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*Setembro/2021 Referência Industrial 233

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ENTREVISTA - Especialista avalia cenário logístico para indústrias madeireiras no Brasil<br />

INOVAÇÃO<br />

ENERGÉTICA<br />

MERCADO APOSTA NO PIONEIRISMO<br />

DE PROCESSOS E SOLUÇÕES PARA<br />

ALAVANCAR NEGÓCIOS<br />

ENERGY INNOVATION<br />

MARKET BETS ON PIONEERING<br />

OF PROCESSES AND SOLUTIONS FOR<br />

LEVERAGE BUSINESS


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• Corte suave<br />

• Alta qualidade do cavaco<br />

• Controlado por Scanner 3D Microtec<br />

• Processamento de toras com diâmetro<br />

de 14cm até 45cm<br />

• Velocidade avanço 50 a 90m/min<br />

• Peso bruto total: 15 toneladas<br />

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SUMÁRIO<br />

INDUSTRIAL<br />

54<br />

<strong>2021</strong><br />

40<br />

50<br />

46<br />

MADEIRA<br />

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />

Alca Máquinas 11<br />

Benecke 39<br />

Cipem 09<br />

DRV Ferramentas 15<br />

Drytech 27<br />

Eletro Izidoro 33<br />

Engecass 19<br />

Franzoi 23<br />

Gottert 31<br />

HB Máquinas 63<br />

Indumec 29<br />

Linck 05<br />

Mademil 53<br />

Mafercon 37<br />

Máquinas Águia 61<br />

Mendes Máquinas 02<br />

Mill Indústrias 68<br />

MM Wood Brazil 25<br />

Montana Química 07<br />

MSM Química 13<br />

MSP <strong>Industrial</strong> 67<br />

Nazzareno 17<br />

Omil 21<br />

Prêmio REFERÊNCIA 65<br />

Rotteng 35<br />

SUMÁRIO<br />

06 Editorial<br />

08 Cartas<br />

10 Bastidores<br />

12 Coluna Flavio C. Geraldo<br />

14 Notas<br />

28 Aplicação<br />

30 Frases<br />

32 Entrevista<br />

38 Coluna ABIMCI<br />

40 Principal Pioneira em qualidade<br />

46 Marcenaria<br />

50 Madeira Tratada<br />

54 Exportação<br />

58 Artigo<br />

64 Agenda<br />

66 Espaço Aberto<br />

04<br />

referenciaindustrial.com.br SETEMBRO <strong>2021</strong>


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serrarias para corte de toras classificadas por dimensão e não classificadas<br />

Inovação. Qualidade.<br />

Economia.<br />

MADE IN GERMANY


EDITORIAL<br />

REFERÊNCIA<br />

EM INOVAR<br />

NA CAPA<br />

A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />

www.referenciaindustrial.com.br<br />

ENTREVISTA - Especialista avalia cenário logístico para indústrias madeireiras no Brasil<br />

A<br />

Benecke completa seu 68º aniversário<br />

em <strong>2021</strong> e tem na palavra<br />

inovação seu principal referencial.<br />

Pioneira dentro do segmento madeireiro,<br />

a empresa de Timbó (SC)<br />

segue buscando novas soluções aos clientes para<br />

seguir como destaque por ainda muitas primaveras.<br />

Nesta edição, você também irá conferir uma<br />

entrevista sobre o setor logístico para as indústrias<br />

da madeira no Brasil, além de matérias sobre<br />

exportação, mercado, marcenaria e muito mais.<br />

Tenha uma excelente leitura!<br />

Ano XXIII • N°<strong>233</strong> •Setembro <strong>2021</strong><br />

INOVAÇÃO<br />

ENERGÉTICA<br />

MERCADO APOSTA NO PIONEIRISMO<br />

DE PROCESSOS E SOLUÇÕES PARA<br />

ALAVANCAR NEGÓCIOS<br />

A CAPA DESTE MÊS É<br />

ESTAMPADA PELO PARQUE<br />

FABRIL DA EMPRESA<br />

BENECKE<br />

ENERGY INNOVATION<br />

MARKET BETS ON PIONEERING<br />

OF PROCESSES AND SOLUTIONS FOR<br />

LEVERAGE BUSINESS<br />

EXPEDIENTE<br />

ANO XXIII - EDIÇÃO <strong>233</strong> - SETEMBRO <strong>2021</strong><br />

Diretor Comercial / Commercial Director - Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director - Pedro Bartoski Jr.<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

A MARK IN<br />

INNOVATION<br />

B<br />

enecke completes its 68th anniversary<br />

in <strong>2021</strong>, and “innovation” is its main<br />

mark. A pioneer within the timber segment,<br />

the company from Timbó (SC)<br />

plans to seek new solutions for its customers<br />

as a highlight for many years. In this issue,<br />

you can also check out an interview about logistics<br />

for the forest products industry in Brazil and articles<br />

on exports, markets, woodworking, and more.<br />

Pleasant reading!<br />

Redação / Writing<br />

Jorge de Souza<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Colunista / Columnist<br />

Flavio C. Geraldo | Paulo Pupo<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski / Supervisão<br />

Crislaine Briatori Ferreira<br />

Gabriela Bogoni<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Depto. Comercial / Sales Departament - Gerson Penkal, Jéssika Ferreira,<br />

Tainá Carolina Brandão<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Representante Comercial - Dash7 Comunicação - Joseane Cristina Knop<br />

Tradução / Translation - John Wood Moore<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

Pedro Moura<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

0800 600 2038<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

Periodicidade Advertising<br />

GARANTIDA GARANTEED<br />

Veículo filiado a:<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente, dirigida aos produtores e<br />

consumidores de bens e serviços em madeira, instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos<br />

governamentais, ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente ligados ao<br />

segmento madeireiro. A Revista REFERÊNCIA do Setor <strong>Industrial</strong> Madeireiro não se responsabiliza por<br />

conceitos emitidos em matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais de<br />

responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação, armazenamento de banco<br />

de dados, sob qualquer forma ou meio, dos textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista RE-<br />

FERÊNCIA são terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos direitos autorais,<br />

exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication directed at the producers and<br />

consumers of the good and services of the lumberz industry, research institutions, university students,<br />

governmental agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked to the forest based<br />

segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself responsible for the concepts contained in the material,<br />

articles or columns signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors, themselves. The<br />

use, reproduction, appropriation and databank storage under any form or means of the texts, photographs<br />

and other intellectual property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited without<br />

the written authorization of the holders of the authorial rights.<br />

06<br />

referenciaindustrial.com.br SETEMBRO <strong>2021</strong>


TOOL INDUSTRY<br />

FORTY YEARS AGO<br />

BENEFITING THE WOOD<br />

CARTAS<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />

INOVAÇÃO - Conheça mais sobre práticas fundamentais do ESG para as empresas no século XXI<br />

TRADITION IN CUT<br />

TRADIÇÃO<br />

NO CORTE<br />

INDÚSTRIA DE FERRAMENTAS<br />

HÁ QUARENTA ANOS<br />

BENEFICIANDO A MADEIRA<br />

CARTAS<br />

CAPA DA EDIÇÃO 232 DA <br />

<br />

REVISTA REFERÊNCIA INDUSTRIAL, MÊS DE AGOSTO DE <strong>2021</strong><br />

<br />

CAPA<br />

www.referenciaindustrial.com.br<br />

Ano XXIII • N°232 •Agosto <strong>2021</strong><br />

Por Miguel Brasil – São Paulo (SP)<br />

MARCENARIA<br />

Por Marcelo Berni –<br />

Sertãozinho (SP)<br />

Empresas familiares como a Siromat sempre me<br />

chamam a atenção. Imagino como todos dentro<br />

da empresa se sentem um só e trabalham em prol<br />

de um único objetivo.<br />

As matérias de marcenaria<br />

apresentam diversas<br />

formas de utilizar a<br />

madeira no dia a dia,<br />

incluindo na construção<br />

civil. Que cada vez mais<br />

possam crescer essas<br />

iniciativas.<br />

Foto: Emanoel Caldeira<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

MADEIRA TRATADA<br />

Por Eduardo Silva –<br />

Guarapuava (PR)<br />

INOVAÇÃO<br />

Por Francisco Costa – Tubarão (SC)<br />

O governo tem que<br />

trabalhar junto e diminuir<br />

as amarras para as<br />

indústrias conseguirem<br />

sua matéria-prima. Que<br />

cada vez mais essas<br />

concessões em áreas<br />

públicas possam ajudar os<br />

dois lados.<br />

Importante que as empresas do setor<br />

madeireiro também estejam preocupadas<br />

em dar um retorno para a sociedade e ao<br />

meio ambiente.<br />

08<br />

Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os<br />

e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.<br />

As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião é<br />

fundamental para a Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL.<br />

referenciaindustrial.com.br SETEMBRO <strong>2021</strong><br />

E-mails, críticas e sugestões podem ser enviados para redação ou siga:<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

CURTA NOSSA PÁGINA<br />

Referência <strong>Industrial</strong> Madeira<br />

@referenciamadeira


Sexta Reunião de Diretoria informa sobre conclusão de<br />

processo de integração de Sistemas Sisflora (Sema/MT)<br />

e Sinaflor (Ibama)<br />

Realizada em 26 de agosto, a Sexta Reunião de<br />

Diretoria do CIPEM ocorreu de forma presencial, no<br />

Auditório João Nicolau Petroni “Plenarinho”, localizado<br />

na Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso<br />

(FIEMT). Participaram do encontro os presidentes e<br />

executivos dos Sindicatos associados ao CIPEM, além de<br />

representantes do Fórum Nacional das Atividades de Base<br />

Florestal e convidados.<br />

Dentre as pautas setoriais discutidas, destacam-se as<br />

atualizações sobre a integração entre os sistemas Sisflora<br />

(Sema/MT) e Sinaflor (Ibama); a implementação do novo<br />

Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos<br />

Florestais Sisflora 2.0 e ainda, acompanhamento das<br />

próximas etapas do Programa em desenvolvimento pelo<br />

Observatório da Indústria (FIEMT) juntamente com a<br />

Organização das Nações Unidas (ONU). Por fim, foi<br />

apresentada uma importante agenda de divulgação da<br />

sustentabilidade do manejo Florestal representada pela<br />

edificação de um estande construído com madeira nativa e<br />

que será uma das mais aconchegantes atrações da Mostra<br />

“CASACOR” em Brasília de outubro a dezembro de <strong>2021</strong>,<br />

que abordará em sua programação eventos com embaixadas<br />

internacionais: Americana, Chinesa e Mexicana.<br />

De acordo com informe enviado pela Secretária de<br />

Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, que não<br />

pôde comparecer, a integração entre os sistemas Sisflora e<br />

Sinaflor foi completada e, inclusive reconhecida pelo<br />

Ibama. Dessa forma, após sanadas as últimas conferências,<br />

serão iniciadas as tratativas do sistema de rastreabilidade.<br />

Outro importante avanço para assegurar a transparência<br />

dos procedimentos que envolvem o setor de base<br />

florestal é a implementação do Sisflora 2.0 prevista para<br />

setembro de <strong>2021</strong>.<br />

Em relação a agenda com a FIEMT, Pedro Maximo,<br />

coordenador do Observatório da Indústria atualizou os<br />

presentes a respeito do progresso do Programa<br />

UNIDO/Page. O objetivo central do projeto é o de<br />

fornecer valiosas informações pertinentes ao setor,<br />

reunindo dimensões ambientais, sociais, econômicas e<br />

institucionais.<br />

Nesse sentido, a etapa atual do Programa visa gerar um<br />

indicador de sustentabilidade. Para isso, serão distribuídos<br />

cerca de 200 questionários aos empresários lotados nas<br />

bases dos Sindicatos.<br />

É válido frisar que o CIPEM faz o acompanhamento<br />

integralmente da demanda, bem como participou<br />

ativamente das etapas anteriores com o fornecimento de<br />

informações e resultados, com destaque inclusive, em<br />

rodadas de discussão com autoridades governamentais.<br />

Destacando os eventos durante a realização da mostra<br />

“CASACOR <strong>2021</strong>”, a economista e consultora em desenvolvimento<br />

de mercados Rosemeire Cristina dos Santos<br />

apresentou roteiro sobre o plano de ação e estratégias<br />

pertinentes a agenda.<br />

A Comissão Especial do acompanhamento da construção<br />

da nova sede do CIPEM discorreu sobre a relevância<br />

de uma edificação em madeira engenheirada para que a<br />

sociedade conheça o potencial construtivo a partir da<br />

madeira nativa e suas soluções tecnológicas futuristas.<br />

Ao final da reunião, Rafael Mason, presidente reeleito,<br />

informou sobre a cerimônia de posse da nova diretoria<br />

realizada no Buffet Leila Malouf a partir das 20h com as<br />

ilustres presenças dos associados, Gustavo de Oliveira,<br />

presidente da FIEMT e de autoridades do Executivo e<br />

Legislativo Estadual como a de Mauro Mendes, governador<br />

do Estado de Mato Grosso, Dilmar Dal Bosco, Carlos<br />

Avallone, dentre outras.<br />

CipemdeMT CipemMT cipemmt<br />

Manejosustentavel (65) 3644-3666


BASTIDORES<br />

BASTIDORES<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

VISITA<br />

REPRESENTANDO A JOTA EDITORA,<br />

O JORNALISTA JORGE DE SOUSA E O<br />

REPRESENTANTE COMERCIAL GERSON PENKAL<br />

VISITARAM A SEDE E O PARQUE FABRIL DA<br />

BENECKE, ACOMPANHADOS PELO GERENTE<br />

INDUSTRIAL DA EMPRESA, DOUGLAS HAAKE<br />

EVENTO<br />

O REPRESENTANTE COMERCIAL DA<br />

REFERÊNCIA INDUSTRIAL, GERSON PENKAL,<br />

MARCOU PRESENÇA NO EVENTO DA POSSE<br />

DA DIRETORIA DO CIPEM, EM CUIABÁ (MT)<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

