírus, ​dengue, Zika, chikungunya, sistema nervoso, encefalite, síndrome de Guillain-Barré,<br />

líquido cefalorraquidiano, síntese intratecal de anticorpo específico, critério diagnóstico.<br />

Arbovírus caracterizam os vírus transmitidos ao hospedeiro vertebrado através da picada de vetores artrópodes,<br />

especialmente mosquitos e carrapatos. Os ​Flavivirus (vírus da dengue, Zika e febre amarela) e os ​Alphavirus (vírus<br />

chikungunya) são comumente transmitidos por mosquitos fêmeas do gênero ​Aedes (​Ae. Aegypti e ​Ae. Albopictus​) após<br />

repasto em um hospedeiro humano virêmico (WHO, 2018).<br />

De acordo com o Centro de Controle e<br />

Os arbovírus estão presentes em mais de 120 países com caráter endêmico, emergindo em áreas urbanas<br />

pobres e porções periféricas, com que cerca de 4 bilhões de indivíduos expostos ao risco de infecção e seus<br />

agravamentos (WHO, 2018). Essa ampla distribuição associada à urbanização e às mudanças climáticas são alguns<br />

fatores que facilitam a co-circulação desses agentes pelos hemisférios e, consequentemente, o aparecimento de<br />

doenças (WHO, 2018). No Brasil, as arboviroses pelos vírus dengue (DENV), Zika (ZIKV) e chikungunya (CHIKV)<br />

Tabela. Epidemiologia dos arbovírus no Brasil<br />

recebem maior destaque, devido ao elevado número de casos em ocorrência nos últimos anos (tabela)​<br />

Ano<br />

Casos<br />

prováveis (n)<br />

Incidência<br />

(/100mil hab)<br />

DENV ZIKV CHIKV DENV ZIKV CHIKV<br />

2015 1.587.080 56.159 17.765 782,6 27,58 -<br />

2016 1.487.924 211.770 263.598 727,6 103,6 128,9<br />

2017 249.056 17.338 185.605 120,9 8,4 90,1<br />

2018 247.393 8.024 85.221 118,7 3,8 40,9<br />

2019 1.544.987 10.768 132.205 735,2 5,1 62,9<br />

2020* 802.001 3.509 37.387 381,6 1,7 17,8<br />

Fonte: Sinan NET, Ministério da Saúde do Brasil (bancos de 2015/ 2016/2017/ 2018/ 2019/ 2020). *Até a Semana Epidemiológica 1 a 22 (29/12/2019 a<br />

16/05/2020).<br />

Tabela​. Epidemiologia dos arbovírus no Brasil<br />

2-6​<br />

.<br />

0 76<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


MEDICINA GENÔMICA<br />

Prevenção de Doenças (CDC, 2015) e com<br />

o Ministério da Saúde do Brasil (2017),<br />

o diagnóstico de doença neuroinvasiva<br />

causada por DENV, ZIKV e/ou CHIKV baseia-se<br />

em critérios clínicos, como o aparecimento<br />

de manifestações neurológicas<br />

na ausência de uma explicação clínica<br />

mais provável; confirmados pelos critérios<br />

laboratoriais: presença de RNA viral e/ou<br />

antígenos virais no soro e/ou LCR ou outro<br />

líquido corporal, IgM específica reagente<br />

no líquido cefalorraquidiano (LCR) com<br />

IgM específico não reagente para outros<br />

arbovírus endêmicos na região, IgM específica<br />

no soro confirmada por anticorpos<br />

neutralizantes específicos do vírus, elevação<br />

do título de IgG específica em soro<br />

pareado 10-11 . Sendo a presença do material<br />

genético viral no LCR considerada a evidência<br />

maior causalidade10-11.<br />

Em uma recente publicação, nosso grupo<br />

verificou que 31% (11/36) dos pacientes<br />

(adultos) com suspeita diagnóstica de infecção<br />

do SNC ou quadros pós-infecciosos<br />

apresentavam doença neuroinvasiva associada<br />

a DENV ou CHIKV, com base nos critérios<br />

da CDC/Ministério da Saúde. Quando<br />

associados a avaliação da síntese intratecal<br />

de anticorpo específico para DENV e CHI-<br />

KV, 36% (13/36) preencheram os critérios<br />

de positividade de arbovírus. Dos casos<br />

diagnosticados, 54% foram causados pelo<br />

DENV e 46% pelo CHIKV. A encefalite foi a<br />

manifestação neurológica mais frequente,<br />

com 54% (7/13) dos casos15.<br />

Em conclusão, em casos com suspeita de<br />

quadros infecciosos do SNC ou pós-infecciosos,<br />

o diagnóstico diferencial com DENV,<br />

ZIKV e CHIKV deve ser realizado em áreas<br />

endêmicas ou em viajantes provenientes de<br />

áreas endêmicas.<br />

Referências:<br />

1. World Health Organization. (2018). Dengue Control<br />

- Epidemiology. https://www.who.int/denguecontrol/<br />

epidemiology/en/.Acesso: 28 de Fevereiro de 2020.<br />

2. Ministério da Saude do Brasil. (2016). Monitoramento<br />

dos casos de dengue, febre de chikungunya e<br />

febre pelo vírus Zika até a Semana Epidemiológica 49,<br />

2016. Boletim epidemiológico. 47 (38): 1 - 10. https://<br />

portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/20/2016-033---Dengue-SE49-publicacao.pdf<br />

3. Ministério da Saude do Brasil. (2017). Monitoramento<br />

dos casos de dengue, febre de chikungunya e<br />

febre pelo vírus Zika até a Semana Epidemiológica 50,<br />

2017. Boletim Epidemiológico. 48(45):1 - 13. https://<br />

portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/janeiro/10/2017-046-Publicacao.pdf<br />

4. Ministério da Saúde Brasil. (2018). Monitoramento<br />

dos casos de dengue, febre de chikungunya e doença<br />

aguda pelo vírus Zika até a Semana Epidemiológica 49<br />

de 2018. Boletim Epidemiológico. 49(59):1–14. https://<br />

portalarquivos2.saude.gov.br/ images/pdf/2019/janeiro/02/2018-067.pdf<br />

5. Ministério da Saúde Brasil. (2019). Monitoramento<br />

dos casos de arboviroses urbanas transmitidas pelo<br />

Aedes (dengue, chikungunya e Zika), Semanas Epidemiológicas<br />

1 a 36, 2019. Boletim Epidemiológico.<br />

50(29):22–32.https://www.saude.gov.br/images/<br />

pdf/2019/outubro/04/BE-multitematico-n28.pdf<br />

6. Ministério da Saúde Brasil. (2020). Monitoramento<br />

dos casos de arboviroses urbanas transmitidas pelo Aedes<br />

(dengue, chikungunya e Zika), Semanas Epidemiológicas<br />

1 a 22, 2020. Boletim Epidemiológico. 51(23):1–20.<br />

https://www.saude.gov.br/images/pdf/2020/June/09/<br />

Boletim-epidemiologico-SVS-23.pdf<br />

7. Puccioni-Sohler M, Rosadas C, Cabral-Castro MJ.<br />

Neurological complications in dengue: A review for clinical<br />

practice. Arq Neuropsiquiatr 2013:71(9 B):667–671.<br />

https://doi.org/10.1590/0004-282X20130147<br />

8. Chandak NH, Kashyap RS, Kabra D, Karandikar P,<br />

Saha SS, Morey SH, Purohit HJ, Taori GM, Daginawala<br />

HF. Neurological complications of Chikungunya virus<br />

infection. Neurol India 2009:57(2):177-180. https://doi.<br />

org/10.4103/0028-3886.51289<br />

9. Brito KGS, dos Santos EB, Lucas LSM, Orsini M, Fiorelli<br />

R, et al. Prevalence of neurological complications<br />

associated with Zika virus in a Brazilian metropolis.<br />

Neurol Int 2018;10(2): 7638. https://doi.org/10.4081/<br />

ni.2018.7638<br />

10. Ministério da Saúde, Brasil. (2017). Manual de vigilância<br />

sentinela de doenças neuroinvasivas por arbovírus<br />

(Sentinel Surveillance Manual for Neuroinvasive Arboviral<br />

Diseases). Ministério da Saúde, Brasilia.<br />

11. Centers for Disease Control and Prevention guidelines.<br />

(2015). https://wwwn.cdc.gov/nndss/conditions/<br />

arboviral-diseases-neuroinvasive-and-non-neuroinvasive/case-definition/2015/.<br />

Accessed 28 February 2020<br />

12. Puccioni-Sohler M. (2008). Diagnóstico de Neuroinfecção:<br />

com abordagens dos exames do líquido Cefalorraquidiano.<br />

Rubio, Rio de Janeiro.<br />

13. Puccioni-Sohler M, Soares CN, Papaiz-Alvarenga R,<br />

Castro MJC, Faria LC, Peralta JM. Neurologic dengue manifestations<br />

associated with intrathecal specific immune<br />

response. Neurology 2009;73(17):1413–1417.https://<br />

doi.org/10.1212/WNL.0b013e3181bd8258<br />

14. Puccioni-Sohler M, Farias LC, Cabral-Castro MJ, Zalis<br />

MG, Kalil RS, Salgado MCF. Cerebrospinal Fluid Immunoglobulins<br />

as Potential Biomarkers of Chikungunya<br />

Encephalitis. Emerg Infect Dis 2018;24(5):939-941. doi:<br />

10.3201/eid2405.171763.<br />

15. Mello CSM, Cabral-Castro MJ, Silva de Faria LC, Peralta<br />

JM, Puccioni-Sohler, M. Dengue and chikungunya<br />

infection in neurologic disorders from endemic areas<br />

in Brazil. Neurology: Clinical Practice 2019. https://doi.<br />

org/10.1212/cpj.0000000000000776<br />

Marzia Puccioni Sohler<br />

é neurologista, professora associada da Escola de Medicina<br />

e Cirurgia da Universidade Federal do Estado do Rio de<br />

Janeiro (UNIRIO) e professora permanente do Programa de<br />

Pós-Graduação da Faculdade de Medicina da Universidade<br />

Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).<br />

Cintia Mello<br />

é estudante de Medicina na Escola de Medicina e Cirurgia da<br />

Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e<br />

doutoranda no Programa de Pós-Graduação da Faculdade de<br />

Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).<br />

0 78<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


LADY NEWS<br />

Ressignificando o Novo Normal<br />

na OFAC<br />

Estamos vivenciando transformações, e<br />

este momento mostra como podemos (re)<br />

adequar nossa vida para algo que faça<br />

mais sentido. Não há dúvidas: estamos no<br />

caminho para um novo mundo marcado pela<br />

conectividade, e, acima de tudo, valorização<br />

da transparência como premissa para<br />

construir relações.<br />

Assim como foi para tudo e todos, com a<br />

OFAC- Organização Feminina de Análises<br />

Clínicas não foi diferente. Embora a OFAC,<br />

tenha surgido de forma virtual, mesmo<br />

assim teve de resignificar os canais de<br />

interlocução e, tornou-se ainda mais<br />

virtual sem os encontros presenciais. Mas<br />

as mudanças chegaram. Adaptações ao<br />

novo normal na OFAC com surgimento<br />

de novos grupos e novos participantes ou<br />

ajustes dos que já existiam e adequação<br />

na gestão interna. Então, seja bem-vindo,<br />

“novo normal”, estamos prontas.<br />

Antes da OMS-Organização Mundial<br />

da Sáude, decretar a pandemia, em 11<br />

de março de 2020, surge com novas<br />

mudanças, do antigo grupo OFAC CQ<br />

(Controle de Qualidade), o grupo OFAC<br />

Business, comandados por especialistas,<br />

onde discutiam assuntos voltados<br />

ao mercado de pequenos e médios<br />

laboratórios, agora, os componentes,<br />

gestores e proprietários de laboratórios,<br />

discutem, compartilham e trocam ideias<br />

sobre suas próprias rotinas, principalmente<br />

ao que estamos vivenciando em torno da<br />

complexidade da COVID-19.<br />

E assim, naturalmente foram diversas<br />

discussões nos dois grupos, Business e VIP,<br />

desde o aparecimento do sequenciamento<br />

genético do SARS-CoV-2, responsável pela<br />

COVID-19, no qual permitiu identificar as<br />

proteínas que o compõem, o que serviu<br />

para orientar diversas pesquisas e indicar<br />

a origem dos novos vírus; A aprovação dos<br />

primeiros oito kits de Testes Laboratoriais<br />

Remotos pela ANVISA no que consta nas<br />

Resoluções RE 776/2020 e RE 777/2020,<br />

publicadas no Diário Oficial da União<br />

(D.O.U.); As metodologias aplicadas,<br />

realizadas com técnicas e tecnologias<br />

diferenciadas para diagnóstico e/ou estudo<br />

epidemiológico da COVID-19 de acordo<br />

com cada caso, e, a aprovação da realização<br />

dos Testes Rápidos em farmácias de acordo<br />

com a Nota Técnica 97/2020 da ANVISA, na<br />

qual é motivo para discussões polêmicas<br />

entre pequenos e médios laboratórios,<br />

que reivindicam unidos à frase: “Lugar de<br />

exame é no laboratório”.<br />

E em meio a tantas dúvidas, incertezas e<br />

inseguranças, o novo surge: OFAC University,<br />

o mais novo grupo de whatsApp da OFAC,<br />

direcionado a estudantes do curso de Farmácia,<br />

Biomedicina e Biologia dos 2 (dois) últimos<br />

anos que almejam seguir as análises clínicas.<br />

Para acompanhar este grupo nas discussões<br />

de casos, Quiz, entre outras dinâmicas, foram<br />

selecionados dos grupos OFAC VIP e Business,<br />

profissionais que passaram a ser chamados de<br />

“tios” e “tias” OFAC.<br />

O objetivo da criação deste grupo, vai além<br />

de estimular o futuro analítico clínico, mas<br />

despertar, desde a universidade, competências<br />

que são mais que conteúdo das disciplinas dos<br />

cursos. É importante criar esse ambiente dentro<br />

do grupo para que os estudantes possam<br />

expressar suas emoções e questionamentos,<br />

fazendo com que sejam protagonistas de<br />

transformações de si mesmos.<br />

O OFAC Convida, evento virtual que<br />

acontece uma vez por mês com palestrantes<br />

renomados no Brasil, testou novas formas<br />

de apresentações para inovar e acompanhar<br />

as novas tendências de palestras<br />

digitais pelo Brasil, trazendo sempre<br />

assuntos atualizados para surpreender os<br />

profissionais da área.<br />

Hoje, a OFAC conta com um núcleo de<br />

gestão, formado por Marbenha Linko,<br />

Mônica Amaral, Waldirene Nicioli, Cláudia<br />

Gonçalves, Laiara Lemos e Albany Nogueira<br />

e tem como conselheiras Mauren Isfer,<br />

Gilcilene Chaer e Lenira Costa. Os encontros<br />

presenciais nos congressos foram suspensos,<br />

mas as “meninas da OFAC” continuam<br />

conectadas com as novas transformações.<br />

Marbenha Linko<br />

Mestrado em Gestão Pesquisa e Desenvolvimento em Tecnologia Farmacêutica (PUC-GOIAS); Especialização em<br />

Citologia Clínica (SBCC); Graduação em Farmácia Bioquímica(UFMA); Diretora Vice-Presidente do CRF-MA ( 2020-<br />

2021); Conselheira Regional do CRF-MA (2020-2023); CEO OFAC -Organização Feminina de Análises Clinicas do Brasil;<br />

Responsável Técnica pelo Laboratório CISAM /Imperatriz-MA.<br />

0 80<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


METODOLOGIA<br />

FLOW CHIP<br />

A Próxima Geração do<br />

Diagnóstico Molecular<br />

O processo ocorre por meio de uma reação em PCR seguida de uma hibridização<br />

reversa (dot blot) utilizando sondas específicas de DNA imobilizadas em uma<br />

membrana de nylon (CHIP).<br />

É uma metodologia acurada para detecção de infecções de um único patógeno<br />

ou múltiplos alvo, com alta sensibilidade e especificidade.<br />

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Possibilita a intervenção clínica precoce e mais apropriada.<br />

HPV<br />

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Detecção e genotipagem simultânea do HPV<br />

35 genótipos: 18 subtipos de alto risco e 17 subtipos de baixo risco.<br />

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Detecção simultânea de 11 patógenos em uma única amostra<br />

Direcionamento correto para o tratamento, antiviral ou antimicrobiano<br />

específico.<br />

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CITOLOGIA<br />

Análise do Líquor e a SARS-COV2<br />

Prof. Dra. Lisiane Cervieri Mezzomo<br />

As complicações neurológicas do coronavírus<br />

2019 (COVID-19) estão sendo melhor<br />

compreendidas à medida que a pandemia<br />

avança. Controvérsias a respeito dos sintomas<br />

neurológicos serem causados por<br />

infecção viral do SNC pelo COVID-19 ou<br />

por outros mecanismos indiretos, como<br />

uma complicação inespecífica da doença<br />

pulmonar ou por um estado inflamatório<br />

generalizado ainda são foco de debate.<br />

Inicialmente acreditou-se que que o vírus<br />

não parecia cruzar a barreira hematoencefálica<br />

(BHE), pois não haviam evidências de<br />

sua penetração no sistema nervoso central<br />

(SNC). Entretanto, relatos de casos de encefalopatia<br />

associada ao vírus SARS-CoV-2 foram<br />

descritos. Mais recentemente a presença<br />

genoma viral foi demonstrada pela técnica<br />

de RT-PCR em amostras de líquido cefalorraquidiano<br />

(LCR), sugerindo que o vírus tem<br />

a capacidade de cruzar a BHE e infectar o<br />

SNC. Também foi descrito a presença de níveis<br />

marcadamente aumentados de IgM para<br />

SARS-CoV-2 no LCR pelo método de ELISA<br />

indireto, bem como a presença de proteínas<br />

inflamatórias aparentemente específicas<br />

para o vírus. Essas evidências sugerem que o<br />

COVID-19 pode não estar confinado ao trato<br />

respiratório, mas invadir SNC induzindo as<br />

complicações neurológicas.<br />

A entrada de SARS-CoV-2 em células<br />

hospedeiras humanas é mediada principalmente<br />

pelo ligação do vírus a enzima<br />

conversora de angiotensina 2 (ECA2) como<br />

receptor e, embora os pulmões e o trato<br />

gastrointestinal sejam os principais locais<br />

de expressão dessa proteína, ela também é<br />

expressa nas células endoteliais do cérebro,<br />

fornecendo uma via teórica de entrada no<br />

SNC. Nesse contexto, neurônios e células<br />

gliais, que também expressam a ECA2, podem<br />

atuar como alvos e, portanto, seriam<br />

vulneráveis ao SARS-CoV-2.<br />

Uma vez que o SARS-CoV-2 entra no SNC,<br />

diretamente ou por disseminação hematogênica,<br />

alterações no LCR poderiam ser detectadas<br />

incluindo a presença do RNA viral, níveis<br />

de IgM, citocinas, proteínas, bem como<br />

as características citológicas diferenciais que<br />

poderiam sugerir a infecção. A análise do LCR<br />

em um paciente com essa infecção, poderia<br />

auxiliar na determinação das causas de alterações<br />

do estado mental. Alguns estudos<br />

sugerem que deve ser incentivada a investigação<br />

do LCR de pacientes com COVID-19<br />

para excluir a neuroinfecção concomitante<br />

com outros vírus neurotrópicos.<br />

O SARS-CoV-2 foi detectado no LCR e é<br />

dependente da gravidade da doença, do<br />

momento da coleta da amostra e da sensibilidade<br />

do teste usado. Esse dado é corroborado<br />

pelo estudo que detectou e sequenciou<br />

o genoma viral do SARS-COV-2 no LCR com<br />

99,74-100% de similaridade entre o vírus<br />

isolado do sistema respiratório do paciente.<br />

Este dado sugere uma possível associação<br />

da infecção por SARS-COV-2 com sintomas<br />

neurológicos de doença desmielinizante,<br />

mesmo na ausência de sinais relevantes de<br />

infecção do trato respiratório superior.<br />

Além disso, um grupo de pesquisadores<br />

relatou que pacientes com COVID-19 que<br />

exibiram distúrbios neurológicos distintos<br />

têm níveis indetectáveis ou extremamente<br />

baixos de RNA da SARS-CoV-2 no LCR, indicando<br />

que a depuração viral precede o envolvimento<br />

neurológico. Esse achado aponta<br />

para a necessidade do desenvolvimento<br />

de testes moleculares mais sensíveis e ainda<br />

para a investigação de outros patógenos<br />

neurotrópicos para excluir a neuroinfecção<br />

concomitante.<br />

Em geral, análises do LCR de pacientes<br />

infectados com o vírus e que apresentaram<br />

complicações neurológicas mostraram níveis<br />

proteicos normais a moderadamente<br />

aumentados. Destaca-se que o aumento<br />

dos níveis proteicos pode ser um indicativo<br />

0 82<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


da quebra da barreira hematoencefálica.<br />

A pleocitose também é descrita e particularmente<br />

observada nos casos de menin-<br />

gicos secundários. A detecção do RNA do<br />

SARS-CoV-2 ou de anticorpos contra o vírus<br />

no LCR pode ser explicada pela disfunção da<br />

entre a infecção e a punção lombar, o LCR<br />

pode estar desprovido de partículas virais,<br />

mesmo que os pacientes apresentem resul-<br />

CITOLOGIA<br />

goencefalite. Alguns estudos relataram<br />

BHE nesses pacientes ou até pela contami-<br />

tado positivo para RNA da SARS-CoV-2 em<br />

a dissociação albuminocitológica no LCR<br />

nação com sangue durante a punção lom-<br />

swabs nasofaríngeos.<br />

e, notadamente, aumento de mediadores<br />

inflamatórios como as interleucinas IL-6,<br />

IL-8 e IL-10, aparentemente como um sinal<br />

relacionado de forma mais específica as<br />

complicações neurológicas de SARS-CoV-2.<br />

Além disso, há relatos do infiltrado do SNC<br />

ser predominantemente constituído por<br />

células mononucleares, o que é compatível<br />

com infecção viral.<br />

Por outro lado outro estudo demonstrou<br />

que a SARS-CoV-2 geralmente não está<br />

presente no LCR de pacientes com sintomas<br />

neurológicos. Os autores defendem que a<br />

maioria dos sintomas neurológicos parece<br />

ser causada por mecanismos indiretos,<br />

como eventos cerebrovasculares, encefalopatias<br />

e neuropatias devido a doenças<br />

sistêmicas críticas e fenômenos imunoló-<br />

bar. Assim como em outras infecções virais<br />

do SNC, um teste de PCR negativo não exclui<br />

a presença do vírus no tecido cerebral.<br />

Estudos adicionais sobre anticorpos contra<br />

SARS-CoV2 no LCR ainda são necessários.<br />

Um modelo proposto para explicar a invasão<br />

do SNC por SARS-CoV-2 e o envolvimento<br />

neurológico resultante sugere que a<br />

carga viral no LCR aumenta progressivamente<br />

e desencadeia uma resposta inflamatória,<br />

mas a depuração viral precede a ocorrência<br />

de efeitos indiretos do SARS-CoV-2 no SNC.<br />

As manifestações neurológicas em COVID-19<br />

geralmente surgem entre 1 a 14 dias após<br />

o início dos sintomas infecciosos, e foi previsto<br />

um período médio de incubação de 5<br />

dias (tempo entre a infecção e o início dos<br />

sintomas). Portanto, considerando o tempo<br />

Referências:<br />

1. Benameur K, Agarwal A, Auld SC, et al. Encephalopathy<br />

and Encephalitis Associated with<br />

Cerebrospinal Fluid Cytokine Alterations and Coronavirus<br />

Disease, Atlanta, Georgia, USA, 2020.<br />

Emerging Infectious Diseases. 2020;26(9):2016-<br />

2021. doi:10.3201/eid2609.202122.<br />

2. Domingues RB, Mendes-Correa MC, de Moura<br />

Leite FBV, et al. First case of SARS-COV-2 sequencing<br />

in cerebrospinal fluid of a patient with<br />

suspected demyelinating disease [published online<br />

ahead of print, 2020 Jun 20]. J Neurol. 2020;1-<br />

3. doi:10.1007/s00415-020-09996-w<br />

3. Espíndola OM, Siqueira M, Soares CN, et al.<br />

Patients with COVID-19 and neurological manifestations<br />

show undetectable SARS-CoV-2 RNA<br />

levels in the cerebrospinal fluid. Int J Infect Dis.<br />

2020;96:567-569. doi:10.1016/j.ijid.2020.05.123<br />

4. Huang YH, Jiang D, Huang JT. SARS-CoV-2<br />

Detected in Cerebrospinal Fluid by PCR in a Case<br />

of COVID-19 Encephalitis. Brain Behav Immun.<br />

2020;87:149. doi:10.1016/j.bbi.2020.05.012<br />

5. Manganotti P, Bellavita G, D'Acunto L, et al.<br />

Clinical neurophysiology and cerebrospinal liquor<br />

analysis to detect Guillain-Barré syndrome and<br />

polyneuritis cranialis in COVID-19 patients: A<br />

case series [published online ahead of print, 2020<br />

Jul 14]. J Med Virol. 2020;10.1002/jmv.26289.<br />

doi:10.1002/jmv.26289<br />

Prof. Dra. Lisiane Cervieri Mezzomo<br />

Possui graduação em Farmácia com ênfase em Análises Clínicas e especialização Lato Sensu em Citologia Clínica . Fez Mestrado<br />

em Patologia Geral e Experimental e Doutorado em Patologia - Biomarcadores pelo Programa de Pós Graduação em Patologia da<br />

Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), na área de marcadores moleculares e imunohistoquímicos<br />

para o câncer. Atualmente atua como professor do curso de Especialização em Citopatologia Diagnóstica da Universidade Feevale,<br />

e como Pesquisador Pós-Doutor em projetos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). É assessor da Controllab na<br />

área de Citologia/Citopatologia e Medicina Laboratorial.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020<br />

0 83


LOGÍSTICA LABORATORIAL<br />

O Poder da Estrutura:<br />

Nova Filial Logística no Rio de Janeiro<br />

Em tipo de atividade comercial e organizacional,<br />

existe uma estrutura que contempla<br />

o funcionamento interno e externo dos<br />

serviços da empresa, normalmente sendo<br />

necessário, no mínimo, uma física (escritório,<br />

galpão, centro de distribuição) e outra de atividades<br />

por setor.<br />

Uma estrutura eficiente é aquela em que<br />

todos os elementos disponíveis estão dispostos<br />

da melhor forma, proporcionando<br />

assim o melhor resultado possível para os<br />

clientes e parceiros.<br />

Para isso ser possível, é necessário muito planejamento<br />

e organização, estudando detalhadamente<br />

os processos, atividades e objetivos<br />

comerciais. Isso permite que as empresas extraiam<br />

ao máximo seus potenciais.<br />

Em grandes cidades, em questões geográficas<br />

e comerciais, como o Rio de Janeiro, é necessário<br />

ainda mais cautela para atender as<br />

demandas com eficiência e agilidade, principalmente<br />

nas questões logísticas de armazenamento<br />

e distribuição, já que o cumprimento<br />

dos prazos é uma das principais formas de<br />

efetivar a fidelização do cliente.<br />

Baseando-se nessa necessidade logística, o<br />

Grupo Prime Cargo abriu a sua nova filial no<br />

Rio de Janeiro, estrategicamente localizado<br />

dentro do GLP Duque de Caxias.<br />

Com o objetivo de proporcionar muito mais<br />

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de distribuição para a sua empresa, nosso<br />

espaço conta com mais de 4.155 metros<br />

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qualidade exigido.<br />

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Caxias - Distrito de Xerém - RJ<br />

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0 84<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


VIROLOGIA<br />

Arboviroses:<br />

Febre Amarela, Dengue, Zika, Chikungunya e Mayaro<br />

Rachel Siqueira de Queiroz Simões 1<br />

Resumo<br />

As arboviroses são doenças zoonóticas causadas pelos arbovírus pertencentes<br />

as famílias Flaviviridae, Togaviridae, Bunyaviridae e Arenaviridae.<br />

Existem mais de 400 vírus que já foram isolados sendo que<br />

cerca de 100 arboviroses são responsáveis por quadros de encefalites<br />

e febres indiferenciadas, tais como vírus da Encefalite Japonesa (JEV),<br />

vírus West Nile (WNV), vírus da encefalite de Murray Valley (MVEV),<br />

vírus de encefalite de St. Louis, O`nyong-Nyong vírus (ONNV), Wesselsbron<br />

vírus, vírus da febre do Rift Valley (RVFV), Usutu vírus (USUV),<br />

e Oropouche. Neste artigo será abordado as cinco principais arboviroses<br />

com grande importância epidemiológica: Dengue (DENV), Febre<br />

Amarela, Zika (ZIKV), Chikungunya (CHKV) e Mayaro (MAYV) enfatizando<br />

os ensaios in vivo e in vitro na detecção viral e os fármacos<br />

antivirais que vêm sendo preconizados para uma melhor resposta<br />

terapêutica. Análises moleculares, filogenéticas e sorológicas são fundamentais<br />

para rastrear a origem e a evolução viral. O diagnóstico<br />

laboratorial padrão é a reação em cadeia da polimerase-transcriptase<br />

reversa (RT-PCR), e isolamento viral em cultura de células. O potencial<br />

de infectividade em neutralização viral tem sido realizado por meio de<br />

testes de redução em placa (PRNT). Novas estratégias preventivas têm<br />

sido incorporadas nos programas de controles vetoriais face as mudanças<br />

do perfil epidemiológico das arboviroses. A forma ativa do antiviral<br />

Sofosbuvir bloqueia a ação da enzima RNA polimerase dos arbovírus<br />

por apresentarem semelhanças na estrutura genômica. No entanto, o<br />

reposicionamento de fármacos a partir da seleção de moléculas promissoras<br />

com atividade antiviral vem sendo preconizadas por centros<br />

de pesquisa. Estratégias inovadoras como o uso de partículas semelhantes<br />

a vírus vem sendo desenvolvidas por engenharia genética para<br />

a produção de uma vacina quimérica.<br />

Palavras-Chave: Chikungunya, Dengue, Febre amarela, Mayaro e Zika.<br />

Abstract<br />

Arboviruses are zoonotic diseases caused by arboviruses belonging<br />

to the Flaviviridae, Togaviridae, Bunyaviridae and Arenaviridae<br />

families. There are more than 400 viruses that have been<br />

isolated and about 100 arboviruses are responsible for encephalitis<br />

and undefined fevers, such as Japanese Encephalitis virus (JEV),<br />

West Nile virus (WNV), Murray Valley encephalitis virus (MVEV)<br />

), St. Louis encephalitis virus, O`nyong-Nyong virus (ONNV), Wesselsbron<br />

virus, Rift Valley fever virus (RVFV), Usutu virus (USUV),<br />

and Oropouche. In this paper, the five main arboviruses with great<br />

epidemiological importance will be addressed: Dengue virus<br />

(DENV), Yellow Fever, Zika virus (ZIKV), Chikungunya virus (CHKV)<br />

and Mayaro virus (MAYV) emphasizing in vivo and in vitro assays<br />

in viral detection and antiviral drugs that have been recommended<br />

for a better therapeutic response. Molecular, phylogenetic and<br />

serological analyzes are essential to trace the origin and viral evolution.<br />

The standard laboratory diagnosis is the polymerase chain<br />

reaction-reverse transcription (RT-PCR), and viral isolation in cell<br />

culture. The potential for infectivity in viral neutralization has been<br />

realized through plaque reduction tests (PRNT). New preventive<br />

strategies have been incorporated into vector control programs in<br />

the face of changes in the epidemiological profile of arboviruses.<br />

The active form of the antiviral Sofosbuvir blocks the action RNA<br />

polymerase enzyme of the arbovirus because it has similarities in<br />

the genomic structure. However, the repositioning of drugs based<br />

on the selection of promising molecules with antiviral activity has<br />

been recommended by research centers. Innovative strategies such<br />

as the use of virus-like particles have been developed by genetic<br />

engineering to produce a chimeric vaccine.<br />

Keywords: Chikungunya, Dengue, Mayaro, Yellow fever and Zika.<br />

Introdução<br />

Arboviroses são doenças causadas pelos<br />

arbovírus, do inglês “arthropod borne<br />

virus”, que podem ser transmitidos ao<br />

homem por vetores artrópodes, ou seja,<br />

insetos, aranhas e carrapatos. Existem<br />

aproximadamente 545 espécies de arbovírus<br />

e pertencem a quatro famílias:<br />

Flaviviridae, Togaviridae, Bunyaviridae<br />

e Arenaviridae. São doenças infecciosas<br />

febris agudas com grande importância<br />

epidemiológica pelo elevado potencial de<br />

disseminação em áreas endêmicas, e com<br />

condições favoráveis para a propagação<br />

dos vírus pela alta infestação de vetores e<br />

hospedeiros suscetíveis.<br />

A família Flaviviridae é constituída por<br />

três gêneros: Flavivirus, Pestivirus e Hepacivirus.<br />

O gênero flavivírus, que é o maior<br />

dos três, contém mais de 70 vírus, incluindo<br />

o vírus da Dengue (DNV), vírus da<br />

Hepatite C (HCV), vírus da Febre Amarela<br />

(YFV) e vírus Zika (ZIKV). Na família Togaviridae<br />

compreendem os vírus Chikun-<br />

0 86<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


gunya e Mayaro. O genoma dos flavivírus<br />

é um RNA vírus, envelopado, capsídeo icosaédrico<br />

medindo 30nm de diâmetro. Ele<br />

codifica três proteínas estruturais: capsídeo<br />

(C), membrana (M, que é expressa<br />

como prM, o precursor de M), proteína de<br />

envelope (E) e sete proteínas não estruturais:<br />

NS1, NS2A, NS2B, NS3, NS4A, NS4B e<br />

NS5. Nos últimos 50 anos, muitos flavivírus,<br />

como os vírus da dengue, e da febre<br />

amarela, exibiram aumentos dramáticos<br />

na incidência, e gravidade das doenças<br />

com grande alcance geográfico a nível<br />

mundial.<br />

Febre Amarela<br />

A febre amarela (FA) é causada por um<br />

arbovírus da família Flaviviridae, gênero<br />

Flavivirus. Apresenta elevado potencial de<br />

disseminação em áreas urbanas que pode<br />

acometer primatas neotropicais atuando<br />

como sentinelas e sinalizando a circulação<br />

do vírus amarílico durante a fase virêmica.<br />

Possui dois ciclos epidemiológicos distintos:<br />

silvestre e urbano.<br />

No ciclo silvestre os principais hospedeiros<br />

são os primatas não-humanos (macacos),<br />

e sua transmissão ocorre a partir de<br />

vetores silvestres como dípteros da família<br />

Culicidae, Haemagogus e Sabethes, e das<br />

espécies H. janthinomys, H. altomaculatus,<br />

H. leucocecalnus e S. choloropterus<br />

(Araújo et al., 2011), onde o homem<br />

participa como um hospedeiro acidental.<br />

Por sua vez no ciclo urbano, o homem é o<br />

único hospedeiro com importância epidemiológica,<br />

e a transmissão ocorre a partir<br />

de vetores urbanos infectados, sendo o<br />

Aedes aegypti o principal.<br />

Durante a epizootia de Febre Amarela<br />

em São Paulo, dos 1.563 casos suspeitos<br />

em seres humanos, 629 foram confirmados<br />

como positivos (40,2%) (Teixeira et<br />

al., 2018). Nas últimas décadas, grandes<br />

epizootias foram notificadas no Brasil em<br />

especial no Rio Grande do Sul. O vírus foi<br />

detectado em 69% dos primatas bugios<br />

das espécies Alouatta elamitans e Alouatta<br />

caraya (Almeida, et al., 2012).<br />

Em 2017 e 2018, foram registradas 950<br />

mortes provocadas em primatas não-humanos<br />

de vida livre (Teixeira et al., 2018).<br />

O vírus da Febre Amarela foi detectado no<br />

Parque Zoológico em pequenos primatas<br />

de sagui de tufos brancos da espécie<br />

Callithrix jacchus, um sagui de tufo preto<br />

da espécie Callithrix penicillata, e em 11<br />

primatas de médio porte como bugios ruivos<br />

da espécie Alouatta clamitans. Dos 28<br />

óbitos de primatas de pequeno porte representados<br />

pelos saguis de tufos brancos<br />

e pretos, apenas um de cada espécie foi<br />

infectado pelo vírus com uma prevalência<br />

de 7,14% (2/28) (Teixeira et al., 2018).<br />

Amostras biológicas de primatas não-<br />

-humanos dos gêneros Callithrix, Alouatta<br />

e Sapajus foram investigadas no exame<br />

post mortem (Araújo et al., 2011). Quanto<br />

ao material a ser destinado ao laboratório<br />

foram coletadas amostras de fígado,<br />

baço, pulmões, cérebro, coração e rins,<br />

para isolamento do vírus em cultura de<br />

tecidos, identificação de anticorpos virais<br />

e detecção do RNA viral. Para análise histopatológica<br />

e imunohistoquímica, os tecidos<br />

foram fixados em formol tamponado<br />

10%, e para análise genética-molecular,<br />

espécimes biológicos foram conservados<br />

em álcool 70% (Teixeira et al., 2018). A<br />

vacina contra a febre amarela é produzida<br />

a partir de vírus vivo atenuado (cepa 17D),<br />

e confere imunidade por 10 anos.<br />

Dengue<br />

O vírus da dengue pertence à família<br />

Flaviviridae, gênero Flavivirus. Existem<br />

quatro sorotipos do vírus: DENV-1, DENV-<br />

2, DENV-3 e DENV-4, que compartilham<br />

65% a 70% de homologia (Zeng et al.,<br />

2018). Epidemiologicamente, as áreas<br />

mais afetadas no mundo são as Américas<br />

do Sul, Central e do Norte, África, Austrália,<br />

Caribe, China, Ilhas do Pacífico, Índia,<br />

Sudeste Asiático e Taiwan (Oliveira, 2019).<br />

O clima quente constitui condições ideais<br />

para a proliferação do mosquito. Um<br />

dos fatores agravantes neste processo é o<br />

acúmulo de água em recipientes que favorecem<br />

a procriação do vetor. A principal<br />

forma de transmissão é pela picada dos<br />

mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus.<br />

Há registros de transmissão vertical e<br />

estudos já detectaram o vírus em amostras<br />

de transfusão de sangue.<br />

A infecção por dengue pode ser assintomática,<br />

leve ou causar doença grave, e<br />

o período de incubação é em média de 5<br />

dias, podendo chegar a 10 dias. Historicamente<br />

conhecida como a “febre quebra<br />

ossos” apresenta como primeira manifestação<br />

clínica febre alta (39° a 40°C), de<br />

início abrupto, que geralmente dura de 2<br />

a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça,<br />

dores no corpo e articulações, prostração,<br />

fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e<br />

coceira na pele. Perda de peso, náuseas<br />

e vômitos também são comuns. A forma<br />

grave da doença inclui dor abdominal<br />

intensa e contínua, vômitos persistentes,<br />

sangramento de mucosas, entre outros<br />

sintomas (Oliveira, 2019).<br />

O diagnóstico clínico da dengue deve ser<br />

confirmado laboratorialmente pelo fato<br />

de as manifestações clínicas serem semelhantes<br />

a outras arboviroses. O diagnóstico<br />

laboratorial consiste no isolamento<br />

viral, detecção do antígeno e/ou do ácido<br />

nucleico viral e a pesquisa de anticorpos.<br />

VIROLOGIA<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020<br />

0 87


VIROLOGIA<br />

O material de escolha para o isolamento<br />

viral é o sangue coletado nos primeiros<br />

três a cinco dias da infecção. O material<br />

obtido pode ser inoculado em culturas de<br />

células, tais como TRA-284, C6/36 e AP-<br />

61, ou por injeção intratorácica em mosquitos<br />

(Oliveira, 2019).<br />

A identificação por imunofluorescência<br />

empregando anticorpos monoclonais tipo<br />

específico pode ser realizada após o período<br />

de incubação na fase aguda da doença.<br />

Na infecção primária, o antígeno pode ser<br />

detectado no soro dos pacientes por meio<br />

de ensaios imunoenzimáticos. Sequências<br />

do genoma completo e caracterização<br />

molecular do DENV-2 isolada de um caso<br />

importado de uma província da China foi<br />

proveniente do genótipo I da Ásia derivado<br />

de uma cepa viral da Tailândia por análise<br />

filogenética (Zeng et al., 2020).<br />

O tratamento para a dengue é sintomático,<br />

consistindo no emprego de antitérmicos,<br />

analgésicos e hidratação do paciente.<br />

Nos casos mais graves, deve-se intensificar<br />

a reposição de fluidos e eletrólitos.<br />

Deve-se evitar o uso de medicamentos<br />

à base de ácido acetilsalicílico, para minimizar<br />

o risco de hemorragias (Oliveira,<br />

2019). Atualmente está disponível uma<br />

vacina recombinante, atenuada, tetravalente<br />

fabricada pelo Laboratório Sanofi<br />

Pasteur que apresenta em média eficácia<br />

de 65% na população acima de nove anos<br />

de idade.<br />

Zika<br />

O vírus Zika (ZIKV) pertence à família<br />

Flaviviridae, gênero Flavivirus, é formado<br />

por um nucleocapsídeo icosaédrico envelopado<br />

e seu genoma RNA possui 10.794<br />

nucleotídeos que codificam 3.419 aminoácidos.<br />

O vírus replica-se no citoplasma da<br />

célula hospedeira (Simões & Barth, 2016).<br />

Em 1947 o vírus ZIKV foi pela primeira<br />

vez diagnosticada em macacos rhesus<br />

sentinela na floresta de Zika na República<br />

de Uganda, África, a qual lhe deu o seu<br />

nome. Em 1952 o vírus foi detectado em<br />

humanos na Nigéria. Em 2007 foi registrado<br />

um surto fora da África e da Ásia,<br />

na ilha de Yap, Estados Federados da Micronésia.<br />

Em 2013-14 houve um surto na<br />

Polinésia Francesa (Simões & Barth, 2016;<br />

Barth & Simões, 2019).<br />

Estudos filogenéticos mostraram que a<br />

estirpe mais próxima àquela que surgiu no<br />

Brasil foi isolada a partir de amostras de<br />

pacientes da Polinésia Francesa e se espalhou<br />

entre as Ilhas do Pacífico. Ambas as<br />

estirpes pertencem à linhagem asiática.<br />

Acredita-se que no Brasil o vírus foi introduzido<br />

em maio de 2015 na cidade de Salvador,<br />

capital da Bahia, possivelmente em<br />

decorrência de sediar parte dos jogos da<br />

Copa do Mundo em 2014 (Simões & Barth,<br />

2016; Barth & Simões, 2019). Em agosto<br />

de 2014, houve um campeonato mundial<br />

de canoagem realizado no Rio de Janeiro<br />

com a participação de muitos atletas de<br />

quatro países do Pacífico - Polinésia Francesa,<br />

Nova Caledónia, Ilhas Cook, e Ilha de<br />

Páscoa, aonde o ZIKV circulava. Em 2015,<br />

Zanluca e cols., descreveram o primeiro<br />

caso de transmissão autóctone do vírus<br />

Zika no Brasil a partir de análise filogenética<br />

das sequências brasileiras. Em novembro<br />

de 2015, foram registrados 1.248<br />

casos de microcefalia, incluindo sete mortes,<br />

em 14 estados do Brasil (Simões &<br />

Barth, 2016; Barth & Simões, 2019).<br />

Durante o surto de vírus Zika na Polinésia<br />

Francesa, foram detectados 8.750<br />

casos suspeitos, dos quais 74 pacientes<br />

apresentaram síndromes neurológicas ou<br />

síndromes autoimunes. Destes, 42 foram<br />

confirmados como síndrome de Guillain-<br />

-Barré, 37 dos quais haviam apresentado<br />

uma síndrome viral prévia. A hipótese de<br />

relação causal do vírus Zika com a síndrome<br />

de Guillain-Barré, que afeta o sistema<br />

neurológico causando paralisia muscular<br />

com especial atenção para os músculos<br />

respiratórios podendo levar a óbito foi<br />

confirmada (Simões & Barth, 2016; Barth<br />

& Simões, 2019).<br />

Transmissão congênita foi descrita por<br />

Calvet e cols., em 2016 quando detectaram<br />

o RNA viral no líquido amniótico de<br />

duas gestantes de bebes com microcefalia.<br />

Martines e cols., em 2016 detectaram a<br />

presença do RNA e proteína viral em tecido<br />

cerebral e placenta. Noronha e cols., 2016<br />

identificaram o RNA e proteína viral em<br />

tecido cerebral e placenta em diferentes<br />

períodos gestacional. Outros pesquisadores<br />

como Oliveira e cols., 2016 acompanharam<br />

imagens de ressonância magnética<br />

e tomografia computadorizada de bebes<br />

no período perinatal e pós natal. Mlakar e<br />

cols., 2016 detectaram a presença do vírus<br />

em uma mãe com sintomas de febre e rash<br />

no primeiro trimestre. Na 29° semana de<br />

gestação, a ultrassonografia revelou microcefalia<br />

com calcificação no cérebro e na<br />

placenta. A transmissão sexual foi descrita<br />

por Davidson e cols. (2016).<br />

Os principais sintomas são dor de cabeça,<br />

febre branda, dores nas articulações,<br />

manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão<br />

nos olhos. Outros sintomas menos<br />

frequentes são dor de garganta, tosse,<br />

vômitos, formigamento, dormência dos<br />

membros inferiores e edema dos membros<br />

superiores. No geral, a evolução da doença<br />

é benigna e os sintomas desaparecem<br />

espontaneamente após 3 a 7 dias. No entanto,<br />

a dor nas articulações pode persistir<br />

por aproximadamente um mês (Simões &<br />

Barth, 2016).<br />

0 88<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


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de pequeno porte implementarem as melhores práticas em morfologia digital para contagens<br />

