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Revista Newslab Edição 163

Revista Newslab Edição 163 - Dezembro/Janeiro 2021

Revista Newslab Edição 163 - Dezembro/Janeiro 2021

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R$ 25,00


evista<br />

Editorial<br />

Ano 28 - <strong>Edição</strong> <strong>163</strong> - Dez/Jan 2021<br />

Prezado leitor,<br />

Espero que suas forças e esperanças estejam renovadas para este novo ano.<br />

Um ano que promete a solução para algumas problemáticas de saúde que continuamos enfrentando.<br />

Com grande satisfação, informo a vocês que já somos mais de meio milhão de leitores digitais e que ultrapassamos a<br />

marca de um milhão de acessos ao nosso site no ano de 2020. Certamente atingiremos a marca de um milhão de contas<br />

alcançadas nas redes sociais em breve.<br />

Com muito ainda para ser explorado e publicado sobre o novo coronavírus e toda sua passagem avassaladora pelo<br />

mundo, nesta edição vocês encontrarão um artigo sobre o que podemos encontrar nos pacientes infectados pelo Sars-<br />

CoV-2 em seu quadro de diagnóstico laboratorial.<br />

Abordaremos também sobre o perfil epidemiológico de crianças e adolescentes acometidos pela leucemia em Recife e<br />

a soroprevalência da hepatite B em crianças.<br />

Contamos ainda com o excelente conteúdo dos nossos colunistas trazendo o que há de melhor e mais atualizado no<br />

vasto mundo da medicina diagnóstica.<br />

Confiantes nos resultados sobre a vacinação no mundo, seguimos preparando o que há de melhor para mantê-los<br />

informados através da nossa multiplataforma digital de comunicação integrada.<br />

Não deixe de visitar nosso site e de nos seguir nas redes sociais, mantenha-se atualizado!<br />

Com votos de um excelente ano para todos, desejo-lhes uma ótima leitura!<br />

Luciene Almeida<br />

Para novidades na área de diagnóstico e pesquisa,<br />

acessem nossas redes sociais:<br />

/revistanewslab<br />

/revistanewslab<br />

Ano 28 - <strong>Edição</strong> <strong>163</strong> - Dez/Jan<br />

<strong>Newslab</strong> Editora Eireli - <strong>Revista</strong> NewsLab<br />

Av. Nove de Julho, 3.229 - Cj. 1110 - 01407-000 - São Paulo - SP<br />

Tel.: (11) 3900-2390 - www.newslab.com.br - revista@newslab.com.br<br />

CNPJ.: 35.678.385/0001-25 - Insc. Est.: 128.209.420.119 - ISSN 0104 - 8384<br />

/revistanewslab<br />

@revista_newslab<br />

EXPEDIENTE<br />

Realização: NEWSLAB EDITORA EIRELI<br />

Conselho Editorial: Sylvain Kernbaum | revista@revistaanalytica.com.br<br />

Jornalista Responsável: Luciene Almeida | redacao@newslab.com.br<br />

Assinaturas: Daniela Faria (11) 98357-9843 | assinatura@newslab.com.br<br />

Comercial: João Domingues (11) 98357-9852 | comercial@newslab.com.br<br />

Produção de conteúdo: FC Design | contato@fcdesign.com.br<br />

Impressão: Gráfica Mundo | Periodiciade: Bimestral<br />

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evista<br />

Ano 28 - <strong>Edição</strong> <strong>163</strong> - Dez/Jan 2021<br />

Normas de Publicação<br />

para artigos e informes de mercado<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong>, em busca constante de novidades em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas para<br />

publicação de artigos, aos autores interessados. Caso precise de informações adicionais, entre em contato com a redação.<br />

Informações aos Autores<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong>, em busca constante de novidades<br />

em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas<br />

para publicação de artigos, aos autores interessados. Caso<br />

precise de informações adicionais, entre em contato com<br />

a redação.<br />

Informações aos autores<br />

Bimestralmente, a <strong>Revista</strong> NewsLab publica editoriais, artigos<br />

originais, revisões, casos educacionais, resumos de teses<br />

etc. Os editores levarão em consideração para publicação toda e<br />

qualquer contribuição que possua correlação com as análises<br />

clínicas, a patologia clínica e a hematologia.<br />

Todas as contribuições serão revisadas e analisadas pelos<br />

revisores. Os autores deverão informar todo e qualquer<br />

conflito de interesse existente, em particular aqueles de<br />

natureza financeira relativo a companhias interessadas ou<br />

envolvidas em produtos ou processos que estejam relacionados<br />

com a contribuição e o manuscrito apresentado.<br />

Acompanhando o artigo deve vir o termo de compromisso<br />

assinado por todos os autores, atestando a originalidade do<br />

artigo, bem como a participação de todos os envolvidos.<br />

Os manuscritos deverão ser escritos em português, mas com<br />

Abstract detalhado em inglês. O Resumo e o Abstract deverão<br />

conter as palavras-chave e keywords, respectivamente.<br />

As fotos e ilustrações devem preferencialmente ser enviadas<br />

na forma original, para uma perfeita reprodução.<br />

Se o autor preferir mandá-las por e-mail, pedimos que a<br />

resolução do escaneamento seja de 300 dpi’s, com extensão<br />

em TIF ou JPG.<br />

Os manuscritos deverão estar digitados e enviados por<br />

e-mail, ordenados em título, nome e sobrenomes completos<br />

dos autores e nome da instituição onde o estudo<br />

foi realizado. Além disso, o nome do autor correspondente,<br />

com endereço completo fone/fax e e-mail também deverão<br />

constar. Seguidos por resumo, palavras-chave, abstract,<br />

keywords, texto (Ex: Introdução, Materiais e Métodos, Parte<br />

Experimental, Resultados e Discussão, Conclusão) agradecimentos,<br />

referências bibliográficas, tabelas e legendas.<br />

As referências deverão constar no texto com o sobrenome<br />

do devido autor, seguido pelo ano da publicação,<br />

segundo norma ABNT 10520.<br />

As identificações completas de cada referência citadas<br />

no texto devem vir listadas no fim, com o sobrenome do<br />

autor em primeiro lugar seguido pela sigla do prenome.<br />

Ex.: sobrenome, siglas dos prenomes. Título: subtítulo do<br />

artigo. Título do livro/periódico, volume, fascículo, página<br />

inicial e ano.<br />

Evite utilizar abstracts como referências. Referências de<br />

contribuições ainda não publicadas deverão ser mencionadas<br />

como “no prelo” ou “in press”.<br />

Os trabalhos deverão ser enviados ao endereço:<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab<br />

A/C: Luciene Almeida – redação<br />

Av. Nove de Julho, 3.229 - Cj. 1110<br />

CEP 01407-000 - São Paulo-SP<br />

Pelo e-mail: redacao@newslab.com.br<br />

Ou em http://www.newslab.com.br/publique/<br />

Contato<br />

A sua opinião é muito importante para nós. Por isso, criamos<br />

vários canais de comunicação para você, nosso leitor.<br />

REDAÇÃO: Av. Nove de Julho, 3.229 - Cj. 1110 - 01407-000 - São Paulo-SP<br />

TELEFONE: (11) 3900-2390<br />

EMAIL: redacao@newslab.com.br.<br />

Acesse nosso site: www.newslab.com.br<br />

Para novidades na área de diagnóstico e pesquisa, acessem nossas redes sociais:<br />

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/revistanewslab<br />

@revista_newslab<br />

Esta publicação é dirigida aos laboratórios, hemocentros e universidades de todo o país. Os artigos e informes<br />

assinados são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da <strong>Newslab</strong> Editora Eireli.<br />

Filiado à:<br />

0 4


evista<br />

Índice remissivo de anunciantes<br />

ordem alfabética<br />

Ano 28 - <strong>Edição</strong> <strong>163</strong> - Dez/Jan 2021<br />

ANUNCIANTE PÁG. ANUNCIANTE PÁG.<br />

CELLAVISION 27<br />

CEPHEID 29<br />

BIOADVANCE 67<br />

CREMER DIAGNOSTICA 05<br />

DB DIAGNÓSTICOS<br />

4ª CAPA<br />

DIAGNO 139<br />

DIAGFAST 12-13<br />

EBRAM 11<br />

EQUIP DIAGNÓSTICA 15 | 91<br />

EQUIPNET 21<br />

ERBA MANNHEIM 77<br />

EUROIMMUN 115<br />

FIRSTLAB 71<br />

GREINER 09 | 105<br />

GRIFOLS 101<br />

GT GROUP BIOSUL 17<br />

HERMES PARDINI 06-07<br />

HORIBA 2ª CAPA | 137<br />

ILLUMINA CAPA | 19<br />

J.R. EHLKE 34-35<br />

KOLPLAST 39<br />

LABOR LINE 03<br />

LABTEST 85<br />

LUMIQUICK 135<br />

LUMIRADX 73<br />

MEDLEVENSOHN 111<br />

MGI AMERICA 45<br />

MOBIUS LIFE SCIENCE 95<br />

NEWPROV 81<br />

NIHON KHODEN DISTR. 41 | 56-57<br />

PNCQ 141<br />

PRIME CARGO<br />

3ª CAPA<br />

QIAGEN 119<br />

RENYLAB 125<br />

SARSTEDT 113<br />

SNIBE 31<br />

TBS - BINDING SITE 47<br />

VEOLIA 127<br />

VIDA BIOTECNOLOGIA 97<br />

WAMA 79<br />

Conselho Editorial<br />

Prof. Humberto Façanha da Costa filho - Engenheiro, Mestre em Administração e Especialista em Análise de Sistemas | Dr. Dan Waitzberg - Associado do Departamento de Gastroenterologia da Fmusp. Diretor Ganep Nutrição<br />

humana | Prof. Angela Waitzberg - Professora doutora livre docente do departamento de patologia da UNIFESP | Prof. José de Souza Andrade Filho - Patologista no hospital Felício Rocho BH, membro da academia Mineira<br />

de Medicina e Professor de Patologia da Faculdade de Ciências Médicas do Minas Gerais | Fábia Regina Severiano Bezerra - Biomédica. Especialista em Gestão de Contratos pela Universidade Corporativa da Universidade de São<br />

Paulo. Auditora em Sistemas de Gestão da Qualidade: ISO 9001:15 e NBR ISO 14001:15, Organização Nacional de Acreditação (ONA). Auditora Interna da Divisão de Laboratórios do Hospital das Clínicas da Faculdade Medicina da<br />

Universidade de São Paulo | Luiz Euribel Prestes Carneiro – Farmacêutico-Bioquímico, Depto. de Imunologia e de Pós-Graduação da Universidade do Oeste Paulista, Mestre e Doutor em Imunologia pela USP/SP | Dr. Amadeo<br />

Saéz-Alquézar - Farmacêutico-Bioquímico | Prof. Dr. Antenor Henrique Pedrazzi – Prof. Titular e Vice-Diretor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto - USP | Prof. Dr. José Carlos Barbério – Professor Emérito da<br />

USP | Dr. Silvano Wendel – Banco de Sangue do Hospital Sírio-Libanês | Dr. Paulo C. Cardoso De Almeida – Doutor em Patologia pela Faculdade de Medicina Da USP | Dr. Zan Mustacchi – Prof. Adjunto de Genética da Faculdade<br />

Objetivo/UNIP | Dr. José Pascoal Simonetti – Biomédico, Pesquisador Titular do Depto de Virologia do Instituto Oswaldo Cruz - Fiocruz - RJ | Dr. Sérgio Cimerman – Médico-Assistente do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e<br />

Responsável Técnico pelo Laboratório Cimerman de Análises Clínicas.<br />

Colaboraram nesta <strong>Edição</strong>:<br />

Humberto Façanha, Fábia Bezerra, Suzimara Tertuliano, José de Souza Andrade Filho, Lisiane Cervieri Mezzomo, Jorge Luiz Silva Araújo Filho, Gleiciere Maia Silva, Regina Paula Soares Diego,<br />

Alexandre Freire Rocha Gomes, Laila de Menezes Cardoso Vieira, Maria Soares, Caio Santos de Souza, Giovana Santos Caleiro, Camila Malta Romano, Diego Lasier Mendes, Eloir Dutra Lourenco,<br />

Brunno Câmara e Luciana Chavasco.<br />

0 8


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ÍNDICE<br />

revista<br />

Ano 28 - <strong>Edição</strong> <strong>163</strong> - Dez/Jan 2021<br />

MATÉRIA DE CAPA<br />

52<br />

Illumina expande suas operações na<br />

América Latina abrindo novo “Centro de<br />

Soluções Illumina - Illumina Solutions<br />

Center” em São Paulo, Brasil<br />

16<br />

ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DO COVID-19<br />

24<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE CRIANÇAS E<br />

ADOLESCENTES ACOMETIDOS POR LEUCEMIAS<br />

NA REGIÃO METROLITANA DO RECIFE-PE<br />

Autores: Mauren Isfer Anghebem; Geraldo Picheth;<br />

Fabiane Gomes de Moraes Rego.<br />

Autoras: Andreia Paula Lopes de Almeida; Janilce<br />

Carvalho Negreiros; Kelen Cristina da Silva.<br />

02<br />

14<br />

58<br />

62<br />

70<br />

75<br />

76<br />

82<br />

88<br />

94<br />

96<br />

99<br />

102<br />

144<br />

- Editorial<br />

- Agenda<br />

- Minuto Laboratório<br />

- Diagnóstico por Imagem<br />

- Medicina Genômica<br />

- Logística Laboratorial<br />

- Arboviroses<br />

- Hematologia<br />

- Análises Clínicas<br />

- Citologia<br />

- Biossegurança<br />

- Laboratório em Destaque<br />

- Informe de Mercado<br />

- Pathocordel<br />

36<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

SOROPREVALÊNCIA DE HEPATITE B EM<br />

CRIANÇAS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA<br />

44<br />

GESTÃO LABORATORIAL<br />

LABORATÓRIOS CLÍNICOS:<br />

REENGENHARIA OU MORTE!<br />

90<br />

LADY NEWS<br />

UMA GERAÇÃO SEM CÂNCER<br />

DE COLO DE ÚTERO, É POSSÍVEL?<br />

Autores: Bruno de Souza Mayer, Carolina<br />

Mallmann Wallauer de Mattos.<br />

Autor: Humberto Façanha.<br />

Autora: Luciana Chavasco.


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SENSIBILIDADE<br />

ESPECIFICIDADE<br />

TEMPO DO TESTE<br />

IgM<br />

85%<br />

IgG<br />

>99,9%<br />

IgM<br />

96%<br />

IgG<br />

98%<br />

10<br />

minutos<br />

JANELA IMUNOLÓGICA<br />

7<br />

DIAS<br />

após suspeita<br />

do contágio<br />

3<br />

DIAS<br />

após início dos<br />

primeiros sintomas<br />

20<br />

µL<br />

sangue<br />

total<br />

AMOSTRAS<br />

10<br />

µL<br />

soro ou<br />

plasma<br />

ARMAZENAMENTO<br />

2-30<br />

o<br />

C<br />

APRESENTAÇÃO<br />

10<br />

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AGENDA<br />

Em função da pandemia do Covid-19, e<br />

acompanhando os desdobramentos da crise,<br />

decretos e posicionamentos dos governos, os<br />

eventos presenciais agendados para o período<br />

Dezembro e Janeiro estão cancelados.<br />

Comprometidos em não propagar informações equivocadas,<br />

não haverá seção Agenda na <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong> Ed <strong>163</strong> e<br />

recomendamos que os interessados em participar de eventos<br />

on-line consultem nosso site durante esse período para se<br />

informar sobre apresentações digitais como webinars e outras<br />

alternativas que estão sendo oferecidas pelas empresas.<br />

Mantenha-se informado em nosso site e em nossas redes sociais.<br />

Agradecemos a compreensão de todos,<br />

Equipe <strong>Newslab</strong>.<br />

/revistanewslab<br />

/revistanewslab<br />

/revistanewslab<br />

@revista_newslab<br />

0 14<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


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ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL<br />

DO COVID-19<br />

* Imagem ilustrativa<br />

Autor:<br />

Luiz Arthur Calheiros Leite.<br />

Especialista e mestre em Hematologia, Universidade Federal de São<br />

Paulo, UNIFESP e Doutor em Bioquímica e Fisiologia, Universidade<br />

Federal de Pernambuco, UFPE. Docente da pós-graduação lato sensu em<br />

Hematologia do Centro Universitário Cesmac, Maceió, Alagoas.<br />

Resumo<br />

A COVID-19 é uma doença infecciosa viral altamente<br />

transmissível. O vírus leva a alterações no hemograma<br />

como leucocitose, neutrofilia, linfopenia e plaquetopenia<br />

nos pacientes mais graves, anormalidades nos testes bioquímicos<br />

como aumento da lactato desidrogenase (LDH)<br />

e proteína C reativa (PCR), nos testes de função hepática e<br />

troponina, associados a injúria direta do SARS-Cov-2 aos<br />

órgãos, ou a sepse viral. Há uma nítida coagulopatia de<br />

consumo com tromboses venosas e embolia pulmonar, e<br />

os pacientes exibem fases precoces da doença e elevação<br />

dos níveis de Dímero-D, que se elevam com a progressão<br />

da doença para formas mais graves. A conhecimento sobre<br />

os biomarcadores da COVID-19 são essenciais para o<br />

diagnóstico e prognóstico da doença. Contudo, os testes<br />

rápidos e sorológicos devem ser interpretados com cautela,<br />

devido a grande variação de resultados entre marcas e,<br />

pouca correlação com os achados clínicos.<br />

Palavras-Chave: COVID, biomarcadores, testes imunológicos.<br />

Abstract<br />

COVID-19 is a highly transmissible viral infectious disease.<br />

The virus leads to changes in the blood count such<br />

as leukocytosis, neutrophilia, lymphopenia and thrombocytopenia<br />

in the most severe patients, abnormalities in<br />

biochemical tests such as increased lactate dehydrogenase<br />

(LDH) and C-reactive protein (CRP). The liver function<br />

tests and troponin are associated with direct SARS-Cov-2<br />

injury to organs, or viral sepsis. There is a clear consumption<br />

coagulopathy with venous thrombosis and pulmonary<br />

embolism, and patients exhibit early stages of the<br />

disease and elevation of D-Dimer levels, which increase<br />

with the progression of the disease to more severe forms.<br />

Knowledge about COVID-19 biomarkers is essential for<br />

the diagnosis and prognosis of the disease. However, rapid<br />

and serological tests should be interpreted with caution,<br />

due to the wide variation in results between brands<br />

and little correlation with the clinic findings.<br />

Keywords: COVID, biomarkers, immunological tests.<br />

0 16<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


Autor: Luiz Arthur Calheiros Leite.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

Introdução<br />

Detectado pela primeira vez na<br />

cidade de Wuhan, província de Hubei<br />

na China em dezembro de 2019, uma<br />

nova doença do Coronavírus 2019<br />

(COVID-19), é uma síndrome clínica<br />

causada pelo agente etiológico<br />

SARS-Cov-2, que foi descoberta<br />

após o surgimento de quatro casos<br />

de febre e pneumonia inexplicável,<br />

através do isolamento genético<br />

do vírus. 1,2 O vírus se espalhou<br />

rapidamente por todo o mundo,<br />

levando a colapso dos sistemas de<br />

saúde e significante mortalidade.<br />

O SARS-Cov-2 é um vírus de RNA,<br />

membro da família Coronaviridae<br />

da ordem Nidovirales, que causa<br />

manifestações clínicas em um<br />

amplo espectro, geralmente<br />

resulta em febre, tosse e dispneia.<br />

Os pacientes com comorbidades<br />

evoluem com pneumonia intersticial<br />

e desenvolvimento rápido de<br />

insuficiência respiratória aguda, choque<br />

séptico, coagulação intravascular<br />

disseminada (CIVD), disfunção<br />

hepática e renal, sendo altamente letal<br />

neste estágio da doença. 3,4<br />

celular mediada por células T CD4,<br />

ativando plasmócitos que geram<br />

uma disfunção imune e uma<br />

tempestade de citocinas, que leva a<br />

dano tecidual. 2,3,5<br />

O período de incubação do COVID-19<br />

ocorre no intervalo de 2 a 14 dias. 6<br />

Em pacientes imunossuprimidos, o<br />

aparecimento dos sintomas pode<br />

passar desse intervalo, chegando até<br />

em 20 dias o período de incubação.<br />

Nestes pacientes, as manifestações<br />

clínicas podem ser atípicas e sem<br />

sintomas respiratórios. 7 A gravidade<br />

da doença varia de assintomático,<br />

leve, moderado, grave e crítico. Em<br />

casos graves, os pacientes podem<br />

desenvolver a SARS, a partir do 8<br />

a 12 dias após o aparecimento dos<br />

sintomas. 8<br />

O diagnóstico laboratorial do<br />

COVID-19 é baseado principalmente<br />

na detecção de anticorpos IgM e<br />

IgG contra o Coronavírus através<br />

de teste rápido; e a confirmação da<br />

infecção é realizada por meio das<br />

técnicas de RT-PCR em tempo real e<br />

sequenciamento parcial ou total do<br />

genoma viral. 9-11<br />

Em virtude da possibilidade de<br />

evolução para as formas graves<br />

da doença, é crucial o diagnóstico<br />

laboratorial precoce dos pacientes<br />

infectados e com isto, o início<br />

da intervenção medicamentosa<br />

em tempo hábil para promover a<br />

recuperação destes pacientes.<br />

Achados Laboratoriais<br />

Predominantes na Covid-19<br />

Para a realização do diagnóstico,<br />

além da avaliação das manifestações<br />

clínicas observadas na abordagem<br />

do exame físico e na anamnese do<br />

paciente suspeito, exames devem<br />

ser realizados a fim de descartar<br />

outras doenças respiratórias ou<br />

virais. Nos exames laboratoriais,<br />

nota-se no hemograma uma<br />

Tabela 1 - Achados Laboratoriais Predominantes na Covid-19.<br />

Ao ser infectado, as partículas<br />

virais entram nos pneumócitos via<br />

receptores da enzima de conversão<br />

da angiotensina II (ACE2), sendo<br />

reconhecidas pelos macrófagos<br />

alveolares e células dendríticas, e<br />

desenvolvem uma resposta imune<br />

0 18<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


Autor: Luiz Arthur Calheiros Leite.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

leucocitose e neutrofilia associada<br />

ao processo inflamatório ou coinfecções<br />

bacterianas, linfopenia por<br />

defeito na resposta imune e infecção<br />

do vírus com possível destruição de<br />

linfócitos T, trombocitopenia por<br />

coagulopatia de consumo associado<br />

a elevados níveis de dímero D. 12<br />

Com a progressão da doença<br />

há elevação gradual dos níveis<br />

de lactato desidrogenase (LDH),<br />

proteína C reativa e ferritina devido<br />

a tempestade de citocinas, aumento<br />

das transaminases com diminuição<br />

da albumina por dano hepático.<br />

Nota-se também elevação nos níveis<br />

séricos da creatinofosfoquinase<br />

(CK), CKMB e troponina, resultantes<br />

de lesões no músculo cardíaco.<br />

Outro exame que pode se alterar<br />

em pacientes com COVID-19 é a<br />

velocidade de eritrosedimentação<br />

(VHS), se constituindo como um<br />

exame inespecífico que se altera em<br />

processos inflamatórios. Contudo,<br />

a triagem diagnóstica inicial de<br />

COVID-19 vem sendo feita com o<br />

hemograma e PCR. 13-15<br />

Umas das principais complicações<br />

vistas em pacientes com COVID-19<br />

graves é a insuficiência renal com<br />

elevação dos níveis de creatinina e<br />

uréia, além de instalação de uma<br />

anemia associada a diminuição<br />

da produção de eritropoietina<br />

pelos rins. Estes marcadores<br />

também podem sofrer alterações<br />

significativas com a evolução para<br />

sepse viral e falência de múltiplos<br />

órgãos. Nos casos que evoluem para<br />

sepse, há elevação do Dímero D e<br />

prolongado tempo de protrombina<br />

por formação de microtrombos.<br />

Anormalidades morfológicas foram<br />

visualizadas em pacientes com<br />

COVID-19 como promielócitos e<br />

mielócitos displásicos, “pseudopelger-like”<br />

por defeito da<br />

mielopoese, e presença de linfócitos<br />

reativos circulantes. 12,16-18<br />

A frequência das anormalidades<br />

laboratoriais foram linfopenia<br />

(35-75% dos casos), aumento<br />

dos valores de PCR (75-93% dos<br />

casos), LDH (27-92% dos casos),<br />

VHS (até 85% dos casos) e Dímero<br />

D (36-43% dos casos), bem como<br />

baixas concentrações de albumina<br />

sérica (50-98% dos casos) e<br />

hemoglobina (41-50%). Muitas<br />

anormalidades laboratoriais foram<br />

preditivas de resultados adversos<br />

e pior prognóstico. Foi constatado<br />

que os níveis de PCR e Dímero-D<br />

elevam-se com a progressão da<br />

doença para forma mais grave, e<br />

quando se comparou os níveis de<br />

Dímero-D entre os pacientes graves<br />

que sobreviveram com os que foram<br />

a óbito por COVID-19, verificouse<br />

que os pacientes que morreram<br />

tinham níveis de Dímero 3 vezes<br />

mais alto que os pacientes graves<br />

que sobreviveram. Além disso, os<br />

níveis de Dímero anormais tem sido<br />

um marcador para início da terapia<br />

anticoagulante com heparina de<br />

baixo peso molecular. Portanto, a<br />

determinação do Dímero-D pode<br />

estar associada à evolução clínica<br />

para casos graves que cursam com<br />

complicações trombóticas e com<br />

coagulopatia disseminada comuns<br />

em pacientes com formas graves de<br />

COVID-19. 14,15<br />

Outro exame que exibe sinais<br />

indicativos de infecção por COVID-19<br />

é a tomografia computadorizada<br />

(TC) do tórax, que em cortes axiais<br />

demonstra opacidades em vidro<br />

fosco multifocais bilaterais, em<br />

mais de dois lobos pulmonares e<br />

com predominância nos inferiores,<br />

que intensificam de acordo com<br />

o aumento do grau da doença.<br />

Contudo, a TC não deve ser realizada<br />

para diagnóstico, mas sim para<br />

acompanhamento dos estágios da<br />

doença. 14,19 Exames invasivos, como<br />

a broncoscopia ou biopsia pulmonar,<br />

devem ser utilizados em última<br />

escolha e após discussão acerca da<br />

sua necessidade, devido as medidas<br />

de controle da infecção viral de alta<br />

disseminação.<br />

Achados Laboratoriais<br />

Confirmatórios para Covid-19<br />

Para confirmação da doença<br />

devem ser realizados testes rápidos<br />

0 20<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


com amostras de sangue ou soro<br />

por método imunocromatográfico,<br />

que detectam anticorpos IgM<br />

positivo e IgG negativo, indicando<br />

uma resposta imune recente da<br />

infecção de 7 dias ou menos,<br />

do início dos sintomas, com<br />

benefícios por sua praticidade e<br />

rapidez em detectar o resultado<br />

em poucos minutos. Os testes<br />

rápidos imunocromatográficos tem<br />

claras limitações, pois possuem<br />

sensibilidade média de 65%,<br />

levando a falsos negativos ou<br />

mesmo falta de reatividade para o<br />

anticorpo anti-IgG, gerando uma<br />

grande dificuldade de se estabelecer<br />

que teve contato com o vírus e quais<br />

pacientes estão imunes. 20<br />

Neste contexto, os testes sorológicos<br />

e por quimioluminescência<br />

apresentam maior sensibilidade,<br />

90 a 96%, e especificidade entre<br />

95 a 98%. Os anticorpos IgM e<br />

IgA tem se mostrado úteis para<br />

detecção da doença na fase aguda,<br />

e o anticorpo IgG quando presente<br />

indica imunização contra o SARS-<br />

Cov-2. O anticorpo IgA reagente<br />

tem se mostrado útil também<br />

para detecção do vírus no início<br />

da infeçcão, pois está presente<br />

em mucosas, como nasofaringe<br />

e orofaringe, portas de entrada<br />

do vírus no corpo humano. Com o<br />

aumento da sensibilidade dos testes<br />

sorológicos, existe uma tendência<br />

de surgimento do IgM e IgA nas<br />

fases sintomáticas iniciais da<br />

doença e soroconversão entre 7 a 20<br />

dias 5 . Já o anticorpo IgG eleva-se a<br />

partir do 15° dia. Contudo, os falsos<br />

negativos continuam ocorrendo nos<br />

testes imunológicos que ainda não<br />

possuem confiabilidade de 100% e<br />

necessitam de melhor validação e<br />

sensibilidade.<br />

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Autor: Luiz Arthur Calheiros Leite.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

A confirmação da infecção deve<br />

ser realizada de através de biologia<br />

molecular com RT-PCR em tempo<br />

real e sequenciamento parcial ou<br />

total do genoma viral, através da<br />

coleta de material com swab na<br />

nasofaringe, para detecção do vírus<br />

e da carga viral. 13<br />

A sequência genômica do SARS-<br />

CoV-2 foi liberada imediatamente<br />

nos bancos de dados públicos após<br />

o início do surto em Wuhan (China)<br />

(Wuhan-Hu-1, número de acesso<br />

ao GenBank MN908947) 21 . Esta<br />

sequência foi usada para desenhar<br />

primers e sondas específicas, fazendo<br />

da RT-PCR um método sensível e<br />

específico para SARS-CoV-2.<br />

Alguns países têm compartilhado<br />

suas sequências específicas de primers<br />

e seus protocolos nos bancos de<br />

dados públicos, obtendo a aprovação<br />

de comercialização pela OMS de<br />

Kits de diagnóstico, entretanto, estes<br />

diferentes kits podem apresentar<br />

diferentes desempenhos conforme a<br />

região genômica alvo (helicase, espiga,<br />

nucleocapsídeo) e com isto, apresentar<br />

reações cruzadas com outros SARS-COV<br />

e outros vírus relacionados a SARS. 22-24<br />

Marcadores Laboratoriais de<br />

Gravidade da Doença<br />

A resposta imunológica ao<br />

COVID apresenta particularidades<br />

e este entendimento é crucial<br />

para compreensão da evolução da<br />

doença. Conforme bem estabelecido<br />

na literatura, infecções virais<br />

induzem principalmente a produção<br />

de Interferons do tipo I/III, mas<br />

também TNF-α, IL-1, IL-6 e IL-18,<br />

que juntos potencializam o sistema<br />

imunológico 25 .<br />

Em relação ao COVID-19, o que<br />

tem se percebido na literatura é que<br />

a exacerbação da resposta imune<br />

é potencialmente patológica. A<br />

hiperinflamação da tempestade<br />

de citocinas pode facilitar a<br />

replicação viral, e também danifica<br />

a barreira microvascular dos<br />

alvéolos pulmonares, causando<br />

edema e lesionando o parênquima<br />

pulmonar, e isso se manifesta com<br />

o agravamento inesperado dos<br />

sintomas, como a dispnéia, notado<br />

na mudança do estado moderado ao<br />

grave, consequentemente o aumento<br />

das citocinas torna-se um marcador<br />

da gravidade da doença. 5,26<br />

O COVID-19 induz uma resposta<br />

pró-inflamatória com liberação<br />

exarcebada de citocinas, como a<br />

IL-6 que desempenha um papel<br />

central, por ser mediadora da<br />

inflamação pulmonar e febre.<br />

Além disso, a IL-6 é um forte<br />

indutor da proteína C reativa,<br />

também observada nos exames<br />

laboratoriais dos infectados por<br />

covid-19. 5,27<br />

Em um estudo realizado com<br />

171 pacientes, observou-se que os<br />

níveis de IL-6 aumentavam com<br />

agravamento da doença, e eram<br />

maiores nos pacientes que evoluíram<br />

a óbito. Portanto, os níveis elevados<br />

dessa interleucina são responsáveis<br />

por complicações letais de covid-19,<br />

visto que estão correlacionados com<br />

a morte, sendo um fator de risco<br />

para a mortalidade. A tempestade<br />

de citocinas e o status de inflamação<br />

pode resultar nas pneumopatias,<br />

que evoluem para SARS, quadro<br />

séptico e falência múltipla dos<br />

órgãos. 28<br />

A IL-6, bem como outras citocinas<br />

produzidas em altos níveis na<br />

resposta a infecção viral em<br />

pacientes graves, torna-se um<br />

marcador prognóstico da gravidade<br />

das complicações pulmonares por<br />

COVID-19, visto que desregula as<br />

respostas inflamatórias. 29 Diversos<br />

estudos, em que avaliou o uso de<br />

bloqueadores de IL-6 em Covid-19,<br />

afirmam que esse tratamento, com<br />

imunossupressor, é eficaz e traz<br />

benefícios aos pacientes graves e<br />

que estão em assistência na unidade<br />

de terapia intensiva (UTI), uma<br />

vez que os achados laboratoriais<br />

normalizam e as lesões pulmonares<br />

observadas em TC regridem de<br />

maneira significativa, melhorando<br />

a função respiratória e reduzindo a<br />

oxigenoterapia.<br />

0 22<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


Todos os pacientes com COVID-19<br />

graves devem ser rastreados<br />

quanto à hiperinflamação através<br />

de exames laboratoriais, para<br />

identificar quem poderia apresentar<br />

melhora com a imunossupressão.<br />

O uso de glicocorticóides no<br />

tratamento da tempestade de<br />

citocinas, pode atrasar a eliminação<br />

do vírus e causar complicações,<br />

portanto novas terapias devem ser<br />

utilizadas. As opções terapêuticas<br />

incluem esteróides, imunoglobulina<br />

intravenosa, bloqueio seletivo de<br />

citocinas e inibição de Janus kinase<br />

2 (JAK-2) 27 .<br />

Entretanto, vale ressaltar que<br />

a imunossupressão prejudica<br />

a indução da resposta antiviral<br />

e também pode estimular o<br />

desenvolvimento de infecções<br />

bacterianas secundárias e complicar<br />

ainda mais o prognóstico da doença.<br />

Portanto, imunossupressores devem<br />

estar associados a terapia antiviral<br />

eficaz, para evitar uma infecção<br />

não controlada e agravar a doença.<br />

Os possíveis benefícios devem ser<br />

avaliados cuidadosamente contra o<br />

potencial de comprometimento da<br />

imunidade antimicrobiana. 30,31<br />

Considerações Finais<br />

A COVID-19 é uma doença<br />

infecciosa induzida por um vírus que<br />

causa um desequilíbrio do sistema<br />

imunológico e uma tempestade de<br />

citocinas inflamatórias. Os exames<br />

complementares associados,<br />

tomografia computadorizada<br />

formam uma combinação primordial<br />

para a suspeita diagnóstica e<br />

monitoramento da doença. Os<br />

testes imunológicos ainda requerem<br />

maior validação para aumento<br />

da sensibilidade e o diagnóstico<br />

confirmatório deve ser realizado<br />

sempre que possível por biologia<br />

molecular.<br />

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ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021<br />

0 23


ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE<br />

CRIANÇAS E ADOLESCENTES<br />

ACOMETIDOS POR LEUCEMIAS NA<br />

REGIÃO METROLITANA DO RECIFE-PE<br />

Autora:<br />

Kassia Vanessa Farias e Silva Smith.<br />

Resumo<br />

O câncer é uma doença onde uma célula anormal se<br />

prolifera e atinge qualquer órgão do corpo, mas o câncer<br />

infanto-juvenil é diferente e raro, pois ocorre por fatores genéticos<br />

e hereditários, é mais invasivo e ocorre mais acelerado,<br />

em comparação com o do adulto, é o que mais causa<br />

mortes nesta faixa populacional tanto no Brasil como no<br />

exterior. O objetivo deste projeto foi traçar o perfil epidemiológico<br />

de crianças e adolescentes acometidos por leucemias<br />

residentes na região metropolitana do Recife-PE. A<br />

pesquisa foi quantitativa e descritiva, por meio de levantamento<br />

de dados secundários disponíveis nos sites do instituto<br />

nacional do câncer (INCA) e no DATASUS do Ministério<br />

da Saúde. Foi verificado que a leucemia linfoide foi a mais<br />

incidente em ambos os sexos, com pico de incidência entre<br />

1 a 4 anos de idade. As leucemias foram mais frequentes no<br />

sexo masculino com maior mortalidade, entre os anos de<br />

2010 a 2014 de acordo com dados do INCA. E a cidade do<br />

Recife apresentou a maior notificação de óbitos entre 2012<br />

e 2017, segundo o DATASUS. Após a realização do estudo<br />

podemos concluir que, no período de tempo avaliado e na<br />

população infanto-juvenil residente na região metropolita<br />

do Recife, as leucemias linfoides foram mais incidentes na<br />

primeira infância, no sexo masculino e na cidade do Recife.<br />

Palavras-Chave: Câncer infanto-juvenil. Leucemias. Perfil<br />

epidemiológico.<br />

Abstract<br />

Cancer is a disease where an abnormal cell proliferates and<br />

affects any organ in the body, but childhood and juvenile<br />

cancer is different and rare, as it occurs due to genetic and<br />

hereditary factors, is more invasive and occurs more rapidly,<br />

compared to that of the adult, is the one that causes more<br />

deaths in this population range both in Brazil and abroad.<br />

The objective of this project was to trace the epidemiological<br />

profile of children and adolescents affected by leukemias<br />

living in the metropolitan region of Recife-PE. The research<br />

was quantitative and descriptive, through the collection of<br />

secondary data available on the websites of the National<br />

Cancer Institute (INCA) and on the DATASUS of the Ministry<br />

of Health. It was found that lymphoid leukemia was the most<br />

incident in both sexes, with a peak incidence between 1 to 4<br />

years of age. Leukemias were more frequent in males with<br />

higher mortality, between the years 2010 to 2014 according<br />

to data from INCA. And the city of Recife had the highest<br />

notification of deaths between 2012 and 2017, according to<br />

DATASUS. After conducting the study, we can conclude that,<br />

in the evaluated period of time and in the juvenile population<br />

residing in the metropolitan region of Recife, lymphoid leukemias<br />

were more prevalent in early childhood, in males and in<br />

the city of Recife.<br />

Keywords: Childhood and juvenile cancer. Leukemias. Epidemiological<br />

profile.<br />

0 24<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


Autora: Kassia Vanessa Farias e Silva Smith<br />

Introdução<br />

O câncer é uma doença pouco comum<br />

na população infanto-juvenil<br />

afeta as células do sistema sanguíneo<br />

e os tecidos de sustentação.<br />

Por serem predominantemente de<br />

tumor no sistema nervoso central,<br />

linfoma, neuroblastomas,<br />

tumor de Wilms, osteossarcoma<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

e não possui causas bem conheci-<br />

natureza embrionária, tumores na<br />

e sarcoma de Ewing (INCA,2020;<br />

das. Porém, sabe-se que grande<br />

criança e no adolescente são cons-<br />

INCA,2020; SILVA,2010).<br />

parte da sua incidência, está rela-<br />

tituídos de células indiferenciadas,<br />

cionada a fatores genéticos e he-<br />

o que, geralmente, proporciona<br />

O termo leucemia origina-se da<br />

reditários e não a fatores ambien-<br />

melhor resposta aos tratamentos<br />

palavra grega (leukos-branco; ai-<br />

tais, como acontece no adulto. Por<br />

atuais (INCA, 2020).<br />

ma-sangue) correspondendo a um<br />

essa razão, existe certa dificuldade<br />

conjunto de neoplasias malignas<br />

para definir o que determinou sua<br />

As neoplasias malignas são as<br />

(câncer) que atinge o sangue, com<br />

ocorrência e como poderia ter sido<br />

principais causas de mortes nos<br />

origem na medula óssea (SOU-<br />

evitado nessa faixa etária. O mes-<br />

países desenvolvidos e a segun-<br />

ZA,2013).<br />

mo problema se estende à concre-<br />

da causa de morte nos países em<br />

tização do diagnóstico, já que os<br />

desenvolvimento<br />

(JEMAL,2011).<br />

As leucemias podem ser classi-<br />

sinais e sintomas são inespecíficos<br />

No Brasil, o câncer é a primeira<br />

ficadas em linfoide e mieloide e<br />

e diferentes. Tais constatações re-<br />

causa de morte por doenças en-<br />

estas ainda se subdividem nas for-<br />

velam o porquê dessa patologia<br />

tre crianças acima de cinco anos<br />

mas agudas e crônicas. A leucemia<br />

ter se tornado um problema de<br />

e adolescentes (BRASIL,2011),<br />

linfoide aguda (LLA) e mieloide<br />

saúde pública, não somente em<br />

ocupando a segunda posição (7%)<br />

aguda (LMA) são progressivas e<br />

países em desenvolvimento como<br />

de óbitos entre crianças e adoles-<br />

agressivas, pois são caracterizadas<br />

também em países desenvolvidos<br />

centes em todas as faixas etárias<br />

por rápida proliferação de células<br />

(INCA,2020; BAUER;2015).<br />

(BRASIL,2014). Segundo dados do<br />

imaturas denominada blastos. Já<br />

Datasus, a neoplasia é a primeira<br />

a leucemia linfoide crônica (LLC) e<br />

As neoplasias malignas corres-<br />

causa de morte por doença, per-<br />

mieloide crônica (LMC), são aque-<br />

pondem a um grupo de várias do-<br />

dendo somente para causas ex-<br />

las caracterizadas por proliferação<br />

enças que têm em comum a pro-<br />

ternas (acidentes, como engasga-<br />

de células bem diferenciadas e a<br />

liferação descontrolada de células<br />

mento) (BRASIL, 2014).<br />

progressão é lenta, porém seguida<br />

anormais e que pode ocorrer em<br />

de fase acelerada e pode transfor-<br />

qualquer local do organismo. O<br />

Os tipos mais comuns de cân-<br />

ma-se, em leucemia aguda (MES-<br />

câncer infanto-juvenil geralmente<br />

cer na infância são as leucemias,<br />

QUITA, 2009).<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021<br />

0 25


Autora: Kassia Vanessa Farias e Silva Smith<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

