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*Novembro/2021 Referência Industrial 236

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PRÊMIO REFERÊNCIA - Conheça os ganhadores do prêmio mais importante do setor madeireiro<br />

LANÇAMENTO<br />

MPG-Plus<br />

MESA POSICIONADORA AUTOMÁTICA COM SCANNER<br />

EM CONSTANTE<br />

DESENVOLVIMENTO<br />

SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS DE PONTA COM<br />

FABRICAÇÃO NACIONAL TRAZEM MAIS<br />

PRODUTIVIDADE E RENTABILIDADE AO SETOR<br />

IN CONSTANTLY<br />

DEVELOPMENT<br />

CUTTING-EDGE TECNOLOGIES<br />

PRODUCED IN BRAZIL BRING MORE<br />

PRODUCTIVITY AND PROFITABILITY TO<br />

THE SAWMILL BUSINESS


CONFIANÇA<br />

Nós temos a confiança<br />

como base dos nossos<br />

relacionamentos<br />

FLEXIBILIDADE<br />

Nós temos flexibilidade<br />

para atender às demandas de<br />

nossos clientes<br />

NOSSOS<br />

VALORES<br />

SUCESSO DO<br />

CLIENTE<br />

Nós entendemos que o<br />

sucesso do cliente é o nosso<br />

sucesso<br />

RESPEITO<br />

Nós respeitamos<br />

as pessoas<br />

QUALIDADE<br />

PAIXÃO<br />

Nós trabalhamos sempre na<br />

busca pela excelência<br />

Nós trabalhamos com<br />

energia e paixão<br />

SOLUÇÕES COMPLETASPARA INDÚSTRIA DA MADEIRA<br />

Scanners e Softwares de Otimização - Máquinas de Afiação - Correntes Especiais - Picadores - Peneiras - Descascadores - Estufas de Secagem - Mecanizações para Manuseio de Tábuas


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SUMÁRIO<br />

INDUSTRIAL<br />

70<br />

<strong>2021</strong><br />

40<br />

64<br />

50<br />

MADEIRA<br />

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />

Alca Máquinas 11<br />

Benecke 17<br />

Cipem 09<br />

DRV Ferramentas 15<br />

Drytech 29<br />

Eletro Izidoro 33<br />

Engecass 21<br />

Franzoi 23<br />

Gottert 27<br />

H Bremer 35<br />

HB Máquinas 79<br />

Indumec 31<br />

Linck 05<br />

Mademil 67<br />

Mafercon 37<br />

Máquinas Águia 73<br />

Marrari 63<br />

Mendes Máquinas 02<br />

Mill Indústrias 84<br />

MM Wood Brazil 39<br />

Montana Química 07<br />

MSM Química 13<br />

MSP <strong>Industrial</strong> 83<br />

Nazzareno 25<br />

Omil 19<br />

Polecola 53<br />

Prêmio REFERÊNCIA 81<br />

Rotteng 61<br />

Solution Focus 69<br />

Tecnovapor 77<br />

SUMÁRIO<br />

06 Editorial<br />

08 Cartas<br />

10 Bastidores<br />

12 Coluna Flavio C. Geraldo<br />

14 Notas<br />

28 Aplicação<br />

30 Frases<br />

32 Entrevista<br />

38 Coluna ABIMCI<br />

40 Principal Novidades tecnológicas<br />

50 Madeira Tratada<br />

54 Prêmio REFERÊNCIA<br />

58 Produção<br />

64 Indústria<br />

70 Mercado<br />

74 Artigo<br />

80 Agenda<br />

82 Espaço Aberto<br />

04<br />

referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2021</strong>


TECNOLOGIA DE PONTA PARA SERRARIAS<br />

Curitiba – PR - Brasil<br />

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competência e experiência<br />

mais de 150 linhas de perfilagem em uso ao redor do mundo<br />

serrarias com otimização de tábuas laterais e aumento de rendimento desde 1983<br />

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serrarias para corte de toras classificadas por dimensão e não classificadas<br />

Inovação. Qualidade.<br />

Economia.<br />

MADE IN GERMANY


EDITORIAL<br />

SELO DE<br />

QUALIDADE<br />

A<br />

Mendes Máquinas está no mercado<br />

há 65 anos e traz em seu DNA a<br />

qualidade reconhecida em todos os<br />

equipamentos e soluções oferecidos<br />

ao setor madeireiro. A empresa sediada<br />

em Curitibanos, no centro-oeste de Santa<br />

Catarina, também conseguiu ganhar a confiança<br />

de empresas internacionais, que contam com a<br />

Mendes para desenvolver produtos com selo de<br />

qualidade reconhecido em todo mundo. Nesta<br />

edição, você também irá conferir uma entrevista<br />

exclusiva com o diretor executivo da AIMEX, Eduardo<br />

Leão, sobre a crise vivida pelas indústrias madeireiras<br />

do Pará, além de matérias sobre exportação,<br />

mercado, marcenaria e muito mais. Tenha<br />

uma excelente leitura!<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

NA CAPA<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />

www.referenciaindustrial.com.br<br />

Ano XXIII • N°235 •Novembro <strong>2021</strong><br />

NA CAPA DESTE MÊS É<br />

ESTAMPADA A MPG-PLUS,<br />

NOVA SOLUÇÃO DA MENDES<br />

MÁQUINAS PARA AS SERRARIAS<br />

PRÊMIO REFERÊNCIA - Conheça os ganhadores do prêmio mais importante do setor madeireiro<br />

LANÇAMENTO<br />

MPG-Plus<br />

MESA POSICIONADORA AUTOMÁTICA COM SCANNER<br />

EM CONSTANTE<br />

DESENVOLVIMENTO<br />

SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS DE PONTA COM<br />

FABRICAÇÃO NACIONAL TRAZEM MAIS<br />

PRODUTIVIDADE E RENTABILIDADE AO SETOR<br />

DO SETOR MADEIREIRO<br />

IN CONSTANTLY<br />

DEVELOPMENT<br />

CUTTING-EDGE TECNOLOGIES<br />

PRODUCED IN BRAZIL BRING MORE<br />

PRODUCTIVITY AND PROFITABILITY TO<br />

THE SAWMILL BUSINESS<br />

EXPEDIENTE<br />

ANO XXIII - EDIÇÃO 235 - NOVEMBRO <strong>2021</strong><br />

Diretor Comercial / Commercial Director - Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

06<br />

QUALITY SEAL<br />

M<br />

endes Máquinas has been on the<br />

market for 65 years, and it has in<br />

its DNA a quality recognized in all<br />

equipment and solutions offered<br />

to the Forest Product Sector. The<br />

Company based in Curitibanos, in the Midwest of<br />

the State of Santa Catarina, has even managed to<br />

gain the trust of international companies that rely<br />

on Mendes to develop products with a quality seal<br />

recognized worldwide. In this issue, you can also<br />

check out an interview about the crisis experienced<br />

by the forest product producers in the State<br />

of Pará and articles about export, market, woodworking,<br />

and more.<br />

Pleasant reading!<br />

referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2021</strong><br />

Diretor Executivo / Executive Director - Pedro Bartoski Jr.<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Redação / Writing<br />

Jorge de Souza<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Colunista / Columnist<br />

Flavio C. Geraldo | Paulo Pupo<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski / Supervisão<br />

Crislaine Briatori Ferreira<br />

Gabriela Bogoni | Larissa Purkotte<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Midias Sociais / Social Media<br />

Cainan Lucas<br />

Depto. Comercial / Sales Departament - Gerson Penkal, Jéssika Ferreira,<br />

Tainá Carolina Brandão<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Representante Comercial - Dash7 Comunicação - Joseane Cristina Knop<br />

Tradução / Translation - John Wood Moore<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

Pedro Moura<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

0800 600 2038<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

Periodicidade Advertising<br />

GARANTIDA GARANTEED<br />

Veículo filiado a:<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente, dirigida aos produtores e<br />

consumidores de bens e serviços em madeira, instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos<br />

governamentais, ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente ligados ao<br />

segmento madeireiro. A Revista REFERÊNCIA do Setor <strong>Industrial</strong> Madeireiro não se responsabiliza por<br />

conceitos emitidos em matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais de<br />

responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação, armazenamento de banco<br />

de dados, sob qualquer forma ou meio, dos textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista RE-<br />

FERÊNCIA são terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos direitos autorais,<br />

exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication directed at the producers and<br />

consumers of the good and services of the lumberz industry, research institutions, university students,<br />

governmental agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked to the forest based<br />

segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself responsible for the concepts contained in the material,<br />

articles or columns signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors, themselves. The<br />

use, reproduction, appropriation and databank storage under any form or means of the texts, photographs<br />

and other intellectual property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited without<br />

the written authorization of the holders of the authorial rights.


SPECIALIZED IN EXPORT,<br />

A COMPANY GAINS MARKETS IN EUROPE<br />

AND ASIA WITH HIGH QUALITY<br />

ENTREVISTA - Presidente reeleito do Cipem (MT), Rafael Mason, comenta sobre o novo mandato<br />

CARTAS<br />

A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />

MADEIRA PARA<br />

O MUNDO<br />

ESPECIALIZADA EM EXPORTAÇÃO<br />

GANHA MERCADO NA EUROPA E<br />

ÁSIA COM PRODUTOS DE ALTA QUALIDADE<br />

CARTAS<br />

CAPA DA EDIÇÃO 234 DA<br />

REVISTA REFERÊNCIA INDUSTRIAL, MÊS DE OUTUBRO DE <strong>2021</strong><br />

MADEIRA TRATADA<br />

www.referenciaindustrial.com.br<br />

Ano XXIII • N°234 •Outubro <strong>2021</strong><br />

WOOD FOR THE WORLD<br />

CAPA<br />

Por Daniel Santos –<br />

Cuiabá (MT)<br />

Por Cássio Cristian dos Anjos<br />

– Caxias do Sul (RS)<br />

Eucalipto e pinus seguem como destaques na<br />

produção nacional de madeira. Que possamos ter<br />

cada vez mais essas árvores ocupando o Brasil!<br />

Muito bacana ver cada<br />

vez mais as empresas<br />

brasileiras atingindo o<br />

mercado internacional.<br />

É um caminho sem volta<br />

com a qualidade da<br />

madeira brasileira.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

ENTREVISTA<br />

Por Marcos Paulo D’Ávila<br />

– Luziânia (GO)<br />

MERCADO<br />

Mato Grosso é uma<br />

das maiores minas de<br />

riquezas naturais do Brasil.<br />

Destaque não apenas<br />

no agronegócio, mas na<br />

extração e exportação<br />

de madeiras também.<br />

Orgulho!<br />

Por Fernando Bastos –<br />

Manaus (AM)<br />

Com apoio e incentivo do Governo, o setor<br />

madeireiro vai continuar quebrando recordes e<br />

mais recordes. Trabalho duro e honesto que gera<br />

emprego e receitas em todo Brasil.<br />

08<br />

Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os<br />

e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.<br />

As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião é<br />

fundamental para a Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL.<br />

referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2021</strong><br />

E-mails, críticas e sugestões podem ser enviados para redação ou siga:<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

CURTA NOSSA PÁGINA<br />

Referência <strong>Industrial</strong> Madeira<br />

@referenciamadeira


CIPEM assina termo de compromisso e atuará como apoiador<br />

em Programa Carbono Neutro MT<br />

Em 25 de outubro, o CIPEM marcou presença<br />

em solenidade de lançamento do “Programa<br />

Carbono Neutro Mato Grosso”. A agenda foi<br />

realizada no “Salão Nobre Cloves Vettorato”,<br />

localizado no Palácio Paiaguás.<br />

Na ocasião, a secretária da Secretaria de<br />

Estado de Meio Ambiente - Sema/MT, Mauren<br />

Lazzaretti, e o Governador do Estado Mauro<br />

Mendes apresentaram brevemente o Programa e<br />

seus respectivos objetivos. Dentre estes, destaca-<br />

-se a neutralização de emissões de gases de<br />

efeito estufa, por meio de medidas ambientais<br />

estratégicas.<br />

O Programa, sobretudo, visa alinhar-se com as<br />

metas estipuladas pela campanha criada pelas<br />

Nações Unidas, o “Race to Zero”, juntamente da<br />

Coalizão Under2, sendo ambas relacionadas<br />

com os planos globais de controle climático.<br />

Com isso, o intuito do novo programa estadual<br />

é o de realizar a descarbonização até 2035.<br />

Para isso, Lazzaretti ressaltou que o Manejo<br />

Florestal Sustentável (MFS) é, reconhecidamente,<br />

uma das principais atividades que fomenta<br />

desenvolvimento sustentável, econômico e social,<br />

primando pela conservação da Amazônia.<br />

Por esta razão, uma das estratégias já definidas<br />

terá como foco expandir e tornar o MFS<br />

ainda mais consolidado.<br />

Rafael Mason, presidente do CIPEM, parabenizou<br />

o Governo do Estado pela iniciativa e<br />

afirmou que o setor de base florestal prestará<br />

pleno e total apoio ao Programa. “Com muito<br />

orgulho, estamos, hoje, com 4,7 milhões de<br />

hectares conservados por meio do Manejo<br />

Florestal Sustentável, que é uma atividade que<br />

equilibra produção e conservação e que irá<br />

crescer muito mais”.<br />

A proposta do Programa Carbono Neutro<br />

Mato Grosso, por sua vez, visa antecipar a<br />

“descarbonização”, projetada inicialmente, para<br />

2050, conforme indicado pelas campanhas<br />

internacionais.<br />

Ao final, Mason assinou termo de compromisso,<br />

que atribuiu ao CIPEM, a categoria “apoiador”<br />

do Selo Carbono Neutro MT, formalizando<br />

a intenção da entidade e dos oito sindicatos que<br />

a compõe, em contribuir voluntariamente com o<br />

programa, de modo a realizar campanhas para<br />

disseminar as metas e resultados juntamente do<br />

Estado de Mato Grosso.<br />

Foram criadas, ao todo, quatro categorias do<br />

Selo Carbono Neutro MT: compromissário,<br />

apoiador, carbono 0% e financiador.<br />

O selo será uma certificação importante para<br />

as empresas que querem mostrar o seu compromisso<br />

com o meio ambiente.<br />

CipemdeMT CipemMT cipemmt (65) 3644-3666 Manejosustentavel


BASTIDORES<br />

BASTIDORES<br />

PARCEIRA<br />

O DIRETOR COMERCIAL DA REFERÊNCIA INDUSTRIAL,<br />

FÁBIO MACHADO, VISITOU A EMPRESA INDUMEC,<br />

DAS DIRETORAS ANNE KOLLER E STEPHANE KOLLER.<br />

A INDUMEC É PARCEIRA COMERCIAL DA REVISTA<br />

DESDE 1999.<br />

Foto: divulgação<br />

CAPA<br />

PARA A REPORTAGEM DE CAPA DESSA EDIÇÃO, O<br />

DIRETOR COMERCIAL DA REFERÊNCIA INDUSTRIAL,<br />

FÁBIO MACHADO, ESTEVE EM CURITIBANOS (SC)<br />

NA SEDE DA MENDES MÁQUINAS DOS DIRETORES<br />

RODRIGO MENDES E ANDRÉ FABRIS.<br />

Foto: divulgação<br />

ALTA<br />

EMPREGOS<br />

O número de empregados com carteira de trabalho<br />

assinada no setor privado somou 31 milhões de pessoas<br />

no trimestre móvel encerrado em agosto, uma alta de<br />

4,2% na comparação com o trimestre encerrado em<br />

maio e de 6,8% em relação ao mesmo trimestre de<br />

2020. Já os empregados sem carteira assinada no setor<br />

privado ficaram em 10,8 milhões, uma alta de 10,1% no<br />

trimestre e de 23,3% no ano, as maiores variações da<br />

série histórica. Os dados são da Pesquisa Nacional por<br />

Amostra de Domicílio Contínua Mensal, divulgados em<br />

outubro pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e<br />

Estatística). A taxa de desocupação fechou o trimestre<br />

móvel encerrado em agosto em 13,2%, queda de 1,4<br />

ponto percentual na comparação com o trimestre terminado<br />

em maio, ficando em 13,7 milhões de pessoas. O<br />

número de empregadores foi de 3,8 milhões em agosto,<br />

estável nas duas comparações. Os empregados no setor<br />

público somaram 11,6 milhões de pessoas, incluindo estatutários<br />

e militares, uma queda de 3,1%. As trabalhadoras<br />

domésticas somam 5,5 milhões, um aumento de<br />

9,9% em relação ao trimestre encerrado em maio e mais<br />

21,2% na comparação com agosto de 2020.<br />

BAIXA<br />

ECONOMIA<br />

A elevação da taxa Selic (juros básicos da<br />

economia) para 7,75% ao ano recebeu<br />

críticas de entidades do setor produtivo.<br />

Para o comércio e a indústria, a decisão do<br />

COPOM (Comitê de Política Econômica)<br />

do Banco Central foi excessiva e aumenta o<br />

risco de recessão econômica em 2022. Para<br />

a ACSP (Associação Comercial de São Paulo),<br />

a elevação da Selic trará custos maiores<br />

para o comércio e para o setor produtivo<br />

em geral. Em comunicado, a entidade argumentou<br />

que o aumento de juros não se<br />

justificaria porque os preços estão sendo<br />

pressionados por problemas de oferta,<br />

como alta nos combustíveis e na luz, não<br />

por causa de excesso de demanda. Segundo<br />

a ACSP, o reajuste da Selic dificultará<br />

o acesso ao crédito. A associação cobrou<br />

a resolução do impasse entre o governo<br />

federal e o Congresso em torno da situação<br />

fiscal, o que contribuiria para a valorização<br />

do real e a queda dos preços.<br />

10 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2021</strong>


perfiladeira<br />

dupla automática<br />

4 grupos<br />

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qualidade e<br />

produtividade que<br />

sua empresa merece<br />

A perfiladeira dupla automática é composta<br />

por riscador + triturador + tupia automática +<br />

tupia, desenvolvida para atender o mercado<br />

moveleiro e madeireiro mais exigente<br />

Nosso compromisso com a evolução do uso da tecnologia global continua avançando para atender o Brasil<br />