ALTA<br />

SINAL VERDE<br />

Graças ao trabalho conjunto<br />

do Ministério da Saúde e<br />

Governos Estaduais, a vacinação<br />

contra Covid-19 no Brasil<br />

correu de forma acelerada no<br />

mês de agosto. A tendência<br />

é que todas as capitais do<br />

país fechem o mês com pelo<br />

menos uma dose aplicada<br />

em maiores de 18 anos. Esse<br />

avanço tem provocado a diminuição<br />

na ocupação nos leitos<br />

de UTI e também nos óbitos<br />

pela doença. Além disso,<br />

muitas das medidas restritivas<br />

adotadas durante a pandemia<br />

já estão sendo relaxadas,<br />

beneficiando os setores da<br />

indústria e do comércio.<br />

BAIXA<br />

SINAL AMARELO<br />

Segundo o relatório Focus, divulgado<br />

no mês de agosto pelo<br />

Banco Central, a inflação oficial<br />

do país subiu pela vigésima semana<br />

seguida e a expectativa<br />

para o IPCA (Índice de Preços<br />

ao Consumidor Amplo) subiu de<br />

7,05% para 7,11%. Junto dessa estimativa,<br />

os analistas pontuaram<br />

no relatório que a expectativa de<br />

crescimento do PIB (Produto Interno<br />

Bruto) de <strong>2021</strong> foi reduzida<br />

de 5,28% para 5,27%, enquanto<br />

a avaliação do próximo ano também<br />

apresentou baixa saindo de<br />

2,4% para 2%. Os analistas apontaram<br />

as tensões políticas e riscos<br />

fiscais da União como principais<br />

motivos para as quedas no crescimento<br />

do PIB.<br />

10 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO <strong>2021</strong>


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COLUNA<br />

“NÃO EXISTEM MILAGRES,<br />

APENAS SEGREDOS AINDA NÃO REVELADOS”<br />

INFORMAÇÕES E ESTATÍSTICAS SÃO VITAIS PARA O AUMENTO DE LUCROS E MELHORA NOS<br />

PROCESSOS E DA QUALIDADE NAS EMPRESAS<br />

Flavio C. Geraldo<br />

FG4 MAD - Consultoria em Madeira<br />

Contato: flavio@fg4mad.com.br<br />

A ESTATÍSTICA OFERECE A<br />

POSSIBILIDADE DE<br />

IDENTIFICAÇÃO DE PROBLEMAS<br />

ATRAVÉS DOS SEUS SINTOMAS,<br />

OFERECENDO A POSSIBILIDADE PARA<br />

A CORRETA TOMADA DE DECISÕES<br />

N<br />

ão se trata de novas informações, pelo<br />

contrário, trata-se de velhos conceitos,<br />

ainda não devidamente reconhecidos por<br />

alguns. De maneira simples, estamos falando<br />

de estatística, a ciência que, apoiada<br />

em metodologias definidas, possibilita a elaboração de<br />

planejamentos propositivos. Nas mãos certas, resultados<br />

de análises estatísticas possibilitam o aumento dos lucros,<br />

a melhoria de processos e da qualidade, redução de custos,<br />

maior efetividade das ações de marketing, ampliação<br />

da participação em mercados, desenvolvimento de novos<br />

produtos, enfim, estamos falando de uma ferramenta que<br />

poderá impactar positivamente, em especial os setores<br />

de finanças e produção. A estatística oferece a possibilidade<br />

de identificação de problemas através dos seus sintomas,<br />

oferecendo a possibilidade para a correta tomada<br />

de decisões. Parece milagre, mas não é. Por incrível que<br />

possa parecer, as desconfianças de muitos empresários<br />

em relação à coleta de dados estatísticos é a de que seus<br />

negócios podem ser prejudicados por estarem fornecendo<br />

informações sigilosas que poderão fazer parte da base<br />

Foto: divulgação<br />

de dados para outros interesses. No entanto, essa falta<br />

de confiança na confidencialidade, necessária aos coletores<br />

de informações, já é assunto do passado diante das<br />

incontáveis empresas altamente credenciadas para esse<br />

tipo de pesquisa. Em recente evento realizado online, foi<br />

possível ouvir representantes dos setores de florestas e<br />

da indústria base madeira, incluindo os setores de celulose<br />

e papel, siderurgia e da indústria de madeira sólida.<br />

O evento contou com apresentações de alta relevância<br />

relacionadas à oferta e demanda de madeira pela visão<br />

dos produtores, compradores e consultores. Os cenários<br />

apresentados pelos palestrantes, todos de elevadíssimo<br />

nível, não deixaram qualquer dúvida a respeito do<br />

futuro. Ficaram claras as limitações futuras frente a uma<br />

perspectiva de escassez de matéria-prima. O robusto e<br />

quase que insano crescimento da China como produtor<br />

e consumidor, e os impactos advindos desse crescimento<br />

na indústria mundial de produtos madeireiros nos remete<br />

a sérias reflexões, incluindo preocupações devido a essa<br />

rápida e crescente dependência mercadológica. Nos painéis<br />

conduzidos pelos consultores, abordando a oferta e<br />

demanda de madeira nos principais polos produtores do<br />

Brasil, ficaram escancaradas as preocupações quanto ao<br />

futuro do abastecimento frente ao possível descompasso<br />

entre o ritmo dos novos plantios e a crescente demanda,<br />

tanto interna como externa. Tudo claramente ilustrado<br />

por números e levando em consideração outros fatores<br />

limitantes, como déficit hídrico, pragas, competição com<br />

projetos do setor agropecuário, política cambial, aspectos<br />

regulatórios e capacidade instalada da indústria. Vale<br />

destacar também as menções às ricas contribuições da<br />

ABIMCI (Associação Brasileira da Indústria da Madeira<br />

Processada Mecanicamente), com a publicação periódica<br />

do seu já tradicional Estudo Setorial, assim como os relatórios<br />

anuais da IBÁ (Indústria Brasileira da Árvore), cujos<br />

conteúdos têm norteado o melhor entendimento desses<br />

cenários. Nada teria sido possível sem o devido e necessário<br />

engajamento e contribuição do setor produtivo que<br />

alimenta esses dados e que, há muito, tem consciência da<br />

importância desses dados para melhor orientar nos seus<br />

planejamentos. No que diz respeito ao setor de proteção<br />

de madeiras, está mais do que na hora de se promover<br />

um engajamento neste sentido, procurando a obtenção<br />

de uma radiografia do setor, que permitirá a elaboração<br />

de um planejamento diante dos próximos desafios desse<br />

mercado, em especial se considerarmos as perspectivas<br />

do setor da construção.<br />

12 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO <strong>2021</strong>


CIPERTRIN MD<br />

• Líder no tratamento inseticida de painéis de madeira,<br />

(compensados, aglomerados MDF, OSB e outros) por adição à cola;<br />

• Mais concentrado dos inseticidas, diminui a quantidade de inertes<br />

a serem aplicados na cola, como também a área de estocagem;<br />

• Base água, com baixa toxidade e baixo odor;<br />

• Isento de solventes que atacam as borrachas dos equipamentos<br />

industriais;<br />

• Compatível com resinas de última geração;<br />

• Fácil diluição em água, para tratamento por imersão de madeiras<br />

serradas.<br />

TBP 90<br />

• O primeiro fungicida (antimofo) para madeira a base de<br />

tribromofenol só poderia ser o líder de mercado e a MSM<br />

Química, a maior importadora deste ingrediente ativo.<br />

• Produto de fácil aplicação não retirando da madeira<br />

suas características naturais.<br />

• Fácil diluição, não decantando ou criando borras dentro<br />

do tanque de imersão.<br />

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NOTAS<br />

Foto: divulgação<br />

FORMÓBILE<br />

A ForMóbile Xperience <strong>2021</strong>, aconteceu entre os dias 02 e 05 de<br />

agosto. Trata-se do evento 100% digital da maior feira do segmento<br />

de madeira e móveis da América Latina, que veio com a proposta de<br />

promover conteúdo, networking e oportunidades de negócios para o<br />

setor moveleiro no ambiente online. Ao analisar os resultados informados<br />

pela organização, parece que isso foi alcançado. Durante os<br />

4 dias de realização, foram transmitidas cerca de 25h (horas) de conteúdos<br />

inéditos gerados por 42 palestrantes. A plataforma do evento<br />

ainda proporcionou mais de 12.500 visitas aos estandes virtuais dos<br />

expositores e mais de 5.800 visitas aos seus produtos. Dentre os conteúdos<br />

exibidos na ForMóbile Xperience <strong>2021</strong>, estão alguns temas<br />

que chamam a atenção, como: Neurociência Aplicada A Arquitetura,<br />

Design e Iluminação; Como Se Planejar Para 2022; Design Biofílico<br />

Aplicado Na Marcenaria; Como Agregar Valor Nos Móveis Sob Medida;<br />

e A Realidade do Parque Fabril Brasileiro. Vale um destaque especial para o papo de primeiríssima qualidade sobre<br />

Wood Frame protagonizado por Fabio Machado, da Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL MADEIRA, e Guilherme Stamato,<br />

da Stamade. Nomes como Patricia Pomerantzeff, arquiteta e criadora do Doma Arquitetura - o maior canal de arquitetura<br />

do país no youtube, Anne Oelke, designer e criadora do Marcenaria Fora da Caixa, e Lorí Crízel, autor do primeiro livro sobre<br />

neurociência aplicado à arquitetura do Brasil, também fazem parte do time de palestrantes. O melhor é que todo esse<br />

universo continua disponível gratuitamente mesmo após o evento. A plataforma da ForMóbile Xperience seguirá aberta<br />

durante o ano todo para que os interessados assistam às gravações de todas as palestras, incluindo as da edição de 2020.<br />

Também seguirão disponíveis as possibilidades de conexões e interações com as pessoas e empresas cadastradas, inclusive<br />

através de videochamadas. Basta cadastrar-se pelo https://www.formobile.com.br/landing-page/formobile-xperience.html<br />

CONFIANÇA<br />

O Indicador de Incerteza da Economia Brasil (IIE-Br) da<br />

Fundação Getulio Vargas (FGV) cresceu 0,3 ponto em<br />

agosto passando para 119,6 pontos. Com isso, manteve<br />

a distância superior a 4 pontos para a média de 115<br />

pontos, anotada entre 2015 e 2019. O resultado apontou<br />

ainda que os dois componentes do indicador seguem<br />

em sentidos contrários no mês. Enquanto o componente<br />

de Mídia caiu 0,5 ponto, passando para 118,4<br />

pontos, contribuindo negativamente em 0,4 ponto, o<br />

componente de Expectativa, que mede a dispersão das<br />

previsões para os 12 meses seguintes, avançou 3 pontos,<br />

chegando a 116,2 pontos. Conforme a FGV, esse<br />

componente contribuiu de forma positiva, em 0,7 ponto, para a evolução na margem do indicador agregado. Segundo<br />

a economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/IBRE), Anna Carolina Gouveia, a alta<br />

do IIE-Br em agosto foi determinada pelo componente de expectativa, que mede a dispersão das previsões para os 12<br />

meses seguintes. Na visão da economista, as dificuldades em superar a pandemia no Brasil e no mundo, as dúvidas com<br />

relação à real situação fiscal do país e as frequentes turbulências políticas são fatores que vêm contribuindo para a alta<br />

da incerteza. Anna Carolina não vê possibilidade do indicador convergir para a média entre 2015 e 2019 em breve. “No<br />