Levando isso em consideração,<br />

segundo Curado (2011) o aprimoramento<br />

de técnicas diagnósticas<br />

e quimioterápicos cada vez<br />

mais eficazes, se reflete no melhor<br />

prognóstico da doença e melhores<br />

resultados em relação a cura.<br />

A prevenção de qualquer tipo de<br />

câncer, necessita de dados epidemiológicos<br />

que incluem frequência,<br />

distribuição, fatores de risco e<br />

eventos clínicos. A análise de variações<br />

demográficas na prevalência<br />

de neoplasias pediátricas torna-se<br />

importante para estabelecer<br />

programas de promoção e prevenção<br />

levando em consideração as<br />

necessidades do grupo e do local<br />

(DINIZ,2005; MONTEIRO,2008).<br />

O presente estudo apresenta<br />

relevância devido à escassez de<br />

trabalhos que demonstrem a incidência,<br />

perfil epidemiológico e<br />

distribuição dos casos de leucemias<br />

no grande Recife. Os dados<br />

estão disponíveis em sistemas de<br />

informação de vigilância epidemiológica<br />

ligados ao ministério<br />

da saúde, INCA e DATASUS. Porém,<br />

devido a importância dessa<br />

Figura 1. Distribuição das leucemias na população infanto-juvenil, residente na Região Metropolitana<br />

do Recife-PE, de acordo com as faixas etárias no período de 2010 a 2014 (fonte: INCA).<br />

Figura 2. Distribuição das leucemias na população infanto-juvenil, residente na Região Metropolitana<br />

do Recife-PE, de acordo com o sexo no período de 2010 a 2014 (fonte: INCA).<br />

doença se faz necessário ressaltar<br />

o perfil epidemiológico para<br />

alertar a população e comunidade<br />

científica.<br />

Objetivo<br />

Esse trabalho teve como objetivo<br />

traçar o perfil epidemiológico de<br />

crianças e adolescentes acometidos<br />

por leucemias na região metropolitana<br />

do Recife-PE<br />

Metodologia<br />

Foi realizado um levantamento<br />

de informações nos bancos de dados<br />

do INCA (pelo sistema RCBP<br />

(Registro de Câncer de Base Populacional)<br />

e DATASUS (Tabnet),<br />

0 26<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


Este é o próximo<br />

grande acontecimento<br />

em hematologia.<br />

Apresentamos o CellaVision ® DC-1<br />

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na implementação operacional e clínica dos nossos analisadores maiores.<br />

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MM-128-08 2019-03-18


Autora: Kassia Vanessa Farias e Silva Smith<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

em relação ao perfil epidemiológico<br />

das leucemias em crianças e<br />

adolescentes entre 2010 até 2014<br />

(INCA) e 2012 até 2017 (DATA-<br />

SUS), sendo que no sistema do<br />

INCA foram vistos os números de<br />

casos, e apenas os dados do período<br />

citado estava disponível. Já<br />

no sistema DATASUS, foram vistos<br />

os números de óbitos, e somente<br />

os dados do período acima citado,<br />

foi o que estava disponível.<br />

Também foi realizado um levantamento<br />

bibliográfico utilizando<br />

38 artigos, sendo critérios para<br />

seleção destes, o período de 2005<br />

até 2019, levando em consideração<br />

os mais atuais, e as palavras-chaves<br />

para filtrar foram:<br />

leucemias, perfil epidemiológico,<br />

câncer infanto-juvenil. A escolha<br />

da RMR-Pe, foi devido ao escasso<br />

número de trabalhos sobre a temática<br />

aqui exposta.<br />

Após a coleta dos dados foram<br />

analisados a cidade de<br />

residência, o tipo de leucemia<br />

sexo e a faixa etária. Em seguida<br />

dos dados foram tabulados<br />

Figura 3. Mortalidade das leucemias, linfoide e mieloide, na população infanto-juvenil, residente na<br />

região metropolitana do Recife-PE no período de 2012 a 2017. (fonte: DATASUS).<br />

Figura 4. Mortalidade por leucemias de acordo com os municípios da região metropolitana do Recife-PE no<br />

período de 2012 a 2017 (fonte: DATASUS).<br />

pelo programa Microsoft Office<br />

Excel (2019).<br />

Nesse estudo foi considerada<br />

população infanto-juvenil de 0<br />

até 19 anos. O Art. 2º do Estatuto<br />

da criança do adolescente (ECA,<br />

1990), considera-se criança a pessoa<br />

até doze anos de idade incompletos<br />

e a Organização Mundial de<br />

Saúde (OMS) define adolescência<br />

como sendo o período da vida que<br />

começa aos 10 anos e termina aos<br />

19 anos completos.<br />

0 28<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


Autora: Kassia Vanessa Farias e Silva Smith<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

Resultados e Discursão<br />

Os resultados da consulta dos<br />

que totalizaram 30. Segundo Hintz<br />

et al (2019) e Ferreira (2010) as<br />

mais concentrou casos totalizando<br />

30 e Igarassu foi o que concentrou<br />

sistemas de informação são apre-<br />

leucemias em crianças e jovens<br />

o menor números com apenas 1<br />

sentados abaixo expressos em grá-<br />

são mais incidentes no sexo mas-<br />

caso. Os dados apresentados na<br />

ficos (fig. 1, 2, 3 e 4).<br />

culino. Essa predominância se jus-<br />

fig.4, refere-se ao número de óbi-<br />

tifica de acordo com REIS (2015)<br />

tos, e os dados expostos na fig.1<br />

De acordo com o INCA (Instituto<br />

em um estudo recente do tipo<br />

e 2 são referentes aos números de<br />

Nacional do Câncer), ocorreram<br />

caso- controle, onde foram rea-<br />

casos (ocorrência) das leucemias,<br />

80 casos de leucemias na Região<br />

lizadas algumas associações es-<br />

e os números são diferentes de-<br />

Metropolitana do Recife-PE entre<br />

pecíficas relacionadas ao gênero,<br />

vido a fonte notificadora consul-<br />

2010 e 2014, as leucemias linfoi-<br />

e foram observadas uma relação<br />

tadas serem diferentes. O gráfico<br />

des e mieloides prevaleceram na<br />

à susceptibilidade genética para<br />

acima tem como fonte o DATASUS<br />

faixa de 0 a 4 anos. Pereira (2010)<br />

CYP3A4*1B e CYP3A5*1, além<br />

e foi num período de 2012 a 2017,<br />

afirma que a LLA é a neoplasia he-<br />

de variantes genéticas do gene<br />

já o 1 e 2 tem como fonte o INCA e<br />

matológica mais frequente popu-<br />

SULT1, genes esses que são cru-<br />

o período analisado 2010 a 2014.<br />

lação infanto-juvenil.<br />

ciais no processo do metabolismo<br />

do estrogênio (LOPES et al., 2015;<br />

A Cidade do Recife, de acordo<br />

Segundo CAZARIN, (2007) em<br />

PACIFICI, 2005; THANGAVEL; BOO-<br />

com os dados do IBGE (2020) tem<br />

Pernambuco, em um estudo reali-<br />

PATHI; SHAPIRO, 2011).<br />

uma população de 1.537.704 ha-<br />

zado por meio de levantamento de<br />

bitantes, e com uma densidade<br />

prontuários no período de 1989 a<br />

A leucemia linfoide apresentou<br />

demográfica de 7.039,64 hab/<br />

1999, foi visto que indivíduos na<br />

mortalidade mais elevada. Scheu-<br />

km2, justificando o fato de Re-<br />

faixa etária de 0 a 10 foram mais<br />

rer et al. (2011) e Araújo (2014)<br />

cife concentrar o maior número<br />

acometidos pela Leucemia Lin-<br />

afirmam que a LLA é a principal<br />

de casos de acordo com os dados<br />

foblástica Aguda (LLA).<br />

responsável por óbitos na infância<br />

levantados neste período. Ainda,<br />

e adolescência.<br />

de acordo com o DATASUS a no-<br />

O sexo masculino concentra o<br />

tificação se dá pelo município de<br />

maior número de casos, 50 no<br />

De acordo com a figura 4, neste<br />

notificação, levando em conta que<br />

período analisado, em detrimen-<br />

período foi totalizado 67 casos de<br />

boa parte dos pacientes se deslo-<br />

to do número de casos femininos<br />

óbitos, sendo que Recife foi o que<br />

cam de lugares distantes para pro-<br />

0 30<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

curar atendimento e tratamento,<br />

e se não obtiver sucesso o óbito,<br />

todo mundo, pois a incidência dessas<br />

doenças não varia substancialmente<br />

cluir que na população infanto-<br />

-juvenil residente na Região Me-<br />

o que mostra a figura 4, acredita-<br />

em relação ao tempo e ao espaço.<br />

tropolitana do Recife, foi visto que<br />

mos que a maior mortalidade na<br />

além disso, os dados de mortalidade<br />

as leucemias linfoides foram mais<br />

cidade do Recife seja também em<br />

são considerados indicadores mais<br />

incidentes na primeira infância,<br />

decorrência de que nessa estejam<br />

sensíveis da acessibilidade e efeti-<br />

devido a vários fatores genéticos<br />

concentrados os principais centros<br />

vidade do cuidado médico (LA VEC-<br />

e hereditários, mesmo o câncer<br />

de tratamento oncológico e muito<br />

CHIA,1998; CURADO,2011).<br />

não sendo tão comum nesta faixa<br />

pacientes migram para esses devi-<br />

etária. O sexo masculino é o mais<br />

do à falta de estrutura hospitalar<br />

Segundo INCA (2014) e De Ca-<br />

acometido pelas leucemias, de<br />

de onde originalmente residem.<br />

margo (2010) as atividades vol-<br />

acordo com vários autores, mas<br />

tadas para o enfrentamento do<br />

não se tem um motivo para essa<br />

GRABOIS ET AL (2011) mostra-<br />

câncer consistem basicamente em<br />

prevalência, e existe inúmeros es-<br />

ram que crianças com leucemia<br />

aspectos educacionais, preven-<br />

tudos para justificar essa condição.<br />

linfocítica aguda (LLA) que mo-<br />

tivos e de apoio à formulação de<br />

Em relação a mortalidade, o pior<br />

ram em regionais de saúde com<br />

uma legislação específica para o<br />

prognóstico é por leucemia linfoi-<br />

condições de saúde desfavoráveis<br />

combate aos fatores de risco rela-<br />

de e na faixa entre 10 e 19 anos.<br />

tiveram pior acesso aos centros<br />

cionados à doença. Nesse sentido,<br />

E de acordo com os dados dispo-<br />

especializados, sugerindo que elas<br />

os estudos epidemiológicos são<br />

níveis no DATASUS, A Cidade Do<br />

chegam a esses locais com doença<br />

uma ferramenta importante para<br />

Recife apresentou o maior núme-<br />

em fase muito avançada ou não<br />

avaliar a qualidade dos serviços,<br />

ros de óbitos em relação a outras<br />

conseguem chegar, ocasionando,<br />

bem como para criar novas estra-<br />

cidades da RMR- PE, mas pode ser<br />

como substrato, o subdiagnóstico<br />

tégias em programas de controle<br />

um quantitativo maior ou menor.<br />

e o sub-registro.<br />

de câncer na saúde pública.<br />

Portanto, é necessário realizar esses<br />

perfis para poder melhorar as<br />

No geral, a mortalidade por do-<br />

Considerações Finais<br />

ações do poder público na questão<br />

enças malignas da infância e, em<br />

Após a realização das análises<br />

de assistência, diagnóstico, tra-<br />

particular a leucemia infantil, tem<br />

dos bancos de informações do<br />

tamento e promoção a saúde dos<br />

sido utilizada como um indicador<br />

INCA e DATASUS, utilizando dois<br />

pacientes nessa população, já que<br />

de qualidade do cuidado médico em<br />

períodos diferentes, pode-se con-<br />

é incomum e de difícil detecção.<br />

0 32<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


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ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021<br />

0 33


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ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

SOROPREVALÊNCIA DE HEPATITE B<br />

EM CRIANÇAS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA<br />

Autores: Aline Borges Cardoso 1 , Brenda Bulsara Costa Evangelista 2 , Ranieri Flávio Viana de Sousa 3 , Elaine Ferreira do Nascimento 4 ,<br />

Camilla Soares Sobreira 5 , Lívia Mello Villar 6 .<br />

Resumo<br />

Introdução: A infecção pelo HBV é a décima principal causa de<br />

morte em todo o mundo, sendo a maioria das infecções mais<br />

frequentes em crianças das áreas endêmicas. As chances de adquirir<br />

a forma crônica são variáveis conforme a faixa etária. OB-<br />

JETIVO: discutir, com base na literatura, sobre a prevalência de<br />

Hepatite B em crianças no mundo. METODOLOGIA: A presente<br />

pesquisa trata-se de uma revisão integrativa, realizada durante<br />

os meses de novembro e dezembro de 2018 na base de dados<br />

Pubmed, através dos descritores: "Prevalence", "Hepatitis B",<br />

"child". Foram utilizados os filtros: artigos publicados nos anos<br />

2014 a 2019, disponíveis, de forma gratuita, nos idiomas inglês<br />

e português e em crianças de até 18 anos. Em seguida, aplicados<br />

os critérios de inclusão e exclusão. Os trabalhos selecionados foram<br />

averiguados conforme as informações contidas nos resumos<br />

e na leitura íntegra de cada um. RESULTADOS: Foi selecionado<br />

um total de 15 artigos. Estes foram inseridos em uma tabela (Tabela<br />

1) a fim de compará-los. As principais informações foram<br />

anexadas no quadro como: Titulo do da pesquisa, autor, ano,<br />

periódico, objetivo e resultados em relação a presença do marcador<br />

pesquisado. DISCUSSÃO: Muitos dos estudos sobre Hepatite<br />

B ainda concentram-se em grupos específicos e por isso, não<br />

existindo um inquérito global preciso, embora as pesquisas realizadas<br />

nos últimos anos divida o mundo em diferentes faixas<br />

de prevalências. A idade em que é adquirida é um dos principais<br />

fatores que influencia nas variações da infecção. O HBV ainda é o<br />

maior causador de morte por câncer hepático, assim, existe a necessidade<br />

de mais estudos para a detecção do vírus. CONCLUSÃO:<br />

Este estudo descreve a epidemiologia e variação de prevalências<br />

de infecção por HBV em algumas regiões do mundo. Esse tipo<br />

de pesquisa é imprescindível para estimar a situação atual de<br />

hepatite B, e para avaliar o impacto das políticas de imunização.<br />

Palavras-Chave: Crianças, Hepatite B, Soroprevalência, Epidemiologia.<br />

Abstract<br />

Introduction: HBV infection is the tenth leading cause of<br />

death worldwide, and most infections are more common<br />

in children in endemic areas. The chances of acquiring<br />

the chronic form vary according to age group. OBJECTI-<br />

VE: To discuss, based on the literature, the prevalence of<br />

hepatitis B in children worldwide. METHODOLOGY: This<br />

research is an integrative review, conducted in November<br />

and December 2018 in the Pubmed database, using the<br />

keywords: "Prevalence", "Hepatitis B", "Child". We use the<br />

filters: articles published from 2014 to 2019, available<br />

for free in the English and Portuguese languages and in<br />

children under 18 years. It then applied the inclusion and<br />

exclusion criteria. The selected works were verified according<br />

to the information contained in the abstracts and the<br />

complete reading of each one. RESULTS: We selected 15<br />

articles. These were entered into a table (Table 1) to compare<br />

them. The main information was attached in the table<br />

as: Research title, author, year, journal, objective and<br />

results regarding the presence of the researched marker.<br />

DISCUSSION: Many of the hepatitis B studies still focus on<br />

specific groups, so there is no precise global research, although<br />

research in recent years has divided the world into<br />

different prevalence ranges. The age at which it is acquired<br />

is one of the main factors that influence the variations of<br />

the infection. HBV is still the leading cause of death from<br />

liver cancer, so more studies are needed to detect the virus.<br />

CONCLUSION: This study describes the epidemiology and<br />

prevalence of HBV infection in some regions of the world.<br />

This type of research is essential for estimating the current<br />

status of hepatitis B and assessing the impact of immunization<br />

policies.<br />

Keywords: Child, Hepatitis B, Seroepidemiologic Studies,Epidemiology.<br />

0 36<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


Autores: Aline Borges Cardoso 1 , Brenda Bulsara Costa Evangelista 2 , Ranieri Flávio Viana de Sousa 3 , Elaine Ferreira do Nascimento 4 ,<br />

Camilla Soares Sobreira 5 , Lívia Mello Villar 6 .<br />

Introdução<br />

São reconhecidos cinco vírus<br />

causadores de Hepatites. Hepatite<br />

A, B, C, D, E. Devido à diversidade<br />

etiológica das hepatites virais,<br />

sua transmissão ocorre de diferentes<br />

maneiras, sendo que<br />

sua prevalência e incidência<br />

variam de acordo com alguns<br />

fatores importantes: Região geográfica,<br />

variáveis socioeconômicas,<br />

do próprio agente etiológico<br />

e de sua relação com o<br />

hospedeiro (VIANA, et al 2017).<br />

O HBV pertence família Hepadnaviridae,<br />

gênero Orthohepadnavirus.<br />

Apresenta genoma de<br />

DNA, parcialmente de fita dupla<br />

(ICTV, 1984) e é mais infeccioso<br />

que o HIV (SHAO, et al 2018).<br />

Para seu diagnóstico sorológico,<br />

amostras de soro são submetidas<br />

a testes imunoenzimáticos para<br />

detecção de antígenos e anticorpos,<br />

onde o HBsAg indica infecção<br />

presente, o anti-HBc infecção<br />

prévia, HBeAg infecção aguda e<br />

anti-HBs imunidade (VILLAR, et<br />

al 2015). As principais vias de<br />

transmissão são: a via sexual, A infecção pelo HBV é a décima<br />

parenteral, via vertical (de mãe principal causa de morte em todo o<br />

para filho), responsável por mais mundo (WANG, et al 2018). A maioria<br />

das infecções ocorre nas crianças<br />

de um terço das infecções crônicas<br />

(PAUL, et al 2018).<br />

em áreas endêmicas (SHEDAIN, et al<br />

Fluxograma 1: Esquema da metodologia aplicada.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021<br />

0 37


Autores: Aline Borges Cardoso 1 , Brenda Bulsara Costa Evangelista 2 , Ranieri Flávio Viana de Sousa 3 , Elaine Ferreira do Nascimento 4 ,<br />

Camilla Soares Sobreira 5 , Lívia Mello Villar 6 .<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

2017). As chances de adquirir a forma<br />

crônica são variáveis conforme<br />

a faixa etária. Por exemplo, na fase<br />

adulta a probabilidade é cerca de<br />

5%, todavia, em bebês chega a 30%.<br />

Com isso, para a prevenção e controle,<br />

a Organização Mundial de Saúde<br />

recomenda desde 1992, a imunização<br />

infantil (PAUL, et al 2018). Uma<br />

dose deve ser administrada dentro de<br />

24 horas após o nascimento e doses<br />

posteriores aos dois e dez meses de<br />

idade (PATEL, et al 2016). Através da<br />

implementação generalizada da vacina<br />

nos últimos anos, a prevalência<br />

da infecção crônica reduziu entre os<br />

grupos de faixas etárias mais jovens.<br />

Estes dados podem ser observados<br />

nas regiões da América do Norte e<br />

Europa Ocidental. Por outro lado, em<br />

muitos países a infecção permanece<br />

endêmica, principalmente nos subsaarianos,<br />

atingindo prevalências de<br />

até 8% entre crianças e jovens de 0 a<br />

19 anos (GOUNDER, et al 2016). Essas<br />

detecções são importantes, pois<br />

trazem a possibilidade de monitorar<br />

a eficiência do programa de vacinação<br />

contra o vírus em curto prazo<br />

(IKOBAH, et al 2016).<br />

Gráfico 1: Positividade do HBV nos países em estudo.<br />

Em face do exposto, este estudo A pesquisa bibliográfica foi realizada<br />

durante os meses de no-<br />

objetiva discutir, com base na literatura,<br />

sobre a prevalência de vembro e dezembro de 2018 na<br />

Hepatite B em crianças no mundo. base de dados Pubmed, através<br />

dos descritores: "Prevalence", "Hepatitis<br />

B", "child" com o emprego<br />

Metodologia<br />

conjunto do operador booleano<br />

A presente pesquisa trata-se de<br />

“and” entre cada descritor, a fim<br />

uma revisão integrativa com a temática:<br />

“Prevalência de Hepatite<br />

de, obter uma maior quantidade<br />

de publicações acerca do tema. Ao<br />

B em crianças no mundo”. Conceitua-se<br />

como um tipo de pes-<br />

realizar a busca com os descritores<br />

foram identificados um total de<br />

quisa que possui uma abordagem<br />

5166 artigos e em seguida, utilizados<br />

os seguintes filtros: artigos<br />

metodológica ampla, pois analisa<br />

a literatura disponível de forma<br />

publicados nos anos 2014 a 2019,<br />

abrangente e discute sobre metodologias<br />

e resultados de outros<br />

disponíveis, de forma gratuita, nos<br />

idiomas inglês e português e em<br />

trabalhos científicos sob a ótica de<br />

crianças de até 18 anos.<br />

diversos autores. Assim, seu principal<br />

foco é o entendimento e a<br />

compreensão de uma determinada Como critérios de inclusão foram<br />

temática baseando-se em estudos adotados os artigos que abordavam<br />

publicados anteriormente.<br />

como assunto principal: Prevalência<br />

0 38<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


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ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

de Hepatite B, risco de infecção e os<br />

marcadores sorológicos HbsAg, HBe-<br />

Ag e Anti-Hbc. Os critérios de exclu-<br />

quanto a infecção por Hepatite<br />

B em crianças. Este trabalho<br />

demonstra grande variação da<br />

2017) e Polinésia Francesa(0%)(<br />

PATEL, et al 2016). Esses achados<br />

apontam para o sucesso que os<br />

são aplicados foram: artigos que tra-<br />

presença do HBV ao redor do<br />

programas vacinais têm alcança-<br />

tam apenas sobre cobertura vacinal,<br />

mundo. Os resultados foram ava-<br />

do ao redor do mundo, através do<br />

efetividade de vacina contra Hepati-<br />

liados conforme a presença dos<br />

cumprimento rigoroso que estas<br />

te B, trabalhos que abordassem di-<br />

marcadores HBsAg, anti-HBc e<br />

nações têm seguido do esquema<br />

ferentes infecções e co-infecções. Os<br />

HBeAg. A prevalência do mar-<br />

vacinal. É importante enfatizar,<br />

trabalhos selecionados foram ave-<br />

cador HbsAg pode classificar-se<br />

que para uma soroproteção eficaz,<br />

riguados conforme as informações<br />

em: baixa ( 8%) (SANT’ANNA, 2016). A<br />

de prevalências; e a pontualidade<br />

realizada a extração dos principais<br />

maioria dos países concentra-se<br />

na imunização dos recém-nasci-<br />

dados que continham informações<br />

nos menores índices de preva-<br />

dos, uma vez que a proteção dos<br />

relevantes para análise referente à<br />

lência, aproximando-se cada vez<br />

bebês o mais cedo possível, causa<br />

temática do estudo.<br />

mais de uma das metas do Obje-<br />

impacto significativo no ciclo de<br />

tivo de desenvolvimento susten-<br />

transmissão do vírus (PAUL, et al<br />

Resultados<br />

tável, que consiste em combater<br />

2018). A prevalência encontrada<br />

Após a metodologia aplicada<br />

as hepatites até o ano de 2030,<br />

no Brasil (0,02%) (CIACCIA, et al<br />

(fluxograma 1), foi seleciona-<br />

reduzindo a mortalidade infantil<br />

2014), pode indicar outro fator<br />

do um total de 15 artigos. Estes<br />

em 12-25 por 1.000 nascidos vi-<br />

determinante nesse baixo índi-<br />

foram inseridos em uma tabela<br />

vos (Agenda 2030). Dentre estas<br />

ce, a faixa etária. Grande parte<br />

(Tabela 1) a fim de compará-los.<br />

regiões pode-se destacar a China<br />

dos estudos realizados neste país<br />

As principais informações foram<br />

(0,2%-1,16%) (SHISHEN, et al<br />

mostra que a maioria dos casos<br />

anexadas no quadro.<br />

2018, ), Egito(0,04%) (SALAMA,<br />

positivos foram entre as idades<br />

et al 2017), Bangladesh(0,05%)<br />

de 20-40 anos (ANASTACIO, et al<br />

Discussão<br />

(PAUL, et al 2018), Coreia do<br />

2008). A Nigéria chama atenção<br />

Este foi o primeiro estudo a<br />

Sul (0,09%) (LEE, et al 2017),<br />

quanto ao resultado encontrado<br />

reunir dados de diversos países<br />

Polinésia (0,9%)(PEZZOLI, et al<br />

de 1,2% (IKOBAH, et al 2016),<br />

0 40<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


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ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

pois tem divergido da maioria dos<br />

trabalhos realizados neste local,<br />

que geralmente enquadram-se<br />

possam ter alguma influência na<br />

positividade encontrada (NUNES,<br />

et al 2004). Contudo, localizar<br />

anos divida o mundo em diferentes<br />

faixas de prevalências. A idade<br />

em que é adquirida é um dos<br />

dentro das faixas de intermediá-<br />

precisamente as causas da trans-<br />

principais fatores que influencia<br />

rio a altos índices. Por exemplo,<br />

missão em países subdesenvolvi-<br />

nas variações da infecção. O HBV<br />

em 2003 CHUKWUKA et al encon-<br />

dos é um desafio, pois a infecção<br />

ainda é o maior causador de mor-<br />

traram uma prevalência de 7,6%<br />

não está relacionada apenas aos<br />

te por câncer hepático, assim,<br />

de HbsAg em crianças de 5 a 12<br />

comportamentos de risco (uso<br />

existe a necessidade de mais es-<br />

anos de idade. Posteriormente,<br />

de drogas, múltiplos parceiros,<br />

tudos para a detecção do vírus,<br />

em 2009, UGWUJA et al no su-<br />

homossexuais masculinos, hemo-<br />

principalmente, em crianças e<br />

deste da Nigéria estimaram uma<br />

dialisados), como observado nos<br />

jovens, uma vez que, as chances<br />

positividade de 4,1% na faixa<br />

países desenvolvidos. Assim, di-<br />

de avanço para a cronicidade são<br />

etária adolescente. Estes achados<br />

versos fatores podem influenciar<br />

maiores (MATOS, 2007).<br />

podem estar indicando sucesso<br />

na cadeia de transmissão do HBV,<br />

no controle do HBV ou podem es-<br />

por exemplo, os portadores crôni-<br />

Conclusão<br />

tar relacionados a diferentes ta-<br />

cos infectantes, a multiplicidade<br />

Este estudo descreve a epide-<br />

manhos amostrais ou a distintos<br />

de formas de exposição ao vírus,<br />

miologia e variação de preva-<br />

métodos de triagem para análi-<br />

infectados assintomáticos (ASSIS,<br />

lências de infecção por HBV em<br />

se laboratorial entre os estudos<br />

et al 2004), dificuldades de aces-<br />

algumas regiões do mundo. Esse<br />

(IKOBAH, et al 2016).<br />

so a saúde, falta de informação,<br />

tipo de pesquisa é imprescindí-<br />

recursos limitados, incompletude<br />

vel para estimar a situação atual<br />

A África lidera em termos de pre-<br />

vacinal e os desafios logísticos<br />

de hepatite B, e para avaliar o<br />

valência (gráfico 1).Os achados<br />

colocados pela alta taxa de nas-<br />

impacto das políticas de imuni-<br />

encontrados neste trabalho asse-<br />

cimentos domiciliares (PAUL, et<br />

zação. Ainda existem locais que<br />

melha-se a maioria dos estudos<br />

al 2018). A maioria dos estudos<br />

precisam de atenção e estratégias<br />

feitos nessas regiões, devido sua<br />

sobre Hepatite B ainda concen-<br />

de controle da infecção, mas com<br />

característica endêmica. É discu-<br />

tram-se em grupos específicos e<br />

aplicação de medidas eficazes<br />

tível se fatores culturais, sociais,<br />

por isso, ainda não existe um in-<br />

de soroproteção e educação em<br />

econômicos, genéticos, popula-<br />

quérito global preciso, embora as<br />

saúde pública, o controle do HBV<br />

cionais, geográficos ou históricos<br />

pesquisas realizadas nos últimos<br />

será eficazmente alcançado.<br />

0 42<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


Referências<br />

AGENDA 2030. Os 17 objetivos do desenvolvimento sustentável. Disponível<br />

em: http://www.agenda2030.com.br/ods/3.Acesso em: 13/08/2019<br />

ANASTACIO, J. Prevalência do vírus da hepatite B em indivíduos da<br />

região centro-ocidental do Paraná, Brasil. Rev. Saúde e Biol., v.3, n..2,<br />

p.10-15, Jul-Dez, 2008<br />

ASSIS, S.B. et al. Prevalence of hepatitis B viral markers in children 3<br />

to 9 years old in a town in the Brazilian Amazon. <strong>Revista</strong> Panamericana<br />

de Salud Publica, 2004<br />

CHUKWUKA, J.O; EZECHUKWU, C.C, EGBUONU, I. Cultural influences<br />

on hepatitis B surface antigen seropositivity in primary school children<br />

in Nnewi. Nig J Paediatric, 2003<br />

CIACCIA, M.C. et al. Aspectos epidemiológicos, sorológicos e moleculares<br />

das hepatites B e C em crianças e adolescentes de escolas municipais<br />

de creches e escolas da cidade de Santos; <strong>Revista</strong> Brasileira de<br />

Epidemiologia, 2014.<br />

DE MATOS, M.A. Estudo da infecção pelo vírus da Hepatite B(HBV) em<br />

caminhoneiros de rota longa do Brasil: Soroepidemiologia e genótipos.<br />

Dissertação (Mestrado)- Universidade Federal de Goiás, 2007.<br />

IKOBAH, J. et al. Prevalence of hepatitis B virus infection in Nigerian<br />

children prior to introduction of the vaccine in the national vaccination<br />

program. Pan African Medical Journal, 2016<br />

JARAMILLO, C.M. et al. Characterization of hepatitis B virus in Amerindian<br />

children and mothers of the state of Amazonas, Colombia. Plos One, 2017<br />

KOMADA, K. et al. Seroprevalence of chronic hepatitis B, determined from<br />

dried blood stains, among children and their mothers in the Lao People's<br />

Democratic Republic in the center of the country: a multi-stage stratified<br />

cluster sampling survey; International Journal Infectious Diseases, 2015<br />

KÖSE, Ş. et al. Hepatitis A, B, C and HIV seroprevalence among outpatient<br />

Syrian refugee children; InfezMed, 2017.<br />

LEE, K.H. et al. Changes in hepatitis B virus antibody titers over time<br />

among children: a single center study from 2012 to 2015 in a South<br />

Korean city. BMC Pediatric, 2017<br />

MARTINS, M.M.F. et al. Hepatitis B in the City Of Salvador, Bahia, Brazil:<br />

Epidemiological Pattern and Association of Sociodemographic Variables.<br />

<strong>Revista</strong> Brasileira de Ciência da saúde, V 20; n° 3;pg189-196, 2016.<br />

NUNES, H.M. Prevalence of hepatitis B and D serological markers in<br />

the Parakanã, Apyterewa Indian Reservation, Pará State, Brazil. Cadernos<br />

de Saúde Pública, 2004.<br />

PATEL, M.K. et al. Hepatitis B Vaccination Coverage and Hepatitis B<br />

Surface Antigen Prevalence Among Children in French Polynesia; The<br />

American Journal of Tropical Medicine Hygiene, 2016.<br />

PAUL, R.C. et al. Seroprevalence of Hepatitis B Surface Antigen<br />

among Pre-Vaccine Era and Vaccine Children in Bangladesh. The American<br />

Journal of Tropical Medicine and Hygiene, 2018.<br />

PEZZOLI, L. et al. Low Level of Hepatitis B Virus Infection in Children<br />

20 Years After the Start of the Child Vaccination Program in Wallis and<br />

Futuna. The American Journal of Tropical Medicine Hygiene, 2017.<br />

RASHID, A. et al. Seroprevalence of hepatitis B surface antigen (HBsAg)<br />

in Bo, Sierra Leone, 2012–2013; BMC Research Notes, 2018.<br />

SALAMA, I.et al. Immunogenicity of compulsory and booster doses<br />

of hepatitis B vaccine among children in Cairo, Egypt. Journal Egyptian<br />

Public Health Association, 2017<br />

SANT'ANNA, Carla de Castro. Prevalência da Hepatite B oculta nos<br />

pacientes atendidos no Núcleo de Medicina Tropical da Universidade<br />

Federal do Pará, Amazônia Brasileira. 2016. 103 f. Dissertação (Mestrado)<br />

– Universidade Federal do Pará, Núcleo de Medicina Tropical,<br />

Belém, 2016. Programa de Pós-Graduação em Doenças Tropicais.<br />

SHEDAIN, P.R. et al. Prevalence and risk factors of hepatitis B infection<br />

among mothers and children with hepatitis B infected mother in Dolpa,<br />

Nepal. BMC Infectious diseases, 2017<br />

SHISHEN, W. et al. Epidemiological study of hepatitis B and hepatitis<br />

C infections in northeastern China and the beneficial effect of hepatitis<br />

B vaccination strategy: cross-sectional study; BMC Public Health, 2018<br />

UGWUJA E, UGWU N. Seroprevalence of Hepatitis B Surface Antigen<br />

and Liver Function Tests among Adolescents in Abakaliki, south Eastern<br />

Nigeria. The Internet J Tropical Med. 2009<br />

VIANA ,D.R, VELOSO, N.M, NETO, O.C, PAPACOSTA, N.G, Nunes<br />

GM, Guedes VR (2017) Hepatite B e C: diagnóstico e tratamento.<br />

<strong>Revista</strong> de Patologia do Tocantins,4(3):73-79<br />

ZHONG, Y.W. et al. Hepatitis B virus basal nucleus promoters / mutant<br />

precursors and association with liver cirrhosis in children with chronic<br />

hepatitis B virus infection. Clinical Microbiology and, 2016.<br />

ZHU, Q. Et al. Epidemiological serosurvey of hepatitis B virus among<br />

children aged 1–14 years in Guangdong Province, China; International<br />

Journal of Infectious Diseases, 2018.<br />

TABELAS E LEGENDAS<br />

Tabela 1- Caracterização dos artigos organizados por título, autores, ano de publicação, país, periódico, objetivo e principais resultados.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021<br />

