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Revista Dr Plinio 278

Maio de 2021

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Arquivo <strong>Revista</strong><br />

da, uma princesa condigna do cargo<br />

que ocupa. Mas, visitando sua cidade<br />

natal, na França, para onde ela vai todos<br />

os anos passar férias com o marido,<br />

estava vestida com uma roupeta<br />

qualquer e tomando o aspecto de<br />

uma professora de piano, como se<br />

apresentava em meu tempo de menino,<br />

que ia de casa em casa lecionar<br />

para meninas, a maioria das quais não<br />

tinham talento para tocar esse instrumento;<br />

iam datilografar o piano. Pois<br />

bem, essa era a atitude da Rainha, na<br />

qual ela estava contente. Quer dizer,<br />

é o sublime que se evanesce.<br />

Por outro lado, a sociedade civil,<br />

se degenerando muito, cria uma situação<br />

na qual torna-se difícil, senão<br />

dificílimo, a sociedade espiritual<br />

manter-se incontaminada da “peste”<br />

proveniente da ordem temporal.<br />

Assim, ou a sociedade civil vive no<br />

enlevo do sublime em todas as matérias,<br />

ou ela mesma apodrece. Ora,<br />

esse enlevo encontra sua expressão<br />

mais alta na Cavalaria.<br />

Eis a razão pela qual a vida do homem<br />

na sociedade temporal passa a<br />

<strong>Dr</strong>. <strong>Plinio</strong> em setembro de 1989<br />

Rainha Margrethe II da Dinamarca em 1990<br />

ser de um apostolado constante, com<br />

a necessidade de lutar, não mais apenas<br />

para se santificar, mas a fim de fazer<br />

esse apostolado da sublimidade.<br />

Trata-se de uma militância católica<br />

habitual, normal, estável, contínua,<br />

por causa do conceito de guerra psicológica<br />

que acrescenta à Cavalaria algo<br />

que é a forma de mentalidade pela<br />

qual se trava essa guerra<br />

a favor do sublime.<br />

Idade Média:<br />

ponto de referência<br />

para o Reino<br />

de Maria<br />

O verdadeiro católico<br />

deve ser, antes e por<br />

cima do guerreiro que<br />

luta na batalha convencional,<br />

o homem que<br />

combate na guerra psicológica<br />

contrarrevolucionária,<br />

continuamente,<br />

sem fadiga, porque<br />

tem noção de que,<br />

depois de instaurado o<br />

processo da Revolução,<br />

nunca mais o demônio<br />

deixará de promover a<br />

guerra psicológica revolucionária.<br />

Portanto, os católicos jamais<br />

poderão deixar de fazer a guerra<br />

psicológica contrarrevolucionária.<br />

Temos nisso o ideal para o qual tende<br />

verdadeiramente a nossa vida espiritual.<br />

A teoria de Dom Chautard, segundo<br />

a qual a fecundidade da vida interior<br />

é condição para a fecundidade<br />

do apostolado, continua inteiramente<br />

verdadeira, mas toma uma riqueza de<br />

conteúdo ou de clave especial.<br />

Isso leva as coisas a termos tão<br />

mais altos do que houve na Idade<br />

Média, nem sei o que dizer... É o<br />

Reino de Maria para o qual a Idade<br />

Média nos serve de ponto de referência.<br />

Aliás, tudo quanto digo da Santa<br />

Igreja é uma explosão de amor à<br />

sublimidade dela. Nunca me refiro<br />

à Igreja a não ser em termos de sumo<br />

enlevo por sua sublimidade, por<br />

mais que as circunstâncias atuais<br />

possam ser dolorosas... Isso é conatural<br />

a mim, de maneira que, se eu<br />

perdesse esse amor, morreria. v<br />

(Extraído de conferência de<br />

9/9/1989)<br />

1) Edmund Burke (*1729 - †1797), filósofo,<br />

teórico político e orador irlandês.<br />

Maersk Line (CC3.0)<br />

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