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MM-128-08 2019-03-18


VIROLOGIA<br />

O diagnóstico laboratorial padrão é a reação<br />

em cadeia da polimerase-transcriptase<br />

reversa (RT-PCR) por meio da coleta de<br />

amostras como líquido amniótico, sangue e<br />

tecidos (cérebro, fígado, baço, rim, pulmão<br />

e coração). Os testes sorológicos para detectar<br />

IgM ou IgG específica contra o vírus<br />

Zika são ELISA, Imunofluorescência e teste<br />

de neutralização por redução de placas<br />

(PRNT). Entretanto, recomenda-se a coleta<br />

de material até cinco dias após a infecção<br />

(período de viremia) e pode haver reatividade<br />

cruzada com outros flavivírus (Simões<br />

& Barth, 2016). Por meio de testes de PRNT,<br />

do inglês plaque-reduction neutralization<br />

test, foram realizados ensaios de neutralização<br />

viral para avaliar o potencial de<br />

infectividade em neutralizar o vírus Zika a<br />

partir de amostras de soro de primatas que<br />

receberam ou não os anticorpos monoclonais<br />

(Magnani et al., 2017).<br />

Tem sido pesquisado um fármaco com<br />

atividade anti-ZIKV como a droga anti-helmíntica<br />

Nitazoxanida aprovada pela Food<br />

and Drug Administration (FDA) e classificada<br />

como categoria B para administração em<br />

gestantes. Em uma coorte de 75 milhões de<br />

adultos e crianças o fármaco apresentou,<br />

após comercialização, extensa seguridade.<br />

Pesquisadores implementaram o cultivo in<br />

vitro de células primárias de placenta humana<br />

para avaliação da infecção pelo ZIKV<br />

e terapia antiviral. Inicialmente, foi avaliado<br />

o efeito antiviral do fármaco Nitazoxanida<br />

em cultura de células coriônicas infectadas<br />

pelo ZIKV. Além disso, foi investigado o<br />

efeito antiviral de partículas infecciosas por<br />

ensaios de plaque e redução de cópias de<br />

RNA viral por RT-qPCR (reação em cadeia<br />

da polimerase em tempo real-transcriptase<br />

reversa). Como resultado da pesquisa,<br />

a droga Nitazoxanida foi capaz de inibir a<br />

liberação de partículas infecciosas no sobrenadante<br />

das culturas tratadas em baixas<br />

concentrações. Entretanto, apesar do estudo<br />

ser preliminar, o efeito antiviral do fármaco<br />

parece ser eficiente quando realizado<br />

em explantes da membrana fetal, uma vez<br />

que é o microambiente tecidual que melhor<br />

se assemelha as condições no organismo<br />

vivo (Souza et al., 2019). Diversas vacinas<br />

estão em desenvolvimento incluindo partículas<br />

de vírus inativo purificado, vacina<br />

de vírus vivo atenuado, vacina quimérica,<br />

vetores virais e partículas semelhantes a<br />

vírus (VLPs).<br />

Chikungunya<br />

O vírus foi isolado pela primeira vez na<br />

Tanzânia. No dialeto Makonde, a doença<br />

recebeu o nome proveniente do termo<br />

verbal kungunyala que significa “aqueles<br />

que se dobram ou se contorcem” devido a<br />

fortes dores nas articulações e dores musculares.<br />

Refere-se à aparência curvada dos<br />

pacientes que foram atendidos na primeira<br />

epidemia documentada, na Tanzânia,<br />

localizada no leste da África, entre 1952 e<br />

1953 (Barth & Simões, 2019).<br />

Em 2004 foram registrados surtos no<br />

Quênia. Em 2005 casos foram documentados<br />

na Indonésia, Taiwan, Singapura,<br />

Malásia, Sri Lanka, Ilhas Maldivas, Comores,<br />

Mayotte, Seychelles, Maurício. No ano<br />

seguinte, em 2006, houve a propagação<br />

da epidemia do Oceano Índico à Índia e<br />

casos na Itália, Guiana Francesa e EUA. Um<br />

ano mais tarde, em 2007 foi registrada a<br />

introdução do vírus no Norte da Itália após<br />

o vírus ter sido detectado em viajante recém-chegado<br />

da Índia. Em 2010, o vírus<br />

circulante infectou mais de 1,39 milhões<br />

de pessoas por meio de casos importados<br />

trazidos de viajantes da Indonésia, Índia e<br />

Sudoeste Asiático afetando Taiwan, França,<br />

EUA e Brasil. Em agosto do mesmo ano<br />

(2010), foram registrados os primeiros casos<br />

em São Paulo de dois homens 41 e 55<br />

anos, respectivamente, e uma mulher de<br />

25 anos após uma viagem à Indonésia que<br />

apresentaram sintomas da febre Chikungunya.<br />

Em 2013, foram registrados novos<br />

casos nas Ilhas do Caribe. Em junho de<br />

2014 novos casos foram confirmados em<br />

militares após retornarem de uma missão<br />

no Haiti. Em outubro de 2014, foram<br />

confirmados ao total 337 casos no Brasil<br />

sendo 274 na cidade Feira de Santana, na<br />

Bahia. Novos casos foram registrados nos<br />

EUA de viajantes retornando de áreas afetadas<br />

detectadas em Porto Rico, em 2017<br />

(Barth & Simões, 2019).<br />

Devido a distribuição dos vetores pelas<br />

Américas toda a região é suscetível à introdução<br />

e à propagação do vírus, de modo<br />

que o mosquito Aedes aegypti intitula-se<br />

como o vetor principal na transmissão na<br />

África e predominante nas áreas urbanas,<br />

enquanto o Aedes albopictus prevalece<br />

nas áreas silvestres. Foi descrita a transmissão<br />

intrauterina quando a mãe apresentava<br />

viremia. Até o momento, estudos<br />

não detectaram o vírus no leite materno.<br />

Casos de profissionais de laboratórios que<br />

manipularam sangue infectado já foram<br />

registrados (Barth & Simões, 2019).<br />

O diagnóstico viral deve ser realizado nos<br />

três primeiros dias de infecção por meio do<br />

isolamento viral em cultura de células. Até<br />

oito dias pós-infecção, o RNA viral pode ser<br />

detectado no soro pela RT-PCR. Em testes<br />

de análises clínicas laboratoriais, os altos<br />

níveis de creatinina e transaminases hepáticas<br />

elevadas são alterações encontradas<br />

características da infecção viral. O teste sorológico<br />

é realizado utilizando captura IgM<br />

e IgG para pesquisa de anticorpos específicos<br />

anti-CHIKV. Sabe-se que é possível o<br />

paciente positivo para o vírus CHIKV estar<br />

co-infectado por outras arboviroses (Simões<br />

& Barth, 2019).<br />

0 90<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


Imuno-Rápido WAMA<br />

Coronavírus<br />

COVID-19<br />

<br />

<br />

<br />

Imuno-Rápido COVID-19 IgG/IgM<br />

WAMA Diagnósca<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Reagentes<br />

Não Reagente<br />

Alta Sensibilidade e Especificidade<br />

Detecção em sangue total, soro ou plasma (IgG/IgM)<br />

Bandas de fácil idenficação<br />

Apresentação: 25 testes (com Lancetas)<br />

Kit registrado no Ministério da Saúde (nº 10310030208)<br />

Assessoria técnica e cienfica para todo o Brasil<br />

Imuno-Rápido<br />

Doenças Infecciosas:<br />

Alerta - Autoteste HIV 1e 2<br />

COVID-19 IgG/IgM<br />

Anti-HBsAg<br />

HBsAg<br />

HCV (Hepatite C)<br />

HIV Triline<br />

HIV 1e 2<br />

Rotavírus<br />

Sílis (Total)<br />

Doenças Tropicais:<br />

Chikungunya IgG/IgM<br />

Dengue IgG/IgM<br />

Dengue NS1<br />

Malária - Pf/Pv<br />

Malária - Pf/Pan<br />

ZIKA IgG/IgM<br />

Marcador Cardíaco:<br />

Troponina I<br />

Marcadores Tumorais:<br />

PSA (sensib. 2,5mg/ml)<br />

Sangue Oculto Fecal<br />

Hormônios:<br />

hCG (Placa-teste)<br />

hCG (Tira-teste)<br />

Precisão - Autoteste hCG<br />

Imuno-Rápido Quanti<br />

β-HCG<br />

Dímero D<br />

Hemoglobina Glicada<br />

Microalbuminúria<br />

PCR Ultrassensível<br />

Procalcitonina<br />

Troponina I<br />

Rev.: 04/2020<br />

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Constante Evolução


VIROLOGIA<br />

O uso de métodos moleculares tem sido<br />

apontado como uma das principais ferramentas<br />

para o diagnóstico devido a sua alta sensibilidade<br />

e especificidade, diminuindo assim o risco<br />

de resultados falso-positivo ou falso-negativo,<br />

e também por sua importância nos estudos<br />

epidemiológicos para o entendimento da distribuição<br />

da infecção dentro das populações. Com<br />

isso, é possível testar paralelamente na mesma<br />

placa utilizando a plataforma de PCR multiplex<br />

em tempo real, amostras nos primeiros dias<br />

após a infecção para Dengue, Chikungunya,<br />

Febre Amarela e Zika por apresentarem mesmo<br />

perfil de temperatura e controle interno usando<br />

a extração de RNA viral.<br />

Atualmente, não há vacina disponível e não<br />

há tratamento antiviral específico. Semelhante<br />

à terapêutica da dengue, pacientes com febre<br />

Chikungunya devem evitar medicamentos à<br />

base de ácido acetilsalicílico por terem efeito<br />

anticoagulante. O uso de fármacos anti-inflamatórios<br />

não esteroides (AINEs) pode ser<br />

preconizado para aliviar a dor aguda e febre. É<br />

importante evitar a desidratação e o modo mais<br />

eficaz de prevenção é a eliminação dos focos da<br />

doença.<br />

Mayaro<br />

O vírus Mayaro (MAYV) é um arbovírus da<br />

família Togaviridae, gênero Alphavirus, com genoma<br />

RNA de fita simples polaridade positiva<br />

envelopado cujo vetor principal é o mosquito<br />

Haemagogus, que vive em áreas mais silvestres,<br />

como as florestas ou matas fechadas (Esposito<br />

& Fonseca, 2017; Ganjian & Riviere-Cinnamond,<br />

2020).<br />

A história epidemiológica da infecção por<br />

Mayaro começou em 1954 em Trinidad e Tobago,<br />

quando o vírus foi isolado a partir de amostras<br />

de sangue de cinco trabalhadores rurais<br />

que apresentavam uma doença febril. O vírus<br />

recebeu o nome em referência ao município<br />

de Mayaro, região sudeste de Trinidad, onde os<br />

casos foram registrados pela primeira vez (Esposito<br />

& Fonseca, 2017; Ganjian & Riviere-Cinnamond,<br />

2020).<br />

O Mayaro é conhecido desde os anos 1950 nas<br />

Américas do Sul e Central. Desde 2015, pesquisadores<br />

alertavam para o risco do vírus silvestre<br />

da Amazônia, se estabelecer nas grandes cidades<br />

do Sudeste. No Brasil, tem causado surtos<br />

isolados nos Estados do Norte e Centro-Oeste.<br />

Os sintomas da doença são semelhantes aos<br />

de infecções por outros arbovírus. Febre aguda,<br />

semelhante a dengue, dor de cabeça, dor muscular,<br />

dor e inchaço nas articulações e manchas<br />

pelo corpo (Esposito & Fonseca, 2017; Ganjian<br />

& Riviere-Cinnamond, 2020).<br />

As análises de genômica e de sorologia são<br />

fundamentais para rastrear a origem e evolução<br />

viral. Uma hipótese é que o vírus tenha sido trazido<br />

do Haiti, onde houve epidemia recente, por<br />

imigrantes ou por um dos militares que integravam<br />

as forças brasileiras a serviço da ONU. O vírus<br />

tem sido relatado em alguns países da América<br />

Central e do Sul, geralmente em lugares<br />

com florestas tropicais, como Guiana Francesa,<br />

Bolívia, Peru, Suriname, Costa Rica, Guatemala,<br />

Venezuela, México, Equador, Guiana, Panamá e<br />

o Brasil (Esposito & Fonseca, 2017).<br />

O primeiro surto no Brasil foi descrito em<br />

1955, às margens do rio Guamá, próximo de<br />

Belém (PA). Desde então, casos esporádicos<br />

e surtos localizados têm sido registrados nas<br />

Américas, incluindo a região Amazônica, principalmente<br />

nos Estados das regiões Norte e<br />

Centro-Oeste, aonde têm sido uma hipótese o<br />

início da transmissão viral (Esposito & Fonseca,<br />

2017). A primeira evidência de circulação do<br />

vírus Mayaro no Pantanal do Mato Grosso foi<br />

registrada em 10 animais soropositivos dos 748<br />

equídeos investigados (Ganjian & Riviere-Cinnamond,<br />

2020).<br />

O vírus Mayaro é transmitido por meio de picada<br />

de mosquitos silvestres, principalmente os<br />

Haemagogus janthinomys, que vivem em matas<br />

e vegetações à beira dos rios. Essa espécie<br />

de mosquito costuma ficar na copa das árvores<br />

e picar macacos e pássaros, que são os hospedeiros<br />

primários da doença nesse ecossistema.<br />

O vírus pode também ser transmitido tanto<br />

pelo mosquito Aedes quanto pelo pernilongo<br />

comum, Culex. Após a picada do mosquito infectado,<br />

os sintomas iniciam geralmente de um<br />

a três dias após a infecção (Esposito & Fonseca,<br />

2017; Ganjian & Riviere-Cinnamond, 2020).<br />

O diagnóstico viral é realizado através da detecção<br />

molecular por RT-PCR e isolamento viral<br />

em cultura de células. A detecção sorológica<br />

ocorre por ensaios imunoenzimáticos, inibição<br />

da hemaglutinação, imunofluorescência ou<br />

testes de neutralização viral (Ganjian & Riviere-<br />

-Cinnamond, 2020).<br />

Prevenção das Arboviroses<br />

Em razão da mudança do perfil epidemiológico<br />

das arboviroses transmitidas pelo mosquito<br />

Aedes no Brasil, houve a necessidade de se buscar<br />

novas alternativas para o controle vetorial<br />

uma vez que há a circulação concomitante de<br />

Dengue, Chikungunya e Zika, segundo registros<br />

do Ministério da Saúde. Novas estratégias<br />

foram incorporadas nos programas de controles<br />

vetoriais como armadilhas disseminadoras de<br />

larvicidas, estratégias ecobiossocial, mapeamento<br />

geoespacial, e borrifação residual intradomiciliar.<br />

A principal medida preventiva para as arboviroses<br />

tem sido a aplicação dos repelentes à<br />

base de icaridina (piperidinecarboxilic acid-1,<br />

2- (2-hydroxyethyl) - 1-metilpropilester),<br />

DEET (N, N-diethyl-3-methylbenzamide), e IR<br />

3535 (3-[N-butyl-N-acetyl] aminopropionic<br />

acid ethyl-ester) recomendados pela Agência<br />

Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Organização<br />

Mundial da Saúde (OMS). Na área<br />

da pesquisa, o uso da bactéria Wolbachia para<br />

supressão da população e bloqueio da transmissão<br />

viral, e insetos transgênicos também<br />

são possibilidades no combate ao vetor (Simões<br />

& Barth, 2016).<br />

Terapêutica das Arboviroses<br />

O sofosbuvir é um fármaco inovador, que foi<br />

lançado em 2013 e chegou ao Sistema Único<br />

de Saúde (SUS) para tratamento do vírus da<br />

hepatite C (HCV) em dezembro de 2015. Como<br />

a maioria dos antivirais, o medicamento não<br />

está disponível nas farmácias e sua utilização<br />

só pode ser feita com acompanhamento médi-<br />

0 92<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


co. Entre as vantagens na comparação com as<br />

terapias anteriores estão a redução dos efeitos<br />

colaterais e a administração por via oral.<br />

A ação do fármaco antiviral sofosbuvir, comprovada<br />

por modelagem computacional tem<br />

demonstrado sua eficácia para diferentes vírus<br />

da família Flaviviridae incluindo, além do vírus<br />

da hepatite C (HCV), o vírus da Dengue, Febre<br />

Amarela, Zika e Chikungunya. Esses vírus apresentam<br />

semelhanças na estrutura da enzima<br />

RNA polimerase, que atua na replicação do genoma<br />

viral (Sacramento et al., 2017; De Freitas<br />

et al., 2019; Ferreira et al., 2019).<br />

O fármaco antiviral Sofosbuvir usado no tratamento<br />

da hepatite C foi capaz de inibir por meio<br />

de ensaios experimentais com camundongos<br />

a replicação do vírus da Febre Amarela. Além<br />

disso a ação do fármaco foi observada tanto<br />

sobre uma cepa viral isolada de um paciente<br />

com Febre Amarela quanto sobre a linhagem<br />

atenuada do vírus, que é a mesma utilizada na<br />

vacinação, e passou a ser considerado modelo<br />

de estudo uma vez que também reduziu a mortalidade,<br />

e impediu os danos do fígado quando<br />

administrado como tratamento preventivo (De<br />

Freitas et al., 2019). Além disso, como a dor<br />

nas articulações com evolução para quadros<br />

crônicos é o sintoma mais frequente da febre do<br />

Chikungunya, o fármaco reduziu a inflamação<br />

articular nos ensaios com camundongos e reduziu<br />

também as sequelas neurológicas da infecção<br />

quando comprovou sua eficácia contra o<br />

vírus Chikungunya ao inibir sua replicação viral<br />

(Ferreira et al., 2019).<br />

Novos ensaios experimentais demonstraram a<br />

capacidade do sofosbuvir para inibir a replicação<br />

viral tanto em células do fígado como em<br />

células do sistema nervoso, sendo o efeito mais<br />

potente observado nas células hepáticas. O fármaco<br />

inibiu a replicação do vírus nas culturas de<br />

células das duas linhagens hepáticas utilizadas.<br />

Além disso também demonstrou eficácia sendo<br />

três vezes mais potente para prevenir a morte<br />

das células do sistema nervoso e baixa toxicidade<br />

com 25% menos tóxico do que a Ribavirina,<br />

um antiviral de amplo espectro. É indicado o<br />

uso do antiviral sofosbuvir como profilático e foi<br />

comprovada sua eficácia com infecção de alta<br />

carga viral iniciada com dois dias após a infecção<br />

viral (Ferreira et al., 2019).<br />

A ação do fármaco antiviral Sofosbuvir também<br />

foi comprovada em ensaios experimentais<br />

realizados com diferentes tipos de células,<br />

incluindo células neuronais humanas, além de<br />

minicérebros contra o vírus Zika. De acordo com<br />

estudos in vivo, testes foram realizados em modelos<br />

mais semelhantes aos cérebros dos bebês<br />

quando são afetados pelo vírus Zika, comprovando<br />

ausência de prejuízos durante a gestação<br />

(Sacramento et al., 2017).<br />

Os experimentos foram realizados com células-tronco<br />

neurais de pluripotência induzida<br />

que são produzidas em laboratórios a partir de<br />

células humanas extraídas da pele e também<br />

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<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020<br />

0 93


VIROLOGIA<br />

são semelhantes as células precursoras que<br />

originam os primeiros tipos celulares do cérebro<br />

no início do desenvolvimento dos embriões.<br />

Os testes in vitro também foram realizados em<br />

minicérebros que são produzidos a partir dessas<br />

células - organoides que reproduzem a estrutura<br />

tridimensional do cérebro do feto nos primeiros<br />

meses de gestação - com a presença de<br />

diferentes tipos de células. São considerados um<br />

modelo para o estudo da microcefalia associada<br />

ao Zika (Sacramento et al., 2017).<br />

Forma ativa do fármaco bloqueia a ação da<br />

enzima RNA polimerase do vírus Zika da mesma<br />

forma em que ocorre com a RNA polimerase do<br />

vírus da hepatite C (HCV). Assim, os testes confirmaram<br />

que a ação da enzima RNA polimerase<br />

do vírus Zika, responsável pela replicação do material<br />

genético viral, é inibida pela forma ativa do<br />

fármaco sofosbuvir (Sacramento et al., 2017). O<br />

sofosbuvir inibiu a replicação do vírus Zika em três<br />

linhagens celulares, a seguir: células neuronais<br />

humanas (SH-Sy5y), células hepáticas humanas<br />

(Huh7) e células de rim de hamster (BHK21). Não<br />

foi observado efeito do medicamento na inibição<br />

da replicação viral na linhagem de células Vero<br />

(Sacramento et al., 2017).<br />

Além do Sofosbuvir há novos fármacos contra<br />

o vírus Zika que vem sendo testados por pesquisadores<br />

do Instituto Butantan usando tecnologia<br />

conhecida como “triagem de alto conteúdo”, do<br />

inglês high content screening que significa o reposicionamento<br />

de fármacos, para testar quais<br />

medicamentos já aprovados pelo FDA apresentam<br />

melhor eficácia contra o vírus. Dos 725<br />

fármacos testados, apenas 29 medicamentos<br />

apresentaram alguma atividade anti-Zika e desses<br />

apenas cinco moléculas foram selecionadas<br />

como as mais promissoras, a seguir: (i) Lovastatina<br />

– usada no tratamento de hipercolesterolemia;<br />

(ii) 5-Fluoracil – quimioterápico;(iii)<br />

6-Azauridine – antimetabólico capaz de inibir a<br />

replicação do RNA viral; (iv) Kitasamicina – antibiótico<br />

da classe dos macrolídeos e (v) Palonosetron<br />

– antagonista de receptor de serotonina<br />

usado no tratamento de náusea induzida por<br />

quimioterapia (Pascoalino et al., 2020).<br />

Referências<br />

ALMEIDA, M.A., SANTOS, E., CARDOSO, J.C., FONSECA, D.F.,<br />

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P.H.O., ELKHOURY, A.N.S.M., COSTA, Z.G.A., LEAL, S.G.,<br />

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Veterinária, 137: 32-42, 2018.<br />

ZANLUCA, C., MELO, V.C.A., MOSIMANN, A.L.P., SANTOS,<br />

G.I.V., SANTOS, C.N.D., LUZ, K. Memórias do Instituto Oswaldo<br />

Cruz, 110 (4):569-572, 2015.<br />

ZENG, Z., SHI, J., GUO,X., MO.L., HU, N., SUN, J., WU, M.,<br />

ZHOU, H., HU, Y. Full-length genome and molecular characterization<br />

of dengue virus serotype 2 isolated from an imported<br />

patient from Myanmar. Virology Journal (2018) 15:131.<br />

Rachel Siqueira de Queiroz Simões<br />

Rachel Siqueira de Queiroz Simões é Pós-doutora pelo Programa de Medicina Tropical do Instituto Oswaldo Cruz e pelo programa de<br />

Engenharia Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atualmente encontra-se lotada no Laboratório Interdisciplinar de Pesquisas<br />

Médicas vinculada ao Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz. Doutora em Ciência Animal e Mestre em<br />

Produção Animal pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro. Médica-Veterinária formada pela mesma instituição. Possui<br />

pós-graduação lato sensu em Biotecnologia pela Universidade Estadual do Maringá e especialização em Ética Aplicada e Bioética pelo Instituto<br />

Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira<br />

1Laboratório Interdisciplinar de Pesquisas Médicas, Instituto Oswaldo Cruz.<br />

1Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde, Fundação Oswaldo Cruz<br />