0 43


GESTÃO LABORATORIAL<br />

LABORATÓRIOS CLÍNICOS:<br />

REENGENHARIA OU MORTE!<br />

35 QUESTÕES FUNDAMENTAIS<br />

PARA O GESTOR LABORATORIAL<br />

Se o gestor do laboratório não souber<br />

responder estas questões, ele poderá<br />

até estar lucrando bem, entretanto,<br />

ainda assim, não controlará de forma<br />

adequada a empresa!<br />

1. A lucratividade do seu laboratório<br />

é maior ou menor do que a do<br />

concorrente?<br />

2. Qual o nível de competitividade<br />

do laboratório comparado com a<br />

concorrência?<br />

3. E o risco de insolvência é maior<br />

ou menor do que a concorrência?<br />

4. Os clientes do laboratório pagam<br />

mais ou menos pelos os exames<br />

do que na concorrência?<br />

5. Qual o valor dos exames na concorrência?<br />

6. A política de precificação dos exames<br />

está correta? Não está conduzindo<br />

à falência do laboratório? Ou<br />

quem sabe, à perda de mercado?<br />

7. Não será a hora de vender o laboratório?<br />

E, neste caso, quanto<br />

vale o negócio? Quais as alternativas<br />

para continuar a operação?<br />

8. O laboratório produz mais barato<br />

do que a concorrência? O quanto<br />

mais barato?<br />

9. Qual o valor de quem produz<br />

mais barato? É possível produzir<br />

por este valor?<br />

10. É melhor produzir ou terceirizar<br />

mais?<br />

11. Quantos dias por mês produzem<br />

os lucros do laboratório?<br />

12. O volume de exames produzidos<br />

é adequado à capacidade instalada<br />

para recepcionar, coletar,<br />

produzir, entregar e faturar?<br />

13. O laboratório tem mais ou menos<br />

empregados que a concorrência?<br />

14. Eles ganham mais ou menos<br />

que na concorrência?<br />

15. O laboratório paga mais ou menos<br />

aluguel que a concorrência?<br />

16. Gasta mais com água, energia<br />

elétrica e comunicações do que a<br />

concorrência? E, qual o valor gasto<br />

a mais ou a menos?<br />

17. Gasta mais com marketing, material<br />

de uso comum e serviços de<br />

terceiros do que a concorrência? E,<br />

quanto gasta a mais ou a menos?<br />

18. Gasta mais com investimentos<br />

e capital de giro do que a concorrência?<br />

E, quanto gasta a mais ou<br />

a menos?<br />

19. Gasta a mais com reagentes,<br />

controles e calibradores do que a<br />

concorrência? E, quanto gasta a<br />

mais ou a menos?<br />

0 44<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


GESTÃO LABORATORIAL<br />

20. Gasta a mais com descartáveis,<br />

manutenção de equipamentos<br />

e material de escritório do que<br />

a concorrência? E, quanto gasta a<br />

mais ou a menos?<br />

21. Gasta a mais com laboratórios<br />

de apoio do que a concorrência? E,<br />

quanto gasta a mais ou a menos?<br />

22. Paga mais impostos do que<br />

a concorrência? E, quanto paga a<br />

mais ou a menos?<br />

23. Em que processos devem ser<br />

alocados os recursos físicos, financeiros<br />

e humanos para atingir<br />

metas desejadas?<br />

24. Quais serão as margens de lucro<br />

e as rentabilidades do negócio para<br />

os mais diversos cenários de vendas?<br />

25. Qual o ponto de equilíbrio do<br />

laboratório?<br />

26. Em caso de expansão do laboratório<br />

ou ainda, da abertura de um<br />

novo negócio, que lucro esperar?<br />

27. Qual a forma e momento de<br />

mudar a operação do negócio?<br />

28. Quais as causas dos problemas<br />

econômicos do laboratório?<br />

29. Que ações corretivas e preventivas<br />

devem ser tomadas?<br />

30. Qual a repercussão no lucro do<br />

laboratório?<br />

31. Os custos fixos são controlados<br />

de forma eficiente?<br />

32. Os insumos para a produção<br />

dos exames são gerenciados de<br />

forma eficiente?<br />

33. São mensurados e comparados<br />

com a concorrência os índices de<br />

eficiência gerenciais?<br />

34. Qual a posição do laboratório<br />

no Ranking Nacional da Competência<br />

Gerencial?<br />

35. O planejamento estratégico<br />

do laboratório é estabelecido com<br />

base nos resultados da concorrência,<br />

assegurando desta forma que<br />

a organização seja competitiva e<br />

com baixo risco de insolvência?<br />

Tenho tratado exaustivamente do<br />

tema que envolve a sobrevivências<br />

dos laboratórios clínicos. Em última<br />

instância, desde que abandonei a<br />

engenharia elétrica e adentrei no<br />

maravilhoso universo das análises<br />

clínicas, obtendo o honroso título de<br />

“Falso positivo”, pois graças aos recursos<br />

do mimetismo aparentava ser<br />

um farmacêutico bioquímico, contudo,<br />

incapaz de responder a mais<br />

elementar questão desta espetacular<br />

profissão científica! Entretanto,<br />

graças ao afetuoso acolhimento das<br />

pessoas que militam nesta área,<br />

prosperei na missão de ajudar desenvolver<br />

a gestão econômica e<br />

financeira dos laboratórios. Escrevi<br />

cinco livros sobre o tema e cunhei a<br />

expressa “Primeira disrupção” para<br />

descrever a transformação ocorrida<br />

no mercado a partir da virada do<br />

milênio e de “Segunda disrupção”<br />

para a que já estamos vivendo. A<br />

primeira gerou um problema gigantesco<br />

sintetizado por: redução<br />

significativa da competitividade<br />

empresarial acompanhada pelo aumento<br />

no risco de insolvência dos<br />

laboratórios. As duas causas fundamentais<br />

disto são o excesso de capacidade<br />

produtiva instalada frente<br />

à demanda de exames e a socialização<br />

da medicina, dentre um conjunto<br />

de outras causas, que levaram, de<br />

uma forma geral, a uma queda brutal<br />

na precificação dos exames. Já a<br />

segunda disrupção, ora em curso,<br />

traz em sua origem ao menos dois<br />

aspectos determinantes: 1) Reações<br />

pontuais para solucionar o grave<br />

problema gerado pela primeira disrupção.<br />

2) Ações para absorver de<br />

forma dinâmica os rápidos e inúmeros<br />

avanços tecnológicos. Ouso dizer<br />

que o resultado disto será uma nova<br />

forma de fazer os exames laboratoriais,<br />

absolutamente distinta do que<br />

ocorria no final do século passado!<br />

Qual a principal consequência disto?<br />

Somente sobreviverão as organizações<br />

que tiverem capacidade de<br />

se adaptar rapidamente às novas<br />

exigências! Como serão os laboratórios<br />

destes novos tempos? De uma<br />

0 46<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


GESTÃO LABORATORIAL<br />

coisa eu sei: serão muito diferentes<br />

dos atuais. Radicalmente distintos,<br />

seja nos aspectos técnicos, seja no<br />

modelo de gestão. Em suma, empresas<br />

construídas e operando sob<br />

um novo paradigma! Tenho debatido<br />

este assunto em diversos grupos<br />

profissionais e existe um consenso<br />

da dimensão das ameaças que pairam<br />

sobre os laboratórios clínicos<br />

onde já estaríamos no início de uma<br />

fase de extinção da categoria, estimulada<br />

por pressões com cenários e<br />

variadas origens:<br />

• Do governo (MS; ANVISA – CP 911 e 912);<br />

• Concorrências de novos entrantes<br />

no mercado, farmácias, clínicas populares<br />

e correlatos;<br />

• Massificação dos Testes Laboratoriais<br />

Portáteis (TLP), também conhecidos<br />

como “Testes rápidos”;<br />

• Novos modelos de negócios (por<br />

exemplo, o Hilab, a telemedicina etc.);<br />

• Crescente avanços tecnológicos<br />

em dispositivos, equipamentos e<br />

serviços de monitoramento residencial.<br />

Foco em telemetria, dispositivos,<br />

artefatos, sensores e outros<br />

equipamentos acoplados aos smartphones<br />

e voltados a personalização<br />

dos serviços de cuidado pessoal;<br />

• Interpolaridade crescente entre os<br />

smartphones e as tecnologias vestíveis,<br />

indústria 4.0 (fábricas inteligentes), internet<br />

das coisas, sistemas ciber-físicos,<br />

computação em nuvem, big data;<br />

• As relações entre os diversos atores<br />

do “cluster da saúde” serão realizadas<br />

de forma cada vez mais remotas;<br />

• A crescente conscientização da saúde<br />

pessoal deverá modificar o perfil<br />

de sociedade, com novas exigências e<br />

orientações dogmáticas em saúde;<br />

• As soluções tecnológicas irão exigir<br />

grande capacidade para lidar com<br />

enorme volume de dados aliada à velocidade<br />

de processamento, na área<br />

da saúde. Isto deverá proporcionar<br />

transformar rapidamente registros<br />

clínicos em informação para a tomada<br />

de decisão em favor dos pacientes;<br />

• Os laboratórios clínicos deverão sair<br />

da sede física para chegar junto aos<br />

pacientes, médicos, fornecedores e<br />

pagadores dos serviços (convênios...),<br />

através da conectividade eletrônica;<br />

• Deverá haver necessidade crescente<br />

de reduzir o prazo de entrega dos<br />

exames (menor tempo de resposta);<br />

• Necessidade crescente do diagnóstico<br />

precoce de doenças;<br />

• Deverá haver crescimento de subespecializações<br />

dentro das especialidades<br />

clínicas;<br />

• Novos “entrantes” na área de auxílio<br />

ao diagnóstico médico: equipamentos<br />

que utilizam pequenos volumes<br />

de amostra (uma gota...) para realizar<br />

centenas de exames; laboratórios<br />

portáteis, exames remotos e junto<br />

aos pacientes;<br />

• União entre os serviços de diagnósticos<br />

por imagem com os laboratórios<br />

clínicos, junções, fusões, aquisições<br />

buscando soluções ecologicamente<br />

corretas;<br />

• Deverá haver demanda crescente<br />

para testes preventivos e de fatores<br />

de risco, particularmente nas áreas<br />

de oncologia, endocrinologia e ginecologia.<br />

Idem para testes de toxicologia/abuso<br />

de drogas;<br />

• Pressão maior sobre os laboratórios<br />

hospitalares para recolher,<br />

interpretar e fornecer informações<br />

para os médicos e outros profissionais<br />

de saúde com a finalidade de<br />

monitorar a condição do paciente e<br />

de sua saúde em geral, visando reduzir<br />

o tempo de estadia;<br />

• É esperado um aumento no número<br />

de laboratórios clínicos, em particular<br />

0 48<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


no setor independente, continuando<br />

a influenciar a indústria e colocando<br />

pressão nos laboratórios, num esforço<br />

para reduzir os custos;<br />

• Deverá haver uma contínua pressão<br />

descendente de preços; no entanto, o<br />

mercado vai ser compensado por um<br />

aumento no volume;<br />

• Deverá ocorrer uma verticalização violenta<br />

do mercado das análises clínicas;<br />

• Incremento das fusões e aquisições<br />

gerando novos grandes conglomerados,<br />

ameaçando ainda mais os pequenos<br />

e médios laboratórios.<br />

Nos grupos profissionais debatemos<br />

a situação do mercado das análises<br />

clínicas, onde claramente se identificam<br />

graves ameaças à sobrevivência<br />

dos pequenos e médios laboratórios,<br />

mas, também surgem ideias para<br />

soluções. Fundamentalmente convergem<br />

para a busca da união entre<br />

empresas, contudo, há divergência se<br />

a união deve ser somente entre laboratórios<br />

ou também entre laboratório<br />

e clínicas médicas. Tudo visando<br />

racionalizar a produção em regiões<br />

eliminando a multiplicidade de equipamentos<br />

com as mesmas funções<br />

e otimizar a logística de suprimentos,<br />

gerando ganho de escala com<br />

processos de compras conjuntas. O<br />

grande desafio é vencer o egoísmo,<br />

a ganância, onde deveria prevalecer<br />

a ética, a decência de procedimentos.<br />

Perceber que os concorrentes não<br />

são inimigos que devem ser destruídos,<br />

mas que podem ser parceiros<br />

na solução da miríade de desafios do<br />

mercado. A busca deve ser frenética<br />

por ações que reduzam custos e aumentem<br />

receitas para incrementar a<br />

produtividade, gerando competitividade<br />

e reduzindo o risco de insolvência.<br />

E, nestes cenários uma exigência<br />

se faz necessária e imprescindível<br />

em qualquer situação ou solução<br />

adotada: GESTÃO PROFISSIONAL! Ou<br />

agimos agora, ou choramos depois.<br />

Ah, e não tem para quem reclamar!<br />

“Ai dos vencidos – Breno, General<br />

Gaulês”, ou seja, perdedor não tem<br />

direito, só obrigação. Estamos fazendo<br />

a nossa parte, buscando deixar<br />

um legado ao universo das análises<br />

clínicas do País, por isto, voltamos<br />

ao título deste artigo: LABORATÓ-<br />

RIOS CLÍNICOS: REENGENHARIA OU<br />

MORTE! Nós temos uma solução! A<br />

Unidos Consultoria e Treinamento<br />

fornece suporte total em gestão<br />

econômica para laboratórios, com<br />

preços acessíveis aos de pequeno e<br />

médio porte. Recomendamos que<br />

busquem informações sobre o nosso<br />

trabalho junto aos clientes, pois<br />

são eles, em última análise, que<br />

tem autoridade para isto.<br />

Visitem o site: www.unidosconsultoria.com.br<br />

Nossos produtos<br />

proporcionam decisões mais assertivas<br />

na importante área econômica,<br />

que definem não só a sobrevivência,<br />

mas os lucros no presente<br />

e no futuro. Não há alternativa honesta<br />

possível a não ser gestão baseada<br />

em evidências científicas. É o<br />

que oferecemos aos nossos clientes:<br />

gestão profissional para um futuro<br />

perene! Entretanto, a decisão é dos<br />

gestores laboratoriais, são eles que<br />

podem fazer a diferença entre a<br />

postura das lamentações ou serem<br />

proativos, fazendo acontecer. Este<br />

é o fator chave: mudar o papel de<br />

vítimas do destino (postura de lamentações)<br />

para o de construção<br />

do caminho para o sucesso (fazer<br />

acontecer). Gestor laboratorial, você<br />

lembra das 35 questões que deveriam<br />

ser respondidas no início do<br />

artigo? Pois bem, mostro a seguir<br />

uma solução, mediante o uso de<br />

importante ferramenta de TI para<br />

a gestão econômica dos laboratórios<br />

clínicos, o SISTEMA DE BEN-<br />

CHMARKING – APOIO À DECISÃO<br />

– RANKING NACIONAL DA COMPE-<br />

TÊNCIA GERENCIAL, integrante do<br />

PROGELAB – Programa Nacional<br />

para Profissionalização da Gestão<br />

Laboratorial, por nós desenvolvido,<br />

com inovações disruptivas sobre o<br />

tema. Gerenciar um laboratório é<br />

GESTÃO LABORATORIAL<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021<br />

0 49


GESTÃO LABORATORIAL<br />

controlar seus processos e, só pode<br />

ser gerenciado aquilo que é medido<br />

e comparado! Quem não sabe calcular<br />

a sua competitividade e avaliar<br />

o seu risco de insolvência se comparando<br />

com seus concorrentes, por<br />

exemplo, como no RANKING NACIO-<br />

NAL DA COMPETÊNCIA GERENCIAL,<br />

não sabe se localizar no “Mapa da<br />

concorrência mundial”. E quem não<br />

sabe onde anda, está PERDIDO!<br />

Simples assim. A importância deste<br />

ranking fica, então, evidente. É<br />

uma ferramenta fundamental para<br />

o auxílio às decisões dos gestores<br />

laboratoriais, sendo única no Brasil,<br />

com este formato e alcance. Com a<br />

posição do laboratório marcada no<br />

RANKING NACIONAL DA COMPETÊN-<br />

CIA GERENCIAL, os gestores podem<br />

identificar os problemas existentes,<br />

ou seja, elaborar um diagnóstico,<br />

analisar as causas e propor soluções<br />

(ações corretivas e preventivas). Isto<br />

de fato, é controlar os processos<br />

econômicos do laboratório. Como<br />

participar do RANKING NACIONAL<br />

DA COMPETÊNCIA GERENCIAL? A<br />

Unidos Consultoria e Treinamento<br />

disponibiliza um produto (ferramenta<br />

de TI implantada via web)<br />

focado na gerência de processos<br />

econômicos dos laboratórios clínicos.<br />

Trata-se do Sistema de Benchmarking<br />

– Apoio à Decisão, que<br />

contempla o RANKING NACIONAL<br />

DA COMPETÊNCIA GERENCIAL. Todo<br />

o laboratório que implantar o Sistema<br />

de Benchmarking – Apoio<br />

à Decisão, automaticamente irá<br />

participar do Ranking Nacional da<br />

Competência Gerencial, desfrutando<br />

desta magnifica ferramenta de<br />

gestão econômica, inédita no Brasil<br />

e no mundo. Atualmente os laboratórios<br />

estão enfrentando uma redução<br />

significativa da competitividade<br />

empresarial acompanhada pelo aumento<br />

no risco de insolvência. Não<br />

há mais espaço para amadorismo<br />

nos negócios na área das análises<br />

clínicas. O futuro destas organizações<br />

dependerá disto: gestão científica<br />

baseada em dados, fatos e<br />

algoritmos matemáticos no apoio às<br />

decisões. Neste contexto, o Sistema<br />

de Benchmarking – Apoio à Decisão,<br />

que contempla o RANKING NACIO-<br />

NAL DA COMPETÊNCIA GERENCIAL,<br />

torna-se uma ferramenta decisiva<br />

para alavancar os lucros, a produtividade<br />

dos laboratórios, buscando<br />

assegurar um futuro perene, pois é<br />

dotada de uma concepção complexa<br />

em termos de desenvolvimento,<br />

contudo, extremamente amigável<br />

para os usuários, pois evidencia claramente<br />

e de forma automática os<br />

problemas da organização, viabiliza<br />

a análise das causas, conduzindo<br />

naturalmente às ações corretivas<br />

e preventivas (soluções dos problemas).<br />

Trata-se de um programa<br />

ímpar no mercado das análises clínicas<br />

que requer poucos dados de<br />

entrada, implantado à distância e<br />

que fornece um conjunto de importantes<br />

informações para o auxilia às<br />

decisões dos gestores laboratoriais.<br />

Consideramos este produto como<br />

sendo um sistema de gestão profissional,<br />

sintetizado na sua essência,<br />

não sendo mais possível produzir<br />

tanta informação importante, de<br />

forma fácil e rapidamente acessível<br />

aos gestores laboratoriais, com tão<br />

poucos dados de entrada. Nunca o<br />

apoio às decisões foi tão simples,<br />

completo, científico e acessível:<br />

identificação de problemas (diagnóstico)<br />

e análise de causas, proporcionando<br />

a visualização das ações<br />

corretivas e preventivas. Você gestor<br />

laboratorial, deve aproveitar esta<br />

oportunidade única de se comparar<br />

com os seus concorrentes, participar<br />

do aprendizado coletivo oriundo do<br />

processo de benchmarking competitivo,<br />

contudo, de cooperação.<br />

O RANKING NACIONAL DA COMPE-<br />

TÊNCIA GERENCIAL, proporciona o<br />

aprendizado coletivo, onde o saber,<br />

o conhecimento de todos, permeia<br />

de forma sinérgica no grupo de<br />

participantes, beneficiando de forma<br />

anônima cada laboratório, sem<br />

prejudicar nenhum, socializando a<br />

gestão econômica científica para<br />

0 50<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


os que dela mais necessitam. E, o<br />

fantástico desta solução inteligente<br />

e justa, é que os aspectos inerentes<br />

ao sistema do livre mercado, ou<br />

seja, da concorrência, continuam<br />

existindo, porém, os concorrentes<br />

deixam de ser “inimigos” e passam<br />

a ser parte da solução! Convidamos<br />

a todos os gestores laboratoriais a<br />

participarem deste certame, uma<br />

disputa onde TODOS GANHAM, ainda<br />

que fique classificado em último<br />

lugar do ranking, pois o sistema de<br />

tecnologia da informação, por nós<br />

desenvolvido, viabiliza a melhoria<br />

contínua dos processos econômicos<br />

dos laboratórios, por consequência,<br />

dos LUCROS e da COMPETITIVIDADE,<br />

reduzindo os RISCOS. Asseguramos<br />

que quem participa do RANKING<br />

NACIONAL DA COMPETÊNCIA GE-<br />

RENCIAL, melhora significativamente<br />

os resultados econômicos. Isto só<br />

não ocorrerá somente se, mesmo<br />

tendo acesso as fantásticas informações<br />

do sistema que identifica de<br />

forma científica, problemas (diag-<br />

nóstico), analisa causas prováveis e<br />

evidencia possíveis soluções (ações<br />

corretivas e preventivas), os gestores<br />

laboratoriais não tomarem as<br />

devidas providências. Esta magnífica<br />

ferramenta de TI faz a parte que<br />

lhe toca, entretanto, não pode agir<br />

no lugar dos gestores. Cabe a estes<br />

a responsabilidade e o dever de agir,<br />

a ferramenta é sistema de apoio às<br />

decisões, estas dependem do livre<br />

arbítrio dos gestores laboratoriais.<br />

Lembrem-se do título deste artigo,<br />

LABORATÓRIOS CLÍNICOS: REENGE-<br />

NHARIA OU MORTE! Vamos fazer um<br />

esforço, nos capacitar, trabalhar, trabalhar,<br />

trabalhar..., pois sendo leão<br />

ou gazela, temos que correr para sobreviver!<br />

“A vida é luta renhida, que<br />

aos fracos abate, e aos fortes, só faz<br />

exaltar.” (Canção do Tamoio – Gonçalves<br />

Dias). Todos, simplesmente,<br />

todos temos que lutar, não há escolha<br />

para o sucesso honesto! Esperando<br />

termos contribuído para os negócios<br />

na área das análises clínicas, nos<br />

despedimos até a próxima edição da<br />

revista NewsLab.<br />

Boa sorte e sucesso!<br />

Fonte: Autor<br />

Humberto Façanha<br />

51-99841-5153<br />

humberto@unidosconsultoria.com.br<br />

www.unidosconsultoria.com.br<br />

GESTÃO LABORATORIAL<br />

Desafios econômicos durante e pós pandemia?<br />

Humberto Façanha<br />

TEMOS A SOLUÇÃO AO ALCANCE DOS LABORATÓRIOS:<br />

Sistema de gestão profissional para<br />

identificar problemas, causas e soluções<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021<br />

(51)9.9841.5153<br />

humberto@unidosconsultoria.com.br<br />

GESTÃO PROFISSIONAL ACESSÍVEL<br />

PARA PEQUENOS E MÉDIOS LABORATÓRIOS!<br />

*Humberto Façanha da Costa Filho<br />

Professor e engenheiro, atualmente é articulista e consultor financeiro<br />

da SBAC, professor do Centro de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas<br />

(CEPAC) da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) e professor<br />

do Instituto Cenecista de Ensino Superior de Santo Ângelo (IESA),<br />

curso de Pós-Graduação em Análises Clínicas.<br />

www.unidosconsultoria.com.br<br />

0 51


MATÉRIA DE CAPA<br />

Illumina expande suas operações na<br />

América Latina, abrindo novo “Centro de<br />

Soluções Illumina - Illumina Solutions Center” em<br />

São Paulo, Brasil<br />

O Illumina Solutions Center no Brasil tem como<br />

objetivo impulsionar a eficiência e agilidade de<br />

nossas atividades e expandir nossas possibilidades<br />

para atender clientes internos e externos. Este é o<br />

nosso primeiro Solution Center na América Latina<br />

e ocuparemos um espaço de aproximadamente<br />

1000 metros quadrados, com arquitetura moderna<br />

e infraestrutura completa, localizado na prestigiada<br />

Avenida Paulista. O espaço contará com laboratórios<br />

para treinamentos e demonstrações, área para<br />

reuniões e escritórios.<br />

0 52<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


Através do Illumina Solutions Center<br />

disponibilizaremos todo o suporte comercial,<br />

treinamentos para clientes e para colaboradores.<br />

MATÉRIA DE CAPA<br />

Suporte Comercial<br />

• Através da colaboração pré-vendas na realização de demonstrações<br />

com apresentação do fluxo de trabalho, de avaliação de serviços e<br />

validação de ensaios e testes.<br />

• Através da realização de workshops aberto a clientes e eventos<br />

de marketing.<br />

• Oferecimento de cursos de introdução ao sequenciamento de<br />

nova geração (do Inglês - NGS) para sequenciadores Illumina.<br />

Treinamentos para clientes<br />

• Oferecimento de treinamentos teórico/prático em instrumentos<br />

e workflows.<br />

• Colaboração em novas aplicações com uso de nossos produtos.<br />

• Oferecimento de workshops de aplicações<br />

Treinamento de Colaboradores<br />

• Treinamento prático para o time Brasil e Distribuidores da América Latina.<br />

• Expansão de ferramentas de treinamento digital.<br />

• Desenvolvimento de currículo e módulos práticos de especialização.<br />

• Espaço de escritório e laboratórios para promover maior acesso<br />

aos instrumentos Illumina e projetos colaborativos.<br />

Porque acreditamos que será um grande benefício para a<br />

Illumina e nossos clientes na América Latina:<br />

Este novo Centro da Illumina estará localizado no coração da América do<br />

Sul, em São Paulo, com fácil acesso a aeroportos, interligando todo o país<br />

e América Latina.<br />

A disponibilidade de laboratórios e salas de reunião permitirá uma maior<br />

interação pre e pós vendas para melhor assessorar nossos clientes e parceiros.<br />

Um centro de treinamentos completo em São Paulo permitirá flexibilidade<br />

no agendamento de atividades técnico-cientificas além de um maior<br />

acesso aos instrumentos e ferramentas disponibilizados pela Illumina.<br />

O Illumina Solutions Center<br />

em São Paulo está previsto para<br />

ser inaugurado no segundo<br />

semestre de 2021.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021 0 53


MATÉRIA DE CAPA<br />

“A Illumina é uma organização global,<br />

mas reconhecemos a importância de<br />

nos envolvermos em nível regional com<br />

nossos clientes. É por isso que criamos este<br />

novo Centros de Soluções Illumina perto<br />

de você: venha em breve nos encontrar e<br />

conhecer nossas novas operações em São<br />

Paulo!<br />

O Illumina Solutions Center é um espaço<br />

dedicado aos nossos clientes, e conta com<br />

uma equipe de especialistas técnicos,<br />

fornecendo soluções e programas completos<br />

para mostrar os recursos da tecnologia<br />

Illumina. Este é o lugar onde vamos oferecer<br />

treinamentos em qualquer um de nossos<br />

fluxos de trabalho em um laboratório<br />

totalmente equipado, usando os mais novos<br />

instrumentos, métodos de preparação de<br />

biblioteca e soluções de análises.<br />

Nós o projetamos para fornecer a melhor<br />

experiência Illumina aos nossos visitantes<br />

e, portanto, agora estamos mais perto do<br />

que nunca da comunidade científica latino<br />

americana.<br />

Nos inspiramos nas maneiras pelas<br />

quais a genômica pode estimular a<br />

atividade econômica regional e incentivar<br />

diversas linhas pesquisas. Acreditamos<br />

que o Illumina Solutions Center no Brasil<br />

reforçará a importância da colaboração<br />

entre o ambiente acadêmico, clínico e<br />

corporativo, aumentando o acesso às<br />

tecnologias genômicas, assim como a<br />

capacitação de profissionais, com enorme<br />

potencial de melhorar os resultados de<br />

saúde para os pacientes”.<br />

Patricia Landsmann<br />

Regional Sales Director, Latin America<br />

“Esse será o primeiro centro de<br />

treinamentos Illumina da América Latina<br />

e quinto do mundo. Com ele, pretendemos<br />

ampliar cada vez mais o acesso às nossas<br />

tecnologias e testes inovadores de<br />

alta qualidade oferecendo aos nossos<br />

clientes a oportunidade de interação com<br />

sequenciadores de DNA/RNA de última<br />

geração além da nossa plataforma de<br />

Array e automação.<br />

O mercado de genômica no Brasil tem<br />

se destacado e nós sabemos que ainda<br />

estamos só no começo. O investimento<br />

que estamos realizando para construir<br />

esse centro mostra o quanto a Illumina<br />

acredita no potencial dos nossos clientes<br />

e parceiros no Brasil. Já há alguns anos<br />

que estamos idealizando esse projeto<br />

e entendemos que agora é o momento<br />

certo para dar esse passo importante no<br />

fortalecimento da genômica no Brasil.”<br />

Vagner Simões<br />

Senior Manager<br />

“Ter um Centro de Treinamento Illumina<br />

(Illumina Solutions Center) na cidade de<br />

São Paulo é muito importante para nossos<br />

clientes. Serão oferecidos cursos nas mais<br />

diversas aplicações, possibilitando aos<br />

clientes um aprendizado mais profundo<br />

de suas áreas de interesse e também<br />

a possibilidade de expandir os seus<br />

conhecimentos para outras áreas.<br />

Nossos especialistas ministrarão aulas<br />

práticas e teóricas, enriquecendo também<br />

a troca de experiências entre os próprios<br />

clientes durante os cursos. Sabemos que<br />

o sequenciamento de nova geração (do<br />

Inglês NGS) é relativamente recente no<br />

Brasil e essa troca entre os clientes é muito<br />

importante.<br />

Poderemos receber clientes do Brasil<br />

inteiro e da América Latina, para conhecer<br />

as diferentes plataformas da Illumina,<br />

assim como os diferentes protocolos e<br />

tipos de preparo de biblioteca.<br />

Estar em um laboratório equipado com<br />

diferentes equipamentos também ajudará<br />

em tomadas de decisões para futuras<br />

aquisições.<br />

Além dos cursos e treinamentos,<br />

poderemos customizar demonstrações<br />

para que os clientes conheçam<br />

determinados protocolos e possam<br />

escolher a melhor de nossas soluções.<br />

0 54<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


“Com a base instalada de sequenciadores<br />

Illumina em constante crescimento e um<br />

número maior de aplicações disponíveis<br />

no mercado, a demanda por treinamentos<br />

seja na utilização dos equipamentos,<br />

preparação de amostras ou até mesmo<br />

treinamento por parte de engenheiros<br />

tem aumentado consideravelmente.<br />

A possibilidade de realizar esses<br />

treinamentos em um único lugar poderá<br />

propiciar uma agenda de treinamentos<br />

flexível principalmente para os clientes,<br />

que no geral tem uma rotina pesada<br />

de trabalho e precisam se programar<br />

antecipadamente.”<br />

Marcel Akio<br />

Staff Field Service Engineer<br />

MATÉRIA DE CAPA<br />

Desde 2011, nossos clientes confiam na<br />

Illumina Brasil e nossa base instalada tem<br />

crescido consideravelmente ano a ano.<br />

É um prazer poder oferecer o centro de<br />

treinamento aos nossos clientes como uma<br />

forma de reconhecimento à fidelidade<br />

deles e também uma forma de enriquecer<br />

a nossa relação com eles através de um<br />

aprofundamento do aprendizado da<br />

tecnologia Illumina.”<br />

“Um centro de treinamento sempre<br />

foi a principal solicitação dos clientes,<br />

pois um local que possua infra-estrutura<br />

adequada, com os todos os equipamentos<br />

necessários para o preparo das amostras<br />

e onde seja possível ter treinamentos<br />

personalizados facilita muito para que<br />

eles tenham atividades teórico-práticas<br />

em condições ideais e, com isso, sentiremse<br />

mais confiantes quando estiverem em<br />

seus próprios laboratórios.”<br />

Gustavo Gasparin<br />

Senior Field Applications Scientist<br />

“Acreditamos que ter um centro para<br />

atender nossos clientes facilita muito<br />

no sentido de otimizar as atividades de<br />

campo, visto que um único especialista<br />

pode dar treinamento/suporte para<br />

pessoas de distintas localidades ao<br />

mesmo tempo, algo que não é possível<br />

com atendimentos em campo.<br />

Além disso, o Illumina Solutions Center<br />

também funcionará como um centro de<br />

treinamento para nossos distribuidores<br />

na América do Sul, certificando e<br />

qualificando seus engenheiros e<br />

especialistas, resultando assim em um<br />

serviço de qualidade prestado também<br />

pelos nossos parceiros.”<br />

Luiz Caetano<br />

Senior Manager, Service and Support<br />

Ana Paula Aidar de Oliveira<br />

Inside Sales Manager<br />

Descubra mais sobre a Illumina em www.illumina.com<br />

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<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021 0 55


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MINUTO LABORATÓRIO<br />

COLETA PERFEITA X HEMÓLISE<br />

Por Fábia Bezerra,<br />

Suzimara Tertuliano.<br />

Às vezes, nos deparamos com<br />

coletas aparentemente perfeitas e<br />

mesmo assim, o setor técnico solicita<br />

nova coleta. E por que isso<br />

acontece?<br />

A palavra hemólise deriva do grego<br />

hemo (sangue) e lyse (ruptura),<br />

referindo-se à destruição das hemácias<br />

pelo rompimento da membrana<br />

plasmática resultando na<br />

liberação de diversos componentes<br />

intracelulares, principalmente a hemoglobina.<br />

Representa o maior número de não<br />

conformidades e desafio relacionado<br />

a fase pré-analítica e há uma<br />

grande importância em distinguir a<br />

hemólise in vivo e hemólise in vitro<br />

para a segurança do paciente.<br />

Hemólise in vivo - decorrente de<br />

doenças sanguíneas (congênitas ou<br />

adquiridas), intra ou extravascular,<br />

independem da técnica de punção.<br />

Por isso, sempre muito importante<br />

que no momento do cadastro/coleta,<br />

o cliente ou seu responsável relate<br />

as condições clinicas do paciente<br />

como por exemplo: Anemia hemolítica,<br />

infecção, reações tranfusionais,<br />

entre outras. São situações que, se<br />

não temos o conhecimento prévio,<br />

geramos novas coletas e não- conformidade<br />

para a Coleta. Sabendo<br />

previamente destes casos, o setor<br />

técnico poderá planejar uma estratégia<br />

de coleta a fim de não prejudicar<br />

a análise do exame e nem pedir<br />

nova amostra desnecessariamente.<br />

Já a Hemólise in vitro ocorre durante<br />

a fase pré-analítica, podendo<br />

provocar sérios erros nos resultados<br />

laboratoriais sendo uma das principais<br />

causas de não conformidade e<br />

recoleta e é justamente onde podemos<br />

atuar com excelência de forma<br />

preventiva.<br />

A ruptura celular por manipulação,<br />

acondicionamento ou transporte inadequados<br />

da amostra pode resultar<br />

não apenas na ruptura dos glóbulos<br />

vermelhos, mas também dos leucócitos<br />

e trombóticos. Trata-se da<br />

primeira causa da rejeição de uma<br />

amostra, como demonstrado no es-<br />

0 58<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


Boas práticas para prevenir a<br />

hemólise:<br />

1. Coleta realizada por profissional<br />

com conhecimento, habilitado, devidamente<br />

treinado.<br />

MINUTO LABORATÓRIO<br />

tudo Chemistry Specimen Acceptance<br />

Q-Probes do College of American Pathologists<br />

(CAP). A hemólise pode ser<br />

reconhecida no laboratório por uma<br />

inspeção visual da amostra de plasma<br />

ou soro, que pode apresentar a cor rosada<br />

a vermelha viva e poderá afetar<br />

os resultados dos exames laboratoriais.<br />

Alguns dos exames que podem<br />

ser comprometidos pela hemólise são:<br />

potássio, sódio, cálcio, magnésio, bilirrubina,<br />

haptoglobina, proteína total,<br />

aldolase, amilase, LD, AST, ALT, fósforo,<br />

fosfatase alcalina, fosfatase ácida,<br />

GGT, folato, ferro e troponina.<br />

2. Escolha do calibre da agulha<br />

adequada às condições clínicas do<br />

paciente: a agulha de grosso calibre<br />

por exemplo, permite a entrada do<br />

sangue com rapidez e força contra a<br />

parede do tubo e esta atenção deve<br />

ser a mesma quanto ao uso de agulhas<br />

finas, que força a passagem do<br />

fluxo de sangue na abertura estreita<br />

do lúmen da agulha;<br />

3. Aguardar a evaporação do álcool<br />

antes de perfurar a pele;<br />

4. Aplicar o torniquete com a finalidade<br />

de evidenciar a rede venosa<br />

e não interromper a circulação por<br />

um curto período recomenda-se<br />

não mais que 1 minuto e ser aplicado<br />

7,5 cm acima do local da punção;<br />

5. Evitar realizar a coleta acima e<br />

abaixo de infusão de fluidos ou de<br />

um dispositivo de acesso vascular<br />

pois possível contaminação da<br />

amostra com fluidos, hemólise;<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021<br />

0 59


MINUTO LABORATÓRIO<br />

6. Recomenda não coletar em regiões<br />

com hematoma ou equimose;<br />

11. Recomenda-se a permanência<br />

dos tubos sem na posição vertical<br />

após a coleta.<br />

16. Armazenar corretamente a<br />

amostra de acordo com o Manual<br />

de Coleta do Laboratório.<br />

7. Realizar a punção com o bisel<br />

da agulha voltado para cima em<br />

ângulo de 30 graus, inserir o primeiro<br />

tubo a vácuo; quando o sangue<br />

começar a fluir dentro do tubo,<br />

desgarrotear; e realizar a troca dos<br />

tubos sucessivamente, seguindo a<br />

ordem de coleta;<br />

8. Realizar o preenchimento do<br />

tubo até que o volume máximo<br />

indicado seja atingido (proporção<br />

ideal entre sangue e aditivo);<br />

12. Após a coleta de sangue e a<br />

homogeneização dos tubos, se há<br />

necessidade da obtenção de soro, é<br />

recomendado aguardar a retração<br />

de coágulo, pois se a formação do<br />

coágulo ainda estiver incompleta<br />

pode ocasionar à ruptura celular<br />

(hemólise) e/ou formação de fibrina.<br />

Seguir a recomendação do fabricante<br />

referente ao tempo de espera<br />

da retração do coágulo após a<br />

coleta para realizar a centrifugação<br />

realizando a padronização;<br />

17. Usar insumos de qualidade e de acordo<br />

com as normas técnicas vigentes. A<br />

recomendação do CLSI é pela utilização<br />

do sistema fechado, composto por um<br />

dispositivo que permite a aspiração do<br />

sangue diretamente da veia através do<br />

vácuo e/ou aspiração, utilizando agulha<br />

ou escalpe de duas pontas que se conectam<br />

diretamente ao tubo de análise para<br />

onde o sangue é drenado;<br />

18. Evitar a coleta de sangue com<br />

seringa, há estudo que comprovam<br />

9. Tubos com volume de sangue<br />

insuficiente ou em excesso alteram<br />

a proporção correta de sangue/<br />

aditivo, levando à hemólise e a resultados<br />

incorretos;<br />

10. Realizar a homogeneizar suave-<br />

13. Monitorar a velocidade de centrifugação;<br />

14. Não usar o freio da centrífuga<br />

com o intuito de interromper a centrifugação<br />

dos tubos. Essa brusca<br />

interrupção pode provocar hemólise;<br />

que a taxa de hemólise é superior<br />

utilizando este produto, caso não<br />

seja possível realizar alguns cuidados<br />

para diminuir o risco de hemólise:<br />

- Puxe o sangue delicadamente para<br />

dentro da seringa, e transfira ime-<br />

mente (inversão) dos tubos contento<br />

anticoagulante e o com aditivos<br />

imediatamente entre as trocas dos<br />

tubos conforme as instruções do<br />

fabricante do tubo, para evitar microcoágulo<br />

e hemólise;<br />

15. Quando o analito a ser dosado<br />

necessitar da conservação refrigerada,<br />

recomenda –se que as amostras<br />

não devam estar em contato<br />

direto com o gelo, pelo risco de<br />

congelamento e de hemólise.<br />

diatamente ao tubo com o cuidado<br />

para que o sangue deslize pela<br />

parede do tubo com auxílio de um<br />

dispositivo para transferência. Não<br />

aplicar pressão negativa na seringa<br />

com o sangue já dentro da mesma;<br />

0 60<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


- Evitar a transferência ativa causando<br />

hemólise devido a força<br />

utilizada para o esvaziamento do<br />

portadas por meios convencionais<br />

versus as amostras transportadas<br />

por tubos pneumáticos;<br />

hemólise fora do controle dos profissionais<br />

que realizam a coleta de<br />

amostras biológicas, as recomen-<br />

MINUTO LABORATÓRIO<br />

sangue dentro da seringa;<br />

dações acima auxiliam a reduzir<br />

20. Não realizar transporte inade-<br />

a incidência de amostras hemoli-<br />

- Certificar que a agulha esteja adap-<br />

quado de amostra que sofre com<br />

sadas, proporcionando resultados<br />

tada a seringa<br />

a exposição à luz, temperaturas,<br />

seguros e precisos, que reflitam as<br />

tempo, carga mecânica, armaze-<br />

condições clinicas do paciente.<br />

-Evitar aspirar o sangue muito rápido<br />

para dentro da seringa e transferir<br />

o sangue para o tubo sem desco-<br />

namento de sangue total durante<br />

vários dias a temperatura ambiente.<br />

Procure seguir sempre as legis-<br />

Bibliografia:<br />

1 Recomendações da Sociedade Brasileira de<br />

Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/<br />

ML) : boas práticas em laboratório clínico 2020<br />

nectar a agulha da seringa.<br />

19. Métodos de transporte: Os sistemas<br />

de transporte pneumático<br />

ou outras condições de transporte<br />

que produzam turbulência e trauma<br />

das hemácias dentro dos tubos<br />

também são causas de hemólise.<br />

Estudos demonstram que foram<br />

encontrados menos percentuais<br />

de hemólise nas amostras trans-<br />

lações vigentes.<br />

A importância de treinamento,<br />

conhecimento e conscientização<br />

do desempenho em todo o processo,<br />

bem como a capacitação<br />

do profissional, são fatores que<br />

minimizam o número de amostras<br />

hemolisadas recebidas na área<br />

técnica do laboratório. Embora<br />

ocasionalmente ocorram fontes de<br />

2 Recomendações da sociedade brasileira de<br />

patologia clínica/medicina laboratorial (SBPC/<br />

ML) : fatores pré-analíticos e interferentes em<br />

ensaios laboratoriais / Adagmar Andriolo ... [et<br />

al.] ; organização Nairo Massakazu Sumita ... [et<br />

al.] - 1. ed. - Barueri [SP] :Manole, 2018<br />

3 Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/<br />

Medicina Laboratorial (47.: 2013: São Paulo) Recomendações<br />

da Sociedade Brasileira de Patologia<br />

Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML):<br />

coleta e preparo da amostra biológica. – Barueri,<br />

SP: Manole: Minha Editora, 2014.<br />

4 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção<br />

à Saúde. Departamento de Atenção Especializada e<br />

Temática. Manual de hemofilia / Ministério da Saúde,<br />

Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de<br />

Atenção Especializada e Temática. - 2. ed., 1. reimpr.<br />

- Brasília: Ministério da Saúde, 2015. 80 p.: il.<br />

Fábia Bezerra<br />

Suzimara Tertuliano<br />

Biomédica, com mais de 20 anos na área Laboratorial.<br />

Consultora e Auditora na Empresa Suzimara & Sarahyba Consultoria.<br />

Email: contato@suzimaraesarahyba.com.br<br />

Enfermeira, CEO da SUZIMARA & SARAHYBA CONSULTORIA LABORATORIAL<br />

www.linkedin.com/company/suzimara-sarahyba/<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021<br />