âmbito econômico, o país ainda tem desafios como a inflação ascendente e o risco de crise energética. Com todas essas<br />

fontes de ruído, dificilmente o indicador convergirá para a já elevada média 2015-2019 nos próximos meses”, observou.<br />

Foto: divulgação<br />

14 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO <strong>2021</strong>


NOTAS<br />

PRÊMIO<br />

O SFB (Serviço Florestal Brasileiro) participa da promoção<br />

do Prêmio Salão Design 2022 na categoria<br />

Prêmio Madeiras Alternativas. O objetivo é incentivar<br />

o uso de madeiras pouco conhecidas como<br />

uma maneira de contribuir para a viabilidade técnica<br />

e econômica dos planos de manejo de floresta<br />

nativa, principalmente da Amazônia. Para concorrer<br />

ao Prêmio Madeiras Alternativas, o candidato deverá<br />

estar selecionado para a segunda etapa eliminatória<br />

da premiação. Será considerada madeira<br />

alternativa qualquer espécie de madeira brasileira,<br />

ainda que conhecida, mas que não figure dentre<br />

aquelas consideradas pelo LPF (Laboratório de<br />

Produtos Florestais) do Serviço Florestal Brasileiro<br />

como muito utilizadas, no passado ou no presente,<br />

para a fabricação de móveis e outros produtos.<br />

Além do troféu especial, a categoria inclui como<br />

premiação uma viagem ao Laboratório de Produtos<br />

Florestais do SFB, em Brasília, e expedição a uma<br />

área de manejo florestal sustentável na Amazônia.<br />

Em 2020, o vencedor da categoria foi o designer<br />

Marcelo Briza Bicudo, que criou o banco Iris para a<br />

empresa Butzke. A peça é feita de cumaru, madeira<br />

da Amazônia resistente e que pode ser usada em<br />

áreas externas. O Prêmio Salão Design é realizado<br />

a cada 2 anos pelo SINDMÓVEIS (Sindicato das Indústrias<br />

do Mobiliário de Bento Gonçalves).<br />

Foto: divulgação<br />

BALANÇA<br />

CAMBIAL<br />

Com o início da retomada da economia mundial, as<br />

exportações brasileiras responderam positivamente<br />

no primeiro semestre de <strong>2021</strong>. No período, a corrente<br />

de comércio do Brasil com o mundo foi de US$<br />

236,1 bilhões. Desse total, segundo levantamento da<br />

CNI (Confederação Nacional da Indústria), 65% são<br />

de exportações para cinco grandes parceiros comerciais<br />

- China, União Europeia, EUA (Estados Unidos<br />

da América), Mercosul e Japão. Juntos, eles totalizaram<br />

exportações de US$ 88,4 bilhões no primeiro<br />

semestre. O maior volume foi para a China, com US$<br />

47,2 bilhões, uma alta de 39% na comparação com o<br />

primeiro semestre de 2020. Em seguida vem a União<br />

Europeia, com US$ 17,8 bilhões (+26%); seguida por<br />

EUA, com US$ 13,3 bilhões (+10%); Mercosul, com<br />

US$ 7,9 bilhões (+46%); e Japão, com US$ 2,2 bilhões<br />

(+22%). Quando considerados esses cinco principais<br />

parceiros juntos, a soma de <strong>2021</strong> teve alta de 31,8%<br />

em relação ao mesmo período de 2020, sendo o maior<br />

dos últimos 5 anos. Como as exportações totalizaram<br />

US$ 136,4 bilhões (+35,5%) e as importações somaram<br />

US$ 99,4 bilhões (+26,8%), o saldo comercial do<br />

semestre é de US$ 37,1 bilhões, o que representa um<br />

crescimento de 66,3%. Os EUA são o principal destino<br />

das exportações brasileiras de produtos industrializados,<br />

recebendo cerca de 25% dos industrializados do<br />

Brasil. Junto com o Mercosul, os EUA são o destino<br />

cujas vendas mais geram empregos, tributos e impactos<br />

em cadeia para o Brasil. A CNI avalia que Brasil e<br />

EUA, com economias que já são altamente integradas,<br />

encontram agora uma oportunidade histórica para<br />

lançar uma agenda de acordos visando preparar o empresário<br />

brasileiro para um livre comércio.<br />

Foto: divulgação<br />

16 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO <strong>2021</strong>


NOTAS<br />

INOVAÇÃO<br />

Se tem uma ideia e não sabe como tirar do<br />

papel ou elaborou um projeto inovador, mas<br />

ainda não encontrou um modelo de negócio,<br />

está com a oportunidade de contar com a<br />

orientação de incubadoras e aceleradoras do<br />

Brasil gratuitamente e de forma 100% online.<br />

Para isso, é preciso se inscrever no edital de<br />

chamada pública do Programa Ideiaz - Powered<br />

by InovAtiva, realizado pela Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia,<br />

em parceria com o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e a ANPROTEC (Associação Nacional<br />

de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores). O objetivo do programa é apoiar a estruturação e desenvolvimento<br />

de projetos inovadores em estágio inicial e projetos de empreendimentos de impacto socioambiental. Os selecionados<br />

vão contar com o apoio de 35 incubadoras e aceleradoras do Brasil. Cada projeto selecionado vai ser acompanhado por<br />

10 semanas e receber, no mínimo, 25h (horas) de capacitação, sendo 15h de forma individual. Além disso, os contemplados<br />

vão receber mentorias, consultoria organizacional, suporte tecnológico, suporte para formalizar o negócio e qualificar esses<br />

empreendedores. De acordo com o Ministério da Economia, no primeiro semestre, o Programa Ideiaz - Powered by InovAtiva<br />

selecionou cerca de 150 projetos que estão recebendo consultoria. Os projetos em estágio inicial não devem ter o modelo de<br />

negócio consolidado e o produto ou serviço objeto ainda não comercializado. Serão selecionados até 450 projetos inovadores<br />

e de empreendimentos de impacto socioambiental. Mais informações disponíveis na internet, no site do Inovativa Brasil.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

OPEN BANKING<br />

Já está em funcionamento o sistema que permite aos<br />

clientes autorizarem o compartilhamento de dados pessoais<br />

e financeiros entre instituições bancárias. O open<br />

banking tem como objetivo facilitar o acesso a produtos<br />

e serviços bancários, como empréstimos e cartões de<br />

crédito. Segundo a FEBRABAN (Federação Brasileira de<br />

Bancos), o sistema vai começar a funcionar gradualmente<br />

e com consentimento dos usuários que vão poder<br />

escolher quais dados, por quanto tempo e entre quais<br />

instituições compartilhar. A partir do dia 13 poderão ser<br />

compartilhadas as informações de cadastro, que incluem<br />

os dados pessoais, o endereço e a renda. Ao autorizar o compartilhamento, o cliente vai permitir que uma instituição financeira<br />

acesse as informações de outra, com a qual o usuário tem uma relação anterior. Esse procedimento será vinculado a uma<br />

oferta de produto ou serviço específico, como financiamentos, abertura de conta ou cartão de crédito. O tempo máximo do<br />

compartilhamento será de um ano. Com esse cruzamento de dados, as instituições bancárias vão poder fazer ofertas mais<br />

adequadas ao perfil do cliente, assim como oferecer condições mais vantajosas. As operações também são limitadas entre os<br />

bancos autorizados pelo usuário. Ambas as instituições serão responsáveis pela segurança desses dados. A partir do dia 30 de<br />

agosto será possível fazer pagamentos pelo PIX usando o open banking, o que vai permitir que essas transações sejam feitas<br />

pelos chamados iniciadores de pagamento, que podem ser aplicativos de compras ou até de mensagens. A partir do dia 13<br />

de setembro, poderão ser autorizadas as trocas de informações sobre contas e movimentação financeira. Depois do dia 27 de<br />

setembro, os usuários vão poder disponibilizar os dados sobre operações de crédito e cartões de crédito. O sistema foi elaborado<br />

para que seja possível aceitar o compartilhamento de forma intuitiva, ao demonstrar o interesse na oferta de um banco o<br />

usuário indique as informações que quer compartilhar e seja encaminhado à plataforma da instituição que irá fornecer os dados.<br />

Pela regulamentação estabelecida pelo Banco Central, é obrigatória a participação no open banking de todas as grandes<br />

e médias instituições financeiras do país.<br />

18 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO <strong>2021</strong>


NOTAS<br />

OTIMISMO<br />

O ICEC (Índice de Confiança do Empresário do<br />

Comércio) de agosto mostrou novo avanço, com<br />

o terceiro crescimento consecutivo no ano. Dessa<br />

vez, o aumento é de 4,3% na comparação com o<br />

mês anterior, alcançando 115 pontos, o que significa<br />

que ficou acima da zona considerada de satisfação.<br />

No comparativo anual, a alta é de 47,2%. Os<br />

números foram divulgados pela CNC (Confederação<br />

Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).<br />

De acordo com a entidade, “a alta aparece<br />

reforçada pela expectativa de melhoria das vendas<br />

do Dia dos Pais e da economia em geral”. A avaliação<br />

indicou ainda a continuação da tendência<br />

de incremento da confiança dos empresários,<br />

após fortes aumentos ocorridos em junho (12,2%)<br />

e julho (11,7%). Segundo a CNC, o Icec vem se<br />

mantendo na zona de otimismo desde julho. O<br />

principal responsável pela alta, como apontam as<br />

últimas pesquisas, é o subitem relativo às condições<br />

atuais do empresário do setor (10,6%), mas<br />

também com boa participação do subitem sobre<br />

a percepção de que as condições da economia<br />

melhoraram (14,9%). O componente que se refere<br />

a expectativas dos comerciantes (151,3 pontos) é o<br />

que se mantém com maior distância entre os três<br />

que integram o Icec. Ainda dentro da zona de otimismo,<br />

na sequência, aparece a intenção de investimentos<br />

(101,7 pontos). No entanto, o sentimento<br />

quanto à realidade dos empresários do comércio<br />

ainda se apresenta na zona de insatisfação (92,1<br />

pontos), apesar de vir crescendo ultimamente.<br />

Foto: divulgação<br />

POLÍTICA<br />

MONETÁRIA<br />

Em meio ao aumento da inflação de alimentos, combustíveis<br />

e energia, o BC (Banco Central) apertou<br />

ainda mais os cintos na política monetária. Por unanimidade,<br />

o COPOM (Comitê de Política Monetária)<br />

elevou a taxa Selic, juros básicos da economia, de<br />

4,25% para 5,25% ao ano. A decisão era esperada<br />

pelos analistas financeiros. Esse foi o quarto reajuste<br />

consecutivo na taxa Selic, mas o ritmo do ajuste aumentou.<br />

Nas últimas três reuniões, o COPOM tinha<br />

elevado a taxa em 0,75 ponto percentual em cada encontro.<br />

Com Covid-19 detectada em teste na semana<br />

passada, o diretor de Política Monetária do BC, Bruno<br />

Serra Fernandes, não participou da reunião presencial.<br />

Em comunicado, o COPOM informou que, na próxima<br />

reunião, em 21 e 22 de setembro, também pretende<br />

elevar a Selic em 1 ponto percentual. O órgão pediu<br />

a continuidade das reformas econômicas estruturais<br />

e advertiu para o risco da aprovação de medidas que<br />

elevem os gastos públicos permanentemente. Com<br />

essa decisão, a Selic continua em um ciclo de alta,<br />

depois de passar seis anos sem ser elevada. De julho<br />

de 2015 a outubro de 2016, a taxa permaneceu em<br />

14,25% ao ano. Depois disso, o COPOM voltou a reduzir<br />

os juros básicos da economia até que a taxa chegasse<br />

a 6,5% ao ano em março de 2018. Em julho de<br />

2019, a Selic voltou a ser reduzida até alcançar 2% ao<br />

ano em agosto de 2020, influenciada pela contração<br />

econômica gerada pela pandemia de Covid-19. Esse<br />

era o menor nível da série histórica iniciada em 1986.<br />

Foto: divulgação<br />

20 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO <strong>2021</strong>


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NOTAS<br />

REPRESENTAÇÃO<br />

SETORIAL<br />

Foto: divulgação<br />

Foi lançada em agosto, em Brasília (DF), a Frente Parlamentar Mista<br />

em Defesa da Desoneração da Folha de Pagamento. Coordenado<br />

pelo deputado federal Delegado Marcelo Freitas, o colegiado formado<br />

por 194 deputados e seis senadores deverá discutir e elaborar mecanismos<br />

que possam ajudar na criação e manutenção de empregos<br />

com um custo menor. Melhorando, assim, o ambiente de negócios no<br />

Brasil, por meio da simplificação e desoneração de impostos na folha<br />

de pagamento. A desoneração da folha surgiu em 2011, com o intuito<br />

de aliviar a carga tributária de setores intensivos em mão de obra e<br />

exportadores. Desde a sua origem ela foi concebida para substituir a<br />

contribuição previdenciária sobre a folha de pagamento pelo encargo<br />

sobre a receita bruta da empresa. Ou seja, os setores deixariam de<br />

contribuir com 20% do salário dos funcionários para a Previdência Social, passando, em contrapartida, a pagarem uma alíquota<br />

fixa sobre o faturamento. Em virtude da pandemia, o regime de desoneração se aplica atualmente a 17 setores da economia.<br />

