Jornal Bem Estar Santa Cruz Setembro de 2020

Nosso Bem Estar • Nº 102 • Setembro 2020 • 14
DIVULGAÇÃO
Orgânico
Reciclado
A chamada reciclagem de resíduos
orgânicos está em crescimento
em vários países e começa a ganhar
fôlego no Brasil. A cidade de Florianópolis
lança em setembro um edital
de concorrência pública para interessados
no serviço de tratamento
de resíduos orgânicos em pátios
de compostagem, que serão instalados
nos bairros onde são gerados.
O objetivo é desviar o resíduo
orgânico do aterro sanitário, que representa
um terço do “lixo” produzido
em Florianópolis. Para isto, os
prestadores do serviço podem receber
da prefeitura cerca de R$ 156
por tonelada.
A quantia corresponde ao mesmo
valor pago por tonelada para
disposição no atual aterro sanitário.
O serviço poderá ser prestado
pode ser prestado por microempreendedores
individuais ou cooperativas
organizadas nas comunidades.
A compostagem será utilizada num
programa de agricultura urbana, o
Cultiva Floripa, destinado a hortas
comunitárias.
Florianópolis já conta com iniciativas
comunitárias de reciclagem
de orgânicos. Os pátios já consolidados,
o Pacuca no Sul da Ilha e a
Revolução dos Baldinhos, no continente,
também terão recursos para
melhorias. Nos pátios institucionais
da Comcap (Autarquia de Melhoramentos
da Capital), e da Floram já
são processadas 10 toneladas/dia de
resíduos orgânicos.
As iniciativas integram o Protocolo
de Intenções Florianópolis Capital
Lixo Zero 2030, que prevê a redução
de R$ 15,8 milhões em gastos
com aterro sanitário com a destinação
correta dos resíduos.
A PALAVRA NO AGORA
O projeto
é uma iniciativa
do Museu
da Língua Portuguesa
e surgiu
a partir da
constatação dos múltiplos prejuízos
causados pelo coronavírus: o trauma
pela perda de pessoas queridas
e as perdas simbólicas de convívio,
das rotinas, do trabalho, do cotidiano
que dá concretude à existência.
O projeto está disponível gratuitamente
AQUI. A participação
de escrita pode ser feita por qualquer
pessoa, mesmo quem nunca
escreveu. São roteiros com perguntas
simples, que servem como
referência para fazer pensar sobre
esse momento.
Os envios ficam registrados
em uma página ligada ao site do
museu, mas podem ser publicados
sob pseudônimo, só com as iniciais
O movimento Setembro
Amarelo, mês
mundial de prevenção
do suicídio, iniciou em
2015 para sensibilizar e
conscientizar a população
sobre a questão
e ganha ainda mais importância
neste ano de
pandemia. O suicídio
é um problema de saúde pública que
mata pelo menos um brasileiro a cada
45 minutos, mais do que a Aids e muitos
tipos de câncer. E pode ser prevenido.
Conheça as ações em:
www.setembroamarelo.org.br
O CVV presta serviço voluntário
e gratuito de prevenção do suicídio e
apoio emocional para todas as pessoas
que querem e precisam conversar,
sob total sigilo.
ou anonimamente caso o autor deseje.
Além do incentivo à escrita,
o projeto disponibiliza trechos de
obras literárias que se relacionam
de diferentes formas com o presente
e resenhas de livros, músicas
e produções audiovisuais que também
podem ajudar a atravessar os
momentos difíceis.
O Museu da Língua Portuguesa,
em São Paulo, foi destruído por
um incêndio em 2015 e sua reabertura
foi anunciada para junho
de 2020. Mas ela precisou ser adiada
devido à pandemia do novo coronavírus
e, por enquanto, não
tem uma nova data para acontecer.
Os cerca de 3 milhões
de atendimentos
anuais são realizados por
4.200 voluntários em
mais de 120 postos de
atendimento pelo telefone
188 (sem custo de
ligação), ou pelo www.
cvv.org.br via chat, e-
-mail ou carta.
O CVV estimula
que, além das atividades
do Setembro
Amarelo realizadas
pelos seus próprios
voluntários, a população,
empresas, escolas, organizações
sociais e poder público se mobilizem
e realizem iniciativas de conscientização
para reduzir os índices de suicídio
no país.
Línguas
Yanomami
O livro “Línguas Yanomami no
Brasil: diversidade e vitalidade” foi
elaborado por pesquisadores acadêmicos
com o suporte de pesquisadores
indígenas, todos professores
ou ex-professores de suas comunidades
e letrados em suas línguas
maternas.
Publicado pelo Instituto Socioambiental
(ISA), em parceria com o
Instituto do Patrimônio Histórico
e Artístico Nacional (IPHAN), está
disponibilizado gratuitamente para
download: AQUI.
“Nós Yanomami somos povo
com história, nossa cultura é diversa
e nossas línguas são tesouros
para a humanidade. São nossa
forma de contar o mundo. Passadas
de geração em geração com narração
de mitos e os diálogos cerimoniais,
os mais velhos costumam contar
histórias e discursar na casa coletiva,
enquanto as mulheres conduzem
as crianças na socialização das
aldeias.”
A obra de 216 páginas,composta
por mapas, fotos e textos, traça um
perfil de cada língua da família Yanomami,
e traz um panorama histórico
e sociolinguístico dos parentes
que as falam, apontando as semelhanças
e diferenças gramaticais
entre eles.
O ISA também promove uma
petição pelo fim do garimpo em
terras indígenas, que pode ser assinado
AQUI.