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COLUNA<br />

A FORÇA, A INTELIGÊNCIA E A VERSATILIDADE<br />

ADEQUADA AS EXIGÊNCIAS DE SUSTENTABILIDADE, PROCURA PELA MADEIRA COMO MATÉRIA-PRIMA NA<br />

CONSTRUÇÃO CRESCE EM TODO MUNDO<br />

Flavio C. Geraldo<br />

FG4 MAD - Consultoria em Madeira<br />

Contato: flavio@fg4mad.com.br<br />

NÃO É NOVIDADE O FATO DE<br />

ESTAR HAVENDO UMA<br />

VERDADEIRA CORRIDA GLOBAL PELA<br />

INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO ATRÁS DO<br />

TÃO FALADO SISTEMA CONSTRUTIVO<br />

CARBONO ZERO<br />

B<br />

ons exemplos nos são caros, e o momento<br />

parece ser adequado para algumas reflexões<br />

a respeito dos benefícios que estes podem<br />

nos trazer. Charles Darwin, um naturalista Britânico,<br />

nascido no ano de 1809 na cidade de<br />

Shrewsbury, Inglaterra, desde cedo se interessou pelas ciências<br />

Naturais. Um grande amigo, John Stevens Henslow,<br />

percebendo suas tendências às ciências naturais, aconselhou-o<br />

a se embrenhar pelas florestas tropicais. Assim,<br />

em dezembro de 1831 Darwin embarcou no HMS Beagle<br />

em uma expedição exploratória pela costa da América do<br />

Sul, com especial atenção ao Arquipélago de Galápagos.<br />

Durante 5 anos estudou com profundidade a fauna, flora<br />

e os aspectos geológicos de toda essa região, vindo mais<br />

tarde, a publicar a sua mais conhecida obra abordando a<br />

teoria de evolução, que muito resumidamente propunha<br />

o mecanismo da seleção natural para explicar a evolução.<br />

Baseado nas suas detalhadas observações, entre inúmeras<br />

outras abordagens, ele mencionava: “Não é o mais forte<br />

que sobrevive, nem o mais inteligente, mas aquele que<br />

melhor se adapta às mudanças.” Nos últimos anos tem<br />

havido certa insistência de nossa parte alertando para a<br />

necessidade do nosso setor industrial, especificamente o<br />

setor de proteção de madeiras, procurar sair de certa zona<br />

de conforto no que se refere aos mercados predominantes<br />

de madeira tratada. Longe de desejar ser repetitivo,<br />

Foto: divulgação<br />

vale sempre insistir no fato de que enquanto o número<br />

de instalações industriais voltadas ao tratamento de madeira<br />

aumenta de maneira brutalmente desproporcional<br />

ao mercado da madeira tratada, predominantemente<br />

mourões e peças para cercas, a disputa pela participação<br />

nesse mercado, que é de baixo valor agregado, reflete na<br />

pressão de preços e na qualidade dos produtos ofertados.<br />

Enquanto isso, a indústria responsável pela produção de<br />

outros materiais vai ganhando espaços em mercados onde<br />

seus produtos são de maior valor agregado. O mercado de<br />

componentes e elementos para sistemas construtivos modulares<br />

industrializados surge na paisagem de forma muito<br />

robusta e a madeira tratada pode concorrer com vantagens<br />

indiscutíveis neste momento em que o tema da sustentabilidade<br />

continua mais forte a cada dia. Não é novidade o<br />

fato de estar havendo uma verdadeira corrida global pela<br />

indústria da construção atrás do tão falado sistema construtivo<br />

carbono zero. Não há material construtivo mais amigo<br />

do ambiente do que a madeira cultivada. Estamos falando<br />

de um material renovável, de ciclo curto, que absorve e sequestra<br />

dióxido de carbono, um gás de efeito estufa. O cenário<br />

atual nos mostra claramente o momento de extrema<br />

receptividade às construções modulares industrializadas.<br />

Até poucos anos atrás, era possível mencionar os projetos<br />

onde a madeira engenheirada era utilizada na construção<br />

de edifícios altos (tall buildings). Hoje, é impossível mencionar<br />

esses projetos, tal a rápida proliferação dos mesmos ao<br />

redor do mundo. Já há centenas deles, ou seja, o conceito<br />

parece estar definitivamente arraigado! Em alusão aos conceitos<br />

de Darwin, o ambiente está mudando rapidamente<br />

e a indústria deve manter sua atenção na capacidade de<br />

adaptação a essas mudanças. No Brasil, temos algumas<br />

Normas Técnicas que já podem referenciar a produção e<br />

comercialização de produtos destinados às construções<br />

industrializadas, claro, sempre com espaços para melhorias<br />

e expansões. Um pequeno exemplo, vindo dos EUA (Estados<br />

Unidos da América) e de vários países da Europa, que<br />

é representativo e ao mesmo tempo nos mostra evolução<br />

do setor, é a utilização de etiquetas (tags ou labels), predominantemente<br />

aplicadas em peças de madeira tratada destinadas,<br />

em especial aos mercados voltados à construção.<br />

Essas etiquetas, indeléveis e duráveis, contêm informações<br />

que podem ser lidas através de códigos QR, onde constam<br />

todas as informações a respeito da empresa produtora,<br />

tipo de madeira, tratamento, retenções de ingredientes<br />

ativos e categoria de uso que pode ser utilizada. O usuário,<br />

seja em nível doméstico ou em maior escala, estará sempre<br />

informado adequadamente a respeito do produto de madeira<br />

tratada que está sendo utilizado. São procedimentos<br />

simples, que denotam claramente a disposição por mudanças<br />

necessárias à sobrevivência.<br />

12 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2021</strong>


CIPERTRIN MD<br />

• Líder no tratamento inseticida de painéis de madeira, (compensados,<br />

aglomerados MDF, OSB e outros) por adição à cola;<br />

• Mais concentrado dos inseticidas, diminui a quantidade de inertes<br />

a serem aplicados na cola, como também a área de estocagem;<br />

• Base água, com baixa toxicidade e baixo odor;<br />

• Isento de solventes que atacam as borrachas dos equipamentos<br />

industriais;<br />

• Compatível com resinas de última geração;<br />

• Fácil diluição em água, para tratamento por imersão de madeiras<br />

serradas.<br />

TBP 90<br />

• O primeiro fungicida (antimofo) para madeira a base de<br />

tribromofenol só poderia ser o líder de mercado e a MSM<br />

Química a maior importadora deste ingrediente ativo.<br />

• Produto de fácil aplicação não retirando da madeira<br />

suas características naturais.<br />

• Fácil diluição, não decantando ou criando borras dentro<br />

do tanque de imersão.<br />

Rua Cyro Correia Pereira, 3209 • CIC • Curitiba (PR)<br />

(41) 3347-8282 msm@msmquimica.ind.br<br />

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NOTAS<br />

COMBUSTÍVEIS<br />

O CONFAZ (Conselho Nacional de Política<br />

Fazendária) aprovou, por unanimidade, o congelamento<br />

do valor do ICMS (Imposto sobre Circulação<br />

de Mercadorias e Serviços) cobrado nas<br />

vendas de combustíveis por 90 dias. A decisão foi<br />

tomada pelo colegiado em sua 339ª Reunião Extraordinária,<br />

realizada em Brasília (DF). A medida<br />

tem por objetivo colaborar com a manutenção<br />

dos preços nos valores vigentes em 1º de novembro<br />

de <strong>2021</strong> até 31 de janeiro de 2022. A nota<br />

divulgada pelo CONFAZ, mostra a preocupação<br />

do governo federal em amenizar as consequências<br />

das elevadas subidas dos combustíveis no<br />

Brasil. Dois dos principais fatores são a alta do<br />

câmbio e o valor do barril do petróleo no mercado<br />

internacional. O terceiro fator é justamente os<br />

altos impostos cobrados no caminho do produto<br />

extraído até as bombas dos postos de gasolina.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

DIVULGAÇÃO<br />

INTERNACIONAL<br />

No mês de novembro, o Projeto Setorial Brazilian<br />

Furniture irá levar 20 marcas e diversos<br />

designers brasileiros para Nova York, nos<br />

EUA (Estados Unidos da América). A iniciativa<br />

foi criada pela ABIMÓVEL (Associação<br />

Brasileira das Indústrias do Mobiliário) e pela<br />

APEX Brasil (Agência Brasileira de Promoção<br />

de Exportações e Investimentos). O evento<br />

pretende dar sequência ao êxito alcançado<br />

nas exposições e missões comerciais<br />

realizadas nos últimos meses na High Point<br />

Market, também em território americano, e<br />

na Semana de Design de Milão, na Itália, as ações contam com participação de empresas na aguardada ICFF (The International<br />

Contemporary Furniture Fair) - Feira Internacional de Móveis Contemporâneos, que ocorre nos dias 14 e 15 de novembro em Nova<br />

York - e também com uma mostra exclusiva entre os dias 11 e 14 deste mês num dos mais populares distritos de design da cidade.<br />

Considerada a maior plataforma da América do Norte para a exposição de mobiliário contemporâneo, com ênfase em originalidade<br />

e sustentabilidade, a ICFF tradicionalmente oferece uma ampla gama de opções de mobiliário e decoração para ambientes<br />

residenciais, corporativos e de hospitalidade. Somando esforços neste ano com a WantedDesign Manhattan, ambas reúnem cerca<br />

de 300 marcas provindas de pelo menos 25 países. Entre o público estão lojistas, arquitetos, designers de interiores, varejistas,<br />

fornecedores, especificadores e a imprensa de diversas partes do mundo. Entre as empresas parceiras do Brazilian Furniture, exporão<br />

na ICFF <strong>2021</strong> a Ornare, a Tidelli e a Uultis. Marcas, estas, que não só expuseram na edição especial de retomada do Salone<br />

del Mobile.Milano neste ano, como chamaram a atenção da mídia e de compradores internacionais, levando a originalidade do<br />

design com a sustentabilidade e qualidade da indústria brasileira cada vez mais longe.<br />

14 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2021</strong>


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NOTAS<br />

CONFIANÇA<br />

Foto: divulgação<br />

O ICE (Índice de Confiança Empresarial),<br />

medido pela FGV (Fundação Getulio Vargas),<br />

teve alta de 0,4 ponto de setembro para<br />

outubro deste ano e chegou a 100,3 pontos,<br />

em uma escala de zero a 200 pontos. O crescimento<br />

veio depois de uma queda de 2,5<br />

pontos registrada na passagem de agosto<br />

para setembro. O indicador consolida os índices<br />

de confiança dos empresários brasileiros<br />

dos setores da indústria, comércio, serviços<br />

e construção. O aumento da confiança dos<br />

empresários em outubro foi provocado por<br />

altas no Índice de Situação Atual Empresarial,<br />

que mede a percepção sobre o presente e<br />

que subiu 0,2 ponto, para 99,5 pontos, e do<br />

índice de expectativas, que mede a confiança<br />

em relação ao futuro e que cresceu 0,4 ponto,<br />

para 100,3 pontos. A alta foi puxada principalmente<br />

pelo setor de serviços, cuja confiança<br />

subiu 1,8 ponto e chegou a 99,1 pontos. O<br />

índice do comércio variou apenas 0,1 ponto<br />

e passou para 94,2 pontos. Por outro lado,<br />

dois segmentos tiveram queda na confiança.<br />

A construção recuou 0,3 ponto e chegou a<br />

96,1 pontos. Já a indústria caiu 1,2 ponto, mas<br />

continuou tendo o maior índice entre os quatro<br />

segmentos: 105,2 pontos.<br />

SUSTENTABILIDADE<br />

Os 20 países mais ricos se reúnem no mês de novembro em<br />

Roma, na Itália. Na agenda está o estabelecimento de medidas<br />

urgentes para manter o objetivo de limitar o aquecimento<br />

do planeta a 1,5 O C (grau Celsius). Um esboço de acordo<br />

traça a argumentação preparatória do G20 para alavancar<br />

ações concretas, a serem discutidas na 26ª Conferência do<br />

Clima da ONU (Organização das Nações Unidas). “Nos comprometemos<br />

a enfrentar o desafio existente das alterações<br />

climáticas”, dizem os 20 países mais ricos do mundo, de<br />

acordo com os primeiros tópicos do comunicado da reunião<br />

de Roma, citado pela Reuters. O compromisso é visto como<br />

trampolim fundamental para atenuar a crise climática, antes<br />

da COP26, na Escócia. Segundo documento-esboço, os<br />

líderes do G20 deverão reconhecer que se o aquecimento<br />

puder ser limitado a 1,5 O C acima dos níveis pré-industriais,<br />

os impactos das mudanças climáticas são muito mais baixos<br />

do que se a temperatura subir em 2 O C. As nações desenvolvidas<br />

deverão também se comprometer a aplicar “ações<br />

imediatas para alcançar a meta de 1,5 O C”, diz o documento.<br />

Esse compromisso já vem, pelo menos, desde 2015, com o<br />

Acordo de Paris, no qual os signatários tinham acordado em<br />

manter o aquecimento global abaixo de 2 O C, de preferência,<br />

em 1,5 O C. Destacando os episódios climáticos extremos, a<br />

comunidade científica tem insistido em limitar a subida da<br />

temperatura, sob pena de o planeta sofrer uma catástrofe<br />

ambiental. “Atendendo ao apelo da comunidade científica,<br />

observando os alarmantes relatórios do IPCC (Painel Intergovernamental<br />

sobre Mudanças Climáticas) e cientes de nosso<br />

papel de liderança, comprometemo-nos a enfrentar o desafio<br />

existente das alterações climáticas”, destaca o G20.<br />

“Reconhecemos a importância fundamental de alcançar<br />

emissões líquidas globais de gases de efeito estufa ou neutralidade<br />

de carbono até 2050”, acrescenta. A data 2050 está<br />

entre aspas no documento-esboço, indicando que o ano<br />

poderá estar sujeito a negociação.<br />

Foto: divulgação<br />

16 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2021</strong>


NOTAS<br />

INDÚSTRIA SUSTENTÁVEL<br />

Imagem: reprodução<br />

A CNI (Confederação Nacional da Indústria) realizou uma pesquisa<br />

com o Instituto FSB para avaliar qual a visão das empresas brasileiras<br />

e quais ações concretas elas adotaram em relação à sustentabilidade.<br />

Em alguns quesitos, os dados mostram que elas estão avançadas. De<br />

acordo com o estudo, feito com executivos de 500 médias e grandes<br />

empresas industriais, práticas de gestão de resíduos e ações para reduzirem<br />

o desperdício de água e energia já são adotadas por nove de<br />

cada 10 empresas pesquisadas. Praticamente todas (98%) adotam pelo<br />

menos uma entre as oito ações de sustentabilidade listadas no questionário.<br />

A maior preocupação dos executivos ouvidos é com o descarte<br />

de resíduos. Um em cada quatro afirmou que este é o seu primeiro<br />

ou segundo principal ponto de atenção. Considerando o estágio atual<br />

do ambiente de negócios no Brasil, 94% dos executivos enxergam<br />

oportunidades nas ações de sustentabilidade. Outro dado que mostra<br />

o interesse das empresas pelo tema é a intenção de investimento. Praticamente<br />

duas em cada três (63%) empresas entrevistadas afirmaram<br />

que vão ampliar os investimentos em sustentabilidade nos próximos<br />

dois anos. Mesmo durante a pandemia, em meio à crise econômica,<br />

28% delas disseram ter ampliado esse tipo de investimento nos últimos 18 meses. “A indústria sempre foi um ator relevante<br />

e, em muitos momentos, liderou o processo de desconstrução da falsa dicotomia entre desenvolver e preservar, homem e<br />

natureza. Historicamente temos dado uma contribuição relevante ao desenvolver soluções que aumentam a eficiência das<br />

linhas de produção e promovem o consumo consciente de recursos. Os dados da pesquisa revelam que essa é uma preocupação<br />

disseminada e contínua em todo o setor industrial”, comentou o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. A<br />

pesquisa pode ser baixa pelo endereço: https://bitly.com/3mtZADH<br />

CRÉDITO<br />

A busca de recursos financeiros para<br />

empresas teve alta de 16,1% em setembro<br />

deste ano no Brasil, em comparação<br />

com o mesmo mês de 2020.<br />

A elevação da procura por crédito foi<br />

notada em todos os segmentos, com<br />

destaque para o de serviços (22,4%),<br />

seguido pela indústria (12,5%) e o comércio<br />

(10,3%). Os dados, divulgados,<br />

em São Paulo, são do Indicador de<br />

Demanda das Empresas por Crédito<br />

da Serasa Experian. Em relação ao<br />

porte, as MPE (Micro e Pequenas Empresas)<br />

foram as que mais aumentaram<br />

a procura por crédito em setembro,<br />

em comparação com setembro do<br />

ano passado (alta de 16,4%), seguidas pelas médias (8,9%) e as grandes (8,3%). “Os donos de negócios estão se arriscando mais<br />

após um longo período em que tiveram que diminuir ou pausar suas atividades por conta da pandemia. Por isso, as micro e pequenas<br />

empresas registram maior procura, já que foram as mais impactadas devido ao menor fluxo de caixa”, destacou a Serasa.<br />

De acordo com o índice, o crescimento da demanda por crédito foi maior na região sul (18,2%), seguida pelo sudeste (16,2%),<br />

norte (15,8%), centro-oeste (14,7%) e nordeste (13,9%).<br />

Foto: divulgação<br />

18 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2021</strong>


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NOTAS<br />

CONCESSÕES<br />

O programa de concessões de infraestrutura somará R$ 1 trilhão de investimentos até o final de 2022. O montante estimado<br />

representa os leilões já realizados e os novos pacotes que serão ofertados ainda em <strong>2021</strong> e no próximo ano. Os dados<br />

foram divulgados pelo Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, na Paving Hybrid, evento realizado em São Paulo<br />

