Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
NOTAS<br />
TAXA EXTERNA<br />
Depois de reduzir em 10% as tarifas de importação de máquinas,<br />
computadores e celulares, o Ministério da Economia quer<br />
estender o benefício aos demais produtos tarifados em conjunto<br />
com os países do Mercosul. Em nota oficial, o Ministério<br />
da Economia informou que a TEC (Tarifa Externa Comum) está<br />
desatualizada e é alta para os padrões atuais. “Trabalhamos<br />
pela redução transversal das nossas tarifas de importação, que<br />
passam pela modernização da TEC do Mercosul, que data de<br />
1995 e não mais reflete a realidade produtiva atual. Estamos<br />
em negociação com nossos parceiros do Mercosul para uma<br />
redução de 10% em todas as alíquotas. A base dessa negociação<br />
são os princípios da transversalidade, previsibilidade e<br />
gradualismo”, informou a pasta. A nota veio após reação de<br />
parte da indústria brasileira, que considerou que a medida<br />
anunciada prejudica diversos fabricantes nacionais de bens de<br />
capital (máquinas e equipamentos usados na produção) e de<br />
bens de informática e de telecomunicações. Segundo o Ministério<br />
da Economia, o país pode iniciar medidas de abertura<br />
comercial, porque o custo Brasil (custo para manter empresas)<br />
diminuiu com uma série de reformas recentes.<br />
Foto: divulgação<br />
ELEVAÇÃO<br />
DE JUROS<br />
Em meio ao aumento da inflação de alimentos que<br />
começa a se estender por outros setores, o BC (Banco<br />
Central) subiu os juros básicos da economia pela<br />
primeira vez em quase 6 anos. Por unanimidade, o<br />
COPOM (Comitê de Política Monetária) elevou a taxa<br />
Selic de 2% para 2,75% ao ano. A decisão surpreendeu<br />
os analistas financeiros, que esperavam uma elevação<br />
para 2,5% ao ano. Com a decisão, a SELIC subiu pela<br />
primeira vez desde julho de 2015, quando tinha sido<br />
elevada de 13,75% para 14,25% ao ano. A taxa permaneceu<br />
nesse nível até outubro de 2016, quando o<br />
COPOM voltou a reduzir os juros básicos da economia<br />
até que a taxa chegasse a 6,5% ao ano em março de<br />
2018. Em julho de 2019, a SELIC voltou a ser reduzida<br />
até alcançar 2% ao ano em agosto de 2020, influenciada<br />
pela contração econômica gerada pela pandemia<br />
de Covid-19. Esse foi o menor nível da série histórica<br />
iniciada em 1986.<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
RUMO AO TOPO<br />
O Estado do Paraná é a segunda unidade da federação que<br />
mais exporta madeira serrada e compensada, atrás somente<br />
de Santa Catarina. É o que indicam dados do MAPA (Ministério<br />
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) coletados<br />
entre janeiro e novembro de 2020 e divulgados nos primeiros<br />
meses de <strong>2021</strong>. Segundo o estudo, o Paraná tem mais de um<br />
milhão de hectares de área plantada de pinus e eucalipto,<br />
sendo que os EUA (Estados Unidos da América) são o principal<br />
cliente da madeira paranaense. De janeiro a novembro<br />
do ano passado, a exportação para o país somou US$ 570<br />
milhões. A qualidade, a quantidade e o preço da madeira plantada no estado são um dos principais diferenciais, já que 100%<br />
do produto é aproveitado. Mesmo assim, empresários do ramo acreditam que a produção poderia ser ainda maior. “A expansão<br />
para áreas de plantio a gente vê como uma dificuldade dentro do estado, hoje, pela concorrência com a agricultura, mas<br />
estamos melhorando muito na parte industrial. Acho que uma coisa vem compensando com a outra. Estamos usando melhor<br />
o produto, tendo um aproveitamento melhor da madeira”, afirmou o empresário Álvaro Scheffer Júnior ao programa: Caminhos<br />
do Campo; da afiliada local da Rede Globo.<br />
16 referenciaindustrial.com.br ABRIL <strong>2021</strong>