0 94<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


MICROBIOLOGIA CLÍNICA<br />

O Papel do Analista Clínico<br />

na Covid-19<br />

Caio Salvino<br />

Desde que a pandemia foi declarada pela<br />

Organização Mundial de Saúde, o laboratório<br />

clínico vem tendo papel fundamental em<br />

todas as fases da terrível Covid-19, desde<br />

testagens de diagnóstico de confirmação<br />

etiológica, passando por realização de exames<br />

de prognóstico, avaliação da evolução<br />

de doentes graves, e testes de detecção de<br />

anticorpos, seja para testagens em massa<br />

e verificação de imunização social, ou para<br />

monitoramento de taxas de sorovonversão<br />

dos pacientes com testes iniciais positivos.<br />

Neste contexto, os profissionais analistas<br />

clínicos precisaram usar um método de<br />

aprendizado rápido e baseado em achados<br />

científicos, além da realização de releituras<br />

das formas clássicas de interpretação dos<br />

testes laboratoriais, principalmente os relacionados<br />

à detecção dos anticorpos, cujas<br />

curvas foram sendo ajustadas à medida em<br />

que as publicações iam sendo lançadas, no<br />

que venho chamando de aprendizado em<br />

tempo real em tentativa e erro.<br />

Sem dúvida nenhuma, a pandemia da<br />

Covid-19 está sendo a maior de todas as<br />

oportunidades para que nós, do laboratório<br />

clínico, façamos uma revisão total dos<br />

conceitos diretamente relacionados não<br />

somente aos testes que realizamos todos<br />

os dias, mas à forma com que nos posicionamos<br />

dentro dos sistemas de saúde, no<br />

Brasil e no mundo todo.<br />

Quando tudo começou, havia duas formas<br />

do laboratório participar do processo: passivamente<br />

e ativamente. Vamos às diferenças.<br />

A forma passiva, se manifesta nos laboratórios<br />

cujos profissionais realizam coletas,<br />

encaminhamentos e exames, se colocando<br />

como um realizador de processos técnicos,<br />

enquanto a forma ativa, se manifesta naqueles<br />

laboratórios em que os profissionais realizam<br />

análises clínicas, o que é bem diferente<br />

de realizar exames.<br />

O analista clínico deve se preocupar com tudo<br />

o que vai além dos resultados que vão surgindo<br />

em sua rotina, realizando processos complexos<br />

que vão da fase pré-analítica, passando pela<br />

analítica e finalizando com a pós-analítica, o<br />

que com a covid-19 tomou ainda mais corpo,<br />

e exige que os profissionais estejam altamente<br />

atualizados, dominem os todas as fases citadas,<br />

saibam correlacionar com as suspeitas clínicas<br />

e possam informar a respeito, e aí sim, dos resultados<br />

liberados e assinados por ele ou por<br />

algum membro de sua equipe.<br />

Mas em que isso pode impactar no momento?<br />

A resposta é tão simples quanto a pergunta:<br />

em tudo!<br />

Com a covid-19 aprendemos – ou deveríamos<br />

aprender – que o exame não começa<br />

quando o paciente chega ao laboratório, mas<br />

sim muito antes disso. O pré-analítico tomou<br />

outro rumo, e caminha na direção, cada vez<br />

mais, da informação prévia, que deve trazer<br />

conteúdo de aplicabilidade prática aos médicos<br />

assistentes, independente da especialidade<br />

ou das patologias envolvidas. O contato<br />

constante com a classe médica se torna mais<br />

essencial do que jamais o fora. Mais do que<br />

nunca, os médicos precisam que haja conhecimento<br />

agregado aos laudos laboratoriais, e<br />

que esse conhecimento seja disponibilizado<br />

o tempo todo, a cada novo exame, ou a cada<br />

nova mudança nos velhos conhecidos.<br />

As orientações não devem se resumir aos<br />

pacientes que chegam até nossos balcões<br />

de atendimento, mas a todos os que estão<br />

envolvidos na prescrição, como médicos,<br />

dentistas e nutricionistas, por exemplo.<br />

Portanto, já no pré-analítico, o laboratório<br />

precisa se reinventar, e já não foi feita essa<br />

reinvenção no seu serviço, não perca tempo<br />

em iniciar. Da coleta à triagem das amostras,<br />

e agora internamente, os processos precisam<br />

evoluir, e o foco deve ser total na experiência<br />

do paciente, que começa, a partir de agora,<br />

antes da prescrição. Com o paciente, antes<br />

da necessidade de realizar exames, e com os<br />

prescritores, antes da própria necessidade de<br />

prescrição.<br />

É aqui, que na covid-19, foi necessário<br />

entender, traduzir e orientar a respeito de<br />

que exames realizar, quando realizar, como<br />

coletar, por que realizar e em que momento<br />

realizar cada um deles. A importância do<br />

laboratório clínico nesse contexto foi, é, e<br />

sempre será enorme. É nosso dever atuar<br />

dessa forma para todos os exames que realizamos.<br />

No analítico, aprendemos que conhecer<br />

profundamente os exames que realizamos<br />

é mais do que fundamental, mas<br />

sim, o mínimo a profissionais especialistas<br />

que somos. É, sim, nossa obrigação,<br />

rever todos os processos de nossos<br />

laboratórios, desenvolver o setor de qualidade,<br />

valorizar as opiniões dos colaboradores,<br />

envolver os analistas clínicos<br />

nas discussões, e fortalecer os grupos<br />

de estudos internos, para que o conhecimento<br />

possa ser difundido a todos os<br />

envolvidos nesta fase.<br />

0 96<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


MICROBIOLOGIA CLÍNICA<br />

Podemos entender que, se houver esse<br />

pré-analítico reinventado, o analítico se torna<br />

mais complexo e desafiador, provocando<br />

o analista clínico a elevar constantemente<br />

seu nível de conhecimento e necessidade<br />

de aprendizado e atualização, elevando, por<br />

consequência, o nível de seus laudos e gerando,<br />

dessa forma, demanda de assessoria<br />

médica, um papel essencial ao analista clínico<br />

moderno, afinal, quem deve entender<br />

de exames é o laboratório, e o laboratório,<br />

como em qualquer organização, é formado<br />

por pessoas.<br />

Nesta fase, na covid-19, trabalhamos avaliando<br />

criticamente todos os testes, kits e<br />

resultados, e entendemos dessa forma, que<br />

havia necessidade de muita evolução em<br />

busca de mais sensibilidade e especificidade,<br />

e cada vez com mais precisão e exatidão.<br />

Ajudamos a desenvolver os testes, dando feed-back<br />

aos fabricantes e assessores científicos,<br />

e graças a isso, houve uma rápida evolução<br />

dos mesmos, e hoje já temos mapeado<br />

um modelo que, se ainda não é o ideal, se<br />

tornou bastante confiável, principalmente<br />

em relação aos testes e seus momentos.<br />

Além dos testes que envolvem especificamente<br />

a covid-19, o laboratório clínico tem<br />

papel fundamental em dois momentos: nos<br />

exames de prognóstico em pacientes sintomáticos,<br />

onde através de determinações relacionadas<br />

a inflamação e coagulação, pode<br />

predizer ao clínico assistente se o paciente<br />

em questão pode ser candidato a uma má<br />

evolução, como por exemplo, uma proteína<br />

C reativa elevada, linfopenia, aumento da interleucina<br />

6, aumento do dímero-D, etc.<br />

Outro momento é no monitoramento da<br />

evolução do doente grave, aquele que inflama<br />

e que, muitas vezes, precisa de ventilação<br />

mecânica. Nestes casos são vários os testes<br />

que ajudam ao clínico nas decisões terapêuticas<br />

e no manejo do paciente. Nestes momentos,<br />

não se testa quanto ao SARS-CoV-2.<br />

Após a fase viral – primeira semana de<br />

sintomas aproximadamente – e a doença<br />

desenrolar – o que pode ou não caminhar<br />

para inflamação, tempestade de citocinas e<br />

quadro crítico – o paciente passará pela soroconversão<br />

– produção dos anticorpos – e<br />

que deverá ser verificada mais tardiamente,<br />

preferencialmente em prazo superior a vinte<br />

e cinco dias após início dos sintomas, através<br />

da dosagem da IgG. Ao nosso ver – opinião<br />

pessoal – esta é a imunoglobulina que nos<br />

interessa nesta doença, pois as demais causam<br />

mais confusão do que ajuda ao clínico<br />

assistente, podendo confundir em relação<br />

a decisões pelo isolamento social ou retorno<br />

às atividades normais. Como se trata de<br />

uma doença clínica, as decisões devem ser<br />

clínicas, baseadas ou não em resultados de<br />

exames laboratoriais, porém, os exames corretos,<br />

coletados no momento certo.<br />

No pós-analítico, talvez tenhamos um<br />

dos mais importantes aprendizados: sim,<br />

somos preciosos ao processo do diagnóstico,<br />

prognóstico, acompanhamento e verificação<br />

de cura, e prova disso, é o valor que<br />

nossos laudos tem nas decisões clínicas,<br />

principalmente em pacientes sintomáticos,<br />

moderados ou graves.<br />

Clareza nas informações, agilidade na entrega,<br />

comunicação eficaz, geração de relacionamento<br />

direto, participação direta nas<br />

decisões de cunho epidemiológico através<br />

das análises dos dados obtidos, tais como<br />

taxas de positividade de testes iniciais – RT<br />

PCR ou Antígeno – e/ou monitoramento de<br />

taxas de soroconversão, seja social (massa)<br />

ou verificação da soroconversão dos pacientes<br />

comprovadamente com covid-19 (testes<br />

iniciais positivos).<br />

Poderia continuar escrevendo páginas e<br />

páginas demonstrando o quanto somos nós,<br />

profissionais analistas clínicos, fundamentais<br />

nesta pandemia, e o quanto o seremos após<br />

seu final.<br />

Um dia, isso tudo acabará, e será este o<br />

momento em que perceberemos quais foram<br />

os profissionais e laboratórios clínicos<br />

que entenderam esta reinvenção, esta evolução.<br />

Essa compreesão não é uma opção,<br />

mas a escolha que determinará a própria<br />

existência.<br />

Caio Salvino<br />

Caio Salvino é farmacêutico-bioquímico, microbiologista clínico, professor e consultor. Apaixonado<br />

pela profissão que escolheu, dirige o Laboratório Saldanha, em Lages e a ImersãoLab Capacitação<br />

e Treinamentos em Análises Clínicas, em Floripa, ambas na Santa e bela Catarina. É idealizador e<br />

apresentador do talk-show Papo de Jaleco no YouTube.<br />

0 98<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


Importância da Vigilância Sanitária na Biossegurança<br />

e no controle dos bens de consumo e prestação de<br />

serviços relacionados à saúde.<br />

Por: Jorge Luiz Silva Araújo-Filho, Vanessa Valente Elias.<br />

BIOSSEGURANÇA<br />

Os poderes de que é dotada a Administração<br />

Pública são necessários e proporcionais às funções<br />

à mesma determinados. Em outras palavras,<br />

a Administração Pública é dotada de poderes que<br />

se constituem em instrumentos de trabalho.<br />

Meirelles conceitua: "Poder de polícia é a faculdade<br />

de que dispõe a Administração Pública<br />

para condicionar e restringir o uso e gozo de<br />

bens, atividades e direitos individuais, em benefício<br />

da coletividade ou do próprio Estado”.<br />

O poder disciplinar da Administração não<br />

deve ser confundido com o poder punitivo do<br />

Estado, realizado por meio da Justiça Penal. O<br />

disciplinar é interno à Administração, enquanto<br />

que o penal visa a proteger os valores e bens<br />

mais importantes do grupo social em questão.<br />

A retomada das atividades econômicas no<br />

País, em meio a pandemia, demandou a construção<br />

de protocolos sanitários específicos para<br />

cada setor afetado, que exigiu uma adaptação<br />

às necessidades específicas de cada local, para a<br />

segurança no atendimento da coletividade.<br />

Dessa forma, a Agência Nacional de Vigilância<br />

Sanitária (Anvisa), gestor do sistema nacional<br />

de Vigilância sanitária, que têm por finalidade<br />

institucional, promover a proteção da saúde da<br />

população, por intermédio do controle sanitário<br />

da produção e consumo de produtos e serviços<br />

submetidos à vigilância sanitária, inclusive dos<br />

ambientes, dos processos, dos insumos e das<br />

tecnologias a eles relacionados, bem como o controle<br />

de portos, aeroportos, fronteiras e recintos<br />

alfandegados, publicou protocolos e planos de<br />

contingência a serem seguidos no enfrentamento<br />

do Novo coronavírus no âmbito Nacional.<br />

Este Plano de Contingência é parte do conjunto<br />

de ações da Agência para enfrentamento à<br />

pandemia de Covid-19 e possui interface com<br />

outras instâncias e mecanismos de articulação<br />

e comando responsáveis pela coordenação institucional<br />

e interinstitucional nas demais frentes<br />

de atuação da Anvisa.<br />

Assim, compete ao Estado, através de seus<br />

órgãos de fiscalização coordenar o SEVISA -<br />

Sistema Estadual de Vigilância Sanitária, implementar<br />

e gerenciar o SIVISA- Sistema de<br />

Informação em Vigilância Sanitária, legislar em<br />

caráter suplementar, assessorar e apoiar os municípios<br />

nas ações de Vigilância Sanitária (VISA),<br />

capacitar, planejar, programar e executar ações<br />

compartilhadas, monitorar e avaliar processos<br />

de descentralização das ações de VISA. Compete<br />

ao município, planejar, implementar e executar<br />

ações de VISA com a cooperação técnica e<br />

financeira da União e do Estado, monitorar em<br />

caráter suplementar, gerenciar o Sistema de Informação<br />

em Vigilância Sanitária.<br />

Compete ao município, planejar, implementar<br />

e executar ações de VISA com a cooperação técnica<br />

e financeira da União e do Estado, monitorar<br />

em caráter suplementar, gerenciar o Sistema<br />

de Informação em Vigilância Sanitária.<br />

Esse processo disciplinar de Pactuação das<br />

ações de fiscalização dos serviços se denomina<br />

Descentralização administrativa, em que o<br />

Poder Público cria uma pessoa jurídica e atribui<br />

a titularidade e a execução de serviço público,<br />

como exemplos clássicos há a criação de entes<br />

da Administração Indireta, isto é, autarquias,<br />

fundações, sociedades de economia mista e<br />

empresas públicas.<br />

A importância da descentralização está<br />

justamente no fato de que o município está<br />

bem mais próximo da população, conhece<br />

os problemas do cotidiano e, portanto, tem<br />

condições de dar respostas rápidas a estes<br />

problemas. É um meio de colocar a Vigilância<br />

Sanitária como parte da vida da cidade,<br />

integrando-se de forma colaborativa com<br />

todos os setores, e todos os profissionais<br />

envolvidos na questão, tendo como objetivo<br />

máximo a proteção e promoção da saúde da<br />

população.<br />

O Protocolo das Ações de Vigilância Sanitária<br />

trata do detalhamento do universo de atuação<br />

e dos objetos, para subsidiar a programação de<br />

ações de controle sanitário, exercido por meio<br />

de inspeção sanitária e monitoramento de qualidade<br />

de produtos e serviços.<br />

As ações desenvolvidas têm caráter Educativo<br />

(preventivo), Normativo (regulamentador),<br />

Fiscalizador e, em última instância, Punitivo,<br />

objetivando sempre eliminar ou minimizar a<br />

possibilidade de ocorrência de efeitos negativos<br />

à saúde.<br />

A despeito disso, a fiscalização têm que<br />

aprender a lidar com as iniquidades como<br />

um obstáculo aos plenos modos do andar da<br />

vida, ou uma ameaça concreta ao bem estar<br />

social, sabendo que o protagonismo das<br />

reais necessidades fica a critério da própria<br />

sociedade.<br />

Referências Bibliográficas<br />

<strong>Revista</strong> Âmbito Jurídico https://ambitojuridico.com.br/;<br />

MEIRELLES, Heley Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, São Paulo: Mallheiros, 1999, p.115;<br />

<strong>Revista</strong> Âmbito Jurídico - https://ambitojuridico.com.br/;<br />

Portal da ANVISA. (http://portal.anvisa.gov.br/documents);<br />

Irene Nohara- Direito administrativo – https://direitoadm.com.br/;<br />

Cartilha de VISA - http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cartilha_vigilancia.pdf<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020<br />

Jorge Luiz Silva Araújo-Filho<br />

(@dr.biossegurança)<br />

Biólogo, Mestre em Patologia, Doutor em Biotecnologia;<br />

Palestrante e Consultor em Biossegurança.<br />

Contato: jorgearaujofilho@gmail.com<br />

Te.: (81) 9.9796-5514<br />

Maria Isabel Santacruz Jimenez<br />

Marcatto - (@falandode_visa)<br />

Maria Isabel Santacruz Jimenez Marcatto (@falandode_visa):<br />

Cirurgiã Dentista, especielista em saúde pública, servidora<br />

Centro de Vigilância Sanitária – CVS São Paulo.<br />

Contato: mrsmarcatto@gmail.com<br />

0 99


INFORME DE MERCADO<br />

INFORMES DE MERCADO<br />

Esta Seção é um espaço publicitário dedicado para a divulgação e ou explanação<br />

dos produtos e lançamentos do setor.<br />

Área exclusiva para colaboradores anunciantes.<br />

Mais informações: comercial@newslab.com.br<br />

Você conhece os parceiros da Diagnóstica Cremer?<br />

Para ser uma solução completa para<br />

laboratórios de todo o Brasil, precisamos<br />

de parceiros que entreguem qualidade e<br />

acreditem no nosso propósito: cuidar de<br />

cada vida. Alguns deles são nomes já conhecidos<br />

no mercado laboratorial, como<br />

Cremer, Abbott, BD e Rioquímica.<br />

Com 83 anos de história, a Cremer tem<br />

a responsabilidade de ser uma das maiores<br />

empresas do país no fornecimento de<br />

itens de primeiros socorros, cirurgia, higiene,<br />

tratamento e proteção. Nosso portfólio<br />

é bem amplo com luvas, algodão,<br />

curativo e esparadrapo.<br />

Quando o assunto é teste rápido, a<br />

Abbott é uma grande referência no assunto.<br />

Seus testes e diagnósticos fornecem<br />

informações que permitem decisões mais<br />

inteligentes e rápidas, podendo transformar<br />

a maneira como a saúde é tratada.<br />

Você sabia que trabalhamos exclusivamente<br />

com os itens para coleta venosa da<br />

BD? Nossa parceria é focada em oferecer<br />

produtos que garantam segurança e conforto<br />

aos pacientes e profissionais da saúde,<br />

além de resultados confiáveis para os<br />

médicos seguirem condutas clínicas mais<br />

assertivas e ganhos de produtividade.<br />

A Rioquímica, uma indústria 100% brasileira,<br />

é referência na produção de saneantes<br />

para laboratórios e ambientes hospitalares,<br />

com um portfólio amplo que atende todas<br />

as demandas do dia a dia desses locais.<br />

Temos muitos outros parceiros que compõem<br />

o nosso portfólio. Entre em contato, acesse o site<br />

e acompanhe nossas redes sociais.<br />

Telefone: 0800 729 3090<br />

WhatsApp: (47) 99264-1667<br />

www.diagnosticacremer.com.br<br />

@diagnosticacremer<br />

0 100<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


Como o coronavírus se espalhou pelo país?<br />

Em uma pesquisa inédita, estudo revela dados importantes sobre a pandemia no Brasil.<br />

O Brasil já estava assistindo a catástrofe<br />

ocorrida pela COVID-19 em outros lugares<br />

do mundo quando o vírus chegou aqui, e<br />

consequentemente, seus efeitos devastadores<br />

também. Em meados de março o<br />

Brasil já se preparava para a pandemia o<br />

que, naquele momento, já era inevitável.<br />

Com isso, algumas medidas foram tomadas<br />

na tentativa de reduzir a curva de infectados,<br />

como: a reeducação da população com<br />

medidas preventivas e o fortalecimento do<br />

Sistema Único de Saúde (SUS), com equipamentos<br />

que auxiliassem pacientes com o<br />

quadro clínico mais severo, e ampliação do<br />

número de leitos.<br />

Medidas como a obrigatoriedade do uso<br />

de máscaras, fechamento de escolas e comércios<br />

e isolamento social contribuíram<br />

para o percurso tomado pelo vírus no país.<br />

É o que expõe um estudo inédito publicado<br />

na revista Science e ainda em andamento,<br />

coordenado pelo Instituto de Medicina<br />

Tropical da Faculdade de Medicina da Universidade<br />

de São Paulo (USP) em parceria<br />

com a Universidade de Oxford. A pesquisa<br />

envolveu 15 instituições brasileiras, que<br />

realizaram o sequenciamento de 427 genomas<br />

em 21 estados brasileiros e avalia<br />

a disseminação do vírus em todo território<br />

nacional.<br />

“As amostras foram colhidas entre os meses<br />

de março e abril, em mais de 80 cidades<br />

brasileiras. O intuito foi combinar dados<br />

genéticos do SARS-CoV-2 com dados de<br />

mobilidade dos brasileiros, para investigar<br />

como se deu a transmissão, e se as medidas<br />

preventivas tiveram algum impacto no controle<br />

da epidemia”, explica Nelson Gaburo,<br />

gerente geral do DB Molecular e um dos<br />

pesquisadores envolvidos na pesquisa.<br />

A COVID-19 presente no país tem origem,<br />

principalmente, europeia, e sua maior incidência<br />

de deu em grandes capitais que<br />

recebem muitos voos internacionais, como<br />

São Paulo, Belo Horizonte, Fortaleza e Rio<br />

de Janeiro. “O betacoronavírus possui um<br />

genoma de 30kb e é classificado com duas<br />

linhagens filogenéticas principais: A e B.<br />

Aqui no Brasil foi identificado um grande<br />

número de introduções no início da<br />

pandemia. Com a pesquisa conseguimos<br />

concluir que 76% dos vírus detectados se<br />

agrupam em três grandes linhagens, que se<br />

espalharam pelo país antes de adotarmos<br />

as medidas de controle, o que chamamos<br />

de Intervenções Não Farmacêuticas (INF)”,<br />

esclarece Nelson.<br />

A pesquisa conseguiu apontar que, com<br />

a ajuda das INFs, a taxa de transmissão<br />

do coronavírus reduziu consideravelmente<br />

entre a população, se comparado ao valor<br />

estimado no início da pandemia, ou seja,<br />

apesar da transmissão rápida, as INFs adotadas<br />

estão sendo eficazes até o momento.<br />

O trabalho contou com pesquisadores<br />

brasileiros e britânicos e com o apoio da<br />

FAPESP, MRC, Wellcome Trust, MCTIC, FINEP,<br />

CAPES, CNPq, INCT, FAPERJ e FAPEMIG.<br />

DB Molecular - Diagnósticos do Brasil<br />

Rua Cardoso de Almeida, 1460. Perdizes<br />

São Paulo. SP. 05013-001<br />

www.dbmolecular.com.br<br />

INFORME DE MERCADO<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020<br />

0 101


INFORME DE MERCADO<br />

imagem-informe-NL-setembro.pdf 1 31/08/2020 12:20<br />

Bunzl Saúde inaugura seu novo Centro de Distribuição<br />

C<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K<br />

A Bunzl Saúde, empresa focada em dispositivos<br />

médicos e laboratoriais, inaugurou<br />

seu novo Centro de Distribuição, localizado<br />

em Itajaí - SC. Com uma estrutura moderna e<br />

capacidade para armazenagem de 9 mil posições<br />

paletes, o espaço conta com 7 mil m² e<br />

14 docas, permitindo despachar e receber carregamentos<br />

simultaneamente. Logo, oferece<br />

maior eficiência na gestão de suprimentos de<br />

saúde em todo território nacional.<br />

“Nossa atividade é essencial, principalmente<br />

nesse período de pandemia. Temos como<br />

compromisso disponibilizar produtos com<br />

qualidade e eficiência operacional, isso só é<br />

possível devido a um bom controle de estoque,<br />

colaboradores capacitados e equipamentos<br />

modernos, motivos que asseguram um<br />

sistema efetivo na distribuição dos produtos<br />

para a saúde” afirma Ricardo Guidorizzi, Diretor<br />

de Operações.<br />

bunzlsaude.com.br<br />

(11) 3652-2525<br />

portal@bunzlsaude.com.br<br />

/bunzlsaude<br />

0 102<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


LumiQuick Diagnostics oferece ao mercado Brasileiro uma linha completa<br />

de produtos para o diagnóstico de Covid-19 fabricados nos EUA.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