(SP), no mês de outubro.<br />

Segundo Freitas, de 2019 até hoje, já foram 115 leilões contratados, que totalizam R$ 550 bilhões em investimentos. Até<br />

o final deste ano serão ainda concedidas rodovias, como a Dutra e a BR-381, linhas de transmissão de energia, terminais<br />

portuários, além do leilão do 5G e blocos da área de saneamento, com aportes de recursos previstos de R$ 100 bilhões.<br />

“Resolvemos não prorrogar nenhum contrato da década de 1990, porque a situação macroeconômica era muito diferente.<br />

Além disso, remodelamos os projetos para obter melhoria operacional, maior conectividade, uso de novas tecnologias,<br />

ou seja, mais investimentos com uma tarifa menor. A Dutra, maior concessão da história, terá uma tarifa 35% menor”, comemora.<br />

O Ministro ressaltou que os projetos estão bem estruturados e por isso estão nascendo com muita liquidez e, somado<br />

à matriz de risco equilibrada e o capex conservador, fornece uma taxa de retorno maior, com possibilidade de ampliar a<br />

rentabilidade com receitas acessórias. “É o melhor plano de concessões do mundo”, pontuou. A seu ver, esse programa<br />

transformará o país em um verdadeiro canteiro de obras nos próximos anos, com geração de muitos empregos e renda, alavancando<br />

a economia e o desenvolvimento nacional.<br />

Outro ponto trazido no debate foi a questão do investimento. Conforme explicou o Ministro da Infraestrutura, existem<br />

dois tipos de investidores: os que se pautam por informações da imprensa e os que buscam estudar a fundo o país. E esse<br />

último é que percebe as oportunidades de rentabilizar os recursos que fará no país. Em sua avaliação, a dívida bruta do país<br />

está caindo e não há risco fiscal, pois haverá uma arrecadação superior ao previsto, da ordem de R$ 300 bilhões, por uma<br />

série de razões.<br />

Sobre a questão logística, Freitas afirmou que a possibilidade de ter uma greve da magnitude de 2018 é zero, pois não<br />

haverá adesão devido à intensa movimentação de cargas que está ocorrendo no país. Os portos, por exemplo, estão com<br />

uma movimentação 9,5% acima, segundo o Ministro da Infraestrutura. Para ele, há um desequilíbrio de oferta e demanda,<br />

com isso, o mercado será intolerante com a ineficiência. Desse modo, ele analisou a necessidade de uma maior educação<br />

de parte dos caminhoneiros, a fim de se organizarem para comprar em escala, reduzir seus custos e calcular o frete.<br />

Foto: Ricardo Botelho/MInfra<br />

20 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2021</strong>


NOTAS<br />

FONTE DE ENERGIA<br />

São mais de quatro dezenas os países que se juntam à maior aliança<br />

internacional com o objetivo de eliminar progressivamente o carvão das<br />

políticas energéticas. Um deles é a Ucrânia, detentora do terceiro maior<br />

parque industrial dependente desse recurso energético, depois da Alemanha<br />

e da Polônia. A China, os EUA (Estados Unidos da América) e a<br />

Austrália ficam, por enquanto, fora do compromisso anunciado. Além dos<br />

mais de 40 países que se comprometeram, na COP26 (Cúpula do Clima),<br />

em Glasgow, na Escócia, com a eliminação do carvão, 11 instituições financeiras<br />

farão parte da aliança. Os números foram divulgados pelo governo<br />

do Reino Unido. Ainda assim, alguns dos países mais dependentes do carvão<br />

como fonte energética, entre eles a China, Austrália e os EUA, não se<br />

comprometeram com essa aliança. O governo ucraniano compromete-se<br />

a limitar a produção de carvão até 2035. Outros países, como o Chile, Singapura,<br />

Azerbaijão, Eslovênia e Estônia pretendem chegar ao mesmo objetivo<br />

dentro de 15 anos. Os signatários da aliança internacional comprometeram-se,<br />

concretamente, a barrar todos os investimentos – internos ou<br />

externos - em políticas energéticas assentadas no carvão. Chegaram ainda<br />

a acordo para recuar progressivamente na utilização desse recurso na década,<br />

com início em 2030 para as maiores economias mundiais, e a partir<br />

de 2040, para os países menos desenvolvidos. O secretário de Estado britânico<br />

para a Energia e Negócios, Kwasi Kwarteng, chegou a afirmar que o<br />

fim do carvão está à vista. “O mundo avança na direção certa, pronto para<br />

selar o destino do carvão e abraçar os benefícios ambientais e econômicos<br />

de construir um futuro alimentado a energia limpa”, destacou o secretário,<br />

citado na edição online da BBC.<br />

Todavia, o secretário de Estado, o trabalhista Ed Miliband, citou o que<br />

considera serem as brechas abertas por países como a China, entre os<br />

maiores emissores de poluentes do planeta. Miliband disse também que<br />

o governo britânico, anfitrião da COP26, deixou que outros se safassem.<br />

Juan Pablo Osornio, à frente da delegação da organização ambientalista<br />

Greenpeace na COP26, advertiu que o texto do compromisso “continua<br />

muito aquém da ambição que é necessária quanto aos combustíveis<br />

fósseis nesta década crítica.” “As letras pequenas [do acordo de aliança]<br />

parecem dar aos países uma enorme margem de manobra para escolher o<br />

seu próprio calendário, apesar do cabeçalho luminoso”, acrescentou. Globalmente,<br />

em 2019, o carvão gerou cerca de 37% da energia elétrica.<br />

Foto: divulgação<br />

22 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2021</strong>


NOTAS<br />

NOVA LEGISLAÇÃO<br />

A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento<br />

Sustentável da Câmara dos Deputados aprovou<br />

o Projeto de Lei 3128/19, que regulamenta a exploração<br />

da madeira de árvores mortas ou naturalmente<br />

tombadas mediante a aprovação prévia<br />

de PMSF (Plano de Manejo Florestal Sustentável).<br />

Foi aprovado o parecer vencedor do deputado<br />

Nelson Barbudo (PSL-MT). “As medidas não acarretarão<br />

o aumento do desmatamento nem gerarão<br />

prejuízo ambiental ao país”, garante o deputado<br />

ao recomendar a aprovação. O texto acrescenta<br />

dispositivo e altera trechos do Código Florestal.<br />

Segundo a autora da proposta, deputada Mara<br />

Rocha (PSDB-AC), existe lacuna sobre a destinação<br />

de espécimes vegetais mortos ou naturalmente<br />

tombados. “Não há uma base legal firme que proporcione<br />

segurança jurídica tanto para o produtor<br />

rural quanto para o agente ambiental” alerta, ao<br />

defender a mudança. O projeto tramita em caráter<br />

conclusivo e ainda será analisado pela Comissão de<br />

Constituição e Justiça e de Cidadania.<br />

Foto: divulgação<br />

PRODUÇÃO<br />

INDUSTRIAL<br />

Levantamento da CNI (Confederação Nacional da<br />

Indústria) indica uma piora no cenário do setor industrial<br />

em setembro, na comparação com agosto.<br />

De acordo com a pesquisa Indicadores Industriais,<br />

houve queda em itens como faturamento (1,5%) e<br />

utilização da capacidade instalada (0,2 ponto percentual)<br />

atingindo a marca de 81,6%. É o terceiro<br />

recuo seguido do índice. Já o emprego da indústria<br />

da transformação, que apresentou, em agosto,<br />

crescimento de 0,1%, desacelerou, ficando estagnado<br />

em setembro. De acordo com a CNI, as horas<br />

trabalhadas na produção “cresceram em setembro<br />

pela primeira vez desde janeiro de <strong>2021</strong>, recuperando<br />

parte da perda dos meses anteriores”. A massa<br />

salarial real cresceu 0,2% em setembro, na comparação<br />

com agosto, quando havia apresentado alta<br />

de 0,7%. “Com isso, a massa salarial real retorna ao<br />

nível de fevereiro de <strong>2021</strong>, mostrando estabilidade<br />

do indicador no ano, apesar da volatilidade”, disse<br />

a confederação. O rendimento médio real ficou<br />

estável. No entanto, de acordo com a CNI, “apesar<br />

da estabilidade esse mês, o rendimento médio real<br />

vem sofrendo quedas sucessivas ao longo de <strong>2021</strong>,<br />

e acumula queda de 2,6% entre janeiro e setembro.”<br />

Na avaliação do gerente de Análise Econômica<br />

da CNI, Marcelo Azevedo, os dados “ainda<br />

são positivos no acumulado do ano.” “No recorte<br />

anual, o emprego cresceu 3,7%, a utilização da capacidade<br />

instalada continua acima de 80%, as horas<br />

trabalhadas na produção cresceram pela primeira<br />

vez desde janeiro de <strong>2021</strong> e a massa salarial real se<br />

mantém estável”, explicou.<br />

Foto: divulgação<br />

24 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2021</strong>


NOTAS<br />

EXPORTAÇÃO<br />

O Porto de Paranaguá (PR) realizou em outubro mais um embarque de madeira em um navio do tipo roll on-roll off –<br />

embarcação na qual as mercadorias podem entrar e sair dos porões transportadas sobre rodas. Esta é a segunda vez nos<br />

últimos anos que a embarcação, geralmente destinada para o transporte de veículos, projetos e maquinários, é utilizada para<br />

essa carga geral. A primeira foi um teste no último mês de setembro.<br />

O diretor da Portos do Paraná, André Pioli, explica que a operação mostra que o porto está preparado para este tipo de<br />

embarque e que pode atender a demanda dos exportadores, mesmo em eventual falta de contêineres, que são comumente<br />

usados para transporte de madeira. “Esta operação era comum há uns 12 ou 13 anos no Porto de Paranaguá. Com o tempo,<br />

a madeira passou a ser totalmente embarcada em contêineres e não direto nos porões dos navios”, alerta Pioli. Em julho<br />

deste ano, uma carga de madeira foi embarcada pelo terminal paranaense na modalidade break bulk (na qual a carga é colocada<br />

direto no porão do navio) em um navio de carga geral. Neste tipo de embarcação fazia tempo que não ocorria. “É uma<br />

operação diferente que, provavelmente, vem para atender a demanda dos exportadores diante da escassez de contêineres<br />

disponíveis no mercado”, completa.<br />

O primeiro embarque teste foi feito com 190 fardos no último dia 25 de setembro. Na operação desta semana foram 484<br />

fardos de compensado, totalizando 1.450 m 3 (metros cúbicos) de madeira, produzida em Santa Catarina e embarcadas no<br />

navio Sirius Leader, com destino a Veracruz, no México. Realizada pela empresa Marcon, a operação teve início às 7h (horas)<br />

e encerrou por volta do meio-dia. “A falta de contêineres disponíveis fez surgir novas oportunidades para retornar esse tipo<br />

de embarque que já foi muito comum, pelo Porto de Paranaguá”, afirma Aldemar Marques Moreira, gerente de operações e<br />

de capatazias do grupo Marcon, em Paranaguá.<br />

E deve voltar a ser tendência, segundo o operador. “A eventual falta de contêineres disponíveis tende a fortalecer esse<br />

tipo de operação, que é rápida, um pouco mais barata para o exportador. É possível que tenhamos até novas linhas vindo a<br />

Paranaguá. Acredito que veio para ficar”, comenta.<br />

O embarque é relativamente mais simples que o realizado nas operações de madeira em contêineres. A carga vem do<br />

exportador ou produtor para o armazém localizado no cais do Porto de Paranaguá. Quando o lote é formado e o navio<br />

atraca para carregar, os caminhões da cooperativa local de transporte são carregados e levam a carga para dentro da embarcação.<br />

Os porões dos navios do tipo ro-ro têm uma porta (tampa) que funciona como uma ponte por onde os veículos são<br />

levados (ou levam as cargas) até o interior. No porão, os estivadores ajeitam o lote para que seja transportado com segurança<br />

até o destino.<br />

Foto: divulgação<br />

26 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2021</strong>


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CASA<br />

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A construtora Dot and Associate está entre as finalistas do World Architeture Festival <strong>2021</strong> com o projeto Casa ½.<br />

A proposta é a construção de casas de madeira para permitir uma sensação, aos moradores de maior conexão<br />

com a natureza em detrimento da agitada vida urbana. Com isso, a marcenaria ganha papel decisivo nessa arquitetura,<br />

tanto na estrutura quanto no interior. Dessa forma, peças como churrasqueira e cadeiras de camping se<br />

transformam em móveis dentro da casa.<br />

SUSTENTABILIDADE<br />

A Dot and Associate ainda teve a preocupação de adotar um caráter sustentável em toda construção da Casa ½.<br />

Toda a madeira utilizada no projeto é oriunda de madeira de reflorestamento, mantendo assim a conexão dos<br />

moradores com o meio ambiente, em uma experiência sensorial para se aproximar da simplicidade da vida.<br />

