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evista<br />
Editorial<br />
Ano 27 - <strong>Edição</strong> <strong>161</strong> - Ago/Set 2020<br />
A <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong> chega à sua <strong>161</strong>ª <strong>Edição</strong>, cuidadosamente elaborada trazendo a maior gama de assuntos<br />
referentes ao setor de diagnóstico laboratorial.<br />
Seguimos nosso compromisso em trazer informação de ponta para as empresas e profissionais dos<br />
laboratórios por todo o Brasil, formando nossa rede de apoio para superar esse período de pandemia que se<br />
segue, dispostos e empenhados.<br />
Como antes afirmamos, segue essencial a valorização da importância da área diagnóstica, dos profissionais<br />
da saúde, da ciência e informação de qualidade, e todos os atores que colaboram para salvar vidas e prevenir<br />
danos. Unidos venceremos a Covid-19.<br />
Nesta edição, trazemos as mais atualizadas e melhores inovações e soluções do mercado de análises clínicas,<br />
reunindo as maiores empresas do ramo e conteúdo de qualidade. As empresas parceiras da <strong>Newslab</strong> oferecem<br />
o que há de melhor para o mercado e sendo indispensáveis para o movimento que se faz tão importante na<br />
área da saúde. Nossos experientes colaboradores assinam materiais inéditos e de maior relevância.<br />
Agradecemos a todos que colaboraram com a revista, e a todos os leitores.<br />
*A <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong> é viva e dinâmica, acessando-a em nosso site, você poderá clicar nos links<br />
disponibilizados nela e melhorar a sua experiência com os materiais que lhe interessem. Sua experiência com a<br />
revista não termina aí. Nosso site e nossas redes sociais estão sempre trazendo materiais atualizados.<br />
Boa leitura a todos!<br />
JOÃO GABRIEL DE ALMEIDA<br />
Para novidades na área de diagnóstico e pesquisa,<br />
acessem nossas redes sociais:<br />
/revistanewslab<br />
/revistanewslab<br />
Ano 27 - <strong>Edição</strong> <strong>161</strong> - Ago/Set<br />
<strong>Newslab</strong> Editora Eireli - <strong>Revista</strong> NewsLab<br />
Av. Nove de Julho, 3.229 - Cj. 1110 - 01407-000 - São Paulo - SP<br />
Tel.: (11) 3900-2390 - www.newslab.com.br - revista@newslab.com.br<br />
CNPJ.: 35.678.385/0001-25 - Insc. Est.: 128.209.420.119 - ISSN 0104 - 8384<br />
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EXPEDIENTE<br />
Realização: NEWSLAB EDITORA EIRELI<br />
Conselho Editorial: Sylvain Kernbaum | revista@revistaanalytica.com.br<br />
Jornalista Responsável: João Gabriel de Almeida | redacao@newslab.com.br<br />
Assinaturas: Daniela Faria (11) 98357-9843 | assinatura@newslab.com.br<br />
Comercial: João Domingues (11) 98357-9852 | comercial@newslab.com.br<br />
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Impressão: Gráfica Mundo | Periodiciade: Bimestral<br />
0 2
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Ano 27 - <strong>Edição</strong> <strong>161</strong> - Ago/Set 2020<br />
Normas de Publicação<br />
para artigos e informes de mercado<br />
A <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong>, em busca constante de novidades em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas para<br />
publicação de artigos, aos autores interessados. Caso precise de informações adicionais, entre em contato com a redação.<br />
Informações aos Autores<br />
A <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong>, em busca constante de novidades<br />
em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas<br />
para publicação de artigos, aos autores interessados. Caso<br />
precise de informações adicionais, entre em contato com<br />
a redação.<br />
Informações aos autores<br />
Bimestralmente, a <strong>Revista</strong> NewsLab publica editoriais, artigos<br />
originais, revisões, casos educacionais, resumos de teses<br />
etc. Os editores levarão em consideração para publicação toda e<br />
qualquer contribuição que possua correlação com as análises<br />
clínicas, a patologia clínica e a hematologia.<br />
Todas as contribuições serão revisadas e analisadas pelos<br />
revisores. Os autores deverão informar todo e qualquer<br />
conflito de interesse existente, em particular aqueles de<br />
natureza financeira relativo a companhias interessadas ou<br />
envolvidas em produtos ou processos que estejam relacionados<br />
com a contribuição e o manuscrito apresentado.<br />
Acompanhando o artigo deve vir o termo de compromisso<br />
assinado por todos os autores, atestando a originalidade do<br />
artigo, bem como a participação de todos os envolvidos.<br />
Os manuscritos deverão ser escritos em português, mas com<br />
Abstract detalhado em inglês. O Resumo e o Abstract deverão<br />
conter as palavras-chave e keywords, respectivamente.<br />
As fotos e ilustrações devem preferencialmente ser enviadas<br />
na forma original, para uma perfeita reprodução.<br />
Se o autor preferir mandá-las por e-mail, pedimos que a<br />
resolução do escaneamento seja de 300 dpi’s, com extensão<br />
em TIF ou JPG.<br />
Os manuscritos deverão estar digitados e enviados por<br />
e-mail, ordenados em título, nome e sobrenomes completos<br />
dos autores e nome da instituição onde o estudo<br />
foi realizado. Além disso, o nome do autor correspondente,<br />
com endereço completo fone/fax e e-mail também deverão<br />
constar. Seguidos por resumo, palavras-chave, abstract,<br />
keywords, texto (Ex: Introdução, Materiais e Métodos, Parte<br />
Experimental, Resultados e Discussão, Conclusão) agradecimentos,<br />
referências bibliográficas, tabelas e legendas.<br />
As referências deverão constar no texto com o sobrenome<br />
do devido autor, seguido pelo ano da publicação,<br />
segundo norma ABNT 10520.<br />
As identificações completas de cada referência citadas<br />
no texto devem vir listadas no fim, com o sobrenome do<br />
autor em primeiro lugar seguido pela sigla do prenome.<br />
Ex.: sobrenome, siglas dos prenomes. Título: subtítulo do<br />
artigo. Título do livro/periódico, volume, fascículo, página<br />
inicial e ano.<br />
Evite utilizar abstracts como referências. Referências de<br />
contribuições ainda não publicadas deverão ser mencionadas<br />
como “no prelo” ou “in press”.<br />
Os trabalhos deverão ser enviados ao endereço:<br />
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Esta publicação é dirigida aos laboratórios, hemocentros e universidades de todo o país. Os artigos e informes<br />
assinados são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da <strong>Newslab</strong> Editora Eireli.<br />
Filiado à:<br />
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Ano 27 - <strong>Edição</strong> <strong>161</strong> - Ago/Set 2020<br />
ANUNCIANTE PÁG. ANUNCIANTE PÁG.<br />
BECKMAN COULTER 12-13 | 15<br />
BECKMAN COULTER LIFE SCIENCES 09<br />
BIO ADVANCE 29<br />
BIODIAGNÓSTICA 27<br />
BIOTECHNICA 19<br />
BUNZL SAÚDE 17<br />
CELER 105<br />
CELLAVISION 89<br />
CEPHEID 97<br />
COMERCIAL 3 ALBE 93<br />
DB DIAGNÓSTICOS<br />
4ª CAPA<br />
DIAGNO 110-111<br />
DIAGNOSTICA CREMER 39<br />
EBRAM 65<br />
ENZYTEC 51<br />
ERBA 41<br />
EUROIMMUN 117<br />
FIRSTLAB 31<br />
GOLD ANALISA 75<br />
GREINER 43 | 123<br />
GRIFOLS 113<br />
GT GROUP-BIOSUL 21<br />
HORIBA 2ªCAPA | 107<br />
ILLUMINA 77<br />
IN VITRO DIAGNÓSTICA 33<br />
J.R. EHLKE 72-73<br />
KOLPLAST 07<br />
LABREDE 69<br />
LABTEST 79<br />
LUMIQUICK DIAGNOSTICS 37<br />
LUMIRADX 49<br />
MAYO CLINIC 45<br />
MGI BRAZIL 03<br />
MOBIUS LIFE SCIENCE 81<br />
NEOLABIMPORT 11<br />
NEWPROV 35<br />
NIHON KHODEN 1ªCAPA | 57 | 58-59<br />
OXFORD IMMUNOTECH 129<br />
PMH PRODUTOS 24-25<br />
PNCQ 125<br />
PRIME CARGO<br />
3ª CAPA<br />
RENYLAB 85<br />
SARSTEDT 23<br />
SIEMENS 63<br />
SNIBE 95<br />
TBS- BINDINGSITE 67<br />
VEOLIA 04-05<br />
VIDA BIOTECNOLOGIA 61<br />
WAMA 91<br />
Conselho Editorial<br />
Prof. Humberto Façanha da Costa filho - Engenheiro, Mestre em Administração e Especialista em Análise de Sistemas | Dr. Dan Waitzberg - Associado do Departamento de Gastroenterologia da Fmusp. Diretor Ganep Nutrição<br />
humana | Prof. Angela Waitzberg - Professora doutora livre docente do departamento de patologia da UNIFESP | Prof. José de Souza Andrade Filho - Patologista no hospital Felício Rocho BH, membro da academia Mineira<br />
de Medicina e Professor de Patologia da Faculdade de Ciências Médicas do Minas Gerais | Fábia Regina Severiano Bezerra - Biomédica. Especialista em Gestão de Contratos pela Universidade Corporativa da Universidade de São<br />
Paulo. Auditora em Sistemas de Gestão da Qualidade: ISO 9001:15 e NBR ISO 14001:15, Organização Nacional de Acreditação (ONA). Auditora Interna da Divisão de Laboratórios do Hospital das Clínicas da Faculdade Medicina da<br />
Universidade de São Paulo | Luiz Euribel Prestes Carneiro – Farmacêutico-Bioquímico, Depto. de Imunologia e de Pós-Graduação da Universidade do Oeste Paulista, Mestre e Doutor em Imunologia pela USP/SP | Dr. Amadeo<br />
Saéz-Alquézar - Farmacêutico-Bioquímico | Prof. Dr. Antenor Henrique Pedrazzi – Prof. Titular e Vice-Diretor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto - USP | Prof. Dr. José Carlos Barbério – Professor Emérito da<br />
USP | Dr. Silvano Wendel – Banco de Sangue do Hospital Sírio-Libanês | Dr. Paulo C. Cardoso De Almeida – Doutor em Patologia pela Faculdade de Medicina Da USP | Dr. Zan Mustacchi – Prof. Adjunto de Genética da Faculdade<br />
Objetivo/UNIP | Dr. José Pascoal Simonetti – Biomédico, Pesquisador Titular do Depto de Virologia do Instituto Oswaldo Cruz - Fiocruz - RJ | Dr. Sérgio Cimerman – Médico-Assistente do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e<br />
Responsável Técnico pelo Laboratório Cimerman de Análises Clínicas.<br />
Colaboraram nesta <strong>Edição</strong>:<br />
Humberto Façanha, Fabia Bezerra, José de Souza Andrade Filho, Lisiane Cervieri Mezzomo, Cristhian Roiz, Bruna Mascaro, Waldirene Nicioli, Rachel Siqueira de Queiroz Simões,<br />
Jorge Luiz Silva Araújo Filho, Gleiciere Maia Silva.<br />
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ÍNDICE<br />
revista<br />
Ano 27 - <strong>Edição</strong> <strong>161</strong> - Ago/Set 2020<br />
2<br />
14<br />
60<br />
62<br />
68<br />
70<br />
74<br />
76<br />
82<br />
84<br />
86<br />
96<br />
99<br />
100<br />
135<br />
MATÉRIA DE CAPA<br />
52<br />
NIHON KOHDEN COMEMORA<br />
5 ANOS DE IVD NO BRASIL<br />
- Editorial<br />
- Agenda<br />
- Minuto Laboratório<br />
- Radar Ciêntifico - Siemens - Healthineers<br />
- Laboratório em Destaque<br />
- Diagnóstico por Imagem<br />
- Engenharia Clínica<br />
- Medicina Genômica<br />
- Citologia<br />
- Logística Laboratorial<br />
- Virologia<br />
- Microbiologia Clínica<br />
- Biossegurança<br />
- Informe de Mercado<br />
- Analogias em Medicina<br />
16<br />
ARTIGO 1<br />
FEBRE CHIKUNGUNYA: UMA ARBOVIROSE<br />
EMERGENTE EM EXPANSÃO NO BRASIL<br />
30<br />
ARTIGO 2<br />
EXAME DE COLPOCITOLOGIA ONCÓTICA:<br />
FATORES MOTIVACIONAIS QUE INFLUENCIAM NA<br />
REALIZAÇÃO ANUAL DO EXAME<br />
38<br />
ARTIGO 3<br />
ARTIGO DE REVISÃO: GESTÃO DE QUALIDADE<br />
NOS LABORATÓRIOS DE ANÁLISES CLÍNICAS<br />
46<br />
GESTÃO LABORATORIAL<br />
RANKING NACIONAL DA COMPETÊNCIA<br />
GERENCIAL PARA LABORATÓRIOS<br />
80<br />
LADY NEWS<br />
RESSIGNIFICANDO O NOVO<br />
NORMAL NA OFAC<br />
Autores: Gleyson da Cruz Pinto, Raíssa Dias Fares,<br />
Viviane Camara Maniero.<br />
Autoras: Amanda Cristina Pinheiro Martins,<br />
Beatriz Roetger Loch, Giulia Costa Santos,<br />
Jéssica Ponciano Oliveira, Michele Ramos da Silva.<br />
Autoras: Carolina Antunes Torres, Jéssica da Silva Abel,<br />
Karoline Pizzolo, Victória Linden Rezende, Eduarda Shultze.
AGENDA<br />
Em função da pandemia do Covid-19, e acompanhando<br />
os desdobramentos da crise, decretos e posicionamentos<br />
dos governos, os eventos presenciais agendados para o<br />
período Agosto/Setembro estão cancelados.<br />
Comprometidos em não propagar informações equivocadas, não haverá<br />
seção Agenda na <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong> Ed <strong>161</strong> e recomendamos que os<br />
interessados em participar de eventos consultem os sites dos eventos que<br />
estariam programados para esse período para se informar sobre possíveis<br />
novas datas e também sobre apresentações digitais como webinars e<br />
outras alternativas que estão sendo oferecidas pelas empresas.<br />
Mantenha-se informado em nosso site e em nossas redes sociais.<br />
/revistanewslab<br />
/revistanewslab<br />
/revistanewslab<br />
@revista_newslab<br />
Agradecemos a compreensão de todos,<br />
Equipe <strong>Newslab</strong>.<br />
0 14<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
Autores: Gleyson da Cruz Pinto 1 , Raíssa Dias Fares², Viviane Camara Maniero³.<br />
ARTIGO 01<br />
1- Médico formado pela Universidade do Grande Rio Prof. José de Souza Herdy –<br />
UNIGRANRIO – Brasil.<br />
2- Acadêmica do curso de Odontologia da Universidade do Grande Rio Prof. José de<br />
Souza Herdy – UNIGRANRIO – Brasil.<br />
3- Doutora em Biomedicina Translacional (PPG BIOTRANS) (UNIGRANRIO/INMETRO/<br />
UEZO) – UNIGRANRIO – Brasil.<br />
Febre Chikungunya:<br />
Uma Arbovirose Emergente em Expansão no Brasil<br />
Resumo<br />
A transmissão autóctone de chikungunya (CHIKV) no Brasil foi detectada<br />
em setembro de 2014, na cidade do Oiapoque (Amapá).<br />
Provavelmente, essa introdução se deveu à epidemia que ocorreu<br />
no Caribe, em 2013, pois já havia ocorrido outras epidemias atingindo<br />
a África e a Ásia. Em 2015 devido ao clima e a presença de<br />
vetores que co circulam na mesma região, o CHIKV causou epidemias<br />
com rápida dispersão em diferentes estados brasileiros. Em<br />
2018 até o primeiro semestre, já foram confirmados 14.873 casos<br />
por CKIKV no Rio de Janeiro, com o predomínio de mulheres, correspondendo<br />
a 61.8% dos casos contra 38,2% de homens acometidos<br />
por CHIKV. Além disso, a CHIKV, em crianças, idosos e em pacientes<br />
com comorbidades, pode evoluir com gravidade, sendo necessária<br />
uma observação diferenciada. Diversos relatos apontam que a infecção<br />
durante o parto, em alguns casos, causa encefalopatia neonatal<br />
e abortamento. Contudo, encefalite está relatada com maior<br />
frequência em recém- nascidos de mães com infecção recente com<br />
CHIKV, no período intraparto. Dessa forma, o objetivo do trabalho<br />
é realizar um levantamento bibliográfico, com o formato de revisão<br />
de literatura, através de documentos elaborados pelo Ministério<br />
da Saúde e base de dados Scielo para evidenciar a importância da<br />
CHIKV, que atualmente se apresenta como um problema de saúde<br />
pública mundial. Com isso o artigo visa discutir sua epidemiologia,<br />
salientar suas manifestações clínicas, a importância do diagnóstico<br />
precoce e tratamento adequado além de apresentar medidas para<br />
prevenir a expansão da doença pelo país.<br />
Palavras-Chave: Arbovirose Emergente, Chikungunya, Saúde Pública.<br />
Abstract<br />
The autochthonous transmission of chikungunya (CHIKV) in<br />
Brazil was detected in September 2014 in the city of Oiapoque<br />
(Amapá). This introduction probably occurred because of the<br />
epidemic that occurred in the Caribbean in 2013 as there were<br />
other epidemics in Africa and Asia. In 2015, due to the climate<br />
and the presence of vectors circulating in the same region, CHIKV<br />
caused epidemics with rapid dispersion in different Brazilian states.<br />
In the first semester of 2018, 14,873 cases were confirmed<br />
by CKIKV in Rio de Janeiro, with the predominance of women,<br />
corresponding to 61.8% of the cases against 38.2% of men affected<br />
by CHIKV. In addition, CHIKV in children, the elderly and<br />
patients with comorbidities can evolve with severity, requiring<br />
a differentiated observation. Several reports indicate that infection<br />
during childbirth, in some cases, causes neonatal encephalopathy<br />
and abortion. However, encephalitis is reported more<br />
frequently in newborns of mothers with recent CHIKV infection<br />
in the intrapartum period. Therefore, the objective of the study is<br />
to carry out a bibliographic survey, with the format of literature<br />
review, through documents prepared by the Government Health<br />
and Scielo database to highlight the importance of CHIKV, which<br />
currently presents itself as a world health problem. This article<br />
aims to discuss its epidemiology, expose the clinical manifestations,<br />
the importance of early diagnosis and appropriate treatment,<br />
besides presenting measures to prevent the spread of the<br />
disease throughout the country.<br />
Keywords: Emerging Arboviral Disease, Chikungunya, Public Health<br />
0 16<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
Autores: Gleyson da Cruz Pinto1, Raíssa Dias Fares², Viviane Camara Maniero³.<br />
ARTIGO 01<br />
Introdução<br />
As arboviroses são um grupo de doenças virais,<br />
transmitidas por vetores (arthropod-borne<br />
vírus). São reconhecidas pela Organização Mundial<br />
de Saúde (OMS) como um problema global<br />
de saúde pública, em virtude de sua crescente<br />
dispersão territorial e necessidade de ações de<br />
prevenção e controle cada vez mais complexas<br />
(20). A designação dos arbovírus não é somente<br />
relacionada à sua veiculação através dos artrópodes,<br />
mas principalmente pelo fato de seu ciclo<br />
replicativo ocorrer nos insetos. Neste sentido,<br />
para classificar um artrópode como veiculador<br />
de um arbovírus é necessário que este tenha<br />
a capacidade de infectar vertebrados e invertebrados;<br />
de iniciar uma viremia em um hospedeiro<br />
vertebrado por tempo suficiente para<br />
permitir a infecção do vetor invertebrado; e de<br />
iniciar uma infecção produtiva e persistente da<br />
glândula salivar do invertebrado, a fim de fornecer<br />
vírus para infecção de outros hospedeiros<br />
vertebrados (5). Dessa forma, os arbovírus possuem<br />
hospedeiros variados, sejam vertebrados<br />
ou invertebrados, ocasionado doenças em humanos<br />
e em outros animais, sendo constituídos<br />
basicamente de cinco famílias virais:<br />
Bunyaviridae, Togaviridae, Flaviviridae, Reoviridae<br />
e Rhabdoviridae (10).<br />
O vírus da chikungunya (CHIKV) pertence à<br />
família Togaviridae e foi isolado inicialmente<br />
na Tanzânia por volta de 1952 e seu significado<br />
no idioma Makonde quer dizer “aquele que<br />
se curva”, por causar artralgias graves e intensas<br />
nas pessoas acometidas por esta moléstia.<br />
O CHIKV é um vírus de RNA cadeia simples e<br />
sua transmissão ocorre pela picada da fêmea<br />
hematófaga do mosquito Aedes aegypti e Aedes<br />
albopictus (1, 7, 8, 11).<br />
No Brasil, no ano de 2014 foi registrado o primeiro<br />
caso de transmissão autóctone do CHIKV<br />
que foi notificado no estado do Amapá, um ano<br />
após a chegada do vírus as Américas (região do<br />
Caribe), acometendo também outros países da<br />
América do Sul como Paraguai, Suriname e Colômbia<br />
neste mesmo ano (9).<br />
Um surto dessa magnitude é justificado<br />
porque o vírus ainda não havia circulado nas<br />
Américas, portanto não existia imunidade nesta<br />
população. O vírus CHIKV e a estirpe americana<br />
do vetor Aedes aegypti também apresentam<br />
em diversos países um histórico de transmissão<br />
concomitante com a dengue. (20).<br />
Adaptado: Tool for the diagnosis and care of patients with suspected arboviral diseases, PAHO, 2017. O algoritmo acima tem por objetivo auxiliar<br />
os laboratórios que possuem a capacidade de identificar arboviroses como Dengue, Chikungunya e Zika e, desta forma, realizar com maior<br />
precisão o diagnóstico diferencial destas doenças. Desde que, esteja disposto em sua unidade normas de contenção de biosegurança (BSL) para<br />
o adequado manuseio das amostras a nível laboratorial.<br />
No primeiro semestre de 2017 ocorreu um<br />
surto em todos os bairros da capital de Fortaleza.<br />
Com mais de 52 mil casos confirmados<br />
e, além disso, o município apresentou um aumento<br />
de 296% dos casos em relação ao ano<br />
anterior. (17). Nos primeiros três meses do ano<br />
de 2018, os casos de CHIKV no Estado do Rio<br />
de Janeiro cresceram em relação a 2017 e quase<br />
superam os índices do ano anterior. Foram<br />
computados, até o mês de março, 4.262 casos<br />
da doença em todo o estado, em comparação<br />
aos 1.585 casos notificados no mesmo período<br />
do ano anterior. Isso representa um aumento de<br />
aproximadamente 168% dos casos em apenas<br />
um ano e um total de 4.305 pessoas atingidas<br />
pela doença em 2017. (16).<br />
O CHIKV quando infecta o homem possui um<br />
período de incubação médio de 3 a 7 dias, podendo<br />
variar de 1 a 12 dias, surgindo então a “Febre<br />
Chikungunya” que é manifestada clinicamente<br />
com febre de início súbito, poliartralgia intensa<br />
e geralmente simétrica, mialgia, cefaleia, náuseas,<br />
fadiga e exantema de tronco e extremidades<br />
(incluindo palmas e plantas), podendo levar a<br />
morte de pessoas que apresentam alguma comorbidade<br />
ou que se encontram nos extremos de<br />
idades (3). Além disso, foram descritas algumas<br />
complicações graves como miocardite, meningoencefalite,<br />
hemorragia leve e até síndrome de<br />
Guillain-Barré (6). O diagnóstico da Chikungunya<br />
é geralmente clínico, porém o teste definitivo para<br />
a confirmação da doença é feito por técnica molecular<br />
RT-PCR (reação em cadeia da polimerase<br />
por transcriptase reversa) na primeira semana de<br />
doença que caracteriza a fase aguda. São utilizadas<br />
as técnicas de ELISA e teste imunocromatográfico<br />
do tipo POC (point of care) para pesquisar<br />
anticorpos específicos da CHIKV. Existem outros<br />
testes sorológicos que identificam anticorpos<br />
específicos das classes IgM e IgG. A IgM é melhor<br />
detectada a partir do quinto dia de doença,<br />
porém pode estar presente desde o segundo dia<br />
e permanecer elevada de 3 a 6 meses após a infecção.<br />
Por outro lado, a IgG apresenta aumento<br />
de seus títulos em torno do sexto dia de doença,<br />
devendo se realizar uma nova coleta após 15<br />
0 18<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
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Autores: Gleyson da Cruz Pinto1, Raíssa Dias Fares², Viviane Camara Maniero³.<br />
ARTIGO 01<br />
Sintomatologia da febre Chikungunya<br />
Febre Alta > 38°C<br />
Exantema<br />
Mialgia<br />
Artralgia<br />
Edema articular<br />
Conjuntivite<br />
Cefaleia<br />
Prurido<br />
Hipertrofia ganglionar<br />
Tendência a sangramentos<br />
Manifestações neurológicas<br />
50% casos<br />
Leve<br />
Moderada / Intensa<br />
Moderada / Intensa<br />
30% casos<br />
Leve<br />
Leve<br />
Moderada<br />
Leve<br />
Raro (predomínio em neonatos)<br />
Fonte: Carlos Brito – Professor da Universidade Federal de Pernambuco<br />
(atualizado em dez/2015)<br />
Sinais de gravidade da Chikungunya<br />
Acometimento neurológico (cefaleia intensa, convulsão, déficit de força)<br />
Sinais de choque compensado ou não<br />
Dor torácica, palpitações e/ou arritmias<br />
Dispneia<br />
Vômitos persistentes<br />
Diurese diminuída ou aumento abrupto de escórias metabólicas<br />
Sangramento de mucosas<br />
Neonatos<br />
Descompensação da doença de base<br />
Fonte: Chikungunya: Manejo Clínico. Ministério da Saúde. 2017.<br />
dias e mostrar um aumento de quatro vezes<br />
nos seus títulos sorológicos comparados com a<br />
primeira. Devemos ressaltar a possibilidade de<br />
reação cruzada que os testes sorológicos podem<br />
apresentar com outros vírus como o Mayaro por<br />
exemplo. O padrão ouro para o diagnóstico de<br />
várias arboviroses, incluindo a Chikungunya, é<br />
a técnica de isolamento viral, porém apresenta<br />
a desvantagem de ser mais dispendiosa e necessitar<br />
de mais tempo para o seu resultado<br />
(3, 4, 6). Não existe um antiviral para tratar a<br />
CHIKV de forma específica. Entretanto, o tratamento<br />
é realizado com sintomático e medidas<br />
de suporte como repouso e aumento da ingesta<br />
hídrica para os pacientes, administração de<br />
paracetamol como antipirético e anti-inflamatórios<br />
não estereoidais (AINES) como o naproxeno<br />
ou ibuprofeno para alívio das artralgias.<br />
Caso o paciente seja refratário ao tratamento<br />
medicamentoso com AINES, pode se fazer uso<br />
de corticoesteróides por um curto período de<br />
tempo e até fazer uso de morfina (2). O objetivo<br />
do presente trabalho é evidenciar a importância<br />
sobre o conhecimento de uma das arboviroses<br />
emergentes no Brasil e que tem se mostrado<br />
um grande problema de saúde pública nacional<br />
e internacional, discutir sua epidemiologia, enfatizar<br />
as manifestações clínicas, a importância<br />
do diagnóstico precoce, tratamento adequado<br />
e medidas para prevenir a expansão da doença<br />
pelo país.<br />
Material e Métodos<br />
Foi realizado um levantamento bibliográfico,<br />
no período de agosto de 2017 à dezembro do<br />
mesmo ano, utilizando as palavras chave: Chikungunya,<br />
febre do chikungunya, Aedes albopictus<br />
e diagnóstico da chikungunya, com o<br />
formato de revisão de literatura, através de documentos<br />
elaborados pelo Ministério da Saúde<br />
e na base de dados Scielo.<br />
Resultados e Discussões<br />
A CHIKV é uma doença infecciosa não contagiosa<br />
de origem africana e emergente em<br />
nosso meio, pois como a população exposta é<br />
susceptível e não há nenhuma vacina ou antivirais<br />
disponíveis contra a doença, torna se<br />
um problema de saúde pública que somada a<br />
Dengue, outra arbovirose endêmica no Brasil,<br />
pode gerar um colapso no nosso sistema de<br />
saúde em relação à superlotação de hospitais<br />
e grandes gastos (9). As manifestações clínicas<br />
apresentadas são diversas, como febre<br />
súbita, poliartralgia intensa e geralmente bilateral<br />
(90% casos), cefaleia, fadiga e exantema<br />
macular principalmente em tronco e extremidade,<br />
podendo acometer palmas e plantas.<br />
Além disso, manifestações atípicas e graves<br />
da doença também podem ocorrer como por<br />
exemplo a Síndrome de Guillain-Barré, retinite,<br />
insuficiência cardíaca e renal, hepatite,<br />
pancreatite e até morte caso o paciente possua<br />
alguma comorbidade (3).<br />
A Síndrome de Guillain-Barré (SGB) é uma<br />
doença de caráter autoimune que acomete<br />
primordialmente a mielina da porção proximal<br />
dos nervos periféricos de forma aguda<br />
ou subaguda (20). Não se consegue determinar<br />
as suas causas, mas ela é muitas vezes<br />
desencadeada por alguma infecção (como<br />
o VIH, dengue ou gripe) e, menos frequentemente,<br />
pela vacinação, cirurgias ou traumatismos<br />
(20). O diagnóstico baseia-se em<br />
sintomas, achados dos exames neurológicos,<br />
incluindo perda ou diminuição dos reflexos<br />
dos tendões profundos, e da punção lombar.<br />
Podem ser necessários outros testes, como<br />
análises ao sangue, para identificar as causas<br />
que desencadeiam a SGB. (20). A principal<br />
forma de transmissão é realizada pela picada<br />
do mosquito, Aedes aegypti ou Aedes albopitus<br />
mas ainda assim existe a possibilidade<br />
menos frequente de transmissão intraparto,<br />
da mãe (com o vírus) ao recém-nascido. A<br />
infecção pelo CHIKV, no período gestacional,<br />
não está relacionada a efeitos teratogênicos,<br />
e há raros relatos de abortamento<br />
espontâneo (15). No entanto, mães que<br />
adquirem CHIKV no período intraparto podem<br />
transmitir o vírus ao recémnascido por<br />
via transplacentária, transmissão perinatal<br />
(15). Durante o aleitamento materno não<br />
ocorre a transmissão. As gestantes devem<br />
ser acompanhadas e caso sejam verificadas<br />
situações que indiquem risco de sofrimento<br />
fetal ou viremia próxima ao período do parto,<br />
é necessário o acompanhamento em leito de<br />
internação. (4).<br />
Outro fator de grande importância é que<br />
0 20<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
Autores: Gleyson da Cruz Pinto1, Raíssa Dias Fares², Viviane Camara Maniero³.<br />
ARTIGO 01<br />
deve ser realizado o diagnóstico diferencial<br />
com outras doenças febris aguda, que também<br />
apresentam artralgia e que tenham potencial<br />
de causar a morte do indivíduo como<br />
outras arboviroses como a dengue (DENV), o<br />
zika vírus (ZIKV), mayaro (MYO), além de outras<br />
doenças como a leptospirose, febre reumática<br />
e artrite séptica.<br />
O diagnóstico laboratorial da infecção pelo<br />
CHIKV pode ser realizado de forma direta:<br />
através do isolamento viral e da pesquisa do<br />
RNA viral em diferentes amostras clínicas, ou<br />
de forma indireta: através da pesquisa de anticorpos<br />
específicos. (15). Para a pesquisa do<br />
RNA viral as principais técnicas moleculares<br />
utilizadas são o RT-PCR (Reação da polimerase<br />
em cadeia seguida da transcriptase reversa) e o<br />
qRT-PCR (Reação da polimerase em cadeia seguida<br />
da transcriptase reversa em tempo real)<br />
já para a pesquisa de anticorpos específicos,<br />
as principais técnicas disponíveis são: o ELISA<br />
(Enzyme-Linked Immunosorbent Assay) e o<br />
Teste Imunocromatográfico do tipo POC (Point-of-<br />
Care). (15). Outra estratégia para confirmação<br />
sorológica é a sorologia pareada. Neste<br />
caso, duas amostras devem ser coletadas, a<br />
primeira na fase aguda da doença e a segunda,<br />
aproximadamente, 15 dias após a primeira. O<br />
aumento de 4 vezes no título dos anticorpos demonstra<br />
a reatividade específica. Técnicas que<br />
necessitam o isolamento viral, como o teste de<br />
neutralização por redução de placas (PRNT, sigla<br />
do inglês Plaque Reduction Neutralization Test),<br />
são usualmente utilizadas como padrão ouro<br />
para a confirmação do diagnóstico de diversas<br />
arboviroses. Entretanto, é um procedimento<br />
demorado e que, na maioria das vezes, exige<br />
laboratórios com nível de segurança biológica 3<br />
(BSL3) (4). Como não existe um tratamento definitivo<br />
e específico, como o uso de antivirais e<br />
nem profiláticos como as vacinas, que impeça o<br />
indivíduo de ser infectado pelo CHIKV e desenvolver<br />
a doença, devemos utilizar de meios para<br />
tratar os sintomas como indicar ao paciente que<br />
repouse, mantenha-se hidratado e também<br />
faça uso de antitérmicos nos casos de febre e<br />
anti-inflamatórios nos casos de dor articulares<br />
(não utilizar aspirina devido o possível risco de<br />
hemorragia em pacientes que apresentam síndrome<br />
de Reye), podendo chegar a utilizar glicocorticoides,<br />
morfina e até imunossupressores<br />
como o metotrexate quando não há melhora da<br />
artralgia (1, 2, 6). Outro fator importante é que<br />
o CHIKV ocorre por transmissão vetorial, e desta<br />
forma, medidas profiláticas devem ser adotadas<br />
para combater o mosquito transmissor como o<br />
uso de vedação em depósitos de água, aplicação<br />
de larvicida e inseticida químico, destino<br />
adequado a pneus e garrafas para que não aja<br />
acúmulo de água e desta forma impedir a proliferação<br />
vetorial (2). Além da utilização de telas<br />
e mosquiteiros dentro de casa, vale ressaltar o<br />
uso de repelentes. O uso tópico de repelentes à<br />
base de n,n-dietil-metaloluamida (DEET) é seguro.<br />
Além do DEET, no Brasil são utilizados em<br />
costméticos as substâncias repelentes Hidroxyethil<br />
isobutyl piperidine carboxylate (Icarídin<br />
ou Picaridin) e Ethyl butylacetylaminopropionate<br />
(EBAAP ou IR3535) e óleos como citronela.<br />
(SOUZA JL et al., 2017).<br />
Conclusão<br />
O surgimento de uma nova arbovirose em<br />
nosso meio representa um grande desafio para<br />
a saúde pública, pois a emergência do Chikungunya<br />
no Brasil encontrará uma população<br />
totalmente susceptível a este novo agente etiológico.<br />
Desta forma, como o vetor do CHIKV são<br />
os mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus,<br />
medidas profiláticas por parte da população e<br />
do governo devem ser adotadas com o objetivo<br />
de minimizar a sua disseminação, como manter<br />
as caixas de água fechadas, remover acúmulo<br />
de águas pluviais em pneus, pratos de plantas<br />
e garrafas, fazer uso de larvicida, inseticidas,<br />
utilizar repelentes em áreas expostas do corpo e<br />
repelentes ambientais. Portanto, deve haver um<br />
maior entendimento sobre a doença por parte<br />
dos profissionais de saúde para que estes estejam<br />
aptos a diagnosticar a doença com maior<br />
rapidez e instituir seu tratamento apropriado,<br />
e também é de fundamental importância que<br />
haja uma educação por parte do governo a<br />
população em geral para que esta possa colaborar<br />
no combate aos criadouros dos mosquitos<br />
e assim controlarmos esta nova epidemia que<br />
assola o nosso país.<br />
Referências Bibliográficas:<br />
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Secretaria de Vigilância em Saúde/Departamento de Vigilância das<br />
Doenças Transmissíveis, 2014.<br />
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Guillain- Barré Portaria SAS/MS nº 1171, de 19 de novembro de 2015.<br />
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Secretaria de Atenção Básica Chikungunya: Manejo Clínico/Ministério<br />
da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Secretaria de Atenção<br />
Básica. Brasília: Ministério da Saúde; 2017.<br />
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Paulo Jan./Mar. 2015.<br />
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Med J. 2016;7 (4):e0033.<br />
9. Lima-Camara TN. Arboviroses Emergentes e Novos Desafios para a<br />
Saúde Pública no Brasil. São Paulo. <strong>Revista</strong> de Saúde Pública 2016;50:36.<br />
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Controle de Epidemias de Dengue. Brasília. Secretaria de Vigilância<br />
em Saúde 2009.<br />
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Chikungunya no Brasil. Brasília. Secretaria de Vigilância em Saúde 2014.<br />
14. Ministério da Saúde. Febre de Chikungunya: Manejo Clínico.<br />
Brasília.Secretaria de Vigilância em Saúde 2015.<br />
15. Ministério da Saúde. Chikungunya: Manejo Clínico. Brasília.<br />
Secretaria de Vigilância em Saúde 2017.<br />
16. Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro. Boletim epidemiológico<br />
arboviroses Nº 005/2018. 2018.<br />
17. Secretaria Municipal de Saúde. Coordenadoria de Vigilância em<br />
Saúde. Boletim Semanal da Febre de Chikungunya, Célula de Vigilância<br />
Epidemiológica, Centro de Informações Estratégicas de Vigilância<br />
em Saúde de Fortaleza, 2017.<br />
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20. World Health Organization. Síndrome de Guillain–Barré: WHO;<br />
2016 [acesso em 06 agosto de 2018]. Disponível em:http://www.<br />
who.int/mediacentre/factsheets/guillain-barre- syndrome/pt/<br />
0 22<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
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Resumo<br />
No Brasil o câncer de colo de útero é a terceira neoplasia maligna mais<br />
comum, sendo uma das maiores causas de morte por câncer em mulheres.<br />
Fica evidente que este tipo de câncer ainda constitui um sério<br />
problema de saúde pública. Para o Sistema Único de Saúde (SUS) a<br />
prevenção gira em torno de ações de conscientização e principalmente<br />
na detecção precoce, que pode ser realizada por exames simples e<br />
de baixo custo como a colpocitologia oncótica, também conhecida<br />
como Papanicolau. O exame consiste na coleta e posterior análise das<br />
células provenientes de raspagem do colo do útero. Segundo parte<br />
das mulheres entrevistadas, pode ser desconfortável e até doloroso,<br />
embora o INCA afirme que o exame é indolor. Pensando sob a ótica<br />
dos relatos femininos sobre a razão de baixa adesão ao exame ou de<br />
manter as frequências necessárias, este estudo busca se aprofundar<br />
nos sentimentos já relatados e que nos serão revelados após questionário<br />
com o objetivo de ter variáveis analisadas para propor melhorias<br />
capazes de impulsionar o aumento do número de mulheres realizando<br />
o exame, impactando na detecção precoce de lesões e neoplasias<br />
com maior abrangência.<br />
Abstract<br />
In Brazil, cervical cancer is the third most common malignancy,<br />
being one of the biggest causes of cancer death in women. It<br />
is evident that this type of cancer is still a serious public health<br />
problem. For the Unified Health System (SUS), prevention revolves<br />
around awareness actions and especially early detection, which<br />
can be performed by simple and low-cost tests such as oncotic<br />
colpocytology, also known as Pap smears. The exam consists in the<br />
gathering and subsequent analysis of cells from cervical scraping.<br />
According to part of the women interviewed, it can be uncomfortable<br />
and even painful, although INCA states that the test is painless.<br />
Thinking from the perspective of female reports about why they<br />
did not adhere to the exam or maintain the necessary frequencies,<br />
this study seeks to deepen the feelings already reported and which<br />
will be revealed to us after a questionnaire with the objective of<br />
having variables analyzed to propose improvements capable of<br />
boost the increase in the number of women undergoing the exam,<br />
impacting the early detection of lesions and neoplasms with greater<br />
coverage.<br />
Introdução<br />
O câncer de colo de útero é um grande<br />
fator de risco para a vida da mulher e também<br />
um grave problema de saúde pública<br />
no Brasil, pois atinge principalmente mulheres<br />
em estado de pobreza e com maior<br />
dificuldade de acesso aos serviços de saúde<br />
(INCA, 2020). Para a prevenção ao câncer<br />
cervical o principal exame a ser realizado<br />
é o exame de colpocitologia oncótica, mais<br />
conhecido como "Papanicolau", que é capaz<br />
de detectar lesões antes do aparecimento<br />
dos sintomas sendo então um fator capaz<br />
de reduzir significativamente a mortalidade<br />
por câncer de colo de útero. Segundo<br />
Martins et al. (2009), o exame citopatológico<br />
de Papanicolau é um método simples<br />
que permite detectar alterações da cérvice<br />
uterina a partir de células descamadas do<br />
epitélio. Por ser um exame de baixo custo,<br />
rápido, indolor, de fácil execução e realiza-<br />
0 26<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
do em nível ambulatorial, o Papanicolau<br />
tem se mostrado efetivo e eficiente para<br />
aplicação coletiva e se constitui, até hoje, o<br />
método mais indicado para o rastreamento<br />
do câncer de colo uterino (MARTINS, THU-<br />
LER e VALENTE, 2009).<br />
Em uma busca por mais sensibilidade e<br />
especificidade para o método, novas técnicas<br />
de coleta e preparo do material foram<br />
desenvolvidas. Em 1990 foi criada uma<br />
nova metodologia e introduzida a citologia<br />
em meio líquido (LBC) (CAMPAGNOLI et al.,<br />
2005; ALVES et al., 2003; HOELUND, 2003).<br />
Para viabilizar a leitura das lâminas pelos<br />
computadores, era necessário que os preparados<br />
apresentassem o menor número possível<br />
de artefatos e superposições de células,<br />
dessa maneira, os preparados citológicos em<br />
meio líquido foram chamados no início de<br />
citologia de mono camada ou camada fina<br />
(CAMPAGNOLI et al., 2005; HOELUND, 2003<br />
e PAYNE et al., 2000). O número de células<br />
em CML é considerado ideal, uma vez que ao<br />
ser acomodado no recipiente, a quase totalidade<br />
das células coletadas é transferida ao<br />
meio (PEREIRA et al., 2003). Essa técnica é<br />
realizada mediante a suspensão de células<br />
provenientes do material coletado em meio<br />
líquido fixador, teoricamente oferecem uma<br />
amostra mais representativa. Essa metodologia<br />
traz um grande avanço, uma vez que há<br />
evidências de que apenas cerca de 20% do<br />
material coletado pelo método convencional<br />
são transferidos à lâmina; o restante, que se<br />
encontra aderido aos instrumentos utilizados<br />
na colheita (escova/espátula) é descartado<br />
(DIAS et al., 2008).<br />
As vantagens da CML são a presença de<br />
100% do material coletado no líquido fixador,<br />
com a possibilidade de testes histoquímicos<br />
e de biologia molecular, para a<br />
identificação de agentes etiológicos como<br />
HPV. Segundo Túlio et al. (2007), o risco de<br />
câncer de colo do útero invasivo está diretamente<br />
relacionado à presença de HPV,<br />
com alto potencial oncogênico, a pesquisa<br />
destes tipos virais pelos métodos biomoleculares<br />
têm sido extremamente importante<br />