0 61


DIAGNÓSTICO POR IMAGEM<br />

RELEVÂNCIA DO RADIOFÁRMACO<br />

18F-FLUORDESOXIGLICOSE NO<br />

EXAME DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA POR EMISSÃO DE<br />

PÓSITRON PARA O DIAGNÓSTICO PRECOCE DE CÂNCER DE PULMÃO<br />

Laila de Menezes Cardoso Vieira 1 , Alexandre Freire Rocha Gomes 2 , Regina Paula Soares Diego³<br />

Resumo<br />

Introdução: O câncer de pulmão é uma das patologias<br />

mais comuns no mundo e uma das principais<br />

causas de morte. A maioria das pessoas são diagnosticadas<br />

de forma tardia e isso prejudica o prognostico<br />

do paciente. Ao longo, dos anos novos métodos para<br />

auxiliar no diagnóstico de neoplasia pulmonar estão<br />

sendo utilizados, como por exemplo o PET-CT com o<br />

radiofármaco fluordesoxiglicose. Objetivo: O trabalho<br />

tem como objetivo investigar a relevância do PET-CT<br />

com 18F-FDG para o diagnóstico de câncer de pulmão.<br />

Método: Revisão bibliográfica de pesquisas publicadas<br />

entre 2016-2019. Resultado: De acordo com o material<br />

pesquisado, foi possível constatar a importância do<br />

PET-CT com o 18F-FDG no diagnóstico de câncer de<br />

pulmão. Conclusão: O exame de PET-CT é um método<br />

importante, a utilização do 18F-FDG vem contribuindo<br />

muito no diagnóstico de neoplasias, sendo útil para o<br />

tratamento e estadiamento e verificação de resposta-<br />

-tratamento de pacientes.<br />

Palavras-chave: Câncer de pulmão. Fluordesoxiglicose<br />

(18F-FDG). PET-CT.<br />

Abstract<br />

Introduction: Lung cancer is one of the most<br />

common pathologies in the world and a major<br />

cause of death. Most people are diagnosed late<br />

and this affects the patient's prognosis. Over the<br />

years, new methods to assist in the diagnosis<br />

of lung cancer are being used, such as PET-CT<br />

with the radiopharmaceutical fluordesoxyglucose.<br />

Objective: The work aims to investigate the<br />

relevance of PET-CT with 18F-FDG for the diagnosis<br />

of lung cancer. Method: Bibliographic review<br />

of research published between 2016-2019.<br />

Result: According to the researched material, it<br />

was possible to verify the importance of PET-CT<br />

with 18F-FDG in the diagnosis of lung cancer.<br />

Conclusion: The PET-CT exam is an important<br />

method, the use of 18F-FDG has contributed a<br />

lot in the diagnosis of neoplasms, being useful<br />

for the treatment and staging and verification of<br />

response-treatment of patients.<br />

Keywords: Lung cancer. Fluordesoxyglucose (18F-<br />

FDG). PET-CT.<br />

Introdução<br />

Nos últimos anos, o câncer de pulmão<br />

tornou-se uma das mais comuns neoplasias<br />

no mundo e é uma das principais<br />

causas de morte, atingindo principalmente<br />

fumantes. Estudos mostram<br />

que o desenvolvimento de neoplasias<br />

pulmonares é decorrente principalmente<br />

dos hábitos de vida, principalmente<br />

o consumo de cigarros tradicionais e<br />

eletrônicos, além de outras drogas,<br />

podem contribuir diretamente para o<br />

surgimento do câncer pulmonar (INCA,<br />

2019).<br />

0 62<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


Diante do crescente número de casos<br />

de câncer na população mundial, equipamentos<br />

de diagnóstico por imagem<br />

e técnicas de medicina nuclear estão<br />

sendo muito utilizadas para auxiliar no<br />

diagnóstico. A Tomografia por Emissão<br />

de Pósitrons (PET) é uma técnica<br />

bastante empregada para o diagnóstico<br />

de patologias, especialmente de<br />

neoplasias. O exame integra o PET e<br />

a Tomografia Computadorizada (TC),<br />

que juntos reproduzem imagem de alta<br />

qualidade proporcionando diagnóstico<br />

precoce (LAPA; LIMA, 2009).<br />

Para a realização do exame de PE-<br />

T-CT é utilizado um radiofármaco, o<br />

Fluordesoxiglicose (18F-FDG), sendo o<br />

mesmo muito relevante no emprego<br />

do procedimento devido a meia-vida<br />

ser considerada longa e apresentar uma<br />

função biológica bem estabelecida com<br />

relação ao metabolismo glicolítico. Isto<br />

permite que o fármaco, análogo da<br />

glicose, quando injetado no paciente,<br />

concentra-se em locais de intensa<br />

atividade celular, permitindo detecção<br />

e mapeamento do Flúor 18 nos locais<br />

com aumento de metabolismo glicolítico,<br />

permitindo que o aparelho produza<br />

imagens de alta qualidade, evidenciando<br />

regiões anatômicas comprometidas,<br />

estadiamento tumoral e presença de<br />

metástases, possibilitando desta forma<br />

diagnóstico precoce de neoplasias pulmonares,<br />

proporcionando tratamento<br />

Figura 1 - Evolução da patologia. Fonte: INCA, 2019.<br />

adequado, preservando o paciente de<br />

submissão à procedimentos desnecessários,<br />

contribuindo para o bem-estar<br />

do mesmo e possibilitando melhor respostar-tratamento<br />

(FELIX et al., 2014).<br />

O desenvolvimento do câncer no<br />

aparelho respiratório está relacionado<br />

a fatores determinantes como aspectos<br />

externos que interferem na homeostasia<br />

celular, apresentando-se como<br />

condição fundamental para o decurso<br />

fisiológico como um todo desde as células,<br />

tecidos e sistemas orgânicos. A<br />

constituição morfológica depende de<br />

caracteres que compreendem precisão<br />

e especificidade para a funcionalidade<br />

normativa. O processo de desequilíbrio<br />

celular compromete o controle de todas<br />

as funções orgânicas culminando na<br />

falha de mecanismos essenciais à vida<br />

(ARAUJO, 2018; INCA, 2019). O alto índice<br />

de câncer de pulmão chama atenção<br />

para os mecanismos nativos de desregulação<br />

atuantes desde o crescimento,<br />

proliferação e inibição. As ações disruptivas<br />

evoluem segundo o esquema de<br />

evolução da patologia a seguir, ilustrado<br />

através da figura 1.<br />

As ações são promovidas por fatores<br />

carcinogênicos desencadeados por estímulos<br />

(químicos, físicos e biológicos)<br />

ou mutações espontâneas que apresentam<br />

efeitos multiplicativos atuantes<br />

na predisposição do indivíduo,<br />

tendo relevância fatores como tempo<br />

e dose de exposição. Os agentes químicos<br />

que destacam-se são: o tabaco,<br />

presente em cigarros e charutos, cigarros<br />

eletrônicos e da poluição ambiental<br />

(PAUMGARTTEN et al., 2017;<br />

RODRIGUES et al., 2018).<br />

Os prejuízos ocasionados pelo tabaco<br />

são decorrentes de múltiplos compostos<br />

que são liberados em fases distintas.<br />

Na primeira fase, gasosa, há liberação<br />

de CO², Cetonas, Acroleína, Acetaldeído,<br />

Amônia, entre outras. Na segunda fase,<br />

particulada, são liberados Alcatrão e Nicotina.<br />

Os compostos formados contribuem<br />

de forma ativa e através de forma<br />

DIAGNÓSTICO POR IMAGEM<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021<br />

0 63


DIAGNÓSTICO POR IMAGEM<br />

passiva (involuntária ou ocupacional).<br />

A bioacumulação promovida atua sob<br />

ação quimiotática sobre o pulmão,<br />

provocando sintomas como reações<br />

alérgicas, irritação da pele e mucosas,<br />

hemoptise, dispinéia, paralisia diafragmática,<br />

problemas cardíacos e enfisema<br />

pulmonar (EUROFARMA, 2018; INCA,<br />

2018; PAUMGARTTEN et al., 2017).<br />

Os cigarros eletrônicos também contribuem<br />

para o desencadeamento de<br />

problemas pulmonares e a temperatura<br />

do cigarro é capaz de induzir efeitos químicos<br />

e mudanças físicas, produzindo<br />

substâncias tóxicas. Devido a elevada<br />

temperatura, os solventes de glicerina e<br />

o propilenoglicol decompõem-se, formando<br />

compostos carbonílicos de baixo<br />

peso molecular como formaldeído,<br />

acetaldeído, acroleína e acetona. Estas<br />

substâncias são encontradas em pequenas<br />

quantidades, quando comparadas ao<br />

cigarro tradicional, mas influenciam da<br />

mesma forma no desenvolvimento de<br />

patologias, pois são citotóxicas, irritantes,<br />

causadoras de dermatite, enfisema<br />

pulmonar e câncer (INCA, 2016). A oncogênese<br />

ocorre devido ao processo de<br />

amplificação e mutações sobre a ação do<br />

sistema imunológico e renovação celular<br />

na homeostase orgânica. Dependendo<br />

do grau, o processo proliferativo pode ser<br />

reversível, desde que o estímulo causador<br />

seja removido (FERNANDEZ; JANETE;<br />

ZAMBONI, 2002; SIRIO LIBANES, 2019).<br />

Figura 2 - Classificação com base no padrão de distribuição e grau da doença. Fonte: Adaptado do INCA, 2018.<br />

No Brasil a incidência de câncer de<br />

pulmão é de 31.270 casos anualmente,<br />

onde o número de homens acometidos<br />

corresponde a 18.740 e mulheres<br />

12.530 (INCA, 2019). A distribuição<br />

deste tipo de câncer não se apresenta<br />

de forma uniforme, onde o grau de acometimento<br />

é variável, de acordo com<br />

consideração fatores genéticos (Idade,<br />

sexo, raça), fatores externos e ocupacionais<br />

(exposição, tempo e dose), determinando<br />

a persistência dos fatores<br />

aditivos, com base no padrão de localização<br />

histológica e grau de desenvolvimento<br />

(GIANNINI, 2018; INCA, 2018), de<br />

acordo com o esquema a seguir, representado<br />

na figura 2:<br />

A tecnologia do exame de PET-CT com<br />

o radiofármaco 18F-Fluordesoxiglicose<br />

está em constante desenvolvimento e<br />

vem sendo muito utilizada na área do<br />

diagnóstico por imagem. A Tomografia<br />

Computadorizada por Emissão de<br />

Pósitrons (PET-CT) é uma metodologia<br />

que vem revolucionando a área de radiodiagnóstico<br />

oferecendo imagens de<br />

alta resolução, possibilitando resultados<br />

mais assertivos (MOREIRA et al., 2016;<br />

ROBILOTTA, 2006).<br />

A técnica de PET-CT é um procedimento<br />

relativamente novo, que está proporcionando<br />

no diagnóstico de doenças, especialmente<br />

neoplasias. O equipamento<br />

consiste em um sistema híbrido que integra<br />

o PET com fármacos marcados com<br />

radionuclídeos emissores de pósitrons,<br />

que é responsável por evidenciar o metabolismo<br />

célular e a Tomografia Computadorizada<br />

(CT), responsável por demonstrar<br />

a anatomia das regiões estudadas. A<br />

junção das técnicas em um único exame<br />

permite a aquisição de imagens in vivo,<br />

de alta qualidade, possibilitando melhor<br />

diagnóstico (FELIX et al., 2014).<br />

O radiofármaco mais utilizado na PE-<br />

T-CT para o diagnóstico do câncer é o<br />

Fluordesoxiglicose (18F-FDG), que é um<br />

análogo da glicose e possui meia vida<br />

longa, de aproximadamente 110 minutos,<br />

se comparado a outros radiofármacos<br />

e é consumido mais efetivamente por<br />

0 64<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


células em intensa atividade, mostrando<br />

através do exame a ação metabólica,<br />

bioquímica e funcional da célula (GON-<br />

ÇALVES et al., 2019). O procedimento de<br />

aquisição de imagens irá desenvolver um<br />

mapa de distribuição de radiofármaco no<br />

organismo. O FDG-F18 é captado pelas<br />

células e fosforilado pela ação da hexoquinase<br />

em 18F-desoxiglicose-6-fosfato.<br />

Ao contrário da glicose-6-fosfato, a<br />

18F-desoxiglicose-6-fosfato fica retida<br />

na célula. A condição de não prosseguir<br />

no caminho metabólico e a meia-vida<br />

do flúor18 fazem do FDG-F18 excelente<br />

radiofármaco para aquisição de imagens<br />

do metabolismo glicolítico. A técnica tem<br />

base na detecção de dois fótons emitidos<br />

em direções opostas, depois da aniquilação<br />

(colisão entre partícula e anti-partícula<br />

resultando na transmutação destas<br />

partículas em dois fótons de radiação<br />

gama) de um pósitron (β+) e um elétron<br />

do meio (Figura 3). Os fótons são<br />

identificados por detectores conectados<br />

em coincidência no mesmo eixo (Figura<br />

4). O radionuclídeo F18 é produzido em<br />

cíclotron, tem meia-vida de 110 minutos<br />

e decai por emissão de β+, que são<br />

elétrons expulsos do núcleo, carregados<br />

positivamente, que percorrem curtas<br />

distâncias até colidirem com elétrons<br />

do meio, sofrendo aniquilação (matéria<br />

e antimatéria), gerando fótons de 511<br />

KeV em trajetórias opostas, sob ângulo<br />

de 180°, segundo a fórmula E = m c2<br />

(THRALL, 2015).<br />

Figura 3 - Aniquilação Pósitron-Elétron.<br />

Fonte: THRAZLL et al., 2015.<br />

Figura 4 - Anel detector para PET.<br />

Fonte: THRALL et al., 2015.<br />

DIAGNÓSTICO POR IMAGEM<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021<br />

0 65


DIAGNÓSTICO POR IMAGEM<br />

Todas as células necessitam de energia<br />

para desempenhar suas funções.<br />

As células cancerosas se destacam no<br />

exame devido a sua atividade metabólica<br />

intensa, pois isso permite que o radiofármaco,<br />

análogo, de glicose, sejam<br />

direcionados a estas células, uma vez<br />

que as mesmas necessitam da energia<br />

da glicose para executar a atividade celular.<br />

Isto permite que o exame detecte<br />

locais com maior atividade celular, pois<br />

o 18F-FDG acumula-se nestas regiões<br />

(GROHEUX et al., 2016; HOCHHEGGER,<br />

et al., 2015).<br />

A realização do estadiamento da doença<br />

contribui para eficácia terapêutica<br />

e estabelece os riscos de progressão/<br />

desenvolvimento de metástase, permitindo<br />

a escolha de melhores tratamentos.<br />

A importância dos métodos de<br />

imagem é cada vez mais evidente, principalmente<br />

na avaliação dos critérios de<br />

reversão parcial ou sistêmica da patologia<br />

(A.C CAMARGO, 2018, FERNANDEZ;<br />

JATENE; ZAMBONI, 2002).<br />

A conduta preconizada corresponde<br />

o tratamento cirúrgico, seguido ou<br />

não de quimioterapia e/ou radioterapia.<br />

Para aqueles com doença localizada<br />

no pulmão e nos linfonodos, o<br />

tratamento é feito com radioterapia e<br />

quimioterapia ao mesmo tempo. Em<br />

pacientes que apresentam metástases<br />

a distância, o tratamento é abordagem<br />

quimioterapia ou, em casos selecionados,<br />

com medicação baseada em terapia-alvo.<br />

Portanto, o tratamento do<br />

câncer de pulmão depende do tipo<br />

histológico e do estágio da doença,<br />

podendo ser tratado com cirurgia,<br />

quimioterapia ou radioterapia e/ou<br />

modalidades combinadas (A.C CA-<br />

MARGO, 2018; SÍRIO LIBANES, 2019).<br />

Metodologia<br />

O referido estudo compreende uma<br />

revisão bibliográfica através de pesquisa<br />

com o propósito de explicar a<br />

relevância do radiofármaco 18F-Fluordesoxiglicose<br />

e o exame de Tomografia<br />

Computadorizada por Emissão de<br />

Pósitron além de mostrar os benefícios<br />

do procedimento no diagnóstico de<br />

câncer de pulmão a partir dos avanços<br />

tecnológicos. A pesquisa foi realizada<br />

nos bancos de dados: Pubmed Central<br />

(Elsevier), Periódicos Scielo - Scientific<br />

Electronic Library Online (Biblioteca<br />

Científica Eletrônica online), Sociedade<br />

Brasileira de oncologia Clínica,<br />

INCA – Instituto Nacional de Câncer<br />

José Alencar Gomes da Silva (INCA),<br />

artigos na base de dados do Google e<br />

monografias nos idiomas Português,<br />

Ingles e Espanhol. Para a escolha do<br />

material, utilizamos palavras chaves<br />

como estratégia de busca: Câncer de<br />

pulmão. Fluordesoxiglicose (18F-FDG).<br />

PET-CT, utilizando fontes atualizadas<br />

entre 2016 e 2019.<br />

Resultado e Discussão<br />

Atualmente o exame de PET-CT vem<br />

sendo muito utilizado no diagnóstico<br />

e estadiamento de câncer de pulmão,<br />

pois é uma doença que vem crescendo<br />

a cada ano, levantando um alerta<br />

para o crescente número de óbitos. O<br />

procedimento permite exibir o nódulo<br />

pulmonar solitário (NPS), fazendo uma<br />

análise morfológica (contorno, tamanho<br />

e densidade) e funcional, indicando<br />

a presença e mensurando a atividade<br />

metabólica glicolítica (MOREIRA<br />

et al., 2016). O método permite ainda<br />

identificar o câncer de pulmão não pequenas<br />

células (CPNPC) e metástases,<br />

através de análise morfofuncional que<br />

contribui para o estadiamento oncológico<br />

de pacientes com neoplasias pulmonares.<br />

O Nódulo Pulmonar Solitário<br />

pode ser caracterizado por opacidade<br />

radiológica, aspecto arredondado,<br />

com dimensões até 3 cm de diâmetro,<br />

limitado por parênquima pulmonar.<br />

Para a abordagem do NPS através de<br />

PET-CT, faz-se necessário o uso de<br />

protocolo especifico, pré-determinado<br />

de acordo com o diagrama a seguir<br />

(figura 5). (HOCHHEGGER et al., 2015).<br />

O Câncer de Pulmão Não Pequenas<br />

Células e metástases representa a<br />

maioria dos casos de câncer de pulmão,<br />

infelizmente na maioria das<br />

vezes a doença é diagnosticada em<br />

estágio avançado, dificultando o tra-<br />

0 66<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


Solução Completa para:<br />

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QUALIDADE<br />

SIMPLICIDADE


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tamento. O exame de PET-CT com o<br />

F18 identifica alterações metabólicas<br />

de forma precoce, contribuindo para<br />

o estadiamento de pacientes, evidenciando<br />

metástase proporcionando<br />

melhores tratamentos e evitando intervenções<br />

cirúrgicas desnecessárias.<br />

A técnica PET-CT FDG-F18 identifica<br />

o tumor de forma mais precisa, como<br />

descrito na imagem a seguir (Figura<br />

6). Na primeira imagem, onde o<br />

paciente foi submetido a uma TC do<br />

tórax, evidencia-se uma grande massa<br />

(A), porém na segunda imagem, a<br />

lesão foi melhor delimitada e caracterizada<br />

metabolicamente a traves do<br />

emprego da técnica de – PET/CT (B).<br />

(HOCHHEGGER et al., 2015).<br />

Figura 5 - Procedimento do NPS com FDG – PET/CT.<br />

Fonte: Adaptado GROHEUX et al., 2016.<br />

As imagens produzidas pelo PET-CT<br />

são de altíssima qualidade e desempenham<br />

um papel primordial no diagnóstico<br />

de neoplasias. O resultado das<br />

imagens obtidas neste exame permite<br />

diagnostico e estadiamento de forma<br />

mais assertiva, permitindo a adoção de<br />

terapias mais direcionadas e impedindo<br />

que o paciente seja submetido a procedimentos<br />

desnecessários. Radiofármaco<br />

utilizado apresenta boa aceitação pois<br />

não causa efeitos colaterais. Pacientes<br />

diabéticos também podem fazer o exame<br />

e receber o análogo de glicose, mediante<br />

preparo específico para o procedimento.<br />

Normalmente estes pacientes<br />

chegam mais cedo ao centro de diagnóstico<br />

por imagem para realização de<br />

testes dos níveis glicêmicos sanguíneos.<br />

Caso os mesmos apresentem índices<br />

elevados de glicemia, pode-se administrar<br />

insulina de rápida absorção para<br />

que os níveis de glicose se normalizem.<br />

De modo geral, é necessário que todos<br />

os pacientes realizem jejum de 6 horas e<br />

suspendam atividades físicas por 24 horas<br />

que antecedem o exame. É necessário<br />

que o paciente informe caso esteja<br />

gestante, faça uso de medicamentos ou<br />

esteja amamentando.<br />

O método do PET-CT é um exame<br />

considerado de alto custo e ainda não<br />

está disponibilizado de forma ampla<br />

nas clínicas e hospitais do Brasil (MO-<br />

REIRA et al., 2016).<br />

Considerações Finais<br />

O radiotraçador mais utilizado no procedimento<br />

de PET/CT é o FDG-F18, contribuindo<br />

com informações relevantes<br />

sobre as condições biológicas do tumor<br />

(metabolismo glicólico) auxiliando no<br />

diagnóstico precoce da doença, além<br />

de possibilitar um bom planejamento<br />

terapêutico e acompanhamento da<br />

resposta tratamento, proporcionando<br />

melhores condições de vida para os pacientes.<br />

O exame, apesar de utilizar um<br />

análogo de glicose, não impede que pacientes<br />

diabéticos sejam submetidos ao<br />

procedimento. Trata-se de um método<br />

sem efeitos colaterais e vem se mostrando<br />

muito viável no diagnóstico de<br />

neoplasias, com grande relevância para<br />

câncer de pulmão.<br />

0 68<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


Figura 6 - Procedimento do NPS com FDG – PET/CT.<br />

DIAGNÓSTICO POR IMAGEM<br />

Fonte: Fonte: Adaptado HOCHHEGGER et al., 2015.<br />

Referências<br />

A.C CAMARGO, Tipos de câncer – Pulmão, 2018. Disponível<br />

em: https://www.accamargo.org.br/tipos-de-cancer/pulmao.<br />

Acesso em: 15 Fev 2020.<br />

ARAUJO, L. H et al., Lung cancer in Brazil. J. bras. pneumol., São Paulo,<br />

v. 44,n. 1,p. 55-64, 2018 .Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S180637132018000100055&lng=en&nrm=iso.<br />

Acesso em: 14 Jan 2020.<br />

BALDOTTO, C et al., Pequenas células. Sociedade Brasileira de<br />

Oncologia Clínica,2017.https://www.sboc.org.br/images/diretrizes/diretrizes_pdfs/Pulmao_pequenas_celulas_vf_2017.<br />

pdf. Acesso em: 14 Jan 2020.<br />

EUROFARMA, Enfisema Pulmonar, 2018. Disponível em: https://www.eurofarma.com.br/artigo/enfisema-pulmonar/.<br />

Acesso em: 14 Jan 2020.<br />

FELIX, Renata Christian Martins et al., Tomografia computadori-zada<br />

por emissão de pósitrons nas doenças cardiovasculares<br />

inflamatórias. Arq Bras Cardiol: imagem cardiovasc, v. 27, n.<br />

4, p. 249-59, 2014. Disponível em: http://hospitalprocardiaco.<br />

com.br/wp-content/uploads/2016/07/Tomografia-Computadorizada-por-Emissao-de-Positrons-nas-Doencas-Cardiovasculares-Inflamatorias.pdf.<br />

Acesso em: 13 Dez 2019.<br />

FERNANDEZ, A., JATENE, F. B., & ZAMBONI, M. 2002. Diagnóstico<br />

e estadiamento do câncer de pulmão. Jornal de Pneumologia,<br />

2002 28(4), 219-228. Disponível em: http://www.scielo.br/<br />

pdf/jpneu/v28n4/12966.pdf. Acesso em: 15 Fev 2020.<br />

GIANNINI, D. Mulheres têm duas vezes mais chance de ter câncer<br />

de pulmão, 2018. Disponível em: https://noticias.r7.com/<br />

saude/mulheres-tem-duas-vezes-mais-chance-de-ter-cancer-de-pulmao-27112018.<br />

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GONÇALVES, D et al., PET-CT. Centro Universitário das Américas,<br />

São Paulo, 2019.<br />

GROHEUX, D et al., FDG PET-CT for solitary pulmonary nodule<br />

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Imaging (2016), Disponível em: http://dx.doi.org/10.1016/j.<br />

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e achados. Jornal Brasileiro de Pneumologia, v. 41, n. 3, p. 264-<br />

274, 2015. Disponível em:http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S180637132015000300264&script=sci_arttext&tlng=pt.<br />

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INCA. Câncer de pulmão, 2019b. Disponível em: https://www.inca.<br />

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INCA. ABC do câncer: abordagens básicas para o controle do<br />

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INCA. Estatísticas de câncer, 2019a. Disponível em: https://www.<br />

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Acesso em: 27 jan 2020.<br />

MOREIRA, M et al., PET/TC em câncer de pulmão: indicações,<br />

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2C+Jose.+PET%2FTC+em+c%C3%A2ncer+de+pulm%-<br />

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qabs&u=%23p%3D3ePlG23DdKoJ. Acesso em: 10 Jan 2020.<br />

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O impacto dos aditivos do tabaco na toxicidade da fumaça do cigarro:<br />

uma avaliação crítica dos estudos patrocinados pela indústria<br />

do fumo. Cadernos de Saúde Pública, v. 33, p. e00132415, 2017. Disponível<br />

em: http://www.scielo.br/pdf/csp/v33s3/1678-4464-csp-<br />

-33-s3-e00132415.pdf. Acesso em: 14 Jan 2020.<br />

ROBILOTTA, C.C. A tomografia por emissão de pósitrons: uma<br />

nova modalidade na medicina nuclear brasileira. Rev Panam<br />

Salud Publica, 2006; 20(2/3); 134 – 42). Acesso em: 14 Jan 2020.<br />

RODRIGUES, W. P et al., Câncer de pulmão e suas consequências<br />

na qualidade de vida, <strong>Revista</strong> Saúde em Foco – <strong>Edição</strong> nº 10,<br />

2018. Disponível em: http://portal.unisepe.com.br/unifia/wpcontent/uploads/sites/10001/2018/06/011_CÂNCER_DE_<br />

PULMÃO_E_SUAS.pdf. Acesso em: Acesso em: 12 Fev 2020.<br />

SÍRIO LIBANES. Câncer de Pulmão – Centro de oncologia, 2019. Disponível<br />

em:https://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:kUG9HY8oMRAJ:https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/hospital/especialidades/centro-oncologia/cancer-de-pulmao/Paginas/<br />

diagnostico.aspx+&cd=5&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br&client=opera.<br />

Acesso em: 15 Fev 2020.<br />

THRALL, J.H et al.,.Medicina nuclear; tradução Silvia Mariangela<br />

Spada. - 4. ed. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2015.<br />

Legendas<br />

LEGENDA 1 – Não Apresent<br />

LEGENDA 2 – Não Apresenta<br />

LEGENDA 3 – Na aniquilação de pósitron, a massa do pósitron<br />

e do elétron é convertida em energia e são liberados dois fótons<br />

com 0,511 MeV de energia, emitidos em ângulo de 180°.<br />

LEGENDA 4 – Após a emissão, os pósitrons penetram muito<br />

pouco nos tecidos antes do evento de aniquilação. Resultam<br />

dois fótons de 511 KeV que são emitidos separados por 180°.<br />

LEGENDA 5 – Não Apresenta<br />

LEGENDA 6 – Não Apresenta<br />

Autores:<br />

Laila de Menezes Cardoso Vieira 1 , Alexandre Freire Rocha Gomes 2 , Regina Paula Soares Diego³.<br />

1<br />

Graduanda do Curso de Bacharelado em Biomedicina no Centro Universitário do Rio São Francisco (UNIRIOS);<br />

2<br />

Bacharel em Biomedicina em Biomedicina pelo Centro Universitário do Rio São Francisco (UNIRIOS);<br />

3<br />

Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da Universidade Federal do Ceará.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021<br />

0 69


MEDICINA GENÔMICA<br />

HERDABILIDADE PERDIDA:<br />

UM MISTÉRIO SEM SOLUÇÃO?<br />

Por: Maria Soares<br />

No momento em que o genoma<br />

humano começou a se tornar o foco<br />

dos pesquisadores no estudo de<br />

características fenotípicas, foi observado<br />

que variações associadas<br />

a determinados fenótipos apenas<br />

explicavam uma pequena parte de<br />

sua herdabilidade. Essa questão<br />

iniciou a busca pela compreensão<br />

do que seria chamado de “herdabilidade<br />

perdida”.<br />

A genética quantitativa pode ser<br />

utilizada para melhoramentos<br />

genéticos e estudos de medicina<br />

preventiva especialmente para características<br />

complexas. As variações<br />

estudadas envolvem fenótipo,<br />

genes e até o ambiente estudado.<br />

Propriedades estatísticas vão auxiliar<br />

na associação entre marcadores<br />

genéticos e fenótipos.<br />

A herdabilidade é um coeficiente<br />

estatístico que estima a proporção<br />

da variância genética em relação a<br />

fenotípica. Ou seja, ela vai indicar<br />

quanto do fenótipo vai variar devido<br />

a um componente genético. A importância<br />

dela reside especialmente<br />

na sua capacidade de predição. A<br />

herdabilidade pode indicar quanto<br />

a alteração de determinados genes<br />

vai conseguir afetar a variabilidade<br />

de um fenótipo, podendo ser uma<br />

característica simples ou passível<br />

de causar doenças.<br />

Estudos comparativos muitas vezes<br />

permitem identificar que uma característica<br />

tem origem genética,<br />

no entanto, não necessariamente é<br />

possível caracterizar de onde vem<br />

diretamente o fenótipo estudado.<br />

Estudos de associação genômica<br />

ampla vem buscando respostas<br />

para encontrar a herdabilidade considerada<br />

perdida especialmente no<br />

que diz respeito a doenças.<br />

O que é a herdabilidade perdida?<br />

A herdabilidade perdida começou<br />

a ser questionada no final dos anos<br />

2000 quando os estudos focados<br />

em genomas humanos começaram<br />

a ser aprofundados.<br />

Pesquisadores começaram a procurar,<br />

especialmente utilizando comparações<br />

entre irmãos ou familiares,<br />

respostas genéticas para doenças e<br />

fenótipos. No entanto, diferente do<br />

que se esperava, a variabilidade nos<br />

marcadores genéticos mais comuns<br />

respondia pouco ou quase nada do<br />

que se observava fenotipicamente.<br />

Embora muitas variantes tenham<br />

sido descritas e associadas a doenças<br />

após o Projeto Genoma Humano,<br />

muitas vezes essas associações não<br />

se reproduziam em estudos futuros<br />

e explicavam apenas parcialmente<br />

a manifestação da característica estudada.<br />

Essa surpresa gerou no meio<br />

acadêmico o que seria chamado de “<br />

O mistério da herdabilidade perdida”.<br />

Estudos de associação<br />

genômica ampla<br />

Os estudos de associação genômica<br />

ampla ( Genome-wide association<br />

study / GWAS ) são abordagens que<br />

escaneiam genomas de diversos indivíduos<br />

para procurar marcadores<br />

0 70<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


Sua rotina laboratorial mais preparada<br />

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MEDICINA GENÔMICA<br />

genéticos que possam ser utilizados<br />

para prever a presença de uma<br />

doença ou para justificar uma ca-<br />

entanto, as mais relevantes são as<br />

que se referem a doenças. Estudos<br />

de GWAS em gêmeos já estimaram<br />

mento dela, no entanto, os alelos de<br />

risco explicam apenas uma pequena<br />

parte da herdabilidade. A asma<br />

racterística fenotípica.<br />

90% da herdabilidade para o autis-<br />

é uma doença complexa pois sua<br />

mo e 80% para a esquizofrenia. Da<br />

susceptibilidade é uma combinação<br />

Nesses estudos, o genoma de indiví-<br />

mesma forma, estuda-se também<br />

de fatores genéticos e ambientais.<br />

duos que possuam ou não uma de-<br />

para obesidade, diabetes, tendên-<br />

Essa doença crônica é um exemplo<br />

terminada característica é analisado<br />

cia a vícios e problemas cardíacos.<br />

de procura por herdabilidade perdi-<br />

através de SNPs (single nucleotide<br />

da que, com auxílio de bioinformá-<br />

polymorphism). Após uma análise<br />

Apesar de existirem marcadores ge-<br />

tica, vem encontrando solução.<br />

estatística aprofundada das dife-<br />

néticos associados à altura, obser-<br />

renças entre os genomas, caso haja<br />

vou-se que apenas 5% da variação<br />

Quais explicações já foram<br />

uma divergência consistente entre os<br />

pode ser explicada por eles. O pes-<br />

atribuídas para a perda de her-<br />

indivíduos, é possível associar quais<br />

quisador Peter Visscher estimava<br />

dabilidade?<br />

marcadores estão relacionados a<br />

que, diferente do que se imaginava,<br />

Existem diversas hipóteses forma-<br />

essa característica estudada.<br />

não eram os genes mais comuns<br />

das através de análises de GWAS<br />

que definiam a altura e sim peque-<br />

que procuram explicar a herdabi-<br />

GWAS na busca pela herdabili-<br />

nas variantes supostamente de pe-<br />

lidade perdida. As mais relevantes<br />

dade perdida<br />

queno impacto. Em estudos popu-<br />

atualmente são:<br />

Com o passar dos anos os bancos<br />

lacionais recentes foi determinado<br />

de dados de GWAS se tornaram<br />

que, apesar de marcadores genéti-<br />

• A hipótese mais comum refere-se<br />

cada vez mais robustos com mais<br />

cos comuns serem parte conside-<br />

a baixa resolução de técnicas impe-<br />

de 15.000 SNPs únicos associados<br />

rável dos componentes genéticos<br />

dindo a descrição de variantes que<br />

a fenótipos ou doenças relevantes.<br />

deste fenótipo, metade é composta<br />

possam estar envolvidas na mani-<br />

No entanto, os marcadores de SNPs<br />

por pequenas e, muitas vezes, raras<br />

festação de fenótipos, dessa forma, a<br />

de variantes conhecidas apenas<br />

variantes genéticas.<br />

herdabilidade é vista como perdida.<br />

conseguem explicar uma pequena<br />

parte da herdabilidade observada<br />

Recentemente um estudo da Nature<br />

• Descrições incorretas ou incom-<br />

em estudos populacionais.<br />

Communications descreveu através<br />

pletas de variantes causando uma<br />

de GWAS novos locus associados a<br />

falsa sensação de perda de herda-<br />

Características fenotípicas simples<br />

asma. Estudos anteriores já confir-<br />

bilidade que na verdade apenas<br />

como a altura são foco na procu-<br />

mavam que existe grande contri-<br />

reflete a necessidade de investi-<br />

ra da herdabilidade perdida, no<br />

buição genética para o desenvolvi-<br />

mentos em técnicas mais evoluídas<br />

0 72<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


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• Sífilis<br />

• HBsAg<br />

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MEDICINA GENÔMICA<br />

de análise de genoma humano.<br />

Para determinadas características é<br />

possível que a estimativa genética<br />

• Possível que existam diferentes<br />

padrões para diferentes características,<br />

por exemplo, quando há<br />

genoma humano. Análises genéticas<br />

estatísticas possuem viés e requerem<br />

estudos aprofundados, questão que<br />

tenha sido superestimada dando<br />

maior complexidade provavelmen-<br />

atualmente é mais simples de resol-<br />

a entender que a maior influência<br />

te a herdabilidade é reflexo de um<br />

ver devido a tecnologia.<br />

na variabilidade fosse em determi-<br />

conjunto de efeitos aditivos con-<br />

nados genes procurados, gerando<br />

juntos, já para características mais<br />

No quesito herdabilidade perdida<br />

uma falsa perda de herdabilidade.<br />

simples a herdabilidade ausente<br />

ainda não há uma resolução defi-<br />

pode se justificar em efeitos gené-<br />

nitiva, no entanto, a descoberta de<br />

• Erros estatísticos ou falha na pro-<br />

ticos não-aditivos.<br />

variantes genéticas vem permitindo<br />

porção de características ou doen-<br />

que o mistério seja transformado<br />

ças observadas em estudos popu-<br />

• Efeitos genéticos são consequência<br />

em conhecimento, levando a com-<br />

lacionais, prejudicando o resultado<br />

não de marcadores comuns ou indi-<br />

preensão de doenças e auxiliando<br />

final da análise.<br />

cados por estudos de GWAS, na ver-<br />

na medicina de prevenção.<br />

• O fator ambiental como maior fonte<br />

de variabilidade no fenótipo. A herdabilidade<br />

pode ser alterada como<br />

um resultado da variação ambiental<br />

(relação gene-ambiente) e não necessariamente<br />

por ação genética.<br />

dade vem por mutações ou variantes<br />

raras de baixa frequência populacional<br />

que requerem métodos de identificação<br />

específicos. Essa hipótese<br />

justificaria o porquê de os pesquisadores<br />

demorarem para encontrar a<br />

herdabilidade perdida.<br />

Referências:<br />

1. López-Cortegano, E & Caballero, A Inferring<br />

the nature of missing heritability in human<br />

traits. (2018) Genetics. DOI: 10.1534/genetics.119.302077<br />

2. Han, Y., Jia, Q., Jahani, P.S. et al. Genome-wide<br />

analysis highlights contribution of immune<br />

system pathways to the genetic architecture of<br />

asthma. (2020) Nat Commun 11, 1776. https://<br />

doi.org/10.1038/s41467-020-15649-3.<br />

• Muitos estudos são realizados<br />

com foco em poucos SNPs específicos.<br />

No entanto, há a hipótese<br />

de que o efeito conjunto de genes<br />

seja responsável por características<br />

complexas.<br />

Considerações finais<br />

Muitos mistérios envolvendo a área<br />

da genética encontram soluções<br />

com o avanço das tecnologias de sequenciamento<br />

e os diversos estudos<br />

desenvolvidos para compreender o<br />

3. Zuk,O et al. The mistery of missing heritability:<br />

Genetic interactions create phantom heritability.<br />

(2012) Prec Nat Acad Scie 109(4):1193-1198.<br />

DOI: 10.1073/pnas.1119675109.<br />

4. Slatkin, M. Epigenetic Inheritance and the Missing<br />

Heritability Problem. (2009) Genetics. 182<br />

(3): 845–850. doi:10.1534/genetics.109.102798<br />

Maria Soares<br />

Analista de Laboratório NGS/Genomas Raros – PROADI no Hospital Israelita Albert Einstein<br />

