SCMedia News | Revista | Setembro 2021
A revista dos profissionais de logística e supply chain.
A revista dos profissionais de logística e supply chain.
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
SCM Supply Chain Magazine 23<br />
Autores: João Falardo, delegado AICEP em Pequim<br />
Filipe Sequeira, técnico AICEP em Pequim<br />
Até 2024, os mesmos analistas apontam a<br />
meta dos 3.000 mil milhões de dólares<br />
em vendas realizadas nos canais de venda<br />
eletrónicos da China. Em 2019, ano de prépandemia,<br />
o valor das vendas eletrónicas a<br />
retalho no país rondaram os 1.640 mil milhões<br />
de dólares. Como se não fosse suficiente, os<br />
valores económicos associados ao comércio<br />
eletrónico do país não ficam por aqui.<br />
O e-commerce na China, que foi<br />
recentemente estimulado pelo impacto<br />
económico da COVID-19, teve como principal<br />
ponto de partida a fundação do Grupo Alibaba<br />
em 1999 e posteriormente o lançamento da<br />
plataforma Taobao em 2003. Inicialmente<br />
criada com o intuito de conectar pequenos<br />
comerciantes com fornecedores chineses,<br />
as potencialidades da plataforma Taobao,<br />
desenvolvida pela Alibaba, atraíram desde logo<br />
a atenção das grandes empresas chinesas, que<br />
se associaram a este canal de vendas Business-<br />
-to-Business (B2B).<br />
Com o crescimento económico da população<br />
chinesa, o foco do comércio eletrónico<br />
alastrou-se paralelamente ao segmento<br />
Business-to-Consumer (B2C), permitindo<br />
o surgimento de novas empresas, como a<br />
Jingdong.com, que inaugurou a sua primeira<br />
plataforma de comércio eletrónico em 2004, e<br />
a redefinição da estratégia do Grupo Alibaba,<br />
que lançou a sua primeira plataforma dedicada<br />
ao consumidor final em 2008.<br />
Empresas como a Alibaba e a Jingdong.<br />
com foram pioneiras na recolha de novas<br />
oportunidades de negócio associadas aos<br />
canais de venda eletrónicos chineses, incutindo<br />
gradualmente no seio da população chinesa,<br />
com algum poder de compra, novos hábitos<br />
de consumo que hoje ocupam o quotidiano de<br />
todas as faixas etárias do país, transformando<br />
igualmente as atividades económicas do tecido<br />
empresarial a nível doméstico e internacional.<br />
Com 989 milhões de utilizadores de internet<br />
ativos até ao final de 2020 (China Internet<br />
Network Information Center), a China é<br />
atualmente responsável por mais de metade<br />
do comércio eletrónico B2C realizado em todo<br />
o mundo (Global Ecommerce 2020 – Insider<br />
Intelligence eMarketer). De acordo com a<br />
mesma fonte, a contribuição deste canal de<br />
vendas para a totalidade das vendas a retalho<br />
realizadas na China aumentou de 20 por cento<br />
em 2016, para 44 por cento em 2020. Este<br />
valor contrasta com as contribuições de 27,5<br />
e 14,5 por cento observadas nos mercados<br />
do Reino Unido e Estados Unidos da América,<br />
respetivamente (World Economic Forum –<br />
E-Commerce Growth is Fastest in China).