para o acompanhamento de mulheres que<br />
apresentam alterações citológicas.<br />
Segundo o INCA, em 2017 o câncer de<br />
colo de útero ocasionou 6.385 mortes, é<br />
importante ressaltar que quando detectada<br />
na fase inicial, a doença é 100% tratável,<br />
por isso a importância da realização<br />
do exame com regularidade, impedindo o<br />
agravamento da doença ao tratá-la precocemente<br />
(INCA, [201-]). Sabe-se que<br />
o câncer de colo uterino é um câncer que<br />
pode ter cura, se detectado precocemente,<br />
e dependendo das condições de vida e<br />
saúde dessa mulher (MOURA et al., 2010).<br />
Objetivos Principais<br />
ARTIGO 02<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020<br />
0 27
Autoras:<br />
Amanda Cristina Pinheiro Martins, Beatriz Roetger Loch, Giulia Costa Santos, Jéssica Ponciano Oliveira, Michele Ramos da Silva.<br />
ARTIGO 02<br />
Analisar os fatores motivacionais que influenciam<br />
as mulheres na realização anual do<br />
exame de colpocitologia oncótica segundo a<br />
sua percepção, propondo melhorias capazes de<br />
impulsionar maior número de mulheres a efetuar<br />
o exame, impactando na detecção precoce<br />
de lesões e neoplasias com maior abrangência.<br />
Objetivos Específicos<br />
• Verificar a importância dada à realização<br />
anual do exame de colpocitologia oncótica<br />
pelas mulheres participantes.<br />
• Detectar a frequência de realização do<br />
exame entre as entrevistadas.<br />
• Identificar os elementos motivacionais<br />
ligados à realização do exame.<br />
• Classificar os elementos mais problemáticos<br />
quanto à realização do exame entre<br />
as participantes.<br />
• Propor melhorias cabíveis de acordo<br />
com os fatores identificados.<br />
Método<br />
Aspectos Éticos<br />
Os participantes responderam à pesquisa<br />
de forma anônima, sem obrigatoriedade de<br />
fornecer dados pessoais para a realização<br />
da pesquisa. Aos que tiveram interesse, foi<br />
dada a opção de inserir o email do participante<br />
para receber os resultados da pesquisa<br />
posteriormente à análise.<br />
Tipo de Pesquisa<br />
A determinação do tipo de pesquisa considerou<br />
três critérios de classificação relacionados<br />
aos objetivos, à abordagem e aos procedimentos<br />
técnicos, conforme cita Gil (2002). O tipo<br />
de pesquisa é delineado quanto aos objetivos<br />
como descritiva, pois busca descrever as características<br />
de uma determinada população.<br />
Em relação à abordagem trata-se de uma pesquisa<br />
quantitativa, pois utiliza instrumentos<br />
de medidas e requer o uso de recursos e de<br />
técnicas estatísticas para análise dos dados.<br />
No que tange aos procedimentos técnicos, foi<br />
caracterizado como de levantamento, pois se<br />
refere à interrogação dos participantes acerca<br />
do seu conhecimento sobre a realização da<br />
colpocitologia oncótica.<br />
Participantes<br />
Os participantes do projeto foram indivíduos<br />
que tiveram contato com o link para acesso ao<br />
questionário online, via Whatsapp ou email.<br />
Ao início do formulário foram filtrados os<br />
indivíduos do sexo masculino e mulheres que<br />
não realizaram o exame anteriormente, através<br />
de questões obrigatórias para a exclusão.<br />
Instrumentos<br />
Foi elaborado um questionário através da<br />
plataforma online Google Forms que abordou<br />
os hábitos, classificação de conforto,<br />
eventos impeditivos e conhecimento prévio<br />
acerca do exame colpocitológico.<br />
Procedimentos<br />
Foi solicitada autorização da faculdade<br />
UniSociesc campus Florianópolis-Ilha para<br />
o envio em massa do formulário online via<br />
link para o email dos estudantes ativos na<br />
instituição. Além disso, os participantes puderam<br />
também copiar o link e divulgar para<br />
seus entes queridos caso fosse de interesse<br />
dos mesmos. Aos que foram voluntários para<br />
responder ao questionário, bastava acessar o<br />
link para responder via celular ou computador<br />
e enviar as respostas pela plataforma.<br />
Tratamento de Dados<br />
Os dados foram colhidos através da plataforma<br />
e analisados posteriormente via<br />
Microsoft Excel® (2010) e pela própria plataforma.<br />
Foram então tratados através de<br />
análise estatística (média, desvio padrão,<br />
frequência simples e frequência relativa).<br />
Resultados<br />
Após envio de questionário, que ficou<br />
disponível online por duas semanas, houve<br />
92 participantes, algumas perguntas<br />
todos responderam e algumas oscilaram<br />
com menos respostas, conforme o critério<br />
de exclusão. Os resultados demonstraram<br />
que a grande maioria dos entrevistados são<br />
do sexo feminino (foram desconsideradas<br />
respostas não aplicáveis ao público masculino),<br />
com prevalência de idade entre 19<br />
a 29 anos em 42,4% ( n = 39 ), seguidos<br />
pela idade de 30 a 39 em 22,8% ( n = 21 ),<br />
dentre estes 84,4% ( n = 76 ) já realizaram<br />
o exame colpocitológico e 15,6% ( n = 14<br />
) nunca fizeram (gráfico 1). Sobre casos de<br />
câncer de colo de útero na família 10% ( =<br />
9 ) disseram possuir, 12,2% ( n = 11 ) não<br />
tinham certeza e a grande maioria 77,8%<br />
( n = 70 ) não possuem casos na família.<br />
Gráfico 1 - Relação entre faixa etária e realização do<br />
exame colpocitológico ( n = 90)<br />
Legenda: Em vermelho quem não realizou o exame e<br />
em azul quem realizou.<br />
Fonte: Elaborado pelas autoras 2020.<br />
Dentre as 76 pessoas que já realizaram o<br />
exame 75% fizeram e fazem na rede particular<br />
enquanto 25% utilizam a rede pública. Quando<br />
perguntados sobre informações em panfletos,<br />
infográficos ou propagandas que falem<br />
sobre a importância do exame na prevenção<br />
do câncer de colo de útero, 56,6% nunca viram<br />
algum material, e é importante ressaltar<br />
que o Ministério da Saúde investe bastante em<br />
informação, e que de alguma forma estas não<br />
têm alcançado a população em geral.<br />
O questionamento sobre a realização do<br />
exame, resultou em uma frequência maior<br />
em quem realiza o exame anualmente, chegando<br />
a 63,2% dos entrevistadas, e 43,4% o<br />
realizaram há cerca de um ano.<br />
Gráfico 2: Fatores motivacionais para a realização do<br />
exame colpocitológico (n = 90).<br />
Fonte: Elaborado pelas autoras, 2020.<br />
0 28<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
Bio Advance<br />
Diagnósticos
Autoras:<br />
Amanda Cristina Pinheiro Martins, Beatriz Roetger Loch, Giulia Costa Santos, Jéssica Ponciano Oliveira, Michele Ramos da Silva.<br />
ARTIGO 02<br />
Sobre as sensações na realização do exame,<br />
50% das pessoas relataram não sentir<br />
nenhum desconforto e 38,2% sentiram dor,<br />
seguidos por 30,3% que sentiram vergonha.<br />
Quando questionadas quanto aos fatores<br />
de impedimento para a realização do<br />
exame, 26,7% das entrevistadas considera<br />
o constrangimento na realização do exame,<br />
como o de fator mais relevante. Enquanto<br />
que, quanto aos principais fatores motivacionais<br />
para a realização do exame (gráfico<br />
2), onde cada participante optou por dois<br />
fatores, o mais escolhido foi a prevenção<br />
do câncer, por 87,8% dos participantes,<br />
seguido pela manutenção da periodicidade<br />
na realização do exame, por 60% dos participantes.<br />
E sobre a pergunta da importância<br />
em realizar o exame 92,1% das respostas<br />
foi de que o exame tem máxima importância<br />
na prevenção e evolução de casos de<br />
câncer de colo de útero.<br />
Discussão<br />
Quanto à realização do exame 15% das<br />
participantes afirmaram nunca ter realizado<br />
a colpocitologia oncótica, em contraste<br />
com o estudo de Monteiro et al. (2019) que<br />
encontrou apenas 3%. Vê-se discrepância<br />
entre os resultados, principalmente quando<br />
se observa que Monteiro et al. (2019)<br />
entrevistou apenas usuárias do serviço<br />
público com maioria descontente com o<br />
serviço oferecido e no presente estudo 75%<br />
das participantes realizam o exame na rede<br />
privada. Porém, Monteiro et al. (2019) entrevistou<br />
participantes com idade superior<br />
a 25 anos e no estudo atual 42% possuíam<br />
entre 19 e 29 anos. Lima et al. (2014)<br />
encontrou valor similar, onde 17% das<br />
participantes nunca tinham feito o exame<br />
e metade destas possuíam também idade<br />
inferior a 25 anos. Lima et al. (2014) ainda<br />
aponta que dentre as que nunca realizaram<br />
o exame, entre os principais impeditivos<br />
estão vergonha, medo e falta de conhecimento.<br />
Vê-se que o avanço da idade é um<br />
motivador para realização do exame, que<br />
tem como prioridade a faixa de idade entre<br />
25 a 64 anos (INCA, 2020).<br />
Faz-se necessário pontuar que dentre as<br />
sensações na realização do exame, embora<br />
50% tenham declarado não sentir qualquer<br />
desconforto, o mais citado foi a dor, seguido<br />
pela vergonha. No estudo de Brito et al.<br />
(2007), por realizar a pesquisa através de<br />
perguntas orais abertas, declara que mesmo<br />
em relatos onde a palavra dor não foi<br />
mencionada, de modo geral, as falas remetiam<br />
a desconfortos ou medo de sentí-los<br />
na realização do exame. No estudo citado a<br />
vergonha se mostrou como fator muito evidente<br />
na fala das entrevistadas. Corroborando<br />
com Rafael e Moura (2010), cujo estudo<br />
demonstra que estes dois sentimentos<br />
são os mais prevalentes, tendo inclusive,<br />
prevalência idêntica na referida pesquisa.<br />
O resultado encontrado por Andrade<br />
et al. (2010) relata um ponto muito diferente<br />
das demais bibliografias como<br />
principal motivo de não adesão ao exame:<br />
a ausência de problemas ginecológicos,<br />
com 47%. No presente estudo<br />
28,9% das participantes de fato citam<br />
o aparecimento de sintomas como motivador<br />
principal para a realização do<br />
exame (gráfico 2). Embora a ausência<br />
destes não fosse uma opção de impedimento<br />
no presente estudo, este é um<br />
ponto importante e diretamente ligado<br />
ao grau de instrução especificamente sobre<br />
o tema, uma vez que, a manifestação<br />
de sintomas costuma estar presente em<br />
fases avançadas da doença, nas quais as<br />
chances de sucesso do tratamento já estão<br />
em progressiva redução. Em relação<br />
a propagação de informações por parte<br />
do próprio sistema público de saúde,<br />
que obteve níveis baixíssimos de alcance<br />
segundo a presente pesquisa, é um forte<br />
colaborador para evitar esse tipo de confusão<br />
corriqueira por parte de usuários<br />
da rede. Enfatiza-se aqui a necessidade<br />
de levar informações claras quanto a<br />
necessidade de detecção precoce das lesões,<br />
ressaltando que o termo precoce se<br />
refere, dentre outras coisas, a um período<br />
anterior ao aparecimento dos sintomas.<br />
O conhecimento é a principal forma de<br />
conscientizar a mulher a realizar o exame<br />
preventivo ao câncer de colo de útero. Dias<br />
et al. (2015) entrevistou mulheres em idade<br />
de risco, entre 44 a 57 anos, que julgaram<br />
o exame importante, resultado semelhante<br />
ao do estudo atual em que cerca de 92%<br />
deram classificação máxima para a importância<br />
do exame. Apesar do projeto atual<br />
não ter como foco o conhecimento prévio e<br />
sim a vivência das participantes, felizmente<br />
os dois itens mais pontuados como motivadores<br />
para a realização do exame na atual<br />
pesquisa foram a prevenção ao câncer de<br />
colo de útero e mantença à periodicidade<br />
do exame (gráfico 2). Vale ressaltar que no<br />
estudo de Dias et al. (2015) as participantes<br />
não tinham conhecimento adequado de<br />
porque o exame é importante, mas mesmo<br />
assim o realizavam periodicamente. Segundo<br />
Aguilar et al. (2015), apenas o acesso<br />
gratuito ao exame não é ação suficiente, se<br />
fazendo necessário outras formas de intervenção<br />
para trazer conhecimento e reflexão<br />
à mulher e assim auxiliar na prevenção ao<br />
câncer cervical.<br />
O principal fator impeditivo para realização<br />
do exame foi o constrangimento durante<br />
o procedimento em sí, apontado por<br />
26,7% das participantes. Este dado corrobora<br />
com o estudo de Andrade et al (2010),<br />
onde o constrangimento foi o segundo fator<br />
impeditivo mais pontuado no estudo, com<br />
23,5%. Dantas el al (2018) encontrou em<br />
sua pesquisa a vergonha como impeditivo<br />
para 50% das participantes na não realização<br />
do exame, mas também ressalta que o<br />
profissional tem capacidade de tranquilizar<br />
a paciente durante o exame ao explicá-la o<br />
procedimento e sua importância, o que poderá<br />
auxiliar na motivação para a realização<br />
anual do Papanicolau.<br />
Ainda existe outro meio para realização<br />
do exame, que seria o exame colpocitológico<br />
em meio líquido, porém o SUS não<br />
dispõe desse método, pois para o sistema<br />
único de saúde se torna um exame relati-<br />
0 30<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
Autoras:<br />
Amanda Cristina Pinheiro Martins, Beatriz Roetger Loch, Giulia Costa Santos, Jéssica Ponciano Oliveira, Michele Ramos da Silva.<br />
ARTIGO 02<br />
vamente caro. Ambos os métodos convivem<br />
sem grandes atritos, pois não se trata<br />
de excluir uma coisa para repor por outra,<br />
mas sim avaliar de forma sensata virtudes<br />
e limitações de cada opção e definir o que<br />
é melhor para a população feminina. A citologia<br />
em meio líquido foi desenvolvida na<br />
tentativa de diminuir as falhas da citologia<br />
convencional por apresentar uma melhor<br />
disposição celular, facilitando a interpretação,<br />
redução do número de hemácias, exsudado<br />
inflamatório e muco, além de possibilitar<br />
a preparação de lâminas adicionais<br />
em caso da necessidade de complementação<br />
ou uso de material residual para testes<br />
moleculares e identificação de HPV e outros<br />
agentes microbiológicos (FILHO, [201-]).<br />
Vale ressaltar que a colpocitologia oncótica<br />
é realizada para prevenção do câncer do<br />
colo do útero e de outras patologias, priorizando<br />
as considerações e necessidades<br />
de cada mulher, considerando-as ativas e<br />
responsáveis pelo cuidado com sua saúde,<br />
com a sabedoria e desenvolvimento de total<br />
consciência a respeito da relevância de<br />
realizar a prevenção.<br />
Conclusão<br />
Neste projeto as mulheres se mostraram<br />
motivadas principalmente pela hipótese<br />
de prevenção de um câncer, dessa forma,<br />
ressalta-se a conscientização acerca do potencial<br />
de cura do câncer de colo de útero,<br />
se for diagnosticado precocemente através<br />
deste exame, como ponto chave para um<br />
aumento na adesão em sua realização e<br />
assiduidade. Reitera-se aqui a importância<br />
dessas informações, quando utilizadas,<br />
como subsídio fundamental, não somente<br />
para gestores públicos, como também para<br />
a conscientização da população no enfrentamento<br />
do problema. Através destes resultados<br />
é possível avaliar a efetividade das<br />
ações realizadas regionalmente.<br />
A naturalização do cuidado íntimo da<br />
mulher também se apresenta como uma<br />
temática importante nesse contexto, visto<br />
que a vergonha ainda é um importante<br />
fator de impedimento para a realização do<br />
exame. Tangendo uma questão cultural,<br />
faz-se necessário por parte das autoridades<br />
em saúde, por meio de campanhas, o<br />
esclarecimento de que o cuidado íntimo se<br />
difere de qualquer forma de transgressão<br />
a moralidade, visando somente a preservação<br />
da vida e da saúde, e portanto com<br />
legitimidade inquestionável.<br />
O câncer, doença vista como o mal do<br />
século, ainda está muito longe de alcançar<br />
uma cura, visto suas variações, tipos<br />
e mecanismos de ação que seguem como<br />
uma grande incógnita para a ciência.<br />
Neste sentido ao pensar que um simples<br />
e efetivo método de prevenção pode salvar<br />
milhares de vidas, é papel tanto do<br />
governo quanto de profissionais da saúde<br />
auxiliarem como ferramentas importantes<br />
para o planejamento, gerenciamento e<br />
acompanhamento de situações de saúde,<br />
tomada de decisões e desenvolvimento de<br />
ações, com o propósito de gerar intervenções<br />
mais adequadas e oportunas frente<br />
às necessidades da população.<br />
Pontua-se aqui a sugestão aos estabelecimentos<br />
de realizar pesquisas de satisfação<br />
dentro das unidades de atendimento para<br />
constante adequação de acordo com as<br />
questões suscitadas pelas próprias usuárias,<br />
visto que podem haver questões relativas<br />
às condições diferenciais de atendimento.<br />
Dessa forma será possível a detecção de<br />
fatores locais específicos para as melhorias,<br />
visando aumentar o conforto e acolhimento,<br />
reduzindo os desconfortos relatados.<br />
Assim, uma vez mencionados os desconfortos<br />
referidos pelas usuárias que já<br />
realizaram o exame, de maneira geral,<br />
percebe-se a necessidade de capacitar e<br />
dar suporte aos profissionais e garantir<br />
o uso de equipamentos e técnicas adequadas<br />
para reduzir os incômodos físicos,<br />
como a dor, e minimizar o desconforto<br />
psicológico.<br />
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0 32<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
sigla
Autoras: Carolina Antunes Torres 1 , Jéssica da Silva Abel 2 , Karoline Pizzolo 3 ,<br />
Victória Linden Rezende 4 , Eduarda Shultze 5<br />
ARTIGO 03<br />
1- Graduanda em Biomedicina pela Universidade do Extremo Sul Catarinense UNESC<br />
2- Graduanda em Biomedicina pela Universidade do Extremo Sul Catarinense UNESC,<br />
aluna de Iniciação cientifica no Laboratório Fisiopatologia Experimental, UNESC<br />
3- Graduanda em Biomedicina pela Universidade do Extremo Sul Catarinense -UNESC<br />
4- Graduanda em Biomedicina pela Universidade do Extremo Sul Catarinense -UNESC,<br />
aluna de Iniciação cientifica no Laboratório Neurologia Experimental, UNESC<br />
5- Biomédica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Mestre e Doutora em Biotecnologia<br />
pela Universidade Federal de Pelotas, Atua como Docente na Universidade do<br />
Extremo Sul Catarinense no curso de Biomedicina -Universidade do Extremo Sul Catarinense,<br />
Criciúma-SC<br />
Artigo de revisão:<br />
Gestão de qualidade nos laboratórios de análises clínicas<br />
RESUMO<br />
Atualmente a qualidade em qualquer âmbito profissional e em seus<br />
serviços é um quesito que se destaca tanto positiva quanto negativamente<br />
em um mercado de trabalho concorrido, refletindo na aprovação<br />
e na satisfação dos clientes que estão sempre na busca de uma ótima<br />
qualidade. A qualidade se faz altamente necessária nestes ambientes de<br />
trabalho que se movimentam através da aprovação de uma clientela; por<br />
haver esta necessidade, é possível implantar uma gestão de qualidade<br />
para promover uma melhoria na organização da realização dos serviços e<br />
no próprio local de trabalho. A gestão da qualidade é uma forma de gerenciamento<br />
que vem se desenvolvendo para obter resultados positivos<br />
de qualidade através de técnicas e métodos que expõem os problemas<br />
e suas causas. Esse método tem como objetivo evitar a repetição progressiva<br />
de erros por meio de metas e mudanças na gestão do ambiente<br />
profissional. No âmbito laboratorial, a gestão de qualidade envolve todos<br />
os procedimentos realizados desde a preparação da coleta até os resultados<br />
obtidos através das análises laboratoriais, para serem interpretados<br />
pelo médico. Muitos erros ocorrem durante o percurso de todos estes<br />
processos, mas com o auxílio de uma gestão de qualidade laboratorial<br />
muitos destes erros podem ser eliminados e novas melhorias podem ser<br />
implantadas até mesmo pelos próprios colaboradores. Neste contexto,<br />
o presente estudo objetivou analisar como pode ser possível ocorrer a<br />
gestão de qualidade em laboratórios clínicos, destacando nos mesmos<br />
as principais causas e os principais erros comprometedores nas três fases<br />
analíticas laboratoriais, as fases: pré-analítica, analítica e pós-analítica,<br />
visando o treinamento e a gestão dos profissionais envolvidos nestas<br />
fases. Disponibilizando também, possíveis maneiras para a melhoria e<br />
reparo da qualidade nos serviços e processos essenciais para resultados<br />
precisos e confiáveis emitidos por um laboratório clinico, bem como formas<br />
de capacitação por meio de treinamento dos colaboradores e manutenção<br />
de equipamentos.<br />
Palavras-chave: Gestão; Pessoas; Treinamento; Laboratório clínico; Pré-analítica;<br />
Analítica; Pós-analítica.<br />
ABSTRACT<br />
Currently, the quality in any professional field and in their services<br />
is an item that stands out both positively and negatively in a<br />
competitive labor market, reflecting in the aprove and satisfaction<br />
of the client that are always in a search of a great quality. Quality<br />
becomes highly necessary in those work environments that move<br />
through the approval of a clientele; for having this need it's possible<br />
to implant a management of quality to promote an improve in the<br />
organization of the realization of the services and in the workplace<br />
itself. The management of quality is a way of management that has<br />
been developing to get positive results of quality through of technics<br />
and methods that expose problems and their causes, this method<br />
has as a goal avoid the progressive repetition of mistakes, by<br />
means of goals and changes in the management of the professional<br />
environment. At the laboratory scope the management of quality<br />
involves all of procedures performed since the preparation of the<br />
collect to the results obtained, through laboratory analyzes, to be<br />
interpreted by the doctor. Many mistakes occur during the course of<br />
all these process, but with the aid of a management of laboratory<br />
quality many of these mistakes can be eliminated and new improves<br />
can be implanted even by the employees themselves. In this<br />
context, the present study aimed to analyse how can be possible<br />
occur the management of quality in clinical laboratories, highlighting<br />
in them the main causes and the main mistakes in the three<br />
laboratory analytical phases, the phases: pre-analytical, analytical<br />
and post-analytical, aiming the training and the management of<br />
the professionals involved in these phases. Also providing ways for<br />
the possible improvement and repair of the quality in services and<br />
essential process for accurate and reliable results issued by a clinical<br />
laboratory, as well ways of employees training and equipment<br />
maintenance.<br />
Key words: Management; People; Training; Clinical laboratory; Pre-analytical; Analytical.<br />
Post-analytical.<br />
0 34<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
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Autoras: Carolina Antunes Torres 1 , Jéssica da Silva Abel 2 , Karoline Pizzolo 3 , Victória Linden Rezende 4 , Eduarda Shultze 5<br />
ARTIGO 03<br />
Introdução<br />
Gestão de qualidade condiz com o ato de gerir<br />
coisas e pessoas de forma qualitativa. Com os<br />
avanços da tecnologia, a melhoria da gestão<br />
de qualidade continua sendo importante para<br />
o sucesso de qualquer área de empreendimento.<br />
Entre suas definições, a qualidade pode ser<br />
entendida como um atributo essencial e diferencial<br />
de um produto ou como um serviço de<br />
satisfação e comprometimento (CROSBY, 1990).<br />
Nas empresas prestadoras de serviço, assim<br />
como nas indústrias, o crescimento e desenvolvimento<br />
dependem da satisfação dos requisitos<br />
de qualidade exigidos por seus clientes, sendo<br />
improvável que essas exigências sejam alcançadas<br />
por equipes sem um alto nível de qualidade<br />
pessoal interna (HESKETT et al., 1994;<br />
MOLLER, 1997). A gestão da qualidade é um<br />
processo contínuo de melhoramento que requer<br />
a adoção de mecanismos de observação<br />
direta para identificar as necessidades e as aspirações<br />
dos clientes/usuários. Através de bom<br />
senso, educação, treinamento e habilidade para<br />
se comunicar e trabalhar em equipe, é possível<br />
satisfazer ou até mesmo superar as expectativas<br />
dos clientes (MOTTA; CORREA; MOTTA; 2001).<br />
A inclusão da gestão de qualidade é seguida em<br />
todo o mundo, em um laboratório clínico a gestão<br />
de qualidade também é indispensável. Os laboratórios<br />
de diagnóstico clínico seguem a norma ISO<br />
15189, publicada em 2003 e revisada em 2008<br />
(ABNT, 2008). Segundo Plebani (2003), a busca<br />
pelo credenciamento é crucial para a melhoria<br />
dos serviços laboratoriais e para avançar em direção<br />
a um consenso internacional.<br />
e o intenso movimento pela qualidade e produtividade,<br />
surge uma eloquente constatação na<br />
maioria das organizações: o grande diferencial,<br />
a principal vantagem competitiva das empresas<br />
decorre das pessoas que nelas trabalham. São<br />
as pessoas que mantêm e conservam o status já<br />
existente e são elas, e apenas elas, que geram e<br />
fortalecem a inovação e o que deve vir a ser. São<br />
as pessoas que produzem, vendem, servem ao<br />
cliente, tomam decisões, lideram, motivam, comunicam,<br />
supervisionam, gerenciam e dirigem<br />
os negócios das empresas (MELO, et al. 2012).<br />
Assim como as pessoas, as situações de trabalho<br />
diferem de uma organização para outra,<br />
de um país para outro e por isso precisa-se<br />
estar atento às atuais tendências do mercado e<br />
especialmente às pessoas - clientes internos e<br />
externos - que a compõe (MELO, et al. 2012).<br />
Segundo Melo et al (2012), a Administração<br />
de Recursos Humanos (ARH) exerce várias funções<br />
que são essenciais para as organizações.<br />
Neste setor, geralmente, define-se critérios para<br />
avaliações de cargos e funções, elaboração de<br />
projetos, condução de funções e fornecimento<br />
de informações. Podendo estas, serem terceirizadas<br />
ou próprias, assim como, contarem com<br />
estruturas diferenciadas, podendo ou não, apresentar<br />
diferenças na gestão.<br />
O presente artigo visa estabelecer uma revisão<br />
de literatura a respeito da gestão de pessoas<br />
em laboratórios clínicos nas fases pré-analítica,<br />
analítica e pós-analítica, identificando os<br />
problemas que comprometem as análises e os<br />
resultados liberados.<br />
Discussão<br />
Há quem considere que o esforço para agregar<br />
qualidade ao processo produtivo gerou uma<br />
nova era no esforço pela qualidade. Criaram-se<br />
a partir daí, novas prioridades e novas posturas<br />
gerenciais. A ênfase, agora, parece ser a análise<br />
das causas e não mais a atenção exclusiva<br />
a efeitos. Nesse novo contexto, surge a Gestão<br />
da Qualidade no processo, definida como o<br />
direcionamento de todas as ações do processo<br />
produtivo para o pleno atendimento do cliente<br />
(PALADINI, 2012).<br />
Um roteiro prático para viabilizar a Gestão da<br />
Qualidade no processo envolve a implantação<br />
de atividades agrupadas em três etapas: a eliminação<br />
de perdas; a eliminação das causas das<br />
perdas e a otimização dos processos (PALADINI,<br />
1995).<br />
As figuras a seguir resumem as características<br />
de cada etapa:<br />
Figura 1-3: Características das fases de eliminação de perdas, eliminação das causas das<br />
perdas e otimização dos processos:<br />
O laboratório clínico necessita de um sistema<br />
operacional trifásico, o qual envolve as fases<br />
pré-analítica (etapa que tem obrigações com o<br />
paciente na preparação, identificação e transporte<br />
de amostras), fase analítica (etapa onde serão<br />
realizadas todas as analises laboratoriais) e pós-<br />
-analítica (refere-se à informação, interpretação,<br />
conferencia de dados e liberação de resultados).<br />
Com a globalização dos negócios, o desenvolvimento<br />
tecnológico, o forte impacto da mudança<br />
Metodologia<br />
Trata-se de revisão sistemática de literatura nacional<br />
e internacional de estudos que investigaram,<br />
de forma direta ou indireta a gestão de pessoas,<br />
preferencialmente em laboratórios clínicos.<br />
A busca realizada contou com bases de dados<br />
obtidos no site SciELO, Google Acadêmico e<br />
PubMed, e obteve-se também buscas no acervo<br />
de livros da biblioteca central da Universidade<br />
do Extremo Sul Catarinense – UNESC.<br />
Fonte: PALADINI, 2012<br />
0 36<br />
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ARTIGO 03<br />
Observa-se que a consistência desta última etapa<br />
envolve a noção de melhoria contínua, típica<br />
da Qualidade Total. Outro aspecto importante é o<br />
direcionamento do processo aos objetivos globais<br />
da organização. Em termos gerenciais, isso significa<br />
harmonizar metas operacionais, táticas e<br />
estratégicas (PALADINI, 2012).<br />
Não há como deixar de observar que os recursos<br />
humanos sempre desempenharam um<br />
papel relevante no esforço pela qualidade nas<br />
organizações. Trata-se de uma contribuição<br />
única: eles são os agentes de transformação, ou<br />
seja, aqueles que mudam efetivamente a história<br />
da organização em termos de qualidade<br />
(PALADINI, 2012).<br />
Essa atenção aos recursos humanos torna-se<br />
evidente pelo contínuo desenvolvimento de estratégias<br />
e ferramentas para garantir o efetivo envolvimento<br />
dos recursos humanos da organização<br />
no suporte da gestão da qualidade (TIGANI, 2012).<br />
Na área da saúde, a filosofia da qualidade não<br />
difere da aplicada nas indústrias. A adequação<br />
do produto ou serviço aos anseios do cliente é<br />
um fundamento de qualidade perfeitamente<br />
aplicável aos diversos serviços de assistência à<br />
saúde (MENDES, 1998).<br />
Em um Laboratório de Análises Clínicas, a garantia<br />
da qualidade é alcançada tendo-se total<br />
e absoluto controle sobre todas as etapas do<br />
processo, que compreende as fases pré-analíticas,<br />
analítica e pós-analítica. Estas fases servem<br />
para obtenção de um laudo laboratorial que<br />
ajudará no diagnóstico do paciente e iniciam<br />
fora do laboratório (DA Rin, 2009).<br />
Segundo Mendes et al (2007) para que um<br />
método laboratorial tenha utilidade clínica, este<br />
deve preencher alguns requisitos básicos que<br />
garantam a confiabilidade dos resultados obtidos<br />
em amostras de pacientes. Esses requisitos<br />
básicos estão relacionados ao desempenho do<br />
método e equipamento que envolve: exatidão,<br />
recuperação, robustez, precisão, medida de<br />
branco da reação, sensibilidade, limite de detecção,<br />
interferentes e valor de referência.<br />
O primeiro momento da realização de análise<br />
laboratorial compreende a fase pré-analítica,<br />
que determina o processo desde a chegada do<br />
paciente ao laboratório clínico, passando pela<br />
recepção, coleta e transporte até a chegada à<br />
fase analítica.<br />
Conforme Plebani (2006), é considerável a<br />
quantidade de erros encontrados nessa primeira<br />
fase de um laboratório clínico onde em sua<br />
maioria os processos são realizados de forma<br />
manual e por esse motivo pode-se observar de<br />
46% á 68,2% de erros na fase inicial.<br />
Pode-se observar na figura abaixo, as etapas<br />
que compreendem a fase pré-analítica de um<br />
laboratório e seus possíveis erros.<br />
Figura 04. Possíveis erros na fase pré-analítica:<br />
Fonte: PALADINI, 2012<br />
Com base na figura 04 conclui-se que são altas<br />
as chances de ocorrência de problemas na<br />
fase pré-analítica, e por isso, o laboratório deve<br />
investir em programas de gestão de qualidade e<br />
pessoas para que os erros sejam minimizados e<br />
os processos sejam concluídos com êxito.<br />
Problemas pré-analíticos que podem causar<br />
resultados críticos falsos devem ser de conhecimento<br />
geral. Alguns deles incluem contaminação<br />
da amostra, condições de transporte<br />
inadequadas, tempo incorreto de coleta de<br />
amostra (por exemplo, para testes toxicológicos)<br />
e atraso no processamento da amostra<br />
(MAYA, 2011).<br />
A Figura 05 mostra resumidamente diversos<br />
trabalhos que avaliaram o percentual de erros<br />
na etapa inicial de laboratórios clínicos. Podemos<br />
observar que a etapa laboratorial com<br />
maior concentração de erros foi a fase pré-analítica<br />
(COSTA,2018).<br />
Figura 05: Porcentagem de erros obtidos na fase pré-analítica em diversos estudos:<br />
Fonte: COSTA, 2018<br />
Segundo Marras (2010), o foco na gestão estratégica<br />
de pessoas está mais direcionado para<br />
os negócios e para a estratégia e menos direcionado<br />
para as funções tradicionais dos recursos<br />
humanos, como seleção, treinamento, avaliação<br />
e compensação. Dessa forma, existe uma preocupação<br />
maior em diagnosticar as necessidades<br />
da organização e desenvolver os talentos exigidos<br />
para a implementação da estratégia competitiva<br />
e o alcance das metas da instituição.<br />
Miles e Snow (1978) elaboraram três estratégias<br />
de gestão de pessoas, cada uma delas adequada<br />
a uma proposta específica de seu modelo<br />
de estratégias organizacionais.<br />
A primeira estratégia consiste em "desenvolver<br />
pessoas", que instiga a busca pela preparação<br />
e formação internamente na organização.<br />
Portanto, é necessário construir habilidades,<br />
com extensos programas de treinamento. Dessa<br />
forma, as atividades de recrutamento e seleção<br />
são mínimas, a avaliação de desempenho serve<br />
de base para a identificação de necessidades<br />
de treinamento e o sistema de recompensas é<br />
fundamentado na estrutura hierárquica da organização<br />
(MARRAS, 2010).<br />
Conforme a proposta de Miles e Snow (1978),<br />
a segunda estratégia visa "adquirir pessoas",<br />
implicando na identificação e aquisição de habilidades.<br />
Baseado nisso, o sistema de recrutamento<br />
e seleção é sofisticado e englobam todos<br />
os níveis da empresa, o treinamento é mínimo,<br />
a avaliação do desempenho serve de base para<br />
a identificação de necessidades de pessoal e o<br />
sistema de recompensas é fundamentado no<br />
desempenho.<br />
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ARTIGO 03<br />
A terceira e última estratégia é a de "alocar pessoas",<br />
seja por meio da construção ou da aquisição<br />
de recursos humanos, rearranjando-se como<br />
uma mistura das duas estratégias anteriores. A<br />
avaliação de desempenho serve de base tanto<br />
para a identificação das necessidades de treinamento<br />
quanto para as de pessoal, e o sistema de<br />
recompensas se fundamenta tanto na hierarquia<br />
quanto no desempenho (MARRAS, 2010).<br />
Através dessas estratégias nota-se a presença<br />
do treinamento, fator imprescindível na composição<br />
de uma equipe laboratorial. A qualificação<br />
dos colaboradores por meio de processos de<br />
treinamento e aperfeiçoamento é a base para<br />
as organizações crescerem, permitindo-a que<br />
tenha novos olhares sobre a sua atuação e seu<br />
papel na organização.<br />
Treinamento é definido por Biles e Schuler<br />
(1986) como um processo sistemático de mudar<br />
o comportamento dos empregados na direção<br />
do alcance dos objetivos organizacionais.<br />
O treinamento está relacionado com as atuais<br />
habilidades e capacidades exigidas pelo cargo.<br />
Além disso, também tem sido entendido como<br />
o processo pelo qual a pessoa é preparada para<br />
desempenhar de maneira excelente as tarefas<br />
específicas do cargo que deve ocupar. Modernamente,<br />
o treinamento é considerado um meio<br />
de desenvolver competências nas pessoas para<br />
que elas se tronem mais produtivas, criativas e<br />
inovadoras, a fim de contribuir melhor para os<br />
objetivos organizacionais.<br />
Conforme a RDC 302, na definição 5.2.2, está<br />
explícito que o laboratório clínico e o posto de<br />
coleta laboratorial devem promover treinamento<br />
e educação permanente aos seus funcionários<br />
mantendo disponíveis os registros dos mesmos.<br />
Fundamentando-se nessas afirmações é possível<br />
acrescentar que pessoas bem treinadas e<br />
cientes de seus compromissos para com a unidade<br />
laboratorial, contribuem para a diminuição<br />
dos erros pré-analíticos.<br />
Além disso, a RDC 302 também prevê que<br />
o laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial<br />
devem manter disponíveis registros de<br />
formação e qualificação de seus profissionais<br />
compatíveis com as funções desempenhadas.<br />
Portanto, é de suma importância que o profissional<br />
esteja habilitado à realização de sua tarefa,<br />
pois assim, erros como troca de tubos de<br />
amostra na hora da coleta, erros de identificação<br />
e armazenamento serão minimizados.<br />
A fase analítica procede a pré-analítica, e consiste<br />
na execução do teste laboratorial, a qual<br />
pode ser monitorada pelo controle interno da<br />
qualidade (CIQ) e pelos ensaios de proficiência<br />
ou avaliação externa da qualidade (AEQ). Após<br />
o material coletado e devidamente preparado<br />
os laboratórios iniciam o processo de análise<br />
do material. À fase analítica compete a garantia<br />
de resultados precisos e exatos e confiáveis.<br />
Deve haver cuidado com materiais e reagentes<br />
a serem usados durante o processo. Além disso,<br />
a calibração de aparelhos e adesão correta aos<br />
procedimentos operacionais padrão são fundamentais<br />
para um resultado de qualidade.<br />
Assim como a fase pré-analítica, a analítica<br />
requer uma gestão de controle e qualidade ainda<br />
mais cautelosa, e é regida pelo CIQ e AEQ,<br />
que são ferramentas utilizadas na prática laboratorial<br />
para assegurar seus serviços ou, mais<br />
especificamente, o processo de realização dos<br />
testes (Berlitz; Haussen, 2005 e SCIACOVELLI, et<br />
al 2007). Controles internos que se assemelham<br />
às amostras biológicas são preparados e utilizados<br />
em conjunto com estas, com a finalidade<br />
principal de monitorar a estabilidade e a reprodutibilidade<br />
do sistema analítico durante todas<br />
as etapas de sua execução.<br />
No contexto de fase analítica, seguindo a<br />
mesma linha de estratégias organizacionais,<br />
Bird e Beechler (1995) desenvolveram três tipos<br />
de estratégias de gestão de pessoas: a acumuladora,<br />
a utilizadora e a facilitadora.<br />
A estratégia acumuladora enfatiza a acumulação<br />
dos recursos humanos da empresa,<br />
por meio da aquisição de pessoas com amplo<br />
potencial e do desenvolvimento desse potencial<br />
ao longo do tempo, de acordo com as<br />
necessidades da empresa. É caracterizada por<br />
programas de treinamento extensivos, a política<br />
de compensação é baseada na antiguidade e a<br />
política de emprego prima pela segurança (PA-<br />
LADINI, 2012).<br />
A estratégia utilizadora prima pela exploração<br />
dos recursos humanos de acordo com as necessidades<br />
de curto prazo da organização, por<br />
meio da contratação e demissão de pessoal,<br />
fundamentadas nas habilidades e exigências<br />
específicas das tarefas. Desse modo, o sistema<br />
de seleção é altamente dinâmico, o treinamento<br />
é limitado e as políticas de avaliação e recompensas<br />
são baseadas em resultados (PALADINI,<br />
2012).<br />
Já a estratégia facilitadora visa desenvolver os<br />
recursos humanos, contratando pessoas motivadas<br />
e oferecendo apoio e estímulo para que<br />
desenvolvam suas habilidades e seus conhecimentos.<br />
Predomina a formação de equipes flexíveis<br />
com o incentivo ao autodesenvolvimento<br />
(MARRAS, 2010).<br />
A análise de não conformidades é muito<br />
importante na rotina do laboratório clínico. Os<br />
funcionários do laboratório realizam tarefas rotineiras<br />
e repetitivas, ao surgir uma ocorrência<br />
não prevista, deve-se detecta-la, trata-la adequadamente<br />
e elimina-la (MOTTA; CORREA;<br />
MOTTA; 2001).<br />
Conforme a estratégia de Bird e Beechler<br />
(1995), é necessário que as pessoas tenham<br />
um potencial desenvolvido, ou seja, é necessário<br />
que elas tenham capacidade de detectar<br />
problemas durante um processo laboratorial, e<br />
desenvolver maneiras para contornar a situação.<br />
Nesse momento, o treinamento mostra-se<br />
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ARTIGO 03<br />
como um aliado, pois este confere um aperfeiçoamento<br />
à pessoa integradora do laboratório, e<br />
lhe fornece autonomia para resolver os possíveis<br />