PRODUTOS DISPONÍVEIS:<br />

- QuickProfile 2019-nCoV IgG/IgM Test (*)<br />

- QuickProfile COVID-19 IgG/IgM Test (*)<br />

- QuickProfile COVID-19 ANTIGEN Test (*)<br />

- QuickProfile 2019-nCoV IgG EIA Test<br />

- QuickProfile 2019-nCoV IgM EIA Test<br />

- Quicknostics® COVID-19 RT-PCR (*)<br />

(*) registrado na ANVISA<br />

A LumiQuick Diagnostics, localizada no<br />

coração do Vale do Silício, na Califórnia<br />

-EUA, desenvolve e fabrica testes de alta<br />

qualidade para distribuição e venda no<br />

mercado mundial de diagnóstico In vitro.<br />

Nossas linhas de produtos contem testes<br />

imunológicos em vários formatos para<br />

detectar doenças infecciosas, marcadores<br />

cardíacos, marcadores de câncer, drogas<br />

de abuso, hormônios de fertilidade e outros<br />

marcadores de doenças.<br />

Nesse momento em que todos<br />

estamos enfrentando a pandemia e<br />

em muitos lugares as pessoas estão<br />

passando por situações semelhantes<br />

de isolamento ou distanciamento<br />

social e cuidados preventivos, a<br />

equipe LumiQuick aceitou o desafio<br />

e está trabalhando intensamente<br />

para oferecer uma linha completa de<br />

produtos cobrindo todos os aspectos<br />

diagnósticos da doença COVID-19.<br />

A LumiQuick também possui outros produtos<br />

registrados na ANVISA, entre em contato<br />

conosco para receber informações de como<br />

ter acesso a esses produtos.<br />

www.lumiquick.com - info@lumiquick.com<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020<br />

0 103


INFORME DE MERCADO<br />

Lançamento BIOMOL<br />

A Biologia Molecular (Biomol) é uma área da biologia<br />

que estuda os organismos em seus níveis mais elementares<br />

do ponto de vista genético, incluindo seu material<br />

genético (DNA ou RNA). Por meio dessa área de estudos,<br />

foi possível desenvolver dentro das análises clínicas diferentes,<br />

exames utilizando técnicas moleculares.<br />

A Biomol é um campo recente e tem como objetivo<br />

pesquisar os processos de replicação, transcrição e<br />

tradução de material genético. O desenvolvimento de<br />

tecnologias nesta área foi acelerado após a descoberta<br />

da estrutura do DNA, em 1953.<br />

Os testes moleculares são um dos segmentos mais<br />

modernos e estão em constante inovação das análises<br />

clínicas. Eles possuem, entre suas diversas vantagens:<br />

Facilidade e rapidez na execução, Alta sensibilidade e<br />

especificidade e Possibilidade de automação.<br />

A pesquisa em nível molecular atende a diversas<br />

especialidades da área da saúde. Os exames desenvolvidos<br />

são utilizados, por exemplo, para diagnósticos<br />

de cânceres e mutações genéticas, testes de paternidade,<br />

além de detecção de doenças infecciosas, pois<br />

possuem alta especificidade. As técnicas moleculares<br />

também podem ser aplicadas para avaliar respostas<br />

aos tratamentos.<br />

Alguns exemplos de aplicações dos exames<br />

moleculares:<br />

Mapeamento de doenças genéticas, como câncer;<br />

- Determinação do sexo de bebê e risco de doenças cromossômicas,<br />

através do TPNI - Teste Pré-Natal não invasivo;<br />

- Diagnóstico de doenças infecciosas, como as respiratórias<br />

(Influenza) ou ISTs (Infecções Sexualmente<br />

Transmissíveis);<br />

- Diagnóstico de alergias ou intolerâncias.<br />

PCR: um dos tipos de teste molecular mais utilizados<br />

Em decorrência do novo coronavírus, um tipo de teste<br />

biomolecular está sendo amplamente utilizado: a PCR<br />

(em inglês, Reação em cadeia da polimerase). Esta técnica<br />

utilizada muito durante a pandemia já existe desde 1983<br />

e é usada para diagnóstico de dengue, zika, chikungunya,<br />

meningite, HPV e ISTs em geral, entre outras doenças.<br />

A PCR revolucionou o segmento de Biologia Molecular,<br />

pois, através da amplificação do DNA in vitro,<br />

possibilitou a detecção de quantidades mínimas do<br />

organismo a ser estudado. Esta técnica permite identificar<br />

a presença vírus, fungo ou bactéria, além de<br />

quantificá-lo quando necessário. Em um exame de CO-<br />

VID-19 ou Influenza, por exemplo, a PCR aponta o vírus<br />

na amostra com maior precisão, mesmo que presente<br />

em pouca quantidade.<br />

A PCR em tempo real, ou simplesmente qPCR (do<br />

inglês, PCR quantitativa) é uma evolução da PCR convencional,<br />

pois permite acompanhar a amplificação do<br />

ácido nucleico em tempo real e, se necessário, identificar<br />

vários tipos de genótipos. Além disso, é possível<br />

realizar a pesquisa para mais de um patógeno simultaneamente<br />

em uma mesma amostra, avaliar o nível de<br />

alteração do gene e quantifica-lo no organismo.<br />

Além da qPCR, existem outros métodos de exame<br />

molecular, como o sequenciamento e a eletroforese. O<br />

sequenciamento é uma técnica que permite, como o<br />

próprio termo explica, visualizar a sequência dos nucleotídeos<br />

em um determinado segmento de DNA. Já a<br />

eletroforese é um processo que separa moléculas como<br />

DNA ou proteínas de acordo com seu tamanho e peso.<br />

Através desta separação é possível perceber alterações<br />

genéticas. A eletroforese é uma técnica utilizada após a<br />

PCR convencional. Já na aplicação da qPCR esta etapa<br />

não é necessária, pois amplificação e detecção do DNA<br />

são feitas simultaneamente.<br />

Celer investe em Biologia Molecular<br />

Tendo em vista a importância da biologia molecular<br />

para a área de medicina diagnóstica e a demanda atual<br />

por testes qPCR, a Celer Biotecnologia lança a sua Linha<br />

Biomol. A linha é formada inicialmente por quatro<br />

equipamentos e está em fase de registro junto à Agência<br />

Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).<br />

Os equipamentos, importados, são da marca<br />

parceira Sansure Biotech. A empresa chinesa possui<br />

foco em desenvolvimento e fabricação de produtos<br />

para laboratórios moleculares. Além disso,<br />

é reconhecida pela qualidade e confiabilidade de<br />

seus produtos. A Sansure está presente em mais de<br />

2.000 hospitais e laboratórios, localizados em cerca<br />

de 40 países, sendo responsável pela realização de<br />

mais de 100 mil testes diários.<br />

Segundo Danielle Rodrigues, biomédica especialista<br />

em Biologia Molecular da Celer Biotecnologia, o investimento<br />

inicial foi realizado como solução durante<br />

a pandemia da Covid-19 porque, para o coronavírus,<br />

a confirmação do diagnóstico de infecção ativa se dá<br />

pela técnica PCR. Entretanto, ela reforça que todos os<br />

sistemas da linha Biomol da Celer são equipamentos<br />

promissores pós-pandemia, pois permitem a realização<br />

de diagnóstico de diversas condições clínicas.<br />

Apesar de recente, o investimento da empresa no<br />

setor de biologia molecular está em crescimento.<br />

Novos produtos, que representem soluções importantes<br />

para os laboratórios, estão sendo avaliados<br />

para serem inseridos na linha. "A expectativa atual<br />

é trazer 10 produtos de qPCR, mas ainda serão definidos.<br />

Além disso, o time de assessoria científica foi<br />

expandido para oferecer um suporte especializado ao<br />

cliente, visto que há várias especificidades na prática<br />

em biologia molecular.", conta Danielle.<br />

Conheça os equipamentos da Linha Biomol<br />

da Celer Biotecnologia:<br />

• iPonatic - Biomol Sansure<br />

Plataforma molecular para PCR em tempo real. Pode<br />

ser utilizada na detecção de SARS-CoV-2.<br />

• MA6000 - Biomol Sansure<br />

Sistema de PCR quantitativo em tempo real.<br />

• NATCH CS - Biomol Sansure<br />

Sistema de extração automatizada de ácidos nucléicos<br />

• SLAN96P - Biomol Sansure<br />

Sistema de PCR em tempo real.<br />

Tem interesse nos equipamentos de biologia<br />

molecular?<br />

Entre em contato no telefone (31) 3413-0814 ou<br />

pelo comercial@celer.ind.br para saber mais sobre a<br />

nova Linha Biomol da Celer Biotecnologia.<br />

http://celer.ind.br/<br />

Help line: +55 (31) 3413-0814 |<br />

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0 104<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


POSSIBILIDADE DE EXTRAÇÃO E AMPLIFICAÇÃO NO MESMO TUBO<br />

Reduz em até 40% o tempo por amostra<br />

Reduz consideravelmente a possiblidade de contaminação<br />

PODE SER UTILIZADO EM DIVERSOS EQUIPAMENTOS<br />

CERTIFICAÇÃO FDA US<br />

1 AMOSTRA A CADA 45 MINUTOS*<br />

CONTROLE INTERNO ENDÓGENO<br />

PRESENTE EM MAIS DE 120 PAÍSES<br />

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WHO EUL ONGOING<br />

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24 testes por KIT<br />

Genes alvo: ORF1ab / Gene N<br />

Armazenar a -20°C<br />

Registro Anvisa: MS80537410051<br />

SOMENTE SE APLICADO NO IPONATIC*<br />

Biotecnologia S.A.<br />

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INFORME DE MERCADO<br />

HORIBA Medical Brasil inova e disponibiliza ferramenta para<br />

avaliação da identificação de células sanguíneas – QSP<br />

• Usuários ilimitados<br />

• Cada gerente de laboratório estabelece o protocolo<br />

de controle e escolhe as lâminas a serem analisadas<br />

pela equipe responsável pelo exame das lâminas.<br />

• Semanalmente, um caso pode ser examinado.<br />

• O programa QSP emite relatórios personalizados<br />

para garantir uma rastreabilidade perfeita.<br />

O software QSP é uma ferramenta para imagens<br />

de alta definição, didática e muito intuitiva.<br />

Ele oferece ao pessoal do laboratório o<br />

exame das lâminas sanguíneas, que são digitalizadas<br />

e avaliadas previamente. Permite ao<br />

laboratório avaliar a capacidade dos potenciais<br />

examinadores<br />

O QSP é mais do que um atlas citológico…<br />

Usa casos clínicos reais fornecidos por<br />

médicos aprovados.<br />

Com casos normais e patológicos.<br />

Vantagens<br />

Treinamento contínuo dos analistas de laboratório<br />

• 6 slides digitais por mês.<br />

• O laboratório pode definir sua própria classificação<br />

de células.<br />

• Avaliação de WBC, RBC e PLT classificação e /<br />

ou morfologias.<br />

• Identificação incorreta de células.<br />

• Relatórios com desempenho individual pontuação.<br />

• Fácil de usar<br />

• Não há necessidade de material adicional (baseado<br />

em PC).<br />

É elaborado um relatório individual da classificação<br />

que mostra<br />

• Um índice da sensibilidade média das células<br />

corretamente classificadas em relação<br />

à referência.<br />

• Uma classificação imediata de TP, TN, FP, FN e<br />

os cálculos associados da relação sensibilidade<br />

e precisão<br />

• Imagens de células que não combinam com a<br />

classificação de referência.<br />

• As observações do leitor e do gerente.<br />

• As ações corretivas associadas.<br />

Benefícios<br />

• Padronização da leitura manual das lâminas<br />

ao microscópio.<br />

• Aumentando a confiabilidade dos resultados<br />

finais.<br />

• Ajudar novos técnicos a melhorar seu nível e se<br />

tornarem confiantes.<br />

• Ajudando Técnicos experientes a manter<br />

seu nível.<br />

HORIBA Medical Brasil<br />

(11) 2923-5400<br />

marketing.br@horiba.com<br />

0 106<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


INFORME DE MERCADO<br />

VERI-Q TM PCR 316 COVID-19<br />

Plataforma de Detecção PCR Real Time<br />

O sistema Veri-Q é compacto e ultrarrápido<br />

com resultados de PCR em Tempo Real para<br />

SARS-COV-2 em até 2 horas.<br />

Todos os processos de detecção de genes são<br />

baseados no método TaqMan e com isto os resultados<br />

são obtidos rapidamente com grande<br />

precisão.<br />

A PMH Produtos Médicos Hospitalares,<br />

empresa que atua no mercado diagnóstico<br />

há 36 anos com produtos de alta qualidade,<br />

vem se consolidando com uma grande força<br />

na comercialização de produtos para Biologia<br />

Molecular para o mercado Brasileiro.<br />

Apresentamos o sistema para suporte<br />

ao diagnóstico da Covid-19 pela metodologia<br />

de PCR em Tempo Real, Veri-Q da<br />

MicoBiomed, empresa da Coreia do Sul,<br />

especializada em diagnóstico por Biologia<br />

Molecular.<br />

Saiba mais como esta solução e nosso time<br />

especializado poderá ajudar o seu laboratório<br />

na luta contra a COVID-19.<br />

SIA Trecho 17 Rua 8 Lote 170<br />

71200-222 Brasília DF<br />

comercial.df@pmh.com.br<br />

61 3403-1300<br />

A Importância da Validação Técnica e Clínica de Produtos<br />

para Diagnóstico In Vitro<br />

Para o registro na ANVISA de produtos para<br />

diagnóstico in vitro é necessária a validação<br />

técnica do produto para todas as classes de<br />

risco: 1, 2, 3 e 4, que demonstrem o seu desempenho<br />

e sua estabilidade, dentre outras<br />

informações. No entanto, para produtos das<br />

classes 3 e 4 e para produtos de novos marcadores<br />

(independente da classe) a validação<br />

clínica do produto, além da técnica, também<br />

é necessária. Recentemente, a exemplo dos<br />

novos produtos para ensaios in vitro para SAR-<br />

S-COV-2, a validação clínica é necessária uma<br />

vez que esta infecção é classificada como risco<br />

3, mas também por ser um novo marcador,<br />

nesse caso para um novo vírus causador da<br />

pandemia COVID-19. Portanto, novos marcadores<br />

das classes 1 e 2 também necessitam de<br />

validação clínica, além da validação técnica.<br />

Orientações sobre registro, validação e ensaios<br />

clínicos podem consultados nas normativas:<br />

RDC 36/2015 ANVISA, IN4/2019 ANVISA, ISO<br />

14155:2011 Clinical Investigation of Medical<br />

Devices For Human Subjects — Good Clinical<br />

Practice, etc.<br />

Portanto ao selecionar um novo produto de<br />

diagnóstico para compra ou revenda, destaca-se<br />

avaliar cuidadosamente os ensaios clínicos, se<br />

foram bem realizados, com número de amostras<br />

significativo e com resultados satisfatórios, e os<br />

testes de estabilidade, que demonstrem que<br />

o produto mantém o seu desempenho durante<br />

todo o prazo de validade do produto.<br />

A ENZYTEC realiza em seu laboratório o<br />

serviço de “Validação Laboratorial de<br />

Produtos para Diagnóstico In Vitro”,<br />

que é de grande ajuda e suporte nesses casos,<br />

atendendo distribuidoras que querem<br />

verificar o desempenho de seus produtos<br />

bem como fabricantes que terceirizam seus<br />

ensaios de validação. Os ensaios são realizados<br />

conforme a RDC 36/2015 ANVISA,<br />

dentro de uma estrutura que segue a RDC<br />

16/2013 ANVISA, de forma completa ou<br />

parcial, a combinar. Entre em contato para<br />

um Orçamento sem compromisso e entenda<br />

como funciona a nossa Validação.<br />

+55 31 99145 9259<br />

enzytec@enzytec.com<br />

www.enzytec.com<br />

0 108<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


Acesso remoto aos analisadores CellaVision:<br />

Telepatologia acessível a todos<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Muitos profissionais de laboratório que<br />

trabalham na área da hematologia já<br />

conhecem ou utilizam a tecnologia CellaVision<br />

para a realização da contagem diferencial<br />

automatizada de leucócitos. O equipamento<br />

faz a leitura das lâminas e fornece ao analista<br />

uma pré-classificação dos leucócitos, bem<br />

como a pré-caracterização dos eritrócitos<br />

através da análise morfológica conduzida por<br />

inteligência artificial.<br />

Nos últimos quinze anos a morfologia celular<br />

digital tem se tornado uma realidade na maioria<br />

dos laboratórios de grande volume de amostras.<br />

Nestas instituições, é muito comum o acesso<br />

remoto aos analisadores CellaVision, onde um<br />

ou mais analistas acessam remotamente as<br />

imagens das células dos pacientes que tiveram<br />

suas amostras selecionadas para a contagem<br />

diferencial. Este acesso remoto permite que<br />

colaboradores revisem amostras processadas<br />

em outro local, por exemplo, em um laboratório<br />

satélite, um hospital afastado dos grandes<br />

centros ou outro laboratório afiliado.<br />

A tecnologia CellaVision, antes disponível<br />

apenas para laboratórios de grande volume de<br />

amostras, agora está ao alcance de laboratórios<br />

de todos os portes. Durante a última edição<br />

do AACC, maior evento de análises clínicas<br />

do mundo, a CellaVision apresentou um novo<br />

equipamento de pequeno porte, o DC-1 - ideal<br />

para laboratórios com pequeno volume de<br />

amostras. O novo modelo processa uma lâmina<br />

por vez e possui todas as funcionalidades<br />

dos equipamentos CellaVision maiores. Desta<br />

forma, laboratórios pequenos também poderão<br />

contar com os recursos CellaVision, o que inclui<br />

o acesso remoto, permitindo a colaboração<br />

de analistas localizados em outros centros<br />

diagnósticos. Especialistas em morfologia<br />

poderão opinar ou até mesmo assinar casos<br />

processados em laboratórios afastados. A<br />

telepatologia aumenta a precisão dos exames<br />

e a atuação dos especialistas em morfologia<br />

celular. É notável a redução do tempo de entrega<br />

dos resultados (TAT), o incremento da acurácia<br />

diagnóstica e da produtividade e, sobretudo,<br />

da consistência, uma vez que o processo de<br />

contagem diferencial se torna padronizado.<br />

Saiba mais em www.cellavision.com<br />

Contato: Wagner Miyaura - Market<br />

Support Manager, South America<br />

wagner.miyaura@cellavision.com<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020<br />

0 109


INFORME DE MERCADO<br />

D-Dímero mLabs®<br />

Auxílio na estratificação da gravidade por infecção do COVID - 19<br />

Com a disseminação do COVID-19, diversos<br />

estudos estão sendo publicados, possibilitando<br />

o maior conhecimento da doença na<br />

tentativa de reduzir o número de casos e a<br />

gravidade dos indivíduos infectados.<br />

Recentemente pesquisadores chineses avaliaram<br />

achados laboratoriais os quais foram<br />

correlacionados valores elevados de D-Dímero<br />

como valor preditivo para a gravidade<br />

da doença, conforme artigo publicado no<br />

The Journal of Thrombosis and Haemostasis.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020<br />