Fonte: VARSTATION<br />

0 74<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


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baixa temperatura, ela assegura a eficiência<br />

e qualidade dos processos de armazenagem<br />

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necessitam de uma conservação maior,<br />

seja para preservar a qualidade e suas características.<br />

Quando comparado ao freezer e congelador,<br />

a câmara fria tem a expressiva<br />

vantagem de permitir o armazenamento<br />

eficiente e na temperatura adequada de<br />

grandes volumes de produtos.<br />

Outra vantagem de se utilizar esse equipamento<br />

é a precisão do controle de<br />

temperatura. Via de regra, as oscilações<br />

de sistemas manuais e a falta de controle<br />

adequado da temperatura podem preju-<br />

dicar o armazenamento e durabilidade<br />

dos produtos, o que não ocorre em uma<br />

câmara fria.<br />

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na antecâmara onde é realizada a<br />

conferência dos produtos e a verificação<br />

de temperatura, posteriormente os produtos<br />

são encaminhados para a área de<br />

armazenagem dentro da câmara fria a disposição<br />

até que seja solicitada a separação<br />

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<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021<br />

0 75


ARBOVIROSES<br />

DENGUE: IMPORTÂNCIA DA<br />

NOTIFICAÇÃO E MANUTENÇÃO DAS ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO<br />

À DOENÇA DURANTE A PANDEMIA DA SARS-COV-2<br />

Por: Caio Santos de Souza, Giovana Santos Caleiro, Camila Malta Romano<br />

Afiliação: CSS e GSC Universidade de São Paulo, Instituto de Medicina Tropical, Faculdade de Medicina, São Paulo, SP, BR<br />

CMR: Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, São Paulo, SP, BR<br />

O surgimento de diversos casos de<br />

pneumonia na China, no final de<br />

2019, causados por um agente até<br />

então desconhecido, despertou o<br />

estado de atenção ao redor do mundo,<br />

sendo que em janeiro de 2020,<br />

o agente etiológico foi identificado<br />

como um novo coronavírus (Sars-<br />

-Cov-2). Em março de 2020, a Organização<br />

Mundial da Saúde (OMS)<br />

declarou a situação causada por esse<br />

novo vírus como uma pandemia,<br />

pois este já havia sido detectado em<br />

mais de 100 países (LUDWIG, ZAR-<br />

BOCK., 2020; SAAVEDRA-VELASCO<br />

ET AL., 2020), e a doença recebeu o<br />

nome de covid-19.<br />

A situação de pandemia é particularmente<br />

complicada em países em<br />

desenvolvimento, devido à situação<br />

socioeconômica e ao potencial sinergismo<br />

com outras situações de saúde<br />

pública que possam comprometer os<br />

sistemas de saúde (SAAVEDRA-VE-<br />

LASCO ET AL., 2020).<br />

A dengue é a arbovirose de maior<br />

relevância em nível global, deixando<br />

de ser uma doença de casos<br />

esporádicos em muitos países, para<br />

um problema de saúde pública que<br />

atinge diversos países ao redor do<br />

mundo (GUZMAN, HARRIS., 2015).<br />

O vírus causador da dengue (DENV),<br />

pertencente à família Flaviviridae<br />

e gênero Flavivírus, é antigenicamente<br />

classificado em 4 sorotipos<br />

e, dentro desses sorotipos, ainda são<br />

classificados em genótipos e clados.<br />

A infecção por qualquer um desses<br />

sorotipos pode ser assintomática ou<br />

ainda, se apresentar como uma doença<br />

com sintomas semelhantes à<br />

uma gripe, classificada como febre<br />

da dengue sem sinais de alerta; febre<br />

da dengue com sinais de alerta<br />

e por fim, dengue grave, de acordo<br />

com a OMS.<br />

O DENV é endêmico em mais de<br />

120 países, principalmente nas faixas<br />

tropicais e subtropicais (POLLETT<br />

ET AL., 2019). O cenário nacional da<br />

febre da dengue costuma atingir seu<br />

ápice no mês de abril, período onde<br />

o pico de casos é documentado devido<br />

às condições favoráveis para a<br />

proliferação de seu principal vetor, o<br />

Aedes aegypti (STOLERMAN, MAIA,<br />

KUTZ., 2019).<br />

O Sars-Cov-2 teve sua circulação<br />

documentada no país pela primeira<br />

vez em fevereiro de 2020 na<br />

cidade de São Paulo, sendo que<br />

no mês seguinte, foi decretado o<br />

estado de quarentena em todo o<br />

Estado (Governo do Estado de São<br />

Paulo., 2020; Organização Pan-Americana<br />

de Saúde., 2020). Devido<br />

ao histórico de casos de dengue<br />

no país, bem como a circulação do<br />

Sars-Cov-2, surgiu a preocupação<br />

natural de que essas epidemias<br />

possam estar se sobrepondo e, até<br />

mesmo, impactando o diagnóstico<br />

de infecções por DENV (DI WU ET<br />

AL., 2020).<br />

0 76<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


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ARBOVIROSES<br />

Segundo o boletim epidemiológico<br />

em arbovírus da semana<br />

39\2019 (referente até 23 de se-<br />

cípios de São José do Rio Preto, com<br />

6298 casos, Bauru, com 700 casos e<br />

Araraquara com 213 casos (Ministé-<br />

ves e compatíveis com a covid-19<br />

o atendimento presencial era recomendado<br />

(Câmara Municipal de<br />

tembro de 2019), haviam sido con-<br />

rio da Saúde., 2020). Esses números<br />

São Paulo, 2020).<br />

firmados 16413 casos de dengue no<br />

demonstram certa diminuição no<br />

município de São Paulo. Enquanto<br />

número de casos, porém ainda são<br />

De fato, esta conduta pode ter<br />

que o mesmo período em 2020, fo-<br />

valores significativos, principalmen-<br />

mascarado a notificação de casos de<br />

ram confirmados 1905 casos. Estes<br />

te se comparados aos anos anterio-<br />

dengue durante a quarentena. Se-<br />

números mostram uma diminuição<br />

res, como 2017 e 2018.<br />

gundo Mascarenhas ET AL (2020),<br />

significativa em relação ao ano pas-<br />

após a semana epidemiológica 10,<br />

sado, porém é maior do que a soma<br />

Deve ser ressaltado que a vigi-<br />

os casos de dengue caíram, o que<br />

dos casos confirmados em 2017 e<br />

lância em arbovírus foi suspensa<br />

pode sugerir uma possível subnoti-<br />

2018 (866 e 586 respectivamente)<br />

de março até julho de 2020, pois<br />

ficação, visto que exatamente nesse<br />

(Prefeitura de São Paulo., 2020).<br />

os recursos e mão de obra foram<br />

período, é esperado o aumento no<br />

Quando comparado apenas o perío-<br />

direcionados ao diagnóstico do Sar-<br />

número de casos (MASCARENHAS ET<br />

do de pico (abril de 2019 e abril de<br />

s-Cov-2 (COSEMS\SP). Esta medida<br />

AL., 2020).<br />

2020), os números de casos confir-<br />

pode ter comprometido a notifica-<br />

mados caíram de 4965 para 1429.<br />

ção do número total de casos, visto<br />

De acordo com o informe no<br />

que a desinformação em relação à<br />

combate ao coronavírus da câmara<br />

De acordo ainda com o Departa-<br />

vigilância pode gerar sub-notifica-<br />

municipal de São Paulo, até junho,<br />

mento de Informática do Sistema<br />

ções. Outro ponto a ser destacado é<br />

pacientes apresentando dores no<br />

Único de Saúde (DATASUS) e o Bo-<br />

que a situação pandêmica do novo<br />

corpo, febre, dor de cabeça e ou-<br />

letim Epidemiológico do Ministério<br />

coronavírus, bem como certas me-<br />

tros sintomas mais leves, não de-<br />

da Saúde, o Estado de São Paulo<br />

didas de segurança sugeridas pelos<br />

veriam procurar serviços de saúde<br />

contabilizou 265 óbitos a partir de,<br />

órgãos de saúde, podem ter contri-<br />

por questões de segurança (evitar a<br />

aproximadamente, 444 mil casos<br />

buído para a diminuição da noti-<br />

contaminação pelo novo coronaví-<br />

confirmados de dengue, em 2019.<br />

ficação de casos de outras viroses.<br />

rus, e também para não sobrecarre-<br />

Ao comparar esses valores com os<br />

Por exemplo, fez parte das reco-<br />

gar o sistema de saúde). Como a fe-<br />

números disponíveis até setembro<br />

mendações iniciais que, em caso de<br />

bre da dengue sem sinais de alerta<br />

de 2020, o Estado de São Paulo já<br />

sintomas leves ou inespecíficos, dar<br />

pode ter apresentação branda, essa<br />

havia confirmado 206.223 casos e<br />

preferência ao teleatendimento e,<br />

orientação pode ter mitigado possí-<br />

117 óbitos, sendo destaque os muni-<br />

somente em casos de sintomas gra-<br />

veis casos de dengue.<br />

0 78<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


ARBOVIROSES<br />

Conclusão: Apesar de até o momento,<br />

os números de casos de febre<br />

da dengue em 2020 serem menores<br />

do que em 2019, podemos ver um<br />

aumento significativo quando comparado<br />

a outros anos. Deve ser considerado<br />

que nem o governo estadual, nem<br />

o DATASUS possuem valores totais de<br />

casos e óbitos referentes a 2020, para<br />

que possa ser feita uma avaliação completa.<br />

A pandemia do novo coronavírus<br />

pode ter contribuído de forma indireta<br />

para essa diminuição observada de<br />

notificações. Os números significativos<br />

em municípios como Rio Preto demonstram<br />

a importância da vigilância<br />

constante, bem como a continuidade<br />

nos esforços em combate ao vetor.<br />

Agradecimentos. Os autores são<br />

financiados pelo Conselho Nacional<br />

de Desenvolvimento Científico e<br />

Tecnológico CNPq #402794/2020-<br />

6 e pela Fundação de Amparo a<br />

Pesquisa do Estado de São Paulo<br />

#2019/03859-9.<br />

Referências<br />

Ludwig S, Zarbock A. Coronaviruses and SARS-CoV-2: A<br />

Brief Overview. Anesth Analg. 2020 Jul;131(1):93-96.<br />

Saavedra-Velasco M, Chiara-Chilet C, Pichardo-Rodriguez<br />

R, Grandez-Urbina A, Inga-Berrospi F. Coinfección entre<br />

dengue y COVID-19: Necesidad de abordaje en zonas<br />

endémicas [Coinfection between dengue and covid-19:<br />

need for approach in endemic zones.]. Rev Fac Cien Med<br />

Univ Nac Cordoba. 2020 Mar 31;77(1):52-54.<br />

Guzman MG, Harris E. Dengue. Lancet. 2015 Jan<br />

31;385(9966):453-65.<br />

Pollett S, Melendrez MC, Maljkovic Berry I, et al. Understanding<br />

dengue virus evolution to support epidemic<br />

surveillance and counter-measure development. Infect<br />

Genet Evol. 2018;62:279-295.<br />

Stolerman LM, Maia PD, Kutz JN. Forecasting dengue fever<br />

in Brazil: An assessment of climate conditions. PLoS<br />

One. 2019;14(8):e0220106. Published 2019 Aug 8.<br />

Organização Pan-Americana de Saúde. Brasil confirma primeiro<br />

caso de infecção pelo novo coronavírus. Obtido em: https://www.<br />

paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=arti-<br />

cle&id=6113:brasil-confirma-primeiro-caso-de-infeccao-pelo-<br />

-novo-coronavirus&Itemid=812. Acesso em 09-10-2020.<br />

Governo do Estado de São Paulo. SP contra o novo coronavírus:<br />

tudo sobre a quarentena. Obtido em: https://<br />

www.saopaulo.sp.gov.br/coronavirus/quarentena/.<br />

Acesso em 09-10-2020.<br />

Wu D, Lu J, Liu Q, Ma X, He W. To alert coinfection of CO-<br />

VID-19 and dengue virus in developing countries in the<br />

dengue-endemic area [published online ahead of print,<br />

2020 May 4]. Infect Control Hosp Epidemiol. 2020;1.<br />

doi:10.1017/ice.2020.187<br />

Ministério da Saúde. Boletins epidemiológicos. Obtido<br />

em: https://antigo.saude.gov.br/boletins-epidemiologicos.<br />

Acesso em 09-10-2020.<br />

Conselho de Secretários Municipais de Saúde. Interrupção<br />

temporária de coleta e envio de amostras para o monitoramento<br />

viral das arboviroses no Estado de São Paulo.<br />

Obtido em: http://www.cosemssp.org.br/noticias/interrupcao-temporaria-de-coleta-e-envio<br />

-de-amostras-<br />

-para-o-monitoramento-viral-das-arboviroses-no-estado-de-sao-paulo/.<br />

Acesso em 09-10-2020;<br />

Câmara Municipal de São Paulo. Informação no combate<br />

ao coronavírus. Obtido em: http://www.saopaulo.sp.leg.<br />

br/coronavirus/o-que-fazer-ao-apresentar-sintomas/.<br />

Acesso em 09-10-2020<br />

MASCARENHAS, Márcio Dênis Medeiros et al. Ocorrência<br />

simultânea de COVID-19 e dengue: o que os dados revelam?.<br />

Cad. Saúde Pública [online]. 2020, vol.36, n.6<br />

Autores<br />

Caio Santos de Souza Giovana Santos Caleiro Camila Malta Romano<br />

Biomédico graduado e habilitado em análises clínicas pelo Centro<br />

Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas. Especialista<br />

em hematologia tropical pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de<br />

Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) e atualmente<br />

aluno de mestrado pela Faculdade de Medicina da Universidade de<br />

São Paulo, pelo laboratório de virologia do Instituto de Medicina<br />

Tropical da Universidade de São Paulo (IMTUSP).<br />

Bióloga graduada pela Universidade de Franca (UNIFRAN).<br />

Especialista em ciência ambiental pela UNIFRAN. Mestre pelo IMTUSP<br />

na área de virologia e atualmente é aluna de doutorado pela FMUSP<br />

na área de virologia.<br />

Bióloga pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, mestre em<br />

parasitologia e doutora em ciências pelo departamento de microbiologia<br />

da Universidade de São Paulo (USP). Atualmente é pesquisadora científica<br />

no nível XI no Laboratório de Investigação Médica 52 (LIM) do HCFMUSP,<br />

tendo ampla experiência com técnicas de biologia molecular, análise<br />

de genomas de vírus e filogenia viral. Possui mais de 70 publicações em<br />

sua área de atuação, e atualmente desenvolve projetos relacionados a<br />

arbovírus, coronavírus e retrovírus endógenos.<br />

0 80<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


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HEMATOLOGIA<br />

ANEMIA FALCIFORME:<br />

UM RELATO DE CASO<br />

Por: Diego Lasier Mendes, Eloir Dutra Lourenco.<br />

Resumo<br />

A Anemia Falciforme (AF) é uma doença hemolítica autossômica<br />

recessiva, que se faz presente nos indivíduos homozigóticos<br />

para Hemoglobina S. A HbS tem como objetivo fazer<br />

a poli•merização dos eritrócitos em condições de hipóxia,<br />

fazendo com que esses assumam o formato de foice. Essa interação<br />

dificulta que a circulação adequada dessas hemácias<br />

ocorra na corrente sanguínea, causando comprometimento<br />

no transporte de oxigênio celular e tecidual, além de contribuir<br />

para o processo de vaso-oclusão, que acarreta processos<br />

inflamatórios e infecciosos. O relato trata-se de uma paciente,<br />

que se encontra em um estado mais avançado da doença,<br />

mostrando desta forma, os resultados do processo de alongamento<br />

das hemácias. O diagnóstico para a Anemia Falciforme<br />

deve ser realizado antecipadamente pela triagem neonatal,<br />

que consiste no método de rastreamento na população de 0 a<br />

28 dias de vida, pela análise do gene Beta e posterior análise<br />

clínica, com alguns testes como: Hemograma, Teste de Falcização,<br />

Dosagem de Hemoglobina Fetal e Hemoglobina A2,<br />

Teste de Solubilidade, Imunoensaio, e Focalização Isoelétrica.<br />

As formas de tratamento mais efetivos atualmente para tratamento<br />

da Anemia Falciforme são o transplante de células<br />

tronco hematopoiéticas (TCTH), como escolha curativa, quando<br />

for possível e o uso da hidroxiuréia (HU).<br />

Palavras-Chave: Anemia Falciforme; diagnóstico de anemia<br />

falciforme; tratamento de anemia falciforme; hemoglobinopatia.<br />

Abstract<br />

Sickle Cell Anemia (AF) is an autosomal recessive hemolytic<br />

disease, which is present in individuals homozygous<br />

for Hemoglobin S. HbS aims to polymerize erythrocytes<br />

in hypoxic conditions, making them assume<br />

the sickle shape. This interaction makes it difficult for the<br />

proper circulation of these red cells to occur in the bloodstream,<br />

causing impairment in the transport of cellular<br />

and tissue oxygen, in addition to contributing to the process<br />

of vasocclusion, which leads to inflammatory and<br />

infectious processes. The report is about a patient, who<br />

is in a more advanced stage of the disease, thus showing<br />

the results of the red blood cell elongation process. The<br />

diagnosis for Sickle Cell Anemia must be made in advance<br />

by neonatal screening, which consists of the screening<br />

method in the population from 0 to 28 days of life, by<br />

analyzing the Beta gene and later clinical analysis, with<br />

some tests such as: CBC, Sickling Test , Measurement of<br />

Fetal Hemoglobin and Hemoglobin A2, Solubility Test,<br />

Immunoassay, and Isoelectric Focusing. The most effective<br />

forms of treatment today for the treatment of sickle<br />

cell anemia are hematopoietic stem cell transplantation<br />

(HSCT), as a curative choice, when possible and the use<br />

of hydroxyurea (HU).<br />

Keywords: Sickle Cell Anemia; diagnosis of sickle cell anemia;<br />

treatment of sickle cell anemia; hemoglobinopathy.<br />

0 82<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


Introdução<br />

A Anemia Falciforme (AF) é uma doença<br />

hemolítica autossômica recessiva, que se<br />

faz presente nos indivíduos homozigóticos<br />

para Hemoglobina S (HbS). É originada<br />

devido a uma mutação que ocorre na posição<br />

6 da extremidade N – terminal do<br />

cromossomo 11, onde ocorre a substituição<br />

de um ácido glutâmico pela valina. A HbS<br />

tem como objetivo fazer a poli•merização<br />

dos eritrócitos em condições de hipóxia, fazendo<br />

com que esses assumam o formato<br />

de foice. Essa interação dificulta que a circulação<br />

adequada dessas hemácias ocorra<br />

na corrente sanguínea, como resultado a<br />

comprometimento no transporte de oxigênio<br />

celular e tecidual, além de contribuir<br />

para o processo de vaso-oclusão devido a<br />

aderência dessas células no endotélio vascular,<br />

ocasionando processos inflamatórios<br />

e infecciosos. (ALMEIDA et al, 2017).<br />

Podem ocorrer ainda, algumas formas<br />

heterozigóticas, representadas pelas<br />

associações de HbS com outras variantes<br />

de hemoglobinas, tais como: HbC,<br />

HbD, HbE; as interações com a talassemia<br />

e a persistência hereditária da hemoglobina<br />

fetal. (ALMEIDA et al, 2017;<br />

FERREIRA et al, 2018).<br />

A falcização pode ser revertida pelo aumento<br />

da pressão parcial de O2, contudo,<br />

sucessivas falcizações alteram a estrutura<br />

da membrana da hemácia, favorecendo<br />

a formação da célula, irreversivelmente,<br />

falcizada. (FERREIRA et al, 2018).<br />

O diagnóstico para a Anemia Falciforme<br />

deve ser realizado antecipadamente<br />

pela triagem neonatal, que consiste no<br />

método de rastreamento na população<br />

de 0 a 28 dias de vida, pela análise do<br />

gene Beta e posterior análise clínica, e<br />

também em testes de triagem, utilizados<br />

para realizar um pré-diagnóstico<br />

desta doença, os exames usados para o<br />

diagnóstico são: Triagem Neonatal, Hemograma,<br />

Teste de Falcização, Dosagem<br />

de Hemoglobina Fetal e Hemoglobina<br />

A2, Teste de Solubilidade, Imunoensaio,<br />

e Focalização Isoelétrica. (Sarat CN et al,<br />

2019; JUNIOR et al, 2015). Sendo assim,<br />

o objetivo do presente trabalho é relatar<br />

um caso de uma paciente com Anemia<br />

Falciforme, descrevendo os sinais fisiopatológicos<br />

e determinando o perfil hematológico<br />

nesta paciente.<br />

Tabela 1: Resultados dos hemogramas<br />

Relato de Caso<br />

Paciente do sexo feminino, 45 anos de<br />

idade, negra, originária de Viamão - RS,<br />

relata que foi diagnosticada com Anemia<br />

Falciforme a partir dos 9 meses de<br />

idade, pois já havia tido pneumonia e<br />

estava com meningite.<br />

A paciente conta que, nos últimos anos<br />

as crises de dores características da<br />

AF, ocorrem a cada 6 meses, e eventualmente<br />

crises no pulmão, mas que<br />

atualmente está mais controlado. Seu<br />

irmão mais novo também era portador<br />

da Anemia Falciforme, mas faleceu aos<br />

5 meses de idade em um episódio de<br />

sequestro esplênico.<br />

Paciente relata que sente dores nos<br />

ossos diariamente. É aposentada por<br />

invalidez desde 2002, e em casa possui<br />

ajuda, pois não pode realizar as tarefas<br />

domésticas.<br />

Na tabela 1, apresenta-se os últimos<br />

hemogramas realizados pela paciente<br />

com as respectivas datas.<br />

HEMATOLOGIA<br />

Os portadores de anemia falciforme não<br />

apresentam sintomas nos primeiros seis<br />

meses de vida, por terem a presença de<br />

hemoglobina fetal (HbF), isso em concentrações<br />

superiores às encontradas nos<br />

adultos, que é de 1% - 2%. Ocorre após<br />

esse período, a síntese das cadeias gama,<br />

formadoras da HbF, que é substituída pelas<br />

cadeias beta ocorrendo a estabilização<br />

na produção de globinas. Como resultado<br />

disto, a HbS passa a ser produzida em<br />

quantidade maior, e o indivíduo perde a<br />

proteção da HbF. (LEAL et al, 2017)<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021<br />

0 83


HEMATOLOGIA<br />

No dia 19/04/2020 a hemoglobina<br />

estava em 5,8 g/dL, então<br />

foi realizada transfusão sanguínea,<br />

e posteriormente no dia<br />

22/04/2020 foi realizado outro<br />

hemograma, já neste a paciente<br />

se encontra com hemoglobina de<br />

8,2 g/dL,demonstrando melhora<br />

no quadro. A paciente realizou<br />

apenas uma transfusão sanguínea<br />

durante este ano de 2020.<br />

Na imagem abaixo do Hemograma<br />

da paciente, é possível perceber<br />

a presença de drepanócitos<br />

(1) (células em formato de foice),<br />

células em alvo (2), policromatofilia<br />

(3), macrocitose (4).<br />

A paciente realizou também uma<br />

eletroforese de hemoglobina no dia<br />

15/10/2020, demonstrando a presença<br />

de hemoglobina S em 87,1%;<br />

hemoglobina F 9,1% e hemoglobina<br />

A2 de 3,8%, conforme imagem 2.<br />

Em função das diversas transfusões<br />

sanguíneas, necessárias devido a<br />

Anemia Falciforme, descobriu que<br />

possuía hepatite C em 1999, realizando<br />

o tratamento com Ribavirina,<br />

mas não eliminou o vírus, então<br />

segue fazendo o monitoramento<br />

através de exames laboratoriais. Em<br />

consequência das transfusões sanguíneas,<br />

apresentou a alguns anos<br />

atrás, sobrecarga de ferro no sangue<br />

e fez tratamento com Desferal e segue<br />

acompanhando os níveis férricos.<br />

Tem crises de depressão há 10<br />

anos, fazendo uso de Cloridrato de<br />

Sertralina para este fim.<br />

Para a anemia falciforme, realiza<br />

tratamento com Hidroxiureia, dois<br />

comprimidos de 500mg cada, uma<br />

vez por dia, e faz uso de ácido fólico.<br />

Discussão<br />

A doença falciforme no Brasil, quando<br />

descrita em termos médicos, ge-<br />

Imagem 1: Lâmina da paciente.<br />

néticos, sociais ou antropológicos,<br />

possui grande ligação com a introdução<br />

de negros africanos em nosso<br />

país. (NAOUM, 2020). É mais constante<br />

onde a parcela de afrodescendentes<br />

é de maior tamanho, na região<br />

Nordeste e Estados de São Paulo,<br />

Rio de Janeiro e Minas Gerais. Nestas<br />

regiões, foi registrado um novo caso<br />

de doença falciforme a cada 1000<br />

nascimentos e um novo caso de portadores<br />

do traço falciforme a cada 27<br />

nascimentos. Estimam-se que 2500<br />

crianças que nascem anualmente,<br />

possuem a doença falciforme no<br />

Brasil. (LERVOLINO, 2020).<br />

0 84<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


HEMATOLOGIA<br />

A herança da anemia falciforme<br />

acontece por meio de um gene autossômico<br />

recessivo presente em<br />

ambos os pais, no geral, carregam<br />

um único gene afetado (heterozigoto),<br />

e são portadores assintomáticos,<br />

transmitindo assim o gene defeituoso<br />

ao filho, que, portanto, é homozigoto<br />

(Hb SS). (LERVOLINO, 2020).<br />

Imagem 2: Eletroforese de hemoglobina da paciente:<br />

Fonte: Laudo da paciente<br />

Detectar precocemente a anemia<br />

falciforme permite o aconselhamento<br />

genético e evita custos para<br />

o sistema de saúde. É de extrema<br />

importância o aconselhamento genético<br />

na doença falciforme pois tem<br />

como prioridade a assistência familiar<br />

as pessoas acometidas por essa<br />

mutação, auxiliando na prevenção,<br />

na qual depende do conhecimento<br />

dos casais que tem a possibilidade<br />

de gerar filhos com a Doença Falciforme.<br />

(LEAL et al, 2017).<br />

O indivíduo com Anemia Falciforme<br />

apresenta sintomas variados e que<br />

baseiam-se na idade do paciente.<br />

A febre é um sinal comum, acontecendo<br />

em 80% dos casos, seguida<br />

por tosse, taquipneia, dor torácica e<br />

dispneia. Os sintomas mais presentes<br />

em crianças são febre e tosse, e<br />

nos adultos dor torácica, dispneia<br />

e hemólise. (SOUZA et al, 2016). A<br />

paciente relatou que possui alguns<br />

destes sintomas como, a dor torácica,<br />

dispneia e dores nos ossos.<br />

As manifestações clínicas na Anemia<br />

Falciforme estão ligadas a dois mecanismos<br />

fisiopatológicos: hemólise<br />

e vaso-oclusão. A hemólise reduz a<br />

biodisponibilidade do óxido nítrico<br />

(ON), que altera a homeostase das<br />

funções vasculares, desencadeando<br />

diversas manifestações clínicas,<br />

como: inflamação vascular, aumento<br />

de radicais livres, acidente vascular<br />

cerebral, hipertensão pulmonar e<br />

doença hepática; (SANTIAGO et al,<br />

2020; SANTOS NETO, 2020).<br />

Para a maior parte dos pacientes, as<br />

complicações vaso oclusivas são muito<br />

piores do que a anemia em si, que<br />

geralmente é mais tolerada. Visto que,<br />

as crises vaso-oclusivas são altamente<br />

dolorosas. Outras variações de importância<br />

clínica são a síndrome torácica<br />

aguda, úlceras de perna, as infecções<br />

bacterianas, os acidentes vascular-cerebrais<br />

e as complicações cardíacas,<br />

que, ligadamente com as crises dolorosas,<br />

levam a internações em hospitais,<br />

morbidade e morte. (FIGUEIREDO<br />

et al, 2014).<br />

Um diagnóstico mais precoce da doença,<br />

preferencialmente no período neonatal,<br />

através do teste do pezinho que<br />

é assegurado pelo Programa Nacional<br />

de Triagem Neonatal (PNTN), facilitara<br />

a instituição de um plano de cuidado<br />

condizente e prevenção de complicações<br />

oriundas da doença certificando<br />

desta forma uma maior expectativa e<br />

qualidade de vida para estes pacientes.<br />

(OLIVEIRA et al, 2013).<br />

As formas de tratamento mais efetivos<br />

atualmente para tratamento da<br />

Anemia Falciforme são o transplan-<br />

0 86<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


te de células tronco hematopoiéticas<br />

(TCTH), como escolha curativa,<br />

quando for possível e o uso da hidroxiuréia<br />

(HU), que atua reduzindo<br />

a ocorrência e intensidade das crises<br />

de dores em 68% a 84% dos casos<br />

estudados, reduz o tempo de internação,<br />

o número de hospitalização,<br />

a frequência de síndrome torácica<br />

médicos, fazendo uso de medicação<br />

diariamente e frequentemente faz exames<br />

laboratoriais, para acompanhamento<br />

da patologia. Porem as dores<br />

constantes, complicam a qualidade de<br />

vida da paciente, afetando também seu<br />

emocional, pois estas dores regulares<br />

causam estresse excessivo, e depressão.<br />

Sendo assim, é destacada a necessi-<br />

LERVOLINO, Luciana Garcia et al. Prevalence of sickle<br />

cell disease and sickle cell trait in national neonatal<br />

screening studies. Rev. Bras. Hematol. Hemoter.,<br />

São Paulo, v. 33, n. 1, p. 49-54, Feb. 2011. Disponivel<br />

em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-<br />

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Acesso em: 2 novembro 2020.<br />

SANTOS NETO, Abilio Torres dos et al . Effects of<br />

oxidative stress on liver, brain and spinal cord of<br />

rats using L-NAME and treated with hydroxyurea.<br />

A model of sickle cell complication. Acta Cir. Bras.,<br />

São Paulo, v. 35, n. 3, e202000301, 2020. Disponivel<br />

em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-<br />

86502020000300200&lng=en&nrm=iso.<br />

Acesso em: 14 outubro 2020.<br />

HEMATOLOGIA<br />

aguda, e redução de taxa de mortalidade.<br />

(FERRAZ et al, 2012).<br />

Conclusão<br />

As hemoglobinopatias estão entre as<br />

doenças monogênicas mais habitualmente<br />

descobertas na população.<br />

A complicação de seus processos<br />

fisiopatológicos, a severidade da doença,<br />

e suas muitas manifestações<br />

clínicas relacionadas fazem das doenças<br />

falciformes um desafio para a<br />

ciência. (FIGUEIREDO et al, 2014).<br />

A paciente analisada se encontra em<br />

um estado mais avançado da doença,<br />

mostrando desta forma, os resultados<br />

do processo de alongamento das<br />

hemácias. Permanece sob cuidados<br />

dade de uma assistência psicológica<br />

constante tanto para a paciente, como<br />

a seus familiares próximos.<br />

Além do mais, nota-se que ainda há<br />

muito o que se pesquisar, e descobrir<br />

sobre a doença focado nos tratamentos<br />

pois se refere a uma anomalia<br />

genética, até o momento, incurável.<br />

Referências<br />

ALMEIDA, Renata Araújo de et al. Anemia Falciforme e abordagem<br />

laboratorial: uma breve revisão de literatura. 2017.<br />

FERREIRA, Reginaldo et al. Recentes avanços no tratamento<br />

da anemia falciforme. 2018.<br />

CARLA, Vaneska Fernandes Leal et al. Aspectos<br />

clínicos e moleculares da anemia falciforme: uma<br />

revisão de literatura. 2017.<br />

NAOUM, Paulo Cesar. Sickle cell disease: from the<br />

beginning until it was recognized as a public health<br />

disease. Rev. Bras. Hematol. Hemoter., São Paulo, v.<br />

33, n. 1, p. 7- 9, Feb. 2011. Disonivel em:


ANÁLISES CLÍNICAS<br />

DOSAGEM<br />

DE PEPTÍDEO C<br />

Por: Brunno Câmara.<br />

O peptídeo Conector (peptídeo-C)<br />

é um polipeptídeo curto, composto<br />

por 31 aminoácidos. Ele conecta a<br />

cadeia A à cadeia B na molécula de<br />

pró-insulina. Para entendermos a<br />

importância do peptídeo-C, precisamos<br />

relembrar como a molécula<br />

de insulina é produzida.<br />

Produção da insulina<br />

Em mamíferos, a insulina é sintetizada<br />

nas células beta, localizadas<br />

nas ilhotas pancreáticas.<br />

Ela é constituída por duas cadeias<br />

de polipeptídeos - cadeia A e cadeia<br />

B - ligadas por pontes de dissulfeto.<br />

Porém, a insulina é primeiramente<br />

sintetizada como pré-pró-insulina.<br />

No retículo endoplasmático rugoso,<br />

um pequeno resíduo peptídico de<br />

sinalização é clivado e a pró-insulina<br />

é formada.<br />

Três pontes dissulfeto são formadas<br />

e mudam a conformação da<br />

pró-insulina (estrutura terciária),<br />

mas as cadeias A e B continuam conectadas<br />

pelo peptídeo-C.<br />

Após ser transportada para o<br />

complexo de Golgi, a pró-insulina é<br />

clivada por enzimas que liberam o<br />

peptídeo-C, e as duas cadeias ficam<br />

ligadas por pontes dissulfeto.<br />

Tem-se, então, a molécula madura<br />

de insulina, empacotada em<br />

grânulos maduros, esperando pelos<br />

estímulos metabólicos para serem<br />

exocitadas na circulação.<br />

Importância da dosagem de<br />

peptídeo-C<br />

É um método útil de verificação<br />

da função das células beta pancreáticas.<br />

Para essa avaliação, a dosagem<br />

do peptídeo-C é preferível à dosagem<br />

de insulina já que a taxa<br />

de degradação do peptídeo-C<br />

é mais lenta (meia vida: 20-30<br />

min) que a da insulina (meia<br />

vida: 3-5 min).<br />

Outra vantagem é que a metabolização<br />

hepática do peptídeo-C é<br />

muito baixa. Já metade das moléculas<br />

de insulina secretadas é metabolizada<br />

na primeira passagem<br />

pelo fígado.<br />

Além disso, o peptídeo-C é depurado<br />

na circulação periférica<br />

numa taxa constante, enquanto<br />

que a insulina tem uma depuração<br />

variável.<br />

0 88<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


Informações laboratoriais<br />

Peptídeo-C sérico<br />

A dosagem sérica de peptídeo-C tem<br />

o inconveniente de requerer análise<br />

imediata, já que esse analito pode ser<br />

facilmente degradado por enzimas.<br />

Sendo assim, os tubos de coleta<br />

para soro devem ser transportados<br />

ao laboratório em gelo, e a amostra<br />

imediatamente centrifugada, separada<br />

e analisada ou congelada. Porém,<br />

se for coletada em tubo com EDTA, a<br />

amostra é estável por até 24 horas em<br />

temperatura ambiente.<br />

Em relação ao estado do paciente, a<br />

amostra pode ser coletada de forma<br />

aleatória, em jejum ou após estímulo.<br />

• Coleta aleatória: qualquer hora<br />

durante o dia, independente da alimentação;<br />

• Coleta em jejum: de 8 a 10 horas;<br />

• Coleta após estímulo: administração<br />

de sustacal, glucagon, glicose,<br />

tolbutamida, sulfonilureia etc.<br />

Dentre essas opções, a dosagem<br />

sérica de peptídeo-C após estímulo<br />

com glucagon ou sustacal (suplemento<br />

alimentar), é mais sensível e<br />

específica do que as outras formas.<br />

Em indivíduos saudáveis, a concentração<br />

plasmática de peptídeo-C, em jejum,<br />

varia de 0,81 a 3,85 ng/mL (ou 0,3<br />

a 0,6 nmol/L) - quimioluminescência.<br />

Peptídeo-C urinário<br />

A maioria das moléculas de peptídeo-<br />

-C são metabolizadas nos rins, sendo<br />

que 5 a 10% são excretados na urina,<br />

sem sofrer modificações.Desse modo,<br />

o peptídeo-C pode ser dosado na urina<br />

(incluindo a de 24 horas). Se a amostra<br />

for coletada em ácido bórico, o peptídeo-C<br />

urinário fica estável por até três<br />

dias em temperatura ambiente. Porém,<br />

em pacientes com doença renal crônica,<br />

a sua dosagem pode ser imprecisa.<br />

Aplicações e Interpretação<br />

A dosagem de peptídeo-C pode<br />

ser feita para o diagnóstico, prognóstico<br />

e resposta ao tratamento de<br />

diabetes mellitus (DM), além de ser<br />

útil no diagnóstico diferencial de<br />

hipoglicemia.<br />

De modo geral, níveis elevados<br />

de peptídeo-C indicam aumento<br />

da produção endógena de insulina,<br />

enquanto que níveis baixos refletem<br />

a baixa produção do hormônio.<br />

Sua concentração está elevada em<br />

pacientes com DM tipo II, insulinomas<br />

e na insuficiência renal. Sua<br />

concentração está diminuída em<br />

pacientes com DM tipo I e na administração<br />

de insulina exógena.<br />

Referências<br />

Leighton, Emma et al. “A Practical Review of C-Peptide Testing<br />

in Diabetes.” Diabetes therapy : research, treatment and education<br />

of diabetes and related disorders vol. 8,3 (2017): 475-487.<br />

doi:10.1007/s13300-017-0265-4<br />

Yosten, Gina L C et al. “Physiological effects and therapeutic potential<br />

of proinsulin C-peptide.” American journal of physiology. Endocrinology<br />

and metabolism vol. 307,11 (2014): E955-68. doi:10.1152/<br />

ajpendo.00130.2014<br />

ANÁLISES CLÍNICAS<br />

Autor: Brunno Câmara - Biomédico, CRBM-GO 5596, habilitado em patologia clínica e hematologia. Docente do Ensino Superior. Especialista<br />

em Hematologia e Hemoterapia pelo programa de Residência Multiprofissional do Hospital das Clínicas - UFG (HC-UFG). Mestre em Biologia da<br />