Fotos: divulgação<br />

28 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2021</strong>


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FRASES<br />

“OS AUMENTOS ANTERIORES DA TAXA DE JUROS JÁ<br />

COMEÇARAM A TER REFLEXOS NA ECONOMIA. PERCEBEMOS QUE<br />

A ATIVIDADE ECONÔMICA DÁ SINAIS DE DESAQUECIMENTO E, NOS<br />

PRÓXIMOS MESES, OS EFEITOS DEFASADOS DO AUMENTO DA SELIC<br />

VÃO CONTINUAR CONTRIBUINDO PARA DESESTIMULAR O CONSUMO<br />

E DESACELERAR A INFLAÇÃO”<br />

ROBSON ANDRADE, PRESIDENTE DA CNI (CONFEDERAÇÃO<br />

NACIONAL DA INDÚSTRIA)<br />

“SOMOS<br />

UM PAÍS QUE<br />

COM CERTEZA<br />

VAI CHEGAR<br />

À ECONOMIA<br />

VERDE ANTES DOS<br />

OUTROS. TEMOS<br />

UMA PRESSÃO<br />

INTERNACIONAL, MAS<br />

NÃO É VERDADE. O<br />

BRASIL CUIDA SIM DAS<br />

SUAS FLORESTAS, EM<br />

ESPECIAL OS RECURSOS<br />

NATURAIS. TEMOS A MAIOR<br />

BIODIVERSIDADE, UMA DAS<br />

MAIORES ÁREAS OCEÂNICAS<br />

DO MUNDO E DE FLORESTAS<br />

NATIVAS. ISSO SÃO VANTAGENS<br />

COMPETITIVAS NO MERCADO<br />

MUNDIAL”<br />

“OS DESAFIOS SÃO COMPLEXOS, MAS A<br />

DIPLOMACIA BRASILEIRA ESTÁ E PERMANECERÁ<br />

ATENTA. HÁ ESPAÇO PARA DIVERSIFICAÇÃO DA<br />

PAUTA EXPORTADORA SEM NEGLIGENCIAR NOSSA<br />

ESTRATÉGIA DE EXPORTAÇÃO DE COMMODITIES,<br />

AMPLIANDO EXPORTAÇÃO DE SERVIÇOS E BENS<br />

INDUSTRIALIZADOS”<br />

CARLOS FRANÇA, MINISTRO DAS<br />

RELAÇÕES EXTERIORES<br />

“SÓ A AMAZÔNIA REPRESENTA<br />

15% DA BIODIVERSIDADE DO<br />

PLANETA. PRECISAMOS INVESTIR<br />

EM PESQUISA E DESENVOLVIMENTO<br />

PARA TRANSFORMAR ESSE<br />

POTENCIAL EM NEGÓCIOS”<br />

JOAQUIM LEITE,<br />

MINISTRO DO<br />

MEIO AMBIENTE<br />

Foto: Roque de Sá/Agência Senado<br />

MARCELO THOMÉ, PRESIDENTE DO<br />

INSTITUTO AMAZÔNIA+21<br />

30 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2021</strong>


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ENTREVISTA<br />

SINAL<br />

DE ALERTA<br />

WARNING SIGNS<br />

O<br />

setor madeireiro no Pará está enfrentando uma crise<br />

nos últimos meses. Com impasse na autorização para<br />

as indústrias do Estado exportarem a produção, os<br />

embarques paraenses de madeira vêm caindo mês<br />

após mês. A AIMEX (Associação das Indústrias Exportadoras<br />

de Madeiras do Estado do Pará) tem observado com<br />

atenção a situação e tem trabalhado junto ao Poder Público para<br />

tentar normalizar as exportações do setor. “Os prejuízos já são<br />

irreversíveis. Do ponto de vista do impacto junto aos compradores<br />

internacionais, ainda nem é possível mensurar os danos à imagem<br />

que o setor paraense terá”, explica Eduardo Leão, diretor executivo<br />

da AIMEX. O diretor da AIMEX conversou com exclusividade à<br />

Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL.<br />

ENTREVISTA<br />

I<br />

n recent months, the Forest Product Sector in the State of Pará<br />

has been facing a crisis. With a halt in the authorization to<br />

export products for the State’s companies, timber shipments<br />

are falling month after month. The State of Pará Association<br />

of Wood Exporting Companies (AIMEX) is carefully observing<br />

the situation and working with the Government to normalize exports<br />

from the Sector. “The losses are already irreversible. From the point of<br />

view of the impact with international buyers, it is not even possible to<br />

measure the damage to the image that the Pará’s Sector has,” explains<br />

Eduardo Leão, Executive Director of AIMEX. The AIMEX Executive Director<br />

spoke exclusively with Revista REFERÊNCIA <strong>Industrial</strong><br />

EDUARDO LEÃO<br />

FORMAÇÃO PROFISSIONAL: MBA EM GESTÃO EMPRESARIAL, É<br />

MESTRE EM HIDROGEOLOGIA, PÓS-GRADUADO EM GESTÃO<br />

DE RECURSOS HÍDRICOS E GESTÃO AMBIENTAL INDUSTRIAL.<br />

CARGO: ATUOU COMO SECRETÁRIO E SECRETÁRIO ADJUNTO<br />

DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, MINERAÇÃO E<br />

ENERGIA DO ESTADO DO PARÁ. ATUALMENTE É DIRETOR<br />

EXECUTIVO DA AIMEX (ASSOCIAÇÃO DAS INDÚSTRIAS<br />

EXPORTADORAS DE MADEIRA DO ESTADO DO PARÁ).<br />

Foto: divulgação<br />

PROFESSIONAL EDUCATION: MBA IN BUSINESS ADMINISTRATION, MSC. IN<br />

HYDROGEOLOGY, AND POST-GRADUATE STUDIES IN HYDRIC RESOURCE AND<br />

INDUSTRIAL ENVIRONMENTAL MANAGEMENT<br />

FUNCTION: SERVED AS SECRETARY AND EXECUTIVE ASSISTANT SECRETARY OF<br />

ECONOMIC DEVELOPMENT, MINING AND ENERGY OF THE STATE OF PARÁ. AND<br />

CURRENTLY SERVES AS EXECUTIVE DIRECTOR OF AIMEX.<br />

32 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2021</strong>


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ENTREVISTA<br />

COMO A AIMEX AVALIA O DESEMPENHO DO<br />

SETOR MADEIREIRO NAS EXPORTAÇÕES EM<br />

<strong>2021</strong>? QUAIS FORAM AS PRINCIPAIS DIFICULDA-<br />

DES E AS PRINCIPAIS CONQUISTAS NESSE PERÍ-<br />

ODO?<br />

Esse ano, as expectativas eram muito grandes para<br />

as exportações no setor madeireiro. Com a alta do<br />

dólar e a retomada paulatina da economia mundial,<br />

graças ao avanço da vacinação e recrudescimento da<br />

pandemia de Covid-19, esperávamos iniciar uma superação<br />

do cenário vivido ano passado. No entanto, o<br />

que vimos foi exatamente o contrário. Enquanto todos<br />

os outros Estados exportadores vivenciam cenários de<br />

melhora, no Pará, as exportações vêm caindo mês a<br />

mês. Em setembro, essa queda chegou a 60% em relação<br />

a agosto e, pela primeira vez na história, o Mato<br />

Grosso ultrapassou o Pará como principal exportador<br />

de madeira nativa do Brasil. Tudo pela burocracia e<br />

atraso nas emissões das autorizações de exportação<br />

pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e<br />

dos Recursos Naturais Renováveis), após decisão do<br />

STF (Superior Tribunal Federal), proferida em maio<br />

desse ano.<br />

ATUALMENTE A AIMEX TEM TRABALHADO<br />

PARA RESOLVER UMA CRISE NA DISPONIBILIDA-<br />

DE DE MATÉRIA-PRIMA PARA OS PRODUTOS NA<br />

REGIÃO NORTE, EM ESPECIAL O PARÁ. COMO<br />

ESTÃO ESSAS NEGOCIAÇÕES E QUAIS OS IMPAC-<br />

TOS A MÉDIO PRAZO CASO O PODER PÚBLICO<br />

NÃO RESOLVA A SITUAÇÃO?<br />

Não tivemos problema de disponibilidade de matéria-prima.<br />

Nosso gargalo é falta de autorização de<br />

exportação mesmo. É primário. Temos lançado mão<br />

de todos os recursos que estão em nossas mãos, já<br />

nos reunimos diversas vezes com o IBAMA, enviamos<br />

ofícios, divulgamos na imprensa, movemos ações até<br />

reunião com o vice-presidente, Hamilton Mourão, já<br />

realizamos, em uma tentativa de resolver essa situação<br />

HOW DOES AIMEX SEE THE PERFORMANCE<br />

OF THE FOREST PRODUCT SECTOR CONCERNING<br />

EXPORTS IN <strong>2021</strong>? WHAT WERE THE MAIN DIFFI-<br />

CULTIES AND THE MAIN ACHIEVEMENTS IN THIS<br />

PERIOD?<br />

This year, expectations were very high for exports in<br />

the Forest Product Sector. With the rise of the dollar and<br />

the gradual recovery of the world economy, thanks to the<br />

advance of vaccination and the diminishing effects of the<br />

Covid-19 pandemic, we hoped to overcome the scenario<br />

experienced last year. However, what we saw was exactly<br />

the opposite. While all other exporting states experience<br />

improvement scenarios in the State of Pará, exports have<br />

fallen month by month. In September, this drop reached<br />

60% compared to August and, for the first time in history,<br />

the State of Mato Grosso surpassed the State of Pará as<br />

the leading exporter of native timber in Brazil. All for<br />

bureaucracy and delay in the emissions of export authorizations<br />

by the Brazilian Institute of the Environment and<br />

Renewable Natural Resources (IBAMA), after a decision<br />

by the Supreme Court (STF), issued in May of this year.<br />

CURRENTLY, AIMEX HAS BEEN WORKING TO<br />

SOLVE A CRISIS BY MAKING RAW MATERIALS<br />

AVAILABLE FOR PRODUCTS IN THE NORTHERN<br />

REGION, ESPECIALLY THE STATE OF PARÁ. HOW<br />

ARE THESE NEGOTIATIONS GOING, AND WHAT<br />

ARE THE MEDIUM-TERM IMPACTS IF THE GOVERN-<br />

MENT DOES NOT RESOLVE THE SITUATION?<br />

We have never had any problem with the availability<br />

of raw materials. The bottleneck is still the lack of export<br />

authorization, and export is the primary destination. We<br />

have used all the resources available to us. We have<br />

already met several times with Ibama. We send letters.<br />

We publish items in the press, and we take action, even<br />

meeting with the Vice President, Hamilton Mourão. All<br />

this is to resolve this situation that has been going on for<br />

more than 100 days. Unfortunately, we are going through<br />

one of the worst crises in our history, and the losses are<br />

ENQUANTO TODOS OS OUTROS ESTADOS<br />

EXPORTADORES VIVENCIAM CENÁRIOS DE MELHORA,<br />

NO PARÁ, AS EXPORTAÇÕES VÊM CAINDO MÊS A MÊS<br />

34 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2021</strong>


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ENTREVISTA<br />

que se arrasta há mais de 100 dias. Infelizmente, atravessamos<br />

uma das piores crises de nossa história e os<br />

prejuízos são diversos, com paralisação de cerca de 2<br />

mil contêineres carregados, uma carga avaliada em R$<br />

1 bilhão, que está parada, deixando de ser faturada e<br />

gerar receita ao erário. Além disso, muitas empresas já<br />

decretaram férias coletivas e o próximo passo é o início<br />

de um processo de demissões em massa, que é o que<br />

todos estamos tentando evitar. Estamos aqui falando<br />

de um setor que emprega cerca de 30 mil pessoas.<br />

Como falamos, os prejuízos já são irreversíveis. Do<br />

ponto de vista do impacto junto aos compradores internacionais,<br />

ainda nem é possível mensurar os danos<br />

à imagem que o setor paraense terá.<br />

QUAIS AS EXPECTATIVAS DA AIMEX PARA<br />

AS EXPORTAÇÕES DO SETOR MADEIREIRO EM<br />

2022? QUAIS OS PRINCIPAIS ITENS QUE DEVEM<br />

REGISTRAR BONS NÚMEROS NO MERCADO IN-<br />

TERNACIONAL?<br />

Em 2022, esperamos realmente que seja uma<br />

grande virada, com a resolução de uma vez por todas<br />

dessa indefinição em relação às autorizações de exportação.<br />

Além disso, há uma grande expectativa com o<br />

lançamento das ferramentas de integração do IBAMA,<br />

como o programa Pau Brasil, um programa de integração<br />

e rastreabilidade da madeira, que iria agilizar todo<br />

esse trâmite tanto de exportação, quanto de mercado<br />

interno. Isso daria toda uma dinâmica diferente, com<br />

celeridade, rastreabilidade e transparência ao setor florestal.<br />

Isso seria muito bom, tanto para o setor, quanto<br />

para a sociedade, pois através de um portal público,<br />

qualquer pessoa poderá acompanhar e controlar melhor<br />

a origem e destino da madeira. Além disso, temos<br />

a retomada dos grandes eventos, como a feira de Nantes,<br />

que é um grande mercado europeu, feira nos EUA<br />

(Estados Unidos da América), feira em Dubai. Então<br />

em 2022, com o avanço da vacinação, vão voltar alguns<br />

grandes eventos e feiras internacionais, que acabam<br />

movimentando os negócios e aquecendo o setor.<br />

diverse, with an embargo of about two thousand loaded<br />

containers, a cargo valued at R$ 1 billion, which cannot<br />

be shipped and is no longer being billed and generating<br />

revenue to the shipper. In addition, many companies<br />

have already enacted paid leave, and the next step is<br />

the beginning of mass layoffs, which we are all trying to<br />

avoid. We are talking about a sector that employs about<br />

30 thousand people. As we speak, the damage is already<br />

irreversible. From the point of view of the impact on<br />

international buyers, it is not yet possible to measure the<br />

damage to the Pará Sector’s image.<br />

WHAT ARE AIMEX’S EXPECTATIONS FOR FO-<br />

REST PRODUCT EXPORTS IN 2022? WHAT ARE THE<br />

MAIN ITEMS THAT SHOULD RECORD GOOD NUM-<br />

BERS IN THE INTERNATIONAL MARKET?<br />

In 2022, we expect a significant turnaround, with the<br />

resolution once and for all of this uncertainty concerning<br />

export authorizations. In addition, there is a great<br />

expectation with the launch of IBAMA integration tools,<br />

such as the Pau Brasil Program, a timber integration,<br />

and traceability program, which would help expedite all<br />

the export and domestic market procedures. This would<br />

provide a whole different dynamic, speed, traceability,<br />

and transparency to the Forestry Sector. And this would<br />

be very good, both for the Sector and Society, because<br />

through a public portal, anyone can better monitor and<br />

control the origin and destination of the timber. In addition,<br />

this year, we have the resumption of major events,<br />

such as the Nantes Fair, which is a large European<br />

market, and trade fairs in the United States and Dubai.<br />

Then in 2022, with the advance of vaccination, some<br />

major events and international events return, leading to<br />

sales and the heating-up of the Sector.<br />

EM 2022, ESPERAMOS REALMENTE QUE SEJA UMA GRANDE<br />

VIRADA, COM A RESOLUÇÃO DE UMA VEZ POR TODAS DESSA<br />

INDEFINIÇÃO EM RELAÇÃO ÀS AUTORIZAÇÕES DE EXPORTAÇÃO<br />

36 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2021</strong>


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COLUNA ABIMCI<br />

A MADEIRA E A CONSTRUÇÃO CIVIL<br />

AQUECIMENTO NO MERCADO DE CONSTRUÇÃO TAMBÉM DEVE GERAR IMPACTOS POSITIVOS PARA<br />

O SETOR MADEIREIRO<br />

Paulo Pupo<br />

Superintendente da Associação<br />

Brasileira da Indústria de Madeira<br />

Processada Mecanicamente<br />

Contato: abimci@abimci.com.br<br />

A CONSOLIDAÇÃO DO<br />

MERCADO DA CONSTRUÇÃO<br />

CIVIL TRAZ BENEFÍCIOS PARA TODOS<br />

OS ENVOLVIDOS<br />

O<br />

mercado da construção civil alcançará em<br />

<strong>2021</strong> o maior crescimento dos últimos 10<br />

anos. Esta é a perspectiva apontada pela<br />

CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção)<br />

em seu relatório de desempenho<br />

econômico, referente ao terceiro trimestre de <strong>2021</strong>. Para os<br />

próximos seis meses, as expectativas permanecem positivas<br />

em relação aos novos empreendimentos, compras de<br />

insumos e contratações de mão de obra.<br />

Conforme os dados da Sondagem Indústria da Construção,<br />

realizada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria)<br />

com o apoio da CBIC, o nível de atividade do setor,<br />

na média do terceiro trimestre de <strong>2021</strong>, é o melhor para o<br />

período desde 2010. Os resultados apresentados, reforçam<br />

o momento positivo para a construção civil e, consequentemente,<br />

para os consumidores que estão tendo acesso a<br />

um maior número de lançamentos imobiliários com juros<br />

em patamares atrativos e incremento do crédito.<br />

Sabemos que a construção civil é um dos segmentos<br />

mais importantes para uso de madeira, e todo o segmento<br />

tem muito a ganhar com este cenário, afinal, aliado a ele,<br />

estão consumos consolidados de vários produtos madeireiros<br />

em obras espalhadas pelo Brasil.<br />

Uma outra boa notícia, que pode ajudar a consolidar<br />

os produtos de madeira processada mecanicamente, é a<br />

recente publicação pela CEF (Caixa Econômica Federal)<br />

do seu Código de Práticas de Engenharia para Habitação<br />

alterado, que determina o atendimento às normas técnicas<br />

Foto: divulgação<br />

aplicáveis a todos os sistemas e materiais empregados nos<br />

empreendimentos, ou seja, todos os produtos que são<br />

usados nas obras financiadas pelo banco com recursos do<br />

FGTS deverão atender as normas técnicas vigentes. Um<br />

volume expressivo de obras utiliza os recursos via financiamento<br />

da CEF.<br />

Como exemplo prático disso e de potencial crescimento<br />

com esses cenários, está o segmento de portas de<br />

madeira. Os fabricantes de portas certificados pela ABIMCI<br />

por meio do PSQ-PME (Programa Setorial de Qualidade<br />

– Portas de Madeira para Edificações) estão aptos a<br />

atender o Código de Práticas da Caixa, pois já atendem<br />

as especificações da norma técnica vigente, a ABNT/NBR<br />

15930. Além disto, o segmento terá em breve a publicação<br />

da norma de portas resistentes ao fogo e também no que<br />

se refere aos procedimentos de instalação e manutenção<br />

de portas de madeira. Sem dúvida, um grande avanço técnico<br />

do segmento, que vem de encontro as demandas de<br />

suprimento de produtos em conformidade técnica para a<br />

construção civil.<br />

Outro segmento industrial madeireiro que irá atender<br />

em breve o mercado da construção civil é o de compensado<br />

plastificado. A ABIMCI vem acompanhando de forma<br />

constante os trabalhos da Comissão de Estudos no desenvolvimento<br />

da Norma de Compensado Plastificado e<br />

também na revisão da Norma de Compensado. O próximo<br />

passo, será a estruturação pela ABIMCI de uma ação nacional<br />

de promoção técnica e comercial do produto, por meio<br />

de um programa de certificação, que levará ao mercado<br />

o compensado plastificado padronizado, destinado para<br />

forma de concreto, de acordo com a norma técnica a ser<br />

publicada.<br />

A consolidação do mercado da construção civil traz benefícios<br />

para todos os envolvidos. O mercado madeireiro,<br />

por sua vez, está se preparando para entregar cada vez<br />

mais produtos dentro da realidade demandada pelo setor.<br />

O conjunto de ações capitaneadas pela ABIMCI, tanto no<br />

campo técnico e desenvolvimento de normas dentro do<br />

CB-31 (Comitê Brasileiro de Madeira) visa o entendimento<br />

das demandas do mercado, com atenção às tecnologias<br />

usadas na construção civil, instigando a produção e entrega<br />

de produtos madeireiros em conformidade com as regras<br />

existentes, assim como também estamos presenciando um<br />

avanço importante no suprimento de madeira processada<br />

no mercado de embalagens, no setor moveleiro, entre<br />

outros, que solidifica o mercado interno como importante<br />

destino de grande parte da produção nacional madeireira.<br />

Um grande avanço do setor de madeira processada no<br />

país, que acima de tudo, proporciona segurança e conforto<br />

para o consumidor final.<br />

38 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2021</strong>


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TECNOLÓGICAS<br />

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EMPRESA CARREGA HISTÓRIA DE<br />

65 ANOS COM FORTE CARÁTER EM<br />

INOVAÇÃO PARA OFERECER SOLUÇÕES<br />

RECONHECIDAS MUNDIALMENTE PARA<br />

O SETOR MADEIREIRO<br />

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40 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2021</strong>


Aindústria em todo mundo busca a cada dia<br />

novas soluções e tecnologias para conseguir<br />

maior produtividade e rentabilidade na<br />

produção. Dentro do setor madeireiro esses<br />

objetivos não são diferentes, com desafios<br />

como aliar o melhor aproveitamento da matéria-prima<br />

com qualidade e produtividade cada vez mais presentes.<br />

Atenta a essa necessidade do mercado, a Mendes<br />

Máquinas trabalha constantemente para fornecer novas<br />

soluções e equipamentos para serrarias. Com seus 65<br />

anos de história marcados por um forte caráter inovador,<br />

a empresa sediada em Curitibanos (SC) mantém seu foco<br />

voltado para oferecer no Brasil e exterior soluções completas<br />

com selo internacional de qualidade.<br />

“Estamos vivendo um momento importante de mudanças<br />

no mercado, como por exemplo, redução da disponibilidade<br />

de matéria-prima (toras), provocando aumento<br />

de preços e consequentemente do custo operacional nas<br />

serrarias, isso reforça a importância de investimentos em<br />

novas tecnologias, que visam maior lucratividade para o<br />

cliente”, explica André Fabris, CEO da Mendes Máquinas.<br />

Dentro dessas novas soluções está o sistema de<br />

posicionamento e giro das toras 100% automatizado e<br />

controlado através de scanner. Essa tecnologia já está<br />

presente nos mercados europeu e América do Norte, mas<br />

chega de forma pioneira na América Latina, permitindo<br />

maior rentabilidade, robustez e qualidade nos processos<br />

de serraria das indústrias madeireiras.<br />

O processo de giro e posicionamento da tora é<br />

fundamental para o melhor aproveitamento da madeira<br />

na serraria. Estudos indicam um aumento de 1 a 2% de<br />

rendimento para cada tora processada.<br />

TECHNOLOGY<br />

NEWS<br />

A 65-YEAR-OLD COMPANY WITH A DYNAMIC<br />

CHARACTER IN INNOVATION IN OFFERING<br />

WORLD-RENOWNED SOLUTIONS FOR THE<br />

FOREST PRODUCT SECTOR<br />

E<br />

very day, the industry worldwide seeks new solutions<br />

and technologies to achieve greater productivity<br />

and profitability in production. Within the<br />

Forest Product Sector, these objectives are not<br />

any different, with challenges such as combining<br />

the greater use of raw material with quality and productivity<br />

increasingly present.<br />

Attentive to this market need, Mendes Máquinas always<br />

provides new solutions and equipment for sawmills. With<br />

65 years of history marked by a strong innovative character,<br />

the Company based in Curitibanos (S.C.) focuses on offering<br />

products and processes in Brazil and abroad with an international<br />

quality seal.<br />

“We are experiencing an important moment of change<br />

in the market, such as the reduction of the availability of raw<br />

materials (logs), leading to price increases and consequently<br />

higher operating costs in sawmills, and this reinforces the importance<br />

of investing in new technologies, aiming to increase<br />

income for the customer,” explains André Fabris, Managing<br />

Director of Mendes Máquinas.<br />

COM SEUS 65 ANOS DE<br />

HISTÓRIA MARCADOS POR<br />

UM FORTE CARÁTER INOVADOR, A<br />

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NOVEMBRO <strong>2021</strong> 41


