Gestão Hospitalar N.º 25 2021
Editorial #olhar a história, construir o futuro História dos hospitais em Portugal: começar pelo princípio Task Force: gestão de um processo atípico e complexo A qualidade dos serviços de saúde em tempos de pandemia Internamentos sociais, reflexos modernos de um problema antigo Contributo nacional para uma nova saúde global APAH e 38 associações de doentes e cuidadores assinam protocolo de cooperação Os 40 anos da história da APAH Constituição da Nova Saúde Pública (NSP): Associação para a Investigação e Desenvolvimento da Escola Nacional da Saúde Pública Homenagem a Vasco Reis Lançamento do livro Handbook de Integração de Cuidados Um impulso à carreira de administrador hospitalar Barómetro da I&D em Saúde Melhorar a experiência dos profissionais de saúde com os sistemas de informação A implementação do RGPD na saúde: em tudo igual, em tudo diferente? O melhor escudo anticrise é uma imagem positiva Estimativa de custos diretos de internamento por Covid-19 no CHULC Servir o interesse da população e as das comunidades Covid-19: desafios e oportunidades O papel das intervenções sociais na saúde: Palhaços D'opital Iniciativa APAH | Prémio Healthcare Excellence Autoreport & Trace Covid-19 Iniciativa APAH | 9a Conferência de Valor Futuro da saúde em debate Iniciativa APAH | Bolsa Capital Humano Incentivar o desenvolvimento do capital humano na saúde
Editorial #olhar a história, construir o futuro
História dos hospitais em Portugal: começar pelo princípio
Task Force: gestão de um processo atípico e complexo
A qualidade dos serviços de saúde em tempos de pandemia
Internamentos sociais, reflexos modernos de um problema antigo
Contributo nacional para uma nova saúde global
APAH e 38 associações de doentes e cuidadores assinam protocolo de cooperação
Os 40 anos da história da APAH
Constituição da Nova Saúde Pública (NSP): Associação para a Investigação e Desenvolvimento da Escola Nacional da Saúde Pública
Homenagem a Vasco Reis
Lançamento do livro Handbook de Integração de Cuidados
Um impulso à carreira de administrador hospitalar
Barómetro da I&D em Saúde
Melhorar a experiência dos profissionais de saúde com os sistemas de informação
A implementação do RGPD na saúde: em tudo igual, em tudo diferente?
O melhor escudo anticrise é uma imagem positiva
Estimativa de custos diretos de internamento por Covid-19 no CHULC
Servir o interesse da população e as das comunidades
Covid-19: desafios e oportunidades
O papel das intervenções sociais na saúde: Palhaços D'opital
Iniciativa APAH | Prémio Healthcare Excellence
Autoreport & Trace Covid-19
Iniciativa APAH | 9a Conferência de Valor
Futuro da saúde em debate
Iniciativa APAH | Bolsa Capital Humano
Incentivar o desenvolvimento do capital humano na saúde
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GH EDITORIAL
Alexandre Lourenço
Presidente da APAH
# olhar a história,
construir o futuro
Esta GH anuncia em capa a comemoração
dos 40 anos da Associação Portuguesa
de Administradores Hospitalares.
Até à década de 1980, as organizações
de saúde na maioria dos países
podiam ser vistas como uma burocracia Weberiana,
com uma hierarquia administrativa padrão do
governo nacional, passando pelo governo regional ou
mais local, até unidades operacionais. A postura da
gestão era neutra, com quadro administrativo bem
definido, que “valorizava probidade, estabilidade e o
respeito das garantias processuais”, e muitas vezes
era caracterizada como oferecendo uma função de
“diplomata”. Os serviços de saúde obedeciam a uma
burocracia profissional em que os profissionais de
saúde lideravam e se protegiam da intrusão externa
do serviço público e dos políticos.
Em muitos aspetos, em Portugal ainda não saímos
deste modelo. A administração hospitalar portuguesa,
à época inovadora, desenvolveu-se dentro deste
enquadramento. Como sabemos, desde meados dos
anos 80, os países de elevada renda foram introduzindo
componentes gestionárias mais efetivas. Na administração
pública portuguesa foram feitas várias tentativas
avulsas e nem sempre pelos melhores motivos.
Ao invés de apostar na qualificação e profissionalização
da gestão de serviços de saúde, optou-se pelo
compadrio da nomeação política, desqualificação dos
quadros superiores e desvalorização dos administradores
hospitalares.
Entretanto muito mudou nos serviços de saúde e na
exigência colocada à gestão. Os desafios são tremendos
e, mais do que nunca, os serviços de saúde em
Portugal necessitam de gestores especializados na
área da saúde. Não necessitam de diplomatas ou de
juristas, de vacuidade ou neutralidade. Os serviços de
saúde portugueses anseiam por uma visão estratégica
e de um corpo de gestores qualificados nos vários
níveis de decisão. Antes que sejam outros a fazê-lo,
os administradores hospitalares têm o dever histórico
de liderar este processo.
A nossa associação e profissão têm hoje uma notoriedade
e reconhecimento nunca antes vistos. Pela
primeira vez temos colegas nas mais relevantes funções
públicas, como a Ministra da Saúde, o Presidente
da ACSS, e vários Presidentes de Conselhos de
Administração de entidades públicas empresariais.
Importa que todos entendam este momento singular
na nossa história iniciada por Coriolano Ferreira. Não
se enganem, o sucesso atual da nossa associação e
profissão serão efémeros se não soubermos evoluir.
Este ano comemorar-se-ão 40 anos da nossa associação.
A APAH ou os administradores hospitalares
não são um fim. São um veículo da política de saúde.
Melhores administradores hospitalares garantem melhores
serviços de saúde.
Por mais medo que exista na mudança, o nosso maior
medo deve advir da nossa incapacidade para responder
aos desafios que se nos colocam.
“Olhar a história, construir o futuro”. Ã
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