Relação Parasito-Hospedeiro (área de concentração: virologia). Coordenador e docente do curso de pós-graduação em Hematologia e Hemoterapia<br />

da AGD Cursos. Criador e administrador do blog Biomedicina Padrão. Criador e integrante do podcast Biomedcast. Contato: @biomedicinapadrao<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021<br />

0 89


LADY NEWS<br />

UMA GERAÇÃO SEM CÂNCER<br />

DE COLO DE ÚTERO, É POSSÍVEL?<br />

O pronunciamento recente da<br />

Organização Mundial da Saúde<br />

(OMS) fez com que 2020 fosse um<br />

ano marcante para a história do<br />

câncer de colo de útero, também<br />

conhecido como câncer cervical.<br />

Trata-se de uma estratégia global,<br />

ambiciosa e inclusiva, que visa<br />

acelerar a erradicação deste câncer<br />

até 2030, através da implantação de<br />

ferramentas existentes, porém ainda<br />

de acesso restrito à população. O<br />

anúncio foi recebido com entusiasmo<br />

por diversas lideranças de saúde<br />

ao redor do mundo, visto que o<br />

câncer cervical, mesmo sendo uma<br />

doença evitável e tratável, quando<br />

precocemente diagnosticado,<br />

ainda é responsável por estatísticas<br />

alarmantes, que tendem a aumentar<br />

diante da não adoção de medidas<br />

eficazes ao seu combate. Estatísticas<br />

mundiais apontam 570.000 novos<br />

casos em 2018, com 311.000<br />

mortes, sendo a maioria dos casos<br />

de mulheres de países com baixa a<br />

média renda, expondo deficiências<br />

nos programas de rastreamento<br />

citológico, seguimento e tratamento<br />

precoce, o que reflete a desigualdade<br />

global. No Brasil, segundo o Instituto<br />

Nacional do Câncer (INCA), foram<br />

estimados 16.590 novos casos e<br />

6.526 mortes em 2019.<br />

Neste sentido é que as ferramentas<br />

para erradicação deste câncer<br />

se tornam referências para a<br />

atenção básica de saúde pública,<br />

fundamentando-se na implantação<br />

coletiva de 3 três pilares: prevenção<br />

primária, prevenção secundária e<br />

tratamento precoce associado à<br />

assistência com cuidados paliativos<br />

às portadoras de tumores invasivos.<br />

A prevenção primária tem como<br />

meta a cobertura vacinal de 90%<br />

das meninas de até 15 anos de idade<br />

contra o Papilomavírus Humano<br />

(HPV) - infecção sexualmente<br />

transmissível (IST) mais comum<br />

em todo o mundo, atingindo<br />

11,7% da população mundial.<br />

Atualmente, o papel do HPV no<br />

processo de carcinogênese de<br />

tumores anogenitais, especialmente<br />

no câncer cervical, já está bem<br />

fundamentado. Além disso, a história<br />

natural da infecção aponta que<br />

comportamentos sexuais como início<br />

precoce da vida sexual e múltiplos<br />

parceiros são potenciais fatores de<br />

risco para o desenvolvimento da<br />

infecção (INCA, 2020). Ao longo<br />

das últimas décadas, evidências<br />

científicas sustentam a presença<br />

do genoma do HPV em outros<br />

cânceres como, ânus, vulva, vagina,<br />

pênis e orofaringe, com a incidência<br />

global destes tumores aumentando<br />

consideravelmente.<br />

A estratégia de vacinar meninas<br />

e adolescentes que ainda não<br />

iniciaram uma vida sexual tem<br />

sido eficaz, uma vez que a vacina<br />

é capaz de induzir a produção<br />

0 90<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


de anticorpos em quantidade<br />

dez a cem vezes mais altas em<br />

segunda dose (D2). Para os meninos<br />

de 12 e 13 anos, a cobertura vacinal<br />

O rastreamento citológico,<br />

através do exame de Papanicolaou,<br />

LADY NEWS<br />

relação à infecção naturalmente<br />

com a primeira dose (D1) foi de<br />

definido como o segundo pilar, é a<br />

adquirida. Infelizmente o cenário<br />

43,8% (Ministério da Saúde, 2018).<br />

principal ferramenta de prevenção<br />

de cobertura vacinal contra o HPV<br />

Tais estatísticas se repetem ao redor<br />

secundária da doença. Permite<br />

no Brasil encontra-se abaixo das<br />

do mundo e em 2020, menos de<br />

a detecção precoce de lesões<br />

metas preconizadas pela OMS,<br />

25% dos países de baixa renda<br />

na cérvice uterina e contribui<br />

principalmente no que diz respeito a<br />

introduziram a vacina contra o<br />

decisivamente no decréscimo<br />

segunda dose. Em 2017, a cobertura<br />

HPV nos calendários nacionais de<br />

da incidência e mortalidade do<br />

vacinal acumulada da vacina HPV,<br />

imunização. E, espera-se uma piora<br />

câncer cervical. Embora tenha<br />

em meninas entre nove a 14 anos de<br />

nestas taxas devido aos impactos da<br />

suas limitações, como baixa<br />

idade, foi de 82,6% para a primeira<br />

pandemia do novo coronavírus na<br />

sensibilidade e reprodutividade.<br />

dose (D1) e de 52,8% para a<br />

distribuição e acesso às vacinas.<br />

A descoberta da associação entre<br />

a sua<br />

agora tem marcas<br />

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LADY NEWS<br />

este tipo de câncer e o HPV levou a<br />

avanços tecnológicos importantes,<br />

incluindo o desenvolvimento de<br />

assim como a busca por novos<br />

destes biomarcadores, os quais<br />

representam importantes táticas<br />

social, capaz de quebrar<br />

paradigmas e combater fake news<br />

na realidade da saúde pública.<br />

testes moleculares, possíveis de<br />

para o sucesso dos programas<br />

Enfim, as ferramentas para eliminar<br />

serem realizados nas amostras<br />

de rastreamento. Os marcadores<br />

o câncer cervical estão identificadas<br />

obtidas por citologia em meio<br />

biológicos são úteis no manejo<br />

e possíveis de serem empregadas.<br />

líquido, para realização do co-teste<br />

clínico, auxiliando nos processos<br />

Com a implantação de tecnologias<br />

(citologia oncótica associada a<br />

de diagnóstico, estadiamento,<br />

como sistemas robustos de<br />

pesquisa do DNA- HPV), conferindo<br />

avaliação de resposta terapêutica,<br />

monitoramento, alinhado ao apoio<br />

maior eficácia na detecção destas<br />

detecção de recidivas e prognóstico.<br />

dos governos, instituições de saúde<br />

lesões, além da possibilidade de<br />

E, estão sendo continuamente<br />

e da população, teremos a chance<br />

realização de exames laboratoriais<br />

descobertos e já empregados na<br />

de combater esta doença e deixar<br />

complementares.<br />

prática diária, como é o caso das<br />

um legado para as crianças do<br />

proteínas p16, p53, Ki-67.<br />

nosso presente: uma geração livre<br />

Sabendo que o câncer cervical<br />

do câncer de colo de útero.<br />

representa um grave problema<br />

de saúde pública no Brasil e no<br />

mundo, o qual compromete a<br />

vida de mulheres jovens em idade<br />

reprodutiva, volta-se para adoção<br />

de estratégias complementares<br />

para melhorar os desfechos.<br />

É o que se vislumbra com a<br />

pesquisa de biomarcadores por<br />

técnicas de imunocitoquímica,<br />

Para o cumprimento de tais metas<br />

será necessário um engajamento<br />

coletivo e multidisciplinar, a<br />

fim de pulverizar informações<br />

relevantes em diferentes canais<br />

de comunicação, pautadas em<br />

evidências científicas e com foco<br />

na prevenção, para aproximar a<br />

população das instituições de<br />

saúde e provocar o empoderamento<br />

Referências<br />

Instituto Nacional de Câncer (Brasil). Tipos de Câncer:<br />

Colo do Útero. Rio de Janeiro: INCA; 2020. Disponível em:<br />

https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-docolo-do-utero.<br />

WHO. Draft: global strategy towards eliminating<br />

cervical cancer as a public health problem. Dec 16,<br />

2019.https://www.who.int/docs/default-source/<br />

cervical-cancer/cervical-cancer-elimination-strategy.<br />

pdf?sfvrsn=8a083c4e_0 (accessed Dec 19, 2019).<br />

Ministério da Saúde. Informe técnico da ampliação<br />

da oferta das vacinas papilomavírus humano 6, 11,<br />

16 e 18 (recombinante) – vacina HPV quadrivalente<br />

e meningocócica C (conjugada). Brasília. 2018.<br />

Luciana Chavasco<br />

Farmacêutica-Bioquímica, especialista em Citologia Clínica pelo Instituto Adolfo Lutz,<br />

Especialista em Hematologia Clínica, Mestre e Doutoranda em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Federal da Alfenas,<br />

Responsável Técnica nos Laboratórios Chavasco, Membro da Ofac Business e colaboradora do Grupo Ofac University.<br />

0 92<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


PATOLOGIA MOLECULAR<br />

CITOLOGIA<br />

Prof. Dra. Lisiane Cervieri Mezzomo<br />

A patologia e a citopatologia<br />

diagnóstica tradicional vem sendo<br />

revolucionadas nos últimos<br />

anos, a partir da introdução de<br />

tecnologias, que aliadas a análise<br />

morfológica, fornecem perfis<br />

moleculares personalizados. Nesse<br />

contexto, podemos definir o<br />

conceito de patologia molecular<br />

como o estudo e diagnóstico de<br />

doenças por meio de exames moleculares<br />

em amostras de células,<br />

tecidos ou fluidos corporais.<br />

No centro desta disciplina ainda<br />

em evolução, está a aplicação de<br />

técnicas desenvolvidas em áreas<br />

como a bioquímica, biologia celular,<br />

biologia molecular, proteômica<br />

e genética, utilizadas para<br />

a avaliação dos processos pato-<br />

lógicos. A combinação dessas<br />

técnicas morfológicas e moleculares<br />

possibilita a integração das<br />

dimensões morfológicas, clínicas<br />

e moleculares de uma doença, levando<br />

a um diagnóstico mais preciso<br />

e em consequência, a terapia<br />

personalizada.<br />

Já é de conhecimento científico<br />

que as alterações genômicas<br />

desempenham um papel importante<br />

na iniciação e na progressão<br />

do câncer. O conhecimento<br />

dessas alterações auxiliou significativamente<br />

na compreensão<br />

da patogênese tumoral. Esse<br />

conhecimento têm sido cada vez<br />

mais incorporado à prática da patologia<br />

e revolucionou o diagnóstico<br />

e o tratamento do câncer. As<br />

aplicações comuns incluem auxilio<br />

ao diagnóstico patológico ou<br />

citológico, prognóstico e resposta<br />

terapêutica e ainda a identificação<br />

da elegibilidade do paciente<br />

para terapias alvo.<br />

O diagnóstico patológico/citológico<br />

baseia-se na análise morfológica<br />

de amostras de células<br />

ou tecido e, ocasionalmente, o<br />

padrão de expressão de um número<br />

limitado de biomarcadores.<br />

Envolve a análise visual direta do<br />

tecido ou célula para gerar dados<br />

que podem ser usados para informar<br />

sobre o manejo do paciente.<br />

O principal teste realizado em<br />

amostras de biópsia é a coloração<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021<br />

0 93


CITOLOGIA<br />

hematoxilina e eosina, enquan-<br />

imunohistoquímicos e imunoci-<br />

possam ser examinados em vários<br />

to que nas amostras citológicas<br />

toquímicos, e mais recentemente,<br />

níveis diferentes. Com a utilização<br />

utiliza-se a coloração de Papa-<br />

os testes moleculares para ácidos<br />

de todo o exoma e do sequencia-<br />

nicolaou. Esses procedimentos<br />

nucleicos. Com o advento dos<br />

mento do genoma, as mutações<br />

simples são seguidos por uma in-<br />

testes moleculares, estão dispo-<br />

subjacentes responsáveis por do-<br />

terpretação detalhada das carac-<br />

níveis vários tipos avaliações que<br />

enças genéticas e cânceres estão<br />

terísticas morfológicas do tecido<br />

podem ser realizadas em amos-<br />

sendo descobertas em um ritmo<br />

ou célula para gerar informações<br />

tras tradicionalmente utilizadas<br />

incrível, e esse conhecimento<br />

diagnósticas e prognósticas da<br />

para análise morfológica.<br />

está sendo usado para guiar o fu-<br />

doença. Essas metodologias, no<br />

turo do diagnóstico molecular.<br />

entretanto, não fornecem de-<br />

Tecnologias como o sequencia-<br />

talhes sobre os processos indi-<br />

mento de última geração, permi-<br />

A análise morfológica ainda de-<br />

viduais que estão contribuindo<br />

tem que o DNA e o RNA presentes<br />

sempenha um papel relevante<br />

para a mudança patológica, e por<br />

nas amostras teciduais possam<br />

neste cenário, e a incorporação dos<br />

isso vários testes adjuvantes fo-<br />

ser avaliados com grande de-<br />

testes moleculares bem como a in-<br />

ram desenvolvidos ao longo dos<br />

talhamento, juntamente com a<br />

terpretação dos dados dentro do<br />

anos para identificar os processos<br />

análise morfológica do tecido ou<br />

contexto da questão clínica sem<br />

específicos que ocorrem nessas<br />

célula. Essa técnica possibilita<br />

dúvida será foco das pesquisas e<br />

amostras, como os marcadores<br />

que o genoma e o transcriptoma<br />

do diagnóstico nos próximos anos.<br />

Prof. Dra. Lisiane Cervieri Mezzomo<br />

Possui graduação em Farmácia com ênfase em Análises Clínicas e especialização Lato Sensu em Citologia Clínica . Fez Mestrado em Patologia Geral<br />

e Experimental e Doutorado em Patologia - Biomarcadores pelo Programa de Pós Graduação em Patologia da Universidade Federal de Ciências<br />

da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), na área de marcadores moleculares e imunohistoquímicos para o câncer. Atualmente atua como professor<br />

do curso de Especialização em Citopatologia Diagnóstica da Universidade Feevale, e como Pesquisador Pós-Doutor em projetos da Universidade<br />

Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). É Assessora da Controllab na área de Citologia/Citopatologia e Medicina Laboratorial.<br />

0 94<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


TECNOLOGIA EM<br />

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BIOSSEGURANÇA<br />

BIOSSEGURANÇA NA PREVENÇÃO<br />

DA CONTAMINAÇÃO HOSPITALAR POR CANDIDA AURIS<br />

Por: Gleiciere Maia Silva, Jorge Luiz Silva Araújo-Filho.<br />

O surgimento da levedura patogênica<br />

Candida auris, uma levedura<br />

emergente do gênero Candida, têm<br />

gerado grande preocupação por ser<br />

um patógeno multirresistente e é<br />

considerada uma grave ameaça à<br />

saúde global. Esse agente foi descrito<br />

pela primeira vez em 2009, isolado<br />

do conduto auditivo de um paciente<br />

proveniente do Japão e se espalhou<br />

nos cincos continentes, tendo o primeiro<br />

caso no Brasil confirmado em<br />

9 de dezembro de 2020.<br />

A ANVISA (Agência Nacional de<br />

Vigilância Sanitária) notificou um<br />

alerta aos laboratórios para dar<br />

mais atenção às cepas suspeitas de<br />

C. auris e reforçar a vigilância dos<br />

profissionais da área de saúde.<br />

Assim como outras espécies do<br />

gênero, o espectro clínico associado<br />

à C. auris, varia desde colonização<br />

a infecção. Contudo, o que merece<br />

atenção e cuidado é a enorme resistência<br />

às drogas comumente utilizadas<br />

no tratamento de infecções<br />

invasivas causadas pelo gênero<br />

Candida. São elas: os azólicos (por<br />

exemplo, fluconazol, voriconazol,<br />

posaconazol e isavuconazol), os<br />

polienos (ex, anfotericina B) e as<br />

equinocandinas (anidulafungina,<br />

caspofungina e micafungina). Nunca<br />

visto em nenhuma outra espécie<br />

do gênero.<br />

A C. auris pode causar desde infecções<br />

na pele até infecções na corrente<br />

sanguínea. Os pacientes mais<br />

vulneráveis são os que estão no<br />

ambiente hospitalar, com comorbidades<br />

e que realizam tratamentos<br />

prolongados com antimicrobianos.<br />

Essas infecções são geralmente graves,<br />

com taxa de mortalidade que<br />

varia de 30% a 60%.<br />

A C. auris sobrevive em ambientes<br />

hospitalares, sendo a<br />

higienização fundamental como<br />

medida de controle e prevenção.<br />

Embora o modo de transmissão<br />

ainda não seja definido, devem<br />

ser adotadas medidas cruciais de<br />

prevenção, tais como:<br />

•Lavagem das mãos por parte dos<br />

profissionais de saúde e dos pacientes<br />

a fim de evitar disseminação;<br />

0 96<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


BIOSSEGURANÇA<br />

•Limpeza diária e completa de colchões,<br />

pias e objetos que os pacien-<br />

da auris são importantes para evitar<br />

surtos, bem como uma melhor es-<br />

to e produtos, reduz as Infecções<br />

Relacionadas à Assistência à Saúde<br />

tes tenham entrado em contato;<br />

trutura diagnóstica, em termos de<br />

- IRAS (CDC, 2018) e os acidentes<br />

identificação da levedura e testes<br />

ocupacionais (MTE, 2017), além de<br />

• Isolamento dos pacientes com<br />

de sensibilidade antifúngicas, são<br />

um papel relevante na preservação<br />

suspeita de infecções por C. auris<br />

importantes para controle de pos-<br />

do meio ambiente (ANVISA, 2020).<br />

em quartos privados;<br />

síveis infecções.<br />

Mudar o panorama atual relativo<br />

Pesquisas recentes sugerem que<br />

Assim, nessa situação em todas<br />

à biossegurança e qualidade nos<br />

peróxido de hidrogênio não esporo-<br />

envolvendo contaminação por<br />

diversos ambientes não é apenas<br />

cida e desinfetante a base de cloro,<br />

microrganismos, os cuidados de<br />

um desafio do governo, mas da<br />

possuem uma boa resposta contra<br />

biossegurança, que são funcionais<br />

sociedade de uma forma geral, exi-<br />

C. auris. Entretanto, produtos com<br />

e dinâmicos são de fundamental<br />

gindo o envolvimento dos gestores<br />

quaternário de amônio amplamen-<br />

importância nos laboratórios e de-<br />

e trabalhadores. Assim Capacitação<br />

te usados no ambiente hospitalar<br />

mais ambientes de atenção à saúde,<br />

periódica nessa área é essencial, e<br />

tem baixa efetividade, de acordo<br />

também nos de estética e beleza,<br />

além de promover um amparo legal<br />

com o alerta emitido pela ANVISA.<br />

na manipulação de alimentos, e até<br />

(NR’s, RDC’s, ANVISA), possibilita<br />

em nossa própria casa. Esses cuida-<br />

transformações positivas nos pos-<br />

Diante do exposto, medidas de<br />

dos envolve medidas de prevenção<br />

tos e processos de trabalho e capi-<br />

biossegurança na prevenção da<br />

e minimização dos riscos, eleva a<br />

taliza a imagem dos profissionais e<br />

contaminação hospitalar por Candi-<br />

qualidade dos serviços, atendimen-<br />

das instituições.<br />

Gleiciere Maia Silva<br />

(@profa.gleicieremaia)<br />

Biomédica, Especialista em Micologia, Mestre em Biologia<br />

de Fungos e Doutoranda em Medicina Tropical.<br />

Contato: gleicieremaia@gmail.com<br />

Jorge Luiz Silva Araújo-Filho<br />

(@dr.biossegurança)<br />

Biólogo, mestre em patologia, doutor em biotecnologia; palestrante<br />

e consultor em biossegurança.<br />

Contato: jorgearaujofilho@gmail.com<br />

Tel.: (81) 9.9796-5514<br />

0 98<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


CONHEÇA O SETOR DE IMUNO-HEMATOLOGIA<br />

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LABORATÓRIO EM DESTAQUE<br />

O Diagnósticos do Brasil é um laboratório<br />

100% apoio, com atuação em<br />

todo território nacional, a empresa<br />

possui três unidades de análises<br />

clínicas, nas cidades de São José<br />

dos Pinhais – PR, Recife – PE e Sorocaba<br />

– SP, além de três unidades<br />

especializadas, dedicadas à exames<br />

específicos de cada área, como o DB<br />

Molecular, DB Patologia e DB Toxicológico<br />

e mais de 40 unidades de<br />

atendimento espalhadas em todo<br />

país. possuindo assim, um leque<br />

grande e diversificado de exames.<br />

Para atender a demanda com qualidade<br />

e mais precisão, dentro de cada<br />

unidade o laboratório conta com<br />

setores específicos, que trabalham<br />

com diferentes técnicas e metodologias,<br />

utilizando equipamentos de<br />

última geração. Nos últimos meses,<br />

um dos destaques do laboratório foi<br />

o setor de imuno-hematologia. A<br />

área se dedica ao estudo dos antígenos<br />

presentes nas hemácias, dos<br />

anticorpos a eles correspondentes e<br />

de seu significado clínico. Com equipamentos<br />

de ponta, o setor entrega<br />

resultados com mais qualidade e em<br />

tempo hábil.<br />

Recentemente, a equipe conseguiu<br />

reduzir o tempo de liberação dos<br />

exames da imuno-hematologia em<br />

48%, obtendo uma melhora no TAT<br />

desses exames paralelamente ao<br />

crescimento da demanda. Resultados<br />

obtidos por investimentos em<br />

novos maquinários que, além de<br />

possuir mais agilidade na análise,<br />

garantem também melhor qualidade<br />

e confiabilidade dos resultados<br />

liberados para o cliente.<br />

“Um dos exemplos são as plataformas<br />

da Grifols, nosso fornecedor da<br />

imuno-hematologia, com a agilidade<br />

que as máquinas nos proporcionam<br />

conseguimos garantir um<br />

exame preciso em tempo recorde<br />

para nossos clientes, fortalecendo a<br />

relação do DB com os parceiros,” diz<br />

Alexandre Tanck, coordenador da<br />

Assessoria Científica do Diagnósticos<br />

do Brasil. “Esses equipamentos<br />

realizam exames fundamentais para<br />

o diagnóstico e tratamento de doenças,”<br />

finaliza o coordenador.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021<br />

0 99


LABORATÓRIO EM DESTAQUE<br />

Os equipamentos de alta tecnologia<br />

realizam os testes abaixo com<br />

método de Gel-Teste de forma<br />

totalmente automatizada, com o<br />

registro e arquivamento das imagens<br />

permitindo conferência rápida<br />

e de forma visual da prova e<br />

contra prova de cada exame liberado<br />

a partir da imagem e código<br />

de barras de cada paciente.<br />

Exame de tipagem sanguínea:<br />

Capaz de identificar qual<br />

o grupo sanguíneo do paciente,<br />

informação importante para casos<br />

de doações e transfusões de<br />

sangue, gestação, entre outros<br />

procedimentos médicos.<br />

Coombs Indireto: É o teste que<br />

permite a identificação de anticorpos<br />

anti eritrocitários no soro do paciente,<br />

e é importante na avaliação<br />

de gestantes com o fator Rh (-), nas<br />

Foto: Alexandre Tanck - Coordenador da Assessoria Científica do DB.<br />

fases pré e pós transfusionais, especialmente<br />

em pacientes que já passaram<br />

por transfusões, onde pode<br />

ter ocorrido sensibilidade para Rh e<br />

outros sistemas.<br />

Coombs Direto: É uma ferramenta importante<br />

no diagnóstico da anemia hemolítica,<br />

que permite detectar hemácias<br />

revestidas in vivo por imunoglobulinas<br />

e/ou frações do complemento.<br />

São causas de Coombs Direto<br />

positivo: Anemia hemolítica<br />

auto-imune; anemia hemolítica<br />

induzida por drogas; anemia hemolítica<br />

perinatal (DHRN); reação<br />

transfusional hemolítica; proteínas<br />

adsorvidas não específicas.<br />

Os testes acima podem ser solicitados<br />

através dos seguintes códigos:<br />

TIPA: GRUPO SANGUINEO E FATOR RH<br />

CUIND: COOMBS INDIRETOS<br />

CUDIR: COOMBS DIRETOS<br />

O DB trabalha continuamente a procura<br />

de novas tecnologias, buscando sempre<br />

as melhores soluções para os clientes.<br />

0 100<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


INFORMES DE MERCADO<br />

Esta Seção é um espaço publicitário dedicado para a divulgação e ou explanação<br />

dos produtos e lançamentos do setor.<br />

Área exclusiva para colaboradores anunciantes.<br />

Mais informações: comercial@newslab.com.br<br />

CELLAVISION: CONHEÇA OS BENEFÍCIOS DA INTELIGÊNCIA<br />

ARTIFICIAL NA CONTAGEM DIFERENCIAL DE LEUCÓCITOS<br />

A utilização da inteligência artificial<br />

na medicina diagnóstica<br />

parece ser um caminho sem volta.<br />

A cada dia nos deparamos com<br />

novos equipamentos no mercado<br />

utilizando a inteligência artificial<br />

a favor de um diagnóstico mais robusto.<br />

Muitas são as vantagens de<br />

sua aplicação, entre elas, o ganho<br />

de consistência, produtividade, redução<br />

de resultados falsos negativos,<br />

entre outras.<br />

Os equipamentos CellaVision<br />

contam com uma rede neural artificial<br />

proprietária capaz de identificar<br />

células de sangue periférico<br />

e pré classificá-las com taxa de<br />

acerto muitíssimo elevada, colocando<br />

o laboratorista em um<br />

excelente ponto de partida para<br />

a análise. É como se já saíssemos<br />

oitenta metros à frente em uma<br />

corrida de cem metros rasos.<br />

Em um estudo publicado por<br />

Briggs e colaboradores no International<br />

Journal of Hematology,<br />

os autores compararam os resultados<br />

da contagem diferencial de<br />

leucócitos realizada manualmente<br />

versus a pré classificação automatizada<br />

pelo equipamento CellaVision.<br />

O resultado fornecido pela<br />

automação obteve concordância<br />

de 89,2% (tabela). Isso significa<br />

que o laboratorista iniciaria sua<br />

análise já com 89,2% das células<br />

classificadas corretamente, precisando<br />

apenas revisar aquilo que a<br />

automação lhe forneceu.<br />

Observando as três classes celulares<br />

predominantes (neutrófilos,<br />

linfócitos e monócitos), mais de<br />

97,3% das células foram corretamente<br />

classificadas pelo sistema<br />

CellaVision. Como estas células<br />

0 102<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


epresentam de 90% a 95% das<br />

células de um esfregaço típico<br />

de uma rotina, a pré classificação<br />

pelo CellaVision realmente acelera<br />

o processo de revisão das lâminas,<br />

permitindo ao profissional despender<br />

mais tempo proporcional<br />

para o estudo de células imaturas<br />

e células anormais. Desta forma, o<br />

CellaVision contribui muito para o<br />

aumento da produtividade laboratorial<br />

e redução do tempo de entrega<br />

do exame.<br />

Ainda com relação ao aumento<br />

da produtividade laboratorial,<br />

um estudo publicado no Journal<br />

of Clinical Pathology demonstrou<br />

que equipamentos CellaVision reduzem<br />

significativamente o tempo<br />

de revisão por lâmina. Ceelie e<br />

colaboradores avaliaram o tempo<br />

de revisão de duzentas lâminas<br />

realizadas por nove profissionais,<br />

primeiro utilizando a microscopia<br />

manual e em um segundo momento,<br />

a automação CellaVision.<br />

O resultado encontrado foi uma<br />

redução de 50% no tempo de<br />

revisão dos esfregaços. O tempo<br />

economizado poderia ser aplicado<br />

em outras atividades dentro<br />

do laboratório, permitindo o uso<br />

racional dos recursos humanos,<br />

conclui o autor.<br />

Outra vantagem da automação<br />

da contagem diferencial de leucócitos<br />

é o elevado nível de padronização<br />

dos processos, o que conduz<br />

ao ganho de consistência das análises.<br />

A variação interlaboratorial<br />

na classificação celular é sempre<br />

uma grande preocupação dos gestores<br />

de laboratórios. Ao se adotar<br />

a automação com o CellaVision a<br />

variação interlaboratorial é reduzida<br />

drasticamente uma vez que os<br />

laboratoristas avaliarão o mesmo<br />

conjunto de células de um determinado<br />

esfregaço.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Referências:<br />

Int J Lab Hematol. 2009 Feb;31(1):48-60.<br />

doi: 10.1111/j.1751-553X.2007.01002.x.<br />

Epub 2007 Dec 20.<br />

Journal of Clinical Pathology.<br />

2007 Jan;60(1):72-9<br />

Saiba mais em www.cellavision.com<br />

Contato: Wagner Miyaura - Market<br />

Support Manager, South America<br />

wagner.miyaura@cellavision.com<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021<br />

0 103


INFORME DE MERCADO<br />

EXPERTISE EM CIÊNCIAS DA SAÚDE<br />

Greiner Bio-One investe em insumos<br />

de qualidade que impulsionam a<br />

área de saúde no Brasil e no Mundo<br />

Mundialmente reconhecida por<br />

sua expertise em produtos plásticos<br />

especialmente desenvolvidos<br />

para aplicação na área da saúde,<br />

a austríaca Greiner Bio-One, está<br />

presente há quase duas décadas no<br />

mercado brasileiro e é referência<br />

de qualidade em seus processos<br />

de fabricação, oferecendo soluções<br />

completas para atender diversas<br />

necessidades do segmento.<br />

Na área Pré-analítica, entre as<br />

muitas inovações para o mercado,<br />

a Greiner Bio-One foi a primeira<br />

empresa a desenvolver um sistema<br />

de coleta de sangue a vácuo<br />

em plástico PET. Ao buscar por<br />

uma solução mais segura, prática<br />

e eficiente, a Greiner Bio-One Brasil<br />

seguiu a herança de pioneirismo<br />

de sua matriz na Áustria e foi<br />

responsável pelo desenvolvimento<br />

do primeiro tubo âmbar para sorologia<br />

com gel, que bloqueia a<br />

passagem de luz para o seu interior<br />

durante a coleta, transporte,<br />

armazenamento e processamento<br />

de material biológico fotossensível,<br />

o que impede a degradação<br />

acelerada de alguns analitos que<br />

podem influenciar nos resultados<br />

das análises. A linha também conta<br />

com diversas outras soluções<br />

que englobam todo o processo de<br />

coleta e transporte de diversos tipos<br />

de amostras biológicas.<br />

A divisão de BioScience oferece<br />

soluções para laboratórios de análises<br />

clínicas, ciências médicas,<br />

indústrias farmacêuticas e que<br />

têm sido essenciais na atuação<br />

em pesquisas científicas durante<br />

a pandemia de COVID-19. Um<br />

portfólio completo de produtos de<br />

alta qualidade, livres de detecção<br />

de DNase, RNase, DNA humano e<br />

não-pirogênicos.<br />

Além da variedade e padrões que<br />

asseguram a qualidade dos seus<br />

produtos, a empresa, presente<br />

hoje em mais de 100 países, também<br />

conta com uma equipe de<br />

especialistas para dar suporte técnico<br />

aos seus clientes em instituições<br />

de serviços e pesquisa para a<br />

saúde de todo o Brasil.<br />

Soluções completas para os segmentos<br />

de análise e patologia<br />

clínica, farmacêutico, médico-<br />

-hospitalar, biotecnológico e de<br />

diagnóstico in vitro, que trazem<br />

qualidade e tecnologia para a saúde<br />

brasileira, padrões que colocam<br />

os clientes da Greiner Bio-One<br />

sempre um passo à frente.<br />

Para saber mais, acesse: www.gbo.com.br,<br />

ou entre em contato: info@br.gbo.com.<br />

0 104<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


making a difference<br />

EXPERTISE EM<br />

CIÊNCIAS DA SAÚDE<br />

GREINER BIO-ONE<br />

Brasil<br />

Coleta de amostras, com qualidade e tranquilidade para os pacientes, e segurança para os<br />

profissionais da saúde. Soluções para análises clínicas, indústria farmacêutica, desenvolvimento<br />

de pesquisas e biotecnologia.<br />

A Greiner Bio-One está presente com produtos e serviços que atuam em diversos segmentos de<br />

ciências da saúde no Brasil e no mundo, com as divisões de Pré-Analítica e BioScience.<br />

www.gbo.com<br />

Greiner Bio-One Brasil / Avenida Affonso Pansan, 1967 / CEP 13473-620 | Americana, SP<br />

Tel +55 (19) 3468-9600 / Fax +55 (19) 3468-3601 / E-mail info@br.gbo.com


INFORME DE MERCADO<br />

Soluções de Lavagem e Limpeza para<br />

Analisadores Bioquímicos<br />

A linha de Soluções Consumíveis Ebram<br />

é o resultado apresentado pelo setor de<br />

pesquisa e desenvolvimento de novos<br />

produtos que nos possibilita oferecer<br />

produtos de qualidade diferenciada.<br />

Com excelente desempenho e menor<br />

custo, a Linha de Soluções foi<br />

criteriosamente desenvolvida para<br />

atender especificamente a maioria<br />

dos equipamentos de bioquímica<br />

existente no mercado.<br />

Soluções de Limpeza, Soluções de<br />

Lavagem e Condicionadora de Células,<br />

Soluções Acidas, Alcalinas,<br />

Detergente, Desproteinizante e Enzimática,<br />

cuja função é proporcionar a<br />

lavagem, limpeza e a descontaminação<br />

necessária garantindo resultados<br />

precisos, além de aumentar a durabilidade<br />

dos equipamentos.<br />

Da linha de Soluções Consumíveis<br />

Ebram destacamos as soluções<br />

Ebrawash, uma solução de lavagem<br />

de última geração, unindo a eficiên-<br />

cia da ação enzimática específica na<br />

remoção das sujidades à presença<br />

de condicionadores que promovem<br />

maior proteção das cuvetas de reação<br />

no processo de lavagem.<br />

A elevada concentração das enzimas<br />

em conjunto com seus ativadores<br />

foi desenhada segundo os<br />

processos de lavagem específicos de<br />

cada analisador bioquímico, propiciando<br />

uma ação rápida e eficiente<br />

no curto período de tempo disponível<br />

no processo de lavagem.<br />

As soluções de lavagem são produzidas<br />

no Brasil, possuem Ph neutro,<br />

100% biodegradável, não apresentam<br />

componentes corrosivos e são<br />

livres de fosfatos.<br />

O ph neutro e a ausência de componentes<br />

agressivos permite que as soluções<br />

Ebrawash tenha sua utilização<br />

estendida aos analisadores íons seletivos<br />

(sistema I.S.E) de maneira que promove<br />

uma desproteinização completa<br />

do sistema de canalículos destes sistemas,<br />

removendo completamente o<br />

biofilme normalmente presente nestes<br />

instrumento devido à alta incidência de<br />

amostragem.<br />

A Ebram tem disponíveis para o<br />

mercado as Soluções Consumíveis para<br />

os equipamentos: ADVIA, BECKMAN<br />

CX/LX, COBAS MIRAS, HITACHI<br />

911/912, HITACHI 917/MODULAR,<br />

MINDRAY/BS, QUIMISAT-450,<br />

QUIMIFAST-130, OLYMPUS, DIRUI,<br />

DIMENSION, LABMAX 240, ENVOY/<br />

BT3000<br />

Se o seu laboratório tem um dos equipamentos<br />

citados acima consulte nossas<br />

soluções.<br />

(11) 2291-2811<br />

www.ebram.com<br />

vendas@ebram.com<br />

0 106<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


CELLTAC-G – SEGURANÇA, QUALIDADE E TECNOLOGIAS<br />

EXCLUSIVAS PARA SEU LABORATÓRIO<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Walk Away System - O sistema<br />

“Walk Away System” de acesso<br />

randômico e totalmente automatizado<br />

atinge até 90 testes<br />

por hora, apenas inserindo racks<br />

no carregador.<br />

DynaScatter Laser - A tecnologia<br />

ótica ”DynaScatter Laser”<br />

analisa e diferencia as células<br />

WBC em seu estado “quase-nativo”<br />

com muita precisão. O inovador<br />

sistema de detecção de<br />

espalhamento de laser com 3 ângulos<br />

provê uma melhor detecção<br />

de WBC realizando uma medição<br />

precisa de luz dispersada. Obtendo<br />

a informação do tamanho<br />

do WBC de um sensor chamado<br />

“FSS”, as informações de estrutura<br />

e complexidade das partículas<br />

do núcleo são coletadas por um<br />

sensor chamado “FLS” e a informação<br />

da granularidade interna e<br />

da lobularidade são obtidas através<br />

de um sensor chamado “SDS”.<br />

Essa informação gráfica 3D é calculada<br />

então por um algoritmo<br />

exclusivo da Nihon Kohden.<br />

DynaHelix Flow - A tecnologia<br />

chamada “DynaHelix Flow”<br />

alinha perfeitamente as células<br />

WBC, RBC e PLT para uma contagem<br />

por impedância com alta<br />

precisão usando um fluxo hidrodinâmico<br />

focado antes de passar<br />

pela abertura de contagem.<br />

Somado a isso, o “DynaHelix<br />

Flow” previne totalmente que a<br />

mesma célula seja contada duas<br />

vezes (retorno) usando o exclusivo<br />

“DynaHelix Flow stream”.<br />

Esse avançado sistema recém<br />

desenvolvido, melhora expressivamente<br />

a precisão e confiabilidade<br />

das contagens.<br />

Smart ColoRac Match - O<br />

sistema “Smart ColoRac Match”<br />

ajuda a localizar rapidamente<br />

amostras clinicamente alteradas<br />

e tubos cujo código de barras<br />

não pôde ser lido usando uma<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021<br />