problemas que podem surgir.<br />
A criação de um procedimento específico para<br />
seleção e qualificação de um sistema analítico a<br />
ser implantado no laboratório clínico auxilia na<br />
padronização desta atividade, bem como estabelece<br />
os critérios e diretrizes para a escolha de<br />
um método adequado que garanta a eficiência<br />
do processo e a racionalização dos custos (OLI-<br />
VEIRA; MENDES, 2010-2012).<br />
A Figura 06 descreve os principais itens a serem<br />
considerados na elaboração deste procedimento.<br />
Figura 06. Itens a serem avaliados na seleção e qualificação do processo analítico:<br />
quantidades medidas e falta do controle interno<br />
e externo de qualidade, contribuem para<br />
potenciais erros em uma gestão laboratorial da<br />
fase analítica. Bird e Beechler (1995), enfatizam<br />
a necessidade de demissão e contratação de<br />
pessoal com base nas suas habilidades e nos<br />
requisitos a curto prazo que o sistema do laboratório<br />
exige.<br />
É de responsabilidade do laboratório clinico estabelecer<br />
a política e os procedimentos para um<br />
bom controle de não conformidades, também<br />
é necessário designar pessoal responsável para<br />
a implantação de ações corretivas quando for<br />
detectado o não comprimento de um requisito<br />
estabelecido (MOTTA; CORREA; MOTTA; 2001).<br />
Após as fases pré-analítica e analítica, segue-<br />
-se a pós-analítica, que segundo a RDC 302, inicia-se<br />
após a obtenção de resultados válidos das<br />
análises e finda com a emissão do laudo, para a<br />
interpretação pelo solicitante.<br />
quatro conjuntos de valores que competem entre<br />
si e norteiam os quatro tipos de estratégias gerais<br />
da gestão de pessoas.<br />
O primeiro tipo é o de relações humanas, que<br />
apresenta estrutura flexível e enfoque interno.<br />
Os aspectos valorizados nesse quesito são a<br />
moral, a valorização das pessoas, o comprometimento,<br />
a participação, o envolvimento, o<br />
empoderamento, a identidade, o trabalho em<br />
equipe e o bom relacionamento interpessoal.<br />
Em contraponto, a estratégia de processo interno<br />
adota a estrutura de controle no ambiente<br />
interno. Suas características são a padronização<br />
de procedimentos, o foco em processos e regulamentos,<br />
a hierarquia rígida, a estabilidade, a<br />
previsibilidade, a eficiência e o controle próximo<br />
e permanente.<br />
Figura 07. Modelo de valores competitivos para a gestão de pessoas<br />
Fonte: (OLIVEIRA; MENDES, 2010-2012)<br />
A inovação na área diagnóstica é frequente. Fatores<br />
como a competitividade e a atualização tecnológica<br />
levam os serviços de medicina laboratorial a<br />
buscarem permanentemente novos métodos e/ou<br />
equipamentos com tecnologia de ponta para manterem<br />
sua posição no mercado ou assegurarem<br />
uma vantagem competitiva em relação à concorrência<br />
(OLIVEIRA; MENDES, 2010-2012).<br />
Um fato fica bastante claro: não se deve introduzir<br />
um novo sistema analítico no laboratório<br />
sem que haja, previamente à sua colocação na<br />
rotina diagnóstica, um estudo completo envolvendo<br />
as etapas de seleção e avaliação (OLIVEI-<br />
RA.; MENDES, 2010-2012).<br />
O desempenho técnico incorreto dos testes<br />
laboratoriais, cálculos incorretos dos valores das<br />
Erros frequentemente associados a essa etapa<br />
correspondem às falhas na liberação dos resultados,<br />
por erros de transcrição ou digitação ou<br />
pelo não cumprimento do prazo de entrega. O<br />
desenvolvimento da tecnologia de informação<br />
(TI) aplicada ao setor laboratorial tem contribuído<br />
para a diminuição dos erros de transcrições<br />
de resultados, principalmente após o advento<br />
dos sistemas de interfaceamento, os quais<br />
possibilitam a transmissão das informações<br />
diretamente do equipamento automatizado de<br />
análise para o sistema de informação laboratorial<br />
(SIL) (HILT et al. 2003 e PLEBANI, 2007).<br />
Para que os problemas nessa fase sejam minimizados,<br />
é importante utilizar estratégias para<br />
uma melhor gestão. Outra classificação de estratégias<br />
de gestão de pessoas é a explorada por Panayotopoulou,<br />
Bourantas e Papalexandris (2003)<br />
e se fundamenta no Modelo de Valores Competitivos<br />
desenvolvidos por Quinn e Rohrbaugh. Esse<br />
modelo já é bastante utilizado na investigação de<br />
diversos aspectos organizacionais, como liderança<br />
e cultura. Conforme ilustra a figura 06, ele parte<br />
de duas dimensões: a estrutura organizacional,<br />
que vai do interno ao externo, dando origem a<br />
Fonte: (PANAYOTOPOULOU; BOURANTAS; PAPALEXANDRIS, 2003, p. 684)<br />
A terceira estratégia é denominada sistema<br />
aberto, com estrutura flexível e enfoque externo.<br />
Ela expõe a criatividade, a iniciativa, a<br />
melhoria contínua, o empreendedorismo, a<br />
inovação, a visão de futuro, a capacidade de se<br />
adaptar às mudanças e a disposição em assumir<br />
riscos (PANAYOTOPOULOU; BOURANTAS; PAPA-<br />
LEXANDRIS, 2003).<br />
Por fim, a estratégia metarracional apresenta<br />
estrutura de controle com enfoque<br />
externo. Nela são enfatizados aspectos como<br />
planejamento, o alinhamento estratégico, o<br />
estabelecimento de objetos e metas, a produtividade,<br />
a geração de resultados, a rentabilidade,<br />
a eficiência e a competitividade<br />
(MARRAS, 2012).<br />
0 42<br />
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ARTIGO 03<br />
A fase pós- analítica é uma das mais importantes,<br />
pois libera o laudo ao paciente, portanto,<br />
ele precisa estar nas conformidades estabelecidas<br />
pela RDC 302. Para isso, O laboratório<br />
deve estabelecer e manter um sistema próprio<br />
de melhoria de qualidade adequando ao tipo,<br />
abrangência e volume das atividades realizadas.<br />
Consiste em processos para descrever os problemas,<br />
fazer o diagnóstico e fazer correções para<br />
evitar os erros (MOTTA; CORREA; MOTTA; 2001).<br />
Através de ferramentas de qualidade é possível<br />
controlar o sistema de gestão para o planejamento<br />
estratégico, gerenciamento da rotina, solução de<br />
problemas, além do relacionamento com o cliente,<br />
tornando possível a visualização sistêmica, integrada<br />
e rápida de toda extensão da organização.<br />
Para Vieira (2003), Brainstrorming é uma das<br />
ferramentas que se presta à atividade participativa,<br />
onde todos terão a oportunidade de<br />
emitir a opinião em um ambiente de trabalho.<br />
Eliminar críticas, apresentar ideias sem rodeio e<br />
melhorar ideias já existentes são exemplos de<br />
regras básicas para o sucesso do brainstorming.<br />
O mesmo se dá quando o líder da reunião sugere<br />
uma questão-problema.<br />
Além disso, tem-se o plano de ação, como o<br />
próprio nome diz, é um meio para que ocorra<br />
o planejamento de ações que serão executadas<br />
para a solução de possíveis problemas. É chamado<br />
de 5W1H OU 5W2H, como conhecido<br />
mundialmente, devido as iniciais das questions<br />
words: what, who, when, where, why, how,<br />
how much (VIEIRA, 2003).<br />
O Diagrama de Causa e Efeito é um resumo das<br />
possíveis causas do problema, bem como, um<br />
guia para identificar a causa do problema e para<br />
determinar ações que deverão ser adotadas. É empregado<br />
para identificar, explorar e ressaltar todas<br />
as possíveis causas de um determinado efeito, contribuindo<br />
para a melhoria da gestão de qualidade.<br />
Outra questão importante da fase pós-analítica<br />
é a impressão do trabalho laboratorial<br />
passada ao cliente. Segundo Carpinetti; Miguel;<br />
Gerolamo (2011), a avaliação da satisfação do<br />
cliente tem dois objetivos, primeiro tem como<br />
propósito verificar se a organização esta sendo<br />
bem-sucedida em sua missão básica de promover<br />
serviços que estejam satisfazendo seus<br />
clientes. Segundo, serve para avaliar a eficácia<br />
do sistema de gestão de qualidade para atendimento<br />
dos requisitos dos clientes.<br />
A satisfação do cliente depende de atributos internos<br />
do laboratório e também de atributos relacionados<br />
ao processo de atendimento, como prazo,<br />
pontualidade, flexibilidade, confiabilidade e custo<br />
(CARPINETTI; MIGUEL; GEROLAMO, 2011).<br />
Portanto, é possível observar que através das<br />
ferramentas de gestão e estratégias de gestão<br />
de pessoas, obtêm-se resultados precisos, exatos<br />
e qualificados para serem disponibilizados<br />
aos clientes. Se o laboratório clínico estiver<br />
dentro das conformidades pode ser munido de<br />
acreditação e certificação.<br />
A certificação atesta que determinados produtos,<br />
processos ou serviços são realizados ou<br />
cumpridos de acordo com requisitos especificados,<br />
como é o caso das normas da International<br />
Organization for Standardization (ISO). Já na<br />
acreditação, os procedimentos são avaliados<br />
com o intuito de verificar sua adequação aos<br />
serviços que estão sendo oferecidos, além do<br />
cumprimento dos requisitos exigidos em uma<br />
certificação (VIEIRA, et al 2011).<br />
Conclusão<br />
A prevalência dos erros laboratórios é evidentemente<br />
alta em empresas que não possuem<br />
uma gestão de qualidade. Todos os estudos<br />
apontam que os laboratórios clínicos necessitam<br />
de uma boa gestão de qualidade para excluir e/<br />
ou minimizar os erros cometidos, que podem<br />
comprometer a imagem da empresa, bem como<br />
a satisfação de seus clientes. Uma empresa com<br />
qualidade é lembrada de forma positiva.<br />
Portanto, é essencial que as empresas se preocupem<br />
com seus funcionários, e com toda a infraestrutura<br />
que ela oferece ao trabalhador para que<br />
ele possa desenvolver bem suas funções, para<br />
assim conseguir a excelência em seus serviços.<br />
Referências<br />
CARVALHO, Marly Monteiro de; PALADINI, Edson P. Gestão<br />
da qualidade: teoria e casos. Elsevier, 2006. 355 p.<br />
MENDES, M. E. Avaliação da implantação de um sistema<br />
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2005.<br />
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Clin Chem Lab Med, v. 45, n. 6, p. 756-65, 2007<br />
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de outubro de 2005. ANVISA.<br />
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Business Studies, v.26, n.1, p. 23-46, 1995.<br />
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700-7, 2007.<br />
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Management, v.14, n.4, p. 680-699, jun. 2003.<br />
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ISO 9001:2008: princípios e requisitos. Atlas, 2011. 111 p.<br />
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2001. 244p.<br />
LAPOLLI, Édis Mafra (Org.). Gestão de pessoas em organizações<br />
empreendedoras. 1.ed.: Pandion, 2010. 188 p.<br />
MELO, F. A. O et al. 2012 ; A influência da gestão de pessoas<br />
no desempenho empresarial através do líder. Simpósio de<br />
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0 44<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
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GESTÃO LABORATORIAL<br />
Ranking Nacional da Competência Gerencial<br />
para Laboratórios<br />
Gerenciar um laboratório é controlar seus<br />
processos e, só pode ser gerenciado aquilo<br />
que é medido e comparado! Quem não sabe<br />
calcular a sua competitividade e avaliar o<br />
seu risco de insolvência se comparando com<br />
seus concorrentes, por exemplo, como no<br />
RANKING NACIONAL DA COMPETÊNCIA<br />
GERENCIAL, não sabe se localizar no “Mapa<br />
da concorrência mundial”. E quem não sabe<br />
onde anda, está PERDIDO! Simples assim. A<br />
importância deste ranking fica, então, evidente.<br />
É uma ferramenta fundamental para o auxílio às<br />
decisões dos gestores laboratoriais, sendo única<br />
no Brasil, com este formato e alcance. Com a<br />
posição do laboratório marcada no RANKING<br />
NACIONAL DA COMPETÊNCIA GERENCIAL,<br />
os gestores podem identificar os<br />
problemas existentes, ou seja, elaborar<br />
um diagnóstico, analisar as causas e<br />
propor soluções (ações corretivas e<br />
preventivas). Isto de fato, é controlar os<br />
processos econômicos do laboratório.<br />
Como participar do RANKING NACIONAL<br />
DA COMPETÊNCIA GERENCIAL? A Unidos<br />
Consultoria e Treinamento disponibiliza<br />
um produto (ferramenta de TI implantada<br />
via web) focado na gerência de processos<br />
econômicos dos laboratórios clínicos.<br />
Trata-se do Sistema de Benchmarking<br />
– Apoio à Decisão, que contempla o<br />
RANKING NACIONAL DA COMPETÊNCIA<br />
GERENCIAL. Todo o laboratório que implantar<br />
o Sistema de Benchmarking – Apoio à<br />
Decisão, automaticamente irá participar do<br />
Ranking Nacional da Competência Gerencial,<br />
desfrutando desta magnifica ferramenta<br />
de gestão econômica, inédita no Brasil e no<br />
mundo. Atualmente os laboratórios estão<br />
enfrentando uma redução significativa da<br />
competitividade empresarial acompanhada<br />
pelo aumento no risco de insolvência dos<br />
laboratórios. As duas causas fundamentais<br />
disto são o excesso de capacidade produtiva<br />
instalada frente à demanda de exames<br />
e a socialização da medicina, dentre um<br />
conjunto de outras causas, que levaram, de<br />
uma forma geral, a uma queda brutal na<br />
precificação dos exames. Agrega-se agora<br />
a pandemia em função da COVID – 19. A<br />
luta é literalmente pela sobrevivência física<br />
e evitando a falência jurídica, contudo, creio<br />
que os efeitos serão devastadores. Estes<br />
eventos denotam indubitavelmente, mais<br />
do que nunca será imprescindível que os<br />
pequenos e médios laboratórios adotem<br />
um sistema de gestão profissional.<br />
Não há mais espaço para amadorismo nos<br />
negócios na área das análises clínicas. O futuro<br />
destas organizações dependerá disto: gestão<br />
científica baseada em dados, fatos<br />
e algoritmos matemáticos no apoio<br />
às decisões. Neste contexto, o Sistema<br />
de Benchmarking – Apoio à Decisão,<br />
que contempla o RANKING NACIONAL DA<br />
COMPETÊNCIA GERENCIAL, torna-se uma<br />
ferramenta decisiva para alavancar os lucros,<br />
a produtividade dos laboratórios, buscando<br />
assegurar um futuro perene, pois é dotada<br />
de uma concepção complexa em termos de<br />
desenvolvimento, contudo, extremamente<br />
amigável para os usuários, pois evidencia<br />
claramente e de forma automática os<br />
problemas da organização, viabiliza a análise<br />
das causas, conduzindo naturalmente às<br />
ações corretivas e preventivas (soluções dos<br />
problemas). Trata-se de um programa ímpar<br />
no mercado das análises clínicas que requer<br />
poucos dados de entrada, implantado<br />
à distância e que fornece um conjunto de<br />
importantes informações para o auxilia às<br />
decisões dos gestores laboratoriais. Veja a<br />
seguir.<br />
Sistema de Benchmarking - Apoio à Decisão<br />
A utilização de um Sistema de Apoio à<br />
Decisão (SAD) decorre, fundamentalmente,<br />
da competição cada vez maior entre as<br />
organizações, bem como da necessidade de<br />
obter de forma rápida, informações cruciais para<br />
a tomada de decisões. Um SAD é responsável<br />
por captar e elaborar informações contidas<br />
em uma base de dados, transformandoos<br />
em vantagem competitiva, pela tomada<br />
de decisões de forma inteligente. Com esta<br />
finalidade, desenvolvemos o SISTEMA DE<br />
BENCHMARKING – APOIO À DECISÃO,<br />
fundamentado em sólido banco de dados e um<br />
modelo analítico, contemplando de forma ampla<br />
a realidade dos laboratórios clínicos. O sistema<br />
gera informações vitais para o sucesso destas<br />
empresas, mediante inúmeras alternativas<br />
quantificadas de alocação dos recursos físicos,<br />
financeiros e humanos, para a obtenção dos<br />
melhores resultados organizacionais. Tratase<br />
de SUPORTE CIENTÍFICO ÀS DECISÕES dos<br />
gestores laboratoriais.<br />
Objetivo: disponibilizar uma ferramenta<br />
para a tomada prática e rápida de decisões<br />
0 46<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
com fundamento matemático, mediante um<br />
conjunto de produtos integrantes do método<br />
de gestão, agilizando a implantação das ações<br />
corretivas e preventivas visando aumentar os<br />
lucros, a competitividade e reduzir o risco de<br />
insolvência dos laboratórios.<br />
Produtos:<br />
• Diagnóstico de problemas através da<br />
mensuração da competitividade e do risco<br />
de insolvência dos laboratórios clínicos. Isto<br />
somente é possível por meio de um PROCESSO<br />
EXCLUSIVO DE BENCHMARKING COMPETITIVO E<br />
DE COLABORAÇÃO com âmbito nacional.<br />
• Análise das causas prováveis dos<br />
problemas identificados, também via processo<br />
de benchmarking competitivo e de colaboração<br />
com âmbito nacional, que estabelece valores<br />
referenciais (metas) de laboratórios<br />
do Brasil, para todos os indicadores de<br />
desempenho (ID’s).<br />
• Informações para soluções dos<br />
problemas, geradas por meio de dezenas de<br />
análises qualitativas e quantitativas.<br />
Generalidades: a base do sucesso do SISTEMA<br />
DE BENCHMARKING – APOIO À DECISÃO (SB –<br />
AD) é o seu banco de dados. Sem sombra de<br />
dúvidas, aqui a utilização do conceito de “Big<br />
data” é pertinente. Aproximadamente uma<br />
centena de laboratórios geram milhões de<br />
dados, envolvendo dezenas de indicadores de<br />
desempenho ao longo do tempo. Por sua vez,<br />
os indicadores são compostos de variáveis, que<br />
muitas vezes são constituídas de inúmeros<br />
componentes e assim sucessivamente numa<br />
progressão quase geométrica. Os produtos do<br />
sistema transformam este turbilhão de dados<br />
em informações rápidas e úteis para a tomada<br />
de decisão dos gestores laboratoriais.<br />
Conceitos e objetivos: Benchmarking<br />
é um método de aprendizado que significa<br />
comparar-se e aprender com os melhores,<br />
adaptando as práticas e os resultados à realidade<br />
da organização, com melhorias significativas.<br />
De acordo com o Modelo de Excelência da<br />
Gestão (MEG)®, da FNQ, o benchmarking é<br />
uma importante ferramenta para a tomada<br />
de decisão das organizações, tema abordado<br />
no Fundamento Pensamento Sistêmico. Essa<br />
prática pode ajudar as organizações a definirem<br />
referenciais comparativos pertinentes, utilizandoos<br />
para avaliar sua competitividade em relação a<br />
outras organizações de referência, em indicadores<br />
importantes para o sucesso do negócio. Por<br />
que fazer benchmarking? A) Estimular a<br />
implantação de novas práticas e padrões a partir<br />
das melhores práticas; B) Estabelecer metas a<br />
partir dos melhores desempenhos; C) Apoiar o<br />
processo decisório, tornando-o mais robusto e<br />
sistêmico; D) Quebrar os paradigmas existentes,<br />
facilitando o processo de mudança.<br />
O produto Sistema de Benchmarking<br />
– Apoio à Decisão é regido por quatro<br />
princípios: Reciprocidade; Analogia; Medição<br />
e Validade. Este método torna o produto<br />
justo, com comparações efetivas, confiáveis<br />
e pertinentes, portanto, válidas. Trata-se de<br />
um benchmarking competitivo, entretanto, de<br />
cooperação. Este é o seu grande diferencial,<br />
além do ineditismo dos seus indicadores de<br />
desempenho (ID’s). O produto abrange<br />
dezenas de ID’s contemplando: custos<br />
fixos (17); variáveis (8); ticket médio; grau de<br />
alavancagem operacional; produtividade dos<br />
colaboradores; produtividade dos custos fixos;<br />
produtividade dos custos variáveis; ponto de<br />
equilíbrio; custo percentual da força de trabalho;<br />
eficiência do modo de produzir; custo por exame;<br />
lucro por exame; margem de lucro por exame;<br />
margem de contribuição em reais e percentual;<br />
razão operacional, margem de segurança e<br />
matriz das perspectivas empresariais, dentre<br />
outros. Um grande diferencial do produto é o<br />
Relatório de Gestão que o cliente recebe a<br />
primeira vez com uma análise dos ID’s, de forma<br />
sintética, detalhada, mensurada, comparada<br />
e criticada! Com base nesta demonstração,<br />
os gestores laboratoriais não têm nenhuma<br />
dificuldade em elaborar novos relatórios, a não<br />
ser tomar as ações corretivas e preventivas<br />
identificadas. Finalmente, todos os indicadores<br />
de desempenho são apresentados em valores<br />
absolutos e gráficos, sendo os desvios (deltas<br />
absolutos e %) calculados considerando as<br />
estatísticas do banco de dados. Consideramos<br />
este produto como sendo um sistema de<br />
gestão profissional, sintetizado na<br />
sua essência, não sendo mais possível<br />
produzir tanta informação importante,<br />
de forma fácil e rapidamente acessível<br />
GESTÃO LABORATORIAL<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020<br />
0 47
GESTÃO LABORATORIAL<br />
aos gestores laboratoriais, com tão<br />
poucos dados de entrada. Nunca o<br />
apoio às decisões foi tão simples,<br />
completo, científico e acessível:<br />
identificação de problemas (diagnóstico)<br />
e análise de causas, proporcionando<br />
a visualização das ações corretivas e<br />
preventivas. Finalmente, este sistema<br />
contempla algo único em termos de gestão<br />
econômica para laboratórios, inédito mesmo<br />
mundialmente: o RANKING NACIONAL DA<br />
COMPETÊNCIA GERENCIAL! Em síntese:<br />
O RANKING NACIONAL DA COMPETÊNCIA<br />
GERENCIAL (RNCG) é um produto exclusivo do<br />
Sistema de Benchmarking – Apoio à Decisão<br />
(SB – AD), ferramenta de TI integrante do<br />
PROGELAB. Este ranking de laboratórios<br />
brasileiros classifica os cem (100) primeiros<br />
colocados em um certame onde está em<br />
jogo a eficiência da gestão econômica<br />
de cada participante.<br />
A competência dos gestores e ou<br />
sócios proprietários é avaliada pela<br />
qualidade dos resultados dos processos<br />
econômicos da administração. Esta<br />
é mensurada através de um conjunto<br />
de Indicadores de Desempenho (ID’s)<br />
da eficiência gerencial. São eles: 1) IEG<br />
= Índice de eficiência gerencial.<br />
É formado por outros três indicadores,<br />
entretanto, não é uma soma aritmética, pois<br />
os valores que constituem as bases 100 são<br />
diferentes entre si. Portanto, nunca estes<br />
índices devem ser somados. Aqui existe<br />
uma “soma de conceitos”. Estes indicadores<br />
são: 2) IEGCF = Índice de eficiência<br />
gerencial dos custos fixos. 3) IEGCV<br />
= Índice de eficiência gerencial dos<br />
custos variáveis. 4) IEGD = Índice de<br />
eficiência gerencial diversos.<br />
ATENÇÃO: nenhum laboratório conhece a<br />
posição dos outros participantes do certame.<br />
A classificação individual no Ranking<br />
Nacional da Competência Gerencial (RNCG) é<br />
absolutamente confidencial e particular. Não<br />
é de conhecimento público!<br />
Serve exclusivamente para o<br />
importante propósito (objetivo)<br />
de orientar e motivar os gestores<br />
laboratoriais para buscar a constante<br />
melhoria contínua dos processos<br />
econômicos, visando aumentar os<br />
lucros, a competitividade e reduzir o risco<br />
de insolvência, observando assegurar<br />
desta forma, um futuro perene para os<br />
laboratórios. Boa competição a todos e que<br />
sejam vitoriosos!<br />
Você gestor laboratorial, deve aproveitar<br />
esta oportunidade única de se comparar<br />
com os seus concorrentes, participar do<br />
aprendizado coletivo oriundo do processo<br />
de benchmarking competitivo, contudo, de<br />
cooperação. O RANKING NACIONAL DA<br />
COMPETÊNCIA GERENCIAL, proporciona<br />
o aprendizado coletivo, onde o saber,<br />
o conhecimento de todos, permeia de<br />
forma sinérgica no grupo de participantes,<br />
beneficiando de forma anônima cada<br />
laboratório, sem prejudicar nenhum,<br />
socializando a gestão econômica científica<br />
para os que dela mais necessitam. E, o<br />
fantástico desta solução inteligente e justa,<br />
é que os aspectos inerentes ao sistema do<br />
livre mercado, ou seja, da concorrência,<br />
continuam existindo, porém, os concorrentes<br />
deixam de ser “inimigos” e passam a ser<br />
parte da solução! Convidamos a todos os<br />
gestores laboratoriais a participarem deste<br />
certame, uma disputa onde TODOS GANHAM,<br />
ainda que fique classificado em último lugar<br />
do ranking, pois o sistema de tecnologia da<br />
informação, por nós desenvolvido, viabiliza a<br />
melhoria contínua dos processos econômicos<br />
dos laboratórios, por consequência, dos<br />
LUCROS e da COMPETITIVIDADE, reduzindo<br />
os RISCOS. Asseguramos que quem participa<br />
do RANKING NACIONAL DA COMPETÊNCIA<br />
GERENCIAL, melhora significativamente<br />
os resultados econômicos. Isto só não<br />
ocorrerá somente se, mesmo tendo acesso<br />
as fantásticas informações do sistema que<br />
identifica de forma científica, problemas<br />
(diagnóstico), analisa causas prováveis e<br />
evidencia possíveis soluções (ações corretivas<br />
e preventivas), os gestores laboratoriais<br />
não tomarem as devidas providências. Esta<br />
magnífica ferramenta de TI faz a parte que<br />
lhe toca, entretanto, não pode agir no lugar<br />
dos gestores. Cabe a estes a responsabilidade<br />
e o dever de agir, a ferramenta é sistema de<br />
apoio às decisões, estas dependem do livre<br />
arbítrio dos gestores laboratoriais.<br />
0 48<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
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A DIFERENÇA NA SUA HEMATOLOGIA<br />
Características Gerais<br />
• Metodologia de impedância combinada com<br />
medição fotométrica microfluídica<br />
• Apresenta 3 histogramas - WBC, RBC e PLT<br />
• Libera 22 parâmetros<br />
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• Modo de tubo aberto ou fechado<br />
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mercado, além do excelente custo benefício.<br />
Diferenciais<br />
• Obtenção de amostras a partir de punção<br />
digital<br />
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processando apenas 2,4µl<br />
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35 QUESTÕES FUNDAMENTAIS PARA OS<br />
GESTORES<br />
Se o gestor do laboratório não souber responder<br />
estas questões, ele poderá até estar lucrando bem,<br />
entretanto, ainda assim, não controlará de forma<br />
adequada a empresa.<br />
1. A lucratividade do seu laboratório é maior ou<br />
menor do que a do concorrente?<br />
2. Qual o nível de competitividade do laboratório<br />
comparado com a concorrência?<br />
3. E o risco de insolvência é maior ou menor do que<br />
a concorrência?<br />
4. Os clientes do laboratório pagam mais ou menos<br />
pelos os exames do que na concorrência?<br />
5. Qual o valor dos exames na concorrência?<br />
6. A política de precificação dos exames está correta?<br />
Não está conduzindo à falência do laboratório? Ou<br />
quem sabe, à perda de mercado?<br />
7. Não será a hora de vender o laboratório? E, neste<br />
caso, quanto vale o negócio? Quais as alternativas<br />
para continuar a operação?<br />
8. O laboratório produz mais barato do que a<br />
concorrência? O quanto mais barato?<br />
9. Qual o valor de quem produz mais barato? É<br />
possível produzir por este valor?<br />
10. É melhor produzir ou terceirizar mais?<br />
11. Quantos dias por mês produzem os lucros do<br />
laboratório?<br />
12. O volume de exames produzidos é adequado<br />
à capacidade instalada para recepcionar, coletar,<br />
produzir, entregar e faturar?<br />
13. O laboratório tem mais ou menos empregados<br />
que a concorrência?<br />
14. Eles ganham mais ou menos que na concorrência?<br />
15. O laboratório paga mais ou menos aluguel que<br />
a concorrência?<br />
16. Gasta mais com água, energia elétrica e<br />
comunicações do que a concorrência? E, qual o valor<br />
gasto a mais ou a menos?<br />
17. Gasta mais com marketing, material de<br />
uso comum e serviços de terceiros do que a<br />
concorrência? E, quanto gasta a mais ou a menos?<br />
18. Gasta mais com investimentos e capital de giro do<br />
que a concorrência? E, quanto gasta a mais ou a menos?<br />
19. Gasta a mais com reagentes, controles e<br />
calibradores do que a concorrência? E, quanto gasta<br />
a mais ou a menos?<br />
20. Gasta a mais com descartáveis, manutenção<br />
de equipamentos e material de escritório do que a<br />
concorrência? E, quanto gasta a mais ou a menos?<br />
21. Gasta a mais com laboratórios de apoio do que<br />
a concorrência? E, quanto gasta a mais ou a menos?<br />
22. Paga mais impostos do que a concorrência? E,<br />
quanto paga a mais ou a menos?<br />
23. Em que processos devem ser alocados os<br />
recursos físicos, financeiros e humanos para atingir<br />
metas desejadas?<br />
24. Quais serão as margens de lucro e as<br />
rentabilidades do negócio para os mais diversos<br />
cenários de vendas?<br />
25. Qual o ponto de equilíbrio do laboratório?<br />
26. Em caso de expansão do laboratório ou ainda,<br />
da abertura de um novo negócio, que lucro esperar?<br />
27. Qual a forma e momento de mudar a operação<br />
do negócio?<br />
28. Quais as causas dos problemas econômicos do<br />
laboratório?<br />
29. Que ações corretivas e preventivas devem ser<br />
tomadas?<br />
30. Qual a repercussão no lucro do laboratório?<br />
31. Os custos fixos são controlados de forma eficiente?<br />
32. Os insumos para a produção dos exames são<br />
gerenciados de forma eficiente?<br />
33. São mensurados e comparados com a concorrência<br />
os índices de eficiência gerenciais?<br />
34. Qual a posição do laboratório no Ranking<br />
Nacional da Competência Gerencial?<br />
35. O planejamento estratégico do laboratório é<br />
estabelecido com base nos resultados da concorrência,<br />
assegurando desta forma que a organização seja<br />
competitiva e com baixo risco de insolvência?<br />
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mas os lucros no presente e no futuro. Não há<br />
alternativa honesta possível a não ser gestão baseada<br />
em evidências científicas. É o que oferecemos aos<br />
nossos clientes: gestão profissional para um futuro<br />
perene! Esperando termos contribuído para os<br />
negócios na área das análises clínicas, nos despedimos<br />
até a próxima edição da revista NewsLab.<br />
Boa sorte e sucesso!<br />
Humberto Façanha<br />
51-99841-5153<br />
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*Humberto Façanha da Costa Filho<br />
Professor e Engenheiro, atualmente é articulista e consultor financeiro<br />
da SBAC, professor do Centro de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas<br />
(CEPAC) da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) e professor<br />
do Instituto Cenecista de Ensino Superior de Santo Ângelo (IESA), curso<br />
de Pós-Graduação em Análises Clínicas.<br />
0 50<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
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MATÉRIA DE CAPA<br />
Nihon Kohden<br />
comemora 5 anos<br />
de IVD no Brasil<br />
No seu 69º aniversário da multinacional<br />
japonesa comemorado em agosto, a filial<br />
brasileira da Nihon Kohden comemora 5<br />
anos do departamento de diagnóstico<br />
in vitro no Brasil com ótimos resultados.<br />
Desde a sua fundação, em 1951, a Nihon Kohden<br />
tem desenvolvido as suas atividades sempre sob<br />
a tutela de sua Filosofia Corporativa que é a de<br />
contribuir com o mundo combatendo doenças<br />
e melhorando a saúde a partir de sua tecnologia<br />
avançada, e criar uma vida plena aos nossos<br />
colaboradores. 2021 será o 70º aniversário de<br />
nossa fundação, e as nossas conquistas nesta<br />
jornada foram graças ao apoio de nossos clientes<br />
e parceiros, na qual expressamos nossa mais<br />
sincera gratidão. Para construirmos uma sociedade<br />
sustentável, a Nihon Kohden continuará<br />
no trabalho e desenvolvimento de tecnologias<br />
inovadoras e assim contribuir para resolver<br />
questões médicas globais.<br />
Com grande apoio dos clientes e parceiros, nós<br />
rapidamente aumentamos as nossas vendas de<br />
hematologia no Brasil. Entretanto, nós não priorizamos<br />
o crescimento das vendas.<br />
Nosso principal objetivo é oferecer o melhor<br />
valor aos nossos consumidores através de produtos<br />
e serviços de alta qualidade.<br />
A Nihon Kohden continua a criar e a fornecer<br />
valor aos consumidores brasileiros baseado na<br />
potencialização dos seguintes pontos:<br />
1) Capacidade de desenvolver tecnologias baseado<br />
em práticas médicas.<br />
2) Uma ampla base de clientes dentro e fora do<br />
Japão.<br />
3) produtos e serviços com a mais alta qualidade,<br />
além dos sistemas de desenvolvimento, produção,<br />
vendas e serviços de alto padrão para apoiá-lo.<br />
4)Uma marca poderosa cultivada ao longo de<br />
vários anos.<br />
0 52<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
MATÉRIA DE CAPA<br />
Kotaro Ichikawa<br />
Presidente da Nihon Kohden do Brasil<br />
RESPOSTA À PANDEMIA DO COVID-19<br />
Inicialmente, nós gostaríamos<br />
de expressar as nossas mais<br />
profundas condolências às vítimas<br />
que padeceram devido ao<br />
Covid-19. Nós também estendemos<br />
nosso apoio para aqueles<br />
que adoeceram e às suas<br />
famílias, bem como desejamos<br />
uma rápida recuperação.<br />
Na resposta à propagação do<br />
Covid-19, a Nihon Kohden<br />
Group conduz o seu negócio<br />
de acordo com a política<br />
básica de assegurar aos<br />
nossos colaboradores e aos<br />
seus familiares, saúde e segurança<br />
como prioridade<br />
máxima, além de cumprir<br />
com a responsabilidade de<br />
fornecer produtos e serviços<br />
para o sistema de saúde.<br />
Não é tão simples aumentar<br />
subitamente a produção.<br />
Entretanto, acreditamos que<br />
a responsabilidade social da<br />
Nihon Kohden é apoiar os<br />
trabalhadores na linha de<br />
frente dos cuidados médicos,<br />
que trabalham dedicadamente<br />
no tratamento<br />
de pacientes todos os dias,<br />
e nós, portanto, faremos o<br />
nosso maior esforço para<br />
construir uma produção<br />
e sistema de suprimentos<br />
que possam atender estes<br />
profissionais do sistema de<br />
saúde.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020 0 53
MATÉRIA DE CAPA<br />
Entrevista com<br />
Marcio T. Uono<br />
Gerente de IVD<br />
Nihon Kohden do Brasil<br />
Este ano a Nihon Kohden completa 69<br />
anos de fundação, em primeiro lugar,<br />
a <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong> gostaria de parabenizá-los<br />
por sua belíssima história e<br />
pela importância global que a empresa<br />
possui, e agradecê-los pela parceria que<br />
já é de longa data. Posição global essa<br />
reconhecida pelo desenvolvimento de<br />
avançadas tecnologias para a saúde no<br />
mundo inteiro. Diante disso, como se<br />
deu o processo de vinda da divisão IVD<br />
da Nihon Kohden para o Brasil?<br />
Marcio T. Uono: Muito obrigado! Realmente<br />
69 anos de história é muito significativo em<br />
qualquer área, mas principalmente em empresas<br />
de saúde. Boa parte dos 69 anos, foi voltada<br />
ao mercado interno, no Japão, que é extremamente<br />
exigente, e a conquista deste mercado,<br />
permitiu ampliar a atuação em outros mercados<br />
no mundo. Assim, hoje a empresa atua em mais<br />
de 120 países. No Brasil, apesar de já atuar com<br />
distribuidores por mais de 50 anos em mercados<br />
específicos, a Nihon Kohden começou a atuar<br />
de forma direta, ampla e fortemente a partir de<br />
2014, com a linha de equipamentos médicos/<br />
hospitalares. Em outubro de 2015, a empresa<br />
iniciou a atuação mais específica no mercado de<br />
Diagnóstico In Vitro. No entanto, somente em<br />
março de 2016 realmente iniciamos as operações,<br />
com a venda dos primeiros analisadores<br />
hematológicos e reagentes, no Brasil.<br />
A que se deve o crescimento da divisão IVD<br />
da marca Nihon Kohden, em poucos anos<br />
de atuação no Brasil? Qual o diferencial<br />
que fez com que o mercado respondesse<br />
tão velozmente a demanda pelos produtos<br />
da marca?<br />
0 54<br />
Marcio T. Uono: Há 5 anos, sabíamos que o<br />
desafio de entrar no restrito mercado de hematologia<br />
no Brasil seria enorme. O ambiente<br />
já estava bastante consolidado, com a participação<br />
de fortes players de enorme representatividade,<br />
além de novos entrantes ávidos pelo<br />
seu espaço. Entretanto, os consumidores cada<br />
vez mais especializados também buscavam, e<br />
buscam, muito mais tecnologia e confiabilidade<br />
nas suas escolhas. Com a estratégia focada na<br />
alta tecnologia japonesa, na confiabilidade do<br />
analisador hematológico e, principalmente, nos<br />
resultados obtidos, conseguimos nos encaixar à<br />
necessidade e demanda local. Com isso, focamos<br />
também em criar uma estrutura de atendimento<br />
local, e agilizamos o estabelecimento de uma<br />
ampla rede de distribuidores em todo o país.<br />
Como tem se posicionado a Nihon Kohden<br />
no cenário atual, especialmente em<br />
relação a pandemia?<br />
Marcio T. Uono: O Grupo Nihon Kohden que<br />
atua em diversos segmentos de saúde, recebeu<br />
um enorme impacto, com uma explosão de demanda<br />
mundial de produtos da linha médica e<br />
hospitalar. Isso exigiu a empresa repensar o todo<br />
modelo de produção e da cadeia de suprimentos<br />
dessa linha produtos específicos rapidamente,<br />
e graças à flexibilidade interna, temos minimizado<br />
os principais efeitos da súbita explosão de<br />
demanda. Especificamente no segmento de IVD,<br />
como não há até o momento, produtos diretamente<br />
relacionados ao Covid, houve uma rápida<br />
Foto: Marcio T. Uono - Gerente de IVD Nihon Kohden do Brasil<br />
retração da demanda inicial, mas com uma forte<br />
tendência de recuperação nos próximos meses.<br />
Aproveitamos esse momento para reforçarmos<br />
a nossa relação com os distribuidores, técnicos<br />
e consumidores em geral. Realizamos a Reunião<br />
Anual de Distribuidores (DSM) com a presença<br />
de todos remotamente, webinars e cursos com<br />
especialistas convidados de alto gabarito técnico<br />
para públicos ligados ao laboratório de análises<br />
clínicas e médicos veterinários, discussões<br />
técnicas com assistentes técnicos, todos online.<br />
Também reformulamos as comunicações em<br />
redes sociais, para estabelecermos uma relação<br />
mais próxima, direta e transparente com todos<br />
os stakeholders.<br />
Dado ao caráter inovador da Nihon<br />
Kohden, quais as expectativas futuras<br />
do mercado brasileiro? Devido ao<br />
crescimento apresentado pela marca,<br />
poderíamos esperar uma fábrica localizada<br />
no Brasil?<br />
Marcio T. Uono: A Nihon Kohden enxerga o<br />
mercado brasileiro com bastante expectativa,<br />
e entendemos que a pandemia catalisou uma<br />
série de mudanças em todo o mercado. Isso exigiu<br />
rápidas adaptações, mas entendemos que<br />
a longo prazo exige cautela. Empresas japonesas<br />
são caracterizadas por decisões seguras e<br />
com risco calculado, com crescimento sólido e<br />
gradual. Não será diferente no Brasil. Já temos<br />
um bom planejamento em longo prazo, que<br />
certamente inclui uma planta produtiva.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
A Nihon Kohden é conhecida pelo seu<br />
enorme investimento em capital humano,<br />
no que diz respeito aos seus colaboradores,<br />
como em treinamentos técnicos e<br />
assistências diversas, e na atenção a sua<br />
ampla rede de distribuidores. Qual a importância<br />
desse processo para vocês e qual<br />
a visão por trás dele?<br />
Marcio T. Uono: Em um país de extensão continental,<br />
com peculiaridades e características locais<br />
bastante diversas, exige estratégias regionais fortes<br />
e adaptadas. Desde o início, buscamos a colaboração<br />
de distribuidores locais, que além de possuir<br />
uma forte atuação comercial local, que também<br />
tivesse uma equipe de atendimento técnico e<br />
científico bem estruturada, e com uma estrutura de<br />
logística ampla e ágil. Há alguns anos, foi exigido<br />
também, que as empresas seguissem um código de<br />
conduta e regras de compliance bastante rígidas, no<br />
intuito de garantir um saudável relacionamento de<br />
longo prazo. Assim, possuímos um excelente grupo<br />
de distribuidores com a capacidade de atender<br />
com qualidade, segurança e agilidade, nas respectivas<br />
regiões. Para garantir que a nossa marca seja<br />
bem representada, é fundamental que a empresa<br />
mantenha o relacionamento com os distribuidores<br />
bastante próximos, e não poupamos esforços e<br />
recursos para que os nossos distribuidores estejam<br />
bem preparados para atender o exigente mercado<br />