Diante aos novos estudos a Sociedade<br />

Britânica de Hematologia, sugeriu a execução<br />

de testes de coagulação em indivíduos<br />

infectados por COVID-19. Dentre os testes<br />

laboratoriais, está recomendado a dosagem<br />

do D-Dímero, permitindo assim com os outros<br />

testes de coagulação o cálculo do escore<br />

de coagulação intravascular disseminada estabelecido<br />

pela Sociedade Internacional de<br />

Trombose e Hemostasia (ISTH), auxiliando<br />

na estratificação da gravidade por infecção<br />

do COVID-19.<br />

O teste do D-Dímero é de uso clinicamente<br />

significativo na decisão do diagnóstico<br />

de pacientes com suspeitas de episódios<br />

trombóticos, tais como a trombose venosa<br />

profunda (TVP), embolia pulmonar (EP) e<br />

coagulação intravascular disseminada (CID/<br />

CIVD).<br />

O teste de D-Dímero realizado no equipamento<br />

mLabs® tem como metodologia a imunofluorescência<br />

num cartucho micro fluídico.<br />

Utilizando um baixo volume de amostra de<br />

sangue total, permite a execução do teste a<br />

beira do leito do paciente.<br />

Referências bibliográficas:<br />

• Tang, Ning, et al. “Abnormal Coagulation parameters<br />

are associated with poor prognosis in patients<br />

with novel coronavirus pneumonia.” Journal<br />

of Thrombosis and Haemostasis (2020).<br />

Para maiores informações, entre em<br />

contato através do<br />

e-mail faleconosco@lumiradx.com<br />

ou (11) 5185- 8181.<br />

0 111


INFORME DE MERCADO<br />

NEWPROV Lança sua Loja Virtual<br />

Com um simples cadastro você terá acesso<br />

a promoções especiais, lançamentos de<br />

produtos, cotações completas e atendimento<br />

exclusivo, através do seu computador,<br />

tablet ou celular.<br />

Trazer comodidade, rapidez e atendimento<br />

humanizado a nossos clientes, é<br />

uma das missões da Newprov.<br />

www.newprovlab.lojavirtual.com.br<br />

Visando facilitar a sua experiência de<br />

compra, a Newprov - Produtos para<br />

Laboratórios, convida a todos a conhecerem<br />

sua nova plataforma comercial,<br />

loja virtual Newprov.<br />

Diversas formas de pagamento, objetivando<br />

a adequação a necessidade do<br />

cliente, acesso direto ao Departamento<br />

de Garantia da Qualidade, entrega garantida.<br />

Newprov - Produtos para Laboratório<br />

Telefone: +55 (41) 3888-1300<br />

0800 – 6001302<br />

www.newprov.com.br<br />

sac@newprov.com.br<br />

Tubo de transporte com Solução Salina (NaCl 0,9%) – SARSTEDT<br />

para RT-PCR e conta com certificações IATA<br />

de padrão internacional para o transporte de<br />

amostras.<br />

A proposta agrega qualidade ao processo por<br />

assegurar a conservação e o preparo do material<br />

coletado em um tubo já pronto para uso e com<br />

tampa rosqueável. Com isso reduz-se a manipulação,<br />

eliminando as chances de vazamentos<br />

ou contaminação por dispersão de partículas<br />

aerossóis.<br />

A produção nacional confere disponibilidade<br />

imediata, permite a entrega em grande escala,<br />

bem como a customização de kits.<br />

O surto atual causado pelo novo coronavírus<br />

(SARS-Cov-2) constitui uma emergência de<br />

saúde pública de importância internacional,<br />

no mais alto nível de alerta da Organização<br />

Mundial de Saúde. A precisão diagnóstica da<br />

infecção (COVID-19) é crucial para que ações<br />

clínicas possam ocorrer em tempo. O patógeno<br />

é identificado diretamente através do exame de<br />

RT-PCR, considerada metodologia padrão-ouro<br />

para a testagem.<br />

Os desafios na detecção da doença incluem<br />

potencial suscetibilidade às questões pré-analíticas<br />

como erros de identificação, coleta, manuseio,<br />

transporte e armazenamento dos swabs.<br />

Consequências geradas por resultados tardios<br />

ou incorretos podem impactar diretamente nas<br />

condutas médicas.<br />

A SARSTEDT incorporou recentemente ao seu<br />

amplo portfólio de soluções pré-analíticas, o<br />

tubo estéril de transporte com 3ml de solução<br />

salina (NaCl 0,9%). O produto atende aos<br />

protocolos de padronizações e processamento<br />

de amostras. Com dimensão de 13 x 75mm,<br />

compatível com as plataformas de automação<br />

Para a coleta é importante seguir a padronização<br />

institucional vigente.<br />

A SARSTEDT mais uma vez inova em soluções<br />

direcionadas aos desafios atuais.<br />

Para maiores informações<br />

entre em contato com<br />

vendas.br@sarstedt.com<br />

ou 11 4152-2233<br />

0 112<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


INFORME DE MERCADO<br />

Biossegurança dos Equipamentos Hematológicos Celltac da Nihon Kohden<br />

A biossegurança tem um papel importante e<br />

crucial na rotina laboratorial, tanto que existem<br />

regulamentações destinadas que impõem regras<br />

com intuito de prevenir contaminações e outras<br />

ocorrências que possam interferir na saúde de qualquer<br />

profissional dentro deste ambiente. Algumas<br />

medidas adotadas pela maioria dos laboratórios<br />

incluem a utilização de equipamentos de proteção<br />

individuais (EPI’s) e coletivos (EPC’s), organização e<br />

limpeza do ambiente, equipamentos e instrumentos<br />

laboratoriais.<br />

MEK-6500<br />

Atualmente com o enfrentamento da COVID-19,<br />

devido à alta transmissibilidade e aumento das<br />

atividades laboratoriais para atender a demanda,<br />

há a necessidade de preservar os profissionais<br />

desta área. Se já são fornecidos os equipamentos<br />

básicos como os EPI’s é importante seguir<br />

um plano mais abrangente como cita o estudo<br />

fornecido pela Organização Mundial da saúde<br />

(OMS), Laboratory biosafety guidance related to<br />

coronavirus disease (Disponível em https://www.<br />

who.int/publications/i/item/laboratory-biosafe-<br />

ty-guidance-related-to-coronavirus-disease-(-<br />

covid-19)), que destaca como deve ser a manipulação<br />

de materiais altamente infecciosos inclusive<br />

os que podem causar respingos e gotículas, como<br />

ocorre no setor de hematologia ao abrir tubos para<br />

processamento das amostras.<br />

Para aumentar a biossegurança dentro do seu laboratório<br />

e evitar ao máximo o contato direto com<br />

o sangue e eventuais acidentes ao abrir o tubo de<br />

hemograma, toda a linha de equipamentos hematológicos<br />

de uso humano da Nihon Kohden possui<br />

sistema de perfuração de tampa e diluição automática<br />

de amostras, compatível com a maioria dos tubos<br />

comercializados no mercado brasileiro, levando<br />

mais segurança e agilidade para seu laboratório.<br />

MEK-9100<br />

MEK-7300<br />

Opte pela segurança do seu laboratório!<br />

Opte por equipamentos hematológicos Celltac da Nihon Kohden!<br />

Link geral: https://linktr.ee/nihonkohdenbrasil<br />

Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCj2aKp_6VcX5hlDo6bIywpw?view_as=subscriber&sub_confirmation=1<br />

Instagram: https://www.instagram.com/nihonkohdenbrasil/?hl=pt-br<br />

Facebook: https://www.facebook.com/Nihon-Kohden-Brasil-104274731388826/<br />

LinkedIn: https://www.linkedin.com/company/nihon-kohden-brasil/<br />

Twitter: https://twitter.com/KohdenNihon<br />

Site: https://br.nihonkohden.com/<br />

NIHON KOHDEN<br />

Rua Diadema, 89 1° andar CJ11 a 17<br />

Bairro Mauá – São Caetano do sul/SP<br />

CEP 09580-670, Brasil<br />

Contato: +55 11 3044-1700<br />

FAX: + 55 11 3044-0463<br />

fabio.jesus@nkbr.com.br<br />

0 114<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


Firstlab Amplia Linha de Tubos de Coleta de Sangue a Vácuo.<br />

VHS. Utilizado para o teste de VHS (velocidade<br />

de hemossedimentação) para detectar inflamação<br />

ou infecção no organismo. Com opções em<br />

plástico PET transparente, vidro e acessórios:<br />

pipeta e rack com graduação.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

A análise do sangue é fundamental para o<br />

diagnóstico e tratamento de vários processos<br />

patológicos. Assim, os produtos utilizados para<br />

efetuar a coleta do sangue são de extrema importância,<br />

pois além de auxiliar em um melhor<br />

resultado dos exames, podem reduzir erros e<br />

fatores de interferência na fase pré-analítica.<br />

Por isso a linha de Tubos de Coleta de Sangue<br />

a vácuo da Firstlab está mais completa,<br />

com novas opções para atender a qualquer<br />

necessidade, garantindo a segurança do profissional<br />

de saúde e qualidade das amostras<br />

coletadas.<br />

Trombina com gel. O ativador de coágulo a<br />

base de trombina reduz o tempo de coagulação<br />

do sangue para 5 minutos apenas. A coagulação<br />

rápida impede a formação de fibrina<br />

que pode bloquear a sonda dos equipamentos<br />

e a presença do gel separador permite a<br />

obtenção de um soro de alta qualidade.<br />

Completam a linha: EDTA K2 com gel, ACD-A<br />

(citrato ácido dextrose) que atua como anticoagulante<br />

e melhora a conservação dos eritrócitos,<br />

heparina de lítio ou sódio com gel e análise de<br />

traços de elementos.<br />

Conte sempre com a Firstlab e faça análises<br />

precisas com produtos que você confia!<br />

Saiba mais sobre os produtos Firstlab ::<br />

www.firstlab.ind.br<br />

atendimento@firstlab.ind.br<br />

0800 710 0888<br />

Vida Biotecnologia confirma a expansão para 2020<br />

A empresa que neste ano completa 10 anos<br />

de mercado, vem se destacando com imponência<br />

na fabricação de todos os reagentes<br />

para química clínica, hematologia, látex e<br />

testes-rápidos.<br />

Sua equipe conta com profissionais experientes<br />

e gestores capacitados para a expansão<br />

diante dos desafios impostos a 2020,<br />

sempre com muita determinação, positivismo<br />

e força de trabalho.<br />

A Vida Biotecnologia confirma a expansão<br />

de sua estrutura ainda para 2020. Em<br />

uma área de aproximadamente 2500 m² a<br />

empresa visa ampliar seus horizontes, além<br />

de trazer conforto e bem-estar a seus colaboradores.<br />

A nova sede que está sendo preparada conta<br />

com excelente localização ao lado da sede<br />

administrativa do governo de Minas Gerais, as<br />

margens de uma importante via expressa de<br />

Belo Horizonte e a poucos minutos do Aeroporto<br />

Internacional de Confins.<br />

Para mais informações, entre em contato<br />

com sua Central de Atendimento<br />

(31) 3466-3351 ou através do site<br />

www.vidabiotecnologia.com.br.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020<br />

0 115


INFORME DE MERCADO<br />

DIAGNÓSTICO DE DOENÇAS GASTROINTESTINAIS<br />

As doenças inflamatórias intestinal crônica<br />

(DIIC) são caracterizadas pela inflamação<br />

de diferentes áreas do trato gastrointestinal<br />

e ocorrem em episódios. Fases sintomáticas<br />

(recidivas) alternam com as fases de remissão,<br />

onde a doença é praticamente imperceptível.<br />

A severidade dos sintomas e a<br />

duração dos episódios diferem de paciente<br />

para paciente.<br />

A etiologia das DIIC é relativamente desconhecida,<br />

porém presume-se que suscetibilidade<br />

genética e fatores ambientais (tratamento<br />

com antibióticos, fumo, algumas<br />

dietas, estresse) podem causar a doença.<br />

As formas mais relevantes das DIIC são<br />

Colite Ulcerativa e Doença de Crohn. Em<br />

cerca de 10% dos casos, é observada uma<br />

forma mista, que não pode ser claramente<br />

atribuída a nenhuma das doenças (colite<br />

indeterminada).<br />

Tanto na doença de Crohn quanto na Colite<br />

Ulcerativa ocorre uma disfunção da barreira<br />

intestinal da mucosa e do epitélio intestinal.<br />

Assim, bactérias patogênicas passam a<br />

migrar do lúmen intestinal para as células<br />

epiteliais e desencadear uma resposta inflamatória.<br />

Para a diferenciação entre os diferentes<br />

tipos de DIIC e para o diagnóstico<br />

correto da síndrome do intestino irritável,<br />

o diagnóstico diferencial direcionado é de<br />

grande importância.<br />

As doenças inflamatórias intestinal crônica<br />

podem ser diagnosticadas, na maioria<br />

dos pacientes, através de testes sorológicos<br />

para a detecção de diversos anticorpos. A<br />

determinação desses anticorpos permite<br />

um diagnóstico diferencial e possibilita um<br />

tratamento mais assertivo.<br />

A EUROIMMUN disponibiliza em seu portfólio<br />

diversos ensaios para a detecção de<br />

anticorpos específicos, através das metodologias<br />

de ELISA, Imunofluorescência Indireta<br />

e Imunoblot.<br />

Através do método de imunoblot, é possível<br />

fazer a diferenciação entre Doença<br />

de Crohn e outras doenças autoimunes do<br />

trato gastrointestinal como doença celíaca,<br />

gastrite autoimune e anemia perniciosa.<br />

A determinação sorológica de anticorpos<br />

específicos é muito importante para um<br />

diagnóstico efetivo. Anticorpos contra<br />

transglutaminase tecidual (tTG) ocorrem na<br />

doença celíaca, com prevalência de 100%,<br />

uma vez que são praticamente ausentes em<br />

pessoas saudáveis e pacientes com outra<br />

doença gastrointestinal. Além disso, os<br />

pacientes com doença celíaca formam anticorpos<br />

muito específicos contra fragmentos<br />

de gliadina deamidada. Em pacientes com<br />

gastrite autoimune ou anemia perniciosa,<br />

anticorpos contra fator intrínseco e antígenos<br />

de células parietais estão presentes. A<br />

presença de anticorpos ASCA, entretanto,<br />

é indicativa de Doença de Crohn. Assim, a<br />

detecção paralela desses anticorpos fornece<br />

informações importantes para o diagnóstico<br />

diferencial.<br />

O teste da EUROIMMUN é baseado no<br />

sistema EUROLINE. As tiras de teste são<br />

revestidas com tTG recombinante, peptídeo<br />

de fusão análogos a gliadina recombinante<br />

(GAF-3x) e Manana de S.cerevisiae (ASCA).<br />

Além disso, o EUROLINE de Doenças Gastrointestinais<br />

IgG contém Fator intrínseco<br />

recombinante, bem como antígeno de células<br />

parietais nativo<br />

EUROIMMUN Brasil<br />

www.euroimmun.com.br<br />

contato@euroimmun.com.br<br />

(11) 2305-9770<br />

0 116<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


Doença de Crohn e outras<br />

doenças gastrointestinais<br />

(Doença Celíaca, Gastrite Autoimune)<br />

em um único teste<br />

A<br />

s doenças inflamatórias intestinais crônicas (DIIC)<br />

são caracterizadas pela inflamação de diferentes áreas<br />

do trato gastrointestinal e, normalmente, apresentam<br />

sintomas similares. Pensando nisso, lançamos a linha<br />

EUROLINE Doenças Gastrointestinais Autoimunes,<br />

que disponibiliza ensaios para a detecção<br />

de anticorpos específicos, através das metodologias<br />

de ELISA, Imunofluorescência Indireta e Imunoblot.<br />

SCAN ME<br />

Saiba mais sobre os novos produtos EUROIMMUN:<br />

www.euroimmun.com.br/doencasgastrointestinais


INFORME DE MERCADO<br />

Soluções tecnológicas para desafios biológicos complexos:<br />

nós somos a Beckman Coulter Life Sciences<br />

A Beckman Coulter Life Sciences combina<br />

duas das marcas mais conhecidas em laboratórios:<br />

Beckman Instruments, fundada pelo Dr. Arnold<br />

Beckman, em 1935, e Coulter Corporation,<br />

fundada por Wallace e Joseph Coulter, em 1958.<br />

Com mais de 80 anos de história, desafiamos<br />

a sabedoria convencional e ajudamos a resolver<br />

desafios biológicos complexos.<br />

Contamos com uma unidade de negócios de<br />

biotecnologia, com centrífugas e manipuladores<br />

automatizados de líquidos, uma unidade de<br />

negócios de citometria de fluxo, com citômetros,<br />

softwares e linha completa de anticorpos e<br />

reagentes para citometria, além de analisadores<br />

de particulados e de células, reagentes para o<br />

estudo de genômica.<br />

Estamos diretamente no Brasil, México, Colômbia,<br />

Porto Rico e temos mais de 30 distribuidores<br />

certificados, treinados e avaliados para atender a<br />

vários mercados em toda a América Latina.<br />

Nossa equipe de aplicações, treinada nos<br />

EUA e na Europa, está pronta para ajudar<br />

nossos clientes, de forma ágil, fornecendo<br />

soluções inovadoras e confiáveis. Nossos engenheiros<br />

de serviço cobrem todo o território<br />

latino-americano e são treinados na fábrica<br />

para consertar e calibrar nossos instrumentos<br />

com os mais altos e exigentes padrões.<br />

Nosso objetivo é fornecer soluções com a<br />

melhor experiência, no menor prazo possível,<br />

porque sabemos o quanto é importante<br />

para você, nosso cliente.<br />

Saiba mais: www.mybeckman.com.br<br />

Suporte ao Cliente: +55 11 4154-2207<br />

ou +55 0800 771-8818<br />

Email: mkt@beckman.com<br />

Edifício Memorial Office Building<br />

Rua Julio Gonzales, 132 - 14º andar<br />

São Paulo - SP, Brasil<br />

0 118<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


O COVIDSeq da Illumina é o primeiro teste NGS para detecção de COVID-19 a receber<br />

a autorização de uso emergencial do FDA Food and Drug Administration (EUA).<br />

de teste DRAGEN COVIDSeq no BaseSpace<br />

Sequence Hub para análise rápida.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Design e Controle de Qualidade<br />

Destaques do produto<br />

O teste Illumina COVIDSeq é o primeiro<br />

teste NGS aprovado para uso de<br />

acordo com a Food and Drug Administration's<br />

Emergency Use Authorization<br />

(EUA) dos EUA. Este teste NGS baseado<br />

em amplicons inclui primers 2019-<br />

nCoV projetados para detectar RNA do<br />

vírus SARS-CoV-2 em swabs nasofaríngeos,<br />

orofaríngeos de pacientes com<br />

sinais e sintomas de infecção suspeitos<br />

de COVID-19.<br />

Detecção rápida e escalonável de<br />

SARS-CoV-2<br />

O teste Illumina COVIDSeq pode ser<br />

ampliado ou reduzido para acomodar<br />

diferentes números de amostras. Os<br />

resultados de 1536 a 3072 podem ser<br />

processados em 12 horas no sistema<br />

NovaSeq 6000 usando dois kits de reagentes<br />

SP ou S4, respectivamente, ou<br />

384 resultados em 12 horas usando o<br />

kit de reagentes para NextSeq 500/550.<br />

Fluxo de Trabalho e Componentes<br />

O fluxo de trabalho inclui etapas<br />

para extração de RNA viral, conversão<br />

de RNA em cDNA, PCR, preparação de<br />

biblioteca, sequenciamento, análise e<br />

geração de relatório. Os principais componentes<br />

incluem o sistema NovaSeq<br />

6000 de alto rendimento ou os sistemas<br />

NextSeq 500/550, juntamente com o<br />

teste Illumina COVIDSeq e o pipeline de<br />

teste DRAGEN COVIDSeq ou o aplicativo<br />

O teste Illumina COVIDSeq aproveita<br />

uma versão modificada do protocolo<br />

ARTIC multiplex PCR validado e disponível<br />

ao público, com 98 amplicons<br />

projetados para amplificar sequências<br />

específicas do vírus SARS-CoV-2,<br />

combinado com a comprovada tecnologia<br />

de sequenciamento Illumina.<br />

Como característica de qualidade, um<br />

controle interno que consiste em 11<br />

alvos de mRNA humano é incluído em<br />

cada amostra.<br />

www.illumina.com<br />

Tel: (+55) 11 3500 3900, email:<br />

illuminabrasil@illumina.com<br />

Produtos válidos somente para pesquisa.<br />

Não devem ser utilizados para diagnóstico.<br />

© 2018 Illumina, Inc. Todos os direitos<br />

reservados.QB 5621<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020<br />

0 119


INFORME DE MERCADO<br />

Simplicidade, praticidade e segurança no combate à Pandemia.<br />

Gold Analisa inova e oferece ao mercado o kit individual para COVID.<br />

Muitas vantagens em só kit:<br />

. Abertura da embalagem junto ao paciente;<br />

. O teste pode ser adquirido por unidade;<br />

. Incluídos Todos os itens para a realização<br />

do teste;<br />

. Praticidade no descarte;<br />

. Acesso a vídeos, Instruções de procedimento<br />

e manual de erros no hotsite;<br />

. IgG e IgM em linhas separadas podendo<br />

determinar a fase da doença;<br />

. Maior sensibilidade e especificidade.<br />

Conheça o Kit Individual Covid-19 (IgG/IgM)<br />

Analisa para diagnóstico do Coronavírus.<br />

O kit individual traz toda a praticidade e<br />

segurança para execução do teste junto ao<br />

paciente. A embalagem é lacrada individualmente<br />

e contém todos os componentes necessários<br />

para a sua realização contendo além<br />

dos materiais essenciais para o teste, o material<br />

para assepsia, coleta e descarte. Visando<br />

a biosegurança o próprio sachê é novamente<br />

lacrado e identificado como material de risco<br />

biológico para o descarte seguro para operador<br />

e paciente.<br />

O COVID IGG/IGM Analisa identifica separadamente<br />

os anticorpos IgM e IgG contra o vírus<br />

SARS-CoV-2, em amostras de soro, plasma<br />

e sangue total podendo se utilizar a amostra<br />

capilar que traz mais conforto ao paciente.<br />

Consulte nossos distribuidores ou equipe de vendas.<br />

www.goldanalisa.com.br<br />

‘‘ O teste sorológico é de uso profissional e<br />

sua execução requer o cumprimento de protocolos<br />

e diretrizes técnicas de controle, rastreabilidade<br />

e registros das autoridades de saúde.’’<br />

Para mais detalhes entre em contato<br />

através do telefone: 31 3272-1888 ou<br />

acesse o nosso hotsite www.sites.google.<br />

com/goldanalisa.com.br/covid19i/home<br />

Lançamento Labtest: Gasometria i15<br />

Portátil, leve e de fácil operação, o sistema de<br />

gasometria i15 Labtest é a solução ideal para<br />

quem busca um sistema completo e versátil,<br />

que permite realizar análises em ambientes laboratoriais<br />

e hospitalares.<br />

O sistema é automático e pode-se utilizar<br />

amostras de sangue total arterial ou venoso,<br />

coletadas em heparina lítica ou heparina balanceada<br />

com cálcio, incluindo gasometria capilar.<br />

• Sempre pronto para realizar o teste, o sistema<br />

utiliza apenas 140 µL de amostra e os<br />

resultados são obtidos em 48 segundos, após a<br />

aspiração da amostra. A bateria tem autonomia<br />

para 50 testes contínuos.<br />

• Até 34 parâmetros por amostra:10 parâmetros<br />

medidos (pH, pCO2, pO2, Na+, K+, Ca++,<br />

Cl-, Glu, Lac e Hct) e 24 parâmetros calculados.<br />

• Cartuchos individuais e de uso único que<br />

possuem microssensores para determinação<br />

dos parâmetros por potenciometria, amperometria<br />

e condutimetria.<br />

• O sistema requer baixa manutenção: com<br />

tecnologia inovadora de controle de líquidos, a<br />

amostra fica confinada no cartucho e não entra<br />

em contato com o sistema operacional interno.<br />

• Garantia de exatidão e precisão nos resultados:<br />

calibração automática a cada amostra, três<br />

níveis de controle de qualidade e simulações<br />

internas.<br />

• Com impressora embutida e software configurável<br />

para melhor atender a sua rotina, é<br />

capaz de armazenar até 10.000 dados de pacientes<br />

e 5.000 dados de CQ.<br />

Entre em contato e conheça a solução<br />

Labtest para gasometria:<br />

DDG: 0800 031 3411<br />

E-mail: labtest@labtest.com.br<br />

Site: labtest.com.br<br />

0 120<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


Kit Imuno-Rápido para diagnóstico da Febre Chikungunya IgG/IgM<br />

WAMA Diagnóstica disponibiliza o kit imuncromatográfico rápido para anticorpos contra a febre Chikungunya.<br />

