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madeira

Raquel Lombardi

Coordenadora Erasmus+

I Conferência

Internacional de

Saúde e Inclusão

em Tempos de

Pandemia ACSS

Raquel Lombardi –

Conclusões Finais

Parte 4

(cont.)

Como o COVID-19 é uma doença comunicável,

as práticas de saúde

pública constituem o principal mecanismo

preventivo como proteção

primária além do tratamento e a comunicação

de risco é essencial para a conscientização

pública, medidas preventivas e conter o

surto durante a pandemia. Num aspeto mais

amplo, comunicação de crise e risco, corresponde

a um quadro maior que consiste na

comunicação de crise urgente, capacitando

a decisão - fazer o processo, e construir uma

rede de comunicação entre os especialistas

e o comum. A mídia desempenha um papel

importante na transmissão de informações

entre os especialistas em comunicação de

risco, administradores e o comum dos cidadãos.

Mas, a pandemia é um período dinâmico

e são possíveis mudanças na perceção humana,

nos diferentes níveis de sensibilidade

e comportamentos. A incerteza está presente

neste curso e no superar dessa incerteza,

pode ser essencial a comunicação correta

de risco com a colaboração da mídia (Hulya

Syrin), mas também, o seu nível de alfabetização

sanitária. A literacia de saúde limitada

e inadequada na sociedade é, também ela,

uma epidemia silenciosa. A perceção, aceitação

e implementação das intervenções da

sociedade estão intimamente relacionadas

com o nível de alfabetização sanitária dos indivíduos.

A literacia de saúde é, desta forma,

uma grande e importante questão de saúde

pública, mas, que ainda é globalmente subestimada,

pelo que não deve ser ignorada

na emergência de problemas de saúde,

surtos e na criação dos comportamentos de

saúde corretos, que são muito importantes

no caso de epidemias, e na formação de reações

comunitárias. A alfabetização sanitária

é um fator social determinante de saúde, e,

embora os baixos níveis de literacia estejam

associados à falta de educação, pobreza, desemprego

e baixo estatuto socioeconómico,

pessoas com educação superior e os níveis

de rendimento mais altos podem também

mostrar baixos níveis de literacia de saúde

quando confrontados com um novo problema

(Secil Ozcan). E na realidade, a pandemia

COVID-19 afectou todas as áreas da medicina,

com impacto na saúde e qualidade de

vida dos doentes. A área da Medicina Física

e de Reabilitação (MFR), com a atividade

assistencial presencial restrita aos doentes

agudos em regime de ambulatório ou sua

substituição por teleconsulta e telerreabilitação,

foi uma das áreas cuja notoriedade da

sua importância na recuperação dos indivíduos

afectados pela condição e na melhoria

da sua qualidade de vida mais se realçou na

comunicação social apesar da dificuldade

de resposta pelas limitações condicionadas

pela pandemia/saúde pública. Para além

do mencionado acima, a Medicina Física e

Reabilitação, nas suas várias valências (essencialmente

Fisioterapia; Terapia da Fala

e Terapia Ocupacional) teve um papel fundamental

na recuperação dos doentes com

sequelas de COVID 19, que apresentam alterações

respiratórias, neuro cognitivas, motoras,

deglutição e descondicionamento, entre

outras (Joana Macedo). Em oncologia não

podemos fazer um registo muito melhor. Em

tempos de pandemia covid-19, as recomendações

aconselhadas para prevenção primária

(assim como secundária) foram adiadas

ou esquecidas e, consequentemente, um

tratamento pior e menor expectativa de vida

estão no horizonte (Fernando Fernandes).

(continua no próximo número). s

12 saber outubro 2021

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