PRINCIPAL<br />

Outro benefício dessa tecnologia é que o sistema<br />

permite um melhor controle do GAP (distância) entre as<br />

toras, inclusive durante o movimento no equipamento,<br />

permitindo que o operador da máquina não precise<br />

intervir durante essa fase – diferente dos equipamentos<br />

tradicionais ofertados ao mercado. Isso resulta em maior<br />

produtividade e menos tempo com a máquina parada.<br />

O equipamento conta com o sistema True Spin, criado<br />

pela empresa italiana Microtec, parceira da Mendes, que<br />

permite o monitoramento em tempo real do processo<br />

de giro das toras. Isso garante que a madeira chegue na<br />

posição correta para ser cortada pelo Chipper Canter e<br />

Serra de Fita. Tudo isso com uma velocidade de até 100<br />

m/min (metros por minuto) em toras finas com capacidade<br />

de processamento de diâmetros desde 10 cm a 55 cm<br />

(centímetros).<br />

A Mendes Máquinas já tem dois projetos vendidos que<br />

utilizarão essa tecnologia onde um deles iniciará sua operação<br />

no segundo semestre de 2022, e outro no primeiro<br />

semestre de 2023.<br />

Além do novo sistema de posicionamento e giro das<br />

toras, a Mendes Máquinas desenvolveu recentemente o<br />

carro porta toras inclinado com slabber. O equipamento<br />

possui uma inclinação de 17° (graus), permitindo maior facilidade<br />

no giro da tora e na evacuação da madeira serrada.<br />

Também contando com sistema de scanner e software<br />

de otimização da Microtec, que possibilitam o máximo<br />

rendimento de cada tora durante o processo, além de encontrar<br />

com maior facilidade madeiras sem nós – também<br />

conhecidas como clear.<br />

O slabber ainda permite que pedaços de costaneiras<br />

não irão atrapalhar o processo seguinte, assim como dispensa<br />

a mão de obra auxiliar para retirar essas madeiras<br />

inerentes a produção. O sistema utiliza uma serra fita com<br />

volantes de 1800 mm (milímetros) de diâmetro, com serras<br />

de lâmina de 10” de largura, com corte nos dois sentidos<br />

(avanço e retorno do carro) e tendo a capacidade de processar<br />

toras com diâmetros de 50 cm a 130 cm.<br />

“Isso faz com que o industrial madeireiro tenha confiança<br />

que irá encontrar o produto que ele precisa aqui, porque<br />

se não for assim, seguramente ele vai ter que buscar no<br />

FOI ATRAVÉS DA RELAÇÃO DE<br />

PARCERIA E CONFIANÇA QUE<br />

A GENTE DESENVOLVEU MUITAS DAS<br />

SOLUÇÕES QUE NÓS TEMOS HOJE E<br />

ESTE SEMPRE SERÁ O NOSSO NORTE<br />

ANDRÉ FABRIS, CEO DA MENDES MÁQUINAS<br />

Within these new solutions is the log-positioning and<br />

rotating system, 100% automated and controlled through<br />

a scanner. This technology is already present in the European<br />

and North American markets, now pioneering in Latin<br />

America, leading to greater yield, robustness, and quality in<br />

sawmill processes.<br />

The rotating and positioning log process is fundamental<br />

for the best yield of the log in the sawmill. Several studies<br />

indicate that the use of a scanner and other technologies<br />

help in the increase of 1% to 2% in yield from each log.<br />

Another benefit of this technology is that the system allows<br />

better control of the gap between the logs, including during<br />

their movement in the equipment, leading to no need for<br />

machine operator intervention during this phase of the operation<br />

– different from the traditional equipment offered to<br />

the market – thus generating greater productivity and less<br />

machine stoppage time.<br />

The equipment has the Truespin system, created by the<br />

Italian company Microtec, a Mendes partner, which allows<br />

for the real-time monitoring of the log rotating process. This<br />

allows the log to arrive in the correct position to be cut by the<br />

Chipper Canter and Bandsaw. All this with a speed of up to<br />

100 m/min for thin logs and a log processing capacity from<br />

10 to 55 cm in diameter.<br />

Mendes Máquinas already has two projects sold that use<br />

this technology, and one should enter into operation by the<br />

second half of 2022 and the second in the first half of 2023.<br />

In addition to the new log positioning and rotating system,<br />

Mendes Máquinas recently developed a sloping log train<br />

with a slabber. As a result, the equipment with a slope of 17°<br />

allows for greater ease in rotating the log and removing the<br />

sawn wood.<br />

The new system also has a scanner system and optimization<br />

software from Microtec, which allows for maximum<br />

performance when processing each log, besides more easily<br />

finding wood without knots – also known as “clear”.<br />

The slabber even allows for slab pieces not to hinder the<br />

following process and dispenses with the additional labor<br />

to remove these pieces inherent in the production process.<br />

Instead, the system uses a band saw with 18 hundred mm<br />

diameter flywheels, with 10” wide saw blades and two-way<br />

cutting (advance and return), and can process logs with diameters<br />

from 50 to 130 cm.<br />

“This leads to the forest product industry having confidence<br />

that it finds the product it needs in Brazil, because if it<br />

does not, surely it has to look to the foreign market. We are<br />

manufacturers of customized machines and have an experienced<br />

and qualified team and the technology and integrated<br />

manufacturing processes. There is no year in which Mendes<br />

does not present new solutions to the market,” adds Rodrigo<br />

Mendes, Technical Director of Mendes Máquinas.<br />

CONFIDENCE WITHOUT LIMITS<br />

In the 65 years of Mendes Máquinas, the quality and innovation<br />

have not gone unnoticed by the international market.<br />

The Company works in conjunction with seven prominent<br />

companies in their respective segments, enabling Mendes<br />

42 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2021</strong>


mercado externo. Somos fabricantes de soluções customizadas<br />

e contamos com uma equipe experiente e capacitada,<br />

além de tecnologia e processos fabris integrados.<br />

Não existe um ano em que a Mendes não apresente uma<br />

tecnologia, uma nova solução ao mercado”, complementa<br />

Rodrigo Mendes, diretor técnico da Mendes Máquinas.<br />

CONFIANÇA SEM LIMITES<br />

A qualidade e inovação nos 65 anos de história da<br />

Mendes Máquinas, não passaram despercebidos pelo<br />

mercado internacional. A empresa trabalha em parceria<br />

com sete companhias de destaque em seus respectivos<br />

segmentos, possibilitando inclusive que a Mendes produza<br />

no Brasil equipamentos e soluções com o selo dessas<br />

multinacionais.<br />

Um exemplo é a parceria da Mendes Máquinas com<br />

a canadense Nicholson, empresa referência mundial em<br />

descascadores de madeira, que permitiu pela primeira<br />

vez em sua história a produção de equipamento com seu<br />

selo de qualidade.<br />

Outro exemplo é a Carbotech, empresa também<br />

canadense, fabricante de equipamentos para manuseio<br />

de tábuas de alta performance. Neste mês de novembro<br />

a Mendes entregará à cliente seu primeiro equipamento<br />

fabricado no Brasil, sob licença da empresa canadense.<br />

“Essa confiança não vem da noite para o dia. Somos<br />

representantes da Nicholson desde 2019, mas há mais de<br />

10 anos nós já os levamos para os nossos clientes”, aponta<br />

Rodrigo Mendes.<br />

to produce equipment and solutions with the seal of these<br />

multinationals in Brazil.<br />

One example is Mendes Máquinas’ relationship with the<br />

Canadian company Nicholson, a global leader in the production<br />

of log debarkers that, for the first time in its history, has<br />

allowed the production of equipment with its quality seal.<br />

Another example is Carbotech, another Canadian company<br />

that is a manufacturer of high-performance board<br />

handling equipment. This November, Mendes is delivering<br />

its first equipment manufactured in Brazil under license from<br />

the Canadian company. “That confidence doesn’t come overnight.<br />

We have been representatives of Nicholson since 2019,<br />

and for more than ten years, we have presented their products<br />

to our customers,” points out Technical Director Mendes.<br />

Mendes Máquinas also has relationships with the following<br />

world-leading companies in the Forest Product Sector:<br />

• Microtec: an Italian company, reference in scanner<br />

solutions and optimization software for timber processing;<br />

• Iseli: a Swiss company with world prominence in the<br />

production of sharpening machines;<br />

• Hildebrand Brunner: a German company, a forerunner<br />

in timber drying equipment;<br />

• Kadant: a Canadian company leader in the production<br />

of chippers and screens for the Forest Product Sector;<br />

• Mac Chain: a world-leading U.S. company in the<br />

production of special saw chains.<br />

“These relationships demonstrate how Mendes Máquinas<br />

has the confidence of the international market and can develop<br />

projects with this quality standard, offering equipment and<br />

ESSAS PARCERIAS<br />

DEMONSTRAM COMO<br />

A MENDES MÁQUINAS CONTA<br />

COM A CONFIANÇA DO<br />

MERCADO INTERNACIONAL E<br />

ESTÁ CAPACITADA A RECEBER<br />

PROJETOS COM ESSE PADRÃO<br />

DE QUALIDADE<br />

GUILHERME OLIVEIRA, RESPONSÁVEL<br />

PELAS ÁREAS DE DESENVOLVIMENTO DO<br />

PRODUTO E PARCERIAS INTERNACIONAIS<br />

DA MENDES MÁQUINAS<br />

DESCASCADOR DE TORAS<br />

MODELO R2 – DIÂMETROS DE ATÉ 965 MM<br />

FABRICADO PELA MENDES MÁQUINAS NO BRASIL<br />

NOVEMBRO <strong>2021</strong> 43


PRINCIPAL<br />

EGM - EMPACOTADOR E GRADEADOR DE MADEIRA<br />

COM SISTEMA DE TABICAMENTO AUTOMÁTICO<br />

FABRICADO PELA MENDES MÁQUINAS NO BRASIL<br />

A Mendes Máquinas ainda possui parcerias com as<br />

seguintes empresas no setor madeireiro:<br />

• Microtec: empresa italiana referência mundial em<br />

soluções de scanners e softwares de otimização para<br />

madeira;<br />

• Iseli: empresa suíça com destaque global na produção<br />

de máquinas de afiação;<br />

• Hildebrand Brunner: empresa alemã precursora em<br />

equipamentos de secagem de madeira;<br />

• Kadant: empresa canadense pioneira na produção de<br />

picadores e peneiras para o setor madeireiro;<br />

• Mac Chain: empresa norte-americana com relevância<br />

mundial na produção de correntes especiais.<br />

“Essas parcerias demonstram como a Mendes Máquinas<br />

conta com a confiança do mercado internacional<br />

e está capacitada a receber projetos com esse padrão<br />

de qualidade, oferecendo equipamentos e soluções com<br />

tecnologia de ponta para as indústrias do mercado nacional<br />

e internacional”, reforça Guilherme Oliveira, gerente<br />

responsável pelas áreas de desenvolvimento do produto<br />

e parcerias internacionais.<br />

CONSOLIDAÇÃO DE TECNOLOGIA E QUALIDADE<br />

Dentro do ramo madeireiro, a Mendes Máquinas tem<br />

conseguido destaque no oferecimento de equipamentos<br />

e soluções para indústrias do setor, sendo todas, referência<br />

em tecnologia de ponta para aliar qualidade e produtividade<br />

nos processos dessas empresas.<br />

solutions with state-of-the-art technology for the domestic<br />

and international companies,” reinforces Guilherme Oliveira,<br />

Manager responsible for the areas of Product Development<br />

and International Relations.<br />

THE CONSOLIDATION OF TECHNOLOGY<br />

AND QUALITY<br />

Within the forest product industry, Mendes Máquinas<br />

has achieved prominence as to the offering of equipment<br />

and solutions for companies in the Sector, all of which are<br />

recognized for their state-of-the-art technology combining<br />

quality and productivity in the processes for these companies.<br />

One example is the new Adami sawmill, well-known for<br />

the production of saw wood and finished lumber. The operation<br />

began in December 2019. In the first six months, the<br />

operation achieved the volume specified in the contract, a 762<br />

m³ daily production in two shifts. After one year of operation,<br />

the sawmill has already achieved a daily production of one<br />

thousand m 3 . The average is around 850 m 3 .<br />

“Mendes offers us a fast, dedicated, and efficient service,<br />

promoting continuous improvement for the performance of<br />

our equipment. We indicate Mendes to other companies<br />

in the Forest Product Sector because they provided us with<br />

a high-performance sawmill that has been serving us in all<br />

aspects,” says Rafael Augusto Barancelli, <strong>Industrial</strong> Manager<br />

- Sawmill for Adami.<br />

Another project developed with a leading company in the<br />

domestic timber market was for Todesmade, a company in<br />

44 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2021</strong>


Um exemplo é a nova serraria da Adami, empresa<br />

referência na produção de madeira serrada e beneficiada.<br />

A operação iniciou em dezembro de 2019 e já nos seis<br />

primeiros meses atingiu o volume previsto em contrato<br />

que era de 762 m³ (metros cúbicos) para uma produção<br />

diária em dois turnos de trabalho. Completado um ano<br />

de operação, a serraria já atingia seus 1.000 m³ diários de<br />

produção. A média mantém-se em torno de 850 m³/dia.<br />

A Mendes nos oferece um atendimento rápido, dedicado<br />

e eficiente, promovendo melhoria contínua para<br />

a performance dos nossos equipamentos. Indicamos a<br />

Mendes para outras empresas do setor madeireiro, pois<br />

nos entregaram uma serraria de alta performance que<br />

vem nos atendendo em todos os aspectos”, conta Rafael<br />

Augusto Barancelli, gerente industrial - madeireira.<br />

Outro projeto desenvolvido com uma empresa referência<br />

no mercado nacional madeireiro foi com a Todesmade,<br />

empresa do grupo Todeschini. A serraria começou a operar<br />

em janeiro de <strong>2021</strong> e está atualmente produzindo um nível<br />

médio de 250 m³ a 300 m³ diários em dois turnos, tendo<br />

expectativa de chegar a uma média diária de 400 m³ a 600<br />

m³. Esta serraria é a mais moderna do Rio Grande do Sul<br />

e também considerada uma das mais modernas no Brasil.<br />

“Ao buscarmos os fornecedores para este novo projeto<br />

precisávamos de uma empresa nacional que nos<br />

assegurasse alta produtividade com tecnologia de ponta<br />

e que fosse viável economicamente a fim de nos garantir<br />

competitividade e retorno rápido do investimento. Estas<br />

qualidades somadas a seriedade e confiabilidade que os<br />

executivos da Mendes nos transmitem não nos deixaram<br />

the Todeschini group. The sawmill began operating in January<br />

<strong>2021</strong> and is currently producing an average level of 250 to 300<br />