brasileiro.<br />
A Nihon Kohden desenvolve diversas tecnologias<br />
como o princípio da oximetria de<br />
pulso que foi projetado pelo pesquisador<br />
Takuo Aoyagi no início dos anos 1970 e também<br />
o primeiro sensor de CO2 convencional<br />
do mundo que é projetado especificamente<br />
para pacientes não intubados no seguimento<br />
ME. No segmento IVD sabemos que os equipamentos<br />
da linha hematológica tem alguns<br />
diferenciais como o princípio de leitura<br />
para leitura dos Neutrófilos Bastonetes (%<br />
e #) do CelltacG. Existe algum projeto para<br />
desenvolvimento de novos equipamentos<br />
ou novas tecnologias, diferentes das atualmente<br />
utilizadas no mercado, seja no segmento<br />
atual (hematologia) ou em outras<br />
áreas das análises clinicas?<br />
Marcio T. Uono: A inovação é uma característica<br />
incorporada à filosofia da Nihon Kohden, e a<br />
todo momento desenvolvemos novas tecnologias<br />
que são definitivamente incorporadas aos<br />
nossos produtos. Na nossa linha de analisadores<br />
hematológicos não é diferente, e a todo momento<br />
nossa equipe de desenvolvimento busca<br />
soluções que incorporem novos parâmetros, ou<br />
melhorem e garantam a qualidade dos testes ou<br />
ainda que tragam muito mais eficiência e praticidade<br />
ao usuário. Teremos novos lançamentos<br />
nos próximos anos, que deverão incorporar boa<br />
parte destas soluções.<br />
MATÉRIA DE CAPA<br />
IVD TEAM Nihon Kohden do Brasil<br />
Há quase 5 anos aceitamos o desafio de erguer do<br />
zero a marca de IVD da Nihon Kohden. Na nossa<br />
frente tínhamos um mercado de hematologia<br />
estável, com grandes players consolidados e<br />
diversos entrantes. Na retaguarda, uma marca<br />
muito forte no Japão, com um bom reconhecimento<br />
em equipamentos médicos no país, mas sem<br />
nenhuma repercussão em IVD. Com grande esforço,<br />
conseguimos estruturar uma equipe comprometida<br />
de alta performance e com um claro propósito<br />
de levarmos tecnologia de ponta para combater<br />
doenças, estabelecemos uma rede de distribuidores<br />
de alto padrão para atender todos os territórios<br />
Brasileiros e criamos centenas de consumidores<br />
apaixonados pela marca. Assim, posicionamos<br />
a marca Nihon Kohden no mais alto patamar do<br />
mercado de hematologia no Brasil.<br />
Não bastasse, no aniversário da corporação<br />
mundial comemorado dia 7 de agosto, fomos<br />
premiados como uma das equipes de melhor<br />
performance, dentre centena de equipes e<br />
milhares de funcionários de todas as áreas da<br />
Nihon Kohden Corporation do globo. Isso coroou<br />
com chave de ouro o nosso trabalho!<br />
Parabéns aos dedicados membros do IVD<br />
team da NKBR, vocês merecem todo o<br />
reconhecimento.<br />
O incansável trabalho dessa<br />
equipe justifica todo o<br />
sucesso da marca!<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020 0 55
MATÉRIA DE CAPA<br />
IVD TEAM Nihon Kohden do Brasil<br />
Alexandre Busnardo - Diretor na empresa Labingá - Maringá/PR<br />
Nos nossos 20 anos de empresa podemos sem dúvidas dizer que a Nihon Kohden foi a empresa que mais nos surpreendeu,<br />
equipamentos de altíssima qualidade e precisão em conjunto com uma equipe comercial, técnica e científica<br />
incomparável. Sempre visando constante aperfeiçoamento e evolução para o segmento IVD no Brasil é um orgulho fazer<br />
parte dessa história.<br />
Jusciney Santana - Diretor comercial e administrativo na empresa Excellab - São Paulo/SP<br />
É uma honra para a Excellab, estar desde 2016 em parceria com a Nihon Kohden, sendo uma das primeiras empresas a comercializar<br />
os equipamentos de hematologia: MEK-6450 Alpha Veterinário e MEK 7300 Humano no Brasil. Também tivemos a<br />
satisfação de comercializar o primeiro CELTAC G MEK 9100 no Brasil e um dos primeiros no mundo. Obrigada Nihon Kohden,<br />
há 69 anos inovando em tecnologia na saúde, do Japão para o Mundo.<br />
José Antônio G. Caramanti - Sócio proprietário na empresa Blister – São José do Rio Preto/SP<br />
A Blister atua no mercado de insumos e equipamentos desde o ano de 1982, porem conta com a experiencia de seus sócios<br />
proprietários desde 1974, foi uma longa jornada de constante aprendizado, sempre incentivando nossos colaboradores e clientes<br />
em buscar o caminho mais curto e correto possível. Temos selo de qualidade ISO 9001e temos orgulho em fazer parte da família<br />
Nihon Kohden da qual recebemos com muita alegria o troféu do primeiro equipamento vendido no Brasil.<br />
Ailton Flavio Moreira Junior - Diretor na empresa AC Labor – Goiânia/GO<br />
Nós da AC Labor já estamos no mercado IVD há muitos anos. Mas a experiência de estar presente no nascimento de uma<br />
marca no país e fazer parte do seu desenvolvimento, realmente nos trouxe grande satisfação. Satisfação a qual incrementa-se<br />
de orgulho e de otimismo quando falamos de parceria respeitosa, séria, recheada de qualidade, tecnologia e compromisso<br />
com a longevidade da marca, sem em nenhum momento esquecer do passado que a trouxe até aqui. Em resumo, a Nihon<br />
Kohden nos ensina dia-a-dia a forma exemplar de trabalho a longo prazo.<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
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Fábia Bezerra *<br />
Fábia Bezerra, Biomédica, com mais de 20 anos na<br />
área Laboratorial. Consultora e Auditora na Empresa<br />
Suzimara & Sarahyba Consultoria.<br />
Email: contato@suzimaraesarahyba.com.br<br />
"O Novo Normal ."<br />
Estão Preparados?<br />
Por Fábia Bezerra<br />
Já percebemos que a população em geral<br />
adotou novas condutas e, passou a se preocupar<br />
mais com as meio “esquecidas” mas,<br />
que sempre existiram - afinal, lavagem das<br />
mãos e não falar cuspindo ,denota mais falta<br />
de bons hábitos do que falta de conhecimento<br />
da transmissão de muitas doenças.<br />
Precisou de uma pandemia para algumas<br />
pessoas compreenderem que ninguém está<br />
imune e que os cuidados básicos de higiene<br />
cabem a ricos e pobres.<br />
E na Área da Saúde? o que será incorporado<br />
como o 'novo normal'? A verdade é<br />
que para as Instituições de Saúde, pouca<br />
coisa mudará pois, os hábitos de higiene<br />
nos estabelecimentos sérios já são práticas<br />
rotineiras, independente de covid. O que<br />
permanecerá provavelmente será o distanciamento<br />
entre as pessoas nos espaços, as<br />
barreiras de acrílico entre guichês, as cadeiras<br />
e leitos mais espaçados e álcool gel<br />
na entrada dos estabelecimentos, creio que<br />
estas manobras chegaram para ficar.<br />
Este"novo normal" de alguma forma, nos desinstala<br />
da nossa zona de conforto pré pandemia<br />
e esta adaptação passou à cada dia, uma<br />
busca pela sobrevivência e segurança de que<br />
ficaremos protegidos. Uma coisa é certa: A<br />
mudança se faz necessária, mesmo que nos<br />
assuste. Contudo, estamos em vantagem, pois<br />
já conhecemos este ‘novo’ e como nos comportar<br />
diante dele. Temos as ferramentas nas<br />
mãos e, até que a vacina chegue, pelo menos<br />
já aprendemos a nos comportar para evitar sua<br />
propagação.<br />
E o que ganhamos com o "novo normal"?<br />
Aquilo que é realmente necessário ganhou<br />
lugar, deixando para trás o consumismo<br />
exagerado, fazendo as pessoas refletirem a<br />
cerca do que lhes fazem mais falta, sobre<br />
o que querem e o que realmente precisam,<br />
com isso, descobriram novas alternativas<br />
que prometem ficar, como as consultas da<br />
tele medicina e reuniões on-line por exemplo,<br />
são algumas das facilidades que estão<br />
em alta e prometem continuar otimizando<br />
o tempo das pessoas. E para finalizar, as<br />
relações familiares ganharam mais atenção,<br />
onde a vontade de atravessar a tela do computador<br />
ou celular em busca de um abraço<br />
tornou-se símbolo do quanto o contato físico<br />
com quem amamos é valioso.<br />
REFERÊNCIAS<br />
https://www.insper.edu.br/noticias/novo-normal-conceito/<br />
https://www.em.com.br/app/noticia/bem-viver/2020/05/25/interna_bem_viver,1150466/<br />
coronavirus-estudo-aponta-tendencias-pos-<br />
-pandemia.shtml<br />
http://maracanaassistencia.com.br/blog/curio-<br />
sidades-que-vao-alem-pos-pandemia-o-novo-<br />
-normal/<br />
0 60<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2020
RADAR CIENTÍFICO<br />
Validação da Razão de 100 para a Definição de Mieloma<br />
Múltiplo Latente (SMM) de Alto Risco com N Latex FLC<br />
Medical Affairs Laboratory Diagnostics - Siemens Healthineers<br />
Diretrizes e Introdução<br />
O mieloma múltiplo latente (SMM) é uma condição assintomática precursora<br />
do mieloma múltiplo (MM). O SMM é geralmente descoberto<br />
acidentalmente quando a proteína M é encontrada no soro ou na urina<br />
em testes de eletroforese, solicitados por algum outro motivo. Os indivíduos<br />
com SMM têm uma taxa de 10% de progressão para MM sintomático<br />
dentro dos primeiros 5 anos após o diagnóstico. A taxa de progressão<br />
cai para 3% dentro de 5 a 10 anos após o diagnóstico e para 1% depois<br />
desse tempo.<br />
Historicamente, o tratamento de pacientes com SMM não era indicado<br />
até que progredissem para MM devido a altas taxas de toxicidade relacionadas<br />
ao tratamento. Com a introdução de novas terapias de alta eficiência<br />
para o mieloma, que oferecem melhor tolerabilidade, uma busca<br />
intensiva por biomarcadores foi iniciada para identificar pacientes que se<br />
beneficiariam com a terapia precoce. Para intervir antes do desenvolvimento<br />
de danos no órgão-alvo do MM, são necessários biomarcadores<br />
que identifiquem com precisão o subconjunto de pacientes com SMM<br />
com malignidade biológica e estão em risco iminente de progressão.<br />
O Grupo de Trabalho Internacional de Mieloma (IMWG) chegou a um<br />
consenso de que, se fossem identificados biomarcadores confiáveis associados<br />
a uma probabilidade de progressão de aproximadamente 80%<br />
(= valor preditivo positivo [VPP]) para MM em 2 anos, tais pacientes<br />
deveriam ser considerados como tendo MM.<br />
Os especialistas também estipularam uma especificidade de 95% ou<br />
mais e, concluíram que a terapia deve ser oferecida a este grupo de pacientes<br />
de SMM de alto risco. 1 Os profissionais envolvidos neste consenso<br />
apontaram que a especificidade é muito mais importante do que a sensibilidade<br />
para evitar o tratamento desnecessário.<br />
Para o diagnóstico de SMM e MM, a diretriz ESMO e o IMWG<br />
recomendam: 2,3<br />
• Detecção e avaliação do componente monoclonal (M) por:<br />
– Eletroforese de proteínas séricas e/ou urinárias<br />
(concentrado da coleta de urina de 24 horas);<br />
– Quantificação nefelométrica de IgG, IgA e IgM;<br />
– Caracterização das cadeias pesadas e leves por imunofixação;<br />
– Dosagem de FLC no soro.<br />
• Avaliação da infiltração de células plasmáticas da medula óssea.<br />
• Avaliação de lesões ósseas líticas.<br />
• Hemograma completo.<br />
• Dosagem de creatinina, clearance de creatinina e cálcio sérico total.<br />
Estudo francês de validação em pacientes com SMM<br />
As atualizações das diretrizes do IMWG e do ESMO que incluem a razão<br />
>100 de FLC como um critério de para ambos os ensaios, a razão de FLC<br />
(envolvida para não envolvida) foi calculada e o desempenho de uma<br />
razão ≥100 na predição da progressão da doença para MM sintomático<br />
nos próximos 2 anos foi avaliada.<br />
Ambos os ensaios tiveram uma capacidade semelhante de<br />
prever a manifestação de MM com uma razão de risco relativa<br />
de 1,99 para os ensaios N Latex FLC e 2,04 para os ensaios<br />
FREELITE. O VPP e a especificidade foram mais elevados para<br />
o ensaio N Latex FLC (66,7%; 97,4%) em comparação com o<br />
ensaio FREELITE (56,5%; 91,2%).<br />
A comparação do método qualitativo para a razão de FLC com<br />
o cutoff de 100 mostrou uma taxa de concordância de 90%<br />
(coeficiente κ 0,39); a melhor taxa de concordância de 91,5%<br />
foi obtida com um cutoff de 70 para os ensaios N Latex FLC<br />
(coeficiente κ 0,53).<br />
0 62<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
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RADAR CIENTÍFICO<br />
Análise de correlação: razão FREELITE<br />
versus N Latex FLC 6<br />
Diagnóstico para MM, baseiam-se em<br />
dois estudos em que os ensaios FREELITE<br />
no sistema nefelométrico Siemens Healthineers<br />
BN II foram utilizados para a dosagem<br />
de cadeias leves livres (FLC).1,4 A partir<br />
desses estudos, vários ensaios adicionais<br />
de FLC foram liberados para diagnóstico<br />
e monitoramento de MM. No entanto, os<br />
Uma razão N Latex FLC ≥100 apoia o<br />
prognóstico de progressão da doença em<br />
pacientes com SMM com desempenho<br />
semelhante ao observado no ensaio FRE-<br />
ELITE. No entanto, os pacientes identificados<br />
como alto risco podem ser diferentes<br />
pelos dois ensaios.<br />
Nesse estudo, a melhor razão de sensibilidade/especificidade<br />
para o ensaio N<br />
Latex FLC foi obtida com cutoff de 70.<br />
posteriores realizados entre 2013 e 2018<br />
relataram VPPs de 30–64% . 4,6-9<br />
Os resultados apresentados por Henriot<br />
para os ensaios N Latex FLC e FREELITE<br />
estão dentro da faixa média dos resultados<br />
de VPP obtidos nos diferentes estudos, demonstrando<br />
que os ensaios N Latex FLC forneceram<br />
prognóstico de risco equivalente.<br />
resultados obtidos por diferentes ensaios<br />
de FLC, assim como resultados obtidos<br />
pelo mesmo ensaio, mas em analisadores<br />
diferentes, não devem ser usados indistintamente.<br />
5<br />
Deve-se notar que a maioria dos pacientes<br />
com a doença progressiva nos primeiros<br />
2 anos, após o diagnóstico, permanece<br />
não detectada (razão FLC 100 de FLC—Qual a evidência<br />
clínica dos dados publicados?<br />
Além dos dois primeiros estudos dos<br />
EUA e da Grécia publicados em 2013,<br />
mais quatro estudos dos EUA, Dinamarca<br />
e França sobre a regra de uma razão de cadeias<br />
leves livres >100 foram publicados.<br />
leve livre não envolvida.<br />
Em resumo, em seis estudos publicados<br />
até 2019 abordando a identificação de pacientes<br />
com SMM de alto risco, uma razão<br />
de FLC ≥100 identificou esses pacientes<br />
com uma taxa de progressão mais modesta<br />
do que o esperado.<br />
uma coorte francesa de 176 pacientes<br />
diagnosticados com SMM de acordo com<br />
Portanto, alguns autores não consideram<br />
os critérios do IMWG de 2003. Durante<br />
o uso de uma razão FLC ≥100 como o úni-<br />
os primeiros 2 anos após o diagnóstico,<br />
62 pacientes (35%) evoluíram para MM<br />
sintomático.<br />
*Resultados de 18 meses (todos os outros estudos duraram<br />
24 meses).<br />
co critério para o tratamento de MM,6 mas<br />
recomendam o monitoramento contínuo<br />
desses pacientes.<br />
O primeiro e maior estudo da Clínica<br />
Abreviações:<br />
Mayo1 definindo o SMM de alto risco por<br />
FLC: cadeia leve livre<br />
uma razão FLC ≥100 (e FLC envolvido<br />
MM: mieloma múltiplo<br />
≥100 mg/L) não atingiu a meta de uma<br />
SMM: mieloma múltiplo latente<br />
taxa de 80% de progressão em 2 anos.<br />
CRAB: cálcio, renal, anemia, osso<br />
SLiM: esqueleto, cadeias leves, medula<br />
No entanto, o VPP de 73% determinado<br />
ESMO: Sociedade Europeia de Oncologia Médica<br />
no estudo da Clínica Mayo é o resultado<br />
IMWG: Grupo Internacional de Trabalho<br />
mais alto obtido até o momento; estudos<br />
do Mieloma PPV: valor preditivo positivo<br />
0 64<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
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RADAR CIENTÍFICO<br />
Referências:<br />
1. Larsen JT, Kumar SK, Dispenzieri<br />
A, Kyle RA, Katzmann JA, Rajkumar SV.<br />
Serum free light chain ratio as a biomarker<br />
for high-risk smoldering multiple myeloma.<br />
Leukemia. 2013;27(4):941-6.<br />
2. Moreau P, San Miguel J, Sonneveld P,<br />
Mateos MV, Zamagni E, Avet-Loiseau H,<br />
Hajek R, Dimopoulos MA, Ludwig H, Einsele<br />
H, Zweegman S, Facon T, Cavo M, Terpos<br />
E, Goldschmidt H, Attal M, Buske C; ESMO<br />
Guidelines Committee. Multiple myeloma:<br />
ESMO Clinical Practice Guidelines for<br />
diagnosis, treatment and follow-up. Ann<br />
Oncol. 2017;28(suppl_4):iv52-iv61.<br />
3. Rajkumar SV, Dimopoulos MA, Palumbo<br />
A, et al. International Myeloma<br />
Working Group updated criteria for the<br />
diagnosis of multiple myeloma. Lancet<br />
Oncol. 2014;15(12):e538-48.<br />
4. Kastritis E, Moulopoulos LA, Terpos<br />
E, Koutoulidis V, Dimopoulos MA. The<br />
prognostic importance of the presence of<br />
more than one focal lesion in spine MRI<br />
of patients with asymptomatic (smoldering)<br />
multiple myeloma. Leukemia.<br />
2014;28(12):2402-3.<br />
5. 510(k) substantial equivalence determination<br />
decision memorandum for<br />
Freelite kappa and lambda kits. Available<br />
from: https://www.accessdata.fda.gov/<br />
cdrh_docs/reviews/K150658.pdf<br />
6. Henriot B, Rouger E, Rousseau C, Escoffre<br />
M, Sébillot M,Bendavid C, Minvielle<br />
S, Avet-Loiseau H, Decaux O, Moreau C.<br />
Prognostic value of involved/uninvolved<br />
free light chain ratio determined<br />
by Freelite and N Latex FLC assays for<br />
identification of high-risk smoldering<br />
myeloma patients. Clin Chem Lab Med.<br />
2019;57(9):1397-1405.<br />
7. Waxman AJ, Mick R, Garfall AL, Cohen<br />
A, Vogl DT, Stadtmauer EA, Weiss BM.<br />
Classifying ultra-high risk smoldering<br />
myeloma. Leukemia. 2015;29(3):751-3.<br />
8. Sørrig R, Klausen TW, Salomo M,<br />
Vangsted AJ, Østergaard B, Gregersen H,<br />
Frølund UC, Andersen NF, Helleberg C,<br />
Andersen KT, Pedersen RS, Pedersen P,<br />
Abildgaard N, Gimsing P; Danish Myeloma<br />
Study Group. Smoldering multiple myeloma<br />
risk factors for progression: a Danish<br />
population-based cohort study. Eur J Haematol.<br />
2016;97(3):303-9.<br />
9. Wu V, Moshier E, Leng S, Barlogie B,<br />
Cho HJ, Jagannath S, Madduri D, Mazumdar<br />
M, Parekh S, Chari A. Risk stratification<br />
of smoldering multiple myeloma: predictive<br />
value of free light chains and group-based<br />
trajectory modeling. Blood Adv.<br />
2018;2(12):1470-9.<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
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Experiência do Paciente e o valor<br />
da humanização em saúde<br />
O que o paciente precisa de nós?<br />
Autor: Dra. Daniella Kerbauy, Dr. Rogério Caldana<br />
Para responder essa pergunta é importante<br />
adotarmos a perspectiva correta, do próprio<br />
paciente e seus familiares, que estão diante<br />
de variadas incertezas quando buscam<br />
assistência à saúde. Eles geralmente desconhecem<br />
o nível de serviço necessário para<br />
o adequado desfecho de seu caso, podem<br />
se sentir inseguros e fragilizados diante de<br />
procedimentos potencialmente invasivos,<br />
e enfrentam a possibilidade de sofrimento<br />
e exposição à ideia da própria mortalidade,<br />
com todos os sentimentos que isso implica.<br />
Aspectos como esses tornam o atendimento<br />
à saúde uma relação única na prestação<br />
de serviços, em que a confiança no médico,<br />
profissional ou instituição de saúde assume<br />
papel preponderante. Tal grau de confiança<br />
é geralmente estabelecido sobre dois principais<br />
fatores: um de natureza técnica, representado<br />
pelo conhecimento científico e uso<br />
de recursos tecnológicos cada vez mais complexos<br />
e avançados, e outro de natureza humanística,<br />
caracterizado pela compreensão<br />
e acolhimento ao sentimento do paciente. A<br />
confiança necessária para o sucesso dessa relação<br />
fracassará se um desses componentes<br />
for oferecido sem a presença do outro.<br />
É com essa perspectiva que assume central<br />
importância a chamada "Experiência do<br />
Paciente”, que reúne o conjunto de fatores<br />
e interações vivenciadas na jornada de seu<br />
atendimento. Pesquisas têm demonstrado<br />
que os pacientes atribuem a percepção de<br />
qualidade ao serem adequadamente informados,<br />
ouvidos com dedicação, quando são<br />
tratados de forma pessoal e acolhedora, e<br />
apoiados nas necessidades para seu engajamento.<br />
Isso tem levado as instituições de<br />
saúde a reestruturarem seus processos de<br />
atendimento em torno do paciente e não da<br />
doença.<br />
Programas efetivos que priorizam a Experiência<br />
do Paciente envolvem praticamente<br />
todas as operações de uma organização de<br />
saúde, ao colocarem o bem-estar do paciente<br />
como o principal foco de suas atividades.<br />
Tais programas incluem desde a escolha do<br />
perfil das lideranças e corpo profissional, a<br />
aspectos operacionais como o rigor nos protocolos<br />
de segurança, consentimento e informação,<br />
o aprimoramento contínuo na comunicação<br />
interpessoal e corporativa, ações<br />
de engajamento de pacientes e familiares,<br />
políticas de desenvolvimento e valorização<br />
de habilidades pessoais, como empatia, comunicação<br />
e trabalho colaborativo.<br />
Atentas a isso, o desenvolvimento da cultura<br />
organizacional centrada no paciente tem<br />
sido um dos principais fatores de diferenciação<br />
competitiva das maiores instituições de<br />
saúde por todo o mundo, com importantes<br />
exemplos nacionais nesse sentido, o que inclui<br />
iniciativas de sucesso também em instituições<br />
públicas.<br />
O impacto da experiência do paciente também<br />
pode ser medido pelo seu efeito direto<br />
na saúde do indivíduo: elevados níveis de<br />
experiência correlacionam-se à maior aderência<br />
ao tratamento e maior grau de engajamento<br />
no controle de doenças crônicas.<br />
Instituições de saúde que priorizam a Experiência<br />
do Paciente têm também apresentado<br />
melhor avaliação de seu corpo clínico e colaboradores,<br />
por reforçarem a noção de pertencimento<br />
e o ambiente positivo de trabalho.<br />
Todo esse esforço traz também impacto<br />
nos resultados financeiros, seja pelo ganho<br />
em eficiência, credibilidade e fidelização, ou<br />
pelo melhor desempenho em modelos de<br />
remuneração baseados em valor, tendência<br />
cada vez maior na cadeia de saúde, pelo foco<br />
no desfecho clínico. Um exemplo disso é a<br />
implantação do sistema MIPS norte-americano,<br />
baseado em critérios de qualidade<br />
avaliados pelos próprios pacientes.<br />
Por fim, as instituições precisam criar mecanismos<br />
eficientes para receber os feedbacks<br />
dos pacientes, e implantar as melhorias<br />
apontadas. Boa parte da experiência diferenciada<br />
está na percepção de que os pacientes<br />
são ouvidos e valorizados individualmente, e<br />
não tratados apenas como parte de protocolos<br />
clínicos.<br />
Se por um lado já conhecemos quais fatores<br />
são importantes para garantir uma experiência<br />
diferenciada no atendimento à saúde,<br />
0 70<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
a atual pandemia acentuou o distanciamento<br />
e passou a representar um novo desafio ao<br />
acolhimento do paciente. Com a ampliação<br />
no uso dos recursos digitais, e as interações<br />
físicas afetadas por um conjunto de barreiras<br />
Geralmente características naturais em muitos<br />
profissionais de saúde, pela relação com<br />
seu propósito vocacional, essas habilidades<br />
podem ser ainda mais prevalentes por meio<br />
da valorização desses aspectos na cultura da<br />
padrão de atendimento aos pacientes. Para<br />
garantir a entrega de uma boa experiência<br />
do paciente, é necessário atuar com foco no<br />
bem-estar desses profissionais por meio do<br />
reconhecimento, de práticas que promovam<br />
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM<br />
nos equipamentos de proteção pessoal, todo<br />
organização, pela implantação de programas<br />
resiliência e garantam uma comunicação<br />
o processo de abordagem do paciente preci-<br />
de treinamento corporativo e reconhecimen-<br />
efetiva verbal e não-verbal e alinhamento de<br />
sará ser reconsiderado. Boa parte da expres-<br />
to profissional.<br />
propósito (Figura1).<br />
são facial, componente fundamental para a<br />
conexão empática, está atualmente ocultado<br />
O desafio do atual momento é ainda maior<br />
Como em todos momentos de crise, as li-<br />
por máscaras, óculos e protetores faciais. Isso<br />
ao considerarmos que os profissionais de<br />
ções aprendidas nesse período farão parte<br />
obriga o profissional de saúde a fazer o me-<br />
saúde encontram-se sob intensa sobrecarga<br />
das transformações futuras do sistema. Vi-<br />
lhor uso possível dos outros recursos dispo-<br />
física e psicológica, principalmente aqueles<br />
vemos um evento de profundo impacto na<br />
níveis para o estabelecimento do vínculo de<br />
envolvidos na linha de frente do combate à<br />
prática médica. É preciso garantir que esse<br />
contato, como a comunicação efetiva, o con-<br />
pandemia, e precisam ter apoio adicional<br />
novo momento amplie a inclusão das me-<br />
tato visual e a adequada linguagem corporal.<br />
em suas instituições, de modo a manter o<br />
lhores práticas de cuidado, e com isso o estabelecimento<br />
de maior valor à Experiência<br />
Profissionais de saúde<br />
Pacientes<br />
do Paciente.<br />
Referências:<br />
Práticas<br />
promovem<br />
Resiliência<br />
(Meditação, Yoga)<br />
Mecanismos de<br />
Reonhecimento<br />
Bem-estar,<br />
satisfação,<br />
engajamento<br />
Comunicaçã<br />
o empática<br />
(verbal e<br />
não-verbal)<br />
Ciclo<br />
virtuoso de<br />
Experiências<br />
do Paciente<br />
The Patient Experience Book. NHS Institute for Innovation<br />
and Improvement. Available online: https://<br />
www.england.nhs.uk/improvement-hub/wp-con-<br />
tent/uploads/sites/44/2017/11/Patient-Experience-<br />
-Guidance-and-Support.pdf<br />
Boissy A, Windover AK, Bokar D. Communication<br />
Skills Training for Physicians Improves Patient Satisfaction.<br />
J Gen Intern Med. 2016;31(6):755-61<br />
Kerbauy D, Santalucia C, Caldana R, Sweet J, Tsutsui<br />
J, Rizzatti E, Mercer MB. Communicating with HEART<br />
around the globe—does empathy transcend culture?<br />
Journal of Hospital Management and Health Policy,<br />
November, 2019; 3: 30.<br />
Millstein JH, Kindt S. Reimagining the Patient Experience<br />
During the Covid-19 Pandemic. NEJM Catalyst<br />
Innovations in Care Delivery. From de Editors, June, 2020.<br />
Figura 1. Comunicação Empática, Reconhecimento e Resiliência como pilares fundamentais para uma experiência do<br />
paciente extraordinária.<br />
Dra. Daniella Kerbauy<br />
Diretora Médica do Grupo Fleury<br />
Graduada em Medicina pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), tem residência<br />
em Clínica Médica e Hematologia/Hemoterapia pela Escola Paulista de Medicina<br />
da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e doutorado em Hematologia pela<br />
mesma universidade. Possui título de especialista em Patologia Clínica e Medicina<br />
Laboratorial pela Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/ Medicina Laboratorial<br />
(SBPC/ML). Cursou o pós-doutorado no Fred Hutchinson Cancer Research Center<br />
em Seattle (WA), nos Estados Unidos. Além disso, possui MBA executivo “OneMBA,<br />
Global Executive MBA Program”.<br />
Dr. Rogério Caldana<br />
Médico Radiologista do Grupo Fleury<br />
Médico formado pela EPM/UNIFESP, com residência e pós-graduação em<br />
Diagnóstico por Imagem. Pós-doutorado em ensino digital em Radiologia.<br />
Título de especialista em Diagnóstico por Imagem pelo CBR e MBA em gestão<br />
empresarial pela FGV.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020<br />
0 71
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dos analisadores são bidirecionais<br />
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o sistema com a possibilidade de auto validação e análise de amostras com base em regras predefinidas, além de possuir<br />
uma interface mais intuitiva para validação manual.<br />
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prioridade<br />
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revisão microscópica.<br />
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ENGENHARIA CLÍNICA<br />
A importância da gestão eficiente<br />
de equipamentos laboratoriais<br />
na qualidade e segurança assistencial<br />
Mariana Ribeiro Brandão<br />
Devido ao aumento crescente de tecnologias<br />
em estabelecimentos de saúde, a gestão<br />
do parque tecnológico deve ser eficiente a<br />
fim de assegurar a melhor segurança para<br />
os seus usuários, sendo eles os pacientes e/<br />
ou demais envolvidos. Essa realidade inclui<br />
também os ambientes laboratoriais, onde a<br />
demanda de equipamentos para auxiliar nos<br />
processos são cada vez mais requeridas. Os<br />
equipamentos laboratoriais são dispositivos<br />
utilizados pelo laboratório clínico para auxiliar<br />
no processo de condução de análises<br />
laboratoriais [1].<br />
Gerenciar as tecnologias durante todo o ciclo<br />
de vida é essencial para que elas venham<br />
a desempenhar as suas funções da melhor<br />
forma possível. A gestão das tecnologias em<br />
saúde, incluindo os equipamentos laboratoriais,<br />
são requeridos na resolução da colegiada<br />
(RDC) 02, que preconiza o gerenciamento<br />
das tecnologias em estabelecimentos<br />
de saúde, devendo ser realizado desde os<br />
processos de planejamento e incorporação<br />
tecnológico, gerenciamento de intervenções<br />
técnicas (como manutenções e calibrações),<br />
informações de uso, até o descarte final da<br />
tecnologia [2]. A norma NBR 15943 dispõe<br />
dos requisitos mínimos para a realização<br />
do gerenciamento em todo o ciclo de vida<br />
tecnológico, iniciando nos processos pré-comercialização<br />
até a pós-comercialização [3].<br />
Especificamente para os equipamentos<br />
laboratoriais, a RDC 302 preconiza requisitos<br />
mínimos visando a segurança de equipamentos<br />
e instrumentos laboratoriais. De<br />
acordo com o regulamento, o laboratório<br />
clínico e o posto de coleta laboratorial devem<br />
possuir equipamentos necessários ao<br />
atendimento e que atenda à sua demanda<br />
que estejam regularizados junto a ANVISA/<br />
MS, seguindo a legislação vigente; realizar e<br />
manter registros das manutenções preventivas<br />
e corretivas, além de calibrar ou verificar<br />
os equipamentos periodicamente e registrá-<br />
-lo para o controle histórico [1].<br />
As ações requisitadas devem estar presentes<br />
no plano de gerenciamento de tecnologias<br />
em saúde, a ser elaborada e implementada<br />
por um profissional designado<br />
pelo estabelecimento [2]. Estas podem ser<br />
executadas pelo Engenheiro Clínico, que segundo<br />
definição da Associação Brasileira de<br />
Engenharia Clínica, é o profissional responsável<br />
por aplicar técnicas de gerenciamento<br />
de equipamentos médicos visando a segurança<br />
do paciente [4]. Os procedimentos e<br />
atividades devem ser realizadas durante a<br />
gestão de cada tecnologia nos estabelecimentos<br />
de saúde, de modo a garantir a sua<br />
rastreabilidade, segurança e eficácia, visando<br />
promover a qualidade assistencial para o<br />
usuário final.<br />
Referências:<br />
[1] Ministério da Saúde. Resolução de diretoria<br />
colegiada - RDC Nº 302, de 13 de outubro de 2005.<br />
Dispõe sobre Regulamento Técnico para funcionamento<br />
de Laboratórios Clínicos.<br />
[2] Ministério da Saúde. Resolução de diretoria<br />
colegiada – RDC Nº 2, de 25 de janeiro de 2010<br />
Dispõe sobre o gerenciamento de tecnologias em<br />
saúde em estabelecimentos de saúde.<br />
[3] Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR<br />
15943:2011. Diretrizes para um programa de gerenciamento<br />
de equipamentos de infraestrutura de<br />
serviços de saúde e de equipamentos para a saúde.<br />
[4] Associação Brasileira de Engenharia Clínica.<br />
Disponível em: http://www.abeclin.org.br/pagina.<br />
php?p=quem-somos<br />
Mariana Ribeiro Brandão<br />
Engenheira Biomédica | UNIFESP - Especialista em Engenharia Clínica | UNICAMP<br />
Mestranda em Engenharia Elétrica | UFSC<br />
Linkedin: /marianaribeirobrandao<br />
Instagram: @engenheiraclinica<br />
E-mail: marianaribeirobrandao@gmail.com<br />
0 74<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
MEDICINA GENÔMICA<br />
Vigilância para as Manifestações<br />
Neurológicas das Arboviroses:<br />
Dengue, Zika e Chikungunya<br />
Por: Marzia Puccioni-Sohler, 1,2 e Cíntia da Silva Mello, 1,2<br />
1. Escola de Medicina e Cirurgia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Rio de Janeiro, Brasil<br />
2. Programa de Pós-Graduação em Doenças Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, Brasil<br />
Durante as pandemias de dengue, zika e<br />
chikungunya, houve aumento de relatos de<br />
casos com complicações neurológicas associados<br />
a estes vírus. O envolvimento do sistema<br />
nervoso pode representar a manifestação<br />
inicial da infecção pelo vírus da dengue.<br />
Discutiremos alguns aspectos relacionados a<br />
conceitos, epidemiologia, as manifestações<br />
neurológicas mais frequentes e os critérios<br />
para diagnóstico. Este material poderá servir<br />
de apoio a identificação precoce e tratamento<br />
adequado destas doenças neuroinvasivas pelos<br />
profissionais de saúde.<br />
Palavras-chave: arbovírus, dengue, Zika,<br />
chikungunya, sistema nervoso, encefalite,<br />
síndrome de Guillain-Barré, líquido cefalorraquidiano,<br />
síntese intratecal de anticorpo<br />
específico, critério diagnóstico.<br />
Arbovírus caracterizam os vírus transmitidos<br />
ao hospedeiro vertebrado através da<br />
picada de vetores artrópodes, especialmente<br />
mosquitos e carrapatos. Os Flavivirus (vírus<br />
da dengue, Zika e febre amarela) e os Alphavirus<br />
(vírus chikungunya) são comumente<br />
transmitidos por mosquitos fêmeas do gênero<br />
Aedes (Ae. Aegypti e Ae. Albopictus) após<br />
repasto em um hospedeiro humano virêmico<br />
(WHO, 2018).<br />
Os arbovírus estão presentes em mais de<br />
120 países com caráter endêmico, emergindo<br />
em áreas urbanas pobres e porções<br />
periféricas, com que cerca de 4 bilhões de<br />
indivíduos expostos ao risco de infecção e<br />
seus agravamentos (WHO, 2018). Essa ampla<br />
distribuição associada à urbanização e<br />
às mudanças climáticas são alguns fatores<br />
que facilitam a co-circulação desses agentes<br />
pelos hemisférios e, consequentemente,<br />
o aparecimento de doenças (WHO, 2018).<br />
No Brasil, as arboviroses pelos vírus dengue<br />
(DENV), Zika (ZIKV) e chikungunya (CHIKV)<br />
recebem maior destaque, devido ao elevado<br />
número de casos em ocorrência nos últimos<br />
anos (tabela) 2-6 .<br />
Estima-se que 0,5-21% dos pacientes com<br />
dengue desenvolvam manifestações neurológicas⁷,<br />
16% dos pacientes na infecção<br />
pelo CHIKV⁸ e 13,4 a 33,3% na infecção pelo<br />
Janeiro, Brasil<br />
ZIKV. Os sinais neurológicos podem surgir<br />
desde a fase aguda da infecção até 30 dias<br />
após início dos sintomas⁹. As complicações<br />
neurológicas causadas por esses arbovírus<br />
apresentam elevado potencial de mortalidade<br />
e déficits neurológicos. Estas incluem:<br />
síndromes de malformações congênitas,<br />
encefalite aguda, meningite asséptica, mielite<br />
e distúrbios pós-infecciosos tais como a<br />
síndrome de Guillain-Barré, encefalomielite<br />
disseminada aguda, neuromielite óptica, paralisia<br />
do nervo craniano, neuropatia 7-11 . Os<br />
sintomas neurológicos não são específicos<br />
dificultando o diagnóstico. A fisiopatogenia<br />
das manifestações neurológicas ocorre<br />
pela ação direta do vírus, por mecanismos<br />
autoimunes, hemorragia e pelos distúrbios<br />
metabólicos associados a infecção 7-9 . A encefalite<br />
tem sido a manifestação neurológica<br />
mais comum nas infecções por DENV 7 .<br />
O líquido cefalorraquidiano (LCR) é um ultrafiltrado<br />
do plasma sanguíneo produzido<br />
pelas células do plexo coróide. Pleocitose<br />
(contagem de células>4 céls./mm3), proteína<br />
levemente aumentada ou normal, glicose<br />
normal ou levemente diminuída e nível de<br />
lactato normal ou levemente aumentado são<br />
achados comuns no exame do LCR que contribui<br />
para o diagnóstico de infecção viral no<br />
sistema nervoso central (SNC). No entanto,<br />
estas alterações são semelhantes em uma<br />
variedade de agentes virais 12 . Síntese intratecal<br />
de anticorpos IgG específico para DENV<br />
tem sido demonstrado em casos de mielite 13 ,<br />
assim como síntese intratecal de anticorpos<br />
IgG específico para CHIKV em um caso de<br />
encefalite 14 . Ambos representam potenciais<br />
biomarcadores para o diagnóstico destas infecções<br />
neuroinvasivas.<br />
VIGILÂNCIA PARA AS MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS DAS ARBOVIROSES:<br />
DENGUE, ZIKA E CHIKUNGUNYA<br />
Marzia Puccioni-Sohler, 1,2 Cíntia da Silva Mello, 1,2<br />
1. Escola de Medicina e Cirurgia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Rio de<br />
2. Programa de Pós-Graduação em Doenças Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da<br />
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, Brasil<br />
Durante as pandemias de dengue, zika e chikungunya, houve aumento de relatos de casos com complicações<br />
neurológicas associados a estes vírus. O envolvimento do sistema nervoso pode representar a manifestação inicial da<br />
infecção pelo vírus da dengue. Discutiremos alguns aspectos relacionados a conceitos, epidemiologia, as<br />
manifestações neurológicas mais frequentes e os critérios para diagnóstico. Este material poderá servir de apoio a<br />
identificação precoce e tratamento adequado destas doenças neuroinvasivas pelos profissionais de saúde.<br />
Palavras-chave: arbovírus, dengue, Zika, chikungunya, sistema nervoso, encefalite, síndrome de Guillain-Barré,<br />
líquido cefalorraquidiano, síntese intratecal de anticorpo específico, critério diagnóstico.<br />
Arbovírus caracterizam os vírus transmitidos ao hospedeiro vertebrado através da picada de vetores artrópodes,<br />
especialmente mosquitos e carrapatos. Os Flavivirus (vírus da dengue, Zika e febre amarela) e os Alphavirus (vírus<br />
chikungunya) são comumente transmitidos por mosquitos fêmeas do gênero Aedes (Ae. Aegypti e Ae. Albopictus) após<br />
repasto em um hospedeiro humano virêmico (WHO, 2018).<br />
De acordo com o Centro de Controle e<br />
Os arbovírus estão presentes em mais de 120 países com caráter endêmico, emergindo em áreas urbanas<br />
pobres e porções periféricas, com que cerca de 4 bilhões de indivíduos expostos ao risco de infecção e seus<br />
agravamentos (WHO, 2018). Essa ampla distribuição associada à urbanização e às mudanças climáticas são alguns<br />
fatores que facilitam a co-circulação desses agentes pelos hemisférios e, consequentemente, o aparecimento de<br />
doenças (WHO, 2018). No Brasil, as arboviroses pelos vírus dengue (DENV), Zika (ZIKV) e chikungunya (CHIKV)<br />
Tabela. Epidemiologia dos arbovírus no Brasil<br />
recebem maior destaque, devido ao elevado número de casos em ocorrência nos últimos anos (tabela)<br />
Ano<br />
Casos<br />
prováveis (n)<br />
Incidência<br />
(/100mil hab)<br />
DENV ZIKV CHIKV DENV ZIKV CHIKV<br />
2015 1.587.080 56.159 17.765 782,6 27,58 -<br />
2016 1.487.924 211.770 263.598 727,6 103,6 128,9<br />
2017 249.056 17.338 185.605 120,9 8,4 90,1<br />
2018 247.393 8.024 85.221 118,7 3,8 40,9<br />
2019 1.544.987 10.768 132.205 735,2 5,1 62,9<br />
2020* 802.001 3.509 37.387 381,6 1,7 17,8<br />
Fonte: Sinan NET, Ministério da Saúde do Brasil (bancos de 2015/ 2016/2017/ 2018/ 2019/ 2020). *Até a Semana Epidemiológica 1 a 22 (29/12/2019 a<br />
16/05/2020).<br />
Tabela. Epidemiologia dos arbovírus no Brasil<br />
2-6<br />
.<br />
0 76<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
MEDICINA GENÔMICA<br />
Prevenção de Doenças (CDC, 2015) e com<br />
o Ministério da Saúde do Brasil (2017),<br />
o diagnóstico de doença neuroinvasiva<br />
causada por DENV, ZIKV e/ou CHIKV baseia-se<br />
em critérios clínicos, como o aparecimento<br />
de manifestações neurológicas<br />
na ausência de uma explicação clínica<br />
mais provável; confirmados pelos critérios<br />
laboratoriais: presença de RNA viral e/ou<br />
antígenos virais no soro e/ou LCR ou outro<br />
líquido corporal, IgM específica reagente<br />
no líquido cefalorraquidiano (LCR) com<br />
IgM específico não reagente para outros<br />
arbovírus endêmicos na região, IgM específica<br />
no soro confirmada por anticorpos<br />
neutralizantes específicos do vírus, elevação<br />
do título de IgG específica em soro<br />
pareado 10-11 . Sendo a presença do material<br />
