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esporte<br />
para elas é enorme porque é onde sinto que posso<br />
fazer a diferença.”<br />
Segundo a instrutora, muitas mulheres procuram<br />
a modalidade porque já passaram por algum<br />
tipo de assédio na rua. “Tenho alunas que entraram<br />
aqui com medo, acanhadas, como se o tamanho<br />
delas fosse impossibilitar de fazer muitas coisas. Mas<br />
não precisa ser um atleta ou uma lutadora para se<br />
defender e me apaixonei pelo Krav Magá porque são<br />
técnicas simples de aprender.”<br />
O maior objetivo é ensinar o aluno a sobreviver<br />
diante de qualquer situação de perigo. Sendo assim,<br />
a modalidade foi criada em cima de movimentos<br />
naturais do corpo humano. “Não precisa competir<br />
com a força do agressor, só precisa atingir os pontos<br />
vulneráveis, e a maioria dos movimentos que são<br />
feitos, são um reflexo natural do nosso corpo, só que<br />
um pouco adaptado”, esclarece.<br />
De acordo com Fernanda, durante as aulas são<br />
realizadas simulações de ataques que começam com<br />
respostas de movimentos simples e, gradativamente,<br />
vão se tornando mais complexos. Leva-se 4 anos<br />
para concluir a graduação, que inicia na faixa branca<br />
e vai até a preta. Entretanto, ela explica que não<br />
basta ensinar apenas a parte técnica, mas, também,<br />
preparar a parte mental do aluno.<br />
“Não é entrar em um estado mental de paranóia,<br />
é estar preparado para não ser pego de surpresa. Por<br />
exemplo, uma resposta para uma ameaça de arma<br />
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fevereiro 2021<br />
revistavoi.com.br