m³ daily in two shifts, with the expectation of reaching a daily<br />

average of 400 to 600 m³. This sawmill is the most modern in<br />

the State of Rio Grande do Sul and is also considered one of<br />

the most modern in Brazil.<br />

“When we sought suppliers for this new project, we needed<br />

a domestic equipment manufacturer that would ensure<br />

us high productivity with state-of-the-art technology and was<br />

economically viable to ensure our competitiveness and quick<br />

return on investment. These qualities were added to the<br />

seriousness and reliability that the Mendes executives transmitted<br />

to us and left us with no doubt that Mendes was the<br />

best alternative. Therefore, for any entrepreneur who needs<br />

to implement a sawmill with high technology, productivity,<br />

A MENDES NOS OFERECE<br />

UM ATENDIMENTO<br />

RÁPIDO, DEDICADO E EFICIENTE,<br />

PROMOVENDO UMA MELHORIA<br />

CONTÍNUA PARA A PERFORMANCE<br />

DOS NOSSOS EQUIPAMENTOS<br />

RAFAEL AUGUSTO BARANCELLI,<br />

GERENTE INDUSTRIAL - MADEIREIRA<br />

SERRARIA ADAMI S/A – CAÇADOR (SC)<br />

NOVEMBRO <strong>2021</strong> 45


PRINCIPAL<br />

SERRARIA TODESMADE (GRUPO TODESCHINI)<br />

– CACHOEIRA DO SUL (RS)<br />

dúvidas de que a Mendes era a melhor alternativa. Para<br />

qualquer empresário que precisar implantar uma serraria<br />

com alta tecnologia, produtividade e qualidade indico<br />

e recomendo a Mendes, porque tem se desenvolvido<br />

e busca permanentemente acompanhar o desenvolvimento<br />

e crescimento do setor madeireiro tanto nacional<br />

quanto mundial”, pontua João Farina Neto, presidente<br />

do Conselho Consultivo do Grupo Todeschini.<br />

Para 2022, a Mendes Máquinas tem previsão de<br />

entregar o maior projeto da história da empresa, a nova<br />

serraria do Grupo Frameport, um dos maiores players<br />

na fabricação de portas sólidas de pinus no mundo. A<br />

expectativa da Mendes é que a produção diária em dois<br />

turnos fique entre 785 m³ e 950 m³.<br />

“Aquilo que você vende como projeto, tem que se<br />

confirmar lá na frente, porque senão alguma coisa está<br />

errada. A gente reconhece o valor daquilo que entregamos,<br />

mas é na prática que precisa ser comprovada. No<br />

mercado madeireiro é muito comum que as empresas<br />

entreguem um produto para as serrarias e depois disso<br />

a responsabilidade fica para o cliente”, discorre Rodrigo<br />

Mendes.<br />

A Mendes Máquinas ainda está próxima de entregar<br />

outros importantes projetos de equipamentos e soluções<br />

PARA QUALQUER<br />

EMPRESÁRIO QUE PRECISAR<br />

IMPLANTAR UMA SERRARIA COM<br />

ALTA TECNOLOGIA, PRODUTIVIDADE<br />

E QUALIDADE INDICO E RECOMENDO<br />

A MENDES<br />

JOÃO FARINA NETO, PRESIDENTE DO CONSELHO<br />

CONSULTIVO DO GRUPO TODESCHINI<br />

and quality, I indicate and recommend Mendes because it has<br />

developed and constantly seeks to monitor the development<br />

and growth of the Forest Product Sector both nationally and<br />

globally,” points out João Farina Neto, President of the Advisory<br />

Board of the Todeschini Group.<br />

By 2022, Mendes Máquinas expects to deliver the largest<br />

project in the Company’s history for the Frameport sawmill,<br />

one of the most prominent players worldwide for manufacturing<br />

solid pine doors. Mendes expects daily production in<br />

two shifts to be between 785 and 950 m³.<br />

46 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2021</strong>


ao mercado. Dois deles serão na Argentina para as empresas<br />

Pindó SA e Laharrague-Chodorge, ambas líderes<br />

no setor madeireiro argentino.<br />

“Esses projetos contam com máquinas e soluções de<br />

corte inteligente, scanner e outros recursos tecnológicos.<br />

Eles irão trazer um grande avanço ao mercado madeireiro<br />

argentino”, contextualiza o engenheiro e representante<br />

da Mendes Máquinas na Argentina, Ronald Vera.<br />

Outros projetos de destaque que serão entregues<br />

pela Mendes Máquinas nos próximos meses serão a<br />

substituição da linha grossa da madeireira Braslumber,<br />

sediada em Telêmaco Borba (PR), além de maquinário<br />

para a Dank SA, indústria do setor madeireiro localizada<br />

no Uruguai.<br />

Recentemente foram entregues equipamentos industriais<br />

para a nova sede da Baobá Agroflorestal, também<br />

com sede em Telêmaco Borba.<br />

“What you sell as a project has to be tested upfront because,<br />

if not, something could go wrong. We know there is value<br />

in what we deliver, but it is only in practice that this is proven.<br />

For example, in the forest product market, it is a widespread<br />

practice for companies to deliver a product to sawmills. After<br />

that, the responsibility lies with the customer,” says Technical<br />

Director Mendes.<br />

Mendes Máquinas is close to delivering other essential<br />

equipment and solution projects to the market. Two of them<br />

are in Argentina for Pindo SA and Laharrague-Chodorge,<br />

leaders in the Argentine Forest Product Sector.<br />

“These projects have machines and solutions equipped<br />

with smart cutting, scanner, and other technological resources<br />

that represent significant advances for the Argentine forest<br />

product market,” says Ronald Vera, Engineer and Representative<br />

for Mendes Máquinas in Argentina.<br />

Other prominent projects to be delivered by Mendes<br />

MAIOR DA AMÉRICA LATINA<br />

CLASSIFICADOR DE TÁBUAS BIN SORTER – 82 BOXES<br />

SERRARIA DO GRUPO FRAMEPORT (INSTALAÇÃO E<br />

MONTAGEM) – CAÇADOR (SC)<br />

NOVEMBRO <strong>2021</strong> 47


PRINCIPAL<br />

NOVA PLANTA – PROJETO TOPÁZIO AZUL<br />

SETOR DE USINAGEM<br />

INVESTIMENTO E EXPANSÃO<br />

Com atenção também voltada para o futuro da empresa<br />

e do setor madeireiro, a Mendes Máquinas já deu<br />

o próximo passo para conseguir atender às demandas<br />

e necessidades que o mercado apresentar. A empresa<br />

colocou em funcionamento em <strong>2021</strong> sua nova sede e tem<br />

previsão de concluir a construção das instalações, feita<br />

em etapas, em até 3 anos.<br />

Atualmente o local conta com 1,8 mil m 2 (metros<br />

quadrados) e já apresenta o funcionamento de todo o<br />

setor de usinagem da Mendes Máquinas. A expectativa<br />

da empresa é que a nova sede possa contar com 10 mil<br />

metros de área após a finalização das obras, alocando<br />

todos os setores produtivos.<br />

“A nossa nova planta é um importante recibo dedicado<br />

aos nossos clientes, parceiros e mercado em geral.<br />

Ela representa a nossa busca incessante de sempre fazer<br />

mais e melhor. É algo que está em nosso DNA, que faz<br />

parte do nosso dia a dia”, reforça Rodrigo Mendes.<br />

Além do investimento para a construção da nova<br />

sede, a Mendes Máquinas investiu na aquisição de<br />

maquinários de última geração para sua própria planta,<br />

proporcionando aos clientes a garantia de equipamentos<br />

e soluções que acompanham as tecnologias de ponta<br />

disponíveis no mercado internacional.<br />

Dentre essas aquisições estão uma mandriladora italiana<br />

de grande porte, um centro de usinagem horizontal<br />

duplo pallet de marca alemã, um centro de usinagem<br />

vertical americano, máquina de corte à laser, dobradeira<br />

CNC, entre outras. Ao todo foram feitos investimentos<br />

em oito máquinas CNC (Programação de Controle Numérico<br />

por Computador, em inglês), além de melhorias<br />

Máquinas in the coming months are for replacing the thick<br />

line at the Braslumber sawmill, based in Telemaco Borba<br />

(P.R.), and for Dank SA, a forest product producer in Uruguay.<br />

Recently, industrial equipment was delivered to the new<br />

Baobá Agroforflorestal plant, also based in Telemaco Borba.<br />

INVESTMENT AND EXPANSION<br />

With attention also focused on the future of the Company<br />

and the Forest Product Sector, Mendes Máquinas has already<br />

taken the next step to meet the demands and needs that<br />

the market presents. In <strong>2021</strong>, the Company started moving<br />

operations to its new plant and expects to complete the<br />

construction of the facilities, in stages, in up to three years.<br />

Currently, the site has 18 hundred square meters and already<br />

counts on the operation of the entire Mendes Máquinas<br />

machining segment. The Company expects that the new plant<br />

counts on a ten-thousand-meter area for all the productive<br />

sectors after completing the work.<br />

“Our new plant is an important step dedicated to our<br />

customers, suppliers, and the market in general. It represents<br />

our unceasing quest always to do more and better. It is something<br />

that is in our DNA and which is part of our daily life.”<br />

reinforces Technical Director Mendes.<br />

In addition to constructing the new plant, Mendes Máquinas<br />

invested in acquiring state-of-the-art machinery, providing<br />

customers with the guarantee of equipment and solutions<br />

accompanying the state-of-the-art technologies available in<br />

the international market.<br />

These acquisitions include a large-sized Italian chuck, a<br />

German-branded double pallet horizontal machining center,<br />

an American vertical machining center, a laser cutting machine,<br />

and a CNC folding machine. In all, investments were<br />

48 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2021</strong>


e ampliação de áreas fabris existentes e ambientes<br />

administrativos. “Tudo isso é um grande presente que<br />

a empresa nos proporciona, dando condições para que<br />

possamos aumentar nossa produtividade interna, precisão<br />

e qualidade”, afirma Moacir Ebele, Gerente <strong>Industrial</strong>.<br />

A nova sede conta também com áreas de apoio à<br />

produção, como sala de controle de qualidade com<br />

equipamento de medição tridimensional, calibração de<br />

ferramentas de última geração, retífica e programação.<br />

“Todo o investimento feito ao longo de décadas, que<br />

nos colocou na posição que estamos hoje, sempre foi<br />

motivado para atender as necessidades dos clientes. Foi<br />

através da relação de parceria e confiança que a gente<br />

desenvolveu muitas das soluções que nós temos hoje e<br />

este sempre será o nosso norte. Entender o que o mercado<br />

precisa, para onde ele está indo e buscar antecipar<br />

tendências”, finaliza André Fabris.<br />

in eight Computer Numerical Control machines (CNC) and<br />

improvements and expansion of existing manufacturing areas<br />

and administrative environments. “All this is a great gift that<br />

the Company provides us, giving us the conditions so that we<br />

can increase our internal productivity, accuracy, and quality,”<br />

says Moacir Ebele, <strong>Industrial</strong> Manager.<br />

The new installation also has production support areas,<br />

such as a quality control room with three-dimensional measurement,<br />

state-of-the-art tool calibration, and overhauling<br />

and programming equipment.<br />

“All the investments made over the past decades have put<br />

us in the position we are in today - always been motivated to<br />

meet the needs of our customers. We developed many of our<br />

solutions today through partner and trust relationships, which<br />

is always our maxim. Understanding what the market needs,<br />

where it is going, and seeking to anticipate these trends,”<br />

concludes Managing Director Fabris.<br />

A NOSSA NOVA PLANTA É UM<br />

IMPORTANTE RECIBO DEDICADO<br />

AOS NOSSOS CLIENTES, PARCEIROS E<br />

MERCADO EM GERAL. ELA REPRESENTA A<br />

NOSSA BUSCA INCESSANTE DE SEMPRE<br />

FAZER MAIS E MELHOR<br />

RODRIGO MENDES, DIRETOR<br />

TÉCNICO DA MENDES MÁQUINAS<br />

PROCESSOS INDUSTRIAIS DE ALTA PRECISÃO<br />

MANDRILADORA ITALIANA - MARCA PAMA<br />

(REFERÊNCIA MUNDIAL EM USINAGEM)<br />

NOVEMBRO <strong>2021</strong> 49


MADEIRA TRATADA<br />

50 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2021</strong>


FOCO<br />

NA<br />

CONSTRUÇÃO<br />

Fotos: ilustrativas<br />

EMPRESA APOSTA NO<br />

MERCADO DE CASAS DE<br />

MADEIRA E TEM EXPECTATIVA<br />

DE ATINGIR R$ 15 MILHÕES<br />

EM VENDAS<br />

Aconstrução civil no Brasil sempre esteve<br />

estritamente atrelada ao concreto, mas<br />

um projeto está querendo colocar a madeira<br />

em evidência. A construtora Tenda<br />

iniciou neste ano seu terceiro projeto-piloto<br />

de casas de madeira e tem o objetivo de dominar<br />

o mercado nacional nos próximos anos.<br />

A execução desse projeto foi realizada no município<br />

paulista de Santa Bárbara D’Oeste, com 75 unidades<br />

construídas e 35 vendidas em apenas 20 dias.<br />

Todas as casas contam com dois dormitórios e 47,5<br />

m 2 (metros quadrados) de área, com preço médio de<br />

R$ 200 mil ao consumidor. A expectativa da Tenda é<br />

que a empresa consiga R$ 15 milhões em receitas.<br />

A construção das casas seguiu o modelo woodframe<br />

que permite maior eficiência energética, dando<br />

aos usuários maior conforto térmico em temperaturas<br />

baixas ou altas devido ao isolamento térmico empregado.<br />

Além disso, a construção em madeira reduz<br />

NOVEMBRO <strong>2021</strong> 51


MADEIRA TRATADA<br />

A CONSTRUÇÃO DAS<br />

CASAS SEGUIU O MODELO<br />

WOODFRAME QUE PERMITE MAIOR<br />

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA, DANDO<br />

AOS USUÁRIOS MAIOR CONFORTO<br />

TÉRMICO EM TEMPERATURAS<br />

BAIXAS OU ALTAS<br />

muito a geração de resíduos em comparação a alvenaria,<br />

auxiliando na preservação do meio ambiente e<br />

diminuindo o tempo final de construção.<br />

A tecnologia ainda prevê que a construção em<br />

cada parede conte com quatro elementos:<br />

• Na parte estrutural o painel contra pilares de<br />

pinus de reflorestamento;<br />

• O recheio é feito com cimento, gesso e uma<br />

membrana que permite que a umidade não fique<br />

concentrada na casa;<br />

• Essa combinação ainda permite que as casas de<br />

madeira tenham maior conforto acústico e térmico<br />

aos moradores.<br />

O método woodframe é muito popular em diversos<br />

países do hemisfério norte como o Canadá, os<br />

EUA (Estados Unidos da América) e países da Europa.<br />

Essa popularização se deve justamente a maior facilidade<br />

na construção das casas, assim como a melhor<br />

adaptabilidade térmica para os moradores.<br />

A empresa prevê lançar um novo conjunto com<br />

168 casas em Iperó, outro município do interior de<br />

São Paulo. Outros dois projetos anteriores em Mogi<br />

das Cruzes (SP) e em Leme (SP) também já foram executados<br />

pela empresa.<br />

Mas o último projeto em Santa Bárbara D’Oeste<br />

contou com mais recursos dentro das casas de madeira.<br />

O padrão foi mais alto, todas sendo construídas<br />

em um condomínio fechado, com residências<br />

térreas, não geminadas e rodeadas de alamedas<br />

arborizadas.<br />

Nesse cenário, a empresa tem a perspectiva de<br />

fabricar 10 mil casas de madeira por ano a partir de<br />

2026, em um negócio que renda R$ 2 bilhões por<br />

ano. Para chegar a esses números, a construtora<br />

pretende investir até R$ 100 milhões por ano nos<br />

próximos quatro anos, tendo como base uma fábrica<br />

própria de vigas, pilares, paredes e outros elementos<br />

de madeira pré-moldados em Jaguariúna (SP).<br />

Graças a essa produção industrial a estimativa é<br />

conseguir finalizar cada obra em até 14 meses, ou<br />

seja, metade do tempo que uma residência em alvenaria<br />

estrutural levaria para ser concluída.<br />

52 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2021</strong>


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segmentos, a Polecola está presente em 4 países<br />