genético viral no LCR considerada a evidência<br />
maior causalidade10-11.<br />
Em uma recente publicação, nosso grupo<br />
verificou que 31% (11/36) dos pacientes<br />
(adultos) com suspeita diagnóstica de infecção<br />
do SNC ou quadros pós-infecciosos<br />
apresentavam doença neuroinvasiva associada<br />
a DENV ou CHIKV, com base nos critérios<br />
da CDC/Ministério da Saúde. Quando<br />
associados a avaliação da síntese intratecal<br />
de anticorpo específico para DENV e CHI-<br />
KV, 36% (13/36) preencheram os critérios<br />
de positividade de arbovírus. Dos casos<br />
diagnosticados, 54% foram causados pelo<br />
DENV e 46% pelo CHIKV. A encefalite foi a<br />
manifestação neurológica mais frequente,<br />
com 54% (7/13) dos casos15.<br />
Em conclusão, em casos com suspeita de<br />
quadros infecciosos do SNC ou pós-infecciosos,<br />
o diagnóstico diferencial com DENV,<br />
ZIKV e CHIKV deve ser realizado em áreas<br />
endêmicas ou em viajantes provenientes de<br />
áreas endêmicas.<br />
Referências:<br />
1. World Health Organization. (2018). Dengue Control<br />
- Epidemiology. https://www.who.int/denguecontrol/<br />
epidemiology/en/.Acesso: 28 de Fevereiro de 2020.<br />
2. Ministério da Saude do Brasil. (2016). Monitoramento<br />
dos casos de dengue, febre de chikungunya e<br />
febre pelo vírus Zika até a Semana Epidemiológica 49,<br />
2016. Boletim epidemiológico. 47 (38): 1 - 10. https://<br />
portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/20/2016-033---Dengue-SE49-publicacao.pdf<br />
3. Ministério da Saude do Brasil. (2017). Monitoramento<br />
dos casos de dengue, febre de chikungunya e<br />
febre pelo vírus Zika até a Semana Epidemiológica 50,<br />
2017. Boletim Epidemiológico. 48(45):1 - 13. https://<br />
portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/janeiro/10/2017-046-Publicacao.pdf<br />
4. Ministério da Saúde Brasil. (2018). Monitoramento<br />
dos casos de dengue, febre de chikungunya e doença<br />
aguda pelo vírus Zika até a Semana Epidemiológica 49<br />
de 2018. Boletim Epidemiológico. 49(59):1–14. https://<br />
portalarquivos2.saude.gov.br/ images/pdf/2019/janeiro/02/2018-067.pdf<br />
5. Ministério da Saúde Brasil. (2019). Monitoramento<br />
dos casos de arboviroses urbanas transmitidas pelo<br />
Aedes (dengue, chikungunya e Zika), Semanas Epidemiológicas<br />
1 a 36, 2019. Boletim Epidemiológico.<br />
50(29):22–32.https://www.saude.gov.br/images/<br />
pdf/2019/outubro/04/BE-multitematico-n28.pdf<br />
6. Ministério da Saúde Brasil. (2020). Monitoramento<br />
dos casos de arboviroses urbanas transmitidas pelo Aedes<br />
(dengue, chikungunya e Zika), Semanas Epidemiológicas<br />
1 a 22, 2020. Boletim Epidemiológico. 51(23):1–20.<br />
https://www.saude.gov.br/images/pdf/2020/June/09/<br />
Boletim-epidemiologico-SVS-23.pdf<br />
7. Puccioni-Sohler M, Rosadas C, Cabral-Castro MJ.<br />
Neurological complications in dengue: A review for clinical<br />
practice. Arq Neuropsiquiatr 2013:71(9 B):667–671.<br />
https://doi.org/10.1590/0004-282X20130147<br />
8. Chandak NH, Kashyap RS, Kabra D, Karandikar P,<br />
Saha SS, Morey SH, Purohit HJ, Taori GM, Daginawala<br />
HF. Neurological complications of Chikungunya virus<br />
infection. Neurol India 2009:57(2):177-180. https://doi.<br />
org/10.4103/0028-3886.51289<br />
9. Brito KGS, dos Santos EB, Lucas LSM, Orsini M, Fiorelli<br />
R, et al. Prevalence of neurological complications<br />
associated with Zika virus in a Brazilian metropolis.<br />
Neurol Int 2018;10(2): 7638. https://doi.org/10.4081/<br />
ni.2018.7638<br />
10. Ministério da Saúde, Brasil. (2017). Manual de vigilância<br />
sentinela de doenças neuroinvasivas por arbovírus<br />
(Sentinel Surveillance Manual for Neuroinvasive Arboviral<br />
Diseases). Ministério da Saúde, Brasilia.<br />
11. Centers for Disease Control and Prevention guidelines.<br />
(2015). https://wwwn.cdc.gov/nndss/conditions/<br />
arboviral-diseases-neuroinvasive-and-non-neuroinvasive/case-definition/2015/.<br />
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12. Puccioni-Sohler M. (2008). Diagnóstico de Neuroinfecção:<br />
com abordagens dos exames do líquido Cefalorraquidiano.<br />
Rubio, Rio de Janeiro.<br />
13. Puccioni-Sohler M, Soares CN, Papaiz-Alvarenga R,<br />
Castro MJC, Faria LC, Peralta JM. Neurologic dengue manifestations<br />
associated with intrathecal specific immune<br />
response. Neurology 2009;73(17):1413–1417.https://<br />
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14. Puccioni-Sohler M, Farias LC, Cabral-Castro MJ, Zalis<br />
MG, Kalil RS, Salgado MCF. Cerebrospinal Fluid Immunoglobulins<br />
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Encephalitis. Emerg Infect Dis 2018;24(5):939-941. doi:<br />
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15. Mello CSM, Cabral-Castro MJ, Silva de Faria LC, Peralta<br />
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in Brazil. Neurology: Clinical Practice 2019. https://doi.<br />
org/10.1212/cpj.0000000000000776<br />
Marzia Puccioni Sohler<br />
é neurologista, professora associada da Escola de Medicina<br />
e Cirurgia da Universidade Federal do Estado do Rio de<br />
Janeiro (UNIRIO) e professora permanente do Programa de<br />
Pós-Graduação da Faculdade de Medicina da Universidade<br />
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).<br />
Cintia Mello<br />
é estudante de Medicina na Escola de Medicina e Cirurgia da<br />
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e<br />
doutoranda no Programa de Pós-Graduação da Faculdade de<br />
Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).<br />
0 78<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
LADY NEWS<br />
Ressignificando o Novo Normal<br />
na OFAC<br />
Estamos vivenciando transformações, e<br />
este momento mostra como podemos (re)<br />
adequar nossa vida para algo que faça<br />
mais sentido. Não há dúvidas: estamos no<br />
caminho para um novo mundo marcado pela<br />
conectividade, e, acima de tudo, valorização<br />
da transparência como premissa para<br />
construir relações.<br />
Assim como foi para tudo e todos, com a<br />
OFAC- Organização Feminina de Análises<br />
Clínicas não foi diferente. Embora a OFAC,<br />
tenha surgido de forma virtual, mesmo<br />
assim teve de resignificar os canais de<br />
interlocução e, tornou-se ainda mais<br />
virtual sem os encontros presenciais. Mas<br />
as mudanças chegaram. Adaptações ao<br />
novo normal na OFAC com surgimento<br />
de novos grupos e novos participantes ou<br />
ajustes dos que já existiam e adequação<br />
na gestão interna. Então, seja bem-vindo,<br />
“novo normal”, estamos prontas.<br />
Antes da OMS-Organização Mundial<br />
da Sáude, decretar a pandemia, em 11<br />
de março de 2020, surge com novas<br />
mudanças, do antigo grupo OFAC CQ<br />
(Controle de Qualidade), o grupo OFAC<br />
Business, comandados por especialistas,<br />
onde discutiam assuntos voltados<br />
ao mercado de pequenos e médios<br />
laboratórios, agora, os componentes,<br />
gestores e proprietários de laboratórios,<br />
discutem, compartilham e trocam ideias<br />
sobre suas próprias rotinas, principalmente<br />
ao que estamos vivenciando em torno da<br />
complexidade da COVID-19.<br />
E assim, naturalmente foram diversas<br />
discussões nos dois grupos, Business e VIP,<br />
desde o aparecimento do sequenciamento<br />
genético do SARS-CoV-2, responsável pela<br />
COVID-19, no qual permitiu identificar as<br />
proteínas que o compõem, o que serviu<br />
para orientar diversas pesquisas e indicar<br />
a origem dos novos vírus; A aprovação dos<br />
primeiros oito kits de Testes Laboratoriais<br />
Remotos pela ANVISA no que consta nas<br />
Resoluções RE 776/2020 e RE 777/2020,<br />
publicadas no Diário Oficial da União<br />
(D.O.U.); As metodologias aplicadas,<br />
realizadas com técnicas e tecnologias<br />
diferenciadas para diagnóstico e/ou estudo<br />
epidemiológico da COVID-19 de acordo<br />
com cada caso, e, a aprovação da realização<br />
dos Testes Rápidos em farmácias de acordo<br />
com a Nota Técnica 97/2020 da ANVISA, na<br />
qual é motivo para discussões polêmicas<br />
entre pequenos e médios laboratórios,<br />
que reivindicam unidos à frase: “Lugar de<br />
exame é no laboratório”.<br />
E em meio a tantas dúvidas, incertezas e<br />
inseguranças, o novo surge: OFAC University,<br />
o mais novo grupo de whatsApp da OFAC,<br />
direcionado a estudantes do curso de Farmácia,<br />
Biomedicina e Biologia dos 2 (dois) últimos<br />
anos que almejam seguir as análises clínicas.<br />
Para acompanhar este grupo nas discussões<br />
de casos, Quiz, entre outras dinâmicas, foram<br />
selecionados dos grupos OFAC VIP e Business,<br />
profissionais que passaram a ser chamados de<br />
“tios” e “tias” OFAC.<br />
O objetivo da criação deste grupo, vai além<br />
de estimular o futuro analítico clínico, mas<br />
despertar, desde a universidade, competências<br />
que são mais que conteúdo das disciplinas dos<br />
cursos. É importante criar esse ambiente dentro<br />
do grupo para que os estudantes possam<br />
expressar suas emoções e questionamentos,<br />
fazendo com que sejam protagonistas de<br />
transformações de si mesmos.<br />
O OFAC Convida, evento virtual que<br />
acontece uma vez por mês com palestrantes<br />
renomados no Brasil, testou novas formas<br />
de apresentações para inovar e acompanhar<br />
as novas tendências de palestras<br />
digitais pelo Brasil, trazendo sempre<br />
assuntos atualizados para surpreender os<br />
profissionais da área.<br />
Hoje, a OFAC conta com um núcleo de<br />
gestão, formado por Marbenha Linko,<br />
Mônica Amaral, Waldirene Nicioli, Cláudia<br />
Gonçalves, Laiara Lemos e Albany Nogueira<br />
e tem como conselheiras Mauren Isfer,<br />
Gilcilene Chaer e Lenira Costa. Os encontros<br />
presenciais nos congressos foram suspensos,<br />
mas as “meninas da OFAC” continuam<br />
conectadas com as novas transformações.<br />
Marbenha Linko<br />
Mestrado em Gestão Pesquisa e Desenvolvimento em Tecnologia Farmacêutica (PUC-GOIAS); Especialização em<br />
Citologia Clínica (SBCC); Graduação em Farmácia Bioquímica(UFMA); Diretora Vice-Presidente do CRF-MA ( 2020-<br />
2021); Conselheira Regional do CRF-MA (2020-2023); CEO OFAC -Organização Feminina de Análises Clinicas do Brasil;<br />
Responsável Técnica pelo Laboratório CISAM /Imperatriz-MA.<br />
0 80<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
METODOLOGIA<br />
FLOW CHIP<br />
A Próxima Geração do<br />
Diagnóstico Molecular<br />
O processo ocorre por meio de uma reação em PCR seguida de uma hibridização<br />
reversa (dot blot) utilizando sondas específicas de DNA imobilizadas em uma<br />
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É uma metodologia acurada para detecção de infecções de um único patógeno<br />
ou múltiplos alvo, com alta sensibilidade e especificidade.<br />
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CITOLOGIA<br />
Análise do Líquor e a SARS-COV2<br />
Prof. Dra. Lisiane Cervieri Mezzomo<br />
As complicações neurológicas do coronavírus<br />
2019 (COVID-19) estão sendo melhor<br />
compreendidas à medida que a pandemia<br />
avança. Controvérsias a respeito dos sintomas<br />
neurológicos serem causados por<br />
infecção viral do SNC pelo COVID-19 ou<br />
por outros mecanismos indiretos, como<br />
uma complicação inespecífica da doença<br />
pulmonar ou por um estado inflamatório<br />
generalizado ainda são foco de debate.<br />
Inicialmente acreditou-se que que o vírus<br />
não parecia cruzar a barreira hematoencefálica<br />
(BHE), pois não haviam evidências de<br />
sua penetração no sistema nervoso central<br />
(SNC). Entretanto, relatos de casos de encefalopatia<br />
associada ao vírus SARS-CoV-2 foram<br />
descritos. Mais recentemente a presença<br />
genoma viral foi demonstrada pela técnica<br />
de RT-PCR em amostras de líquido cefalorraquidiano<br />
(LCR), sugerindo que o vírus tem<br />
a capacidade de cruzar a BHE e infectar o<br />
SNC. Também foi descrito a presença de níveis<br />
marcadamente aumentados de IgM para<br />
SARS-CoV-2 no LCR pelo método de ELISA<br />
indireto, bem como a presença de proteínas<br />
inflamatórias aparentemente específicas<br />
para o vírus. Essas evidências sugerem que o<br />
COVID-19 pode não estar confinado ao trato<br />
respiratório, mas invadir SNC induzindo as<br />
complicações neurológicas.<br />
A entrada de SARS-CoV-2 em células<br />
hospedeiras humanas é mediada principalmente<br />
pelo ligação do vírus a enzima<br />
conversora de angiotensina 2 (ECA2) como<br />
receptor e, embora os pulmões e o trato<br />
gastrointestinal sejam os principais locais<br />
de expressão dessa proteína, ela também é<br />
expressa nas células endoteliais do cérebro,<br />
fornecendo uma via teórica de entrada no<br />
SNC. Nesse contexto, neurônios e células<br />
gliais, que também expressam a ECA2, podem<br />
atuar como alvos e, portanto, seriam<br />
vulneráveis ao SARS-CoV-2.<br />
Uma vez que o SARS-CoV-2 entra no SNC,<br />
diretamente ou por disseminação hematogênica,<br />
alterações no LCR poderiam ser detectadas<br />
incluindo a presença do RNA viral, níveis<br />
de IgM, citocinas, proteínas, bem como<br />
as características citológicas diferenciais que<br />
poderiam sugerir a infecção. A análise do LCR<br />
em um paciente com essa infecção, poderia<br />
auxiliar na determinação das causas de alterações<br />
do estado mental. Alguns estudos<br />
sugerem que deve ser incentivada a investigação<br />
do LCR de pacientes com COVID-19<br />
para excluir a neuroinfecção concomitante<br />
com outros vírus neurotrópicos.<br />
O SARS-CoV-2 foi detectado no LCR e é<br />
dependente da gravidade da doença, do<br />
momento da coleta da amostra e da sensibilidade<br />
do teste usado. Esse dado é corroborado<br />
pelo estudo que detectou e sequenciou<br />
o genoma viral do SARS-COV-2 no LCR com<br />
99,74-100% de similaridade entre o vírus<br />
isolado do sistema respiratório do paciente.<br />
Este dado sugere uma possível associação<br />
da infecção por SARS-COV-2 com sintomas<br />
neurológicos de doença desmielinizante,<br />
mesmo na ausência de sinais relevantes de<br />
infecção do trato respiratório superior.<br />
Além disso, um grupo de pesquisadores<br />
relatou que pacientes com COVID-19 que<br />
exibiram distúrbios neurológicos distintos<br />
têm níveis indetectáveis ou extremamente<br />
baixos de RNA da SARS-CoV-2 no LCR, indicando<br />
que a depuração viral precede o envolvimento<br />
neurológico. Esse achado aponta<br />
para a necessidade do desenvolvimento<br />
de testes moleculares mais sensíveis e ainda<br />
para a investigação de outros patógenos<br />
neurotrópicos para excluir a neuroinfecção<br />
concomitante.<br />
Em geral, análises do LCR de pacientes<br />
infectados com o vírus e que apresentaram<br />
complicações neurológicas mostraram níveis<br />
proteicos normais a moderadamente<br />
aumentados. Destaca-se que o aumento<br />
dos níveis proteicos pode ser um indicativo<br />
0 82<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
da quebra da barreira hematoencefálica.<br />
A pleocitose também é descrita e particularmente<br />
observada nos casos de menin-<br />
gicos secundários. A detecção do RNA do<br />
SARS-CoV-2 ou de anticorpos contra o vírus<br />
no LCR pode ser explicada pela disfunção da<br />
entre a infecção e a punção lombar, o LCR<br />
pode estar desprovido de partículas virais,<br />
mesmo que os pacientes apresentem resul-<br />
CITOLOGIA<br />
goencefalite. Alguns estudos relataram<br />
BHE nesses pacientes ou até pela contami-<br />
tado positivo para RNA da SARS-CoV-2 em<br />
a dissociação albuminocitológica no LCR<br />
nação com sangue durante a punção lom-<br />
swabs nasofaríngeos.<br />
e, notadamente, aumento de mediadores<br />
inflamatórios como as interleucinas IL-6,<br />
IL-8 e IL-10, aparentemente como um sinal<br />
relacionado de forma mais específica as<br />
complicações neurológicas de SARS-CoV-2.<br />
Além disso, há relatos do infiltrado do SNC<br />
ser predominantemente constituído por<br />
células mononucleares, o que é compatível<br />
com infecção viral.<br />
Por outro lado outro estudo demonstrou<br />
que a SARS-CoV-2 geralmente não está<br />
presente no LCR de pacientes com sintomas<br />
neurológicos. Os autores defendem que a<br />
maioria dos sintomas neurológicos parece<br />
ser causada por mecanismos indiretos,<br />
como eventos cerebrovasculares, encefalopatias<br />
e neuropatias devido a doenças<br />
sistêmicas críticas e fenômenos imunoló-<br />
bar. Assim como em outras infecções virais<br />
do SNC, um teste de PCR negativo não exclui<br />
a presença do vírus no tecido cerebral.<br />
Estudos adicionais sobre anticorpos contra<br />
SARS-CoV2 no LCR ainda são necessários.<br />
Um modelo proposto para explicar a invasão<br />
do SNC por SARS-CoV-2 e o envolvimento<br />
neurológico resultante sugere que a<br />
carga viral no LCR aumenta progressivamente<br />
e desencadeia uma resposta inflamatória,<br />
mas a depuração viral precede a ocorrência<br />
de efeitos indiretos do SARS-CoV-2 no SNC.<br />
As manifestações neurológicas em COVID-19<br />
geralmente surgem entre 1 a 14 dias após<br />
o início dos sintomas infecciosos, e foi previsto<br />
um período médio de incubação de 5<br />
dias (tempo entre a infecção e o início dos<br />
sintomas). Portanto, considerando o tempo<br />
Referências:<br />
1. Benameur K, Agarwal A, Auld SC, et al. Encephalopathy<br />
and Encephalitis Associated with<br />
Cerebrospinal Fluid Cytokine Alterations and Coronavirus<br />
Disease, Atlanta, Georgia, USA, 2020.<br />
Emerging Infectious Diseases. 2020;26(9):2016-<br />
2021. doi:10.3201/eid2609.202122.<br />
2. Domingues RB, Mendes-Correa MC, de Moura<br />
Leite FBV, et al. First case of SARS-COV-2 sequencing<br />
in cerebrospinal fluid of a patient with<br />
suspected demyelinating disease [published online<br />
ahead of print, 2020 Jun 20]. J Neurol. 2020;1-<br />
3. doi:10.1007/s00415-020-09996-w<br />
3. Espíndola OM, Siqueira M, Soares CN, et al.<br />
Patients with COVID-19 and neurological manifestations<br />
show undetectable SARS-CoV-2 RNA<br />
levels in the cerebrospinal fluid. Int J Infect Dis.<br />
2020;96:567-569. doi:10.1016/j.ijid.2020.05.123<br />
4. Huang YH, Jiang D, Huang JT. SARS-CoV-2<br />
Detected in Cerebrospinal Fluid by PCR in a Case<br />
of COVID-19 Encephalitis. Brain Behav Immun.<br />
2020;87:149. doi:10.1016/j.bbi.2020.05.012<br />
5. Manganotti P, Bellavita G, D'Acunto L, et al.<br />
Clinical neurophysiology and cerebrospinal liquor<br />
analysis to detect Guillain-Barré syndrome and<br />
polyneuritis cranialis in COVID-19 patients: A<br />
case series [published online ahead of print, 2020<br />
Jul 14]. J Med Virol. 2020;10.1002/jmv.26289.<br />
doi:10.1002/jmv.26289<br />
Prof. Dra. Lisiane Cervieri Mezzomo<br />
Possui graduação em Farmácia com ênfase em Análises Clínicas e especialização Lato Sensu em Citologia Clínica . Fez Mestrado<br />
em Patologia Geral e Experimental e Doutorado em Patologia - Biomarcadores pelo Programa de Pós Graduação em Patologia da<br />
Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), na área de marcadores moleculares e imunohistoquímicos<br />
para o câncer. Atualmente atua como professor do curso de Especialização em Citopatologia Diagnóstica da Universidade Feevale,<br />
e como Pesquisador Pós-Doutor em projetos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). É assessor da Controllab na<br />
área de Citologia/Citopatologia e Medicina Laboratorial.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020<br />
0 83
LOGÍSTICA LABORATORIAL<br />
O Poder da Estrutura:<br />
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Em tipo de atividade comercial e organizacional,<br />
existe uma estrutura que contempla<br />
o funcionamento interno e externo dos<br />
serviços da empresa, normalmente sendo<br />
necessário, no mínimo, uma física (escritório,<br />
galpão, centro de distribuição) e outra de atividades<br />
por setor.<br />
Uma estrutura eficiente é aquela em que<br />
todos os elementos disponíveis estão dispostos<br />
da melhor forma, proporcionando<br />
assim o melhor resultado possível para os<br />
clientes e parceiros.<br />
Para isso ser possível, é necessário muito planejamento<br />
e organização, estudando detalhadamente<br />
os processos, atividades e objetivos<br />
comerciais. Isso permite que as empresas extraiam<br />
ao máximo seus potenciais.<br />
Em grandes cidades, em questões geográficas<br />
e comerciais, como o Rio de Janeiro, é necessário<br />
ainda mais cautela para atender as<br />
demandas com eficiência e agilidade, principalmente<br />
nas questões logísticas de armazenamento<br />
e distribuição, já que o cumprimento<br />
dos prazos é uma das principais formas de<br />
efetivar a fidelização do cliente.<br />
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0 84<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
VIROLOGIA<br />
Arboviroses:<br />
Febre Amarela, Dengue, Zika, Chikungunya e Mayaro<br />
Rachel Siqueira de Queiroz Simões 1<br />
Resumo<br />
As arboviroses são doenças zoonóticas causadas pelos arbovírus pertencentes<br />
as famílias Flaviviridae, Togaviridae, Bunyaviridae e Arenaviridae.<br />
Existem mais de 400 vírus que já foram isolados sendo que<br />
cerca de 100 arboviroses são responsáveis por quadros de encefalites<br />
e febres indiferenciadas, tais como vírus da Encefalite Japonesa (JEV),<br />
vírus West Nile (WNV), vírus da encefalite de Murray Valley (MVEV),<br />
vírus de encefalite de St. Louis, O`nyong-Nyong vírus (ONNV), Wesselsbron<br />
vírus, vírus da febre do Rift Valley (RVFV), Usutu vírus (USUV),<br />
e Oropouche. Neste artigo será abordado as cinco principais arboviroses<br />
com grande importância epidemiológica: Dengue (DENV), Febre<br />
Amarela, Zika (ZIKV), Chikungunya (CHKV) e Mayaro (MAYV) enfatizando<br />
os ensaios in vivo e in vitro na detecção viral e os fármacos<br />
antivirais que vêm sendo preconizados para uma melhor resposta<br />
terapêutica. Análises moleculares, filogenéticas e sorológicas são fundamentais<br />
para rastrear a origem e a evolução viral. O diagnóstico<br />
laboratorial padrão é a reação em cadeia da polimerase-transcriptase<br />
reversa (RT-PCR), e isolamento viral em cultura de células. O potencial<br />
de infectividade em neutralização viral tem sido realizado por meio de<br />
testes de redução em placa (PRNT). Novas estratégias preventivas têm<br />
sido incorporadas nos programas de controles vetoriais face as mudanças<br />
do perfil epidemiológico das arboviroses. A forma ativa do antiviral<br />
Sofosbuvir bloqueia a ação da enzima RNA polimerase dos arbovírus<br />
por apresentarem semelhanças na estrutura genômica. No entanto, o<br />
reposicionamento de fármacos a partir da seleção de moléculas promissoras<br />
com atividade antiviral vem sendo preconizadas por centros<br />
de pesquisa. Estratégias inovadoras como o uso de partículas semelhantes<br />
a vírus vem sendo desenvolvidas por engenharia genética para<br />
a produção de uma vacina quimérica.<br />
Palavras-Chave: Chikungunya, Dengue, Febre amarela, Mayaro e Zika.<br />
Abstract<br />
Arboviruses are zoonotic diseases caused by arboviruses belonging<br />
to the Flaviviridae, Togaviridae, Bunyaviridae and Arenaviridae<br />
families. There are more than 400 viruses that have been<br />
isolated and about 100 arboviruses are responsible for encephalitis<br />
and undefined fevers, such as Japanese Encephalitis virus (JEV),<br />
West Nile virus (WNV), Murray Valley encephalitis virus (MVEV)<br />
), St. Louis encephalitis virus, O`nyong-Nyong virus (ONNV), Wesselsbron<br />
virus, Rift Valley fever virus (RVFV), Usutu virus (USUV),<br />
and Oropouche. In this paper, the five main arboviruses with great<br />
epidemiological importance will be addressed: Dengue virus<br />
(DENV), Yellow Fever, Zika virus (ZIKV), Chikungunya virus (CHKV)<br />
and Mayaro virus (MAYV) emphasizing in vivo and in vitro assays<br />
in viral detection and antiviral drugs that have been recommended<br />
for a better therapeutic response. Molecular, phylogenetic and<br />
serological analyzes are essential to trace the origin and viral evolution.<br />
The standard laboratory diagnosis is the polymerase chain<br />
reaction-reverse transcription (RT-PCR), and viral isolation in cell<br />
culture. The potential for infectivity in viral neutralization has been<br />
realized through plaque reduction tests (PRNT). New preventive<br />
strategies have been incorporated into vector control programs in<br />
the face of changes in the epidemiological profile of arboviruses.<br />
The active form of the antiviral Sofosbuvir blocks the action RNA<br />
polymerase enzyme of the arbovirus because it has similarities in<br />
the genomic structure. However, the repositioning of drugs based<br />
on the selection of promising molecules with antiviral activity has<br />
been recommended by research centers. Innovative strategies such<br />
as the use of virus-like particles have been developed by genetic<br />
engineering to produce a chimeric vaccine.<br />
Keywords: Chikungunya, Dengue, Mayaro, Yellow fever and Zika.<br />
Introdução<br />
Arboviroses são doenças causadas pelos<br />
arbovírus, do inglês “arthropod borne<br />
virus”, que podem ser transmitidos ao<br />
homem por vetores artrópodes, ou seja,<br />
insetos, aranhas e carrapatos. Existem<br />
aproximadamente 545 espécies de arbovírus<br />
e pertencem a quatro famílias:<br />
Flaviviridae, Togaviridae, Bunyaviridae<br />
e Arenaviridae. São doenças infecciosas<br />
febris agudas com grande importância<br />
epidemiológica pelo elevado potencial de<br />
disseminação em áreas endêmicas, e com<br />
condições favoráveis para a propagação<br />
dos vírus pela alta infestação de vetores e<br />
hospedeiros suscetíveis.<br />
A família Flaviviridae é constituída por<br />
três gêneros: Flavivirus, Pestivirus e Hepacivirus.<br />
O gênero flavivírus, que é o maior<br />
dos três, contém mais de 70 vírus, incluindo<br />
o vírus da Dengue (DNV), vírus da<br />
Hepatite C (HCV), vírus da Febre Amarela<br />
(YFV) e vírus Zika (ZIKV). Na família Togaviridae<br />
compreendem os vírus Chikun-<br />
0 86<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
gunya e Mayaro. O genoma dos flavivírus<br />
é um RNA vírus, envelopado, capsídeo icosaédrico<br />
medindo 30nm de diâmetro. Ele<br />
codifica três proteínas estruturais: capsídeo<br />
(C), membrana (M, que é expressa<br />
como prM, o precursor de M), proteína de<br />
envelope (E) e sete proteínas não estruturais:<br />
NS1, NS2A, NS2B, NS3, NS4A, NS4B e<br />
NS5. Nos últimos 50 anos, muitos flavivírus,<br />
como os vírus da dengue, e da febre<br />
amarela, exibiram aumentos dramáticos<br />
na incidência, e gravidade das doenças<br />
com grande alcance geográfico a nível<br />
mundial.<br />
Febre Amarela<br />
A febre amarela (FA) é causada por um<br />
arbovírus da família Flaviviridae, gênero<br />
Flavivirus. Apresenta elevado potencial de<br />
disseminação em áreas urbanas que pode<br />
acometer primatas neotropicais atuando<br />
como sentinelas e sinalizando a circulação<br />
do vírus amarílico durante a fase virêmica.<br />
Possui dois ciclos epidemiológicos distintos:<br />
silvestre e urbano.<br />
No ciclo silvestre os principais hospedeiros<br />
são os primatas não-humanos (macacos),<br />
e sua transmissão ocorre a partir de<br />
vetores silvestres como dípteros da família<br />
Culicidae, Haemagogus e Sabethes, e das<br />
espécies H. janthinomys, H. altomaculatus,<br />
H. leucocecalnus e S. choloropterus<br />
(Araújo et al., 2011), onde o homem<br />
participa como um hospedeiro acidental.<br />
Por sua vez no ciclo urbano, o homem é o<br />
único hospedeiro com importância epidemiológica,<br />
e a transmissão ocorre a partir<br />
de vetores urbanos infectados, sendo o<br />
Aedes aegypti o principal.<br />
Durante a epizootia de Febre Amarela<br />
em São Paulo, dos 1.563 casos suspeitos<br />
em seres humanos, 629 foram confirmados<br />
como positivos (40,2%) (Teixeira et<br />
al., 2018). Nas últimas décadas, grandes<br />
epizootias foram notificadas no Brasil em<br />
especial no Rio Grande do Sul. O vírus foi<br />
detectado em 69% dos primatas bugios<br />
das espécies Alouatta elamitans e Alouatta<br />
caraya (Almeida, et al., 2012).<br />
Em 2017 e 2018, foram registradas 950<br />
mortes provocadas em primatas não-humanos<br />
de vida livre (Teixeira et al., 2018).<br />
O vírus da Febre Amarela foi detectado no<br />
Parque Zoológico em pequenos primatas<br />
de sagui de tufos brancos da espécie<br />
Callithrix jacchus, um sagui de tufo preto<br />
da espécie Callithrix penicillata, e em 11<br />
primatas de médio porte como bugios ruivos<br />
da espécie Alouatta clamitans. Dos 28<br />
óbitos de primatas de pequeno porte representados<br />
pelos saguis de tufos brancos<br />
e pretos, apenas um de cada espécie foi<br />
infectado pelo vírus com uma prevalência<br />
de 7,14% (2/28) (Teixeira et al., 2018).<br />
Amostras biológicas de primatas não-<br />
-humanos dos gêneros Callithrix, Alouatta<br />
e Sapajus foram investigadas no exame<br />
post mortem (Araújo et al., 2011). Quanto<br />
ao material a ser destinado ao laboratório<br />
foram coletadas amostras de fígado,<br />
baço, pulmões, cérebro, coração e rins,<br />
para isolamento do vírus em cultura de<br />
tecidos, identificação de anticorpos virais<br />
e detecção do RNA viral. Para análise histopatológica<br />
e imunohistoquímica, os tecidos<br />
foram fixados em formol tamponado<br />
10%, e para análise genética-molecular,<br />
espécimes biológicos foram conservados<br />
em álcool 70% (Teixeira et al., 2018). A<br />
vacina contra a febre amarela é produzida<br />
a partir de vírus vivo atenuado (cepa 17D),<br />
e confere imunidade por 10 anos.<br />
Dengue<br />
O vírus da dengue pertence à família<br />
Flaviviridae, gênero Flavivirus. Existem<br />
quatro sorotipos do vírus: DENV-1, DENV-<br />
2, DENV-3 e DENV-4, que compartilham<br />
65% a 70% de homologia (Zeng et al.,<br />
2018). Epidemiologicamente, as áreas<br />
mais afetadas no mundo são as Américas<br />
do Sul, Central e do Norte, África, Austrália,<br />
Caribe, China, Ilhas do Pacífico, Índia,<br />
Sudeste Asiático e Taiwan (Oliveira, 2019).<br />
O clima quente constitui condições ideais<br />
para a proliferação do mosquito. Um<br />
dos fatores agravantes neste processo é o<br />
acúmulo de água em recipientes que favorecem<br />
a procriação do vetor. A principal<br />
forma de transmissão é pela picada dos<br />
mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus.<br />
Há registros de transmissão vertical e<br />
estudos já detectaram o vírus em amostras<br />
de transfusão de sangue.<br />
A infecção por dengue pode ser assintomática,<br />
leve ou causar doença grave, e<br />
o período de incubação é em média de 5<br />
dias, podendo chegar a 10 dias. Historicamente<br />
conhecida como a “febre quebra<br />
ossos” apresenta como primeira manifestação<br />
clínica febre alta (39° a 40°C), de<br />
início abrupto, que geralmente dura de 2<br />
a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça,<br />
dores no corpo e articulações, prostração,<br />
fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e<br />
coceira na pele. Perda de peso, náuseas<br />
e vômitos também são comuns. A forma<br />
grave da doença inclui dor abdominal<br />
intensa e contínua, vômitos persistentes,<br />
sangramento de mucosas, entre outros<br />
sintomas (Oliveira, 2019).<br />
O diagnóstico clínico da dengue deve ser<br />
confirmado laboratorialmente pelo fato<br />
de as manifestações clínicas serem semelhantes<br />
a outras arboviroses. O diagnóstico<br />
laboratorial consiste no isolamento<br />
viral, detecção do antígeno e/ou do ácido<br />
nucleico viral e a pesquisa de anticorpos.<br />
VIROLOGIA<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020<br />
0 87
VIROLOGIA<br />
O material de escolha para o isolamento<br />
viral é o sangue coletado nos primeiros<br />
três a cinco dias da infecção. O material<br />
obtido pode ser inoculado em culturas de<br />
células, tais como TRA-284, C6/36 e AP-<br />
61, ou por injeção intratorácica em mosquitos<br />
(Oliveira, 2019).<br />
A identificação por imunofluorescência<br />
empregando anticorpos monoclonais tipo<br />
específico pode ser realizada após o período<br />
de incubação na fase aguda da doença.<br />
Na infecção primária, o antígeno pode ser<br />
detectado no soro dos pacientes por meio<br />
de ensaios imunoenzimáticos. Sequências<br />
do genoma completo e caracterização<br />
molecular do DENV-2 isolada de um caso<br />
importado de uma província da China foi<br />
proveniente do genótipo I da Ásia derivado<br />
de uma cepa viral da Tailândia por análise<br />
filogenética (Zeng et al., 2020).<br />
O tratamento para a dengue é sintomático,<br />
consistindo no emprego de antitérmicos,<br />
analgésicos e hidratação do paciente.<br />
Nos casos mais graves, deve-se intensificar<br />
a reposição de fluidos e eletrólitos.<br />
Deve-se evitar o uso de medicamentos<br />
à base de ácido acetilsalicílico, para minimizar<br />
o risco de hemorragias (Oliveira,<br />
2019). Atualmente está disponível uma<br />
vacina recombinante, atenuada, tetravalente<br />
fabricada pelo Laboratório Sanofi<br />
Pasteur que apresenta em média eficácia<br />
de 65% na população acima de nove anos<br />
de idade.<br />
Zika<br />
O vírus Zika (ZIKV) pertence à família<br />
Flaviviridae, gênero Flavivirus, é formado<br />
por um nucleocapsídeo icosaédrico envelopado<br />
e seu genoma RNA possui 10.794<br />
nucleotídeos que codificam 3.419 aminoácidos.<br />
O vírus replica-se no citoplasma da<br />
célula hospedeira (Simões & Barth, 2016).<br />
Em 1947 o vírus ZIKV foi pela primeira<br />
vez diagnosticada em macacos rhesus<br />
sentinela na floresta de Zika na República<br />
de Uganda, África, a qual lhe deu o seu<br />
nome. Em 1952 o vírus foi detectado em<br />
humanos na Nigéria. Em 2007 foi registrado<br />
um surto fora da África e da Ásia,<br />
na ilha de Yap, Estados Federados da Micronésia.<br />
Em 2013-14 houve um surto na<br />
Polinésia Francesa (Simões & Barth, 2016;<br />
Barth & Simões, 2019).<br />
Estudos filogenéticos mostraram que a<br />
estirpe mais próxima àquela que surgiu no<br />
Brasil foi isolada a partir de amostras de<br />
pacientes da Polinésia Francesa e se espalhou<br />
entre as Ilhas do Pacífico. Ambas as<br />
estirpes pertencem à linhagem asiática.<br />
Acredita-se que no Brasil o vírus foi introduzido<br />
em maio de 2015 na cidade de Salvador,<br />
capital da Bahia, possivelmente em<br />
decorrência de sediar parte dos jogos da<br />
Copa do Mundo em 2014 (Simões & Barth,<br />
2016; Barth & Simões, 2019). Em agosto<br />
de 2014, houve um campeonato mundial<br />
de canoagem realizado no Rio de Janeiro<br />
com a participação de muitos atletas de<br />
quatro países do Pacífico - Polinésia Francesa,<br />
Nova Caledónia, Ilhas Cook, e Ilha de<br />
Páscoa, aonde o ZIKV circulava. Em 2015,<br />
Zanluca e cols., descreveram o primeiro<br />
caso de transmissão autóctone do vírus<br />
Zika no Brasil a partir de análise filogenética<br />
das sequências brasileiras. Em novembro<br />
de 2015, foram registrados 1.248<br />
casos de microcefalia, incluindo sete mortes,<br />
em 14 estados do Brasil (Simões &<br />
Barth, 2016; Barth & Simões, 2019).<br />
Durante o surto de vírus Zika na Polinésia<br />
Francesa, foram detectados 8.750<br />
casos suspeitos, dos quais 74 pacientes<br />
apresentaram síndromes neurológicas ou<br />
síndromes autoimunes. Destes, 42 foram<br />
confirmados como síndrome de Guillain-<br />
-Barré, 37 dos quais haviam apresentado<br />
uma síndrome viral prévia. A hipótese de<br />
relação causal do vírus Zika com a síndrome<br />
de Guillain-Barré, que afeta o sistema<br />
neurológico causando paralisia muscular<br />
com especial atenção para os músculos<br />
respiratórios podendo levar a óbito foi<br />
confirmada (Simões & Barth, 2016; Barth<br />
& Simões, 2019).<br />
Transmissão congênita foi descrita por<br />
Calvet e cols., em 2016 quando detectaram<br />
o RNA viral no líquido amniótico de<br />
duas gestantes de bebes com microcefalia.<br />
Martines e cols., em 2016 detectaram a<br />
presença do RNA e proteína viral em tecido<br />
cerebral e placenta. Noronha e cols., 2016<br />
identificaram o RNA e proteína viral em<br />
tecido cerebral e placenta em diferentes<br />
períodos gestacional. Outros pesquisadores<br />
como Oliveira e cols., 2016 acompanharam<br />
imagens de ressonância magnética<br />
e tomografia computadorizada de bebes<br />
no período perinatal e pós natal. Mlakar e<br />
cols., 2016 detectaram a presença do vírus<br />
em uma mãe com sintomas de febre e rash<br />
no primeiro trimestre. Na 29° semana de<br />
gestação, a ultrassonografia revelou microcefalia<br />
com calcificação no cérebro e na<br />
placenta. A transmissão sexual foi descrita<br />
por Davidson e cols. (2016).<br />
Os principais sintomas são dor de cabeça,<br />
febre branda, dores nas articulações,<br />
manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão<br />
nos olhos. Outros sintomas menos<br />
frequentes são dor de garganta, tosse,<br />
vômitos, formigamento, dormência dos<br />
membros inferiores e edema dos membros<br />
superiores. No geral, a evolução da doença<br />
é benigna e os sintomas desaparecem<br />
espontaneamente após 3 a 7 dias. No entanto,<br />
a dor nas articulações pode persistir<br />
por aproximadamente um mês (Simões &<br />
Barth, 2016).<br />
0 88<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
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MM-128-08 2019-03-18
VIROLOGIA<br />
O diagnóstico laboratorial padrão é a reação<br />
em cadeia da polimerase-transcriptase<br />
reversa (RT-PCR) por meio da coleta de<br />
amostras como líquido amniótico, sangue e<br />
tecidos (cérebro, fígado, baço, rim, pulmão<br />
e coração). Os testes sorológicos para detectar<br />
IgM ou IgG específica contra o vírus<br />
Zika são ELISA, Imunofluorescência e teste<br />
de neutralização por redução de placas<br />
(PRNT). Entretanto, recomenda-se a coleta<br />
de material até cinco dias após a infecção<br />
(período de viremia) e pode haver reatividade<br />
cruzada com outros flavivírus (Simões<br />
& Barth, 2016). Por meio de testes de PRNT,<br />
do inglês plaque-reduction neutralization<br />
test, foram realizados ensaios de neutralização<br />
viral para avaliar o potencial de<br />
infectividade em neutralizar o vírus Zika a<br />
partir de amostras de soro de primatas que<br />
receberam ou não os anticorpos monoclonais<br />
(Magnani et al., 2017).<br />
Tem sido pesquisado um fármaco com<br />
atividade anti-ZIKV como a droga anti-helmíntica<br />
Nitazoxanida aprovada pela Food<br />
and Drug Administration (FDA) e classificada<br />
como categoria B para administração em<br />
gestantes. Em uma coorte de 75 milhões de<br />
adultos e crianças o fármaco apresentou,<br />
após comercialização, extensa seguridade.<br />
Pesquisadores implementaram o cultivo in<br />
vitro de células primárias de placenta humana<br />
para avaliação da infecção pelo ZIKV<br />
e terapia antiviral. Inicialmente, foi avaliado<br />
o efeito antiviral do fármaco Nitazoxanida<br />
em cultura de células coriônicas infectadas<br />
pelo ZIKV. Além disso, foi investigado o<br />
efeito antiviral de partículas infecciosas por<br />
ensaios de plaque e redução de cópias de<br />
RNA viral por RT-qPCR (reação em cadeia<br />
da polimerase em tempo real-transcriptase<br />
reversa). Como resultado da pesquisa,<br />
a droga Nitazoxanida foi capaz de inibir a<br />
liberação de partículas infecciosas no sobrenadante<br />
das culturas tratadas em baixas<br />
concentrações. Entretanto, apesar do estudo<br />
ser preliminar, o efeito antiviral do fármaco<br />
parece ser eficiente quando realizado<br />
em explantes da membrana fetal, uma vez<br />
que é o microambiente tecidual que melhor<br />
se assemelha as condições no organismo<br />
vivo (Souza et al., 2019). Diversas vacinas<br />
estão em desenvolvimento incluindo partículas<br />
de vírus inativo purificado, vacina<br />
de vírus vivo atenuado, vacina quimérica,<br />
vetores virais e partículas semelhantes a<br />
vírus (VLPs).<br />
Chikungunya<br />
O vírus foi isolado pela primeira vez na<br />
Tanzânia. No dialeto Makonde, a doença<br />
recebeu o nome proveniente do termo<br />
verbal kungunyala que significa “aqueles<br />
que se dobram ou se contorcem” devido a<br />
fortes dores nas articulações e dores musculares.<br />
Refere-se à aparência curvada dos<br />
pacientes que foram atendidos na primeira<br />
epidemia documentada, na Tanzânia,<br />
localizada no leste da África, entre 1952 e<br />