A WAMA Diagnóstica, empresa líder no<br />

segmento de desenvolvimento e produção<br />

de testes rápidos no Brasil apresenta mais<br />

um produto que auxiliará no diagnóstico da<br />

Chikungunya, arbovirose transmitida pelo<br />

mosquito Aedes aegypti: o kit Imuno-Rápido<br />

Chikungunya IgG/IgM. O teste conta<br />

com a metodologia imunocromatográfica<br />

para realizar detecção qualitativa dos anticorpos<br />

de classe IgG/IgM contra o vírus no<br />

soro, plasma ou sangue total humano, identificando<br />

assim a infecção.<br />

A febre Chikungunya foi identificada inicialmente<br />

durante um surto no sul da Tanzânia<br />

em 1952. O nome vem do idioma<br />

africano Kimakonde e significa “inclinou-se<br />

ou contorceu-se de dor”, referindo-se à aparência<br />

dos pacientes que se inclinam por<br />

causa da dor nas articulações que a doença<br />

provoca. Atualmente, já foi detectada em<br />

mais de 60 países na Ásia, África, Europa e<br />

nas Américas. Nas últimas décadas, os mosquitos<br />

vetores da doença se espalharam,<br />

levando a um aumento abrupto nos surtos.<br />

De acordo com o Ministério da Saúde, em<br />

2016 já foram registrados mais de 230 mil<br />

casos prováveis de febre Chikungunya no<br />

Brasil, distribuídos em mais de 2 mil municípios,<br />

e 120 óbitos já foram confirmados pela<br />

doença. Ela se concentra principalmente na<br />

região Nordeste, onde a taxa de incidência<br />

pode chegar a 370 casos para cada 100 mil<br />

habitantes. Com a chegada do verão, época<br />

em que ocorrem mais casos de infecção, a<br />

atenção ao controle do vetor e diagnóstico<br />

da Chikungunya deve ser redobrada.<br />

A Chikungunya causa febre e graves dores<br />

nas articulações. Outros sintomas incluem<br />

dor muscular, dor de cabeça, náusea, fadiga<br />

e erupção cutânea. A dor nas articulações<br />

é, por vezes, debilitante e pode ter duração<br />

variada. A maioria dos pacientes se recupera<br />

completamente, mas, em alguns casos, a<br />

dor nas articulações pode persistir por vários<br />

meses, ou até mesmo por anos. Embora ainda<br />

raramente, pode haver comprometimento<br />

ocular, neurológico e cardiovascular, principalmente<br />

em pacientes idosos, o que pode<br />

levar a morte. Os sintomas muitas vezes são<br />

confundidos com outras doenças, principalmente<br />

a Dengue, dificultando o diagnóstico<br />

diferencial.<br />

Após a transmissão pela picada do Aedes<br />

aegypti, o aparecimento dos primeiros<br />

sintomas se dá entre 4 e 8 dias, podendo<br />

variar em alguns casos de 2 a 12 dias.<br />

Como resposta à infecção, o organismo<br />

começa a produzir anticorpos, inicialmente<br />

da classe IgM, após 7 a 10 dias<br />

do aparecimento dos primeiros sintomas.<br />

Após aproximadamente 20 dias, os níveis<br />

de anticorpos da classe IgG contra o Chikungunya<br />

começam a ser produzidos, e<br />

podem persistir detectáveis por meses ou<br />

anos após a infecção.<br />

Devido à co-circulação dos vírus Zika, Chikungunya<br />

e Dengue, os quais são transmitidos<br />

pelo mesmo vetor, realizou-se uma avaliação<br />

da reatividade cruzada em amostras positivas<br />

para Dengue e Zika. Este estudo foi efetuado no<br />

Laboratório de Virologia Molecular – Centro de<br />

Pesquisa em Virologia – da Faculdade de Medicina<br />

de Ribeirão Preto (USP-RP). Nenhuma<br />

amostra testada proveniente de pacientes com<br />

Zika e Dengue mostrou resultado positivo com<br />

o teste Chikungunya IgG/IgM da WAMA, demonstrando<br />

alta especificidade do teste.<br />

O kit Imuno-RÁPIDO Chikungunya IgG/<br />

IgM da WAMA Diagnóstica é um teste<br />

imunocromatográfico altamente sensível e específico<br />

para detecção qualitativa dos anticorpos<br />

contra Chikungunya no sangue total, soro<br />

ou plasma humano, com a finalidade de auxiliar<br />

no diagnóstico de indivíduos com infecção<br />

pelo vírus da Chikugunya. Sendo assim, mais<br />

uma vez a WAMA Diagnóstica sai na frente,<br />

oferecendo a seus clientes um kit inovador e<br />

garantido pelo rígido controle de qualidade ao<br />

qual seu portfólio de produtos é submetido,<br />

reafirmando assim sua posição de destaque<br />

no mercado, com crescente participação no<br />

cenário nacional e internacional.<br />

Apresentação: 10, 20 e 40 testes.<br />

Mais informações pelos canais de<br />

relacionamento:<br />

Tel: +55 16 3377.9977<br />

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atendimento@wamadiagnostica.com.br<br />

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linkedin.com/wamadiagnostica<br />

instagram.com/wamadiagnostica<br />

youtube.com/wamadiagnostica<br />

INFORME DE MERCADO<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020<br />

0 121


INFORME DE MERCADO<br />

Qualidade da assistência à saúde no ambiente hospitalar e sua relação<br />

com a utilização de Scanner Vascular no procedimento de punção venosa periférica<br />

O cateterismo venoso periférico é um dos procedimentos<br />

mais praticados na assistência à saúde<br />

no ambiente intra-hospitalar. Apesar de ser um<br />

procedimento habitual, complicações relacionadas<br />

à punção venosa periférica não são raras e<br />

costumam trazer prejuízos ao paciente e para a<br />

qualidade da assistência à saúde. Com o objetivo<br />

de minimizar tais prejuízos, as ciências biológicas<br />

e médicas estão cada vez mais empenhadas no<br />

desenvolvimento e disseminação de novas tecnologias<br />

que buscam gerar assertividade, segurança<br />

e conforto para quem precisa.<br />

A necessidade em promover os conhecimentos<br />

a respeito da utilização de novas tecnologias para<br />

execução do cateterismo venoso periférico, e a<br />

maneira como essas tecnologias podem contribuir<br />

para uma assistência à saúde de qualidade,<br />

segura e humanizada, se mostram de extrema relevância,<br />

visto que, cerca de 96,7% dos pacientes<br />

em processo de internação hospitalar, em algum<br />

momento necessitarão de um cateter venoso<br />

periférico inserido, e que, 72,5% são retirados<br />

por complicações e eventos adversos, causando<br />

desconforto e ansiedade para os pacientes, e um<br />

desafio para os profissionais da saúde.<br />

Dentre as muitas tecnologias existentes que<br />

visam auxílio no procedimento de cateterismo<br />

venoso periférico, está a visualização da rede<br />

venosa através de raio infravermelho-próximo,<br />

emitido por scanners vasculares, que promovem<br />

a visualização do mapa da vasculatura projetado<br />

sob a pele, facilitando assim a visualização da rede<br />

venosa pelo profissional da saúde e, por consequência,<br />

minimizando consideravelmente a possibilidade<br />

de perfurações falhas e múltiplas punções.<br />

Atualmente no mercado da linha médica hospitalar,<br />

é possível encontrar scanners vasculares<br />

extremamente potentes, como o Greiner Bio-One<br />

AV400, que possui capacidade de projeção de<br />

imagem dos vasos em alta definição, alcançando<br />

96% de precisão da anatomia venosa, permitin-<br />

do evitar bifurcações e válvulas. O aparelho ainda<br />

conta com suportes que garantem autonomia aos<br />

profissionais para realização do procedimento<br />

sem necessidade de auxílio extra, além de manter<br />

o foco da projeção permanentemente calibrado e<br />

independente do ângulo do equipamento.<br />

Portanto, no momento da punção venosa periférica,<br />

a utilização do infravermelho-próximo<br />

emitido por scanners vasculares, promove auxílio<br />

ao procedimento, agregando qualidade a assistência<br />

à saúde, promovendo um cuidado hospitalar<br />

seguro e humanizado, originando tranquilidade,<br />

eficácia, assertividade, segurança, e conforto<br />

ao paciente e seus familiares.<br />

Referências<br />

Araújo, A. A., Morais, J. C., Leite, W. M., & Roberta, G. S.<br />

(5 de dezembro de 2018). I Congressso Norte-Nordeste de<br />

Tecnologias em saúde. Análise Do Uso Do Raio Infravermelho<br />

Na Punção Venosa. Terezina, Piauí, Brasil.<br />

Para saber mais, acesse: www.gbo.com.br,<br />

ou entre em contato: info@br.gbo.com.<br />

Conheça a experiência GTgroup e surpreenda-se!<br />

Somos fiéis a nossa Missão: atender todo o<br />

território nacional com qualidade e excelência!<br />

E temos ciência do quão desafiador isso pode<br />

ser; porque não basta uma declaração institucional<br />

para dizer ao mercado quem somos, queremos<br />

alcançar esse reconhecimento por parte<br />

de nossos clientes, através da satisfação com os<br />

produtos e serviços que ofertamos.<br />

Trabalhamos sob uma conduta ética que prioriza<br />

a transparência em todas as nossas relações<br />

comerciais. Isso nos confere o diferencial de<br />

uma empresa que está com os olhos atentos<br />

ao mercado, e sobretudo atentos aos desejos e<br />

necessidades dos clientes. Podemos dizer que a<br />

GTgroup passa por uma metamorfose constante.<br />

Adequamos o nosso jeito de fazer à realidade<br />

de cada parceiro ou cliente; temos um atendimento<br />

personalizado, uma logística que busca<br />

as melhores condições e prazos para atender a<br />

qualquer laboratório do país, onde quer que ele<br />

esteja, e uma equipe altamente qualificada para<br />

gerar a melhor experiência de compra.<br />

As metas são ousadas, mas não apenas no que<br />

diz respeito à receita anual, mas principalmente<br />

à nossa participação no mercado. Estamos<br />

avançando, mas acreditamos que tudo o que<br />

conquistamos até aqui, ainda é só o início de uma<br />

jornada de muito sucesso. Portanto tratamos<br />

cada próximo passo com o devido cuidado, para<br />

sermos mais sólidos, mais fortes e mais inovadores<br />

quanto possível. E por falar em inovação, você<br />

não perde por esperar o que a GTgroup ainda tem<br />

para lhe mostrar nesse ano de 2020. Continue<br />

acompanhando as nossas redes sociais e demais<br />

canais de comunicação, irá se surpreender!<br />

Gtgroup<br />

Central de Vendas: (31) 3589-5000<br />

vendas@gtgroup.net.br<br />

Whatsapp: (31) 98786-6021<br />

Rua Mucuri, 255 - Floresta<br />

Belo Horizonte / MG<br />

0 122<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


your power for health<br />

GREINER BIO-ONE<br />

SUA ALIADA NO COMBATE DA<br />

COVID-19<br />

O Greiner Bio-One AV400 auxilia o profissional da saúde<br />

na realização de coletas de sangue e infusão de<br />

medicamentos de forma mais segura e menos dolorosa.<br />

O aparelho projeta as veias periféricas do paciente sobre<br />

a superfície da pele em tempo real e com alta qualidade.<br />

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INFORME DE MERCADO<br />

Prepare seu laboratório para a Acreditação pelo SNA-DICQ<br />

Implante um Sistema de Gestão da Qualidade<br />

com o Curso PNCQ Gestor em videoaulas,<br />

em 8 módulos:<br />

· Passo-a-passo para a implantação de um SGQ<br />

· Software PNCQ Gestor<br />

· Requisitos do SNA-DICQ (em 4 módulos)<br />

· Princípios da Gestão de Riscos<br />

· Formação de Auditores Internos<br />

Investimento (software + videoaulas +<br />

consultoria por e-mail):<br />

· Laboratórios Participantes do PNCQ: R$<br />

1.800,00 (em até 10 vezes de R$ 180,00<br />

nos boletos do PRO-EX).<br />

· Laboratórios não Participantes do PNCQ:<br />

R$ 2.100,00 (à vista, via transferência/depósito<br />

bancário).<br />

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sua atualização gratuita.<br />

Informações:<br />

pncq@pncq.org.br ou 21 3177-8450<br />

3 passos para tornar seu laboratório apto a realizar testes moleculares<br />

A chegada da COVID-19 ampliou a necessidade<br />

de laboratórios com expertise em biologia<br />

molecular em todo o Brasil, para realizar a detecção<br />

do SARS-COV-2 por meio da técnica de<br />

PCR em tempo real.<br />

Este pode ser um momento oportuno para<br />

agregar mais este serviço a seu laboratório, uma<br />

vez que com a mesma técnica de biologia molecular<br />

é possível testar para inúmeros patógenos,<br />

como HPV, Sepse, IST, infecções respiratórias e etc.<br />

Tornar um laboratório especialista em diagnóstico<br />

molecular é mais simples do que parece.<br />

Conheça os passos a seguir:<br />

Passo 1: Sala das Amostras<br />

Os laboratórios de análises clínicas trabalham<br />

com amostras biológicas, e para isso, já possuem<br />

uma sala adequada para a preparação e<br />

manipulação dessas amostras. O fluxo laminar<br />

também já é utilizado na rotina do laboratório,<br />

portanto, para implementar o diagnóstico molecular<br />

no basta realizar pequenas alterações no<br />

espaço físico, adquirir os insumos, equipamentos<br />

e os kits de extração e diagnóstico.<br />

Na escolha dos kits de extração, prefira sempre<br />

os kits IVD por serem padronizados, mais simples<br />

e rápidos de usar, além de apresentarem<br />

alta pureza.<br />

Passo 2: Sala de Pré-PCR e PCR/Pós-PCR<br />

Recomenda-se a separação das salas de Pré-<br />

-PCR e PCR / Pós-PCR. A forma mais simples e<br />

eficaz é transformar os ambientes, por meio de<br />

divisórias, em salas distintas.<br />

No entanto, mesmo que seu laboratório não<br />

possua espaço físico disponível, é possível a divisão<br />

de um único ambiente através do uso de<br />

workstations. A metodologia de qPCR acontece<br />

em uma plataforma fechada, assim, o equipamento<br />

pode ser colocado em outra área da sala.<br />

A Mobius Life Science oferece consultoria e<br />

suporte desde essa etapa de readequação de<br />

área até o treinamento no uso de nossos kits.<br />

Passo 3: Treinamento do fluxo correto<br />

do trabalho<br />

Através da assessoria científica, a Mobius Life<br />

Science oferece um treinamento a todos os funcionários<br />

do seu laboratório, mostrando a importância<br />

de seguir o fluxo correto de trabalho.<br />

Saiba o que podemos fazer por seu laboratório:<br />

Mobiuslife.com.br<br />

Saiba mais:<br />

www.mobiuslife.com.br<br />

0 124<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


INFORME DE MERCADO<br />

Grifols – Comprometida com o desenvolvimento de soluções<br />

inovadoras de diagnóstico<br />

Há mais de 100 anos, a Grifols trabalha para<br />

melhorar a saúde e o bem-estar de pessoas<br />

ao redor do mundo. Estabeleceu sua filial em<br />

Curitiba - Brasil em 1998 e em 2017 transferiu<br />

a sede corporativa local para Campo Largo, região<br />

metropolitana de Curitiba, PR. Além disso,<br />

em 2019 foi colocada em operação a primeira<br />

fábrica da empresa instalada na América Latina<br />

no mesmo lugar.<br />

• Compromisso: O mesmo compromisso que o<br />

Dr. Grifols, nosso fundador, assumiu na Espanha<br />

na década de 20, em criar um método mais seguro<br />

para realizar transfusões sanguíneas, continua<br />

a inspirar a Grifols dos dias de hoje a melhorar<br />

a segurança transfusional, desde o doador<br />

até o receptor. Está no DNA da Grifols.<br />

• Parceria: A nossa forma de trabalhar é tão<br />

importante quanto o que oferecemos. Se o<br />

que o seu laboratório precisa é de orientação<br />

educacional, projetos especializados de fluxo<br />

de trabalho, suporte à implementação, treinamento<br />

de usuários e/ou um rápido atendimento<br />

técnico, você tem um parceiro que oferece o<br />

suporte que você procura.<br />

Instrumentação para testes de compatibilidade<br />

sanguínea pré-transfusionais, a Grifols<br />

fornece diversas soluções adequadas para diferentes<br />

tamanhos e volumes de trabalho em<br />

laboratórios de Imuno-hematologia, compondo<br />

uma gama completa de soluções escaláveis<br />

que podem ser adaptadas às necessidades e<br />

fluxo de trabalho de cada caso em particular. O<br />

gráfico a seguir mostra o analisador mais adequado<br />

para cada laboratório, de acordo com o<br />

nível de automação e o número de amostras<br />

analisadas por ano:<br />

Composta por quatro divisões– ( Bioscience,<br />

Diagnostic, Hospital e Bio Supplies) a Grifols<br />

vem trabalhando para melhorar os cuidados<br />

com a saúde através de produtos inovadores<br />

em mais de 100 países. Durante anos a divisão<br />

de diagnóstico colabora com tratamento<br />

de pacientes oferecendo soluções inovadoras<br />

de diagnóstico que facilitam a detecção e o<br />

tratamento de doenças, assim como simplifica<br />

os processos laboratoriais. Como um provedor<br />

experiente e confiável, fornecemos aos clientes<br />

os produtos da linha de diagnósticos que<br />

abrangem toda a área de saúde desde a prevenção,<br />

triagem, diagnóstico e prognóstico até<br />

ao monitoramento de doenças e tratamentos.<br />

A nível global, somos um líder em Medicina<br />

Transfusional e oferecemos a solução para<br />

melhorar a segurança durante todo o processo,<br />

desde a doação de sangue até a transfusão no<br />

paciente. Melhoramos a segurança transfusional<br />

por meio de nosso(a):<br />

• Liderança: Empregamos os nossos amplos<br />

conhecimentos globais em todos os aspectos<br />

transfusionais.<br />

• História: Temos um sólido histórico de descobertas<br />

científicas e de inovações inéditas no mercado.<br />

Nosso portfólio inclui equipamentos e reagentes<br />

para tecnologia de microaglutinação<br />

em colunas, tipagem rápida de hemácias, testes<br />

de genotipagem de grupo sanguíneo e reagentes<br />

sorológicos convencionais. Abaixo, você<br />

vai encontrar mais detalhes sobre as diferentes<br />

opções oferecidas pela Grifols para a fase da<br />

tipagem sanguínea:<br />

Nossa missão e nosso compromisso<br />

Visando qualidade, integridade e segurança<br />

em todas as atividades é crucial para nossa<br />

missão, pois nossos produtos são de vital importância<br />

para a saúde e a qualidade de vida<br />

dos pacientes que atendemos. A Grifols mantém<br />

o seu compromisso com a busca contínua<br />

de novas tecnologias e com o desenvolvimento<br />

de soluções diagnósticas para que os profissionais<br />

de saúde possam oferecer o tratamento<br />

mais seguro e eficaz aos seus pacientes.<br />

Para mais informação:<br />

imunohemato.brasil@grifols.com<br />

www.diagnostic.grifols.com<br />

www.grifols.com<br />

GRIFOLS BRASIL, Ltda.<br />

Avenida Gianni Agnelli, 1909 – Fazendinha<br />

83607-430 - Campo Largo, Paraná - BRASIL<br />

Tel. (55) 41 36682444 (6363)<br />

0 126<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


Conheça o PURELAB Quest: o primeiro sistema de purificação de água<br />

de laboratório 3 em 1 do mundo<br />

Todos os laboratórios estão cientes da<br />

importância da água, portanto, este reagente<br />

chave deve ser produzido e manuseado<br />

com cuidado. O design exclusivo<br />

PURELAB Quest, da ELGA LabWater,<br />

o torna uma solução ideal e única para<br />

laboratórios que trabalham com diversas<br />

aplicações. Este equipamento fornece<br />

a solução perfeita quando é necessária<br />

confiabilidade comprovada, além de ser<br />

um sistema de purificação de água com<br />

excelente custo benefício.<br />

O PURELAB Quest é um sistema avançado<br />

e acessível de purificação de água, fornecendo<br />

todos os três tipos de água (Tipo I,<br />

Tipo II e Tipo III) em um único equipamento,<br />

que é abastecido com água potável.<br />

Suas principais características são divididas<br />

em quatro importantes temas para<br />

todo laboratório:<br />

• Adaptável às necessidades<br />

• Preço competitivo com baixo custo de operação;<br />

• Confiável e robusto;<br />

• Simples de usar;<br />

Com o PURELAB Quest, os resultados de<br />

suas pesquisas estão protegidos contra os<br />

riscos relacionados à baixa qualidade da<br />

água. Fornece água com qualidade adequada<br />

às diversas necessidades e aplicações de<br />

qualquer laboratório. Apresenta um custo<br />

de aquisição altamente competitivo. O PU-<br />

RELAB Quest possui um display de navegação<br />

amigável, intuitivo e auto-explicativo. É<br />

um sistema compacto medindo apenas 232<br />

mm de largura e 510 mm de altura. Pode<br />

ser instalado na parede ou sobre a bancada,<br />

economizando um valioso espaço dentro<br />

do laboratório.<br />

O PURELAB Quest foi projetado para reduzir<br />

o impacto ambiental, utilizando em<br />

sua construção materiais recuperados (exceto<br />

os materiais em contato com a água).<br />

Permite o monitoramento remoto e captura<br />

de dados utilizando a ferramenta AQUAVIS-<br />

TA, uma solução digital hospedada nas<br />

nuvens da VEOLIA, que também economiza<br />

um tempo valioso.<br />

A ELGA LabWater tem mais de 80 anos de<br />

experiência dedicada exclusivamente a sistemas<br />

de purificação de água, garantia verificável<br />

de tecnologia e qualidade que proporcionam<br />

grande valor aos nossos clientes.<br />

Sobre a Veolia<br />

O grupo Veolia é a referência mundial em<br />

gestão otimizada dos recursos. Presente nos<br />

cinco continentes com mais de 171000 colaboradores,<br />

o Grupo concebe e implementa<br />

soluções para a gestão da água, dos resíduos<br />

e da energia, que fomentam o desenvolvimento<br />

sustentável das cidades e das indústrias.<br />

Com suas três atividades complementares,<br />

Veolia contribui ao desenvolvimento<br />

do acesso aos recursos, à preservação e renovação<br />

dos recursos disponíveis.<br />

Em 2018, o grupo Veolia trouxe água potável<br />

para 95 milhões de habitantes e saneamento<br />

para 63 milhões, produziu cerca<br />

de 56 milhões de megawatt/hora e valorizou<br />

49 milhões de toneladas de resíduos.<br />

Veolia Environnement (Paris Euronext:<br />

VIE) realizou em 2018 um faturamento<br />

consolidado de 25,91 bilhões de euros.<br />

www.veolia.com<br />

Veolia Water Technologies Brasil - Media Relations<br />

Rafaela Rodrigues<br />

Tel. +55 11 3888-8782<br />

rafaela.rodrigues@veolia.com<br />

INFORME DE MERCADO<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020<br />

0 127


INFORME DE MERCADO<br />

Testes rápidos e a COVID-19<br />

Em um momento em que a pandemia do<br />

novo coronavírus continua avançando no Brasil<br />

e no mundo, cresce a necessidade de realizarmos<br />

testes em massa para detecção da doença<br />

e conhecimento do verdadeiro número de<br />

infectados. O diagnóstico preciso e correto é<br />

fundamental para propor quaisquer medidas<br />

relacionadas à prevenção e ao prognóstico da<br />

infecção.<br />

A técnica padrão-ouro, considerada mais<br />

acurada para o diagnóstico, é a RT–PCR (sigla<br />

em inglês para transcrição reversa seguida de<br />

reação em cadeia da polimerase). Consiste na<br />

detecção de sequências do RNA viral. O teste<br />

possui a desvantagem de necessitar de alguns<br />

dias para ser processado e o laudo ser emitido<br />

pelo laboratório.<br />

Já os testes sorológicos detectam a presença<br />

de imunoglobulinas das classes M (IgM) e G<br />

(IgG), produzidas pelo organismo em resposta<br />

à infecção pelo vírus. A IgM é a principal imunoglobulina<br />

a ser formada após a infecção, e<br />

começa a ser detectada entre os dias 3 e 5 pós-<br />

-contágio, com pico de detecção após o sétimo<br />

dia. Com o decorrer da infecção, os níveis de IgM<br />

diminuem e, em contrapartida, os níveis de IgG<br />

aumentam rapidamente, com pico de detecção<br />

após o 14º dia de contágio.<br />

O teste rápido pode ser realizado com amostras<br />

de sangue total, soro ou plasma e seu resultado<br />

sai em aproximadamente 15 minutos. A<br />

possibilidade de infecção, no entanto, não pode<br />

ser descartada por um resultado negativo. Isso<br />

porque a produção de anticorpos, no início da<br />

doença, pode não ter sido detectada pelo TR,<br />

ocasionando o falso negativo. Em casos assim,<br />

sugere-se a repetição do teste, para a confirmação,<br />

ou não, da ausência da infecção. Além disso<br />

os testes rápidos podem identificar se a pessoa<br />

foi previamente infectada, mesmo sem nunca<br />

ter apresentado sintomas.<br />

Os testes rápidos possuem um papel importante<br />

no entendimento da dinâmica de transmissão<br />

do vírus na população e identificação de<br />

grupos com alto risco de infecção. Eles podem<br />

também determinar a proporção da população<br />

que foi infectada, ajudando a identificar quais<br />

comunidades tiveram uma alta taxa de infecção.<br />

Fonte:<br />

www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/hcp/testing-overview.html<br />

www.saude.abril.com.br/blog/com-a-palavra/a-importancia-<br />

-do-teste-rapido-para-conter-a-covid-19/<br />

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Facebook: /renylab<br />

Unidades Refrigeradas – Única caixa monitorada e refrigerada ativa da América<br />