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PRÊMIO REFERÊNCIA<br />

O Prêmio REFERÊNCIA<br />

é concedido aos 10 maiores destaques do ano.<br />

Reconhecimento da principal Revista do setor industrial<br />

madeireiro/florestal às empresas, entidades e personalidades<br />

que auxiliaram o importante segmento brasileiro a avançar<br />

ainda mais. Ações como estas fazem a atividade crescer de<br />

maneira sustentável com exemplos positivos que acabam<br />

sendo seguidos pelos demais.<br />

54 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2021</strong>


CONHEÇA OS 10 VENCEDORES<br />

DA MAIOR PREMIAÇÃO DO SETOR<br />

MADEIREIRO BRASILEIRO<br />

O<br />

ano de <strong>2021</strong> foi de muito trabalho<br />

e recuperação para a indústria<br />

madeireira. A Pandemia teve<br />

grande influência durante os<br />

últimos meses, mas o setor se<br />

organizou, reestruturou e com muita resiliência<br />

chega ao final de <strong>2021</strong> muito mais forte do<br />

que entrou. A JOTA EDITORA, responsável<br />

pela publicação das Revistas REFERÊNCIA<br />

FLORESTAL, REFERÊNCIA INDUSTRIAL,<br />

BIOMAIS, CELULOSE & PAPEL e PRODUTOS<br />

DE MADEIRA, realiza no mês de dezembro a<br />

décima nona edição do Prêmio REFERÊNCIA,<br />

principal premiação do setor.<br />

Seguindo sua tradição, dez empresas,<br />

escolhidas por leitores, clientes e especialistas<br />

do segmento da indústria da madeira,<br />

foram agraciadas com o prêmio por seus<br />

investimentos em melhorias, novos produtos<br />

ou ações de sustentabilidade. Neste ano os<br />

vencedores são: Terra Sol Madeiras Ecológicas,<br />

Dalcomad, MM Wood Brazil, Francio Soluções<br />

Florestais, Madfreitas, Brasil Tropical Pisos/BTP<br />

Floors, Todesmade – Indústria de Madeiras<br />

e Artefatos, APLYSIA Soluções Ambientais,<br />

Madeplant Florestal Ltda e Uniflora Com. de<br />

Madeiras.<br />

Fábio Machado, diretor comercial da JOTA<br />

EDITORA, destaca que o Prêmio, neste ano,<br />

tem um valor ainda maior. “Foi um período<br />

de recuperação e reinvenção para o ramo<br />

florestal. Poder homenagear as empresas que<br />

se destacaram neste ano é a nossa forma de<br />

valorizar quem fez o setor mais forte em <strong>2021</strong>”,<br />

ressalta Fábio.<br />

A Cerimônia de entrega do Prêmio será<br />

feito de forma híbrida e acontece no dia 6<br />

de dezembro, à partir das 19h (horas), em<br />

Curitiba (PR), seguindo todas as medidas<br />

recomendações dos órgãos de saúde pública.<br />

O evento terá a transmissão no canal<br />

do youtube e no facebook da Revista<br />

REFERÊNCIA. Confira os detalhes sobre os<br />

vencedores:<br />

PODER HOMENAGEAR AS EMPRESAS QUE SE<br />

DESTACARAM NESTE ANO É A NOSSA FORMA DE<br />

VALORIZAR QUEM FEZ O SETOR MAIS FORTE EM <strong>2021</strong><br />

FÁBIO MACHADO<br />

NOVEMBRO <strong>2021</strong> 55


PRÊMIO REFERÊNCIA<br />

TERRA SOL MADEIRAS ECOLÓGICAS<br />

A Terra Sol, construtora com foco em madeiras<br />

ecológicas, lançou em janeiro de <strong>2021</strong> o projeto<br />

Mod House, que é o motivo da conquista do Prêmio<br />

REFERÊNCIA <strong>2021</strong>. O Mod House tem um método<br />

construtivo de construção seca, ágil, fácil e eficiente,<br />

que alia arquitetura contemporânea com o visual<br />

rústico da madeira. Além disso, o Mod House oferece<br />

um tempo de construção rápido e a estrutura interna<br />

da parede é preenchida com lã de pet, que serve<br />

como isolamento termo acústico.<br />

FRANCIO SOLUÇÕES FLORESTAIS<br />

A Francio Soluções Florestais poderia ganhar<br />

o prêmio apenas pelos grandes serviços prestados<br />

ao setor de silvicultura nacional, mas também por<br />

ser a empresa com mais quilometragem em <strong>2021</strong>.<br />

Atendendo clientes em todas as regiões do país,<br />

a Francio Soluções Florestais oferece consultoria e<br />

treinamentos com cursos que tratam desde o início<br />

da preparação do solo, passando pela seleção das<br />

mudas e toda parte de podas e desenvolvimento do<br />

plantio florestal.<br />

DALCOMAD<br />

A Dalcomad é uma das grandes produtoras<br />

de compensados e portas do país e neste ano<br />

conquistou o Prêmio REFERÊNCIA com o seu<br />

mais novo lançamento: o Kit Due. O novo modelo<br />

de kit porta permite que a decisão da direção<br />

de montagem da porta seja tomada apenas no<br />

momento da instalação. Esse modelo foi elaborado<br />

com a participação direta de Rogério Dalgallo, um<br />

dos sócios e diretor da empresa, que vê no Kit Due<br />

uma solução para o varejista, com a otimização<br />

de estoque, e a possibilidade de levar ao grande<br />

público uma porta com qualidade acima dos padrões<br />

oferecidos no mercado.<br />

MADFREITAS<br />

Desde 2003, a Madfreitas atua no setor madeireiro<br />

com a produção de vigas, caibros, pranchas para<br />

cobertura, decks, assoalho, batentes e tábuas. Há<br />

mais de 20 anos a empresa trabalha com madeira<br />

de reflorestamento e manejos sustentáveis de<br />

reservas legais. A empresa investe continuamente<br />

em treinamentos para os funcionários, valorizando<br />

as boas práticas de trabalho e colocando o conceito<br />

ambiental em primeiro lugar nos seus projetos.<br />

MM WOOD BRAZIL<br />

A MM Wood Brazil conquistou o Prêmio<br />

REFERÊNCIA <strong>2021</strong> pelo rápido crescimento no<br />

mercado de exportação de madeira. A empresa tem<br />

mais de 10 anos de experiência no setor, mas atua há<br />

apenas dois anos com a negociação de madeira para<br />

o exterior. A MM Wood Brazil já estabeleceu clientes<br />

na Ásia e Europa e agora está abrindo as portas para<br />

levar a madeira serrada de reflorestamento nacional<br />

para os EUA (Estados Unidos da América) já no ano<br />

de 2022.<br />

BRASIL TROPICAL PISOS/BTP FLOORS<br />

No mercado desde 1994, a Brasil Tropical Pisos é<br />

especializada na produção e comercialização de pisos<br />

de madeira, deck, revestimentos internos e madeira<br />

bruta. Desde o início de suas atividades a empresa<br />

se colocou como uma ponte entre a floresta e o<br />

mercado especializado, trabalhando com madeiras<br />

nobres, de manejos sustentáveis e com certificado<br />

de procedência. Hoje a BTP exporta seus produtos<br />

para mais de 35 países, levando a melhor madeira<br />

brasileira para o mundo.<br />

56 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2021</strong>


TODESMADE – INDÚSTRIA DE MADEIRAS<br />

E ARTEFATOS<br />

Celebrar quem inova e investe no futuro do<br />

setor madeireiro é fator essencial para o Prêmio<br />

REFERÊNCIA e a Todesmade, do Grupo Todeschini,<br />

se encaixa exatamente nesses critérios. No início de<br />

<strong>2021</strong> foi inaugurada com objetivo de processar os mais<br />

de 10 mil hectares de pinus plantados pela empresa<br />

no Rio Grande do Sul. Além disso, juntamente foi<br />

inaugurada uma planta dedicada unicamente a<br />

produção de pellets. A Todesmade tem como objetivo<br />

a produção de 8 mil metros cúbicos por mês de<br />

madeira seca e 2,6 mil toneladas de pellets.<br />

UNIFLORA COM. DE MADEIRAS<br />

O mercado madeireiro exige investimentos<br />

contínuos para que as demandas cada vez<br />

mais elevadas e exigentes dos clientes sejam<br />

supridas. A Uniflora, madeireira que se destaca<br />

na comercialização de madeira de pinus serrada<br />

para a fabricação de paletes, realizou uma série de<br />

investimentos para garantir que o processamento<br />

da madeira seja feito da forma mais eficiente,<br />

pensando principalmente no futuro das atividades.<br />

APLYSIA SOLUÇÕES AMBIENTAIS<br />

A Aplysia Soluções Ambientais está entre os<br />

vencedores do Prêmio REFERÊNCIA <strong>2021</strong> após ter<br />

conquistado o prêmio BRICS Solutions for SDGs<br />

Awards <strong>2021</strong>, em que concorreu com mais de 280<br />

empresas dos países, que formam o BRICS (Brasil,<br />

Rússia, Índia, China e África do Sul). O Projeto<br />

ReNaturalize é uma ação de restauração fluvial que<br />

se diferencia por recriar a natureza, usando técnicas<br />

inspiradas nas estratégias de transformação natural<br />

do meio ambiente, gerando impacto ambiental<br />

positivo.<br />

MADEPLANT FLORESTAL LTDA<br />

A Madeplant Florestal atua há 15 anos na<br />

implantação e manutenção de Florestas de<br />

Eucalipto, Colheita Florestal Mecanizada e<br />

produção de Biomassa. A empresa se destacou em<br />

<strong>2021</strong> pelo forte investimento em biomassa realizado<br />

no Mato Grosso, onde a empresa tem sua sede.<br />

Hoje a empresa tem capacidade de produção<br />

média de 110 mil toneladas por hora, seguindo os<br />

padrões de umidade e granclometria e de acordo<br />

com o pedido de cada cliente.<br />

NOVEMBRO <strong>2021</strong> 57


PRODUÇÃO<br />

DIMINUINDO<br />

A BUROCRACIA<br />

58 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2021</strong>


MUDANÇA FEITA PELA CAIXA<br />

ECONÔMICA FEDERAL NA<br />

DETERMINAÇÃO DE NORMAS<br />

TÉCNICAS É BENÉFICA PARA O<br />

SETOR DE PRODUÇÃO DE PORTAS,<br />

SEGUNDO AVALIAÇÃO DA ABIMCI<br />

Fotos: divulgação<br />

NOVEMBRO <strong>2021</strong> 59


PRODUÇÃO<br />

ACEF (Caixa Econômica Federal) alterou<br />

o Código de Práticas de Engenharia<br />

para Habitação para determinar o atendimento<br />

às normas técnicas aplicáveis a<br />

todos os sistemas e materiais empregados<br />

no empreendimento, incluindo portas de madeira.<br />

Com isso, as portas de madeira usadas em projetos<br />

financiados pela CEF, por pessoas jurídicas, deverão<br />

seguir a ABNT NBR 15930 – Portas de madeira para<br />

edificações.<br />

A mudança representa um avanço significativo, pois<br />

todos os materiais e produtos usados nas obras financiadas<br />

pelo banco deverão atender as normas técnicas<br />

vigentes. De acordo com a ABIMCI (Associação Brasileira<br />

da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente),<br />

que coordena o PSQ-PME (Programa Setorial<br />

de Portas de Madeira para Edificações), essa exigência<br />

vem reforçar a melhoria da qualidade de produtos nas<br />

obras habitacionais, contribuindo assim para diminuição<br />

de ocorrência de patologias, gerando economia<br />

aos projetos.<br />

Na avaliação da ABIMCI, a inclusão da exigência<br />

no documento da CEF reflete a realidade do mercado,<br />

que cada vez mais tem exigido produtos tecnicamente<br />

adequados para os empreendimentos. Os fabricantes<br />

de portas certificados do PSQ-PME atestam o atendimento<br />

do produto à norma técnica ABNT NBR 15930,<br />

além de terem a certificação emitida pela ABNT (Associação<br />

Brasileira de Normas Técnicas), OCP (Organismo<br />

de Certificação de Produto) acreditado pelo IN-<br />

METRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e<br />

Tecnologia), uma das exigências da CEF.<br />

“Com esse instrumento, a especificação de portas<br />

para os projetos que exigem o financiamento da CEF<br />

deve ser feita a partir de requisitos técnicos de qualidade<br />

e desempenho. Ao adquirir portas certificadas, as<br />

construtoras têm a garantia de que o produto atende a<br />

norma técnica”, explica o superintendente da ABIMCI,<br />

Paulo Pupo.<br />

NORMA TÉCNICA ATUALIZADA<br />

A NBR 15930 – Portas de madeira para edificações,<br />

partes 1 – Terminologia e simbologia e 2 – Requisitos,<br />

foi publicada em 2011. Em 2018, a ABNT publicou<br />

a nova versão da parte 2 da norma que trata dos requisitos<br />

para o perfil de desempenho de portas de<br />

60 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2021</strong>


madeira e a classificação de acordo com o nível de<br />

desempenho de ocupação e uso. A revisão considerou<br />

a adequação do texto à norma de desempenho da<br />

construção civil ABNT NBR 15575, com a inclusão do<br />

requisito de durabilidade, que considera o uso da porta<br />

ao longo do tempo. Esse requisito, que contempla<br />

ciclos de abertura e fechamento de portas e esforços<br />

de manuseio, visa saber qual o comportamento da<br />

porta ao longo de sua vida útil.<br />

Também está em vigor a parte 3 que trata dos requisitos<br />

de desempenho adicionais, conforme exigência<br />

de projeto. Com isso, a norma prevê os requisitos<br />

adicionais de desempenho da porta com isolamento<br />

sonoro, resistência ao fogo, isolamento às radiações,<br />

acessibilidade, saída de emergência e resistência a<br />

xilófagos. Estão contemplados ainda os critérios para<br />

avaliação de requisitos complementares como segurança,<br />

habitabilidade e sustentabilidade da porta<br />

de madeira, conforme o estabelecido na ABNT NBR<br />

15575, além da vida útil de projeto do produto.<br />

A última parte da norma – Parte 4 está em desenvolvimento<br />

e estabelece condições mínimas adequadas<br />

de instalação e manutenção de tal forma a garantir<br />

o desempenho exigível de portas de madeira para edi-<br />

COM ESSE<br />

INSTRUMENTO, A<br />

ESPECIFICAÇÃO DE PORTAS PARA<br />

OS PROJETOS QUE EXIGEM O<br />

FINANCIAMENTO DA CEF DEVE<br />

SER FEITA A PARTIR DE<br />

REQUISITOS TÉCNICOS DE<br />

QUALIDADE E DESEMPENHO<br />

PAULO PUPO,<br />

SUPERINTENDENTE DA ABIMCI<br />

DESTOPADOR PNEUMÁTICO<br />

COM POSICIONADOR ELETRÔNICO<br />

RÁPIDO E PRECISO ...<br />

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PRODUÇÃO<br />

ficações. Também define as atribuições de fabricantes,<br />

instalador, construtor, usuário e contratante.<br />

PSQ-PME<br />

Com abrangência nacional, o PSQ-PME reúne os<br />

fabricantes de portas de madeira do Brasil, atuando<br />

em várias ações que visam o fortalecimento do segmento<br />

e o atendimento dos requisitos estabelecidos<br />

nas normas vigentes.<br />

Entre os principais objetivos da iniciativa estão o de<br />

promover a isonomia competitiva entre os fabricantes,<br />

por meio da conformidade técnica, adequando o desempenho<br />

dos produtos às normas existentes, estimular<br />

a melhoria contínua, agregar valor às marcas e dar<br />

garantias ao consumidor final.<br />

Os produtos certificados atendem à Norma Brasileira<br />

NBR 15930 – Portas de madeira para edificações e<br />

para receber a certificação passam por uma avaliação<br />

de controle de qualidade de produção e ensaios em<br />

laboratório para avaliação do desempenho do produto.<br />

OS FABRICANTES DE<br />

PORTAS CERTIFICADOS<br />

DO PSQ-PME ATESTAM O<br />

ATENDIMENTO DO PRODUTO À<br />

NORMA TÉCNICA ABNT NBR<br />

15930, ALÉM DE TEREM A<br />

CERTIFICAÇÃO EMITIDA PELA<br />

ABNT, OCP ACREDITADO PELO<br />

INMETRO<br />

62 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2021</strong>


INDÚSTRIA<br />

MUDANÇA<br />

NA LEGISLAÇÃO<br />

Fotos: divulgação<br />

PESQUISA APONTA QUE<br />

56% DAS EMPRESAS<br />

ENTREVISTADAS AINDA NÃO<br />

ESTÃO EM CONFORMIDADE<br />

COM A LEI GERAL DE<br />

PROTEÇÃO DE DADOS<br />

64 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2021</strong>


NOVEMBRO <strong>2021</strong> 65


INDÚSTRIA<br />

ALGPD (Lei Geral de Proteção de Dados)<br />

traz novos rumos para a segurança de<br />

dados no Brasil. Com o objetivo de<br />

estabelecer regras sobre coleta, armazenamento,<br />

tratamento e compartilhamento<br />

de dados pessoais, a lei que entrou em vigor<br />

ano passado eleva o padrão de proteção de dados<br />

pessoais e traz penalidades significativas para as<br />

empresas que não cumprirem a norma. Ainda assim,<br />

segundo estudo da Akamai, empresa do setor de<br />

experiências digitais, 56% das empresas ainda não<br />

estão totalmente em conformidade com a lei.<br />

Feita com mais de 400 empresas/tomadores de<br />

decisão por meio da Toluna em <strong>2021</strong>, a pesquisa revelou<br />

que 8% dos entrevistados ainda não sabem o<br />

que é a LGPD. Em 2020, esse número era de 24%. No<br />

entanto, mesmo com mais informações sobre a lei e<br />

com a aplicação de multas em vigor, 13% ainda não<br />

iniciou o processo de conformidade, 36% estão trabalhando<br />

para entrar em conformidade com a lei e apenas<br />

44% já está em total conformidade com a LGPD.<br />

LEGISLAÇÃO E O IMPACTO NOS NEGÓCIOS<br />

O processo da LGPD no Brasil aconteceu em<br />

meio a pandemia do coronavírus, e isso afetou a<br />

maneira como as empresas se adaptaram à ela. Um<br />

exemplo disso é que, apesar da portaria com as regras<br />

ter sido publicada em março, quando a pesquisa<br />

foi realizada em julho, 12% ainda não sabiam onde<br />

encontrar informações sobre a lei e 27% afirmaram<br />

que não conseguiram acompanhar a alteração de<br />

datas.<br />

“O objetivo da LGPD é proteger os usuários e<br />

seus dados de acessos não autorizados, em situações<br />

acidentais ou pela ação de cibercriminosos”, afirma<br />

Claudio Baumann, diretor geral da Akamai na América<br />

Latina.<br />

“Para isso, é necessária a adoção de medidas de<br />

segurança para a proteção, conservação e eliminação<br />

dessas informações, assim como a elaboração de<br />

documentos que evidenciem essas ações. A criação<br />

de um banco de dados para auxiliar o controle dos<br />

pedidos dos titulares dos dados - acesso, confirma-<br />

66 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2021</strong>


ção, anonimização, consentimento, portabilidade,<br />

etc. - também é necessária”, afirma.<br />

O Brasil segue os passos de países europeus ao<br />

discutir a segurança de dados pessoais, principalmente<br />

com o número de roubo de informações crescendo<br />

no país mais de 1000% nos últimos 2 anos, segundo<br />

dados da Akamai. A lei europeia GDPR, na qual a<br />

LGPD foi baseada, aplicou o equivalente a mais de 1<br />

bilhão de reais em multas só no ano passado. No Brasil,<br />

as multas da LGPD começaram a ser aplicadas em<br />

1º de agosto de <strong>2021</strong> e os valores podem chegar a<br />

até 50 milhões de reais. O quanto antes as empresas<br />

iniciarem o processo de conformidade, menos suscetíveis<br />

estarão a penalidades.<br />

MUDANÇAS NAS EMPRESAS<br />

Educar funcionários é fundamental quando falamos<br />

de LGPD. É preciso estabelecer regras de boas<br />

práticas ao captar, administrar e tratar os dados internos<br />

da empresa. Estabelecer procedimentos, normas<br />

de segurança, diminuição de riscos no tratamento de<br />

O OBJETIVO DA<br />

LGPD É PROTEGER<br />

OS USUÁRIOS E SEUS DADOS<br />

DE ACESSOS NÃO<br />

AUTORIZADOS, EM SITUAÇÕES<br />

ACIDENTAIS OU PELA AÇÃO<br />

DE CIBERCRIMINOSOS


INDÚSTRIA<br />

dados pessoais é um dos primeiros passos para manter<br />

informações de funcionários e clientes seguras.<br />

“O home office não cria dificuldades específicas para<br />

a implementação da LGPD, mas reforça a necessidade<br />

de utilizar soluções de segurança para proteção<br />

de acessos às aplicações das empresas e, consequentemente,<br />

os dados destas”, comenta Baumann.<br />

Além dos prejuízos financeiros, que não são poucos,<br />

a não aplicação da lei pode afetar a reputação<br />

da empresa e a confiança do cliente em seus produtos<br />

e serviços devido ao vazamento ou roubo de<br />

informações. Essas são complicações mais profundas,<br />

podendo trazer impactos negativos não só imediatos<br />

na receita, mas comprometer o volume de negócios<br />

da empresa de modo permanente.<br />

Segundo a pesquisa da Akamai, em comparação<br />

com o ano passado, houve um aumento no número<br />

de pessoas que afirmaram que sua empresa foi vítima<br />

de pelo menos um caso de fraude ou roubo de dados<br />

digitais nos últimos 2 anos - 32% este ano contra<br />

24% em 2020.<br />

O HOME OFFICE NÃO<br />

CRIA DIFICULDADES<br />

ESPECÍFICAS PARA A<br />

IMPLEMENTAÇÃO DA LGPD,<br />

MAS REFORÇA A NECESSIDADE<br />

DE UTILIZAR SOLUÇÕES DE<br />

SEGURANÇA PARA PROTEÇÃO<br />

DE ACESSOS ÀS APLICAÇÕES<br />

DAS EMPRESAS E,<br />

CONSEQUENTEMENTE, OS<br />

DADOS DESTAS<br />

68 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2021</strong>


Para Baumann, os casos de vazamento e roubo de<br />

dados vistos recentemente ressaltam a necessidade<br />

das empresas em revisar a proteção de dados de<br />

seus clientes e implementar soluções e processos robustos<br />

de segurança digital, tanto para seu banco de<br />

dados institucional quanto para seus funcionários.<br />

“Vale ressaltar que uma solução de proteção adequada<br />

das informações dos clientes não inviabiliza<br />

as ações de personalização de marca que são feitas<br />

hoje nos websites e e-mails, a diferença apenas é que<br />

os clientes precisam autorizar que suas informações<br />

sejam utilizadas. A lei também serve para estabelecer<br />

uma relação de confiança entre empresas e seus<br />

clientes”, conclui.<br />

METODOLOGIA<br />

A pesquisa tem como base a LGPD, que trouxe<br />

novos rumos para a segurança de dados no Brasil. O<br />

estudo ocorreu por meio de um painel online com<br />

mais de 400 empresas/tomadores de decisão, em<br />

parceria com a Toluna entre julho e agosto de <strong>2021</strong>.<br />

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NOVEMBRO <strong>2021</strong> 69