1953 (Barth & Simões, 2019).<br />
Em 2004 foram registrados surtos no<br />
Quênia. Em 2005 casos foram documentados<br />
na Indonésia, Taiwan, Singapura,<br />
Malásia, Sri Lanka, Ilhas Maldivas, Comores,<br />
Mayotte, Seychelles, Maurício. No ano<br />
seguinte, em 2006, houve a propagação<br />
da epidemia do Oceano Índico à Índia e<br />
casos na Itália, Guiana Francesa e EUA. Um<br />
ano mais tarde, em 2007 foi registrada a<br />
introdução do vírus no Norte da Itália após<br />
o vírus ter sido detectado em viajante recém-chegado<br />
da Índia. Em 2010, o vírus<br />
circulante infectou mais de 1,39 milhões<br />
de pessoas por meio de casos importados<br />
trazidos de viajantes da Indonésia, Índia e<br />
Sudoeste Asiático afetando Taiwan, França,<br />
EUA e Brasil. Em agosto do mesmo ano<br />
(2010), foram registrados os primeiros casos<br />
em São Paulo de dois homens 41 e 55<br />
anos, respectivamente, e uma mulher de<br />
25 anos após uma viagem à Indonésia que<br />
apresentaram sintomas da febre Chikungunya.<br />
Em 2013, foram registrados novos<br />
casos nas Ilhas do Caribe. Em junho de<br />
2014 novos casos foram confirmados em<br />
militares após retornarem de uma missão<br />
no Haiti. Em outubro de 2014, foram<br />
confirmados ao total 337 casos no Brasil<br />
sendo 274 na cidade Feira de Santana, na<br />
Bahia. Novos casos foram registrados nos<br />
EUA de viajantes retornando de áreas afetadas<br />
detectadas em Porto Rico, em 2017<br />
(Barth & Simões, 2019).<br />
Devido a distribuição dos vetores pelas<br />
Américas toda a região é suscetível à introdução<br />
e à propagação do vírus, de modo<br />
que o mosquito Aedes aegypti intitula-se<br />
como o vetor principal na transmissão na<br />
África e predominante nas áreas urbanas,<br />
enquanto o Aedes albopictus prevalece<br />
nas áreas silvestres. Foi descrita a transmissão<br />
intrauterina quando a mãe apresentava<br />
viremia. Até o momento, estudos<br />
não detectaram o vírus no leite materno.<br />
Casos de profissionais de laboratórios que<br />
manipularam sangue infectado já foram<br />
registrados (Barth & Simões, 2019).<br />
O diagnóstico viral deve ser realizado nos<br />
três primeiros dias de infecção por meio do<br />
isolamento viral em cultura de células. Até<br />
oito dias pós-infecção, o RNA viral pode ser<br />
detectado no soro pela RT-PCR. Em testes<br />
de análises clínicas laboratoriais, os altos<br />
níveis de creatinina e transaminases hepáticas<br />
elevadas são alterações encontradas<br />
características da infecção viral. O teste sorológico<br />
é realizado utilizando captura IgM<br />
e IgG para pesquisa de anticorpos específicos<br />
anti-CHIKV. Sabe-se que é possível o<br />
paciente positivo para o vírus CHIKV estar<br />
co-infectado por outras arboviroses (Simões<br />
& Barth, 2019).<br />
0 90<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
Imuno-Rápido WAMA<br />
Coronavírus<br />
COVID-19<br />
<br />
<br />
<br />
Imuno-Rápido COVID-19 IgG/IgM<br />
WAMA Diagnósca<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Reagentes<br />
Não Reagente<br />
Alta Sensibilidade e Especificidade<br />
Detecção em sangue total, soro ou plasma (IgG/IgM)<br />
Bandas de fácil idenficação<br />
Apresentação: 25 testes (com Lancetas)<br />
Kit registrado no Ministério da Saúde (nº 10310030208)<br />
Assessoria técnica e cienfica para todo o Brasil<br />
Imuno-Rápido<br />
Doenças Infecciosas:<br />
Alerta - Autoteste HIV 1e 2<br />
COVID-19 IgG/IgM<br />
Anti-HBsAg<br />
HBsAg<br />
HCV (Hepatite C)<br />
HIV Triline<br />
HIV 1e 2<br />
Rotavírus<br />
Sílis (Total)<br />
Doenças Tropicais:<br />
Chikungunya IgG/IgM<br />
Dengue IgG/IgM<br />
Dengue NS1<br />
Malária - Pf/Pv<br />
Malária - Pf/Pan<br />
ZIKA IgG/IgM<br />
Marcador Cardíaco:<br />
Troponina I<br />
Marcadores Tumorais:<br />
PSA (sensib. 2,5mg/ml)<br />
Sangue Oculto Fecal<br />
Hormônios:<br />
hCG (Placa-teste)<br />
hCG (Tira-teste)<br />
Precisão - Autoteste hCG<br />
Imuno-Rápido Quanti<br />
β-HCG<br />
Dímero D<br />
Hemoglobina Glicada<br />
Microalbuminúria<br />
PCR Ultrassensível<br />
Procalcitonina<br />
Troponina I<br />
Rev.: 04/2020<br />
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Constante Evolução
VIROLOGIA<br />
O uso de métodos moleculares tem sido<br />
apontado como uma das principais ferramentas<br />
para o diagnóstico devido a sua alta sensibilidade<br />
e especificidade, diminuindo assim o risco<br />
de resultados falso-positivo ou falso-negativo,<br />
e também por sua importância nos estudos<br />
epidemiológicos para o entendimento da distribuição<br />
da infecção dentro das populações. Com<br />
isso, é possível testar paralelamente na mesma<br />
placa utilizando a plataforma de PCR multiplex<br />
em tempo real, amostras nos primeiros dias<br />
após a infecção para Dengue, Chikungunya,<br />
Febre Amarela e Zika por apresentarem mesmo<br />
perfil de temperatura e controle interno usando<br />
a extração de RNA viral.<br />
Atualmente, não há vacina disponível e não<br />
há tratamento antiviral específico. Semelhante<br />
à terapêutica da dengue, pacientes com febre<br />
Chikungunya devem evitar medicamentos à<br />
base de ácido acetilsalicílico por terem efeito<br />
anticoagulante. O uso de fármacos anti-inflamatórios<br />
não esteroides (AINEs) pode ser<br />
preconizado para aliviar a dor aguda e febre. É<br />
importante evitar a desidratação e o modo mais<br />
eficaz de prevenção é a eliminação dos focos da<br />
doença.<br />
Mayaro<br />
O vírus Mayaro (MAYV) é um arbovírus da<br />
família Togaviridae, gênero Alphavirus, com genoma<br />
RNA de fita simples polaridade positiva<br />
envelopado cujo vetor principal é o mosquito<br />
Haemagogus, que vive em áreas mais silvestres,<br />
como as florestas ou matas fechadas (Esposito<br />
& Fonseca, 2017; Ganjian & Riviere-Cinnamond,<br />
2020).<br />
A história epidemiológica da infecção por<br />
Mayaro começou em 1954 em Trinidad e Tobago,<br />
quando o vírus foi isolado a partir de amostras<br />
de sangue de cinco trabalhadores rurais<br />
que apresentavam uma doença febril. O vírus<br />
recebeu o nome em referência ao município<br />
de Mayaro, região sudeste de Trinidad, onde os<br />
casos foram registrados pela primeira vez (Esposito<br />
& Fonseca, 2017; Ganjian & Riviere-Cinnamond,<br />
2020).<br />
O Mayaro é conhecido desde os anos 1950 nas<br />
Américas do Sul e Central. Desde 2015, pesquisadores<br />
alertavam para o risco do vírus silvestre<br />
da Amazônia, se estabelecer nas grandes cidades<br />
do Sudeste. No Brasil, tem causado surtos<br />
isolados nos Estados do Norte e Centro-Oeste.<br />
Os sintomas da doença são semelhantes aos<br />
de infecções por outros arbovírus. Febre aguda,<br />
semelhante a dengue, dor de cabeça, dor muscular,<br />
dor e inchaço nas articulações e manchas<br />
pelo corpo (Esposito & Fonseca, 2017; Ganjian<br />
& Riviere-Cinnamond, 2020).<br />
As análises de genômica e de sorologia são<br />
fundamentais para rastrear a origem e evolução<br />
viral. Uma hipótese é que o vírus tenha sido trazido<br />
do Haiti, onde houve epidemia recente, por<br />
imigrantes ou por um dos militares que integravam<br />
as forças brasileiras a serviço da ONU. O vírus<br />
tem sido relatado em alguns países da América<br />
Central e do Sul, geralmente em lugares<br />
com florestas tropicais, como Guiana Francesa,<br />
Bolívia, Peru, Suriname, Costa Rica, Guatemala,<br />
Venezuela, México, Equador, Guiana, Panamá e<br />
o Brasil (Esposito & Fonseca, 2017).<br />
O primeiro surto no Brasil foi descrito em<br />
1955, às margens do rio Guamá, próximo de<br />
Belém (PA). Desde então, casos esporádicos<br />
e surtos localizados têm sido registrados nas<br />
Américas, incluindo a região Amazônica, principalmente<br />
nos Estados das regiões Norte e<br />
Centro-Oeste, aonde têm sido uma hipótese o<br />
início da transmissão viral (Esposito & Fonseca,<br />
2017). A primeira evidência de circulação do<br />
vírus Mayaro no Pantanal do Mato Grosso foi<br />
registrada em 10 animais soropositivos dos 748<br />
equídeos investigados (Ganjian & Riviere-Cinnamond,<br />
2020).<br />
O vírus Mayaro é transmitido por meio de picada<br />
de mosquitos silvestres, principalmente os<br />
Haemagogus janthinomys, que vivem em matas<br />
e vegetações à beira dos rios. Essa espécie<br />
de mosquito costuma ficar na copa das árvores<br />
e picar macacos e pássaros, que são os hospedeiros<br />
primários da doença nesse ecossistema.<br />
O vírus pode também ser transmitido tanto<br />
pelo mosquito Aedes quanto pelo pernilongo<br />
comum, Culex. Após a picada do mosquito infectado,<br />
os sintomas iniciam geralmente de um<br />
a três dias após a infecção (Esposito & Fonseca,<br />
2017; Ganjian & Riviere-Cinnamond, 2020).<br />
O diagnóstico viral é realizado através da detecção<br />
molecular por RT-PCR e isolamento viral<br />
em cultura de células. A detecção sorológica<br />
ocorre por ensaios imunoenzimáticos, inibição<br />
da hemaglutinação, imunofluorescência ou<br />
testes de neutralização viral (Ganjian & Riviere-<br />
-Cinnamond, 2020).<br />
Prevenção das Arboviroses<br />
Em razão da mudança do perfil epidemiológico<br />
das arboviroses transmitidas pelo mosquito<br />
Aedes no Brasil, houve a necessidade de se buscar<br />
novas alternativas para o controle vetorial<br />
uma vez que há a circulação concomitante de<br />
Dengue, Chikungunya e Zika, segundo registros<br />
do Ministério da Saúde. Novas estratégias<br />
foram incorporadas nos programas de controles<br />
vetoriais como armadilhas disseminadoras de<br />
larvicidas, estratégias ecobiossocial, mapeamento<br />
geoespacial, e borrifação residual intradomiciliar.<br />
A principal medida preventiva para as arboviroses<br />
tem sido a aplicação dos repelentes à<br />
base de icaridina (piperidinecarboxilic acid-1,<br />
2- (2-hydroxyethyl) - 1-metilpropilester),<br />
DEET (N, N-diethyl-3-methylbenzamide), e IR<br />
3535 (3-[N-butyl-N-acetyl] aminopropionic<br />
acid ethyl-ester) recomendados pela Agência<br />
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Organização<br />
Mundial da Saúde (OMS). Na área<br />
da pesquisa, o uso da bactéria Wolbachia para<br />
supressão da população e bloqueio da transmissão<br />
viral, e insetos transgênicos também<br />
são possibilidades no combate ao vetor (Simões<br />
& Barth, 2016).<br />
Terapêutica das Arboviroses<br />
O sofosbuvir é um fármaco inovador, que foi<br />
lançado em 2013 e chegou ao Sistema Único<br />
de Saúde (SUS) para tratamento do vírus da<br />
hepatite C (HCV) em dezembro de 2015. Como<br />
a maioria dos antivirais, o medicamento não<br />
está disponível nas farmácias e sua utilização<br />
só pode ser feita com acompanhamento médi-<br />
0 92<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
co. Entre as vantagens na comparação com as<br />
terapias anteriores estão a redução dos efeitos<br />
colaterais e a administração por via oral.<br />
A ação do fármaco antiviral sofosbuvir, comprovada<br />
por modelagem computacional tem<br />
demonstrado sua eficácia para diferentes vírus<br />
da família Flaviviridae incluindo, além do vírus<br />
da hepatite C (HCV), o vírus da Dengue, Febre<br />
Amarela, Zika e Chikungunya. Esses vírus apresentam<br />
semelhanças na estrutura da enzima<br />
RNA polimerase, que atua na replicação do genoma<br />
viral (Sacramento et al., 2017; De Freitas<br />
et al., 2019; Ferreira et al., 2019).<br />
O fármaco antiviral Sofosbuvir usado no tratamento<br />
da hepatite C foi capaz de inibir por meio<br />
de ensaios experimentais com camundongos<br />
a replicação do vírus da Febre Amarela. Além<br />
disso a ação do fármaco foi observada tanto<br />
sobre uma cepa viral isolada de um paciente<br />
com Febre Amarela quanto sobre a linhagem<br />
atenuada do vírus, que é a mesma utilizada na<br />
vacinação, e passou a ser considerado modelo<br />
de estudo uma vez que também reduziu a mortalidade,<br />
e impediu os danos do fígado quando<br />
administrado como tratamento preventivo (De<br />
Freitas et al., 2019). Além disso, como a dor<br />
nas articulações com evolução para quadros<br />
crônicos é o sintoma mais frequente da febre do<br />
Chikungunya, o fármaco reduziu a inflamação<br />
articular nos ensaios com camundongos e reduziu<br />
também as sequelas neurológicas da infecção<br />
quando comprovou sua eficácia contra o<br />
vírus Chikungunya ao inibir sua replicação viral<br />
(Ferreira et al., 2019).<br />
Novos ensaios experimentais demonstraram a<br />
capacidade do sofosbuvir para inibir a replicação<br />
viral tanto em células do fígado como em<br />
células do sistema nervoso, sendo o efeito mais<br />
potente observado nas células hepáticas. O fármaco<br />
inibiu a replicação do vírus nas culturas de<br />
células das duas linhagens hepáticas utilizadas.<br />
Além disso também demonstrou eficácia sendo<br />
três vezes mais potente para prevenir a morte<br />
das células do sistema nervoso e baixa toxicidade<br />
com 25% menos tóxico do que a Ribavirina,<br />
um antiviral de amplo espectro. É indicado o<br />
uso do antiviral sofosbuvir como profilático e foi<br />
comprovada sua eficácia com infecção de alta<br />
carga viral iniciada com dois dias após a infecção<br />
viral (Ferreira et al., 2019).<br />
A ação do fármaco antiviral Sofosbuvir também<br />
foi comprovada em ensaios experimentais<br />
realizados com diferentes tipos de células,<br />
incluindo células neuronais humanas, além de<br />
minicérebros contra o vírus Zika. De acordo com<br />
estudos in vivo, testes foram realizados em modelos<br />
mais semelhantes aos cérebros dos bebês<br />
quando são afetados pelo vírus Zika, comprovando<br />
ausência de prejuízos durante a gestação<br />
(Sacramento et al., 2017).<br />
Os experimentos foram realizados com células-tronco<br />
neurais de pluripotência induzida<br />
que são produzidas em laboratórios a partir de<br />
células humanas extraídas da pele e também<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020<br />
0 93
VIROLOGIA<br />
são semelhantes as células precursoras que<br />
originam os primeiros tipos celulares do cérebro<br />
no início do desenvolvimento dos embriões.<br />
Os testes in vitro também foram realizados em<br />
minicérebros que são produzidos a partir dessas<br />
células - organoides que reproduzem a estrutura<br />
tridimensional do cérebro do feto nos primeiros<br />
meses de gestação - com a presença de<br />
diferentes tipos de células. São considerados um<br />
modelo para o estudo da microcefalia associada<br />
ao Zika (Sacramento et al., 2017).<br />
Forma ativa do fármaco bloqueia a ação da<br />
enzima RNA polimerase do vírus Zika da mesma<br />
forma em que ocorre com a RNA polimerase do<br />
vírus da hepatite C (HCV). Assim, os testes confirmaram<br />
que a ação da enzima RNA polimerase<br />
do vírus Zika, responsável pela replicação do material<br />
genético viral, é inibida pela forma ativa do<br />
fármaco sofosbuvir (Sacramento et al., 2017). O<br />
sofosbuvir inibiu a replicação do vírus Zika em três<br />
linhagens celulares, a seguir: células neuronais<br />
humanas (SH-Sy5y), células hepáticas humanas<br />
(Huh7) e células de rim de hamster (BHK21). Não<br />
foi observado efeito do medicamento na inibição<br />
da replicação viral na linhagem de células Vero<br />
(Sacramento et al., 2017).<br />
Além do Sofosbuvir há novos fármacos contra<br />
o vírus Zika que vem sendo testados por pesquisadores<br />
do Instituto Butantan usando tecnologia<br />
conhecida como “triagem de alto conteúdo”, do<br />
inglês high content screening que significa o reposicionamento<br />
de fármacos, para testar quais<br />
medicamentos já aprovados pelo FDA apresentam<br />
melhor eficácia contra o vírus. Dos 725<br />
fármacos testados, apenas 29 medicamentos<br />
apresentaram alguma atividade anti-Zika e desses<br />
apenas cinco moléculas foram selecionadas<br />
como as mais promissoras, a seguir: (i) Lovastatina<br />
– usada no tratamento de hipercolesterolemia;<br />
(ii) 5-Fluoracil – quimioterápico;(iii)<br />
6-Azauridine – antimetabólico capaz de inibir a<br />
replicação do RNA viral; (iv) Kitasamicina – antibiótico<br />
da classe dos macrolídeos e (v) Palonosetron<br />
– antagonista de receptor de serotonina<br />
usado no tratamento de náusea induzida por<br />
quimioterapia (Pascoalino et al., 2020).<br />
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Rachel Siqueira de Queiroz Simões<br />
Rachel Siqueira de Queiroz Simões é Pós-doutora pelo Programa de Medicina Tropical do Instituto Oswaldo Cruz e pelo programa de<br />
Engenharia Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atualmente encontra-se lotada no Laboratório Interdisciplinar de Pesquisas<br />
Médicas vinculada ao Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz. Doutora em Ciência Animal e Mestre em<br />
Produção Animal pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro. Médica-Veterinária formada pela mesma instituição. Possui<br />
pós-graduação lato sensu em Biotecnologia pela Universidade Estadual do Maringá e especialização em Ética Aplicada e Bioética pelo Instituto<br />
Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira<br />
1Laboratório Interdisciplinar de Pesquisas Médicas, Instituto Oswaldo Cruz.<br />
1Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde, Fundação Oswaldo Cruz<br />
0 94<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
MICROBIOLOGIA CLÍNICA<br />
O Papel do Analista Clínico<br />
na Covid-19<br />
Caio Salvino<br />
Desde que a pandemia foi declarada pela<br />
Organização Mundial de Saúde, o laboratório<br />
clínico vem tendo papel fundamental em<br />
todas as fases da terrível Covid-19, desde<br />
testagens de diagnóstico de confirmação<br />
etiológica, passando por realização de exames<br />
de prognóstico, avaliação da evolução<br />
de doentes graves, e testes de detecção de<br />
anticorpos, seja para testagens em massa<br />
e verificação de imunização social, ou para<br />
monitoramento de taxas de sorovonversão<br />
dos pacientes com testes iniciais positivos.<br />
Neste contexto, os profissionais analistas<br />
clínicos precisaram usar um método de<br />
aprendizado rápido e baseado em achados<br />
científicos, além da realização de releituras<br />
das formas clássicas de interpretação dos<br />
testes laboratoriais, principalmente os relacionados<br />
à detecção dos anticorpos, cujas<br />
curvas foram sendo ajustadas à medida em<br />
que as publicações iam sendo lançadas, no<br />
que venho chamando de aprendizado em<br />
tempo real em tentativa e erro.<br />
Sem dúvida nenhuma, a pandemia da<br />
Covid-19 está sendo a maior de todas as<br />
oportunidades para que nós, do laboratório<br />
clínico, façamos uma revisão total dos<br />
conceitos diretamente relacionados não<br />
somente aos testes que realizamos todos<br />
os dias, mas à forma com que nos posicionamos<br />
dentro dos sistemas de saúde, no<br />
Brasil e no mundo todo.<br />
Quando tudo começou, havia duas formas<br />
do laboratório participar do processo: passivamente<br />
e ativamente. Vamos às diferenças.<br />
A forma passiva, se manifesta nos laboratórios<br />
cujos profissionais realizam coletas,<br />
encaminhamentos e exames, se colocando<br />
como um realizador de processos técnicos,<br />
enquanto a forma ativa, se manifesta naqueles<br />
laboratórios em que os profissionais realizam<br />
análises clínicas, o que é bem diferente<br />
de realizar exames.<br />
O analista clínico deve se preocupar com tudo<br />
o que vai além dos resultados que vão surgindo<br />
em sua rotina, realizando processos complexos<br />
que vão da fase pré-analítica, passando pela<br />
analítica e finalizando com a pós-analítica, o<br />
que com a covid-19 tomou ainda mais corpo,<br />
e exige que os profissionais estejam altamente<br />
atualizados, dominem os todas as fases citadas,<br />
saibam correlacionar com as suspeitas clínicas<br />
e possam informar a respeito, e aí sim, dos resultados<br />
liberados e assinados por ele ou por<br />
algum membro de sua equipe.<br />
Mas em que isso pode impactar no momento?<br />
A resposta é tão simples quanto a pergunta:<br />
em tudo!<br />
Com a covid-19 aprendemos – ou deveríamos<br />
aprender – que o exame não começa<br />
quando o paciente chega ao laboratório, mas<br />
sim muito antes disso. O pré-analítico tomou<br />
outro rumo, e caminha na direção, cada vez<br />
mais, da informação prévia, que deve trazer<br />
conteúdo de aplicabilidade prática aos médicos<br />
assistentes, independente da especialidade<br />
ou das patologias envolvidas. O contato<br />
constante com a classe médica se torna mais<br />
essencial do que jamais o fora. Mais do que<br />
nunca, os médicos precisam que haja conhecimento<br />
agregado aos laudos laboratoriais, e<br />
que esse conhecimento seja disponibilizado<br />
o tempo todo, a cada novo exame, ou a cada<br />
nova mudança nos velhos conhecidos.<br />
As orientações não devem se resumir aos<br />
pacientes que chegam até nossos balcões<br />
de atendimento, mas a todos os que estão<br />
envolvidos na prescrição, como médicos,<br />
dentistas e nutricionistas, por exemplo.<br />
Portanto, já no pré-analítico, o laboratório<br />
precisa se reinventar, e já não foi feita essa<br />
reinvenção no seu serviço, não perca tempo<br />
em iniciar. Da coleta à triagem das amostras,<br />
e agora internamente, os processos precisam<br />
evoluir, e o foco deve ser total na experiência<br />
do paciente, que começa, a partir de agora,<br />
antes da prescrição. Com o paciente, antes<br />
da necessidade de realizar exames, e com os<br />
prescritores, antes da própria necessidade de<br />
prescrição.<br />
É aqui, que na covid-19, foi necessário<br />
entender, traduzir e orientar a respeito de<br />
que exames realizar, quando realizar, como<br />
coletar, por que realizar e em que momento<br />
realizar cada um deles. A importância do<br />
laboratório clínico nesse contexto foi, é, e<br />
sempre será enorme. É nosso dever atuar<br />
dessa forma para todos os exames que realizamos.<br />
No analítico, aprendemos que conhecer<br />
profundamente os exames que realizamos<br />
é mais do que fundamental, mas<br />
sim, o mínimo a profissionais especialistas<br />
que somos. É, sim, nossa obrigação,<br />
rever todos os processos de nossos<br />
laboratórios, desenvolver o setor de qualidade,<br />
valorizar as opiniões dos colaboradores,<br />
envolver os analistas clínicos<br />
nas discussões, e fortalecer os grupos<br />
de estudos internos, para que o conhecimento<br />
possa ser difundido a todos os<br />
envolvidos nesta fase.<br />
0 96<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
MICROBIOLOGIA CLÍNICA<br />
Podemos entender que, se houver esse<br />
pré-analítico reinventado, o analítico se torna<br />
mais complexo e desafiador, provocando<br />
o analista clínico a elevar constantemente<br />
seu nível de conhecimento e necessidade<br />
de aprendizado e atualização, elevando, por<br />
consequência, o nível de seus laudos e gerando,<br />
dessa forma, demanda de assessoria<br />
médica, um papel essencial ao analista clínico<br />
moderno, afinal, quem deve entender<br />
de exames é o laboratório, e o laboratório,<br />
como em qualquer organização, é formado<br />
por pessoas.<br />
Nesta fase, na covid-19, trabalhamos avaliando<br />
criticamente todos os testes, kits e<br />
resultados, e entendemos dessa forma, que<br />
havia necessidade de muita evolução em<br />
busca de mais sensibilidade e especificidade,<br />
e cada vez com mais precisão e exatidão.<br />
Ajudamos a desenvolver os testes, dando feed-back<br />
aos fabricantes e assessores científicos,<br />
e graças a isso, houve uma rápida evolução<br />
dos mesmos, e hoje já temos mapeado<br />
um modelo que, se ainda não é o ideal, se<br />
tornou bastante confiável, principalmente<br />
em relação aos testes e seus momentos.<br />
Além dos testes que envolvem especificamente<br />
a covid-19, o laboratório clínico tem<br />
papel fundamental em dois momentos: nos<br />
exames de prognóstico em pacientes sintomáticos,<br />
onde através de determinações relacionadas<br />
a inflamação e coagulação, pode<br />
predizer ao clínico assistente se o paciente<br />
em questão pode ser candidato a uma má<br />
evolução, como por exemplo, uma proteína<br />
C reativa elevada, linfopenia, aumento da interleucina<br />
6, aumento do dímero-D, etc.<br />
Outro momento é no monitoramento da<br />
evolução do doente grave, aquele que inflama<br />
e que, muitas vezes, precisa de ventilação<br />
mecânica. Nestes casos são vários os testes<br />
que ajudam ao clínico nas decisões terapêuticas<br />
e no manejo do paciente. Nestes momentos,<br />
não se testa quanto ao SARS-CoV-2.<br />
Após a fase viral – primeira semana de<br />
sintomas aproximadamente – e a doença<br />
desenrolar – o que pode ou não caminhar<br />
para inflamação, tempestade de citocinas e<br />
quadro crítico – o paciente passará pela soroconversão<br />
– produção dos anticorpos – e<br />
que deverá ser verificada mais tardiamente,<br />
preferencialmente em prazo superior a vinte<br />
e cinco dias após início dos sintomas, através<br />
da dosagem da IgG. Ao nosso ver – opinião<br />
pessoal – esta é a imunoglobulina que nos<br />
interessa nesta doença, pois as demais causam<br />
mais confusão do que ajuda ao clínico<br />
assistente, podendo confundir em relação<br />
a decisões pelo isolamento social ou retorno<br />
às atividades normais. Como se trata de<br />
uma doença clínica, as decisões devem ser<br />
clínicas, baseadas ou não em resultados de<br />
exames laboratoriais, porém, os exames corretos,<br />
coletados no momento certo.<br />
No pós-analítico, talvez tenhamos um<br />
dos mais importantes aprendizados: sim,<br />
somos preciosos ao processo do diagnóstico,<br />
prognóstico, acompanhamento e verificação<br />
de cura, e prova disso, é o valor que<br />
nossos laudos tem nas decisões clínicas,<br />
principalmente em pacientes sintomáticos,<br />
moderados ou graves.<br />
Clareza nas informações, agilidade na entrega,<br />
comunicação eficaz, geração de relacionamento<br />
direto, participação direta nas<br />
decisões de cunho epidemiológico através<br />
das análises dos dados obtidos, tais como<br />
taxas de positividade de testes iniciais – RT<br />
PCR ou Antígeno – e/ou monitoramento de<br />
taxas de soroconversão, seja social (massa)<br />
ou verificação da soroconversão dos pacientes<br />
comprovadamente com covid-19 (testes<br />
iniciais positivos).<br />
Poderia continuar escrevendo páginas e<br />
páginas demonstrando o quanto somos nós,<br />
profissionais analistas clínicos, fundamentais<br />
nesta pandemia, e o quanto o seremos após<br />
seu final.<br />
Um dia, isso tudo acabará, e será este o<br />
momento em que perceberemos quais foram<br />
os profissionais e laboratórios clínicos<br />
que entenderam esta reinvenção, esta evolução.<br />
Essa compreesão não é uma opção,<br />
mas a escolha que determinará a própria<br />
existência.<br />
Caio Salvino<br />
Caio Salvino é farmacêutico-bioquímico, microbiologista clínico, professor e consultor. Apaixonado<br />
pela profissão que escolheu, dirige o Laboratório Saldanha, em Lages e a ImersãoLab Capacitação<br />
e Treinamentos em Análises Clínicas, em Floripa, ambas na Santa e bela Catarina. É idealizador e<br />
apresentador do talk-show Papo de Jaleco no YouTube.<br />
0 98<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
Importância da Vigilância Sanitária na Biossegurança<br />
e no controle dos bens de consumo e prestação de<br />
serviços relacionados à saúde.<br />
Por: Jorge Luiz Silva Araújo-Filho, Vanessa Valente Elias.<br />
BIOSSEGURANÇA<br />
Os poderes de que é dotada a Administração<br />
Pública são necessários e proporcionais às funções<br />
à mesma determinados. Em outras palavras,<br />
a Administração Pública é dotada de poderes que<br />
se constituem em instrumentos de trabalho.<br />
Meirelles conceitua: "Poder de polícia é a faculdade<br />
de que dispõe a Administração Pública<br />
para condicionar e restringir o uso e gozo de<br />
bens, atividades e direitos individuais, em benefício<br />
da coletividade ou do próprio Estado”.<br />
O poder disciplinar da Administração não<br />
deve ser confundido com o poder punitivo do<br />
Estado, realizado por meio da Justiça Penal. O<br />
disciplinar é interno à Administração, enquanto<br />
que o penal visa a proteger os valores e bens<br />
mais importantes do grupo social em questão.<br />
A retomada das atividades econômicas no<br />
País, em meio a pandemia, demandou a construção<br />
de protocolos sanitários específicos para<br />
cada setor afetado, que exigiu uma adaptação<br />
às necessidades específicas de cada local, para a<br />
segurança no atendimento da coletividade.<br />
Dessa forma, a Agência Nacional de Vigilância<br />
Sanitária (Anvisa), gestor do sistema nacional<br />
de Vigilância sanitária, que têm por finalidade<br />
institucional, promover a proteção da saúde da<br />
população, por intermédio do controle sanitário<br />
da produção e consumo de produtos e serviços<br />
submetidos à vigilância sanitária, inclusive dos<br />
ambientes, dos processos, dos insumos e das<br />
tecnologias a eles relacionados, bem como o controle<br />
de portos, aeroportos, fronteiras e recintos<br />
alfandegados, publicou protocolos e planos de<br />
contingência a serem seguidos no enfrentamento<br />
do Novo coronavírus no âmbito Nacional.<br />
Este Plano de Contingência é parte do conjunto<br />
de ações da Agência para enfrentamento à<br />
pandemia de Covid-19 e possui interface com<br />
outras instâncias e mecanismos de articulação<br />
e comando responsáveis pela coordenação institucional<br />
e interinstitucional nas demais frentes<br />
de atuação da Anvisa.<br />
Assim, compete ao Estado, através de seus<br />
órgãos de fiscalização coordenar o SEVISA -<br />
Sistema Estadual de Vigilância Sanitária, implementar<br />
e gerenciar o SIVISA- Sistema de<br />
Informação em Vigilância Sanitária, legislar em<br />
caráter suplementar, assessorar e apoiar os municípios<br />
nas ações de Vigilância Sanitária (VISA),<br />
capacitar, planejar, programar e executar ações<br />
compartilhadas, monitorar e avaliar processos<br />
de descentralização das ações de VISA. Compete<br />
ao município, planejar, implementar e executar<br />
ações de VISA com a cooperação técnica e<br />
financeira da União e do Estado, monitorar em<br />
caráter suplementar, gerenciar o Sistema de Informação<br />
em Vigilância Sanitária.<br />
Compete ao município, planejar, implementar<br />
e executar ações de VISA com a cooperação técnica<br />
e financeira da União e do Estado, monitorar<br />
em caráter suplementar, gerenciar o Sistema<br />
de Informação em Vigilância Sanitária.<br />
Esse processo disciplinar de Pactuação das<br />
ações de fiscalização dos serviços se denomina<br />
Descentralização administrativa, em que o<br />
Poder Público cria uma pessoa jurídica e atribui<br />
a titularidade e a execução de serviço público,<br />
como exemplos clássicos há a criação de entes<br />
da Administração Indireta, isto é, autarquias,<br />
fundações, sociedades de economia mista e<br />
empresas públicas.<br />
A importância da descentralização está<br />
justamente no fato de que o município está<br />
bem mais próximo da população, conhece<br />
os problemas do cotidiano e, portanto, tem<br />
condições de dar respostas rápidas a estes<br />
problemas. É um meio de colocar a Vigilância<br />
Sanitária como parte da vida da cidade,<br />
integrando-se de forma colaborativa com<br />
todos os setores, e todos os profissionais<br />
envolvidos na questão, tendo como objetivo<br />
máximo a proteção e promoção da saúde da<br />
população.<br />
O Protocolo das Ações de Vigilância Sanitária<br />
trata do detalhamento do universo de atuação<br />
e dos objetos, para subsidiar a programação de<br />
ações de controle sanitário, exercido por meio<br />
de inspeção sanitária e monitoramento de qualidade<br />
de produtos e serviços.<br />
As ações desenvolvidas têm caráter Educativo<br />
(preventivo), Normativo (regulamentador),<br />
Fiscalizador e, em última instância, Punitivo,<br />
objetivando sempre eliminar ou minimizar a<br />
possibilidade de ocorrência de efeitos negativos<br />
à saúde.<br />
A despeito disso, a fiscalização têm que<br />
aprender a lidar com as iniquidades como<br />
um obstáculo aos plenos modos do andar da<br />
vida, ou uma ameaça concreta ao bem estar<br />
social, sabendo que o protagonismo das<br />
reais necessidades fica a critério da própria<br />
sociedade.<br />
Referências Bibliográficas<br />
<strong>Revista</strong> Âmbito Jurídico https://ambitojuridico.com.br/;<br />
MEIRELLES, Heley Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, São Paulo: Mallheiros, 1999, p.115;<br />
<strong>Revista</strong> Âmbito Jurídico - https://ambitojuridico.com.br/;<br />
Portal da ANVISA. (http://portal.anvisa.gov.br/documents);<br />
Irene Nohara- Direito administrativo – https://direitoadm.com.br/;<br />
Cartilha de VISA - http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cartilha_vigilancia.pdf<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020<br />
Jorge Luiz Silva Araújo-Filho<br />
(@dr.biossegurança)<br />
Biólogo, Mestre em Patologia, Doutor em Biotecnologia;<br />
Palestrante e Consultor em Biossegurança.<br />
Contato: jorgearaujofilho@gmail.com<br />
Te.: (81) 9.9796-5514<br />
Maria Isabel Santacruz Jimenez<br />
Marcatto - (@falandode_visa)<br />
Maria Isabel Santacruz Jimenez Marcatto (@falandode_visa):<br />
Cirurgiã Dentista, especielista em saúde pública, servidora<br />
Centro de Vigilância Sanitária – CVS São Paulo.<br />
Contato: mrsmarcatto@gmail.com<br />
0 99
INFORME DE MERCADO<br />
INFORMES DE MERCADO<br />
Esta Seção é um espaço publicitário dedicado para a divulgação e ou explanação<br />
dos produtos e lançamentos do setor.<br />
Área exclusiva para colaboradores anunciantes.<br />
Mais informações: comercial@newslab.com.br<br />
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Para ser uma solução completa para<br />
laboratórios de todo o Brasil, precisamos<br />
de parceiros que entreguem qualidade e<br />
acreditem no nosso propósito: cuidar de<br />
cada vida. Alguns deles são nomes já conhecidos<br />
no mercado laboratorial, como<br />
Cremer, Abbott, BD e Rioquímica.<br />
Com 83 anos de história, a Cremer tem<br />
a responsabilidade de ser uma das maiores<br />
empresas do país no fornecimento de<br />
itens de primeiros socorros, cirurgia, higiene,<br />
tratamento e proteção. Nosso portfólio<br />
é bem amplo com luvas, algodão,<br />
curativo e esparadrapo.<br />
Quando o assunto é teste rápido, a<br />
Abbott é uma grande referência no assunto.<br />
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inteligentes e rápidas, podendo transformar<br />
a maneira como a saúde é tratada.<br />
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aos pacientes e profissionais da saúde,<br />
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médicos seguirem condutas clínicas mais<br />
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é referência na produção de saneantes<br />
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as demandas do dia a dia desses locais.<br />
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0 100<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
Como o coronavírus se espalhou pelo país?<br />
Em uma pesquisa inédita, estudo revela dados importantes sobre a pandemia no Brasil.<br />
O Brasil já estava assistindo a catástrofe<br />
ocorrida pela COVID-19 em outros lugares<br />
do mundo quando o vírus chegou aqui, e<br />
consequentemente, seus efeitos devastadores<br />
também. Em meados de março o<br />
Brasil já se preparava para a pandemia o<br />
que, naquele momento, já era inevitável.<br />
Com isso, algumas medidas foram tomadas<br />
na tentativa de reduzir a curva de infectados,<br />
como: a reeducação da população com<br />
medidas preventivas e o fortalecimento do<br />
Sistema Único de Saúde (SUS), com equipamentos<br />
que auxiliassem pacientes com o<br />
quadro clínico mais severo, e ampliação do<br />
número de leitos.<br />
Medidas como a obrigatoriedade do uso<br />
de máscaras, fechamento de escolas e comércios<br />
e isolamento social contribuíram<br />
para o percurso tomado pelo vírus no país.<br />
É o que expõe um estudo inédito publicado<br />
na revista Science e ainda em andamento,<br />
coordenado pelo Instituto de Medicina<br />
Tropical da Faculdade de Medicina da Universidade<br />
de São Paulo (USP) em parceria<br />
com a Universidade de Oxford. A pesquisa<br />
envolveu 15 instituições brasileiras, que<br />
realizaram o sequenciamento de 427 genomas<br />
em 21 estados brasileiros e avalia<br />
a disseminação do vírus em todo território<br />
nacional.<br />
“As amostras foram colhidas entre os meses<br />
de março e abril, em mais de 80 cidades<br />
brasileiras. O intuito foi combinar dados<br />
genéticos do SARS-CoV-2 com dados de<br />
mobilidade dos brasileiros, para investigar<br />
como se deu a transmissão, e se as medidas<br />
preventivas tiveram algum impacto no controle<br />
da epidemia”, explica Nelson Gaburo,<br />
gerente geral do DB Molecular e um dos<br />
pesquisadores envolvidos na pesquisa.<br />
A COVID-19 presente no país tem origem,<br />
principalmente, europeia, e sua maior incidência<br />
de deu em grandes capitais que<br />
recebem muitos voos internacionais, como<br />
São Paulo, Belo Horizonte, Fortaleza e Rio<br />
de Janeiro. “O betacoronavírus possui um<br />
genoma de 30kb e é classificado com duas<br />
linhagens filogenéticas principais: A e B.<br />
Aqui no Brasil foi identificado um grande<br />
número de introduções no início da<br />
pandemia. Com a pesquisa conseguimos<br />
concluir que 76% dos vírus detectados se<br />
agrupam em três grandes linhagens, que se<br />
espalharam pelo país antes de adotarmos<br />
as medidas de controle, o que chamamos<br />
de Intervenções Não Farmacêuticas (INF)”,<br />
esclarece Nelson.<br />
A pesquisa conseguiu apontar que, com<br />
a ajuda das INFs, a taxa de transmissão<br />
do coronavírus reduziu consideravelmente<br />
entre a população, se comparado ao valor<br />
estimado no início da pandemia, ou seja,<br />
apesar da transmissão rápida, as INFs adotadas<br />
estão sendo eficazes até o momento.<br />
O trabalho contou com pesquisadores<br />
brasileiros e britânicos e com o apoio da<br />
FAPESP, MRC, Wellcome Trust, MCTIC, FINEP,<br />
CAPES, CNPq, INCT, FAPERJ e FAPEMIG.<br />
DB Molecular - Diagnósticos do Brasil<br />
Rua Cardoso de Almeida, 1460. Perdizes<br />
São Paulo. SP. 05013-001<br />
www.dbmolecular.com.br<br />
INFORME DE MERCADO<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020<br />
0 101
INFORME DE MERCADO<br />
imagem-informe-NL-setembro.pdf 1 31/08/2020 12:20<br />
Bunzl Saúde inaugura seu novo Centro de Distribuição<br />
C<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K<br />
A Bunzl Saúde, empresa focada em dispositivos<br />
médicos e laboratoriais, inaugurou<br />
seu novo Centro de Distribuição, localizado<br />
em Itajaí - SC. Com uma estrutura moderna e<br />
capacidade para armazenagem de 9 mil posições<br />
paletes, o espaço conta com 7 mil m² e<br />
14 docas, permitindo despachar e receber carregamentos<br />
simultaneamente. Logo, oferece<br />
maior eficiência na gestão de suprimentos de<br />
saúde em todo território nacional.<br />
“Nossa atividade é essencial, principalmente<br />
nesse período de pandemia. Temos como<br />
compromisso disponibilizar produtos com<br />
qualidade e eficiência operacional, isso só é<br />
possível devido a um bom controle de estoque,<br />
colaboradores capacitados e equipamentos<br />
modernos, motivos que asseguram um<br />
sistema efetivo na distribuição dos produtos<br />
para a saúde” afirma Ricardo Guidorizzi, Diretor<br />
de Operações.<br />
bunzlsaude.com.br<br />
(11) 3652-2525<br />
portal@bunzlsaude.com.br<br />
/bunzlsaude<br />
0 102<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
LumiQuick Diagnostics oferece ao mercado Brasileiro uma linha completa<br />
de produtos para o diagnóstico de Covid-19 fabricados nos EUA.<br />
INFORME DE MERCADO<br />
PRODUTOS DISPONÍVEIS:<br />
- QuickProfile 2019-nCoV IgG/IgM Test (*)<br />
- QuickProfile COVID-19 IgG/IgM Test (*)<br />
- QuickProfile COVID-19 ANTIGEN Test (*)<br />
- QuickProfile 2019-nCoV IgG EIA Test<br />
- QuickProfile 2019-nCoV IgM EIA Test<br />
- Quicknostics® COVID-19 RT-PCR (*)<br />
(*) registrado na ANVISA<br />
A LumiQuick Diagnostics, localizada no<br />
coração do Vale do Silício, na Califórnia<br />
-EUA, desenvolve e fabrica testes de alta<br />
qualidade para distribuição e venda no<br />
mercado mundial de diagnóstico In vitro.<br />