No entanto, deve ser extinto no final do ano. O papel da Frente Parlamentar, dessa forma, é o de tornar a desoneração fixa sob<br />

a justificativa, já comprovada por meio de diversos estudos, da manutenção dos empregos, da diminuição da informalidade e<br />

o consequente aumento de arrecadação, bem como da melhoria do ambiente de negócios como um todo em nosso País. A<br />

ABIMÓVEL (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário) apoia e se juntou a esta e demais iniciativas que reduzem a carga<br />

e a complexidade tributária que recaem sobre os setores produtivos no Brasil. Aderindo, assim, à nova Frente Parlamentar<br />

instituída para a defesa da desoneração da folha de pagamento, por meio da FREMOB (Frente Parlamentar Mista em Defesa da<br />

Indústria do Mobiliário). A entidade reforça, ainda, a necessidade de que seja realizada uma reforma tributária ampla, reduzindo<br />

custos ultrapassados e incentivando o empresariado e os setores produtivos na economia brasileira.<br />

LOGÍSTICA<br />

Criado a partir da publicação da Medida Provisória<br />

1.065/<strong>2021</strong>, o Marco Legal das Ferrovias resultará no aumento<br />

dos investimentos privados no setor ferroviário.<br />

Assinada em agosto pelo presidente da República, Jair<br />

Bolsonaro, e os ministros da Economia, Paulo Guedes,<br />

e da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, a medida<br />

reduz a burocracia para a construção de novas ferrovias e<br />

inova no aproveitamento de trechos ociosos e na prestação<br />

do serviço de transporte ferroviário. Uma das mudanças<br />

trazidas pela MP refere-se à permissão da construção de novas ferrovias por autorização, à semelhança do que já ocorre<br />

na exploração de infraestrutura em setores como telecomunicações, energia elétrica, portuário e aeroportuário. Também<br />

poderá ser autorizada a exploração de trechos sem operação, devolvidos, desativados ou ociosos. Com a Medida Provisória,<br />

estados, municípios e Distrito Federal podem outorgar serviço de transporte ferroviário que não façam parte do Subsistema<br />

Ferroviário Federal, atualmente constituído pelas ferrovias existentes ou planejadas, pertencentes aos grandes eixos de integração<br />

interestadual, interregional e internacional. Caberá á União, porém, estabelecer as diretrizes para assegurar a eficiência<br />

do sistema. Nas ferrovias públicas, além do modelo atual de outorga por concessão, será permitida a outorga de forma<br />

mais simplificada, por permissão. Outra novidade da MP é simplificação do procedimento para prestar serviço de transporte<br />

ferroviário como Operador Ferroviário Independente. Agora, basta apresentar a documentação exigida à ANTT (Agência<br />

Nacional de Transportes Terrestres) e a autorização será expedida de forma automática. A medida ainda permite que as<br />

atuais concessionárias, caso prejudicadas pela entrada em operação de ferrovia autorizada ou caso se comprometam com a<br />

expansão do serviço, possam migrar para o novo regime jurídico de autorização. Essa migração não prejudicará obrigações<br />

contidas nos atuais contratos quanto a investimentos e manutenção do transporte de passageiros.<br />

Foto: divulgação<br />

22 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO <strong>2021</strong>


NOTAS<br />

CONTINUIDADE<br />

NA GESTÃO<br />

RAFAEL MASON É REELEITO PRESIDENTE DO<br />

CIPEM POR MAIS 2 ANOS E FOI NOMEADO<br />

DURANTE CERIMÔNIA DE POSSE EM CUIABÁ<br />

O CIPEM (Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de<br />

Madeira do Estado de Mato Grosso) realizou a cerimônia de posse<br />

da nova diretoria em 26 de agosto, no Buffet Leila Malouf, em Cuiabá<br />

(MT). Entre os convidados do evento estavam diversos associados aos sindicatos que compõem o CIPEM, como Gustavo de<br />

Oliveira, presidente da FIEMT (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso) e autoridades do Poder Legislativo e do<br />

Executivo do Estado de Mato Grosso, como o governador Mauro Mendes e os deputados estaduais Dilmar Dal Bosco, Carlos<br />

Avallone e Xuxu Dal’Molin. A cerimônia contou com homenagens a personalidades que fizeram parte da história dos 17 anos<br />

do CIPEM, em especial aos idealizadores da instituição: Sidnei Belincanta, César Mason e Clomir Bedin.<br />

Todos os ex-presidentes da CIPEM: César José Mason (2004-2007), Jaldes Langer (2007-2009), João Carlos Baldasso (2009-<br />

2011), Geraldo Bento (2011-2013 / 2013-2015) e Rafael Mason (2017-2019/ 2019-<strong>2021</strong>) receberam como homenagem um troféu<br />

feito em madeira nativa pelos seus serviços prestados à instituição.<br />

O presidente reeleito Rafael Mason (na foto acima, junto com a esposa Mônica Mason) foi prestigiado pelos presentes e<br />

destacou no discurso da nova gestão o relevante papel do setor de base florestal na promoção de desenvolvimento econômico<br />

e sustentável para o Estado de Mato Grosso.<br />

Além de Rafael Mason, Gustavo de Oliveira, Dilmar Dal Bosco e Mauro Mendes também foram empossados como membros<br />

da nova diretoria do CIPEM. O corpo diretivo recebeu agradecimentos dos membros do poder público presente, em<br />

especial ao trabalho realizado pelo setor madeireiro em prol do Mato Grosso. Outro destaque do evento foi a apresentação da<br />

maquete eletrônica da nova sede do CIPEM. O projeto arquitetônico é de autoria do arquiteto Roberto Lecomte, da Casacerta<br />

Arquitetura Design & Construção.<br />

PRESENTE AOS CONVIDADOS<br />

Todos os convidados ao evento de posse da nova diretoria da CIPEM receberam um exemplar exclusivo do livro que conta<br />

a história do CIPEM. O material conta os valores, principais ações e conquistas, bem como as premiações e honrarias recebidas<br />

e alcançadas ao longo dos 17 anos de sua criação. O livro ainda tem como objetivo apresentar todo o histórico de atuação dos<br />

sindicatos associados e outros parceiros do CIPEM em nível estadual, federal, promovendo a sustentabilidade da produção<br />

florestal de Mato Grosso internacionalmente. Toda a publicação conta com diversas imagens que ilustram esses 17 anos do CI-<br />

PEM, importantes também para contar a história da evolução do setor madeireiro do Brasil.<br />

Fotos: divulgação<br />

24 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO <strong>2021</strong>


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NOTAS<br />

RECONHECIMENTO<br />

PELO TRABALHO<br />

PRÊMIO REFERÊNCIA COMPLETA 19 ANOS<br />

COM A MISSÃO DE COLOCAR EM EVIDÊNCIA<br />

O SETOR FLORESTAL E MADEIREIRO<br />

O PRÊMIO REFERÊNCIA se consolidou como uma das principais<br />

premiações do setor florestal e madeireiro e chega em <strong>2021</strong> em sua 19ª<br />

edição, e sem perder em nada a sua essência: colocar em evidência as<br />

boas práticas do segmento. “Fazemos o prêmio porque é um serviço<br />

que prestamos ao segmento, como uma forma de valorizar, salientar e<br />

mostrar o trabalho dessas empresas que acreditam no nosso setor”, explicou<br />

o diretor comercial da JOTA EDITORA, Fabio Machado.<br />

A JOTA EDITORA é responsável pela publicação das revistas REFE-<br />

RÊNCIA FLORESTAL, REFERÊNCIA INDUSTRIAL, BIOMAIS, CELULOSE<br />

& PAPEL E PRODUTOS DE MADEIRA.<br />

Serão escolhidas dez empresas dos setores florestal, industrial da<br />

madeira e químico da celulose e papel que conseguiram destaque em suas atividades em <strong>2021</strong>, como o desenvolvimento<br />

de novas tecnologias e produtos, investimentos em instalações ou maquinário, entre outros.<br />

Vão ser levadas em conta para a definição das empresas vencedoras a opinião dos leitores e assinantes das Revistas<br />

REFERÊNCIAS e também o julgamento dos jornalistas, que compõem essas publicações.<br />

“Fazemos nossa premiação desde 2003. Isso faz com que o PRÊMIO REFERÊNCIA seja tradicional e conceituado<br />

dentro do mercado e muitas empresas querem ser lembradas quando fazem algo de destaque”, destacou Fabio Machado.<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

NOVIDADES EM <strong>2021</strong><br />

O PRÊMIO REFERÊNCIA <strong>2021</strong> será realizado no dia 6 de dezembro, de forma online e ao vivo com público limitado<br />

devido a pandemia da Covid-19.<br />

A edição de <strong>2021</strong> terá como novidade a realização de um Workshop durante o evento, que irá contar com a presença<br />

de diversos especialistas no setor florestal e madeireiro para fazer uma análise do mercado nesse ano e prever<br />

o segmento para 2022. Além disso, a realização no dia 6 de dezembro abraça o Dia do Madeireiro, uma das profissões<br />

mais importantes dentro do setor.<br />

FAZEMOS O PRÊMIO<br />

PORQUE É UM SERVIÇO<br />

QUE PRESTAMOS AO SEGMENTO,<br />

COMO UMA FORMA DE<br />

VALORIZAR, SALIENTAR E<br />

MOSTRAR O TRABALHO DESSAS<br />

EMPRESAS QUE ACREDITAM NO<br />

NOSSO SETOR<br />

FABIO MACHADO, DIRETOR COMERCIAL<br />

DA JOTA EDITORA, REVISTA REFERÊNCIA<br />

26 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO <strong>2021</strong>


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MADEIRA NOS MÓVEIS, ACOMPANHANDO A<br />

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28 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO <strong>2021</strong>


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FRASES<br />

“PRECISAMOS TIRAR A INSEGURANÇA JURÍDICA,<br />

PRINCIPALMENTE NA QUESTÃO TRIBUTÁRIA E CRIAR UM AMBIENTE<br />

QUE POSSA PRIVILEGIAR A GERAÇÃO DE EMPREGO, A RENDA E O<br />

CONSUMO. MAS A FORMA COMO ESSA MUDANÇA ESTÁ SENDO FEITA<br />

NO PL <strong>233</strong>7/<strong>2021</strong> É INACEITÁVEL POR AUMENTAR A CARGA TRIBUTÁRIA<br />