0 107


INFORME DE MERCADO<br />

exclusiva codificação através de<br />

racks coloridos que são associados<br />

ao programa gerenciador<br />

de dados do Celltac G. Isso<br />

aumenta muito a eficiência do<br />

laboratório sem investimento<br />

extra, sem aumento de espaço<br />

e sem a necessidade de treinamento<br />

extra para o operador. O<br />

sistema “Smart ColoRac Match”<br />

definitivamente maximiza a produtividade<br />

do seu laboratório<br />

proporcionando resultados mais<br />

rápidos e precisos.<br />

Seamless information transfer<br />

- O sistema de troca de dados<br />

baseado no protocolo HL7 permite<br />

transferência de informação<br />

bidirecional sem interrupção.<br />

Reagent Management - O<br />

sistema de gerenciamento de<br />

reagentes do Celltac G torna<br />

muito fácil a manipulação destes.<br />

Contribuindo assim para<br />

resultados com o mais alto padrão<br />

de qualidade.<br />

Novos parâmetros – Os novos<br />

parâmetros Índice de Mentzer<br />

e RDW-I adicionam valiosas<br />

informações clínicas para que<br />

se possa diferenciar os traços<br />

de possibilidade de uma Beta-talassemia<br />

de uma possível<br />

anemia ferropriva nos casos de<br />

anemia microcítica. E com os novos<br />

parâmetros Band%, Band# e<br />

Seg%, Seg# sua análise diferencial<br />

será muito mais precisa e<br />

confiável, já que o equipamento<br />

separa a contagem de neutrófilos<br />

em Segmentados % e # e<br />

Bastonetes % e #. E os parâmetros<br />

P-LCR e P-LCC reportam plaquetas<br />

gigantes, plaquetas agregadas<br />

ou células fragmentadas.<br />

Estes novos parâmetros ajudam<br />

a acelerar o diagnóstico através<br />

de resultados precisos.<br />

Opte pela melhor<br />

tecnologia para o seu<br />

laboratório!<br />

Opte por Equipamentos<br />

Hematológicos Celltac<br />

da Nihon Kohden!<br />

NIHON KOHDEN<br />

Rua Diadema, 89 1° andar CJ. 11 a 17 - Bairro Mauá<br />

São Caetano do Sul - SP - CEP 09580-670, Brasil<br />

Contato: +55 11 3044-1700 - FAX: + 55 11 3044-0463<br />

E-mail: fabio.jesus@nkbr.com.br<br />

Siga nossas redes sociais e fique ligado em todas<br />

as novidades para 2021!<br />

0 108<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


PREPARE O SEU LABORATÓRIO PARA OS DESAFIOS DE<br />

2021 COM OS SISTEMAS DEDICADOS ERBA!<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Nada é mais importante para um<br />

laboratório que a confiabilidade de seus<br />

resultados. E para garantir o cumprimento<br />

dos padrões de qualidade necessários<br />

para a segurança da população atendida,<br />

a tecnologia vem ganhando cada vez<br />

mais espaço nas rotinas por meio da<br />

automação laboratorial.<br />

A Erba Mannheim oferece o que existe<br />

de mais atual em automação, tornando<br />

acessíveis as melhores soluções de sistema<br />

dedicado do mercado. Os equipamentos<br />

ERBA são desenvolvidos e validados<br />

para um funcionamento perfeito com os<br />

reagentes ERBA, permitindo alcançar um<br />

excelente desempenho analítico e garantir<br />

maior assertividade dos laudos.<br />

Por meio de componentes instrumentais,<br />

metodológicos e reagentes totalmente<br />

integrados, o sistema dedicado<br />

demonstra maior precisão frente aos<br />

abertos, impactando profundamente na<br />

organização e operação dos laboratórios.<br />

Como o laboratório é reembolsado pelos<br />

testes que produz, poder mensurar e<br />

dimensionar com facilidade os custos por<br />

teste realizado, um importante fator de<br />

competitividade.<br />

Dessa forma, a previsibilidade que<br />

o sistema dedicado proporciona<br />

(quantidade de testes por frasco) facilita a<br />

gestão do estoque, a gestão do capital de<br />

giro e o fluxo entro os recebimentos e os<br />

custos dos testes pelo laboratório.<br />

A evolução laboratorial já começou!<br />

Faça parte você também.<br />

Entre em contato com a equipe ERBA Brasil<br />

agora mesmo e conheça nossas soluções:<br />

Tel.: (31) 99837-8405<br />

brazilsales@erbamannheim.com<br />

www.erbabrasil.com.br<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021<br />

0 109


INFORME DE MERCADO<br />

MEDLEVENSOHN LANÇA TESTE RÁPIDO QUE IDENTIFICA<br />

ANTÍGENO DA COVID-19<br />

Empresa responde à necessidade<br />

de ampliar testagem no momento<br />

em que taxa de transmissão volta<br />

a crescer no País.<br />

A MedLevensohn, distribuidora de<br />

produtos de saúde e bem-estar há 18<br />

anos no mercado, lança o MedTeste Coronavírus<br />

AG (antígeno), que identifica<br />

se a pessoa está infectada no momento<br />

do teste. A empresa já havia sido<br />

pioneira na disponibilização do teste<br />

rápido que diagnostica a presença de<br />

anticorpos. “Com o novo produto, nos<br />

tornarmos a companhia mais completa<br />

do Brasil para a testagem no combate à<br />

pandemia”, salienta José Marcos Szuster,<br />

CEO da MedLevensohn.<br />

Apresentando resultado em até 10<br />

minutos, o MedTeste Coronavírus AG<br />

detecta o antígeno (micro-organismo<br />

causador da Covid-19), por meio de<br />

amostras de secreção nasofaríngea.<br />

Esse teste rápido, que só pode ser aplicado<br />

por profissional de saúde habilitado<br />

em farmácias, laboratórios, clínicas<br />

e hospitais, identifica se o paciente está<br />

com infecção aguda. Deve ser realizado<br />

entre o segundo e o sétimo dia após<br />

o início dos sintomas. Apresenta sensibilidade<br />

de 95% e especificidade de<br />

99,2%, fatores importantes para o monitoramento<br />

e tratamento do paciente<br />

e controle da transmissão.<br />

“O MedTeste Coronavírus AG é o que<br />

mais se aproxima da eficácia de um teste<br />

de PCR, com a vantagem de propor-<br />

cionar resultado em 10 minutos, ante o<br />

mínimo de 48 horas do outro”, explica<br />

José Marcos Szuster, acrescentando:<br />

“Também é muito mais barato, fator<br />

que favorece sua aquisição e aplicação<br />

em instituições de saúde. Tivemos percentual<br />

abaixo de 1% de intercorrências<br />

com os testes de anticorpos. Nossa<br />

expectativa é de que esse resultado se<br />

repita com o antígeno. A MedLevensohn<br />

é extremamente criteriosa para<br />

aprovar a entrada de qualquer produto<br />

em seu portfólio”.<br />

O produto já foi aprovado pela Comunidade<br />

Europeia (CE) e a Food<br />

and Drug Administration (FDA) dos<br />

Estados Unidos. A pré-venda desses<br />

testes começa em dezembro.<br />

As condições para comercialização<br />

serão anunciadas em breve. “Prosseguimos<br />

como a melhor alternativa<br />

do mercado para os testes de anticorpos.<br />

Temos estoques preparados<br />

para atender a demanda do mercado<br />

enquanto durar a pandemia”, conclui<br />

o CEO da Medlevensohn.<br />

Entendendo a diferença entre<br />

os tipos de testes<br />

Há dois grupos de testes diagnósticos<br />

de infecção para o novo<br />

coronavírus. O primeiro é constituído<br />

pelos que identificam a presença<br />

do vírus no organismo, ou<br />

seja, o PCR e os testes rápidos que<br />

detectam antígenos virais, como o<br />

novo produto da MedLevensohn;<br />

no segundo grupo, estão os testes<br />

sorológicos (ELISA e ECLIA) e os<br />

rápidos IgG / IgM, que indicam a<br />

existência ou ausência de anticorpos.<br />

Estes últimos já haviam sido<br />

colocados no mercado pela empresa<br />

no início da pandemia.<br />

Para maiores informações, entre em<br />

contato através do<br />

e-mail faleconosco@lumiradx.com<br />

ou (11) 5185- 8181.<br />

0 110<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


INFORME DE MERCADO<br />

O 2020 DA SARSTEDT<br />

O ano de 2020 já está marcado na<br />

história mundial como um período<br />

repleto de acontecimentos intensos,<br />

complexos, e de grandes transformações<br />

em todas as esferas, sejam elas políticas,<br />

sociais ou econômicas.<br />

A SARSTEDT vivenciou toda essa<br />

cronologia de maneira profunda, e<br />

com o comprometimento de sempre,<br />

buscamos evoluir junto dos desafios<br />

aparentes, intensificando a qualidade<br />

do nosso trabalho, visando uma entrega<br />

ainda mais otimizada e estratégica<br />

das nossas demandas por todo o país,<br />

corroborando então nacionalmente com<br />

o trabalho dos profissionais de saúde.<br />

Sendo assim, esta mensagem é<br />

escrita como forma de agradecimento,<br />

direcionando-a especialmente a estes<br />

profissionais, que têm dedicado suas<br />

vidas ao combate de uma pandemia<br />

sem precedente recente. Aos que estão<br />

na linha de frente, e em toda a grande<br />

logística que um momento como este<br />

pede, o nosso muito obrigado!<br />

É um prazer, e uma honra fazermos<br />

parte desta trajetória digna, exaustiva,<br />

mas que é feita de uma entrega sem<br />

limites, e que de forma honrosa tem<br />

salvado tantas vidas.<br />

Neste cenário atípico, todo nosso time<br />

de profissionais se dedicou ainda mais<br />

em atender e entender nossos clientes<br />

e parceiros, com assistência ímpar,<br />

levando em conta suas necessidades,<br />

urgências e peculiaridades, cada um<br />

com sua devida importância. Todos<br />

acolhidos com um mesmo nível de<br />

excelência que prezamos em cada<br />

etapa do nosso trabalho.<br />

Dos profissionais da produção,<br />

que segue em ritmo acelerado, aos<br />

atendimentos e assessorias presenciais,<br />

munidos de total segurança e protocolos<br />

de saúde obrigatórios, e também os que<br />

seguem a jornada de trabalho direto de<br />

suas casas, adaptando rotinas e costumes,<br />

declaramos aqui toda nossa gratidão!<br />

Essa entrega total diante do<br />

inesperado e novo, é um diferencial<br />

e uma característica que desejamos<br />

manter em nossa história e caminhada.<br />

Caminhada esta, que só é feita com a<br />

contribuição de cada um de vocês!<br />

Tendo a tecnologia como grande aliada,<br />

e por meio da nossa linha de automação<br />

laboratorial, compartilhamos os serviços<br />

e toda a inovação mais precisa do<br />

mercado, visando otimizar processos<br />

e estarmos ainda mais presentes em<br />

espaços que prezam pela excelência em<br />

todas as etapas e processos.<br />

Neste ano também, o crescimento<br />

de presença com nossos produtos<br />

relacionados ao diagnóstico do<br />

COVID19, e a consistência do<br />

Sistema S-Monovette®, mostraram<br />

a sedimentação e a importância de<br />

um trabalho realizado da forma mais<br />

ilibada possível.<br />

É com esta presença contínua,<br />

consistente e cada vez mais<br />

reconhecida, que desejamos adentrar<br />

o novo ano, e que com ele, não só<br />

venham as boas notícias, o crescimento<br />

da tecnologia em favor da saúde, mas<br />

também, prosperidade e sabedoria<br />

para darmos novos passos.<br />

Com esses sinceros votos, desejamos<br />

seguir como parceiros globais da<br />

Medicina e da Ciência, nos próximos<br />

365 dias de 2021, e sempre!<br />

Jörg Dreisewerd<br />

Diretor Geral<br />

Fale Conosco<br />

Assessoria Científica<br />

Email: suporte.br@sarstedt.com<br />

Assessoria Comercial<br />

Email: vendas.br@sarstedt.com<br />

Tel: (11) 4152-2233<br />

0 112<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


Eficácia e praticidade,<br />

da coleta ao resultado<br />

NOVO<br />

Apoio no Diagnóstico COVID19<br />

Desde a coleta até o transporte seguro das amostras,<br />

temos tubos estéreis com solução salina em diferentes volumes.<br />

Durante a fase analítica<br />

Pipetas, ponteiras de baixa retenção, adesivos e placas PCR.<br />

Nas fases sensíveis e críticas<br />

Além das seringas de gasometria, oferecemos<br />

possibilidades de coleta capilar e POCT.<br />

Acesse aqui para cotações


INFORME DE MERCADO<br />

PERKINELMER E EUROIMMUN OFERECEM SOLUÇÕES<br />

COMPLETAS PARA O DIAGNÓSTICO DA COVID-19<br />

Em meio à pandemia do COVID-19, o<br />

diagnóstico correto e preciso é fundamental<br />

para conter a transmissão do<br />

vírus e possibilitar o tratamento adequado<br />

ao paciente. A PerkinElmer e a<br />

EUROIMMUN oferecem soluções completas<br />

para a detecção direta do vírus<br />

por meio do método PCR em tempo<br />

real; e indireta, por meio da detecção<br />

de anticorpos.<br />

Os métodos adequados para o diagnóstico<br />

de infecções por SARS-CoV-2<br />

são: detecção direta do vírus pela Reação<br />

em Cadeia da Polimerase (PCR) e<br />

a indireta por detecção de anticorpos<br />

contra a infecção por SARS-CoV-2 no<br />

sangue. A determinação desses anticorpos<br />

permite a confirmação da<br />

infecção em pacientes com sintomas<br />

típicos e em casos suspeitos sem<br />

sintomas, podendo também medir<br />

a eficiência da futura vacina contra a<br />

COVID-19.<br />

Os kits ELISA EUROIMMUM para<br />

detecção de anticorpos anti-SARS-<br />

-CoV-2 são direcionados para a região<br />

de vírus conhecida como S1, principal<br />

sítio (ponto) de ligação de anticorpos,<br />

onde está presente o ponto RBD, que<br />

liga o vírus à célula na região ACE2. Os<br />

kits Anti-SARS-CoV-2 IgA e Anti-SAR-<br />

S-CoV-2 IgG oferecem detecção semi<br />

quantitativa, e o kit Anti-SARS-CoV2<br />

IgG QuantiVac, detecção quantitativa<br />

de anticorpos IgG, apresentando alta<br />

correlação com o teste de detecção<br />

de anticorpos neutralizantes, aqueles<br />

que realmente irão impedir a replicação<br />

viral no indivíduo. Portanto,<br />

a realização do teste QuantiVac pós<br />

vacinação permite avaliar se o indivíduo<br />

está produzindo anticorpos que o<br />

protegerão em casos de exposição ao<br />

vírus SARS-CoV-2.<br />

Ainda para sorologia IgG anti-SAR-<br />

S-CoV-2, a PerkinElmer oferece como<br />

diferencial a detecção deste anticorpo<br />

com o Instrumento GSP, a partir de<br />

amostras de sangue seco coletadas<br />

em papel filtro, referência no processamento<br />

deste tipo de amostra.<br />

Para a detecção de SARS-COV-2 RT<br />

qPCR em Diagnóstico in Vitro, o kit da<br />

PerkinElmer fornece resultados confiáveis<br />

e de alta qualidade para a detecção<br />

clínica de Covid-19 a partir de amostras<br />

de swab orofaringe, nasofaringe e<br />

saliva humanos.<br />

A PerkinElmer oferece também soluções<br />

automatizadas para extração de<br />

RNA e preparo de amostras tanto no<br />

âmbito pré-analítico como nas reações<br />

de downstream.<br />

O JANUS® G3 Workstation oferece<br />

os benefícios da automação laboratorial<br />

possibilitando ao usuário a realização<br />

de diferentes protocolos com<br />

segurança, precisão, rastreabilidade e<br />

redução significativa de hands-on no<br />

preparo de reações.<br />

O chemagic 360®-D é a solução de<br />

alta demanda que realiza a extração<br />

automatizada de RNA de 96 amostras,<br />

de diferentes origens em 30 minutos (a<br />

partir da amostra lisada).<br />

EUROIMMUN, empresa do<br />

Grupo PerkinElmer<br />

EUROIMMUN Brasil<br />

www.euroimmun.com.br<br />

contato@euroimmun.com.br<br />

(11) 2305-9770<br />

0 114<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


PerkinElmer<br />

&Garantia de qualidade e segurança<br />

na detecção de SARS-COV-2<br />

Oferecemos soluções completas para<br />

o diagnóstico preciso de COVID-19,<br />

com metodologias eficientes, rápidas<br />

e padronizadas para a detecção direta<br />

do vírus, por meio de PCR em tempo<br />

real, e indireta, pela detecção de<br />

anticorpos. A determinação dos<br />

anticorpos permite a confirmação da<br />

infecção por SARS-COV-2 em<br />

pacientes com sintomas típicos e em<br />

casos suspeitos sem sintomas,<br />

podendo também medir a eficiência<br />

da futura vacina contra o COVID-19.


INFORME DE MERCADO<br />

DIAGNÓSTICOS DO BRASIL: O MELHOR ATENDIMENTO NO<br />

MAIOR LABORATÓRIO<br />

Laboratório de análises clínicas<br />

bate recorde de exames e garante<br />

excelência no atendimento ao cliente.<br />

Em outubro desse ano, o laboratório<br />

Diagnósticos do Brasil alcança mais<br />

uma recorde. Com 10 milhões de<br />

exames realizados em um único mês<br />

o DB demonstra toda a sua capacidade<br />

de expansão, mesmo em um cenário<br />

desafiador. Junto com o crescimento<br />

na produção, uma das preocupações do<br />

laboratório era em manter a qualidade<br />

no atendimento ao cliente, uma das<br />

premissas fundamentais para o DB.<br />

grandes dificuldades para todos, o DB<br />

atinge ótimas médias de pesquisa de<br />

satisfação, com 93,8% de aprovação<br />

dos clientes, atingindo a nota<br />

máxima de 94,7% no mês de abril.<br />

Em relação ao NPS citado acima, a<br />

média do ano de 2020, até outubro foi de<br />

81,5 pontos, chegando a 83,5 pontos no<br />

último mês, nota considerada nível<br />

de excelência para os parâmetros<br />

da NPS. “Esses números foram<br />

alcançados com a empresa crescendo,<br />

e em um atendimento feito totalmente<br />

de forma remota, principalmente via<br />

telefone e e-mail, pois sabemos que<br />

presencialmente o calor humano num<br />

atendimento padronizado consegue<br />

níveis de satisfação bem maiores do que<br />

no atendimento remoto, ainda mais em<br />

questões tão delicadas como as em que<br />

oferecemos suporte, a área da saúde.<br />

Buscamos encantar e surpreender clientes<br />

que nos testam diariamente. Assim<br />

comemoramos o número alcançado<br />

entendendo que isso serve de motivação<br />

na busca pela melhoria contínua,”<br />

complementa o gerente.<br />

Para isso o laboratório conta com o<br />

índice de pesquisa NPS (Net Promoter<br />

Score), mais conhecido como pesquisa<br />

de satisfação do cliente. A pesquisa<br />

demostrou uma pontuação alta em<br />

um acumulado de mais de 230 mil<br />

atendimentos por mês. “Conseguimos<br />

manter a equipe consciente que cada<br />

atendimento é único, respeitando<br />

as peculiaridades e necessidades<br />

dos mesmos, e sempre seguindo<br />

protocolos que organizam o sistema<br />

e deixam nosso atendimento pautado<br />

em processos, com uma equipe<br />

organizada, motivada e seguindo<br />

diretrizes claras”, diz Deivis Paludo,<br />

gerente de relacionamento do DB.<br />

O laboratório, hoje, é referência do<br />

modelo de bom atendimento e foca<br />

em manter a transparência e agilidade,<br />

sempre de olho nas oportunidades de<br />

melhorias. Mesmo em um ano com<br />

0 116<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


Para que o DB consiga manter ótimos<br />

níveis de atendimento, a gestão dos<br />

números é fundamental. Para isso o<br />

laboratório realiza a rastreabilidade<br />

total das informações, caso necessário.<br />

Assim é possível checar quem foi<br />

o atendente que prestou o serviço,<br />

o motivo de contato, a duração<br />

da ligação, a resolução ou não do<br />

atendimento, qual especialidade ou<br />

unidade produtiva, e principalmente<br />

se seguiu os protocolos necessários<br />

de forma humanizada e com o<br />

discernimento necessário em cada<br />

contato com o cliente.<br />

“Também entendemos que os<br />

bons números do atendimento<br />

não são resultados de um setor<br />

isolado, mas sim de uma empresa<br />

inteira ajustada, que consegue, por<br />

meses manter o índice de recoleta<br />

baixa, com 0,49%, mesmo com um<br />

crescimento superior a 10%, numa<br />

atuação integral na área de apoio<br />

laboratorial, onde o pré-analítico nos<br />

desafia diariamente na busca pela<br />

liberação de resultados pautados na<br />

qualidade,” explica Deivis.<br />

O DB ainda exalta a importância<br />

do setor da qualidade, desde o<br />

início, uma atuação primorosa,<br />

responsável pelo alcance desses<br />

números. É o setor da qualidade<br />

que cumpre o papel de mostrar<br />

o caminho a ser seguido e como<br />

permanecer no percurso correto,<br />

aplicando as verificações necessárias<br />

diariamente, via controles de<br />

auditoria internas e externas em<br />

todos os setores e unidades do DB,<br />

de forma corporativa, garantindo<br />

a segurança de cada resultado<br />

liberado.<br />

Paralelamente a busca constante<br />

por inovação em automação nas<br />

áreas técnicas, o DB garante a<br />

programação produtiva necessária,<br />

para que, além dos prazos<br />

acordados com os clientes serem<br />

mantidos, os índices de antecipação<br />

de resultados sejam superiores a<br />

90%, mesmo batendo recordes<br />

diários e mensais de processamento<br />

de exames. Isso tudo, resultou na<br />

diminuição de prazo de liberação<br />

via sistema em mais de 100 exames<br />

entre o final do mês de outubro e<br />

início de novembro desse ano.<br />

“Com isso mostramos que o<br />

atendimento no DB é o melhor<br />

porque está estruturado de<br />

forma corporativa. O bom<br />

exemplo e disponibilidade da<br />

direção, o entendimento de todas<br />

as gerências, coordenadores,<br />

supervisores e toda a equipe<br />

da importância de cada<br />

cliente, faz toda a diferença.<br />

Na nossa atividade de suporte<br />

diário aos nossos laboratórios<br />

parceiros, trabalhamos com total<br />

responsabilidade e cuidado, pois<br />

sabemos que desde um exame de<br />

rotina até um de alta complexidade,<br />

deve ser transportado e processado<br />

de forma ágil, com alta tecnologia<br />

acessível via DB a todo o território<br />

nacional, chegando a resultados<br />

fidedignos que podem salvar<br />

vidas. O verdadeiro conceito das<br />

palavras ‘Apoio Laboratorial’,<br />

visa a transparência e o padrão<br />

de atendimento, de forma que o<br />

cliente nos veja como parceiros<br />

na extensão de sua área técnica,”<br />

finaliza Deivis.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021<br />

0 117


INFORME DE MERCADO<br />

CAPTURA HÍBRIDA PODE SER A GRANDE ALIADA NA<br />

ERRADICAÇÃO DO CÂNCER DE COLO DO ÚTERO<br />

Teste molecular identifica<br />

presença do HPV, principal<br />

causador da doença, e contribui<br />

para o diagnóstico precoce<br />

do quarto tipo de câncer mais<br />

comum entre as mulheres.<br />

O câncer de colo do útero é<br />

o quarto tipo mais comum da<br />

doença entre as mulheres, em<br />

todo o mundo. Anualmente, são<br />

diagnosticados aproximadamente<br />

570 mil novos casos, levando a 311<br />

mil mortes. No Brasil, estima-se que<br />

haja mais de 16 mil novos casos e 8<br />

mil mortes, somente este ano. Por<br />

ser considerado um tipo de câncer<br />

previsível, a OMS (Organização<br />

Mundial da Saúde) lançou final de<br />

2020 uma campanha global inédita,<br />

com a participação de 194 países,<br />

para a erradicação da doença.<br />

Entre as medidas previstas pela<br />

estratégia global estão a vacinação<br />

contra o HPV (principal agente<br />

causador desse tipo de câncer),<br />

o rastreamento com exames<br />

preventivos e a disponibilização de<br />

tratamento para todas as mulheres.<br />

A campanha de vacinação, já<br />

prevista por meio de ações em<br />

todo o país, alcança meninas entre<br />

9 e 14 anos e meninos de 11 a 14<br />

anos, o que pode estar contribuindo<br />

para a redução de casos de<br />

contaminação por HPV, mas ainda<br />

não é completamente eficiente, já<br />

que o poder de prevenção da vacina<br />

é focado apenas nas variações mais<br />

comuns do vírus.<br />

Além da vacina, outra medida<br />

importante para conter a incidência<br />

desse tipo de câncer é a realização<br />

dos exames preventivos, que devem<br />

ser feitos regularmente pelas<br />

mulheres. Embora o Papanicolau –<br />

ou citologia oncótica – seja o mais<br />

pedido pelos médicos no Brasil,<br />

sua eficácia da detecção precoce<br />

tem sido questionada quando<br />

comparada à de outros métodos<br />

de testagem molecular, como a<br />

Captura Híbrida.<br />

O Papanicolau detecta alterações<br />

das células do colo do útero, porém,<br />

é necessário que a lesão já esteja<br />

estabelecida para ser identificada,<br />

ou seja, o teste pode ser falho ao<br />

diagnosticar as formas iniciais da<br />

lesão, assim como as lesões com<br />

rápida progressão, podendo gerar<br />

resultados falsos negativos. Por outro<br />

lado, a Captura Híbrida é um teste<br />

mais sensível, pois detecta o material<br />

genético (DNA) do vírus HPV e, por<br />

isso, não é necessário que a lesão já<br />

esteja estabelecida para ser detectado.<br />

0 118<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


De acordo com o médico<br />

ginecologista livre-docente da<br />

UNIFESP (Universidade Federal<br />

mais utilizados pelos médicos para<br />

rastreio genético do HPV. Até hoje,<br />

mais de 100 milhões de mulheres já<br />

tratamento. A partir de um resultado<br />

negativo, a recomendação de novo<br />

rastreio é a partir de cinco anos.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

de São Paulo), Dr. Sérgio Mancini<br />

foram testadas globalmente. Além<br />

Nicolau, o Papanicolau possui<br />

disso, temos estudos clínicos que,<br />

Sobre a QIAGEN<br />

um limite e deixa de identificar<br />

ao serem somados, já testaram mais<br />

A QIAGEN é uma multinacional<br />

aproximadamente 50% dos casos<br />

de 1 milhão de mulheres em todo o<br />

alemã, especialista em tecnologia para<br />

de câncer em estágio inicial. “O<br />

mundo. Dessa forma, temos uma<br />

diagnósticos moleculares. Com mais<br />

teste molecular é muito mais eficaz<br />

vasta literatura científica apontando<br />

de 5.200 colaboradores distribuídos<br />

e apresenta um custo efetivo que<br />

os benefícios da Captura Híbrida.<br />

em 25 países, a empresa oferece um<br />

deve ser considerado. Estudos<br />

Vale ressaltar que esse é um teste<br />

portfólio de mais de 500 produtos<br />

demonstraram que mais de 80% das<br />

robusto, possui diversos controles<br />

entre kits consumíveis, instrumentos<br />

mulheres já apresentavam o HPV,<br />

e calibradores, o que garante um<br />

e bioinformática, que atendem às<br />

após cinco anos de início da vida<br />

resultado confiável”, aponta Paulo<br />

diversas necessidades globais, desde<br />

sexual. É uma infecção transitória<br />

Gropp, vice-presidente da QIAGEN<br />

pesquisas acadêmicas a aplicações de<br />

em 90% dos casos, porém, naquelas<br />

na América Latina – multinacional<br />

saúde de rotina.<br />

que persistem, é grande a chance<br />

alemã especialista em tecnologia<br />

de desenvolver o câncer de colo do<br />

para diagnóstico molecular.<br />

Para mais informações,<br />

útero. A realização da Captura Híbrida<br />

acesse: www.qiagen.com<br />

em mulheres acima dos 25 anos<br />

Considerado o teste referência para<br />

ou entre em contato através do<br />

pode trazer inúmeros benefícios para<br />

rastreio do câncer de colo do útero,<br />

e-mail vendas.brasil@qiagen.com<br />

a população e para o país”, declara o<br />

a detecção precoce pela Captura<br />

especialista.<br />

Híbrida evita um tratamento mais<br />

agressivo, exigido para os casos<br />

O índice de sucesso da Captura<br />

de câncer e que afeta a questão<br />

Híbrida pode ser comprovado<br />

psicológica da mulher e de toda a<br />

mundialmente. Ele permite<br />

família, afastamento do trabalho e<br />

identificar 18 tipos do HPV,<br />

relacionamento social. Além disso,<br />

divididos entre os 5 de baixo risco<br />

possibilita uma redução de custos<br />

e os 13 de alto risco oncológico. “A<br />

na rede de saúde, uma vez que a<br />

testagem molecular existe há mais<br />

de vinte anos e está entre os testes<br />

eficiência da prevenção diminui os<br />

casos de câncer e a necessidade de<br />

QIAGEN Brasil<br />

vendas.brasil@qiagen.com<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021<br />

0 119


INFORME DE MERCADO<br />

VIDA BIOTECNOLOGIA SEMPRE A FRENTE! TESTE<br />

RÁPIDO COVID-19 ANTÍGENO<br />

A Vida Biotecnologia que neste<br />

ano completa 10 anos no mercado<br />

de reagentes laboratoriais vem<br />

se destacando pela competência<br />

e pioneirismo de seus gestores.<br />

sede. E como a competência e<br />

pioneirismo tem sido marca registrada<br />

desta empresa, acompanhamos<br />

agora o lançamento do<br />

Teste Rápido Covid-19 Antígeno.<br />

O teste é ideal para pessoas assintomáticas<br />

ou sintomáticas. Sua<br />

amostragem é de Swab nasofaringe<br />

com resultados entre 10 a<br />

15 minutos.<br />

No início de 2020 em plena recessão<br />

divulgamos aqui seus planos<br />

consolidados de expansão,<br />

incluindo sua nova e moderna<br />

Um teste inovador que consiste<br />

na detecção do vírus logo na fase<br />

inicial da infecção (detecção próxima<br />

ao terceiro dia).<br />

Para maiores informações entre em<br />

contato diretamente com a Central de<br />

Vendas da Vida Biotecnologia no<br />

Tel.: (31) 3466-3351.<br />

0 120<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


NOVO CURATIVO PÓS COLETA FIRSTLAB: MAIS CONFORTO E<br />

MENOS IRRITABILIDADE NA PELE<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Nossa expertise é desenvolver e fabricar<br />

produtos e equipamentos para<br />

Laboratórios de Análises Clínicas, promovendo<br />

segurança, inovação e tecnologia<br />

nas rotinas laboratoriais sempre<br />

pensando na sustentabilidade e atuando<br />

com responsabilidade.<br />

Somos sinônimo de seu primeiro<br />

parceiro quando se fala em soluções<br />

integradas para Laboratórios. Trazemos<br />

ao mercado o novo modelo de curativo<br />

pós coleta, permitindo que sua prática<br />

laboratorial fique mais segura, proporcionando<br />

mais conforto ao paciente.<br />

Os novos curativos pós coleta são indicados<br />

para estancar pequenos sangramentos<br />

em casos de coletas e punções<br />

venosas ou injeções. São fabricados em<br />

polietileno siliconado, fita microporosa<br />

e não tecido e o tipo de cola é Hot<br />

melt. Principal benefício: mais conforto<br />

e menos irritabilidade na pele. O grau<br />

de adesividade de uma cola (TAC) dos<br />

curativos encontrados no mercado são<br />

muito altos justamente por usarem<br />

colas frias. Além de dificultar a remoção<br />

da pele, podem causar irritação na<br />

pele e, dependendo da sensibilidade,<br />

pode causar ferimentos além de deixar<br />

resíduos. Por não terem látex em sua<br />

composição, possuem boa ventilação,<br />

facilidade de uso, formato anatômico e<br />

são mais confortáveis.<br />

Outro diferencial é a composição do<br />

tampão (almofadinha). É TNT, tecido e<br />

não tecido. É mais absorvente e proporciona<br />

melhor suavidade e flexibilidade,<br />

pois se moldam nas dobras da pele.<br />

Prepare-se para ter em seu dia a dia,<br />

uma nova concepção de produtos laboratoriais<br />

e soluções integradas.<br />

* Registro ANVISA: 10426950002<br />

Saiba mais sobre os produtos Firstlab ::<br />

www.firstlab.ind.br<br />

atendimento@firstlab.ind.br<br />

0800 710 0888<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021<br />

0 121


INFORME DE MERCADO<br />

NA LABOR LINE, VOCÊ CONTA COM CENTRÍFUGAS DE<br />

LABORATÓRIO DE ALTA QUALIDADE!<br />

Centrífugas para laboratório de<br />

alta qualidade!<br />

100%<br />

BRASILEIRAS<br />

84<br />

tubos<br />

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102<br />

tubos<br />

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Centrífuga<br />

ELEKTRA<br />

tubos 13x75 e 13x100<br />

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Centrífuga<br />

ELEKTRA<br />

PERFORMANCE<br />

tubos 13x75 e 13x100<br />

Os Laboratórios estão com suas<br />

rotinas intensas, e nada melhor que<br />

estar por dentro do que tem de melhor<br />

em equipamentos da atualidade! Se o<br />

seu laboratório está com alta demanda,<br />

nossas centrífugas Elektra e Elektra<br />

Performance é o ideal para o seu<br />

laboratório, com capacidade para 84<br />

e 102 tubos respectivamente, essas<br />

centrífugas atendem a demandas de<br />

média a grandes rotinas de coletas.<br />

Conheça algumas de suas<br />

características:<br />

Possui rotor em liga de aço especial,<br />

com sistema horizontal de 6 porta-<br />

tubos, motor de alta durabilidade e<br />

sem escovas. Acionada por inversor<br />

de frequência (Inverter) de última<br />

geração, conta com controle digital de<br />

tempo e velocidade com 24 memórias,<br />

possui indicador digital de força<br />

centrífuga em “g” e RPM, regulável de<br />

1 em 1 RPM. Dispõe de gabinete em<br />

aço com pintura eletrostática e sistema<br />

de amortecimento na tampa onde<br />

conta também com trava que impede<br />

a abertura em funcionamento, bem<br />

como função unbalance.<br />

Além de poder contar com uma<br />

centrífuga e empresa 100% brasileira,<br />

essas centrífugas possuem certificado<br />

de calibração incluso e sem custo<br />

adicional. Na Labor Line você conta com<br />

ótimas condições para pagamento,<br />

pague em até 10x sem juros!<br />

Fale com a gente!<br />

Labor Line<br />

(11) 3699-0960<br />

www.laborline.com.br<br />

vendas@laborline.com.br<br />

0 122<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


NUM MOMENTO DE TANTOS DESAFIOS ECONÔMICOS<br />

E SEM REAJUSTE NA TABELA DE SERVIÇOS, COMO<br />

OTIMIZAR SEUS GANHOS COM ECONOMIA NA ROTINA?<br />

A J.R.Ehlke apresenta o equipamento mais econômico da categoria – BS-240<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Buscando otimizar as pequenas rotinas,<br />

foi lançado o equipamento de<br />

bioquímica com o menor consumo<br />

de reagentes do mercado, chegando a<br />

uma economia de 50% do volume de<br />

reagentes. O BS-240 tem dimensões e<br />

custo reduzidos, feito para laboratórios<br />

de diagnóstico com orçamentos enxutos<br />

e que procuram automatizar ao<br />

máximo a rotina de bioquímica. Com o<br />

conceito de tecnologia de amostragem<br />

inteligente, o teste de hemoglobina<br />

glicada tem a sua etapa de preparação<br />

de hemólise totalmente automatizada<br />

no equipamento. Com o leitor<br />

de código de barras interno permite o<br />

trabalho com reagentes de bioquímica<br />

dedicados além de propiciar agilidade<br />

na interface do sistema ao LIS do laboratório.<br />

O sistema de ensaio da Mindray<br />

passou o CAP por 6 anos consecutivos.<br />

O BS-240 tem velocidade de processamento<br />

de até 200 testes por hora<br />

(podendo chegar a 400 testes/hora<br />

com ISE - opcional). Possui um inovador<br />

sistema de carregamento flexível<br />

de reagentes e amostras com a possibilidade<br />

de até 80 posições de amostras e<br />

até 80 posições de reagentes (40 fixas<br />

+ 40 móveis). O sistema de refrigeração<br />

assegura maior integridade dos reagentes<br />

diminuindo os eventos de calibração<br />

decorrente da degradação do<br />

reagente. O sistema de limpeza da sonda<br />

em cascata, e o sistema de lavagem<br />

automático melhorado das cubetas<br />

garante menor arraste e baixo consumo<br />

de água. Para maiores informações,<br />

nos contate e solicite informações.<br />

Para maiores informações, favor<br />

consultar-nos.<br />

J.R.Ehlke & CIA LTDA<br />

www.jrehlke.com.br<br />

Fone: +55 (41) 3352-2144<br />

jrehlke@jrehlke.com.br<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021<br />

