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40 MARÇO 2021<br />

SAÚDE<br />

Pesquisa e Extensão em Saúde), da Universidade Federal<br />

de Santa Catarina (UFSC), comprovou a relação entre<br />

o uso de anticoncepcionais e alterações auditivas. Foi<br />

observado que “os contraceptivos hormonais tendem<br />

a influenciar alterações do sistema auditivo e do sistema<br />

vestibular; ocasionando sintomas como zumbido e<br />

vertigem, porém, tais alterações dependem da dosagem<br />

administrada. Tais achados evidenciam que os contraceptivos<br />

estão diretamente relacionados à perda auditiva<br />

neurossensorial em mulheres”.<br />

NEOMICINA<br />

Medicamentos diuréticos, como furosemida e bumetanida,<br />

usados no tratamento de pressão alta e insuficiência<br />

cardíaca, também podem causar perda auditiva, principalmente<br />

se a pessoa tomar mais de um, durante o período<br />

de uma hora, segundo aponta relatório da Asha (American<br />

Speech-Language-Hearing Association). A neomicina é<br />

outra droga que também traz riscos à audição.<br />

Todos esses remédios podem causar lesões graves -<br />

algumas vezes irreversíveis - nas partes do ouvido humano<br />

responsáveis pela audição e pelo equilíbrio. Os efeitos<br />

da ototoxidade dos remédios são amplos e atingem<br />

indivíduos de todas as idades. As substâncias conhecidas<br />

como ototóxicas podem provocar perda neurossensorial,<br />

temporária ou definitiva, de grau variado (de leve<br />

aprofunda), de acordo com o remédio, a dose ingerida e o<br />

tempo de tratamento.<br />

TRAUMA ACÚSTICO<br />

Muitas pessoas tomam remédios por conta própria,<br />

influenciadas pela indicação de vizinhos e amigos, mas<br />

esses medicamentos devem ser consumidos apenas<br />

sob prescrição médica.<br />

“Aconselho a quem suspeita de alguma dificuldade<br />

para ouvir que procure um médico otorrinolaringologista<br />

o mais rápido possível, para que o problema não<br />

se agrave. A perda de audição pode ter muitas causas:<br />

trauma acústico, infecções, idade avançada, mas pode<br />

ser consequência também do uso prolongado de um<br />

medicamento ototóxico”, adverte a fonoaudióloga Marcella<br />

Vidal..<br />

Claro que, devidamente recomendados, esses remédios<br />

são essenciais no tratamento das doenças para os<br />

quais foram criados. Por isso, se o indivíduo sabe que<br />

está começando a tomar medicamento ototóxico, deve<br />

ser acompanhado por um profissional da área auditiva<br />

antes e durante o tratamento. O ideal é que, antes mesmo<br />

de tomar, sejam feitos exames para verificar se já<br />

existe lesão auditiva que possa se agravar com o uso<br />

da substância.<br />

AMINOGLICOSÍDEOS<br />

Quimioterápicos usados contra o câncer; antibióticos<br />

da família dos aminoglicosídeos (prevenção e tratamento<br />

de infecções pós-operatórias e contra tuberculose);<br />

além de antineoplásicos e antimaláricos também<br />

fazem parte da lista de remédios ototóxicos. É um dilema<br />

enfrentado pelos médicos. Até os bebês prematuros<br />

correm riscos, já que precisam tomar antibióticos<br />

para combater determinadas infecções respiratórias.<br />

A perda auditiva causada por medicamento ocorre<br />

quando a medicação prejudica as células sensoriais da<br />

cóclea, no ouvido interno. Alguns têm perda de audição<br />

temporária. Uma vez que a medicação é suspensa, a audição<br />

pode retornar. Outros remédios, no entanto, podem<br />

causar danos mais sérios, resultando em perda auditiva<br />

permanente. Portanto, é preciso cuidado e atenção!<br />

A pesquisa também mostrou que entre as pessoas que usam regularmente aspirina, o risco de perda auditiva foi 33%<br />

maior em homens abaixo dos 59 anos

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