PARA QUEM INVESTE NA EMPRESA. ESSA NOVA REDAÇÃO DESESTIMULA<br />

O INVESTIMENTO E ATRAVANCA O DESENVOLVIMENTO DO PAÍS”<br />

ROBSON BRAGA DE ANDRADE, PRESIDENTE DA CNI<br />

(CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA)<br />

“HÁ<br />

UMA NÍTIDA<br />

SENSAÇÃO<br />

DE QUE AS<br />

CONDIÇÕES ATUAIS<br />

DA ECONOMIA<br />

EVOLUÍRAM ATÉ<br />

O MOMENTO,<br />

COLOCANDO O OLHAR<br />

DOS COMERCIANTES<br />

SOBRE A CRISE NO<br />

ESPELHO RETROVISOR.<br />

OUTROS FATORES<br />

REFORÇARAM ESSE<br />

ENTENDIMENTO, COMO<br />

O POSSÍVEL CENÁRIO DE<br />

MANUTENÇÃO DO EMPREGO,<br />

SEGUIDO DO CRESCIMENTO<br />

DA RENDA, BEM COMO,<br />

DOS ACRÉSCIMOS SOBRE O<br />

FATURAMENTO DO COMÉRCIO EM<br />

DECORRÊNCIA DO PAGAMENTO<br />

DA QUARTA PARCELA DO AUXÍLIO<br />

EMERGENCIAL”<br />

JOSÉ ROBERTO<br />

TADROS,<br />

PRESIDENTE<br />

DA CNC<br />

(CONFEDERAÇÃO<br />

NACIONAL DO<br />

COMÉRCIO DE<br />

BENS, SERVIÇOS E<br />

TURISMO)<br />

“O COPOM REITERA QUE PERSEVERAR NO<br />

PROCESSO DE REFORMAS E AJUSTES NECESSÁRIOS NA<br />

ECONOMIA BRASILEIRA É ESSENCIAL PARA PERMITIR<br />

A RECUPERAÇÃO SUSTENTÁVEL DA ECONOMIA. O<br />

COMITÊ RESSALTA, AINDA, QUE QUESTIONAMENTOS<br />

SOBRE A CONTINUIDADE DAS REFORMAS E<br />

ALTERAÇÕES DE CARÁTER PERMANENTE NO PROCESSO<br />

DE AJUSTE DAS CONTAS PÚBLICAS PODEM ELEVAR A<br />

TAXA DE JUROS ESTRUTURAL DA ECONOMIA”<br />

Foto: Marcos Corrêa/PR<br />

BRUNO SERRA FERNANDES, DIRETOR DE POLÍTICA MONETÁRIA DO<br />

BANCO CENTRAL<br />

“EMBORA CADA ESTADO POSSA<br />

TER SUA POLÍTICA FISCAL, ELAS TÊM<br />

QUE CONVERGIR, PORQUE QUEM SE<br />

DESALINHA MUITO ACABA COM JUROS<br />

MUITO ALTOS. TEM MECANISMOS<br />

DE AUTOCORREÇÃO QUE IMPÕEM<br />

DISCIPLINA PARA TODO MUNDO.<br />

ENTÃO O BRASIL DEVERIA IMAGINAR<br />

UMA APROXIMAÇÃO MAIOR, COM<br />

ÁREA DE LIVRE COMÉRCIO”<br />

PAULO GUEDES, MINISTÉRIO DA<br />

ECONOMIA<br />

30 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO <strong>2021</strong>


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ENTREVISTA<br />

AJUDA<br />

LOGÍSTICA<br />

LOGISTICS HELP<br />

O<br />

Brasil é um dos maiores produtores de madeira do<br />

mundo e ao mesmo tempo onera as indústrias do setor<br />

com uma das maiores taxas de fretes do mercado.<br />

Essa equação diminui as margens de lucro e também a<br />

competitividade dos produtos nacionais internacionalmente.<br />

Grande parte desses altos custos estão atrelados a maioria<br />

da produção nacional ser escoada somente pelo modal rodoviário,<br />

em detrimento de outros modelos mais baratos como o ferroviário<br />

e o hidroviário. “Infelizmente desde a extração da madeira até o<br />

beneficiamento dela e o escoamento da produção ao consumidor<br />

ou para exportação é feito pelo modal rodoviário. Então essa longa<br />

distância encarece muito o frete e por consequência reduz a rentabilidade<br />

das indústrias”, explica Edeon Vaz, diretor-executivo do Movimento<br />

Pró Logística de Mato Grosso. O especialista em logística<br />

conversou com exclusividade à Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL.<br />

Foto: divulgação<br />

ENTREVISTA<br />

32 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO <strong>2021</strong><br />

B<br />

razil is one of the largest timber producers globally, and,<br />

at the same time, it charges Sector companies one of the<br />

highest freight rates in the market. This equation decreases<br />

profit margins and decreases the competitiveness of domestic<br />

products internationally. These high costs are tied to most<br />

national production being transported only using road transport, to the<br />

detriment of cheaper modes such as rail and waterway. “Unfortunately,<br />

road transport is used to transport harvested timber to be processed<br />

and for product shipments to consumers or export. So, this long-distance<br />

road transport greatly increases freight and consequently reduces the<br />

profitability of industries,” explains Edeon Vaz Ferreira, Executive Director<br />

of the Mato Grosso Pro Logistics Movement. The logistics specialist<br />

spoke exclusively to REFERÊNCIA <strong>Industrial</strong>.<br />

EDEON VAZ<br />

FORMAÇÃO PROFISSIONAL: BACHAREL EM ADMINISTRAÇÃO<br />

DE EMPRESAS E PRODUÇÃO RURAL PELO UDF (CENTRO<br />

UNIVERSITÁRIO DO DISTRITO FEDERAL) E PÓS-GRADUAÇÃO EM<br />

GESTÃO ESTRATÉGICA DE NEGÓCIOS PELO UNIVAG (CENTRO<br />

UNIVERSITÁRIO DE VÁRZEA GRANDE)<br />

CARGO: DIRETOR-EXECUTIVO DO MOVIMENTO PRÓ LOGÍSTICA<br />

DE MATO GROSSO<br />

PROFESSIONAL EDUCATION: BACHELOR’S DEGREE IN BUSINESS ADMINISTRATION<br />

AND RURAL PRODUCTION, FEDERAL DISTRICT UNIVERSITY CENTER (UDF), AND<br />

POSTGRADUATE STUDIES IN STRATEGIC BUSINESS MANAGEMENT, UNIVERSITY<br />

CENTER OF VÁRZEA GRANDE (UNIVAG)<br />

FUNCTION: EXECUTIVE DIRECTOR OF THE MATO GROSSO PRO LOGISTICS<br />

MOVEMENT


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A Eletro Izidoro atua no segmento de motores e painéis<br />

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- MADEIREIRA<br />

- LAMINADORAS<br />

- AGROINDÚSTRIA<br />

- ALIMENTÍCIA<br />

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34 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO <strong>2021</strong>


DESTOPADOR PNEUMÁTICO<br />

COM POSICIONADOR ELETRÔNICO<br />

As medidas determinadas para o corte podem ser programadas<br />

diretamente em sua tela ou via rede. Tem programação fácil e<br />

linguagem amigável. Devido a sua grande flexibilidade, é possível a<br />

programação de até 54 CORTES COM MEDIDAS DIFERENTES na<br />

mesma tábua. Sua produção é equivalente à de 4 DESTOPADO-<br />

RES convencionais, até 60 m³ por turno, com a utilização de METADE<br />

da mão de obra e com apenas 1 MOTOR e 1 SERRA.<br />

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qualidade e agilidade do RottStop convencional em uma versão econômica<br />

ESTENDIDA<br />

Parceiro há mais de 13 anos, tivemos o prazer de<br />

acompanhar a evolução dos equipamentos da<br />

Rotteng, com tecnologias modernas de corte,<br />

segurança e produtividade. Atualmente contamos<br />

com 4 equipamentos em nossas unidades e mais<br />

uma em processo de aquisição. Diferenciais como<br />

prazos, disponibilidade de peças de reposição e<br />

manutenção são essenciais para mantermos a<br />

parceria por anos. Agradecemos toda a equipe da<br />

Rotteng pela presteza e disponibilidade.<br />

Milton Luis Cola - Sócio diretor<br />

MG Packing Emabalgens<br />

“Nós da FORT PALETES consideramos as<br />

destopadeiras pneumáticas da Rotteng o melhor<br />

custo x benefício do mercado. Alta produtividade<br />

e set up ágil são as características que mais se<br />

destacam desse equipamento. Buscamos<br />

segurança aos nossos colaboradores e<br />

encontramos na Rotteng e suas máquinas esse<br />

quesito que consideramos primordial em nossas<br />

operações. Nossa parceria já vem desde 2014 e a<br />

cada ano as máquinas são atualizadas e mais<br />

produtivas”.<br />

Marcelo Canozo<br />

Diretor <strong>Industrial</strong><br />

Com Set up rápido e de fácil manuseio, os<br />

desoladores pneumáticos da Rotteng<br />

flexibilizam e otimizam os cortes de madeira, o<br />

que diminui o desperdício e aumenta a produção<br />

com qualidade e precisão nas medidas, além de<br />

atender as normas legais que garantem a<br />

segurança dos colaboradores. Esta parceria<br />

perdura há mais de 6 anos.<br />

Marco Almeida de Souza<br />

Diretor Industria do Grupo Embalatec<br />

Somos uma empresa tradicional com tecnologia e know-how de 44<br />

anos na fabricação de equipamentos para a indústria madeireira.<br />

Para comprovar que confiamos na qualidade dos nossos<br />

equipamentos, estamos estendendo nossa garantia por até 5 anos<br />

Não arrisque os dedos dos seus funcionários, o rottstop se arrisca por eles<br />

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ENTREVISTA<br />

36 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO <strong>2021</strong>


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COLUNA ABIMCI<br />

ANÁLISE CRÍTICA É FUNDAMENTAL<br />

PARA ENTENDIMENTO DO MERCADO<br />

ESCOLHAS ERRADAS DE UMA EMPRESA PODEM SER DETERMINANTES PARA O INSUCESSO<br />

DE DETERMINADAS AÇÕES<br />

Paulo Pupo<br />

Superintendente da Associação<br />

Brasileira da Indústria de Madeira<br />

Processada Mecanicamente<br />

Contato: abimci@abimci.com.br<br />

O DESAFIO CERTAMENTE<br />

ESTÁ EM MAPEAR O GRANDE<br />

CENÁRIO, SEM DEIXAR ESCAPAR OS<br />

DETALHES E AS PARTICULARIDADES<br />

DO NOSSO SETOR<br />

C<br />

om a realidade e consolidação de agendas<br />

no formato remoto e do aumento de<br />

opções disponíveis para busca de informações,<br />

tenho certeza que inúmeros dos<br />

estimados leitores dessa coluna concordam<br />

que, atualmente, temos um excesso de reuniões,<br />

workshops, congressos, somados à enxurrada de informações<br />

pelos mais diversos meios de comunicação. Fatos<br />

que dificultam a definição sobre quais atividades e informações<br />

virtuais devem ser prioridade.<br />

No entanto, o que pode ser ainda mais desafiador<br />

nesse universo de informações é encontrar clareza para<br />

filtrar o que realmente interessa a você e ao seu negócio.<br />

E talvez o mais crucial: como identificar as principais influências<br />

e tendências que podem afetar o desempenho da<br />

sua empresa? O que é relevante para o dia-a-dia do seu<br />

negócio? Como não se deixar influenciar por informações<br />

macros e engessadas? Assim, ter acesso a fontes confiáveis<br />

e que lhe darão subsídios específicos do mercado de<br />

atuação é um dos caminhos para medir a temperatura e<br />

tendências relacionadas ao seu produto ou serviço.<br />

Foto: divulgação<br />

A escolha errada de uma informação – ou ainda pior<br />

– a interpretação distorcida, sem observar a metodologia<br />

utilizada para chegar a uma análise, pode ser determinante<br />

para o sucesso ou não de uma decisão.<br />

O desafio certamente está em mapear o grande cenário,<br />

sem deixar escapar os detalhes e as particularidades<br />

do nosso setor. Há quase cinco décadas exercendo esse<br />

papel de gerador de informação levando em conta dados<br />

nacionais e internacionais que podem afetar os negócios<br />

das indústrias madeireiras, a ABIMCI tem atuado para<br />

coordenar de maneira estratégica a apuração dos dados<br />

e a entrega desses conteúdos às empresas associadas, e,<br />

consequentemente, ao mercado. Um trabalho constante,<br />

que exige cautela e responsabilidade.<br />

Dados e informações produzidos e publicados por<br />

uma entidade de representação nacional como a ABIMCI,<br />

que possui importante abrangência no mercado interno<br />

e no mercado externo, assim como em órgãos governamentais,<br />

federações nacionais e internacionais, entre outros,<br />

exigem todos os cuidados possíveis com o tratamento<br />

dessas informações. Por isso, o cuidado e a responsabilidade<br />

da ABIMCI na divulgação das informações.<br />

Já as informações, estudos e relatórios segmentados,<br />

como os de viabilidade de novos projetos ou com enfoque<br />

regional devem ser avaliados dentro do contexto nos<br />

quais foram desenvolvidos, levando em consideração o<br />

projeto ou região específicos.<br />

Ao analisarmos de forma macro as dinâmicas do mercado<br />

internacional, as questões comerciais e políticas nos<br />

principais mercados, barreiras tarifárias e, especialmente,<br />

as não-tarifárias, além de acompanhar permanentemente<br />

as decisões governamentais que afetam direta ou indiretamente<br />

o setor produtivo, a ABIMCI atua para interpretar<br />

e filtrar as informações que merecem atenção das empresas<br />

associadas. Na prática, cada um dos Comitês Setoriais<br />

da Associação é capaz de analisar os dados macro e<br />

relacioná-los às peculiaridades dos segmentos de cada<br />

produto.<br />

Ao ter essa visão transversal dos fatos e, principalmente,<br />

da cadeia produtiva da madeira, estamos mais<br />

preparados para enfrentar as adversidades e inovar. Seja<br />

a Abimci por meio de iniciativas institucionais, novas<br />

formas de representação e promoção da marca da madeira<br />

brasileira, na defesa de interesses ou no trabalho<br />

técnico; sejam as empresas readequando suas estratégias<br />

comerciais, de posicionamento ou desenvolvimento de<br />

produtos.<br />

38 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO <strong>2021</strong>


PRINCIPAL<br />

PIONEIRA<br />

EM QUALIDADE<br />

EMPRESA COMPLETA 68 ANOS EM <strong>2021</strong> E CARREGA UMA<br />

HISTÓRIA DE INOVAÇÃO E ROBUSTEZ NOS EQUIPAMENTOS<br />

40 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO <strong>2021</strong><br />