Nossas linhas de produtos contem testes<br />
imunológicos em vários formatos para<br />
detectar doenças infecciosas, marcadores<br />
cardíacos, marcadores de câncer, drogas<br />
de abuso, hormônios de fertilidade e outros<br />
marcadores de doenças.<br />
Nesse momento em que todos<br />
estamos enfrentando a pandemia e<br />
em muitos lugares as pessoas estão<br />
passando por situações semelhantes<br />
de isolamento ou distanciamento<br />
social e cuidados preventivos, a<br />
equipe LumiQuick aceitou o desafio<br />
e está trabalhando intensamente<br />
para oferecer uma linha completa de<br />
produtos cobrindo todos os aspectos<br />
diagnósticos da doença COVID-19.<br />
A LumiQuick também possui outros produtos<br />
registrados na ANVISA, entre em contato<br />
conosco para receber informações de como<br />
ter acesso a esses produtos.<br />
www.lumiquick.com - info@lumiquick.com<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020<br />
0 103
INFORME DE MERCADO<br />
Lançamento BIOMOL<br />
A Biologia Molecular (Biomol) é uma área da biologia<br />
que estuda os organismos em seus níveis mais elementares<br />
do ponto de vista genético, incluindo seu material<br />
genético (DNA ou RNA). Por meio dessa área de estudos,<br />
foi possível desenvolver dentro das análises clínicas diferentes,<br />
exames utilizando técnicas moleculares.<br />
A Biomol é um campo recente e tem como objetivo<br />
pesquisar os processos de replicação, transcrição e<br />
tradução de material genético. O desenvolvimento de<br />
tecnologias nesta área foi acelerado após a descoberta<br />
da estrutura do DNA, em 1953.<br />
Os testes moleculares são um dos segmentos mais<br />
modernos e estão em constante inovação das análises<br />
clínicas. Eles possuem, entre suas diversas vantagens:<br />
Facilidade e rapidez na execução, Alta sensibilidade e<br />
especificidade e Possibilidade de automação.<br />
A pesquisa em nível molecular atende a diversas<br />
especialidades da área da saúde. Os exames desenvolvidos<br />
são utilizados, por exemplo, para diagnósticos<br />
de cânceres e mutações genéticas, testes de paternidade,<br />
além de detecção de doenças infecciosas, pois<br />
possuem alta especificidade. As técnicas moleculares<br />
também podem ser aplicadas para avaliar respostas<br />
aos tratamentos.<br />
Alguns exemplos de aplicações dos exames<br />
moleculares:<br />
Mapeamento de doenças genéticas, como câncer;<br />
- Determinação do sexo de bebê e risco de doenças cromossômicas,<br />
através do TPNI - Teste Pré-Natal não invasivo;<br />
- Diagnóstico de doenças infecciosas, como as respiratórias<br />
(Influenza) ou ISTs (Infecções Sexualmente<br />
Transmissíveis);<br />
- Diagnóstico de alergias ou intolerâncias.<br />
PCR: um dos tipos de teste molecular mais utilizados<br />
Em decorrência do novo coronavírus, um tipo de teste<br />
biomolecular está sendo amplamente utilizado: a PCR<br />
(em inglês, Reação em cadeia da polimerase). Esta técnica<br />
utilizada muito durante a pandemia já existe desde 1983<br />
e é usada para diagnóstico de dengue, zika, chikungunya,<br />
meningite, HPV e ISTs em geral, entre outras doenças.<br />
A PCR revolucionou o segmento de Biologia Molecular,<br />
pois, através da amplificação do DNA in vitro,<br />
possibilitou a detecção de quantidades mínimas do<br />
organismo a ser estudado. Esta técnica permite identificar<br />
a presença vírus, fungo ou bactéria, além de<br />
quantificá-lo quando necessário. Em um exame de CO-<br />
VID-19 ou Influenza, por exemplo, a PCR aponta o vírus<br />
na amostra com maior precisão, mesmo que presente<br />
em pouca quantidade.<br />
A PCR em tempo real, ou simplesmente qPCR (do<br />
inglês, PCR quantitativa) é uma evolução da PCR convencional,<br />
pois permite acompanhar a amplificação do<br />
ácido nucleico em tempo real e, se necessário, identificar<br />
vários tipos de genótipos. Além disso, é possível<br />
realizar a pesquisa para mais de um patógeno simultaneamente<br />
em uma mesma amostra, avaliar o nível de<br />
alteração do gene e quantifica-lo no organismo.<br />
Além da qPCR, existem outros métodos de exame<br />
molecular, como o sequenciamento e a eletroforese. O<br />
sequenciamento é uma técnica que permite, como o<br />
próprio termo explica, visualizar a sequência dos nucleotídeos<br />
em um determinado segmento de DNA. Já a<br />
eletroforese é um processo que separa moléculas como<br />
DNA ou proteínas de acordo com seu tamanho e peso.<br />
Através desta separação é possível perceber alterações<br />
genéticas. A eletroforese é uma técnica utilizada após a<br />
PCR convencional. Já na aplicação da qPCR esta etapa<br />
não é necessária, pois amplificação e detecção do DNA<br />
são feitas simultaneamente.<br />
Celer investe em Biologia Molecular<br />
Tendo em vista a importância da biologia molecular<br />
para a área de medicina diagnóstica e a demanda atual<br />
por testes qPCR, a Celer Biotecnologia lança a sua Linha<br />
Biomol. A linha é formada inicialmente por quatro<br />
equipamentos e está em fase de registro junto à Agência<br />
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).<br />
Os equipamentos, importados, são da marca<br />
parceira Sansure Biotech. A empresa chinesa possui<br />
foco em desenvolvimento e fabricação de produtos<br />
para laboratórios moleculares. Além disso,<br />
é reconhecida pela qualidade e confiabilidade de<br />
seus produtos. A Sansure está presente em mais de<br />
2.000 hospitais e laboratórios, localizados em cerca<br />
de 40 países, sendo responsável pela realização de<br />
mais de 100 mil testes diários.<br />
Segundo Danielle Rodrigues, biomédica especialista<br />
em Biologia Molecular da Celer Biotecnologia, o investimento<br />
inicial foi realizado como solução durante<br />
a pandemia da Covid-19 porque, para o coronavírus,<br />
a confirmação do diagnóstico de infecção ativa se dá<br />
pela técnica PCR. Entretanto, ela reforça que todos os<br />
sistemas da linha Biomol da Celer são equipamentos<br />
promissores pós-pandemia, pois permitem a realização<br />
de diagnóstico de diversas condições clínicas.<br />
Apesar de recente, o investimento da empresa no<br />
setor de biologia molecular está em crescimento.<br />
Novos produtos, que representem soluções importantes<br />
para os laboratórios, estão sendo avaliados<br />
para serem inseridos na linha. "A expectativa atual<br />
é trazer 10 produtos de qPCR, mas ainda serão definidos.<br />
Além disso, o time de assessoria científica foi<br />
expandido para oferecer um suporte especializado ao<br />
cliente, visto que há várias especificidades na prática<br />
em biologia molecular.", conta Danielle.<br />
Conheça os equipamentos da Linha Biomol<br />
da Celer Biotecnologia:<br />
• iPonatic - Biomol Sansure<br />
Plataforma molecular para PCR em tempo real. Pode<br />
ser utilizada na detecção de SARS-CoV-2.<br />
• MA6000 - Biomol Sansure<br />
Sistema de PCR quantitativo em tempo real.<br />
• NATCH CS - Biomol Sansure<br />
Sistema de extração automatizada de ácidos nucléicos<br />
• SLAN96P - Biomol Sansure<br />
Sistema de PCR em tempo real.<br />
Tem interesse nos equipamentos de biologia<br />
molecular?<br />
Entre em contato no telefone (31) 3413-0814 ou<br />
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0 104<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
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INFORME DE MERCADO<br />
HORIBA Medical Brasil inova e disponibiliza ferramenta para<br />
avaliação da identificação de células sanguíneas – QSP<br />
• Usuários ilimitados<br />
• Cada gerente de laboratório estabelece o protocolo<br />
de controle e escolhe as lâminas a serem analisadas<br />
pela equipe responsável pelo exame das lâminas.<br />
• Semanalmente, um caso pode ser examinado.<br />
• O programa QSP emite relatórios personalizados<br />
para garantir uma rastreabilidade perfeita.<br />
O software QSP é uma ferramenta para imagens<br />
de alta definição, didática e muito intuitiva.<br />
Ele oferece ao pessoal do laboratório o<br />
exame das lâminas sanguíneas, que são digitalizadas<br />
e avaliadas previamente. Permite ao<br />
laboratório avaliar a capacidade dos potenciais<br />
examinadores<br />
O QSP é mais do que um atlas citológico…<br />
Usa casos clínicos reais fornecidos por<br />
médicos aprovados.<br />
Com casos normais e patológicos.<br />
Vantagens<br />
Treinamento contínuo dos analistas de laboratório<br />
• 6 slides digitais por mês.<br />
• O laboratório pode definir sua própria classificação<br />
de células.<br />
• Avaliação de WBC, RBC e PLT classificação e /<br />
ou morfologias.<br />
• Identificação incorreta de células.<br />
• Relatórios com desempenho individual pontuação.<br />
• Fácil de usar<br />
• Não há necessidade de material adicional (baseado<br />
em PC).<br />
É elaborado um relatório individual da classificação<br />
que mostra<br />
• Um índice da sensibilidade média das células<br />
corretamente classificadas em relação<br />
à referência.<br />
• Uma classificação imediata de TP, TN, FP, FN e<br />
os cálculos associados da relação sensibilidade<br />
e precisão<br />
• Imagens de células que não combinam com a<br />
classificação de referência.<br />
• As observações do leitor e do gerente.<br />
• As ações corretivas associadas.<br />
Benefícios<br />
• Padronização da leitura manual das lâminas<br />
ao microscópio.<br />
• Aumentando a confiabilidade dos resultados<br />
finais.<br />
• Ajudar novos técnicos a melhorar seu nível e se<br />
tornarem confiantes.<br />
• Ajudando Técnicos experientes a manter<br />
seu nível.<br />
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0 106<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
INFORME DE MERCADO<br />
VERI-Q TM PCR 316 COVID-19<br />
Plataforma de Detecção PCR Real Time<br />
O sistema Veri-Q é compacto e ultrarrápido<br />
com resultados de PCR em Tempo Real para<br />
SARS-COV-2 em até 2 horas.<br />
Todos os processos de detecção de genes são<br />
baseados no método TaqMan e com isto os resultados<br />
são obtidos rapidamente com grande<br />
precisão.<br />
A PMH Produtos Médicos Hospitalares,<br />
empresa que atua no mercado diagnóstico<br />
há 36 anos com produtos de alta qualidade,<br />
vem se consolidando com uma grande força<br />
na comercialização de produtos para Biologia<br />
Molecular para o mercado Brasileiro.<br />
Apresentamos o sistema para suporte<br />
ao diagnóstico da Covid-19 pela metodologia<br />
de PCR em Tempo Real, Veri-Q da<br />
MicoBiomed, empresa da Coreia do Sul,<br />
especializada em diagnóstico por Biologia<br />
Molecular.<br />
Saiba mais como esta solução e nosso time<br />
especializado poderá ajudar o seu laboratório<br />
na luta contra a COVID-19.<br />
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71200-222 Brasília DF<br />
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61 3403-1300<br />
A Importância da Validação Técnica e Clínica de Produtos<br />
para Diagnóstico In Vitro<br />
Para o registro na ANVISA de produtos para<br />
diagnóstico in vitro é necessária a validação<br />
técnica do produto para todas as classes de<br />
risco: 1, 2, 3 e 4, que demonstrem o seu desempenho<br />
e sua estabilidade, dentre outras<br />
informações. No entanto, para produtos das<br />
classes 3 e 4 e para produtos de novos marcadores<br />
(independente da classe) a validação<br />
clínica do produto, além da técnica, também<br />
é necessária. Recentemente, a exemplo dos<br />
novos produtos para ensaios in vitro para SAR-<br />
S-COV-2, a validação clínica é necessária uma<br />
vez que esta infecção é classificada como risco<br />
3, mas também por ser um novo marcador,<br />
nesse caso para um novo vírus causador da<br />
pandemia COVID-19. Portanto, novos marcadores<br />
das classes 1 e 2 também necessitam de<br />
validação clínica, além da validação técnica.<br />
Orientações sobre registro, validação e ensaios<br />
clínicos podem consultados nas normativas:<br />
RDC 36/2015 ANVISA, IN4/2019 ANVISA, ISO<br />
14155:2011 Clinical Investigation of Medical<br />
Devices For Human Subjects — Good Clinical<br />
Practice, etc.<br />
Portanto ao selecionar um novo produto de<br />
diagnóstico para compra ou revenda, destaca-se<br />
avaliar cuidadosamente os ensaios clínicos, se<br />
foram bem realizados, com número de amostras<br />
significativo e com resultados satisfatórios, e os<br />
testes de estabilidade, que demonstrem que<br />
o produto mantém o seu desempenho durante<br />
todo o prazo de validade do produto.<br />
A ENZYTEC realiza em seu laboratório o<br />
serviço de “Validação Laboratorial de<br />
Produtos para Diagnóstico In Vitro”,<br />
que é de grande ajuda e suporte nesses casos,<br />
atendendo distribuidoras que querem<br />
verificar o desempenho de seus produtos<br />
bem como fabricantes que terceirizam seus<br />
ensaios de validação. Os ensaios são realizados<br />
conforme a RDC 36/2015 ANVISA,<br />
dentro de uma estrutura que segue a RDC<br />
16/2013 ANVISA, de forma completa ou<br />
parcial, a combinar. Entre em contato para<br />
um Orçamento sem compromisso e entenda<br />
como funciona a nossa Validação.<br />
+55 31 99145 9259<br />
enzytec@enzytec.com<br />
www.enzytec.com<br />
0 108<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
Acesso remoto aos analisadores CellaVision:<br />
Telepatologia acessível a todos<br />
INFORME DE MERCADO<br />
Muitos profissionais de laboratório que<br />
trabalham na área da hematologia já<br />
conhecem ou utilizam a tecnologia CellaVision<br />
para a realização da contagem diferencial<br />
automatizada de leucócitos. O equipamento<br />
faz a leitura das lâminas e fornece ao analista<br />
uma pré-classificação dos leucócitos, bem<br />
como a pré-caracterização dos eritrócitos<br />
através da análise morfológica conduzida por<br />
inteligência artificial.<br />
Nos últimos quinze anos a morfologia celular<br />
digital tem se tornado uma realidade na maioria<br />
dos laboratórios de grande volume de amostras.<br />
Nestas instituições, é muito comum o acesso<br />
remoto aos analisadores CellaVision, onde um<br />
ou mais analistas acessam remotamente as<br />
imagens das células dos pacientes que tiveram<br />
suas amostras selecionadas para a contagem<br />
diferencial. Este acesso remoto permite que<br />
colaboradores revisem amostras processadas<br />
em outro local, por exemplo, em um laboratório<br />
satélite, um hospital afastado dos grandes<br />
centros ou outro laboratório afiliado.<br />
A tecnologia CellaVision, antes disponível<br />
apenas para laboratórios de grande volume de<br />
amostras, agora está ao alcance de laboratórios<br />
de todos os portes. Durante a última edição<br />
do AACC, maior evento de análises clínicas<br />
do mundo, a CellaVision apresentou um novo<br />
equipamento de pequeno porte, o DC-1 - ideal<br />
para laboratórios com pequeno volume de<br />
amostras. O novo modelo processa uma lâmina<br />
por vez e possui todas as funcionalidades<br />
dos equipamentos CellaVision maiores. Desta<br />
forma, laboratórios pequenos também poderão<br />
contar com os recursos CellaVision, o que inclui<br />
o acesso remoto, permitindo a colaboração<br />
de analistas localizados em outros centros<br />
diagnósticos. Especialistas em morfologia<br />
poderão opinar ou até mesmo assinar casos<br />
processados em laboratórios afastados. A<br />
telepatologia aumenta a precisão dos exames<br />
e a atuação dos especialistas em morfologia<br />
celular. É notável a redução do tempo de entrega<br />
dos resultados (TAT), o incremento da acurácia<br />
diagnóstica e da produtividade e, sobretudo,<br />
da consistência, uma vez que o processo de<br />
contagem diferencial se torna padronizado.<br />
Saiba mais em www.cellavision.com<br />
Contato: Wagner Miyaura - Market<br />
Support Manager, South America<br />
wagner.miyaura@cellavision.com<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020<br />
0 109
INFORME DE MERCADO<br />
D-Dímero mLabs®<br />
Auxílio na estratificação da gravidade por infecção do COVID - 19<br />
Com a disseminação do COVID-19, diversos<br />
estudos estão sendo publicados, possibilitando<br />
o maior conhecimento da doença na<br />
tentativa de reduzir o número de casos e a<br />
gravidade dos indivíduos infectados.<br />
Recentemente pesquisadores chineses avaliaram<br />
achados laboratoriais os quais foram<br />
correlacionados valores elevados de D-Dímero<br />
como valor preditivo para a gravidade<br />
da doença, conforme artigo publicado no<br />
The Journal of Thrombosis and Haemostasis.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020<br />
Diante aos novos estudos a Sociedade<br />
Britânica de Hematologia, sugeriu a execução<br />
de testes de coagulação em indivíduos<br />
infectados por COVID-19. Dentre os testes<br />
laboratoriais, está recomendado a dosagem<br />
do D-Dímero, permitindo assim com os outros<br />
testes de coagulação o cálculo do escore<br />
de coagulação intravascular disseminada estabelecido<br />
pela Sociedade Internacional de<br />
Trombose e Hemostasia (ISTH), auxiliando<br />
na estratificação da gravidade por infecção<br />
do COVID-19.<br />
O teste do D-Dímero é de uso clinicamente<br />
significativo na decisão do diagnóstico<br />
de pacientes com suspeitas de episódios<br />
trombóticos, tais como a trombose venosa<br />
profunda (TVP), embolia pulmonar (EP) e<br />
coagulação intravascular disseminada (CID/<br />
CIVD).<br />
O teste de D-Dímero realizado no equipamento<br />
mLabs® tem como metodologia a imunofluorescência<br />
num cartucho micro fluídico.<br />
Utilizando um baixo volume de amostra de<br />
sangue total, permite a execução do teste a<br />
beira do leito do paciente.<br />
Referências bibliográficas:<br />
• Tang, Ning, et al. “Abnormal Coagulation parameters<br />
are associated with poor prognosis in patients<br />
with novel coronavirus pneumonia.” Journal<br />
of Thrombosis and Haemostasis (2020).<br />
Para maiores informações, entre em<br />
contato através do<br />
e-mail faleconosco@lumiradx.com<br />
ou (11) 5185- 8181.<br />
0 111
INFORME DE MERCADO<br />
NEWPROV Lança sua Loja Virtual<br />
Com um simples cadastro você terá acesso<br />
a promoções especiais, lançamentos de<br />
produtos, cotações completas e atendimento<br />
exclusivo, através do seu computador,<br />
tablet ou celular.<br />
Trazer comodidade, rapidez e atendimento<br />
humanizado a nossos clientes, é<br />
uma das missões da Newprov.<br />
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Visando facilitar a sua experiência de<br />
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Laboratórios, convida a todos a conhecerem<br />
sua nova plataforma comercial,<br />
loja virtual Newprov.<br />
Diversas formas de pagamento, objetivando<br />
a adequação a necessidade do<br />
cliente, acesso direto ao Departamento<br />
de Garantia da Qualidade, entrega garantida.<br />
Newprov - Produtos para Laboratório<br />
Telefone: +55 (41) 3888-1300<br />
0800 – 6001302<br />
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sac@newprov.com.br<br />
Tubo de transporte com Solução Salina (NaCl 0,9%) – SARSTEDT<br />
para RT-PCR e conta com certificações IATA<br />
de padrão internacional para o transporte de<br />
amostras.<br />
A proposta agrega qualidade ao processo por<br />
assegurar a conservação e o preparo do material<br />
coletado em um tubo já pronto para uso e com<br />
tampa rosqueável. Com isso reduz-se a manipulação,<br />
eliminando as chances de vazamentos<br />
ou contaminação por dispersão de partículas<br />
aerossóis.<br />
A produção nacional confere disponibilidade<br />
imediata, permite a entrega em grande escala,<br />
bem como a customização de kits.<br />
O surto atual causado pelo novo coronavírus<br />
(SARS-Cov-2) constitui uma emergência de<br />
saúde pública de importância internacional,<br />
no mais alto nível de alerta da Organização<br />
Mundial de Saúde. A precisão diagnóstica da<br />
infecção (COVID-19) é crucial para que ações<br />
clínicas possam ocorrer em tempo. O patógeno<br />
é identificado diretamente através do exame de<br />
RT-PCR, considerada metodologia padrão-ouro<br />
para a testagem.<br />
Os desafios na detecção da doença incluem<br />
potencial suscetibilidade às questões pré-analíticas<br />
como erros de identificação, coleta, manuseio,<br />
transporte e armazenamento dos swabs.<br />
Consequências geradas por resultados tardios<br />
ou incorretos podem impactar diretamente nas<br />
condutas médicas.<br />
A SARSTEDT incorporou recentemente ao seu<br />
amplo portfólio de soluções pré-analíticas, o<br />
tubo estéril de transporte com 3ml de solução<br />
salina (NaCl 0,9%). O produto atende aos<br />
protocolos de padronizações e processamento<br />
de amostras. Com dimensão de 13 x 75mm,<br />
compatível com as plataformas de automação<br />
Para a coleta é importante seguir a padronização<br />
institucional vigente.<br />
A SARSTEDT mais uma vez inova em soluções<br />
direcionadas aos desafios atuais.<br />
Para maiores informações<br />
entre em contato com<br />
vendas.br@sarstedt.com<br />
ou 11 4152-2233<br />
0 112<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
INFORME DE MERCADO<br />
Biossegurança dos Equipamentos Hematológicos Celltac da Nihon Kohden<br />
A biossegurança tem um papel importante e<br />
crucial na rotina laboratorial, tanto que existem<br />
regulamentações destinadas que impõem regras<br />
com intuito de prevenir contaminações e outras<br />
ocorrências que possam interferir na saúde de qualquer<br />
profissional dentro deste ambiente. Algumas<br />
medidas adotadas pela maioria dos laboratórios<br />
incluem a utilização de equipamentos de proteção<br />
individuais (EPI’s) e coletivos (EPC’s), organização e<br />
limpeza do ambiente, equipamentos e instrumentos<br />
laboratoriais.<br />
MEK-6500<br />
Atualmente com o enfrentamento da COVID-19,<br />
devido à alta transmissibilidade e aumento das<br />
atividades laboratoriais para atender a demanda,<br />
há a necessidade de preservar os profissionais<br />
desta área. Se já são fornecidos os equipamentos<br />
básicos como os EPI’s é importante seguir<br />
um plano mais abrangente como cita o estudo<br />
fornecido pela Organização Mundial da saúde<br />
(OMS), Laboratory biosafety guidance related to<br />
coronavirus disease (Disponível em https://www.<br />
who.int/publications/i/item/laboratory-biosafe-<br />
ty-guidance-related-to-coronavirus-disease-(-<br />
covid-19)), que destaca como deve ser a manipulação<br />
de materiais altamente infecciosos inclusive<br />
os que podem causar respingos e gotículas, como<br />
ocorre no setor de hematologia ao abrir tubos para<br />
processamento das amostras.<br />
Para aumentar a biossegurança dentro do seu laboratório<br />
e evitar ao máximo o contato direto com<br />
o sangue e eventuais acidentes ao abrir o tubo de<br />
hemograma, toda a linha de equipamentos hematológicos<br />
de uso humano da Nihon Kohden possui<br />
sistema de perfuração de tampa e diluição automática<br />
de amostras, compatível com a maioria dos tubos<br />
comercializados no mercado brasileiro, levando<br />
mais segurança e agilidade para seu laboratório.<br />
MEK-9100<br />
MEK-7300<br />
Opte pela segurança do seu laboratório!<br />
Opte por equipamentos hematológicos Celltac da Nihon Kohden!<br />
Link geral: https://linktr.ee/nihonkohdenbrasil<br />
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Instagram: https://www.instagram.com/nihonkohdenbrasil/?hl=pt-br<br />
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LinkedIn: https://www.linkedin.com/company/nihon-kohden-brasil/<br />
Twitter: https://twitter.com/KohdenNihon<br />
Site: https://br.nihonkohden.com/<br />
NIHON KOHDEN<br />
Rua Diadema, 89 1° andar CJ11 a 17<br />
Bairro Mauá – São Caetano do sul/SP<br />
CEP 09580-670, Brasil<br />
Contato: +55 11 3044-1700<br />
FAX: + 55 11 3044-0463<br />
fabio.jesus@nkbr.com.br<br />
0 114<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
Firstlab Amplia Linha de Tubos de Coleta de Sangue a Vácuo.<br />
VHS. Utilizado para o teste de VHS (velocidade<br />
de hemossedimentação) para detectar inflamação<br />
ou infecção no organismo. Com opções em<br />
plástico PET transparente, vidro e acessórios:<br />
pipeta e rack com graduação.<br />
INFORME DE MERCADO<br />
A análise do sangue é fundamental para o<br />
diagnóstico e tratamento de vários processos<br />
patológicos. Assim, os produtos utilizados para<br />
efetuar a coleta do sangue são de extrema importância,<br />
pois além de auxiliar em um melhor<br />
resultado dos exames, podem reduzir erros e<br />
fatores de interferência na fase pré-analítica.<br />
Por isso a linha de Tubos de Coleta de Sangue<br />
a vácuo da Firstlab está mais completa,<br />
com novas opções para atender a qualquer<br />
necessidade, garantindo a segurança do profissional<br />
de saúde e qualidade das amostras<br />
coletadas.<br />
Trombina com gel. O ativador de coágulo a<br />
base de trombina reduz o tempo de coagulação<br />
do sangue para 5 minutos apenas. A coagulação<br />
rápida impede a formação de fibrina<br />
que pode bloquear a sonda dos equipamentos<br />
e a presença do gel separador permite a<br />
obtenção de um soro de alta qualidade.<br />
Completam a linha: EDTA K2 com gel, ACD-A<br />
(citrato ácido dextrose) que atua como anticoagulante<br />
e melhora a conservação dos eritrócitos,<br />
heparina de lítio ou sódio com gel e análise de<br />
traços de elementos.<br />
Conte sempre com a Firstlab e faça análises<br />
precisas com produtos que você confia!<br />
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Vida Biotecnologia confirma a expansão para 2020<br />
A empresa que neste ano completa 10 anos<br />
de mercado, vem se destacando com imponência<br />
na fabricação de todos os reagentes<br />
para química clínica, hematologia, látex e<br />
testes-rápidos.<br />
Sua equipe conta com profissionais experientes<br />
e gestores capacitados para a expansão<br />
diante dos desafios impostos a 2020,<br />
sempre com muita determinação, positivismo<br />
e força de trabalho.<br />
A Vida Biotecnologia confirma a expansão<br />
de sua estrutura ainda para 2020. Em<br />
uma área de aproximadamente 2500 m² a<br />
empresa visa ampliar seus horizontes, além<br />
de trazer conforto e bem-estar a seus colaboradores.<br />
A nova sede que está sendo preparada conta<br />
com excelente localização ao lado da sede<br />
administrativa do governo de Minas Gerais, as<br />
margens de uma importante via expressa de<br />
Belo Horizonte e a poucos minutos do Aeroporto<br />
Internacional de Confins.<br />
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com sua Central de Atendimento<br />
(31) 3466-3351 ou através do site<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020<br />
0 115
INFORME DE MERCADO<br />
DIAGNÓSTICO DE DOENÇAS GASTROINTESTINAIS<br />
As doenças inflamatórias intestinal crônica<br />
(DIIC) são caracterizadas pela inflamação<br />
de diferentes áreas do trato gastrointestinal<br />
e ocorrem em episódios. Fases sintomáticas<br />
(recidivas) alternam com as fases de remissão,<br />
onde a doença é praticamente imperceptível.<br />
A severidade dos sintomas e a<br />
duração dos episódios diferem de paciente<br />
para paciente.<br />
A etiologia das DIIC é relativamente desconhecida,<br />
porém presume-se que suscetibilidade<br />
genética e fatores ambientais (tratamento<br />
com antibióticos, fumo, algumas<br />
dietas, estresse) podem causar a doença.<br />
As formas mais relevantes das DIIC são<br />
Colite Ulcerativa e Doença de Crohn. Em<br />
cerca de 10% dos casos, é observada uma<br />
forma mista, que não pode ser claramente<br />
atribuída a nenhuma das doenças (colite<br />
indeterminada).<br />
Tanto na doença de Crohn quanto na Colite<br />
Ulcerativa ocorre uma disfunção da barreira<br />
intestinal da mucosa e do epitélio intestinal.<br />
Assim, bactérias patogênicas passam a<br />
migrar do lúmen intestinal para as células<br />
epiteliais e desencadear uma resposta inflamatória.<br />
Para a diferenciação entre os diferentes<br />
tipos de DIIC e para o diagnóstico<br />
correto da síndrome do intestino irritável,<br />
o diagnóstico diferencial direcionado é de<br />
grande importância.<br />
As doenças inflamatórias intestinal crônica<br />
podem ser diagnosticadas, na maioria<br />
dos pacientes, através de testes sorológicos<br />
para a detecção de diversos anticorpos. A<br />
determinação desses anticorpos permite<br />
um diagnóstico diferencial e possibilita um<br />
tratamento mais assertivo.<br />
A EUROIMMUN disponibiliza em seu portfólio<br />
diversos ensaios para a detecção de<br />
anticorpos específicos, através das metodologias<br />
de ELISA, Imunofluorescência Indireta<br />
e Imunoblot.<br />
Através do método de imunoblot, é possível<br />
fazer a diferenciação entre Doença<br />
de Crohn e outras doenças autoimunes do<br />
trato gastrointestinal como doença celíaca,<br />
gastrite autoimune e anemia perniciosa.<br />
A determinação sorológica de anticorpos<br />
específicos é muito importante para um<br />
diagnóstico efetivo. Anticorpos contra<br />
transglutaminase tecidual (tTG) ocorrem na<br />
doença celíaca, com prevalência de 100%,<br />
uma vez que são praticamente ausentes em<br />
pessoas saudáveis e pacientes com outra<br />
doença gastrointestinal. Além disso, os<br />
pacientes com doença celíaca formam anticorpos<br />
muito específicos contra fragmentos<br />
de gliadina deamidada. Em pacientes com<br />
gastrite autoimune ou anemia perniciosa,<br />
anticorpos contra fator intrínseco e antígenos<br />
de células parietais estão presentes. A<br />
presença de anticorpos ASCA, entretanto,<br />
é indicativa de Doença de Crohn. Assim, a<br />
detecção paralela desses anticorpos fornece<br />
informações importantes para o diagnóstico<br />
diferencial.<br />
O teste da EUROIMMUN é baseado no<br />
sistema EUROLINE. As tiras de teste são<br />
revestidas com tTG recombinante, peptídeo<br />
de fusão análogos a gliadina recombinante<br />
(GAF-3x) e Manana de S.cerevisiae (ASCA).<br />
Além disso, o EUROLINE de Doenças Gastrointestinais<br />
IgG contém Fator intrínseco<br />
recombinante, bem como antígeno de células<br />
parietais nativo<br />
EUROIMMUN Brasil<br />
www.euroimmun.com.br<br />
contato@euroimmun.com.br<br />
(11) 2305-9770<br />
0 116<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
Doença de Crohn e outras<br />
doenças gastrointestinais<br />
(Doença Celíaca, Gastrite Autoimune)<br />
em um único teste<br />
A<br />
s doenças inflamatórias intestinais crônicas (DIIC)<br />
são caracterizadas pela inflamação de diferentes áreas<br />
do trato gastrointestinal e, normalmente, apresentam<br />
sintomas similares. Pensando nisso, lançamos a linha<br />
EUROLINE Doenças Gastrointestinais Autoimunes,<br />
que disponibiliza ensaios para a detecção<br />
de anticorpos específicos, através das metodologias<br />
de ELISA, Imunofluorescência Indireta e Imunoblot.<br />
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INFORME DE MERCADO<br />
Soluções tecnológicas para desafios biológicos complexos:<br />
nós somos a Beckman Coulter Life Sciences<br />
A Beckman Coulter Life Sciences combina<br />
duas das marcas mais conhecidas em laboratórios:<br />
Beckman Instruments, fundada pelo Dr. Arnold<br />
Beckman, em 1935, e Coulter Corporation,<br />
fundada por Wallace e Joseph Coulter, em 1958.<br />
Com mais de 80 anos de história, desafiamos<br />
a sabedoria convencional e ajudamos a resolver<br />
desafios biológicos complexos.<br />
Contamos com uma unidade de negócios de<br />
biotecnologia, com centrífugas e manipuladores<br />
automatizados de líquidos, uma unidade de<br />
negócios de citometria de fluxo, com citômetros,<br />
softwares e linha completa de anticorpos e<br />
reagentes para citometria, além de analisadores<br />
de particulados e de células, reagentes para o<br />
estudo de genômica.<br />
Estamos diretamente no Brasil, México, Colômbia,<br />
Porto Rico e temos mais de 30 distribuidores<br />
certificados, treinados e avaliados para atender a<br />
vários mercados em toda a América Latina.<br />
Nossa equipe de aplicações, treinada nos<br />
EUA e na Europa, está pronta para ajudar<br />
nossos clientes, de forma ágil, fornecendo<br />
soluções inovadoras e confiáveis. Nossos engenheiros<br />
de serviço cobrem todo o território<br />
latino-americano e são treinados na fábrica<br />
para consertar e calibrar nossos instrumentos<br />
com os mais altos e exigentes padrões.<br />
Nosso objetivo é fornecer soluções com a<br />
melhor experiência, no menor prazo possível,<br />
porque sabemos o quanto é importante<br />
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São Paulo - SP, Brasil<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
O COVIDSeq da Illumina é o primeiro teste NGS para detecção de COVID-19 a receber<br />
a autorização de uso emergencial do FDA Food and Drug Administration (EUA).<br />
de teste DRAGEN COVIDSeq no BaseSpace<br />
Sequence Hub para análise rápida.<br />
INFORME DE MERCADO<br />
Design e Controle de Qualidade<br />
Destaques do produto<br />
O teste Illumina COVIDSeq é o primeiro<br />
teste NGS aprovado para uso de<br />
acordo com a Food and Drug Administration's<br />
Emergency Use Authorization<br />
(EUA) dos EUA. Este teste NGS baseado<br />
em amplicons inclui primers 2019-<br />
nCoV projetados para detectar RNA do<br />
vírus SARS-CoV-2 em swabs nasofaríngeos,<br />
orofaríngeos de pacientes com<br />
sinais e sintomas de infecção suspeitos<br />
de COVID-19.<br />
Detecção rápida e escalonável de<br />
SARS-CoV-2<br />
O teste Illumina COVIDSeq pode ser<br />
ampliado ou reduzido para acomodar<br />
diferentes números de amostras. Os<br />
resultados de 1536 a 3072 podem ser<br />
processados em 12 horas no sistema<br />
NovaSeq 6000 usando dois kits de reagentes<br />
SP ou S4, respectivamente, ou<br />
384 resultados em 12 horas usando o<br />
kit de reagentes para NextSeq 500/550.<br />
Fluxo de Trabalho e Componentes<br />
O fluxo de trabalho inclui etapas<br />
para extração de RNA viral, conversão<br />
de RNA em cDNA, PCR, preparação de<br />
biblioteca, sequenciamento, análise e<br />
geração de relatório. Os principais componentes<br />
incluem o sistema NovaSeq<br />
6000 de alto rendimento ou os sistemas<br />
NextSeq 500/550, juntamente com o<br />
teste Illumina COVIDSeq e o pipeline de<br />
teste DRAGEN COVIDSeq ou o aplicativo<br />
O teste Illumina COVIDSeq aproveita<br />
uma versão modificada do protocolo<br />
ARTIC multiplex PCR validado e disponível<br />
ao público, com 98 amplicons<br />
projetados para amplificar sequências<br />
específicas do vírus SARS-CoV-2,<br />
combinado com a comprovada tecnologia<br />
de sequenciamento Illumina.<br />
Como característica de qualidade, um<br />
controle interno que consiste em 11<br />
alvos de mRNA humano é incluído em<br />
cada amostra.<br />
www.illumina.com<br />
Tel: (+55) 11 3500 3900, email:<br />
illuminabrasil@illumina.com<br />
Produtos válidos somente para pesquisa.<br />
Não devem ser utilizados para diagnóstico.<br />
© 2018 Illumina, Inc. Todos os direitos<br />
reservados.QB 5621<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020<br />
0 119
INFORME DE MERCADO<br />
Simplicidade, praticidade e segurança no combate à Pandemia.<br />
Gold Analisa inova e oferece ao mercado o kit individual para COVID.<br />
Muitas vantagens em só kit:<br />
. Abertura da embalagem junto ao paciente;<br />
. O teste pode ser adquirido por unidade;<br />
. Incluídos Todos os itens para a realização<br />
do teste;<br />
. Praticidade no descarte;<br />
. Acesso a vídeos, Instruções de procedimento<br />
e manual de erros no hotsite;<br />
. IgG e IgM em linhas separadas podendo<br />
determinar a fase da doença;<br />
. Maior sensibilidade e especificidade.<br />
Conheça o Kit Individual Covid-19 (IgG/IgM)<br />
Analisa para diagnóstico do Coronavírus.<br />
O kit individual traz toda a praticidade e<br />
segurança para execução do teste junto ao<br />
paciente. A embalagem é lacrada individualmente<br />
e contém todos os componentes necessários<br />
para a sua realização contendo além<br />
dos materiais essenciais para o teste, o material<br />
para assepsia, coleta e descarte. Visando<br />
a biosegurança o próprio sachê é novamente<br />
lacrado e identificado como material de risco<br />
biológico para o descarte seguro para operador<br />
e paciente.<br />
O COVID IGG/IGM Analisa identifica separadamente<br />
os anticorpos IgM e IgG contra o vírus<br />
SARS-CoV-2, em amostras de soro, plasma<br />
e sangue total podendo se utilizar a amostra<br />
capilar que traz mais conforto ao paciente.<br />
Consulte nossos distribuidores ou equipe de vendas.<br />
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‘‘ O teste sorológico é de uso profissional e<br />
sua execução requer o cumprimento de protocolos<br />
e diretrizes técnicas de controle, rastreabilidade<br />
e registros das autoridades de saúde.’’<br />
Para mais detalhes entre em contato<br />
através do telefone: 31 3272-1888 ou<br />
acesse o nosso hotsite www.sites.google.<br />
com/goldanalisa.com.br/covid19i/home<br />
Lançamento Labtest: Gasometria i15<br />
Portátil, leve e de fácil operação, o sistema de<br />
gasometria i15 Labtest é a solução ideal para<br />
quem busca um sistema completo e versátil,<br />
que permite realizar análises em ambientes laboratoriais<br />
e hospitalares.<br />
O sistema é automático e pode-se utilizar<br />
amostras de sangue total arterial ou venoso,<br />
coletadas em heparina lítica ou heparina balanceada<br />
com cálcio, incluindo gasometria capilar.<br />
• Sempre pronto para realizar o teste, o sistema<br />
utiliza apenas 140 µL de amostra e os<br />
resultados são obtidos em 48 segundos, após a<br />
aspiração da amostra. A bateria tem autonomia<br />
para 50 testes contínuos.<br />
• Até 34 parâmetros por amostra:10 parâmetros<br />
medidos (pH, pCO2, pO2, Na+, K+, Ca++,<br />
Cl-, Glu, Lac e Hct) e 24 parâmetros calculados.<br />
• Cartuchos individuais e de uso único que<br />
possuem microssensores para determinação<br />
dos parâmetros por potenciometria, amperometria<br />
e condutimetria.<br />
• O sistema requer baixa manutenção: com<br />
tecnologia inovadora de controle de líquidos, a<br />
amostra fica confinada no cartucho e não entra<br />
em contato com o sistema operacional interno.<br />
• Garantia de exatidão e precisão nos resultados:<br />
calibração automática a cada amostra, três<br />
níveis de controle de qualidade e simulações<br />
internas.<br />
• Com impressora embutida e software configurável<br />
para melhor atender a sua rotina, é<br />
capaz de armazenar até 10.000 dados de pacientes<br />
e 5.000 dados de CQ.<br />
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Site: labtest.com.br<br />
0 120<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
Kit Imuno-Rápido para diagnóstico da Febre Chikungunya IgG/IgM<br />
WAMA Diagnóstica disponibiliza o kit imuncromatográfico rápido para anticorpos contra a febre Chikungunya.<br />
A WAMA Diagnóstica, empresa líder no<br />
segmento de desenvolvimento e produção<br />
de testes rápidos no Brasil apresenta mais<br />
um produto que auxiliará no diagnóstico da<br />
Chikungunya, arbovirose transmitida pelo<br />
mosquito Aedes aegypti: o kit Imuno-Rápido<br />
Chikungunya IgG/IgM. O teste conta<br />
com a metodologia imunocromatográfica<br />
para realizar detecção qualitativa dos anticorpos<br />
de classe IgG/IgM contra o vírus no<br />
soro, plasma ou sangue total humano, identificando<br />
assim a infecção.<br />
A febre Chikungunya foi identificada inicialmente<br />
durante um surto no sul da Tanzânia<br />
em 1952. O nome vem do idioma<br />
africano Kimakonde e significa “inclinou-se<br />
ou contorceu-se de dor”, referindo-se à aparência<br />
dos pacientes que se inclinam por<br />
causa da dor nas articulações que a doença<br />
provoca. Atualmente, já foi detectada em<br />
mais de 60 países na Ásia, África, Europa e<br />
nas Américas. Nas últimas décadas, os mosquitos<br />
vetores da doença se espalharam,<br />
levando a um aumento abrupto nos surtos.<br />
De acordo com o Ministério da Saúde, em<br />
2016 já foram registrados mais de 230 mil<br />
casos prováveis de febre Chikungunya no<br />
Brasil, distribuídos em mais de 2 mil municípios,<br />
e 120 óbitos já foram confirmados pela<br />
doença. Ela se concentra principalmente na<br />
região Nordeste, onde a taxa de incidência<br />
pode chegar a 370 casos para cada 100 mil<br />
habitantes. Com a chegada do verão, época<br />
em que ocorrem mais casos de infecção, a<br />
atenção ao controle do vetor e diagnóstico<br />
da Chikungunya deve ser redobrada.<br />
A Chikungunya causa febre e graves dores<br />
nas articulações. Outros sintomas incluem<br />