0 123


INFORME DE MERCADO<br />

MEIOS DE CULTURA CROMOGÊNICOS<br />

Os meios cromogênicos permitem<br />

uma rápida identificação presuntiva de<br />

diversos microrganismos, além de diminuir<br />

a necessidade da realização de<br />

provas bioquímicas nos processos de<br />

identificação dos mesmos.<br />

Os meios de cultura cromogênicos<br />

apresentam em sua formulação a adição<br />

de substratos, que podem apresentar<br />

diversas cores após serem clivados<br />

pela ação de enzimas bacterianas ou<br />

fúngicas. As cores apresentadas têm relação<br />

direta com a presença e ausência<br />

de certas enzimas no microrganismo<br />

estudado. As diferentes cores apresentadas<br />

são um ponto importante na<br />

identificação e isolamento de culturas<br />

mistas, sendo de fácil visualização a<br />

olho nu.<br />

Um diferencial importante nos meios<br />

cromogênicos é a adição de agentes<br />

seletivos para a inibição do crescimento<br />

de microrganismos indesejados. Com a<br />

suplementação foi possível o desenvolvimento<br />

de meios seletivos e diferenciais<br />

auxiliando na detecção presuntiva<br />

rápida de vários microrganismos patogênicos,<br />

sendo importante no processo<br />

de controle, prevenção e disseminação<br />

de infecções.<br />

Atualmente os meios de cultura<br />

mais comumente empregados<br />

nos laboratórios de análises clinicas<br />

são:<br />

Agar Cromogênico Urocultura:<br />

Meio não seletivo e diferencial, destinado<br />

ao plantio primário, com possibilidade<br />

de identificação e quantificação<br />

de microrganismos. É possível realizar<br />

a identificação dos microrganismos<br />

como: Escherichia coli; grupo KES (Klebsiella,<br />

Enterobacter e Serratia); Grupo<br />

PPM (Proteus, Providencia e Morganella),<br />

Pseudomonas aeruginosa e<br />

isolamento de outros Bacilos Gram Negativos,<br />

além de Cocos Gram Positivo<br />

(Staphylococcus, Streptococcus etc.) e<br />

leveduras.<br />

Agar Cromogênico VRE: Meio seletivo<br />

e diferencial para isolamento de<br />

Enterococcus spp. Resistente à Vancomicina;<br />

Agar Cromogênico MRSA: Meio<br />

seletivo e diferencial para isolamento<br />

de Staphylococcus aureus resistentes a<br />

Meticilina/Oxacilina;<br />

Agar Cromogênico KPC: Meio seletivo<br />

para isolamento de Enterobactérias<br />

resistentes aos Carbapenens;<br />

Agar Cromogênico ESBL: Meio<br />

seletivo para isolamento de bactérias<br />

produtoras de ß-Lactamases de espectro<br />

ampliado (ESBL).<br />

Agar Cromogênico Candida: Meio<br />

seletivo e diferencial para isolamento e<br />

diferenciação de Candida ssp.<br />

Agar Cromogênico Strepto B:<br />

Meio diferencial para isolamento e diferenciação<br />

de Streptococcus Grupo B<br />

(Streptococcus agalactiae).<br />

Vantagens:<br />

• Resultados rápidos, em apenas 24<br />

horas é possível fazer a interpretação<br />

visual dos resultados;<br />

• Maior seletividade;<br />

• Alta especificidade;<br />

• Fácil detecção de culturas mistas;<br />

• Protocolo simples de fácil execução;<br />

• Possibilidade de quantificação de<br />

Unidades Formadoras de Colônias<br />

(UFC) nas amostras analisadas.<br />

Para mais informações,<br />

Entre em contato conosco!<br />

Whatsapp : +55 32 98419-8588<br />

Tel.: +55 32 3331-4489<br />

Tel.: +55 32 3333-0379<br />

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0 124<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


INFORME DE MERCADO<br />

MICROFLOW LC-MS / MS ESTÁ PREPARADO PARA<br />

TRANSFORMAR O CAMPO DA PROTEÔMICA?<br />

OS PESQUISADORES ESTABELECERAM UM NOVO MÉTODO QUE TEM VANTAGENS MARCANTES<br />

PARA A ANÁLISE QUANTITATIVA DE PROTEÍNAS EM GRANDE ESCALA E ALTO RENDIMENTO,<br />

SEM A NECESSIDADE DE EQUIPAMENTO ESPECIALIZADO.<br />

A espectrometria de massa em<br />

tandem de cromatografia líquida<br />

(LC-MS / MS) é amplamente utilizada<br />

por pesquisadores para separar,<br />

identificar e quantificar substâncias<br />

- como proteínas - em amostras biológicas<br />

complexas. Existem três tipos<br />

principais - nanofluxo, microfluxo e<br />

fluxo padrão - cada um dos quais se<br />

diferencia pela escolha do tamanho<br />

da coluna e da taxa de fluxo.<br />

Nanoflow oferece o máximo em<br />

sensibilidade e geralmente é o<br />

método de escolha para proteômica.<br />

Mas suas desvantagens, que<br />

incluem complexidade e lentidão,<br />

podem limitar a abrangência, a<br />

robustez e o rendimento dessas<br />

análises, especialmente quando os<br />

pesquisadores estão lidando com<br />

amostras altamente complexas com<br />

concentrações de proteínas variadas<br />

- como tecidos ou fluidos corporais<br />

coletados em estudos clínicos.<br />

O microfluxo é frequentemente<br />

considerado um meio-termo -<br />

pois é mais rápido e fácil de realizar<br />

do que o nanofluxo, mas oferece<br />

maior sensibilidade do que<br />

o fluxo padrão. Mas, apesar de<br />

existir desde a década de 1970, a<br />

abordagem não foi amplamente<br />

adotada por laboratórios analíticos.<br />

Mas os avanços recentes em<br />

tecnologias e análises de dados<br />

agora estão abrindo novas oportunidades<br />

para seu renascimento.<br />

Um novo método simples<br />

Em um novo estudo, publicado<br />

na Nature Communications, uma<br />

equipe de pesquisadores começou<br />

a avaliar os méritos de realizar<br />

microfluxo online LC-MS /<br />

MS para análise de proteoma de<br />

descoberta quantitativa.1<br />

Os pesquisadores prepararam<br />

mais de 2.000 amostras para análise<br />

- de linhas de células humanas,<br />

tecidos e fluidos corporais.<br />

Eles então realizaram LC-MS / MS<br />

a uma taxa de fluxo de 50 µl / minuto<br />

usando equipamento padrão<br />

de cromatografia líquida de alto<br />

desempenho (HPLC) e uma coluna<br />

comercial analítica de cromatografia<br />

de fase reversa (150 mm<br />

de diâmetro interno) - acoplada<br />

online a uma linha sensível e rápida<br />

espectrômetro de massa.<br />

Durante esses experimentos, a<br />

equipe usou água ultrapura gerada<br />

a partir de um sistema de purificação<br />

de água de laboratório ELGA<br />

PURELAB® para minimizar o risco<br />

de adição de contaminantes que<br />

podem afetar seus resultados.<br />

Desempenho impressionante<br />

Usando a análise de proteoma<br />

profunda, os pesquisadores identificaram<br />

mais de 9.000 proteínas<br />

0 126<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


INFORME DE MERCADO<br />

e mais de 120.000 peptídeos em<br />

16 horas. Multiplexando as amostras<br />

usando marcadores de massa<br />

em tandem, eles alcançaram<br />

aumentos adicionais na taxa de<br />

transferência para 11 proteomas.<br />

A equipe também demonstrou que<br />

o sistema pode identificar> 30.000<br />

fosfopeptídeos em 12 horas e analisar<br />

experimentos de interação proteína-proteína<br />

ou proteína-droga<br />

em 20 minutos por amostra. Eles<br />

também mostraram que poderiam<br />

usar a mesma coluna para analisar><br />

7.500 amostras sem qualquer<br />

perda aparente de desempenho.<br />

Uma nova era em proteômica?<br />

Esses resultados mostram que a<br />

maioria das limitações do nanofluxo<br />

pode ser superada usando<br />

microfluxo LC-MS / MS com uma<br />

perda muito moderada de sensibilidade<br />

prática. A abordagem<br />

oferece melhorias marcantes na<br />

robustez, rendimento e reprodutibilidade<br />

da quantificação e é<br />

adequada para uma ampla gama<br />

de aplicações proteômicas.<br />

Este sistema pode ser revolucionário<br />

para o campo da proteômica<br />

- devido à facilidade de sua<br />

implementação técnica, a ampla<br />

gama de aplicações viáveis e os<br />

dados de altíssima qualidade que<br />

o tornam adequado para a análise<br />

de amostras clínicas.<br />

Por que escolher o ELGA<br />

LabWater?<br />

Os engenheiros, químicos e<br />

cientistas especializados da<br />

ELGA estão na vanguarda da inovação<br />

tecnológica. Continuamos<br />

a introduzir recursos revolucionários<br />

para o mercado de água<br />

de laboratório.<br />

Sobre a Veolia<br />

O grupo Veolia é a referência<br />

mundial em gestão otimizada<br />

dos recursos. Presente nos cinco<br />

continentes com mais de 171000<br />

colaboradores, o Grupo concebe<br />

e implementa soluções para a<br />

gestão da água, dos resíduos e<br />

da energia, que fomentam o desenvolvimento<br />

sustentável das cidades<br />

e das indústrias. Com suas<br />

três atividades complementares,<br />

Veolia contribui ao desenvolvimento<br />

do acesso aos recursos, à<br />

preservação e renovação dos recursos<br />

disponíveis.<br />

Em 2018, o grupo Veolia trouxe<br />

água potável para 95 milhões de<br />

habitantes e saneamento para 63<br />

milhões, produziu cerca de 56 milhões<br />

de megawatt/hora e valorizou<br />

49 milhões de toneladas de<br />

resíduos. Veolia Environnement<br />

(Paris Euronext : VIE) realizou em<br />

2018 um faturamento consolidado<br />

de 25,91 bilhões de euros.<br />

www.veolia.com<br />

Veolia Water Technologies Brasil - Media Relations<br />

Rafaela Rodrigues<br />

Tel. +55 11 3888-8782<br />

rafaela.rodrigues@veolia.com<br />

0 128<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


Rapidez e Agilidade para Extração de RNA de SARS-CoV-2<br />

com o novo equipamento NE-32 da MGI<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Na MGI Tech Co., Ltd (MGI) temos<br />

sempre a melhor solução para o<br />

workflow de detecção do Novo Coronavirus<br />

(SARS-CoV-2). Seguindo<br />

a tendência da MGI sempre estar<br />

a frente com seus produtos inovadores,<br />

lançamos o MGISP-NE32,<br />

nossa mais recente plataforma<br />

automatizada para extração de<br />

RNA na detecção de SARS-CoV-2.<br />

O MGISP-NE32 utiliza o método de<br />

hastes magnéticas para extração<br />

de ácidos nucléicos, contando com<br />

a flexibilidade para extração 16 ou<br />

32 amostras em um workflow de 9<br />

minutos totais. Essa característica<br />

é alcançada devido seu sistema de<br />

ajuste a diferentes módulos de extração<br />

e otimização de reagentes.<br />

A eficiência da extração também<br />

é outro ponto essencial, onde internamente<br />

o termo-bloco garante<br />

a manutenção adequada de temperatura<br />

durante todos os passos<br />

no workflow de extração. Além<br />

de contar com essas duas características<br />

muito importantes de<br />

flexibilidade e eficiência, o MGIS-<br />

P-NE32 conta com um sistema de<br />

segurança para descontaminação<br />

através de lâmpada UV. Adicionalmente,<br />

placas e ponteiras são<br />

compartimentalizadas de maneira<br />

individualizada, evitando assim<br />

contaminação cruzada e contato<br />

do usuário com a amostra biológica.<br />

Estudos comparativos demonstraram<br />

excelente reprodutibilidade<br />

comparando nossa plataforma<br />

com outros equipamentos automatizados<br />

de extração, sem qualquer<br />

variação quando comparados<br />

os valores de Ct durante a detecção<br />

por PCR em tempo real.<br />

Fernando Colbari Amaral<br />

Regional Sales Manager - Latin America<br />

Email: famaral@mgiamericas.com<br />

Site: en.mgitech.cn<br />

Fone: +55 16 991782868<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021<br />

0 129


INFORME DE MERCADO<br />

VANTAGENS DA TECNOLOGIA DYNAHELIX FLOW<br />

O que é DynaHelix Flow?<br />

(Número da patente (JP): 6208487)<br />

A contagem de células por impedância<br />

foi inicialmente descrita por<br />

Wallace Coulter em 1956. Esse método<br />

depende dos glóbulos vermelhos que<br />

são pobres condutores de eletricidade,<br />

enquanto, o diluente (solução eletrolítica)<br />

é um bom condutor; essa diferença<br />

forma a estrutura desse sistema de<br />

contagem. Dois eletrodos mergulhados<br />

separadamente por uma abertura de<br />

contagem que permite que cada partícula<br />

passe pelo orifício gerando pulsos<br />

de acordo com o volume e quantidade<br />

celular. Esses pulsos são amplificados e<br />

contabilizados em um volume de sangue,<br />

gerando os demais parâmetros a<br />

partir de histogramas e cálculos. Por<br />

esse método são contados eritrócitos e<br />

as plaquetas, mas em diferente diluição<br />

após hemólise das hemácias conta-se a<br />

global dos leucócitos.<br />

Ao realizar a análise de uma amostra<br />

no equipamento por impedância, podem<br />

ocorrer interferências da própria<br />

metodologia, como:<br />

• A célula não passa no centro da abertura<br />

de contagem<br />

• Depois de passar pela abertura de<br />

contagem, algumas células podem retornar<br />

ao orifício (micro abertura) devido<br />

ao fluxo natural do líquido.<br />

• Várias células podem passar pela abertura<br />

de contagem ao mesmo tempo.<br />

Pensando na melhoria da leitura por<br />

impedância, a Nihon Kohden desen-<br />

volveu a tecnologia DynaHelix Flow<br />

que elimina todas as interferências<br />

com as tecnologias exclusivas integradas<br />

"Sheath Flow" e "Swirl Flow" no<br />

equipamento Celltac G (MEK-9100).<br />

Essa tecnologia alinha perfeitamente<br />

as células (WBC, RBC e PLT), com alta<br />

precisão na contagem usando o Sheath<br />

Flow que produz um fluxo hidráulico<br />

estável para direcionar as células para<br />

a abertura de contagem fazendo com<br />

que as células se alinhem em uma fileira<br />

e passem uma a uma.<br />

Além disso, o DynaHelix Flow evita<br />

totalmente o risco de recontagem das<br />

células, melhorando muito a precisão<br />

da contagem através do Swirl Flow que<br />

é realizado por uma peça única na câmara<br />

de medição fazendo com que as<br />

células não retornem à região da abertura<br />

de contagem.<br />

Na prática laboratorial, percebe-se maior<br />

precisão dos resultados de RBC e dos parâmetros<br />

VCM, RDW-CV e RDW-SD.<br />

Quanto a contagem de plaquetas, o<br />

Celltac G (MEK-9100) traz bons resultados<br />

de repetição e reprodução, principalmente<br />

para amostras com valores<br />

baixos. Alta precisão de dados com<br />

confiabilidade são necessários para tomada<br />

de decisão clínica, principalmente<br />

para amostras valores de plaquetas<br />

abaixo do esperado.<br />

Opte pela melhor tecnologia<br />

para o seu laboratório!<br />

Opte por Equipamentos<br />

Hematológicos Celltac da<br />

Nihon Kohden!<br />

NIHON KOHDEN<br />

Rua Diadema, 89 1° andar CJ. 11 a 17 - Bairro Mauá<br />

São Caetano do Sul - SP - CEP 09580-670, Brasil<br />

Contato: +55 11 3044-1700 - FAX: + 55 11 3044-0463<br />

E-mail: fabio.jesus@nkbr.com.br<br />

Siga nossas redes sociais e fique ligado em todas<br />

as novidades para 2021!<br />

0 130<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


DIAGNÓSTICA CREMER LANÇA E-COMMERCE “ONE STOP SHOP”<br />

PARA SIMPLIFICAR ATENDIMENTO A LABORATÓRIOS<br />

INFORME DE MERCADO<br />

A Diagnóstica Cremer, unidade de negócio<br />

focada em laboratórios e centros<br />

diagnósticos do Grupo Mafra, acaba de<br />

lançar seu e-commerce.<br />

A loja virtual está alocada no site<br />

da própria empresa, no endereço<br />

www.diagnosticacremer.com.br, e<br />

disponibiliza para compra rápida e<br />

segura todo o portfólio de materiais<br />

de coleta, EPIs, acessórios, testes e<br />

medicamentos.<br />

A plataforma nasceu em linha com o<br />

propósito do Grupo Mafra de simplificar<br />

o mercado da saúde e fortalece a<br />

missão da Diagnóstica Cremer em oferecer<br />

proposta de valor aos mais de 12<br />

mil laboratórios brasileiros.<br />

“A loja virtual gera velocidade e autonomia<br />

no processo de compra, que dá 100%<br />

de controle ao cliente. O meio digital reduz<br />

o tempo que o cliente leva para fazer os<br />

pedidos, já que não é necessário preencher<br />

uma ficha de solicitação e todo processo<br />

ocorre na própria página, bastando<br />

a identificação eletrônica do laboratório.<br />

O pagamento ainda pode ser parcelado<br />

e pago por cartão ou outros meios, sem<br />

a necessidade de emissão manual de<br />

boletos” – explica Thiago Liska, diretor da<br />

unidade diagnóstica do Grupo Mafra.<br />

A empresa identificou que o comportamento<br />

de demanda de grandes<br />

volumes, porém com um fluxo mais<br />

rápido de consumo de determinados<br />

materiais, acabava gerando ineficiência<br />

de estoque dos clientes – com risco de<br />

perda de alguns materiais ou de falta<br />

deles. Com a compra pelo e-commerce,<br />

o laboratório ou centro diagnóstico<br />

pode recorrer a compras específicas, de<br />

acordo com a sua necessidade.<br />

Além disso, as entregas são realizadas<br />

em todo o território brasileiro pela Health<br />

Log, que também é uma empresa<br />

do Grupo Mafra, e por distribuidoras<br />

parceiras a depender da região.<br />

Telefone: 0800 729 3090<br />

WhatsApp: (47) 99264-1667<br />

www.diagnosticacremer.com.br<br />

@diagnosticacremer<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021<br />

0 131


INFORME DE MERCADO<br />

DIAGNÓSTICO PRECOCE PARA DENGUE<br />

A dengue é uma doença sazonal<br />

e é transmitida pelo mosquito Aedes<br />

aegypti. Está presente em todas<br />

as áreas tropicais e subtropicais do<br />

mundo.<br />

Em meio à pandemia do novo<br />

coronavírus, o número de casos de<br />

dengue segue crescendo no Brasil.<br />

De 2018 para 2019, o país já havia<br />

registrado um aumento de 488%<br />

de ocorrências e, em 2020, foram<br />

notificados mais de 823 mil casos<br />

prováveis em todo o território brasileiro,<br />

com taxa de incidência de 392<br />

casos a cada 100 mil habitantes.<br />

Com a chegada do verão, o aumento<br />

da temperatura e maior<br />

volume de chuva, a proliferação do<br />

mosquito Aedes aegypti é favorecida,<br />

ocasionando o aumento da incidência<br />

de surtos epidemiológicos<br />

da doença. A maneira mais eficiente<br />

para enfrentar a enfermidade é evitar<br />

água parada, impedido a proliferação<br />

de criadouros de mosquitos,<br />

em épocas de maior incidência de<br />

casos, recomenda-se o uso de repelentes<br />

e telas nas janelas.<br />

A identificação precoce dos casos<br />

de dengue é de vital importância<br />

para rápida tomada de decisões e<br />

implementação de medidas efetivas,<br />

visando principalmente o controle<br />

da doença.<br />

A LumiraDx, possui em seu portfólio<br />

testes rápidos para o diagnóstico da<br />

dengue. Os testes rápidos imunocromatográficos<br />

Lumiratek Dengue IgG/<br />

IgM, Lumiratek Dengue NS1 e Lumiratek<br />

Dengue DUO - Anticorpo e Antígeno,<br />

utilizam a combinação de partículas<br />

revestidas com anticorpos IgM/ IgG<br />

e/ou antígeno NS1 para o auxílio no<br />

diagnóstico de dengue em amostras de<br />

sangue total, soro ou plasma humano,<br />

sendo realizado em 10 minutos.<br />

Para maiores informações, entre em<br />

contato através do<br />

e-mail faleconosco@lumiradx.com<br />

ou (11) 5185- 8181.<br />

0 132<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


O KIT SALIVA KOLPLAST, TAMBÉM PODE SER UTILIZADO PARA<br />

A COLETA DE MATERIAL PARA DIAGNÓSTICO DO COVID-19.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Procedimentos menos invasivos, mais<br />

rápidos e práticos, que oferecem maior<br />

acessibilidade, simbolizam cada vez<br />

mais a medicina moderna.<br />

Inserido exatamente dentro desses<br />

critérios, o KIT SALIVA KOLPLAST oferece<br />

ao mercado de análises clínicas<br />

a opção ideal para coleta e processamento<br />

biomolecular de material para<br />

diagnóstico do COVID 19.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021<br />

O emprego da saliva como matriz<br />

para pesquisa de patógenos e testes<br />

diagnósticos, não é exatamente uma<br />

novidade, mas o conforto e praticidade<br />

oferecidos pelo novo produto Kolplast<br />

vão muito além do convencional.<br />

O Kit é composto de um tubo rígido contendo<br />

a quantidade correta de meio preservante<br />

e um pequeno, delicado e prático<br />

funil que permite ao paciente depositar a<br />

saliva com segurança e sem perdas.<br />

Permite a auto coleta dispensando assim<br />

o auxiliar de laboratório qualificado,<br />

com evidentes vantagens econômicas<br />

para a Instituição. Afasta do paciente os<br />

temores de agulhas e swabs. Está feita a<br />

união do útil com o agradável!<br />

Para mais informações!<br />

Central de Relacionamento Grupo Kolplast<br />

vendas@kolplast.com.br<br />

11 4961 0900<br />

0 133


INFORME DE MERCADO<br />

RESULTADOS ATUALIZADOS DE NOVA AVALIAÇÃO DA<br />

TRANSMISSÃO DA MALÁRIA NA AMAZÔNIA BRASILEIRA<br />

Prevalência de malária urbana atinge 8,5% no principal foco de transmissão da Amazônia brasileira<br />

Histórico: As taxas de transmissão da malária<br />

no Brasil são hoje maiores no Vale do alto rio<br />

Juruá, próximo à fronteira com o Peru (Fig. 1). Com<br />


INFORME DE MERCADO<br />

HORIBA Medical Brasil inova e disponibiliza ferramenta para<br />

avaliação da identificação de células sanguíneas – QSP<br />

• Não há necessidade de material adicional<br />

(baseado em PC).<br />

• Usuários ilimitados<br />

• Cada gerente de laboratório estabelece<br />

o protocolo de controle e escolhe as<br />

lâminas a serem analisadas pela equipe<br />

responsável pelo exame das lâminas.<br />

• Semanalmente, um caso pode ser<br />

examinado.<br />

• O programa QSP emite relatórios personalizados<br />

para garantir uma rastreabilidade<br />

perfeita.<br />

O software QSP é uma ferramenta para<br />

imagens de alta definição, didática e<br />

muito intuitiva. Ele oferece ao pessoal<br />

do laboratório o exame das lâminas<br />

sanguíneas, que são digitalizadas e<br />

avaliadas previamente. Permite ao laboratório<br />

avaliar a capacidade dos potenciais<br />

examinadores<br />

O QSP é mais do que um atlas citológico…<br />

Usa casos clínicos reais fornecidos<br />

por médicos aprovados.<br />

Com casos normais e patológicos.<br />

Vantagens<br />

Treinamento contínuo dos analistas de<br />

laboratório<br />

• 6 slides digitais por mês.<br />

• O laboratório pode definir sua própria<br />

classificação de células.<br />

• Avaliação de WBC, RBC e PLT classificação<br />

e / ou morfologias.<br />

• Identificação incorreta de células.<br />

• Relatórios com desempenho individual<br />

pontuação.<br />

• Fácil de usar<br />

É elaborado um relatório individual da<br />

classificação que mostra<br />

• Um índice da sensibilidade média das<br />

células corretamente classificadas em<br />

relação à referência.<br />

• Uma classificação imediata de TP, TN,<br />

FP, FN e os cálculos associados da relação<br />

sensibilidade e precisão<br />

• Imagens de células que não combinam<br />

com a classificação de referência.<br />

• As observações do leitor e do gerente.<br />

• As ações corretivas associadas.<br />

Benefícios<br />

• Padronização da leitura manual das<br />

lâminas ao microscópio.<br />

• Aumentando a confiabilidade dos resultados<br />

finais.<br />

• Ajudar novos técnicos a melhorar seu<br />

nível e se tornarem confiantes.<br />

• Ajudando Técnicos experientes a<br />

manter seu nível.<br />

HORIBA Medical Brasil<br />

(11) 2923-5400<br />

marketing.br@horiba.com<br />

0 136<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


HORIBA<br />

Medical<br />

Entender o poder que uma linha<br />

tem de transformar o mundo.<br />

E transformar tecnologia e<br />

inovação em resultados reais .<br />

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Novos Yumizens de<br />

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completas<br />

que dão<br />

significado<br />

à vida<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


INFORME DE MERCADO<br />

COMO INTERPRETAR A CONTAGEM DE RETICULÓCITOS<br />

EM CÃES E GATOS<br />

Por: Rossana Priscilla de Souza Figueira, Mariana Oliveira Silva, Fabiola de Oliveira Paes Leme - Laboratório de Patologia Clínica HV-EV-UFMG<br />

Os reticulócitos são células eritróides imaturas<br />

que contêm retículos com cadeias de<br />

RNA, mitocôndrias, ribossomos, centríolos<br />

e restos do complexo de Golgi e, apesar<br />

da diminuição da quantidade de organelas<br />

citoplasmáticas, os reticulócitos podem ser<br />

mais metabolicamente ativos do que os<br />

eritrócitos maduros e, sintetizar até 20% da<br />

concentração final de hemoglobina (COW-<br />

GILL et al., 2003). A presença das organelas<br />

citoplasmáticas, especialmente os resquícios<br />

de RNA podem ser identificados através<br />

de colorações especiais da classe dos supravitais,<br />

como o novo azul de metileno (NAM)<br />

ou o azul cresil brilhante (ACB) (STOCKHAM<br />

e SCOTT, 2008).<br />

Na Medicina Veterinária observamos dois<br />

tipos de reticulócitos: o agregado e o pontilhado<br />

(FELDMAN & SINK, 2006). O reticulócito<br />

agregado é uma célula eritróide<br />

mais imatura, maior e com coleções grosseiramente<br />

agrupadas de retículo (COWGILL<br />

et al., 2003). Na maior parte das espécies<br />

domésticas este é o único tipo de reticulócito<br />

encontrado. Os gatos, no entanto,<br />

apresentam mais de um tipo de reticulócito<br />

(THRALL, et al, 2012), além do agregado,<br />

semelhante a outras espécies, possui também<br />

o pontilhado (figura 1). O reticulócito<br />

pontilhado é menor, mais maduro e quando<br />

corado apresenta dois a seis pequenos<br />

grânulos de retículos esparsos (VALLE et<br />

al., 2019; COWGILL et al., 2003). É a fase<br />

seguinte da maturação do reticulócito agregado<br />

(STOCKHAM e SCOTT, 2008).<br />

Figura 1: Reticulócitos pontilhados e agregado<br />

em amostras de um gato doméstico<br />

com volume globular de 21%. Azul cresil<br />

brilhante, objetiva óptica de imersão (100x).<br />

A contagem de reticulócitos é considerada<br />

o padrão ouro na avaliação da resposta medular<br />

do animal à anemia (BARGER, 2003),<br />

utilizada para classificar as anemias em regenerativa<br />

(reticulocitose) e não regenerativa<br />

(reticulocitopenia ou contagens basais<br />

em anemias intensas). Além de auxiliar na<br />

classificação da anemia, a contagem de reticulócitos<br />

também é utilizada para avaliar a<br />

integridade da medula óssea e para monitorar<br />

o efeito da terapia instituída (COWGILL<br />

et al., 2003). A reticulocitose – aumento do<br />

número de reticulócitos circulantes – ocorre<br />

em animais anêmicos, com medula óssea<br />

funcional e responsiva, como nos casos de<br />

perda de sangue, hemólise ou em pacientes<br />

que estejam respondendo a terapia. Entretanto,<br />

animais anêmicos, com distúrbios<br />

medulares, apresentam eritropoiese deprimida<br />

ou diminuição da concentração ou atividade<br />

de eritropoietina (EPO) e, dessa forma,<br />

observa-se contagem de reticulócitos<br />

normal ou diminuída (PEREIRA et al., 2008).<br />

Para executar a técnica corretamente o sangue<br />

não pode estar hemolisado, deve-se<br />

coletar a amostra em EDTA e a contagem<br />

ser feita em até 6h (COWGILL et al., 2003).<br />

Volumes iguais de sangue devem ser adicionados<br />

ao NAM, misturados e mantidos<br />

a temperatura ambiente por, pelo menos<br />

15 minutos (STOCKHAM e SCOTT, 2008), ou<br />

submetidos a 37º por 20 minutos (DACIE et<br />

al., 2011).<br />

Registra-se número de reticulócitos observados<br />

a cada 1.000 eritrócitos maduros. Para<br />

0 138 <strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


gatos, alguns laboratórios contam apenas<br />

reticulócitos agregados, enquanto outros<br />

contam agregados e pontilhados e registram<br />

ambos (STOCKHAM e SCOTT, 2008).<br />

O número de reticulócitos observados a<br />

cada 1.000 eritrócitos resulta na contagem<br />

percentual (RP). Alguns autores acreditam<br />

que a porcentagem de reticulócitos corrigida<br />

(PRC) seja mais adequada para a interpretação<br />

da resposta medular (STOCKHAM<br />

e SCOTT, 2008). A PRC é obtida através da<br />

multiplicação da PR pela razão entre o volume<br />

globular (VG) do paciente e do VG<br />

médio da espécie (45% para cães e 37%<br />

para gatos) (D’AVILA, 2011). O intervalo de<br />

referência, indicativo de regeneração, para a<br />

PR e para a PRC deve ser o mesmo: superior<br />

à 1% para cães e 0,4% para gatos.<br />

A concentração de reticulócitos (CR), também<br />

chamada de contagem absoluta de<br />

reticulócitos é expressa pelo número de<br />

reticulócitos por µL de sangue, obtido pela<br />

porcentagem de reticulócitos multiplicada<br />

pelo número de eritrócitos do paciente e, é<br />

considerada por muitos autores, como parâmetro<br />

preferido para a interpretação (COW-<br />

GILL et al., 2003). Valores acima de 60.000<br />

reticulócitos agregados/μL de sangue em<br />

cães e acima de 15.000 reticulócitos agregados/μL<br />

de sangue em gatos e 200.000<br />

reticulócitos pontilhados/μL de sangue em<br />

gatos indicam uma reticulocitose.<br />

Por fim, o índice de produção de reticulócitos<br />

(IPR) possui um cálculo que envolve<br />

a estimativa do tempo de efeito da eritropoietina<br />

sobre a medula óssea, até a liberação<br />

de reticulócitos, bem como o tempo<br />

de maturação dos reticulócitos, que está<br />

correlacionada com a gravidade da anemia<br />

(D’AVILA, 2011).<br />

Referências<br />

BARGER, A. M., The Complete Blood Cell Count: A Powerful<br />

Diagnostic Tool. Vet Clin Small Anim, v. 33, p. 1207<br />

- 1222, 2003.<br />

COWGILL, E. S.; NEEL, J. A.; GRINDEM C. B., Clinical Application<br />

of Reticulocyte Counts in Dogs and Cats. Vet Clin Small<br />

Anim, v. 33, p. 1223 - 1244, 2003.<br />

D´AVILA, A. E. R. Parâmetros hematológicos e classificações<br />

de anemia em uma população de cães atendidos no LACVET<br />

- UFRGS. 2011. Monografia (Residência Médica em Patologia<br />

Clínica Veterinária) - Faculdade de Veterinária, Universidade<br />

Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2011.<br />

DACIE, J. V. et al. Pratical Hematology. 11. ed. [S. l.]: Elsevier,<br />

2011. 650 p. ISBN 9780702034084.<br />

FELDMAN, B.F. & SINK, C.A. Eritrócitos. In: Urinálise e Hematologia.<br />

São Paulo: Roca, 2006. p.75 – 96.<br />

PEREIRA, P.M.; SEKI, M.C.; PALMA, P.V.B., Contagem de Reticulócitos<br />

de Cães Saudáveis ou Anêmicos pela Citometria de<br />

Fluxo, Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v. 59, n. 1, p. 66-70, 2008.<br />

STOCKHAM, S. L.; SCOTT, M. A. Fundamentals of veterinary<br />

clinical pathology. 2. ed. Ames, Iowa: Blackwell Publishing,<br />

908p, 2008.<br />

THRALL, M A.; BAKER D.C.; CAMPBELL T.W.; et al. Veterinary<br />

Hematology and Clinical Chemistry. 2 ed, Wiley-Blackwell,<br />

762p, 2012.<br />

VALLE, S.F. et al. Correlações entre as contagens de reticulócitos<br />

manual e automática em amostras de felinos<br />

anêmicos. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., [s. l.], v. 71, n. 2,<br />

p. 577-583, 2019.<br />

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0 139


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Além de serem obrigatórios pela<br />

RDC 302:2005 da ANVISA, o Controle<br />

Externo e o Controle Interno da<br />

Qualidade são fundamentais para a<br />

verificação da exatidão e da precisão<br />

dos exames laboratoriais, realizados<br />

no setor de Biologia Molecular.<br />

O PNCQ oferece os seguintes Programas<br />

Avançados PRO-EX, qualitativos<br />

e/ou quantitativos: Chlamydia<br />

trachomatis, Chikungunya,<br />

COVID-19 (SARS-CoV2), HBV, HCV<br />

(temos também genotipagem), HIV,<br />

HPV, Mycobacterium tuberculosis<br />

(GeneXpert System) e Zika vírus.<br />

E temos as seguintes amostras-<br />

-controle no PRO-IN nos níveis<br />

Detectado e Não Detectado: Clamídia,<br />

COVID-19 (SARS-CoV2),<br />

HIV, HCV, HSV, HPV, HBV, MTB, e<br />

ZIKA, além de amostras-controle<br />

para Nucleic Acid Test (NAT) para<br />

HBV, HCV e HIV.<br />

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0 140<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


INFORME DE MERCADO<br />

PAPEL DO EXAME FREELITE®<br />

NO DIAGNÓSTICO DA ESCLEROSE MÚLTIPLA<br />

O produto Freelite® já muito conhecido,<br />

utilizado e com importância<br />

clínica já demonstrada em mais<br />

de 3.000 publicações científicas, é<br />

o único kit comercial recomendado<br />

pelas Diretrizes Internacionais<br />

e Brasileiras para a dosagem de<br />

Cadeias Leves Livres (CLLs) Kappa<br />

(κ) e Lambda (λ) em soro. Mais especificamente,<br />

os anticorpos policlonais<br />

do teste, reagem apenas<br />

com as formas livres das cadeias<br />

leves proporcionando uma medição<br />

quantitativa de κ e λ livres no soro,<br />

cujo resultado pode ser utilizado<br />

para diagnóstico, monitoramento e<br />

prognóstico de pacientes com Mieloma<br />

Múltiplo e outras Gamopatias<br />

Monoclonais.<br />

Recentemente, a detecção e quantificação<br />

de cadeias leves livres<br />

no líquor tem sido extensivamente<br />

estudada e a importância clínica do<br />

0 142<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


exame tem sido demonstrada também<br />

no diagnóstico de doenças do<br />

Sistema Nervoso Central, como<br />

na Esclerose Múltipla (EM).<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Com isso, a Binding Site desenvolveu<br />

o exame Freelite® Mx<br />

específico para amostras de<br />

líquor, que pode auxiliar para o<br />

entendimento de algumas questões<br />

inerentes relacionadas a outros métodos<br />

já utilizados e contribuir para<br />

o diagnóstico preciso.<br />

Sempre pensando em manter<br />

a educação científica alinhada à<br />

tecnologia disponível, a Binding<br />

Site em parceria com alguns neurologistas,<br />

disponibiliza um dos<br />

artigos escritos pelos mesmos,<br />

após revisão da literatura, que<br />

fala sobre a utilização do Freelite®<br />

Mx em pacientes com Esclerose<br />

Múltipla e qual o benefício<br />

da realização do exame.<br />

https://esclerosemultipla.com.<br />

br/2020/07/05/um-novo-teste-<br />

-promissor-no-diagnostico-da-esclerose-multipla<br />

Atualmente o Freelite® Mx está<br />

sendo utilizado na rotina do<br />

Laboratório Neurolife no Rio<br />

de Janeiro e em validação em diversos<br />

outros hospitais/laboratórios<br />

para melhor atender às necessidades<br />

dos clínicos e pacientes.<br />

Para informações mais específicas<br />

sobre o Freelite® Mx ou sobre os<br />

outros exames que a Binding Site<br />

oferece contate a equipe pelo info@<br />

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<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021<br />

0 143


INFORME DE MERCADO<br />

REAÇÃO CRUZADA ENTRE DENGUE E COVID PODE ESTAR<br />

GERANDO SUBNOTIFICAÇÕES<br />

O período de chuvas que acontece<br />

geralmente de novembro a março no<br />

Brasil sempre traz a preocupação com<br />

o aumento de casos de Dengue, Zika e<br />

Chikungunya.<br />

Neste momento com a pandemia<br />

da COVID-19, as Unidades de Saúde<br />

fechadas ou com atendimento<br />

restrito podem gerar subnotificação<br />

de casos, segundo o próprio<br />

boletim epidemiológico do Ministério<br />

da Saúde.<br />

Estudos mostram que os vírus<br />

da Dengue e do novo coronavírus<br />

possuem similaridade antigênica.<br />

Testes sorológicos apresentaram<br />

resultado falso positivo para Dengue<br />

em pacientes que na verdade<br />

estavam com o SARS-CoV-2 e falso<br />

positivo para a COVID-19 em pacientes<br />

com Dengue.<br />

Para a confirmação desses resultados<br />

os pesquisadores utilizaram a técnica<br />

da RT-PCR tanto para a COVID-19<br />

quanto para as arboviroses Dengue,<br />

Zika e Chikungunya.<br />

Diagnóstico molecular para arboviroses<br />

A Mobius Life Science, empresa brasileira<br />

de tecnologia em diagnóstico<br />

molecular, tem em seu portfólio teste<br />

de qPCR que identifica os vírus causadores<br />

da Dengue, Zika e Chikungunya<br />

com uma única amostra.<br />

O teste molecular apresenta rapidez<br />

e alta sensibilidade para identificação<br />

destes vírus que apresentam sintomas<br />

semelhantes à COVID-19. Apenas o método<br />

molecular permite o diagnóstico<br />

preciso, a notificação correta dos casos<br />

e o tratamento adequado aos pacientes.<br />

Com os laboratórios públicos sobrecarregados<br />

para atender a demanda de testes<br />

moleculares para Covid, há possibilidade<br />

de laboratórios particulares de menor<br />

porte atenderem a esta demanda.<br />

https://www.unasus.gov.br/especial/<br />

covid19/markdown/229<br />

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0 144<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021


PATOCORDEL<br />

PATHOCORDEL: CADÊ A ENZIMA?<br />

O caso do menino Márcio<br />

É mesmo tesaurismose<br />

E desta só pode ser<br />

Uma rara glicogenose<br />

A criança já nasceu<br />

Pra neste mundo sofrer<br />

O defeito é enzimático<br />

Nada se pode fazer<br />

O citoplasma em agáé<br />

É límpido e negativo<br />

Mas corado em pê-a-esse<br />

É lilás e positivo<br />

Pra outras doenças há<br />

Remédios com fartura<br />

Mas pra falta de fosfatase<br />

Não existe mesmo cura<br />

Só pode ser glicogênio<br />

Em quantidade anormal<br />

O que vem nos explicar<br />

Este fígado colossal<br />

Só Deus que tudo pode<br />

Sanaria este mal<br />

Levando às células carentes<br />

Num sopro a enzima vital<br />

José de Souza Andrade-Filho*<br />

* Patologista no Hospital Felício Rocho-BH; membro da<br />

Academia Mineira de Medicina e Professor de Patologia da<br />

Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais.<br />

* (A propósito de um caso de querubismo que foi confundido e<br />

tratado como tumor de células gigantes em criança de 6 anos.)<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2021<br />

0 145


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