Fotos: divulgação


PIONEER IN<br />

QUALITY<br />

A COMPANY COMPLETES 68 YEARS IN<br />

<strong>2021</strong> AND HAS A HISTORY OF EQUIPMENT<br />

INNOVATION AND ROBUSTNESS<br />

ABenecke Irmãos & Cia Ltda completa 68 anos<br />

em setembro de <strong>2021</strong> e dentro dessa história<br />

duas palavras resumem toda a trajetória da<br />

empresa: Pioneirismo e Qualidade. A empresa<br />

é referência para o setor madeireiro na disponibilização<br />

ao mercado de equipamentos como caldeiras,<br />

estufas para madeira serrada, secadores de lâmina e uma linha<br />

chamada de “máquinas especiais” dentro da Benecke, isso<br />

por terem funções muito específicas no processo produtivo<br />

do beneficiamento da madeira. “O foco principal sempre foi<br />

a satisfação das necessidades do nosso cliente. A história vem<br />

da necessidade do segmento madeireiro, sendo que com a<br />

evolução tecnológica, fomos evoluindo junto. Ver equipamentos<br />

Benecke fabricados na década de 70 em atividade hoje,<br />

nos enche de orgulho. A longevidade de nossas máquinas<br />

marcam a nossa história, tudo isso é fruto de uma parceria<br />

muito grande entre empresa e cliente”, destaca o engenheiro<br />

Kurt Emil Benecke, Diretor-Presidente da empresa.<br />

A Benecke esta sediada em Timbó, região conhecida<br />

como Vale Europeu em Santa Catarina, em uma área total<br />

de 185.000 m² (metros quadrados) sendo destes 18.500 m²<br />

construídos o que possibilitou e possibilita a empresa ampliar<br />

a produção, sem perder a qualidade dos equipamentos<br />

ofertados ao mercado.<br />

Esses quesitos estão presentes na filosofia da qualidade<br />

da Benecke, que pontua: “A Excelência da Qualidade será<br />

alcançada através de melhorias contínuas dos nossos equipamentos,<br />

serviços, da produtividade e da competência<br />

profissional. A conquista de novos mercados representa a<br />

expansão da nossa organização, tendo como consequência,<br />

a satisfação das necessidades e expectativas dos clientes, colaboradores<br />

e direção”, relata o engenheiro Douglas Haake,<br />

Gerente <strong>Industrial</strong> da Benecke.<br />

A Benecke tem como tradição o processo verticalizado, ou<br />

seja, tudo o que é possível fazer dentro da empresa, será feito.<br />

Com destaque para os sistemas de ventilação, trocadores de<br />

calor, painéis elétricos e automação, todos estes itens têm<br />

desenvolvimento específico. Os ventiladores e exaustores<br />

são fabricados, balanceados e testados em túnel de vento,<br />

dentro da própria Benecke. “Quando falamos de solda, temos<br />

muito orgulho de mostrar nosso trabalho, todo o processo<br />

é validado e inspecionado. Para cada etapa de solda existe<br />

uma IT (Instrução de Trabalho), onde possuímos todos os<br />

parâmetros de regulagem dos equipamentos e preparação<br />

de material”, complementa o engenheiro Douglas.<br />

I<br />

n September <strong>2021</strong>, Benecke Irmãos & Cia Ltda.<br />

completes 68 years of history, and over these years,<br />

two words stand out: Pioneering and Quality. The<br />

Company is a mark in the Timber Sector for making<br />

equipment available to the market, such as boilers,<br />

drying kilns for sawn wood, veneer dryers, and a “special<br />

machines” line within Benecke so-called because they have<br />

particular functions in the production process of timber<br />

processing. “The main focus has always been to meet<br />

our customer’s needs. The Company’s history is based on<br />

the needs of the timber segment evolving together with<br />

technological advances. Seeing Benecke equipment manufactured<br />

in the 70s still in activity today fills us with pride.<br />

The longevity of our machines marks our history, all of which<br />

is the result of a very substantial relationship between the<br />

Company and its customers,” highlights Engineer Kurt Emil<br />

Benecke, Executive Director of the Company.<br />

Benecke is headquartered in Timbó, a region known<br />

as the European Valley in the State of Santa Catarina, on a<br />

total area of 185 thousand m², whereby the factory covers<br />

only 18.5 thousand m², which has enabled and enables the<br />

Company to quickly expand production without losing the<br />

quality of the equipment offered to the market.<br />

These requirements are present in Benecke’s philosophy<br />

of quality. “Quality Excellence is achieved through<br />

continuous improvements in our equipment, services,<br />

productivity, and professional competence. Furthermore,<br />

the conquest of new markets represents the expansion of<br />

our organization, resulting in the satisfaction of customer,<br />

employees, and management needs and expectations,”<br />

notes Engineer Douglas Haake, <strong>Industrial</strong> Manager.<br />

Benecke has the vertical process as a tradition, i.e.,<br />

everything that can be manufactured within the factory is<br />

manufactured in the factory. With the emphasis on ventilation<br />

systems, heat exchangers, electrical panels, and<br />

automation, these items have specific development activities.<br />

For example, the fans and hoods are manufactured,<br />

balanced, and tested in a wind tunnel within Benecke itself.<br />

“When we talk about welding, we are very proud to show<br />

our work; the whole process is validated and inspected. In<br />

addition, there is a Work Instruction (IT) for each welding<br />

step, where we set out all the parameters of equipment regulation<br />

and material preparation,” adds Engineer Haake.<br />

Currently, the Company is present on all continents,<br />

with more than 54 hundred machines in operation. “Benecke’s<br />

history is mostly built on the timber segment, which<br />

remains important because our portfolio includes specific<br />

equipment for this segment. However, because we are<br />

the manufacturer of several of the best boiler models on<br />

SETEMBRO <strong>2021</strong> 41


42 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO <strong>2021</strong>


44 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO <strong>2021</strong>


SETEMBRO <strong>2021</strong> 45


MARCENARIA<br />

46 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO <strong>2021</strong>


MADEIRA<br />

QUILÔMETRO ZERO<br />

EXECUÇÃO DO PROJETO PIONEIRO NA ESPANHA CHAMA ATENÇÃO<br />

PELO MÉTODO APLICADO<br />

Fotos: divulgação<br />

SETEMBRO <strong>2021</strong> 47


MARCENARIA<br />

S<br />

abe o que são os materiais km zero? São<br />

todos aqueles que podem ser adquiridos<br />

diretamente no local sem ter passado<br />

por diferentes etapas de processamento<br />

ou tratamento com produtos tóxicos, e<br />

mais do que isso, que no final de sua vida<br />

útil possam ser devolvidos ao meio ambiente sem<br />

causar grandes danos ou impactos relevantes na<br />

paisagem natural.<br />

Mas de fato, o que significa construir com madeira<br />

quilômetro zero? Um estudo de caso que nos<br />

ajuda a responder a tal questionamento é o projeto<br />

The Voxel: uma cabana construída no Parque Natural<br />

de Collserola, em Barcelona, na Espanha, por estudantes,<br />

arquitetos e pesquisadores do Laboratório<br />

de Edifícios Ecológicos Avançados e Biocidades -<br />

MAEBB, do IAAC (Instituto de Arquitetura Avançada<br />

da Catalunha), Valldaura Labs. O The Voxel é uma<br />

cabana de 16m² (metros quadrados) construída a<br />

partir de uma estrutura de CLT (Madeira Laminada<br />

Colada) de pinho carrasco, extraído em um raio de<br />

menos de um quilômetro do lugar exato da obra:<br />

tendo crescido, sido cortado, seco, processado e<br />

prensado no local.<br />

Segundo os próprios autores do projeto, antes<br />

de mais nada, foi preciso conhecer os ciclos da floresta.<br />

Neste caso, a partir de um plano de gestão<br />

sustentável do Parque Natural de Collserola, foi<br />

possível compreender o tempo necessário para que<br />

a floresta pudesse crescer e produzir o volume de<br />

madeira a ser utilizado na construção da estrutura,<br />

levando em conta seu processo natural de reposição,<br />

o impacto na biodiversidade local e a quantidade<br />

de CO 2<br />

fixada pelas novas árvores que substituiriam<br />

aquelas utilizadas na construção.<br />

Após esta avaliação, 40 pinheiros foram cortados<br />

e transformados em tábuas de 3 cm (centímetros)<br />

de espessura, as quais foram então empilhadas<br />

e deixadas para secar naturalmente ao longo de<br />

3 meses. Quando atingiram o nível de umidade<br />

adequado, as tábuas foram transportadas para o<br />

Laboratório do Instituto de Arquitetura Avançada da<br />

Catalunha para então serem processadas. Depois<br />

de prontas, cada uma das tábuas foram catalogadas<br />

antes de serem prensadas e transformadas em painéis<br />

estruturais de madeira CLT, resultando em um<br />

volume total de 3,6 m 3 (metros cúbicos) de madeira.<br />

Cada elemento que saiu do laboratório contava<br />

com um código específico de rastreamento, permitindo<br />

saber a exata localização e as características<br />

O THE VOXEL É UMA<br />

CABANA DE 16M²<br />

CONSTRUÍDA A PARTIR DE UMA<br />

ESTRUTURA DE MADEIRA<br />

LAMINADA COLADA DE PINHO<br />

CARRASCO, EXTRAÍDO EM UM RAIO<br />

DE MENOS DE UM QUILÔMETRO DO<br />

LUGAR EXATO DA OBRA<br />

48 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO <strong>2021</strong>


SETEMBRO <strong>2021</strong> 49


MADEIRA TRATADA<br />

DIVERSIDADE<br />

NA APLICAÇÃO<br />

50 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO <strong>2021</strong>


ESPÉCIES COMO PINUS E<br />

EUCALIPTO ESTÃO ENTRE<br />

AS MAIS PROCURADAS;<br />

PROCESSOS DE TRATAMENTO<br />

E MANUTENÇÃO GARANTEM<br />

DURABILIDADE E RESISTÊNCIA<br />

PARA DIVERSAS APLICAÇÕES<br />

Fotos: divulgação<br />

As madeiras de plantio (também chamadas<br />

de madeiras de reflorestamento) oferecem<br />

resistência e durabilidade no mesmo<br />

padrão das madeiras nativas, além de sua<br />

característica inerente de sustentabilidade<br />

- motivos pelos quais têm se tornado uma excelente solução<br />

na construção civil. A afirmação não é somente um<br />

detalhe técnico, mas algo reconhecido pelo mercado.<br />

De acordo com a IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores),<br />