dor muscular, dor de cabeça, náusea, fadiga<br />
e erupção cutânea. A dor nas articulações<br />
é, por vezes, debilitante e pode ter duração<br />
variada. A maioria dos pacientes se recupera<br />
completamente, mas, em alguns casos, a<br />
dor nas articulações pode persistir por vários<br />
meses, ou até mesmo por anos. Embora ainda<br />
raramente, pode haver comprometimento<br />
ocular, neurológico e cardiovascular, principalmente<br />
em pacientes idosos, o que pode<br />
levar a morte. Os sintomas muitas vezes são<br />
confundidos com outras doenças, principalmente<br />
a Dengue, dificultando o diagnóstico<br />
diferencial.<br />
Após a transmissão pela picada do Aedes<br />
aegypti, o aparecimento dos primeiros<br />
sintomas se dá entre 4 e 8 dias, podendo<br />
variar em alguns casos de 2 a 12 dias.<br />
Como resposta à infecção, o organismo<br />
começa a produzir anticorpos, inicialmente<br />
da classe IgM, após 7 a 10 dias<br />
do aparecimento dos primeiros sintomas.<br />
Após aproximadamente 20 dias, os níveis<br />
de anticorpos da classe IgG contra o Chikungunya<br />
começam a ser produzidos, e<br />
podem persistir detectáveis por meses ou<br />
anos após a infecção.<br />
Devido à co-circulação dos vírus Zika, Chikungunya<br />
e Dengue, os quais são transmitidos<br />
pelo mesmo vetor, realizou-se uma avaliação<br />
da reatividade cruzada em amostras positivas<br />
para Dengue e Zika. Este estudo foi efetuado no<br />
Laboratório de Virologia Molecular – Centro de<br />
Pesquisa em Virologia – da Faculdade de Medicina<br />
de Ribeirão Preto (USP-RP). Nenhuma<br />
amostra testada proveniente de pacientes com<br />
Zika e Dengue mostrou resultado positivo com<br />
o teste Chikungunya IgG/IgM da WAMA, demonstrando<br />
alta especificidade do teste.<br />
O kit Imuno-RÁPIDO Chikungunya IgG/<br />
IgM da WAMA Diagnóstica é um teste<br />
imunocromatográfico altamente sensível e específico<br />
para detecção qualitativa dos anticorpos<br />
contra Chikungunya no sangue total, soro<br />
ou plasma humano, com a finalidade de auxiliar<br />
no diagnóstico de indivíduos com infecção<br />
pelo vírus da Chikugunya. Sendo assim, mais<br />
uma vez a WAMA Diagnóstica sai na frente,<br />
oferecendo a seus clientes um kit inovador e<br />
garantido pelo rígido controle de qualidade ao<br />
qual seu portfólio de produtos é submetido,<br />
reafirmando assim sua posição de destaque<br />
no mercado, com crescente participação no<br />
cenário nacional e internacional.<br />
Apresentação: 10, 20 e 40 testes.<br />
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linkedin.com/wamadiagnostica<br />
instagram.com/wamadiagnostica<br />
youtube.com/wamadiagnostica<br />
INFORME DE MERCADO<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020<br />
0 121
INFORME DE MERCADO<br />
Qualidade da assistência à saúde no ambiente hospitalar e sua relação<br />
com a utilização de Scanner Vascular no procedimento de punção venosa periférica<br />
O cateterismo venoso periférico é um dos procedimentos<br />
mais praticados na assistência à saúde<br />
no ambiente intra-hospitalar. Apesar de ser um<br />
procedimento habitual, complicações relacionadas<br />
à punção venosa periférica não são raras e<br />
costumam trazer prejuízos ao paciente e para a<br />
qualidade da assistência à saúde. Com o objetivo<br />
de minimizar tais prejuízos, as ciências biológicas<br />
e médicas estão cada vez mais empenhadas no<br />
desenvolvimento e disseminação de novas tecnologias<br />
que buscam gerar assertividade, segurança<br />
e conforto para quem precisa.<br />
A necessidade em promover os conhecimentos<br />
a respeito da utilização de novas tecnologias para<br />
execução do cateterismo venoso periférico, e a<br />
maneira como essas tecnologias podem contribuir<br />
para uma assistência à saúde de qualidade,<br />
segura e humanizada, se mostram de extrema relevância,<br />
visto que, cerca de 96,7% dos pacientes<br />
em processo de internação hospitalar, em algum<br />
momento necessitarão de um cateter venoso<br />
periférico inserido, e que, 72,5% são retirados<br />
por complicações e eventos adversos, causando<br />
desconforto e ansiedade para os pacientes, e um<br />
desafio para os profissionais da saúde.<br />
Dentre as muitas tecnologias existentes que<br />
visam auxílio no procedimento de cateterismo<br />
venoso periférico, está a visualização da rede<br />
venosa através de raio infravermelho-próximo,<br />
emitido por scanners vasculares, que promovem<br />
a visualização do mapa da vasculatura projetado<br />
sob a pele, facilitando assim a visualização da rede<br />
venosa pelo profissional da saúde e, por consequência,<br />
minimizando consideravelmente a possibilidade<br />
de perfurações falhas e múltiplas punções.<br />
Atualmente no mercado da linha médica hospitalar,<br />
é possível encontrar scanners vasculares<br />
extremamente potentes, como o Greiner Bio-One<br />
AV400, que possui capacidade de projeção de<br />
imagem dos vasos em alta definição, alcançando<br />
96% de precisão da anatomia venosa, permitin-<br />
do evitar bifurcações e válvulas. O aparelho ainda<br />
conta com suportes que garantem autonomia aos<br />
profissionais para realização do procedimento<br />
sem necessidade de auxílio extra, além de manter<br />
o foco da projeção permanentemente calibrado e<br />
independente do ângulo do equipamento.<br />
Portanto, no momento da punção venosa periférica,<br />
a utilização do infravermelho-próximo<br />
emitido por scanners vasculares, promove auxílio<br />
ao procedimento, agregando qualidade a assistência<br />
à saúde, promovendo um cuidado hospitalar<br />
seguro e humanizado, originando tranquilidade,<br />
eficácia, assertividade, segurança, e conforto<br />
ao paciente e seus familiares.<br />
Referências<br />
Araújo, A. A., Morais, J. C., Leite, W. M., & Roberta, G. S.<br />
(5 de dezembro de 2018). I Congressso Norte-Nordeste de<br />
Tecnologias em saúde. Análise Do Uso Do Raio Infravermelho<br />
Na Punção Venosa. Terezina, Piauí, Brasil.<br />
Para saber mais, acesse: www.gbo.com.br,<br />
ou entre em contato: info@br.gbo.com.<br />
Conheça a experiência GTgroup e surpreenda-se!<br />
Somos fiéis a nossa Missão: atender todo o<br />
território nacional com qualidade e excelência!<br />
E temos ciência do quão desafiador isso pode<br />
ser; porque não basta uma declaração institucional<br />
para dizer ao mercado quem somos, queremos<br />
alcançar esse reconhecimento por parte<br />
de nossos clientes, através da satisfação com os<br />
produtos e serviços que ofertamos.<br />
Trabalhamos sob uma conduta ética que prioriza<br />
a transparência em todas as nossas relações<br />
comerciais. Isso nos confere o diferencial de<br />
uma empresa que está com os olhos atentos<br />
ao mercado, e sobretudo atentos aos desejos e<br />
necessidades dos clientes. Podemos dizer que a<br />
GTgroup passa por uma metamorfose constante.<br />
Adequamos o nosso jeito de fazer à realidade<br />
de cada parceiro ou cliente; temos um atendimento<br />
personalizado, uma logística que busca<br />
as melhores condições e prazos para atender a<br />
qualquer laboratório do país, onde quer que ele<br />
esteja, e uma equipe altamente qualificada para<br />
gerar a melhor experiência de compra.<br />
As metas são ousadas, mas não apenas no que<br />
diz respeito à receita anual, mas principalmente<br />
à nossa participação no mercado. Estamos<br />
avançando, mas acreditamos que tudo o que<br />
conquistamos até aqui, ainda é só o início de uma<br />
jornada de muito sucesso. Portanto tratamos<br />
cada próximo passo com o devido cuidado, para<br />
sermos mais sólidos, mais fortes e mais inovadores<br />
quanto possível. E por falar em inovação, você<br />
não perde por esperar o que a GTgroup ainda tem<br />
para lhe mostrar nesse ano de 2020. Continue<br />
acompanhando as nossas redes sociais e demais<br />
canais de comunicação, irá se surpreender!<br />
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0 122<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
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3 passos para tornar seu laboratório apto a realizar testes moleculares<br />
A chegada da COVID-19 ampliou a necessidade<br />
de laboratórios com expertise em biologia<br />
molecular em todo o Brasil, para realizar a detecção<br />
do SARS-COV-2 por meio da técnica de<br />
PCR em tempo real.<br />
Este pode ser um momento oportuno para<br />
agregar mais este serviço a seu laboratório, uma<br />
vez que com a mesma técnica de biologia molecular<br />
é possível testar para inúmeros patógenos,<br />
como HPV, Sepse, IST, infecções respiratórias e etc.<br />
Tornar um laboratório especialista em diagnóstico<br />
molecular é mais simples do que parece.<br />
Conheça os passos a seguir:<br />
Passo 1: Sala das Amostras<br />
Os laboratórios de análises clínicas trabalham<br />
com amostras biológicas, e para isso, já possuem<br />
uma sala adequada para a preparação e<br />
manipulação dessas amostras. O fluxo laminar<br />
também já é utilizado na rotina do laboratório,<br />
portanto, para implementar o diagnóstico molecular<br />
no basta realizar pequenas alterações no<br />
espaço físico, adquirir os insumos, equipamentos<br />
e os kits de extração e diagnóstico.<br />
Na escolha dos kits de extração, prefira sempre<br />
os kits IVD por serem padronizados, mais simples<br />
e rápidos de usar, além de apresentarem<br />
alta pureza.<br />
Passo 2: Sala de Pré-PCR e PCR/Pós-PCR<br />
Recomenda-se a separação das salas de Pré-<br />
-PCR e PCR / Pós-PCR. A forma mais simples e<br />
eficaz é transformar os ambientes, por meio de<br />
divisórias, em salas distintas.<br />
No entanto, mesmo que seu laboratório não<br />
possua espaço físico disponível, é possível a divisão<br />
de um único ambiente através do uso de<br />
workstations. A metodologia de qPCR acontece<br />
em uma plataforma fechada, assim, o equipamento<br />
pode ser colocado em outra área da sala.<br />
A Mobius Life Science oferece consultoria e<br />
suporte desde essa etapa de readequação de<br />
área até o treinamento no uso de nossos kits.<br />
Passo 3: Treinamento do fluxo correto<br />
do trabalho<br />
Através da assessoria científica, a Mobius Life<br />
Science oferece um treinamento a todos os funcionários<br />
do seu laboratório, mostrando a importância<br />
de seguir o fluxo correto de trabalho.<br />
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Saiba mais:<br />
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0 124<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
INFORME DE MERCADO<br />
Grifols – Comprometida com o desenvolvimento de soluções<br />
inovadoras de diagnóstico<br />
Há mais de 100 anos, a Grifols trabalha para<br />
melhorar a saúde e o bem-estar de pessoas<br />
ao redor do mundo. Estabeleceu sua filial em<br />
Curitiba - Brasil em 1998 e em 2017 transferiu<br />
a sede corporativa local para Campo Largo, região<br />
metropolitana de Curitiba, PR. Além disso,<br />
em 2019 foi colocada em operação a primeira<br />
fábrica da empresa instalada na América Latina<br />
no mesmo lugar.<br />
• Compromisso: O mesmo compromisso que o<br />
Dr. Grifols, nosso fundador, assumiu na Espanha<br />
na década de 20, em criar um método mais seguro<br />
para realizar transfusões sanguíneas, continua<br />
a inspirar a Grifols dos dias de hoje a melhorar<br />
a segurança transfusional, desde o doador<br />
até o receptor. Está no DNA da Grifols.<br />
• Parceria: A nossa forma de trabalhar é tão<br />
importante quanto o que oferecemos. Se o<br />
que o seu laboratório precisa é de orientação<br />
educacional, projetos especializados de fluxo<br />
de trabalho, suporte à implementação, treinamento<br />
de usuários e/ou um rápido atendimento<br />
técnico, você tem um parceiro que oferece o<br />
suporte que você procura.<br />
Instrumentação para testes de compatibilidade<br />
sanguínea pré-transfusionais, a Grifols<br />
fornece diversas soluções adequadas para diferentes<br />
tamanhos e volumes de trabalho em<br />
laboratórios de Imuno-hematologia, compondo<br />
uma gama completa de soluções escaláveis<br />
que podem ser adaptadas às necessidades e<br />
fluxo de trabalho de cada caso em particular. O<br />
gráfico a seguir mostra o analisador mais adequado<br />
para cada laboratório, de acordo com o<br />
nível de automação e o número de amostras<br />
analisadas por ano:<br />
Composta por quatro divisões– ( Bioscience,<br />
Diagnostic, Hospital e Bio Supplies) a Grifols<br />
vem trabalhando para melhorar os cuidados<br />
com a saúde através de produtos inovadores<br />
em mais de 100 países. Durante anos a divisão<br />
de diagnóstico colabora com tratamento<br />
de pacientes oferecendo soluções inovadoras<br />
de diagnóstico que facilitam a detecção e o<br />
tratamento de doenças, assim como simplifica<br />
os processos laboratoriais. Como um provedor<br />
experiente e confiável, fornecemos aos clientes<br />
os produtos da linha de diagnósticos que<br />
abrangem toda a área de saúde desde a prevenção,<br />
triagem, diagnóstico e prognóstico até<br />
ao monitoramento de doenças e tratamentos.<br />
A nível global, somos um líder em Medicina<br />
Transfusional e oferecemos a solução para<br />
melhorar a segurança durante todo o processo,<br />
desde a doação de sangue até a transfusão no<br />
paciente. Melhoramos a segurança transfusional<br />
por meio de nosso(a):<br />
• Liderança: Empregamos os nossos amplos<br />
conhecimentos globais em todos os aspectos<br />
transfusionais.<br />
• História: Temos um sólido histórico de descobertas<br />
científicas e de inovações inéditas no mercado.<br />
Nosso portfólio inclui equipamentos e reagentes<br />
para tecnologia de microaglutinação<br />
em colunas, tipagem rápida de hemácias, testes<br />
de genotipagem de grupo sanguíneo e reagentes<br />
sorológicos convencionais. Abaixo, você<br />
vai encontrar mais detalhes sobre as diferentes<br />
opções oferecidas pela Grifols para a fase da<br />
tipagem sanguínea:<br />
Nossa missão e nosso compromisso<br />
Visando qualidade, integridade e segurança<br />
em todas as atividades é crucial para nossa<br />
missão, pois nossos produtos são de vital importância<br />
para a saúde e a qualidade de vida<br />
dos pacientes que atendemos. A Grifols mantém<br />
o seu compromisso com a busca contínua<br />
de novas tecnologias e com o desenvolvimento<br />
de soluções diagnósticas para que os profissionais<br />
de saúde possam oferecer o tratamento<br />
mais seguro e eficaz aos seus pacientes.<br />
Para mais informação:<br />
imunohemato.brasil@grifols.com<br />
www.diagnostic.grifols.com<br />
www.grifols.com<br />
GRIFOLS BRASIL, Ltda.<br />
Avenida Gianni Agnelli, 1909 – Fazendinha<br />
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0 126<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
Conheça o PURELAB Quest: o primeiro sistema de purificação de água<br />
de laboratório 3 em 1 do mundo<br />
Todos os laboratórios estão cientes da<br />
importância da água, portanto, este reagente<br />
chave deve ser produzido e manuseado<br />
com cuidado. O design exclusivo<br />
PURELAB Quest, da ELGA LabWater,<br />
o torna uma solução ideal e única para<br />
laboratórios que trabalham com diversas<br />
aplicações. Este equipamento fornece<br />
a solução perfeita quando é necessária<br />
confiabilidade comprovada, além de ser<br />
um sistema de purificação de água com<br />
excelente custo benefício.<br />
O PURELAB Quest é um sistema avançado<br />
e acessível de purificação de água, fornecendo<br />
todos os três tipos de água (Tipo I,<br />
Tipo II e Tipo III) em um único equipamento,<br />
que é abastecido com água potável.<br />
Suas principais características são divididas<br />
em quatro importantes temas para<br />
todo laboratório:<br />
• Adaptável às necessidades<br />
• Preço competitivo com baixo custo de operação;<br />
• Confiável e robusto;<br />
• Simples de usar;<br />
Com o PURELAB Quest, os resultados de<br />
suas pesquisas estão protegidos contra os<br />
riscos relacionados à baixa qualidade da<br />
água. Fornece água com qualidade adequada<br />
às diversas necessidades e aplicações de<br />
qualquer laboratório. Apresenta um custo<br />
de aquisição altamente competitivo. O PU-<br />
RELAB Quest possui um display de navegação<br />
amigável, intuitivo e auto-explicativo. É<br />
um sistema compacto medindo apenas 232<br />
mm de largura e 510 mm de altura. Pode<br />
ser instalado na parede ou sobre a bancada,<br />
economizando um valioso espaço dentro<br />
do laboratório.<br />
O PURELAB Quest foi projetado para reduzir<br />
o impacto ambiental, utilizando em<br />
sua construção materiais recuperados (exceto<br />
os materiais em contato com a água).<br />
Permite o monitoramento remoto e captura<br />
de dados utilizando a ferramenta AQUAVIS-<br />
TA, uma solução digital hospedada nas<br />
nuvens da VEOLIA, que também economiza<br />
um tempo valioso.<br />
A ELGA LabWater tem mais de 80 anos de<br />
experiência dedicada exclusivamente a sistemas<br />
de purificação de água, garantia verificável<br />
de tecnologia e qualidade que proporcionam<br />
grande valor aos nossos clientes.<br />
Sobre a Veolia<br />
O grupo Veolia é a referência mundial em<br />
gestão otimizada dos recursos. Presente nos<br />
cinco continentes com mais de 171000 colaboradores,<br />
o Grupo concebe e implementa<br />
soluções para a gestão da água, dos resíduos<br />
e da energia, que fomentam o desenvolvimento<br />
sustentável das cidades e das indústrias.<br />
Com suas três atividades complementares,<br />
Veolia contribui ao desenvolvimento<br />
do acesso aos recursos, à preservação e renovação<br />
dos recursos disponíveis.<br />
Em 2018, o grupo Veolia trouxe água potável<br />
para 95 milhões de habitantes e saneamento<br />
para 63 milhões, produziu cerca<br />
de 56 milhões de megawatt/hora e valorizou<br />
49 milhões de toneladas de resíduos.<br />
Veolia Environnement (Paris Euronext:<br />
VIE) realizou em 2018 um faturamento<br />
consolidado de 25,91 bilhões de euros.<br />
www.veolia.com<br />
Veolia Water Technologies Brasil - Media Relations<br />
Rafaela Rodrigues<br />
Tel. +55 11 3888-8782<br />
rafaela.rodrigues@veolia.com<br />
INFORME DE MERCADO<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020<br />
0 127
INFORME DE MERCADO<br />
Testes rápidos e a COVID-19<br />
Em um momento em que a pandemia do<br />
novo coronavírus continua avançando no Brasil<br />
e no mundo, cresce a necessidade de realizarmos<br />
testes em massa para detecção da doença<br />
e conhecimento do verdadeiro número de<br />
infectados. O diagnóstico preciso e correto é<br />
fundamental para propor quaisquer medidas<br />
relacionadas à prevenção e ao prognóstico da<br />
infecção.<br />
A técnica padrão-ouro, considerada mais<br />
acurada para o diagnóstico, é a RT–PCR (sigla<br />
em inglês para transcrição reversa seguida de<br />
reação em cadeia da polimerase). Consiste na<br />
detecção de sequências do RNA viral. O teste<br />
possui a desvantagem de necessitar de alguns<br />
dias para ser processado e o laudo ser emitido<br />
pelo laboratório.<br />
Já os testes sorológicos detectam a presença<br />
de imunoglobulinas das classes M (IgM) e G<br />
(IgG), produzidas pelo organismo em resposta<br />
à infecção pelo vírus. A IgM é a principal imunoglobulina<br />
a ser formada após a infecção, e<br />
começa a ser detectada entre os dias 3 e 5 pós-<br />
-contágio, com pico de detecção após o sétimo<br />
dia. Com o decorrer da infecção, os níveis de IgM<br />
diminuem e, em contrapartida, os níveis de IgG<br />
aumentam rapidamente, com pico de detecção<br />
após o 14º dia de contágio.<br />
O teste rápido pode ser realizado com amostras<br />
de sangue total, soro ou plasma e seu resultado<br />
sai em aproximadamente 15 minutos. A<br />
possibilidade de infecção, no entanto, não pode<br />
ser descartada por um resultado negativo. Isso<br />
porque a produção de anticorpos, no início da<br />
doença, pode não ter sido detectada pelo TR,<br />
ocasionando o falso negativo. Em casos assim,<br />
sugere-se a repetição do teste, para a confirmação,<br />
ou não, da ausência da infecção. Além disso<br />
os testes rápidos podem identificar se a pessoa<br />
foi previamente infectada, mesmo sem nunca<br />
ter apresentado sintomas.<br />
Os testes rápidos possuem um papel importante<br />
no entendimento da dinâmica de transmissão<br />
do vírus na população e identificação de<br />
grupos com alto risco de infecção. Eles podem<br />
também determinar a proporção da população<br />
que foi infectada, ajudando a identificar quais<br />
comunidades tiveram uma alta taxa de infecção.<br />
Fonte:<br />
www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/hcp/testing-overview.html<br />
www.saude.abril.com.br/blog/com-a-palavra/a-importancia-<br />
-do-teste-rapido-para-conter-a-covid-19/<br />
+55 32 3331-4489<br />
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Latina. Nunca foi tão fácil transportar materiais que necessitam de controle de temperatura.<br />
Benefícios<br />
- Não irá necessitar de gelox<br />
- Evite perda de material biológico<br />
Monitoramento:<br />
- Localização | Rota;<br />
- Lacre de violação de porta em curso do trajeto;<br />
- Curvas bruscas, frenagem e aceleração do trajeto;<br />
Relatórios em gráficos e analítico, afim de garantir<br />
o processo de transporte;<br />
- Alertas diversos.<br />
A Caixa Refrigerada com compressor de<br />
Alta Tecnologia irá trazer segurança, praticidade<br />
e confiabilidade a todo o seu processo<br />
de transporte e acondicionamento, sendo<br />
seus produtos monitorados 100% via plataforma<br />
WEB.<br />
Características:<br />
- Diversos tamanhos - de 11L até 95L;<br />
- Unidade Refrigerada com temperatura estabilizada<br />
de 2 o C à 8 o C;<br />
- Sistema de gestão de monitoramento na<br />
cadeia do frio ANVISA - RDC.<br />
Para maiores informações,<br />
19 3936 1705 | 19 9956 2541<br />
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0 128<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
Use o teste T-SPOT.TB para detectar infecções de tuberculose<br />
Confie na tecnologia ELISPOT<br />
Um ponto = uma única célula T produtora de IFN-gama,<br />
proporciona precisão mesmo em situações difíceis<br />
Detecte mais casos de tuberculose<br />
O único IGRA com sensibilidade superior a 98%<br />
e especificidade superior a 99%. 1<br />
Proteja os pacientes de alto risco<br />
A sensibilidade é preservada, mesmo em populações<br />
imunossuprimidas 2<br />
Use o padrão recomendado mundialmente<br />
O teste T-SPOT.TB é recomendado pela Organização<br />
Mundial da Saúde 3 e pelo CDC 4 sendo incluído na Lista<br />
de Exames de Diagnóstico in Vitro Essenciais (EDL, sigla<br />
inglesa) – 1ª <strong>Edição</strong> da OMS<br />
Distribuidor autorizado: Sullab Diagnósticos<br />
Fone: +55 51 3302-3433, sullab@sullab.com.br<br />
Referências (em inglês)<br />
1. T-SPOT.TB package insert (PI-TB-IVD-UK-V3)<br />
2. Sunny H Wong, Qinyan Gao, Kelvin K F et al Effect of immunosuppressive therapy on interferon release assay for latent tuberculosis screening<br />
in patients with autoimmune diseases: a systematic review and meta-analysis Thorax 2016;71:64–72<br />
3. Latent tuberculosis infection: updated and consolidated guidelines for programmatic management. Geneva: World Health Organization; 2018<br />
4. Lewinsohn DM, Leonard MK, LoBue PA, et al. Official American Thoracic Society/Infectious Disease Society of America/Centers for Disease<br />
Control and Prevention Clinical Practice Guidelines: Diagnosis of Tuberculosis in Adults and Children. Clin Infect Dis. 2017; 64(2): el-e33<br />
T-SPOT é uma marca comercial registrada pela Oxford<br />
Immunotec Ltd<br />
O logotipo da Oxford Immunotec é uma marca comercial<br />
registrada pela Oxford Immunotec Ltd<br />
© 2020 Oxford Immunotec Todos os direitos reservados<br />
TB-PTBR-AD-MPN421-0001 V1<br />
Kolplast lança linha de swabs e kits para coleta de material biológico<br />
haste flexível e diâmetro adequados para acessar<br />
a região da nasofaringe, minimizando o desconforto<br />
do paciente.<br />
Outro diferencial é que, tanto o modelo nasal<br />
quanto o oral possuem pontos de quebra, para<br />
que a cabeça do swab possa ser mais facilmente<br />
dispensada dentro do tubo com meio de preservação<br />
para transporte ate o laboratório. Com<br />
esse lançamento a Kolplast fortalece a indústria<br />
nacional já que a maior parte dos produtos atualmente<br />
disponíveis são importados da China.<br />
Kolplast lança linha de swabs e kits para coleta<br />
de material biológico, produto essencial para<br />
teste de RT-PCR de COVID-19. O Swab Kolplast<br />
é produzido através de uma tecnologia em que<br />
a cabeça do swab é revestida com microcerdas<br />
de nylon, o que proporciona eficiência na coleta<br />
e melhor eluição do material coletado.<br />
Diferente dos swabs normalmente disponíveis<br />
no mercado, o modelo para coleta nasal possui<br />
www.kolplast.com.br
INFORME DE MERCADO<br />
SARS-COV2 - Sorologia para detecção de anticorpos IgG e IgM<br />
A Bio Advance disponibiliza os Kits ELISA SAR-<br />
S-COV-2 IgM e ELISA SARS-COV-2 IgG. Produto<br />
com alta sensibilidade e especificidade, capaz de<br />
detectar de forma rápida e segura os níveis de anticorpos<br />
circulantes em amostra de soro e plasma.<br />
*Produto em fase de registro na Anvisa<br />
Sorologia é o termo utilizado para testes<br />
imunológicos capazes de detectar a presença<br />
de anticorpos IgM e IgG em amostra de<br />
sangue do paciente. Estes anticorpos surgem<br />
como reação do organismo à infecção pelo<br />
vírus, sendo componentes essenciais da res-<br />
Estudos apontam uma variedade de animais<br />
infectados, e alta capacidade adaptaposta<br />
imune. É aconselhável a realização do<br />
teste em pacientes que apresentem sintomas<br />
a mais de 10 dias – tempo médio em que<br />
os anticorpos passam a ser produzidos, podendo<br />
ocorrer tardiamente, dependendo do<br />
indivíduo.<br />
O princípio do teste é baseado na técnica de ELI-<br />
SA indireto. Essa técnica proporciona uma melhor<br />
especificidade por usar um anticorpo secundário<br />
garantindo confiabilidade e qualidade.<br />
Bio Advance<br />
Tel.: (11) 3445-5418<br />
contato@bioadvancediag.com.br<br />
www.bioadvancediag.com.br<br />
SARS-CoV-2 IgM/IgG – In Vitro<br />
Considerando a severidade da doença e o<br />
alto impacto em diversos âmbitos, a In Vitro<br />
Diagnóstica, afirmou o seu compromisso com<br />
a saúde, desenvolvendo uma solução rápida<br />
para detecção de anticorpos IgG e IgM, que são<br />
produzidos a partir da exposição ao vírus SAR-<br />
S-CoV-2.<br />
O coronavírus é um vírus de RNA envelopado, com<br />
aparência microscópica esférica e superfície coberta<br />
com espículas em forma de coroa. A sua família inclui<br />
o 229E - Alfa Coronavírus, NL63 - Alfa Coronavírus,<br />
OC43 - Beta coronavírus, HKU1 - Beta Coronavírus,<br />
MERS CoV - Beta Coronavírus que causa a Síndrome<br />
Respiratória do Oriente Médio ou MERS, SARS CoV<br />
- Beta coronavírus que causa síndrome respiratória<br />
aguda grave ou SARS e o SARS-CoV-2.<br />
tiva e migratória do vírus de uma espécie<br />
hospedeira para outra. O evento “spillover”,<br />
traduzido como transbordamento, ocorreu<br />
com o agente infeccioso causador da doença<br />
Covid-19 (CID-10).<br />
Em seres humanos, a infecção pelo SAR-<br />
S-CoV-2 causam sintomas comuns que incluem<br />
tosse severa, febre e dificuldades respiratórias.<br />
Em casos extremos, os pacientes<br />
exibem pneumonia, síndrome respiratória<br />
aguda grave, falência de órgãos e morte.<br />
O produto SARS-CoV-2 IgM/IgG, da marca<br />
InVitro, apresenta alta sensibilidade e especificidade<br />
para a detecção de anticorpos em amostras<br />
de soro, plasma e sangue total. A técnica é<br />
de fácil execução e a coleta pode ser realizada<br />
por venopunção ou punção digital. Além disso,<br />
para prestar assistência técnica e disponibilizar<br />
informações seguras sobre o seu produto, a In<br />
Vitro lançou landing page www.invitrocovid19.<br />
com.br. Acesse e saiba mais. (31) 3654-6366<br />
0 130<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
Lançamento Linha de Bioquímica Ebram<br />
QUIMILAC - LACTATO<br />
Lactato é a forma ionizada do ácido<br />
choque, isquemia, sepse, convulsões,<br />
A Ebram Produtos Laboratoriais está<br />
INFORME DE MERCADO<br />
láctico, é um metabolito da glicose<br />
produzido pelos tecidos no corpo<br />
humano, com fins energéticos ou em<br />
patologias com aporte insuficiente de<br />
oxigénio. É produzido principalmente<br />
pelos músculos, glóbulos vermelhos<br />
e células cerebrais quando são<br />
completamente privadas de oxigênio<br />
(glicose anaeróbica).<br />
Em condições normais, a concentração<br />
no sangue humano é baixa, e quando<br />
ocorre o aumento do nível de lactato<br />
sérico circulante, chamamos de hiperlactemia,<br />
pode acontecer quando o sistema<br />
aeróbio não está sendo capaz de suprir<br />
a demanda de energia requerida ou na<br />
deficiência da eliminação dessa substância<br />
do organismo. O resultado desse acúmulo<br />
no sangue pode ser um fenômeno<br />
temporário que ocorre após o exercício<br />
ou pode ser um evento mais duradouro,<br />
nos casos de doenças graves.<br />
A aferição dos níveis de lactato além de<br />
ser aplicada quando há sinais de hipóxia,<br />
etc., permitindo um tratamento eficaz<br />
e imediato, pode também ser aplicada<br />
como guia terapêutico, indicador de<br />
prognóstico, e para medir a intensidade<br />
de um treinamento esportivo.<br />
Muitos estudos têm sido realizados<br />
para determinar marcadores biológicos<br />
prognósticos para diversas enfermidades,<br />
o lactato talvez seja o mais utilizado<br />
para a determinação de perfusão tecidual,<br />
que fica extremamente comprometida<br />
em diversas doenças graves, mas a combinação<br />
de níveis séricos de lactato com<br />
outros indicadores de oxigenação regional<br />
são mais usados e podem propiciar<br />
um quadro clínico mais completo.<br />
O lactato também pode ser dosado no<br />
líquido cefalorraquidiano, onde normalmente<br />
se iguala aos níveis sanguíneos,<br />
sendo que este nível aumenta em casos<br />
de meningite bacteriana, epilepsia e hemorragia<br />
intracraniana. O nível de lactato<br />
no LCR auxilia na distinção de meningite<br />
bacteriana e viral.<br />
expandindo sua linha de bioquímica com<br />
o lançamento do kit QUIMILAC-LACTATO<br />
(reagente + padrão). Através de uma<br />
reação colorimétrica que pode ser realizada<br />
em qualquer analisador bioquímico<br />
é possível determinar quantitativa<br />
lactato em amostras de plasma e líquido<br />
cefalorraquidiano (LCR) humano.<br />
O reagente é estável, possui alta linearidade,<br />
baixa ação de interferentes, longo<br />
período de validade, além de apresentar<br />
o coeficiente de variação < 1,0%<br />
em estudos de precisão e exatidão.<br />
QUIMILAC - LACTATO<br />
Apresentação: R1: 4 x 10mL + R2: 1 x<br />
10mL + Padrão: 5mL<br />
Consulte informações completas do<br />
lançamento do QUIMILAC-LACTATO com<br />
nossa equipe de vendas: (11) 2291-2811<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020<br />
0 131
INFORME DE MERCADO<br />
Num momento de tantos desafios econômicos e sem reajuste na<br />
tabela de serviços, como otimizar seus ganhos com economia na rotina?<br />
A J.R.Ehlke apresenta o equipamento mais econômico da categoria – BS-240<br />
Buscando otimizar as pequenas rotinas,<br />
foi lançado o equipamento de bioquímica<br />
com o menor consumo de reagentes do<br />
mercado, chegando a uma economia de<br />
50% do volume de reagentes. O BS-240<br />
tem dimensões e custo reduzidos, feito para<br />
laboratórios de diagnóstico com orçamentos<br />
enxutos e que procuram automatizar<br />
ao máximo a rotina de bioquímica. Com o<br />
conceito de tecnologia de amostragem inteligente,<br />
o teste de hemoglobina glicada<br />
tem a sua etapa de preparação de hemólise<br />
totalmente automatizada no equipamento.<br />
Com o leitor de código de barras<br />
interno permite o trabalho com reagentes<br />
de bioquímica dedicados além de propiciar<br />
agilidade na interface do sistema ao LIS do<br />
laboratório. O sistema de ensaio da Mindray<br />
passou o CAP por 6 anos consecutivos.<br />
O BS-240 tem velocidade de processamento<br />
de até 200 testes por hora (podendo<br />
chegar a 400 testes/hora com ISE - opcional).<br />
Possui um inovador sistema de carregamento<br />
flexível de reagentes e amostras<br />
com a possibilidade de até 80 posições<br />
de amostras e até 80 posições de reagentes<br />
(40 fixas + 40 móveis). O sistema de<br />
refrigeração assegura maior integridade<br />
dos reagentes diminuindo os eventos de<br />
calibração decorrente da degradação do<br />
reagente. O sistema de limpeza da sonda<br />
em cascata, e o sistema de lavagem automático<br />
melhorado das cubetas garante menor<br />
arraste e baixo consumo de água. Para<br />
maiores informações, nos contate e solicite<br />
informações.<br />
Para maiores informações, favor<br />
consultar-nos.<br />
J.R.Ehlke & CIA LTDA<br />
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Fone: +55 (41) 3352-2144<br />
jrehlke@jrehlke.com.br<br />
0 132<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
A eficiência que seu laboratório precisa em uma solução<br />
completa: Linha XL e Reagentes Dedicados de Bioquímica<br />
• Controle automático de limites de branco e<br />
calibrador;<br />
• Execuções automáticas e testes programados;<br />
• Funções de segurança por monitoramento da<br />
curva de reação;<br />
• Configurações de volume selecionadas que<br />
minimizam o desperdício;<br />
• Monitoramento automatizado da estabilidade,<br />
desempenho bem definido e funções de<br />
segurança que minimizam as repetições;<br />
• Os frascos de reagente estão incluídos sem lavagem<br />
dos frascos e sem contaminação cruzada;<br />
INFORME DE MERCADO<br />
A Erba Mannheim, em busca de tornar o<br />
negócio de seus clientes ainda mais competitivos<br />
e modernos, apresenta um modelo<br />
de compra baseado na integração total dos<br />
sistemas analíticos. Os equipamentos de<br />
Bioquímica ERBA, a linha XL, são totalmente<br />
configurados para a utilização conjunta com<br />
os reagentes dedicados, maximizando o desempenho<br />
e garantindo maior agilidade e<br />
qualidade à rotina laboratorial.<br />
Frascos dedicados são a tecnologia que os<br />
laboratórios clínicos precisam para gerar laudos<br />
com eficiência, os benefícios são reais e proporcionam<br />
impactos positivos. Veja:<br />
• Carregamento fácil e randômico de reagentes<br />
com reconhecimento de código de barras;<br />
• Monitoramento automático das datas de troca<br />
e consumo dos reagentes;<br />
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manutenção de estoque;<br />
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e dispendiosos. A linha XL chegou para levar<br />
o seu laboratório em direção à qualidade total.<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020<br />
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O produto é apenas para uso laboratorial.<br />
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0 133
INFORME DE MERCADO<br />
Nova linha de produtos clínicos da Binding Site:<br />
Detecção de proteínas no Líquor<br />
Com foco em fornecer a solução completa<br />
e estar na vanguarda tecnológica, a Binding<br />
Site trabalha sempre pensando em agregar<br />
novos produtos ao menu já existente.<br />
Assim, a empresa reforça que já estão<br />
disponíveis exames específicos para auxiliar<br />
no diagnóstico da Esclerose Múltipla e<br />
outras doenças do Sistema Nervoso Central:<br />
Albumina no líquor, Freelite® no líquor<br />
(cadeias leves e livres kappa e lambda) e<br />
Nova linha de produtos clínicos da Binding Site: Detecção de proteínas no<br />
Imunoglobulinas no líquor (IgA, IgM, IgG).<br />
A seguir, veja uma pouco mais de detalhes<br />
sobre os produtos para quantificação de<br />
proteínas no líquor comercializados pela<br />
Binding Site no Brasil.<br />
líquor<br />
Com foco em fornecer a solução completa e estar na<br />
vanguarda tecnológica, a Binding Site trabalha sempre<br />
pensando em agregar novos produtos ao menu já existente.<br />
Assim, a empresa reforça que já estão disponíveis<br />
exames específicos para auxiliar no diagnóstico da Esclerose<br />
Múltipla e outras doenças do Sistema Nervoso Central:<br />
Albumina no líquor, Freelite® no líquor (cadeias leves e livres<br />
kappa e lambda) e Imunoglobulinas no líquor (IgA, IgM, IgG).<br />
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proteínas no líquor comercializados pela Binding Site no Brasil.<br />
Para mais informações, contate a equipe<br />
através do info@bindingsite.com.br<br />
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Para mais informações, contate a equipe através do info@bindingsite.com.br<br />
0 134<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020
ANALOGIAS EM MEDICINA<br />
SINCÍCIO SERTOLIANO<br />
Notas biográficas: Enrico Sertoli: Junho 6,<br />
1842 – Janeiro 28, 1910), fisiologista e histologista<br />
italiano. Em 1865 Sertoli identifica e<br />
descreve as células ramificadas nos túbulos seminíferos<br />
do testículo humano. Tais células, em<br />
sua homenagem, foram denominadas células<br />
de Sertoli.<br />
Sertoli estudou medicina na Universidade<br />
de Pávia, onde um dos seus instrutores foi o<br />
fisiologista Eusebio Oehl (1827-1903). Continuou<br />
seus estudos de fisiologia em Viena sob a<br />
orientação de Ernst Wilhelm von Brücke (1819-<br />
1892), e em Tübingen com Felix Hoppe-Seyler<br />
(1825-1895). De 1870 até 1907 foi professor de<br />
Anatomia e Fisiologia na Royal School de medicina<br />
veterinária em Milão e, após 1907, trabalhou<br />
como professor de Fisiologia. Em Milão<br />
fundou o laboratório de fisiologia experimental.<br />
A célula de Sertoli tem diversas tarefas a cumprir<br />
e indispensáveis ao bom funcionamento do<br />
Ilustração microscópica de duas células de Sertoli e numerosos<br />
precursores de espermatozoides.<br />
Imagem modificada de: https://pt.slideshare.net/sonnareach168/male-37203226<br />
(acesso 27/09/2019)<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Ago/Set 2020<br />
sistema reprodutor masculino. É célula somática<br />
alongada e de grandes dimensões, situada<br />
na parede dos túbulos seminíferos, exercendo<br />
funções de suporte e de nutrição para as células<br />
seminais propriamente ditas. As células<br />
de Sertoli ligam-se umas às outras por pontes<br />
citoplasmáticas, formando um tipo de sincício<br />
funcional extenso nos testículos, como ocorre<br />
em outros órgãos, como o coração por exemplo.<br />
Além de servir de suporte para as células<br />
seminais, este sincício tem funções tróficas, provavelmente<br />
secretórias e certamente engloba<br />
os detritos citoplasmáticos da espermiogênese<br />
(função de gari).<br />
Outras funções citadas pelos especialistas:<br />
isolar os túbulos seminíferos, criando uma<br />
barreira entre estes e o sangue: é a barreira<br />
hemato-testicular; fornecer suporte e controlar<br />
a nutrição dos elementos da linhagem germinativa,<br />
mediante transporte de materiais que<br />
lhes chegam pelo sangue; fagocitar e digerir<br />
os restos celulares da espermiogênese e outros<br />
elementos degenerados; secretar um líquido<br />
que concentra, nos túbulos, a testosterona necessária<br />
ao desenvolvimento destes flagelados;<br />
durante a vida embrionária e fetal, assegurar<br />
o desenvolvimento do primórdio genital e secretar<br />
um hormônio (fator inibidor mülleriano)<br />
responsável pela atrofia dos túbulos de Müller<br />
(os quais dão origem, na mulher, às tubas, útero<br />
e parte da vagina). Têm também receptores<br />
para o hormônio folículo-estimulante (FSH) e<br />
são sensíveis à testosterona produzida pelas células<br />
intersticiais (de Leydig), porém segregam<br />
inibina, que suprime seletivamente a produção<br />
do FSH pela hipófise, num mecanismo regulador<br />
por retroalimentação (trecho baseado em<br />
REY Dicionário de Medicina e Saúde. 2ª Ed.<br />
Guanabara-Koogan, 2008).<br />
Texto baseado em fontes já citadas e no livro<br />
Analogias no Ensino Médico - Editora Coopmed<br />
- Belo Horizonte/MG.<br />
José de Souza Andrade-Filho - Professor<br />
Emérito da Faculdade de Ciências Médicas de<br />
Minas Gerais.<br />
José de Souza Andrade-Filho*<br />
* Patologista no Hospital Felício Rocho-BH; membro da<br />
Academia Mineira de Medicina e Professor de Patologia da<br />
Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais.<br />
0 135
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