Latina. Nunca foi tão fácil transportar materiais que necessitam de controle de temperatura.<br />

Benefícios<br />

- Não irá necessitar de gelox<br />

- Evite perda de material biológico<br />

Monitoramento:<br />

- Localização | Rota;<br />

- Lacre de violação de porta em curso do trajeto;<br />

- Curvas bruscas, frenagem e aceleração do trajeto;<br />

Relatórios em gráficos e analítico, afim de garantir<br />

o processo de transporte;<br />

- Alertas diversos.<br />

A Caixa Refrigerada com compressor de<br />

Alta Tecnologia irá trazer segurança, praticidade<br />

e confiabilidade a todo o seu processo<br />

de transporte e acondicionamento, sendo<br />

seus produtos monitorados 100% via plataforma<br />

WEB.<br />

Características:<br />

- Diversos tamanhos - de 11L até 95L;<br />

- Unidade Refrigerada com temperatura estabilizada<br />

de 2 o C à 8 o C;<br />

- Sistema de gestão de monitoramento na<br />

cadeia do frio ANVISA - RDC.<br />

Para maiores informações,<br />

19 3936 1705 | 19 9956 2541<br />

contato@grupoprotechtor.com.br<br />

www.grupoprotechtor.com.br<br />

www.biotechnica.com.br<br />

0 128<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


Use o teste T-SPOT.TB para detectar infecções de tuberculose<br />

Confie na tecnologia ELISPOT<br />

Um ponto = uma única célula T produtora de IFN-gama,<br />

proporciona precisão mesmo em situações difíceis<br />

Detecte mais casos de tuberculose<br />

O único IGRA com sensibilidade superior a 98%<br />

e especificidade superior a 99%. 1<br />

Proteja os pacientes de alto risco<br />

A sensibilidade é preservada, mesmo em populações<br />

imunossuprimidas 2<br />

Use o padrão recomendado mundialmente<br />

O teste T-SPOT.TB é recomendado pela Organização<br />

Mundial da Saúde 3 e pelo CDC 4 sendo incluído na Lista<br />

de Exames de Diagnóstico in Vitro Essenciais (EDL, sigla<br />

inglesa) – 1ª <strong>Edição</strong> da OMS<br />

Distribuidor autorizado: Sullab Diagnósticos<br />

Fone: +55 51 3302-3433, sullab@sullab.com.br<br />

Referências (em inglês)<br />

1. T-SPOT.TB package insert (PI-TB-IVD-UK-V3)<br />

2. Sunny H Wong, Qinyan Gao, Kelvin K F et al Effect of immunosuppressive therapy on interferon release assay for latent tuberculosis screening<br />

in patients with autoimmune diseases: a systematic review and meta-analysis Thorax 2016;71:64–72<br />

3. Latent tuberculosis infection: updated and consolidated guidelines for programmatic management. Geneva: World Health Organization; 2018<br />

4. Lewinsohn DM, Leonard MK, LoBue PA, et al. Official American Thoracic Society/Infectious Disease Society of America/Centers for Disease<br />

Control and Prevention Clinical Practice Guidelines: Diagnosis of Tuberculosis in Adults and Children. Clin Infect Dis. 2017; 64(2): el-e33<br />

T-SPOT é uma marca comercial registrada pela Oxford<br />

Immunotec Ltd<br />

O logotipo da Oxford Immunotec é uma marca comercial<br />

registrada pela Oxford Immunotec Ltd<br />

© 2020 Oxford Immunotec Todos os direitos reservados<br />

TB-PTBR-AD-MPN421-0001 V1<br />

Kolplast lança linha de swabs e kits para coleta de material biológico<br />

haste flexível e diâmetro adequados para acessar<br />

a região da nasofaringe, minimizando o desconforto<br />

do paciente.<br />

Outro diferencial é que, tanto o modelo nasal<br />

quanto o oral possuem pontos de quebra, para<br />

que a cabeça do swab possa ser mais facilmente<br />

dispensada dentro do tubo com meio de preservação<br />

para transporte ate o laboratório. Com<br />

esse lançamento a Kolplast fortalece a indústria<br />

nacional já que a maior parte dos produtos atualmente<br />

disponíveis são importados da China.<br />

Kolplast lança linha de swabs e kits para coleta<br />

de material biológico, produto essencial para<br />

teste de RT-PCR de COVID-19. O Swab Kolplast<br />

é produzido através de uma tecnologia em que<br />

a cabeça do swab é revestida com microcerdas<br />

de nylon, o que proporciona eficiência na coleta<br />

e melhor eluição do material coletado.<br />

Diferente dos swabs normalmente disponíveis<br />

no mercado, o modelo para coleta nasal possui<br />

www.kolplast.com.br


INFORME DE MERCADO<br />

SARS-COV2 - Sorologia para detecção de anticorpos IgG e IgM<br />

A Bio Advance disponibiliza os Kits ELISA SAR-<br />

S-COV-2 IgM e ELISA SARS-COV-2 IgG. Produto<br />

com alta sensibilidade e especificidade, capaz de<br />

detectar de forma rápida e segura os níveis de anticorpos<br />

circulantes em amostra de soro e plasma.<br />

*Produto em fase de registro na Anvisa<br />

Sorologia é o termo utilizado para testes<br />

imunológicos capazes de detectar a presença<br />

de anticorpos IgM e IgG em amostra de<br />

sangue do paciente. Estes anticorpos surgem<br />

como reação do organismo à infecção pelo<br />

vírus, sendo componentes essenciais da res-<br />

Estudos apontam uma variedade de animais<br />

infectados, e alta capacidade adaptaposta<br />

imune. É aconselhável a realização do<br />

teste em pacientes que apresentem sintomas<br />

a mais de 10 dias – tempo médio em que<br />

os anticorpos passam a ser produzidos, podendo<br />

ocorrer tardiamente, dependendo do<br />

indivíduo.<br />

O princípio do teste é baseado na técnica de ELI-<br />

SA indireto. Essa técnica proporciona uma melhor<br />

especificidade por usar um anticorpo secundário<br />

garantindo confiabilidade e qualidade.<br />

Bio Advance<br />

Tel.: (11) 3445-5418<br />

contato@bioadvancediag.com.br<br />

www.bioadvancediag.com.br<br />

SARS-CoV-2 IgM/IgG – In Vitro<br />

Considerando a severidade da doença e o<br />

alto impacto em diversos âmbitos, a In Vitro<br />

Diagnóstica, afirmou o seu compromisso com<br />

a saúde, desenvolvendo uma solução rápida<br />

para detecção de anticorpos IgG e IgM, que são<br />

produzidos a partir da exposição ao vírus SAR-<br />

S-CoV-2.<br />

O coronavírus é um vírus de RNA envelopado, com<br />

aparência microscópica esférica e superfície coberta<br />

com espículas em forma de coroa. A sua família inclui<br />

o 229E - Alfa Coronavírus, NL63 - Alfa Coronavírus,<br />

OC43 - Beta coronavírus, HKU1 - Beta Coronavírus,<br />

MERS CoV - Beta Coronavírus que causa a Síndrome<br />

Respiratória do Oriente Médio ou MERS, SARS CoV<br />

- Beta coronavírus que causa síndrome respiratória<br />

aguda grave ou SARS e o SARS-CoV-2.<br />

tiva e migratória do vírus de uma espécie<br />

hospedeira para outra. O evento “spillover”,<br />

traduzido como transbordamento, ocorreu<br />

com o agente infeccioso causador da doença<br />

Covid-19 (CID-10).<br />

Em seres humanos, a infecção pelo SAR-<br />

S-CoV-2 causam sintomas comuns que incluem<br />

tosse severa, febre e dificuldades respiratórias.<br />

Em casos extremos, os pacientes<br />

exibem pneumonia, síndrome respiratória<br />

aguda grave, falência de órgãos e morte.<br />

O produto SARS-CoV-2 IgM/IgG, da marca<br />

InVitro, apresenta alta sensibilidade e especificidade<br />

para a detecção de anticorpos em amostras<br />

de soro, plasma e sangue total. A técnica é<br />

de fácil execução e a coleta pode ser realizada<br />

por venopunção ou punção digital. Além disso,<br />

para prestar assistência técnica e disponibilizar<br />

informações seguras sobre o seu produto, a In<br />

Vitro lançou landing page www.invitrocovid19.<br />

com.br. Acesse e saiba mais. (31) 3654-6366<br />

0 130<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


Lançamento Linha de Bioquímica Ebram<br />

QUIMILAC - LACTATO<br />

Lactato é a forma ionizada do ácido<br />

choque, isquemia, sepse, convulsões,<br />

A Ebram Produtos Laboratoriais está<br />

INFORME DE MERCADO<br />

láctico, é um metabolito da glicose<br />

produzido pelos tecidos no corpo<br />

humano, com fins energéticos ou em<br />

patologias com aporte insuficiente de<br />

oxigénio. É produzido principalmente<br />

pelos músculos, glóbulos vermelhos<br />

e células cerebrais quando são<br />

completamente privadas de oxigênio<br />

(glicose anaeróbica).<br />

Em condições normais, a concentração<br />

no sangue humano é baixa, e quando<br />

ocorre o aumento do nível de lactato<br />

sérico circulante, chamamos de hiperlactemia,<br />

pode acontecer quando o sistema<br />

aeróbio não está sendo capaz de suprir<br />

a demanda de energia requerida ou na<br />

deficiência da eliminação dessa substância<br />

do organismo. O resultado desse acúmulo<br />

no sangue pode ser um fenômeno<br />

temporário que ocorre após o exercício<br />

ou pode ser um evento mais duradouro,<br />

nos casos de doenças graves.<br />

A aferição dos níveis de lactato além de<br />

ser aplicada quando há sinais de hipóxia,<br />

etc., permitindo um tratamento eficaz<br />

e imediato, pode também ser aplicada<br />

como guia terapêutico, indicador de<br />

prognóstico, e para medir a intensidade<br />

de um treinamento esportivo.<br />

Muitos estudos têm sido realizados<br />

para determinar marcadores biológicos<br />

prognósticos para diversas enfermidades,<br />

o lactato talvez seja o mais utilizado<br />

para a determinação de perfusão tecidual,<br />

que fica extremamente comprometida<br />

em diversas doenças graves, mas a combinação<br />

de níveis séricos de lactato com<br />

outros indicadores de oxigenação regional<br />

são mais usados e podem propiciar<br />

um quadro clínico mais completo.<br />

O lactato também pode ser dosado no<br />

líquido cefalorraquidiano, onde normalmente<br />

se iguala aos níveis sanguíneos,<br />

sendo que este nível aumenta em casos<br />

de meningite bacteriana, epilepsia e hemorragia<br />

intracraniana. O nível de lactato<br />

no LCR auxilia na distinção de meningite<br />

bacteriana e viral.<br />

expandindo sua linha de bioquímica com<br />

o lançamento do kit QUIMILAC-LACTATO<br />

(reagente + padrão). Através de uma<br />

reação colorimétrica que pode ser realizada<br />

em qualquer analisador bioquímico<br />

é possível determinar quantitativa<br />

lactato em amostras de plasma e líquido<br />

cefalorraquidiano (LCR) humano.<br />

O reagente é estável, possui alta linearidade,<br />

baixa ação de interferentes, longo<br />

período de validade, além de apresentar<br />

o coeficiente de variação < 1,0%<br />

em estudos de precisão e exatidão.<br />

QUIMILAC - LACTATO<br />

Apresentação: R1: 4 x 10mL + R2: 1 x<br />

10mL + Padrão: 5mL<br />

Consulte informações completas do<br />

lançamento do QUIMILAC-LACTATO com<br />

nossa equipe de vendas: (11) 2291-2811<br />

vendas@ebram.com / vendas2@ebram.com<br />

www.ebram.com<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020<br />

0 131


INFORME DE MERCADO<br />

Num momento de tantos desafios econômicos e sem reajuste na<br />

tabela de serviços, como otimizar seus ganhos com economia na rotina?<br />

A J.R.Ehlke apresenta o equipamento mais econômico da categoria – BS-240<br />

Buscando otimizar as pequenas rotinas,<br />

foi lançado o equipamento de bioquímica<br />

com o menor consumo de reagentes do<br />

mercado, chegando a uma economia de<br />

50% do volume de reagentes. O BS-240<br />

tem dimensões e custo reduzidos, feito para<br />

laboratórios de diagnóstico com orçamentos<br />

enxutos e que procuram automatizar<br />

ao máximo a rotina de bioquímica. Com o<br />

conceito de tecnologia de amostragem inteligente,<br />

o teste de hemoglobina glicada<br />

tem a sua etapa de preparação de hemólise<br />

totalmente automatizada no equipamento.<br />

Com o leitor de código de barras<br />

interno permite o trabalho com reagentes<br />

de bioquímica dedicados além de propiciar<br />

agilidade na interface do sistema ao LIS do<br />

laboratório. O sistema de ensaio da Mindray<br />

passou o CAP por 6 anos consecutivos.<br />

O BS-240 tem velocidade de processamento<br />

de até 200 testes por hora (podendo<br />

chegar a 400 testes/hora com ISE - opcional).<br />

Possui um inovador sistema de carregamento<br />

flexível de reagentes e amostras<br />

com a possibilidade de até 80 posições<br />

de amostras e até 80 posições de reagentes<br />

(40 fixas + 40 móveis). O sistema de<br />

refrigeração assegura maior integridade<br />

dos reagentes diminuindo os eventos de<br />

calibração decorrente da degradação do<br />

reagente. O sistema de limpeza da sonda<br />

em cascata, e o sistema de lavagem automático<br />

melhorado das cubetas garante menor<br />

arraste e baixo consumo de água. Para<br />

maiores informações, nos contate e solicite<br />

informações.<br />

Para maiores informações, favor<br />

consultar-nos.<br />

J.R.Ehlke & CIA LTDA<br />

www.jrehlke.com.br<br />

Fone: +55 (41) 3352-2144<br />

jrehlke@jrehlke.com.br<br />

0 132<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


A eficiência que seu laboratório precisa em uma solução<br />

completa: Linha XL e Reagentes Dedicados de Bioquímica<br />

• Controle automático de limites de branco e<br />

calibrador;<br />

• Execuções automáticas e testes programados;<br />

• Funções de segurança por monitoramento da<br />

curva de reação;<br />

• Configurações de volume selecionadas que<br />

minimizam o desperdício;<br />

• Monitoramento automatizado da estabilidade,<br />

desempenho bem definido e funções de<br />

segurança que minimizam as repetições;<br />

• Os frascos de reagente estão incluídos sem lavagem<br />

dos frascos e sem contaminação cruzada;<br />

INFORME DE MERCADO<br />

A Erba Mannheim, em busca de tornar o<br />

negócio de seus clientes ainda mais competitivos<br />

e modernos, apresenta um modelo<br />

de compra baseado na integração total dos<br />

sistemas analíticos. Os equipamentos de<br />

Bioquímica ERBA, a linha XL, são totalmente<br />

configurados para a utilização conjunta com<br />

os reagentes dedicados, maximizando o desempenho<br />

e garantindo maior agilidade e<br />

qualidade à rotina laboratorial.<br />

Frascos dedicados são a tecnologia que os<br />

laboratórios clínicos precisam para gerar laudos<br />

com eficiência, os benefícios são reais e proporcionam<br />

impactos positivos. Veja:<br />

• Carregamento fácil e randômico de reagentes<br />

com reconhecimento de código de barras;<br />

• Monitoramento automático das datas de troca<br />

e consumo dos reagentes;<br />

• Controle de inventário: otimiza a logística e a<br />

manutenção de estoque;<br />

Abandone sistemas pouco eficientes, complexos<br />

e dispendiosos. A linha XL chegou para levar<br />

o seu laboratório em direção à qualidade total.<br />

Vivencie as soluções Erba em sua rotina e ganhe<br />

em gestão de custo e redução de mão de obra.<br />

Para conhecer e adquirir as nossas soluções,<br />

entre em contato com a equipe ERBA Brasil<br />

pelo e-mail: brazilsales@erbamannheim.com<br />

ou telefone: (31) 99837-8405.<br />

NEOLAB IMPORT - SWAB Estéril com Haste Plástica e Ponta de Rayon<br />

CÓD. SWRY-BULKC<br />

SWAB Estéril Haste Plástica - Rayon<br />

Embalagem econômica ln Bulk - 100 unidades por pacote<br />

CÓD. NLD606-1<br />

SWAB Estéril Haste Plástica - Rayon<br />

Embalagem individual - 100 unidades por pacote<br />

Destinado a coleta de amostras biológicas<br />

através da pele, boca, nariz ou garganta para<br />

processamento de amostras e isolamento em<br />

meio de cultura.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020<br />

• Esterilizado por radiação ionizante: Livre<br />

Dnase, Rnase e Pirogênios<br />

• Comprimento da haste: 150mm<br />

• Especificações da ponta: 1,5cm 15mm dia<br />

ANVISA MS<br />

nº 81140320020<br />

Produto de uso único, descartar após uso.<br />

O produto é apenas para uso laboratorial.<br />

Entre em contato e saiba mais.<br />

Tel.: 41 3146.0802 / 41 99202.7417<br />

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0 133


INFORME DE MERCADO<br />

Nova linha de produtos clínicos da Binding Site:<br />

Detecção de proteínas no Líquor<br />

Com foco em fornecer a solução completa<br />

e estar na vanguarda tecnológica, a Binding<br />

Site trabalha sempre pensando em agregar<br />

novos produtos ao menu já existente.<br />

Assim, a empresa reforça que já estão<br />

disponíveis exames específicos para auxiliar<br />

no diagnóstico da Esclerose Múltipla e<br />

outras doenças do Sistema Nervoso Central:<br />

Albumina no líquor, Freelite® no líquor<br />

(cadeias leves e livres kappa e lambda) e<br />

Nova linha de produtos clínicos da Binding Site: Detecção de proteínas no<br />

Imunoglobulinas no líquor (IgA, IgM, IgG).<br />

A seguir, veja uma pouco mais de detalhes<br />

sobre os produtos para quantificação de<br />

proteínas no líquor comercializados pela<br />

Binding Site no Brasil.<br />

líquor<br />

Com foco em fornecer a solução completa e estar na<br />

vanguarda tecnológica, a Binding Site trabalha sempre<br />

pensando em agregar novos produtos ao menu já existente.<br />

Assim, a empresa reforça que já estão disponíveis<br />

exames específicos para auxiliar no diagnóstico da Esclerose<br />

Múltipla e outras doenças do Sistema Nervoso Central:<br />

Albumina no líquor, Freelite® no líquor (cadeias leves e livres<br />

kappa e lambda) e Imunoglobulinas no líquor (IgA, IgM, IgG).<br />

A seguir, veja uma pouco mais de detalhes sobre os produtos para quantificação de<br />

proteínas no líquor comercializados pela Binding Site no Brasil.<br />

Para mais informações, contate a equipe<br />

através do info@bindingsite.com.br<br />

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www.bindingsite.com.br<br />

www.freelite.com.br<br />

Para mais informações, contate a equipe através do info@bindingsite.com.br<br />

0 134<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020


ANALOGIAS EM MEDICINA<br />

SINCÍCIO SERTOLIANO<br />

Notas biográficas: Enrico Sertoli: Junho 6,<br />

1842 – Janeiro 28, 1910), fisiologista e histologista<br />

italiano. Em 1865 Sertoli identifica e<br />

descreve as células ramificadas nos túbulos seminíferos<br />

do testículo humano. Tais células, em<br />

sua homenagem, foram denominadas células<br />

de Sertoli.<br />

Sertoli estudou medicina na Universidade<br />

de Pávia, onde um dos seus instrutores foi o<br />

fisiologista Eusebio Oehl (1827-1903). Continuou<br />

seus estudos de fisiologia em Viena sob a<br />

orientação de Ernst Wilhelm von Brücke (1819-<br />

1892), e em Tübingen com Felix Hoppe-Seyler<br />

(1825-1895). De 1870 até 1907 foi professor de<br />

Anatomia e Fisiologia na Royal School de medicina<br />

veterinária em Milão e, após 1907, trabalhou<br />

como professor de Fisiologia. Em Milão<br />

fundou o laboratório de fisiologia experimental.<br />

A célula de Sertoli tem diversas tarefas a cumprir<br />

e indispensáveis ao bom funcionamento do<br />

Ilustração microscópica de duas células de Sertoli e numerosos<br />

precursores de espermatozoides.<br />

Imagem modificada de: https://pt.slideshare.net/sonnareach168/male-37203226<br />

(acesso 27/09/2019)<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020<br />

sistema reprodutor masculino. É célula somática<br />

alongada e de grandes dimensões, situada<br />

na parede dos túbulos seminíferos, exercendo<br />

funções de suporte e de nutrição para as células<br />

seminais propriamente ditas. As células<br />

de Sertoli ligam-se umas às outras por pontes<br />

citoplasmáticas, formando um tipo de sincício<br />

funcional extenso nos testículos, como ocorre<br />

em outros órgãos, como o coração por exemplo.<br />

Além de servir de suporte para as células<br />

seminais, este sincício tem funções tróficas, provavelmente<br />

secretórias e certamente engloba<br />

os detritos citoplasmáticos da espermiogênese<br />

(função de gari).<br />

Outras funções citadas pelos especialistas:<br />

isolar os túbulos seminíferos, criando uma<br />

barreira entre estes e o sangue: é a barreira<br />

hemato-testicular; fornecer suporte e controlar<br />

a nutrição dos elementos da linhagem germinativa,<br />

mediante transporte de materiais que<br />

lhes chegam pelo sangue; fagocitar e digerir<br />

os restos celulares da espermiogênese e outros<br />

elementos degenerados; secretar um líquido<br />

que concentra, nos túbulos, a testosterona necessária<br />

ao desenvolvimento destes flagelados;<br />

durante a vida embrionária e fetal, assegurar<br />

o desenvolvimento do primórdio genital e secretar<br />

um hormônio (fator inibidor mülleriano)<br />

responsável pela atrofia dos túbulos de Müller<br />

(os quais dão origem, na mulher, às tubas, útero<br />

e parte da vagina). Têm também receptores<br />

para o hormônio folículo-estimulante (FSH) e<br />

são sensíveis à testosterona produzida pelas células<br />

intersticiais (de Leydig), porém segregam<br />

inibina, que suprime seletivamente a produção<br />

do FSH pela hipófise, num mecanismo regulador<br />

por retroalimentação (trecho baseado em<br />

REY Dicionário de Medicina e Saúde. 2ª Ed.<br />

Guanabara-Koogan, 2008).<br />

Texto baseado em fontes já citadas e no livro<br />

Analogias no Ensino Médico - Editora Coopmed<br />

- Belo Horizonte/MG.<br />

José de Souza Andrade-Filho - Professor<br />

Emérito da Faculdade de Ciências Médicas de<br />

Minas Gerais.<br />

José de Souza Andrade-Filho*<br />

* Patologista no Hospital Felício Rocho-BH; membro da<br />

Academia Mineira de Medicina e Professor de Patologia da<br />

Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais.<br />

0 135


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