a indústria de base florestal fechou 2019 com US$<br />

10,3 bilhões de saldo na balança comercial, segundo<br />

melhor resultado dos últimos 10 anos. Atualmente, são<br />

cerca de 9 milhões de hectares de árvores plantadas,<br />

com espécies como eucalipto, pinus, araucária, paricá e<br />

teca.<br />

“Hoje a indústria de preservação de madeiras possui<br />

padrões de qualidade que garantem o ótimo desempenho<br />

de seus produtos, inclusive para estruturas de<br />

edifícios com base em madeira de reflorestamento”,<br />

explica o gerente comercial da Montana Química, Silvio<br />

Lima, multinacional brasileira especialista em proteção,<br />

tratamento e preservação de madeira.<br />

Todos esses benefícios vêm com as vantagens estéticas<br />

e de conforto que a madeira oferece. Por exemplo,<br />

se antes pensávamos em encontrar a proteção superior<br />

contra brocas, cupins e umidade era uma exclusividade<br />

de madeiras de matas nativas, o cenário mudou por<br />

conta de técnicas e tratamentos aplicados na madeira<br />

SETEMBRO <strong>2021</strong> 51


MADEIRA TRATADA<br />

de plantio. Tanto dentro do processo industrial, quando<br />

essas madeiras são submetidas a impregnação de<br />

preservativos com funções preventivas contra xilófagos,<br />

quanto nas etapas de construção, dentro do canteiro de<br />

obras ou nas residências com a utilização de acabamentos<br />

com funções preventivas para madeira.<br />

Lima explica que, antes de mais nada, para escolha<br />

da melhor madeira a ser utilizada em um projeto, é<br />

importante entender qual será a sua condição de uso.<br />

“Com essa informação podemos definir qual a melhor<br />

madeira, produtos e processos que deverão ser utilizados,<br />

conferindo ao projeto a segurança, conforto e qualidade<br />

necessários”, pontua Silvio Lima.<br />

Existem hoje no Brasil normas técnicas da ABNT<br />

(Associação Brasileira de Normas Técnicas), como a NBR<br />

16.143 (Categorias de Uso), que apoiam os usuários e<br />

profissionais do setor para que eles possam fazer as melhores<br />

escolhas para seus projetos.<br />

O segredo não está apenas no tratamento industrial,<br />

mas também na manutenção e no acabamento, com<br />

produtos que, além de garantir visual superior às superfícies,<br />

também contribuem com a proteção. “Com tratamento<br />

industrial e manutenção corretos, uma madeira<br />

que poderia durar de quatro a cinco anos pode passar a<br />

ter uma vida útil de 15 a 20 anos, e dependendo da aplicação,<br />

até mesmo 30 anos”, finaliza Silvio Lima.<br />

COM TRATAMENTO<br />

INDUSTRIAL E<br />

MANUTENÇÃO CORRETOS, UMA<br />

MADEIRA QUE PODERIA DURAR<br />

DE 4 A 5 ANOS PODE PASSAR A<br />

TER UMA VIDA ÚTIL DE 15 A 20<br />

ANOS<br />

SILVIO LIMA, GERENTE COMERCIAL<br />

DA MONTANA QUÍMICA<br />

52 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO <strong>2021</strong>


CHAMPANHE, PEROBA IPÊ E TECA<br />

Madeiras densas e duradouras, utilizadas quando<br />

necessitamos de mais resistência mecânica e<br />

contra elementos do clima, como sol e chuva.<br />

São boas opções para pilares, decks e outras<br />

estruturas, principalmente em ambientes externos.<br />

Ipê é uma das variedades mais empregadas.<br />

F<br />

SETEMBRO <strong>2021</strong> 53


EXPORTAÇÃO<br />

CARGA<br />

PESADA<br />

Fotos: divulgação<br />

54 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO <strong>2021</strong>


CNI E 34 EMPRESAS E ASSOCIAÇÕES<br />

INDUSTRIAIS REUNIRAM 11 PROPOSTAS<br />

DE AÇÕES PARA MITIGAR OS CUSTOS E<br />

DIFICULDADES LOGÍSTICAS<br />

SETEMBRO <strong>2021</strong> 55


EXPORTAÇÃO<br />

O<br />

setor produtivo brasileiro está sendo<br />

duramente impactado com os efeitos<br />

da crise no comércio internacional,<br />

que se iniciou com a pandemia de<br />

Covid-19, mas vem se agravando<br />

mesmo com os avanços na contenção do vírus<br />

pelo mundo.<br />

A desorganização sem precedentes nesse<br />

mercado, que foi atingido por congestionamentos<br />

nos portos, falta de contêineres e valores de frete<br />

excessivamente altos, levou a CNI (Confederação<br />

Nacional da Indústria), em conjunto com empresas<br />

e associações do setor produtivo, a propor ao<br />

governo uma agenda de 11 ações para mitigar os<br />

custos e gargalos logísticos do comércio exterior,<br />

no curto e longo prazo.<br />

Entre as propostas estão a ampliação do monitoramento,<br />

transparência e divulgação de estatísticas<br />

do comércio exterior brasileiro; a conclusão da<br />

implantação do Portal Único de Comércio Exterior<br />

e da Janela Única Aquaviária; e a divulgação da<br />

Resolução Normativa nº 18, da ANTAQ (Agência<br />

Nacional de Transportes Aquaviários), que trata<br />

dos direitos e deveres dos usuários de transportes<br />

aquaviários, dos agentes intermediários e das empresas<br />

de navegação.<br />

Esta agenda de propostas é resultado do<br />

webinar e de levantamento realizados pela CNI,<br />

no mês de julho, que discutiu o contexto atual e<br />

as perspectivas para o transporte internacional<br />

de contêineres e contou com a participação de<br />

representantes de diferentes segmentos do setor<br />

industrial brasileiro.<br />

Os participantes fizeram relatos sobre como as<br />

questões de transparência e de equilíbrio estão<br />

afetando o comércio exterior. Mais de 70%, dos<br />

128 participantes, sofreram com a falta de contêineres<br />

ou de navios e 96% observaram um aumento<br />

no valor do frete de importação, enquanto 76%<br />

nas exportações<br />

O documento com as 11 propostas foi enviado<br />

na segunda-feira (16) ao secretário de Advocacia<br />

da Concorrência e Competitividade do Ministério<br />

da Economia, Geanluca Lorenzon; ao secretário<br />

Nacional de Portos e Transportes Aquaviários do<br />

Ministério da Infraestrutura, Diogo Piloni; e ao<br />

diretor-geral da Antaq, Eduardo Nery. Constam<br />

como signatários do ofício 34 entidades de diversos<br />

setores, tais como máquinas e equipamentos,<br />

papel e celulose, veículos e autopeças, dentre<br />

outros.<br />

A DESORGANIZAÇÃO SEM<br />

PRECEDENTES NESSE<br />

MERCADO, QUE FOI ATINGIDO POR<br />

CONGESTIONAMENTOS NOS PORTOS,<br />

FALTA DE CONTÊINERES E VALORES DE<br />

FRETE EXCESSIVAMENTE ALTOS<br />

CNI (CONFEDERAÇÃO NACIONAL<br />

DAS INDÚSTRIAS)<br />

56 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO <strong>2021</strong>


AGÊNCIA REGULADORA<br />

• Avançar na implementação da Resolução<br />

Normativa Antaq 18/2017;<br />

• Ampliar o monitoramento, transparência e<br />

divulgação de estatísticas do comércio exterior<br />

brasileiro;<br />

• Padronizar as taxas cobradas pelos terminais<br />

portuários;<br />

• Eliminar a cobrança do escaneamento de<br />

contêineres.<br />

O EXECUTIVO<br />

• Concluir a implantação do Portal Único de<br />

Comércio Exterior;<br />

• Implantar o projeto de Janela Única Aquaviária;<br />

• Publicar os Decretos presidenciais de não renovação<br />

dos acordos bilaterais de reserva de carga no<br />

transporte marítimo com a Argentina e o Uruguai;<br />

• Priorizar a agenda de transferência ao setor privado<br />

das administrações portuárias públicas;<br />

• Avançar na definição das poligonais dos portos<br />

públicos.<br />

O LEGISLATIVO<br />

• Aprovar o PL nº 4.199/2020 (BR do Mar);<br />

• Dar condições para a ANTAQ estabelecer preço<br />

teto ao serviço de praticagem (PL 4.392/2020).<br />

SETEMBRO <strong>2021</strong> 57


ARTIGO<br />

INTERNET OF<br />

THINGS (IOT)<br />

E AS PROFUNDAS<br />

MODIFICAÇÕES NOS<br />

PROCESSOS INDUSTRIAIS<br />

Fotos: divulgação<br />

TOMÁZ, MÁRCIO RAONNI<br />

DE SANTANA<br />

INTERNET OF THINGS (IOT) E AS PROFUNDAS<br />

MODIFICAÇÕES NOS PROCESSOS INDUSTRIAIS.<br />

REVISTA CIENTÍFICA MULTIDISCIPLINAR NÚCLEO<br />

DO CONHECIMENTO. ANO 05, ED. 04, VOL. 06, PP.<br />

134-150. ABRIL DE 2020. ISSN: 2448-0959<br />

58 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO <strong>2021</strong>


O<br />

RESUMO<br />

presente artigo trata de uma apresentação<br />

sucinta sobre a grande influência<br />

que a IoT vem causando nas cadeias<br />

industriais, mostra também o contexto<br />

de um futuro próximo a respeito da aplicação<br />

dessa tecnologia. Objetivo é alinhar as expectativas<br />

de crescimento do mercado com a utilização<br />

da tecnologia para automatização dos processos. O<br />

estudo aponta alguns conceitos e expõe a inovação<br />

de acordo com as necessidades iminentes das estruturas<br />

mercadológicas. São relatadas também algumas<br />

dificuldades do mercado brasileiro se comparado a<br />

outros mais desenvolvidos, no que diz respeito à implementação<br />

desse aporte tecnológico. A pesquisa<br />

deixa claro os conceitos negativos bem como a resistência<br />

de algumas corporações para a aceitação de<br />

uma mudança significativa em sua metodologia de<br />

produção. Além disso, é ressaltado a importância das<br />

companhias alinharem-se com os novos modelos de<br />

controle e gestão de seus produtos, a fim de se manterem<br />

competitivas no mercado.<br />

Palavras-chave: Indústrias, tecnologias, processos, IoT, internet das<br />

coisas.<br />

SETEMBRO <strong>2021</strong> 59


ARTIGO<br />

INTRODUÇÃO<br />

A popularização da internet, desde meados do século<br />

XXI, em conjunto com potencial tecnológico, aumentaram<br />

significativamente os níveis de produção industrial. Para<br />

atender a essa demanda de crescimento exponencial,<br />

novas técnicas surgiram para se ter uma maior automatização<br />

nos processos industriais, a fim de que esse crescimento<br />

em larga escala pudesse ser atendido sem que os<br />

serviços e produtos perdessem a sua qualidade (Lima &<br />

Pinto, 2019).<br />

Nesse contexto de inovações tecnológicas e necessidade<br />

das organizações, o surgimento do conceito de<br />

IoT (do inglês, Internet of Things), trouxe às indústrias as<br />

ferramentas ideais para atender a essa revolução. Trata-se<br />

de uma infraestrutura que permite uma comunicação, conectando<br />

o virtual ao real, criando um controle smart nos<br />

mais variados processos de uma sociedade. Essa forma<br />

de conectividade é usada para fundir a comunicação com<br />

objetos reais do mundo físico e seus dados vinculados a<br />

uma saída e visualização através da internet (Colombo &<br />

Filho, 2018).<br />

Essa revolução tecnológica, aliada às necessidades<br />

das grandes corporações, fez surgir o que se chama hoje<br />

de Indústria 4.0, concepção criada para designar a ação da<br />

IoT e suas grandes implicações nas metodologias de produção<br />

(Beccarin, 2018).<br />

Com relação a esses novos paradigmas, o presente<br />

artigo foi criado com o intuito de apresentar as profundas<br />

e ricas atribuições que a IoT vem trazer para essa era industrial.<br />

Esse assunto é de grande relevância, uma vez que<br />

trata não somente de um futuro próximo, mas também<br />

se refere, já nos dias atuais, ao cotidiano de muitas redes<br />

fabris e corporativas.<br />

Inicialmente o artigo buscou uma fundamentação<br />

teórica sobre os modelos de produções industriais, procurando<br />

apontar o cenário de maior necessidade e a partir<br />

desse ponto foram inseridas as definições e aplicações da<br />

Internet das coisas para melhorias dos processos e cadeias<br />

de produção.<br />

1. JUSTIFICATIVA<br />

Em uma era tecnológica que se preza muito mais pela<br />

rapidez de processos sem perda de qualidade, os conceitos<br />

de eficiência e eficácia são largamente mencionados<br />

em diversos setores industriais, seja em indústrias alimentícias,<br />

transportes, de serviços, etc.<br />

A busca por um sincronismo entre rapidez e qualidade<br />

em um mundo cada vez mais consumista e globalizado<br />

elevou a responsabilidade tecnológica a uma medida de<br />

provisão nesse contexto. É analisando esse ambiente que<br />

o presente artigo se justifica.<br />

2. REFERENCIAL TEÓRICO<br />

2.1 PRODUÇÃO EM MASSA NAS INDÚSTRIAS<br />

O modelo de produção em massa, conhecida também<br />

pela expressão inglesa make-to-stock, traz a ideia<br />

de uma produção de suficiência, pois o intuito é produzir<br />

uma quantidade necessária para ter sempre um produto<br />

disponível nos estoques, em consequência disso, há uma<br />

diminuição nos prazos de entrega para fornecedores ou<br />

clientes (Machado Cruz, 2016).<br />

A produção seriada ou em massa, como também é<br />

chamada, surgiu em meados do século XX. O responsável<br />

por esse modelo, Henry Ford, foi quem deu início a<br />

implementação desse sistema na linha de montagem,<br />

60 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO <strong>2021</strong>


combinando com um processo de divisão de trabalho,<br />

tendo um maior controle e organização para alcançar os<br />

altos volumes de produção a um custo reduzido (Machado<br />

Cruz, 2016).<br />

Na atualidade, os princípios dos modelos de Ford estão<br />

ainda sendo irradiados em larga escala, porém o que<br />

acontece dentro das grandes corporações é que se produz<br />

muito mais em menos tempo, tornando vantajoso um sistema<br />

de controle rigoroso que proporcione uma garantia<br />

de eficiência (Coelho, 2015).<br />

Com a adoção dessa prática tornaram previsível o<br />

grande atendimento das demandas industriais, existindo<br />

um controle burocrático para manter a organização. Além<br />

das estratégias documentais, existe a especialização das<br />

tarefas por parte dos colaboradores que se aperfeiçoam<br />

em funções específicas (Machado Cruz, 2016).<br />

Com o aumento do fluxo de entrada/saída nos estoques<br />

e nas linhas de produções consequente desse tipo<br />

de modelo, os processos passaram a carecer de uma<br />

administração sistemática e automatizada que atenda<br />

a grande escala de itens e materiais fabricados. Essa necessidade<br />

é um resultado intrínseco do largo consumo e<br />

da grande evolução tecnológica vivenciada pelas grandes<br />

empresas (Matos, 2017).<br />

A BUSCA POR UM<br />

SINCRONISMO ENTRE<br />

RAPIDEZ E QUALIDADE EM UM<br />

MUNDO CADA VEZ MAIS<br />

CONSUMISTA E GLOBALIZADO<br />

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SETEMBRO <strong>2021</strong> 61


