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Revista VOi 182

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esporte<br />

para elas é enorme porque é onde sinto que posso<br />

fazer a diferença.”<br />

Segundo a instrutora, muitas mulheres procuram<br />

a modalidade porque já passaram por algum<br />

tipo de assédio na rua. “Tenho alunas que entraram<br />

aqui com medo, acanhadas, como se o tamanho<br />

delas fosse impossibilitar de fazer muitas coisas. Mas<br />

não precisa ser um atleta ou uma lutadora para se<br />

defender e me apaixonei pelo Krav Magá porque são<br />

técnicas simples de aprender.”<br />

O maior objetivo é ensinar o aluno a sobreviver<br />

diante de qualquer situação de perigo. Sendo assim,<br />

a modalidade foi criada em cima de movimentos<br />

naturais do corpo humano. “Não precisa competir<br />

com a força do agressor, só precisa atingir os pontos<br />

vulneráveis, e a maioria dos movimentos que são<br />

feitos, são um reflexo natural do nosso corpo, só que<br />

um pouco adaptado”, esclarece.<br />

De acordo com Fernanda, durante as aulas são<br />

realizadas simulações de ataques que começam com<br />

respostas de movimentos simples e, gradativamente,<br />

vão se tornando mais complexos. Leva-se 4 anos<br />

para concluir a graduação, que inicia na faixa branca<br />

e vai até a preta. Entretanto, ela explica que não<br />

basta ensinar apenas a parte técnica, mas, também,<br />

preparar a parte mental do aluno.<br />

“Não é entrar em um estado mental de paranóia,<br />

é estar preparado para não ser pego de surpresa. Por<br />

exemplo, uma resposta para uma ameaça de arma<br />

60<br />

fevereiro 2021<br />

revistavoi.com.br

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