ARTIGO<br />

Nesse contexto evolutivo, as empresas passaram a<br />

adaptar as suas técnicas a um controle com menos ação<br />

humana e a utilização de ferramentas que propiciem uma<br />

organização mais satisfatória. Nesse tipo de ambiente é<br />

indispensável o monitoramento/controle de produtos, e<br />

é com essa finalidade que a IoT tem se apropriado das cadeias<br />

industriais, oferecendo visibilidade em tempo real e<br />

automatização sistêmica dos processos (Matos, 2017).<br />

A IOT É UMA REDE DE<br />

UTENSÍLIOS FÍSICOS<br />

QUE ANEXAM EM SUA<br />

INFRAESTRUTURA SENSORES E<br />

SOFTWARES, INTEGRANDO<br />

OUTRAS FERRAMENTAS PARA<br />

FAZER UMA CONEXÃO E TROCA<br />

DE INFORMAÇÕES<br />

2.2 O SURGIMENTO DA IOT<br />

No ano de 1999, Kevin Ashton popularizou o termo<br />

Internet das Coisas e 10 anos depois escreveu um artigo: A<br />

Coisa da Internet das Coisas; para um meio de comunicação<br />

da época chamado de RFID Jornal. De acordo com ele,<br />

a capacidade da rede estava em torno de 50 Penta Bytes<br />

de dados acumulados em gravações, registros e reprodução<br />

de imagens (Ashton, 2009).<br />

Naquela época, já existia uma previsão a respeito do<br />

atendimento das demandas com compressão do tempo,<br />

já se imaginava uma conexão entre pessoas e coisas de<br />

maneiras variadas através da internet. A captação de<br />

dados e de informações fazia parte de um modelo a ser<br />

adotado no futuro, segundo Ashton, que visualizava ainda<br />

a criação de ferramentas para otimizar tempo e recursos.<br />

A visão desse grande inovador já fazia uma prévia que a<br />

utilização de tais ferramentas e modelos seria uma revolução<br />

sem precedentes para o mundo que se conhecia na<br />

década de 90 (Ashton, 2009).<br />

O legado documentado e previsto por Ashton está presente<br />

nos dias atuais, onde se vive uma era de integração<br />

e conectividade grandiosa, relacionando dados e informações<br />

entre dispositivos diversos através da internet (Leite;<br />

Matins; Ursini, 2017).<br />

2.3 DEFINIÇÃO IOT<br />

A Internet das Coisas (IoT) é uma rede de utensílios<br />

físicos que anexam em sua infraestrutura sensores e<br />

softwares, integrando outras ferramentas com intuito de<br />

fazer uma conexão e troca de informações com outros<br />

dispositivos conectados a uma rede pela internet. Os equipamentos<br />

e dispositivos podem ser de diferentes tipos de<br />

objetos, como domésticos comuns ou ferramentas industriais<br />

aprimoradas. Acredita-se que existem atualmente<br />

7 bilhões de equipamentos IoT conectados, esse número<br />

62 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO <strong>2021</strong>


tende a aumentar para 10 bilhões até 2020 e 22 bilhões<br />

em 2025 (Oracle, 2019).<br />

Em resumo, nos processos de negócios industriais,<br />

a IoT está atrelada de forma a integrar esses modelos,<br />

tornando uma relação de troca de informações e dados<br />

do ambiente de forma autônoma, existindo a junção da<br />

comunicação física e real, automatizando o sistema e diminuindo<br />

a intervenção humana (Zabadal & Castro, 2017).<br />

Existem diversas definições diferentes para IoT, porém<br />

o alvo e o objetivo da tecnologia são unânimes a todos<br />

os autores. Trata-se da relação entre diversos Hardwares<br />

que se comunicam uns com os outros com sinal de rádio<br />

frequência, armazenando informações úteis para determinadas<br />

tarefas (Zabadal & Castro, 2017).<br />

Segundo Zabadal e Castro (2017), a arquitetura é formada<br />

basicamente por 4 elementos: energia, sensores,<br />

processamento e comunicação. Abaixo segue uma descrição<br />

resumida desses componentes.<br />

Energia: é preciso uma alimentação elétrica para os<br />

dispositivos. Comumente, consistem em energia elétrica,<br />

porém podem ser utilizadas outras formas de energias,<br />

como a solar, por exemplo, ou até mesmo baterias.<br />

Sensores: faz o contato do ambiente onde está presente<br />

com o objeto real pertencente àquela localidade.<br />

Monitoram grandezas físicas como, temperatura, umidade,<br />

movimentação, pressão, etc.<br />

Processamento: é formada por uma memória embutida<br />

que é responsável pelo armazenamento dos dados<br />

coletados pelos sensores, esses dados são tratados e<br />

normalmente descarregados em uma base de dados ou<br />

plataforma que decifrarão e os utilizarão em concordância<br />

com a necessidade de uma organização.<br />

Comunicação: Consiste em um meio de conexão<br />

que pode ser realizado com ou sem fio. A comunicação<br />

geralmente é feita com a utilização de sinal RF (Rádio<br />

Frequência) que manda ou excita para receber um sinal de<br />

resposta com os dispositivos comunicantes.<br />

2.4 IOT INDUSTRIAL<br />

IoT industrial (IIoT) alude ao uso dessa tecnologia a<br />

meios industriais, principalmente quando relacionada à<br />

instrumentação, sensores e hosts que contemplem tecnologias<br />

em nuvem. Atualmente, as corporações utilizam<br />

uma comunicação recíproca entre maquinas (M2M) para<br />

obtenção de uma conexão wireless. Porém com as evoluções<br />

tecnológicas e a chegada do armazenamento em<br />

nuvem, tornou-se possível o surgimento de uma nova camada<br />

de automação, criando assim, metodologias novas<br />

para os mais atuais modelos de negócios. Nesse contexto<br />

a IIoT passou a ser chamada por muitos de quarta revolução<br />

industrial ou Industria 4.0 (Oracle, 2019).<br />

Ainda, de acordo com Oracle (2019), existem algumas<br />

aplicações do IIoT nos parques industriais:<br />

• Oficina Inteligente<br />

• Manutenção Preventiva<br />

• Redes Elétricas Inteligentes<br />

• Cidades Inteligentes<br />

• Logística Conectada e Inteligente<br />

• Cadeias de Suprimentos Digitais e Inteligentes<br />

Na IoT existe a camada operacional, essa camada contempla<br />

a digitalização de dados nos processos industriais.<br />

A utilização da Internet das Coisas é responsável pela<br />

conexão das informações de equipamentos vinculados a<br />

internet (Venturelle, 2018).<br />

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SETEMBRO <strong>2021</strong> 63


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64 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO <strong>2021</strong>


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MERCADO CADA VEZ MAIS TRATA COMO FUNDAMENTAL QUE AS EMPRESAS<br />

SE PREOCUPEM COM PAUTAS SOCIAIS,AMBIENTAIS E ECONÔMICAS<br />

S<br />

e antes os fatores por trás do fracasso de uma<br />

empresa estavam muito associados a questões<br />

econômicas, agora, com a mudança de comportamento<br />

da sociedade, os aspectos sociais<br />

ou ambientais de uma organização tornaram-<br />

-se extremamente importantes para o sucesso e a solidez<br />

de qualquer companhia. Empresas que não contam com<br />

propósitos visíveis, tornam-se referências negativas ao seu<br />

público-alvo. De acordo com uma pesquisa realizada pela<br />

Union e Webster, 87% da população brasileira prefere adquirir<br />

produtos e serviços de empresas sustentáveis. Mas,<br />

como promover a sustentabilidade nas empresas?<br />

De modo geral, toda empresa precisa priorizar objetivos<br />

sociais, ambientais e econômicos. Quando falamos<br />

sobre questões ambientais nas empresas, por exemplo,<br />

precisamos ter em mente as boas práticas internas de redução<br />

e reutilização de insumos, a reciclagem no descarte<br />

e a redução do consumo de energia e de água. Desta<br />

forma, é muito comum que as companhias correlacionem<br />

os seus objetivos com a agenda 2030 da ONU (Organização<br />

das Nações Unidas), documento criado em 2015,<br />

centrado em 17 objetivos para formar uma sociedade<br />

globalmente sustentável. Esses objetivos reúnem temas<br />

como fome, pobreza, educação, igualdade, clima, consumo,<br />

entre outros.<br />

A relevância dessas metas traçadas pelas empresas<br />

está muito conectada a sua sobrevivência no mercado.<br />

Se os aspectos sociais ou ambientais de uma organização<br />

não são claros para todos os clientes, fornecedores,<br />

entidades governamentais, colaboradores e outros stakeholders,<br />

a sua empresa pode se tornar uma referência<br />

negativa no mercado.<br />

Para que uma empresa se posicione como socialmente<br />

responsável, é preciso conhecimento, realização de<br />

EMPRESAS QUE<br />

TRAÇARAM AÇÕES DE<br />

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autoanálise social (quem são os funcionários, entorno,<br />

clientes), ambiental (aspectos e impactos significativos),<br />

recursos e boa intenção. Além disso, o conhecimento é a<br />

chave para otimizar as ações sociais e ambientais.<br />

Desta forma, é importante que as ações sociais, depois<br />

de traçadas pelas companhias, sejam organizadas<br />

para facilitar sua replicação em outras unidades. Aos poucos,<br />

é possível promover o autoconhecimento para potencializar<br />

ações internas e externas dentro das empresas.<br />

Lembrando que, essas diretrizes funcionam em caráter de<br />

orientação e dependem de engajamento de toda a cadeia<br />

a fim de promover o impacto desejado.<br />

Empresas que traçaram ações de sustentabilidade, a<br />

longo prazo, conseguem colher resultados muito positivos.<br />

Existem impactos menos mensuráveis como os sociais,<br />

mas, alguns como o de sustentabilidade ambiental,<br />

por exemplo, podem ser medidos com mais facilidade.<br />

Ao entrar no detalhe de cada ação, a diferença está no<br />

planejamento. Quando a decisão de agir é tomada, é necessário<br />

definir se trata de uma ação pontual ou contínua,<br />

se a iniciativa busca o engajamento máximo e está direcionada<br />

a quem mais precisa de fato. Isso não somente<br />

ajuda na motivação de participar, como permite, no final<br />

de um período, medir de fato o que foi alcançado.<br />

O tamanho do Brasil conta com a vantagem de atrair<br />

empresas multinacionais, o que possibilita um nivelamento<br />

do tema por meio do “intercâmbio de especialização”.<br />

De fato, está cada vez mais comum as organizações criarem<br />

uma estrutura interna para focar em sustentabilidade.<br />

Quando uma empresa se dispõe a mapear os aspectos e<br />

impactos, os colaboradores e a sociedade como um todo<br />

são afetados por meio do consumo racional de recursos,<br />

que, automaticamente, criam uma gama de efeitos<br />

que estão interrelacionados. O papel dessa estrutura é<br />

estudar esse inter-relacionamento direto ou indireto. A<br />

questão da sustentabilidade nas empresas comprova<br />

que, além de potencializar ganhos econômicos, também<br />

auxilia na reputação, conhecimento e evolução como<br />

empresa.<br />

66 referenciaindustrial.com.br SETEMBRO <strong>2021</strong>


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