MERCADO<br />

70 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2021</strong>


ACUMULADO<br />

POSITIVO<br />

Fotos: divulgação<br />

LEVANTAMENTO DA ABIMAQ<br />

APONTA QUE EM <strong>2021</strong>, A VENDA<br />

DE MÁQUINAS PARA INDÚSTRIAS<br />

DO SETOR DE TRANSFORMAÇÃO<br />

ACUMULA ALTA DE 34,8%<br />

NOVEMBRO <strong>2021</strong> 71


MERCADO<br />

Areceita líquida do setor de máquinas<br />

e equipamentos registrou queda de<br />

4,8% em setembro, na comparação com<br />

agosto, segundo balanço da ABIMAQ<br />

(Associação Brasileira da Indústria de<br />

Máquinas e Equipamentos), divulgado<br />

em outubro, em São Paulo.<br />

A receita líquida interna, ou seja, receita de vendas<br />

exclusivamente realizadas no mercado doméstico,<br />

também teve recuo, de 6,18% na comparação<br />

com agosto. Já os índices de receita líquida total e<br />

receita líquida interna cresceram em setembro deste<br />

ano na comparação com setembro do ano passado<br />

9,1% e 8,5% respectivamente. No acumulado do ano,<br />

os percentuais elevaram 29,5% e 37%.<br />

Segundo os dados, as exportações variaram negativamente<br />

em 0,2% ante agosto, mas aumentaram<br />

46,9% com relação a setembro de 2020 e 31,1% no<br />

acumulado do ano.<br />

No mês, o melhor desempenho na exportação<br />

foi do setor de máquinas para logística e construção<br />

O BALANÇO DA<br />

ABIMAQ REVELOU<br />

AINDA QUE EM SETEMBRO DE<br />

<strong>2021</strong> HOUVE QUEDA DE 0,5%<br />

NO TOTAL DE PESSOAS<br />

OCUPADAS, LEVANDO A<br />

INDÚSTRIA DE MÁQUINAS E<br />

EQUIPAMENTOS A ENCERRAR O<br />

PERÍODO COM 363.717 MIL<br />

PESSOAS EMPREGADAS<br />

DIRETAMENTE<br />

72 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2021</strong>


civil (26,9%). Houve redução do comércio no mercado<br />

externo nos setores de infraestrutura e indústria de<br />

base (-40,2%) e máquinas de petróleo e energia renovável<br />

(-39,4%). No acumulado do ano o desempenho<br />

em geral foi positivo, com o setor de máquinas para<br />

logística e construção civil liderando (59,9%), seguido<br />

de máquinas para agricultura (35,9%) e máquinas para<br />

indústria de transformação (34,8%). O único segmento<br />

com queda no acumulado do ano foi o de máquinas<br />

de petróleo e energia renovável (-39,4%).<br />

No ano, o recorte por destino das exportações<br />

mostrou continuidade da recuperação das vendas<br />

de máquinas para países da América Latina (alta de<br />

53,7%) e China continuando a registrar expansão nas<br />

aquisições de máquinas e equipamentos brasileiros<br />

(alta de 501,2%).<br />

Os EUA (Estados Unidos da América), principal<br />

destino das exportações de máquinas e equipamentos,<br />

apresentaram incremento de 10,9% nas<br />

aquisições de máquinas nacionais. As vendas para os<br />

países da zona do euro cresceram 15,2%.<br />

As importações tiveram aumento de 11,5% na<br />

comparação com agosto. No acumulado do ano, o<br />

crescimento foi de 54,7%. Segundo a ABIMAQ, neste<br />

crescimento verificado no mês de setembro os números<br />

interromperam três quedas consecutivas, elevando<br />

o resultado acumulado no ano para crescimento<br />

de 22% ante 18,5% em agosto de <strong>2021</strong>.<br />

Em setembro, as importações de máquinas para<br />

petróleo e energia renovável cresceram 32,3%, vindo,<br />

a seguir, componentes para a indústria de bens de<br />

capital (22,4%) e infraestrutura e indústria de base<br />

(19,8%). No acumulado do ano também houve aumento<br />

nas importações de máquinas para petróleo e<br />

energia renovável (81,8%), máquinas para logística e<br />

construção civil (58,6%) e componentes para a indústria<br />

de bens de capital (33,1%).<br />

O balanço da ABIMAQ revelou ainda que em<br />

setembro de <strong>2021</strong> houve queda de 0,5% no total de<br />

pessoas ocupadas, levando a indústria de máquinas e<br />

equipamentos a encerrar o período com 363.717 mil<br />

pessoas empregadas diretamente. Houve redução no<br />

número de pessoas dos setores fabricantes de máquinas<br />

para bens de consumo, componentes e agrícolas.<br />

Em relação ao último mês de 2020, o número<br />

de pessoas empregadas cresceu 11,8%.<br />

NOVEMBRO <strong>2021</strong> 73


ARTIGO<br />

GESTÃO<br />

ESTRATÉGICA<br />

NA ADAPTAÇÃO ÀS<br />

MUDANÇAS PROVOCADAS<br />

PELAS REVOLUÇÕES<br />

INDUSTRIAIS<br />

Fotos: divulgação<br />

SILVA, GABRIEL FERNANDES<br />

GESTÃO ESTRATÉGICA NA ADAPTAÇÃO<br />

ÀS MUDANÇAS PROVOCADAS PELAS<br />

REVOLUÇÕES INDUSTRIAIS. REVISTA<br />

CIENTÍFICA MULTIDISCIPLINAR NÚCLEO DO<br />

CONHECIMENTO. ANO 06, ED. 05, VOL. 16,<br />

PP. 34-46. MAIO DE <strong>2021</strong><br />

RESUMO<br />

O<br />

objetivo do corrente artigo é esquematizar<br />

as principais mudanças desencadeadas<br />

pelas revoluções industriais<br />

dentro das organizações, em seguida,<br />

demonstrar a necessidade de adaptação,<br />

e por fim, apresentar mecanismos referentes à gestão<br />

estratégica para auxiliar as empresas nesse processo.<br />

O embasamento teórico adotado foi em cima de expoentes<br />

de teorias administrativas, obras de escritores<br />

e pesquisadores, assim como postulados de estrategistas<br />

militares. No que tange a metodologia, optou-se<br />

pela pesquisa bibliográfica exploratória e descritiva.<br />

Os principais resultados do trabalho consistem na<br />

compreensão de que estar preparado para mudanças<br />

é possível, bem como, que a utilização de um simples<br />

e eficiente mecanismo de gestão estratégica confeccionado<br />

pela junção de ferramentas de planejamento<br />

e controle pode ajudar a mitigar as perdas oriundas da<br />

volatilidade dos stakeholders (partes interessadas) em<br />

meio ao avanço tecnológico.<br />

Palavras-chave: Gestão, Mudanças, Tecnologia,<br />

Estratégia.<br />

74 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2021</strong>


INTRODUÇÃO<br />

Desde tempos remotos a administração vem<br />

sofrendo impactos em virtude das mudanças que<br />

ocorrem na sociedade. Com as revoluções industriais<br />

as máquinas passam a dar novos significados para a<br />

administração de empresas. Desse modo, as mudanças<br />

que o mundo sofreu com tais eventos ocasionaram reflexos<br />

na sociedade, pessoas e organizações.<br />

Ao longo da história da humanidade, o avanço, as<br />

inovações e as descobertas na área da ciência e tecnologia<br />

geraram mudanças, trazendo tanto benefícios<br />

como desafios. A adaptação consiste basicamente em<br />

acompanhar as mudanças, ampliando o conhecimento<br />

de modo a aprimorar habilidades e desenvolver novas<br />

formas de pensar. São indivíduos e organizações com<br />

esse perfil que estão angariando espaço no mundo<br />

moderno.<br />

Os funcionários, por serem as engrenagens das<br />

empresas, independente do cargo que ocupam, devem<br />

estar qualificados e possuírem o know how (saber<br />

como ou saber fazer) para exercerem o seu trabalho<br />

com qualidade frente às diversas empresas e órgãos.<br />

Para isso, precisam contar com treinamentos, cursos,<br />

seminários, palestras, entre outros meios que os auxiliem<br />

a aprimorar seus conhecimentos e a se manterem<br />

atualizados quanto às novas tecnologias e técnicas<br />

referentes à sua área de atuação.<br />

No decorrer do tempo, as formas de se adquirir conhecimento<br />

e consequentemente a qualificação profissional<br />

se tornaram mais acessíveis à população. Antes<br />

da popularização do computador e da internet, por<br />

exemplo, os indivíduos precisavam adquirir enciclopédias<br />

caríssimas ou se locomoverem até bibliotecas a<br />

fim de realizarem uma pesquisa. E, hoje em dia existe o<br />

acesso gratuito à apostilas e livros em formatos digitais<br />

e até mesmo cursos que permitem que a capacitação<br />

ocorra de forma gratuita, fácil e confortável, possibilitando<br />

aos trabalhadores um aperfeiçoamento contínuo,<br />

sem precisar sair de sua casa.<br />

O avanço tecnológico transformou a comunicação<br />

dentro das organizações, tornando-a mais dinâmica.<br />

São inúmeros dispositivos, programas e aplicativos que<br />

podem ser usados para gerenciamento empresarial,<br />

troca de mensagens, ligações e videoconferências.<br />

Esses apetrechos otimizam o tempo e maximizam a<br />

produção, uma vez que as informações, regulamentos<br />

NOVEMBRO <strong>2021</strong> 75


ARTIGO<br />

e ordens são compartilhados em tempo real.<br />

Junto com as novidades diárias no campo tecnológico<br />

surgem também medos e incertezas, haja vista<br />

que a adaptação não é instantânea e, ao passo que<br />

pode corroborar para o crescimento da empresa, pode<br />

também, devido à má utilização, gerar prejuízo. Desta<br />

forma, este artigo é relevante para o meio empresarial,<br />

pois pretende elucidar de forma sucinta num primeiro<br />

momento a questão da necessidade de adaptação às<br />

transformações ocorridas nas sociedades e organizações.<br />

E, em segundo lugar expor ferramentas úteis na<br />

elaboração dos planejamentos estratégicos das organizações,<br />

para que as mesmas possam lograr êxito em<br />

suas respectivas missões institucionais.<br />

A metodologia de pesquisa do corrente artigo foi<br />

bibliográfica, por ter sido baseada na análise do conteúdo<br />

de livros e artigos; descritiva e exploratória, pois<br />

houve a realização de um estudo descritivo e crítico da<br />

teoria, buscando desenvolver o conhecimento sobre a<br />

estratégia empresarial sob uma perspectiva histórica,<br />

tendo como base os acontecimentos mais impactantes<br />

para a administração. A discussão teórica se dará com<br />

a explanação do tema por intermédio da sua divisão<br />

em três subtópicos: (i) entendendo o passado, (ii)<br />

adaptando-se às mudanças e (iii) estratégia e tecnologia.<br />

ENTENDENDO O PASSADO<br />

É incontestável a influência das organizações militares<br />

na Administração, uma vez que nos primórdios<br />

quando as teorias administrativas ainda estavam sendo<br />

formuladas, os exércitos funcionavam comumente<br />

como símbolos das descobertas e realizações. E, antes<br />

mesmo de existir o estudo da administração como<br />

ciência social, diversos princípios como: hierarquia,<br />

disciplina, unidade de comando, organização linear e<br />

direção eram utilizados por militares.<br />

Segundo Chiavenato (2003), a Primeira Revolução<br />

<strong>Industrial</strong> ocorreu entre 1780 e 1860, tendo sido a revolução<br />

do carvão e do ferro, desenvolveu-se por meio<br />

de quatro fases. Teve como início a mecanização da indústria<br />

e da agricultura, em seguida houve a aplicação<br />

da força motriz à indústria, o que resultou em seu fator<br />

de maior relevância, qual seja o desenvolvimento do<br />

sistema fabril, mas apenas no final do processo a sociedade<br />

obteve melhorias significativas através de um<br />

espetacular aceleramento dos meios de transportes e<br />

das comunicações.<br />

No século XIX, a Revolução <strong>Industrial</strong> foi o ponto<br />

de partida para um estudo mais aprofundado da administração<br />

de empresas, tendo em vista que provocou<br />

drásticas mudanças nas indústrias e sociedade, já que<br />

as novas máquinas além de substituir o trabalho braçal<br />

76 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2021</strong>


®<br />

dos indivíduos, exigiam trabalhadores capacitados<br />

para operá-las. A esse respeito:<br />

Com a invenção da máquina a vapor por James<br />

Watt (1736-1819) e sua posterior aplicação à produção,<br />

surgiu uma nova concepção de trabalho que modificou<br />

completamente a estrutura social e comercial da época,<br />

provocando profundas e rápidas mudanças de ordem<br />

econômica, política e social que, em um lapso de<br />

um século, foram maiores do que todas as mudanças<br />

ocorridas no milênio anterior. (Chiavenato, 2003, p.33).<br />

Com as máquinas, o homem passou a ocupar outras<br />

funções dentro das organizações. Porém, como o<br />

filme Tempos Modernos de Charlie Chaplin (2005) elucida,<br />

essa transição não foi fácil, ocasionando demissões<br />

e devido à busca desenfreada pelo lucro, ainda<br />

mais exploração aos trabalhadores da época que dantes<br />

já sofriam com a ausência de leis que regulassem<br />

as relações trabalhistas. Fora das fábricas, o mundo<br />

ocidental sofreu fortes impactos, além da sociedade,<br />

os segmentos mais afetados foram a economia e a<br />

política, posto que a mudança do processo de fabricação<br />

artesanal, característico das corporações de ofício,<br />

para a manufatura acelerou o desenvolvimento do sistema<br />

capitalista.<br />

Na segunda metade do século XIX, logo após<br />

1860, teve início a Segunda Revolução <strong>Industrial</strong> que<br />

sob o aspecto das mudanças foi a época dos motores<br />

de combustão, da eletricidade e do aço que juntos<br />

auxiliaram o desenvolvimento da indústria química e<br />

do petróleo. Essas tecnologias de produção em massa<br />

exigiram mais controle, principalmente do processo<br />

de produção, por parte dos administradores da época.<br />

O término dessa revolução se deu durante a Segunda<br />

Guerra Mundial no século XX.<br />

Por volta de 1900 os primeiros estudos envolvendo<br />

os trabalhadores e os sistemas fabris foram desenvolvidos<br />

por Frederick Winslow Taylor e Jules Henri Fayol.<br />

De um lado, Taylor, o pai da administração científica,<br />

desenvolveu seus estudos nos EUA (Estados Unidos<br />

da América), tinha como ênfase as tarefas e pretendia<br />

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AO LONGO DA<br />

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HUMANIDADE, O AVANÇO, AS<br />

INOVAÇÕES E AS DESCOBERTAS<br />

NA ÁREA DA CIÊNCIA E<br />

TECNOLOGIA GERARAM<br />

MUDANÇAS, TRAZENDO TANTO<br />

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ARTIGO<br />

elevar a produtividade, aumentando a eficiência no<br />

nível operacional. De outro lado, na França, Fayol, o<br />

fundador da Teoria Clássica, dava mais importância à<br />

estrutura organizacional e visava aumentar a eficiência<br />

da empresa pela organização e interação dos seus<br />

órgãos. Em 1929, com a quebra da bolsa de valores<br />

de Nova Iorque, teve início a Grande Depressão. Na<br />

busca pelas causas da crise, surgiu com a experiência<br />

de Hawthorne de Elton Mayo, a Teoria das Relações<br />

Humanas dando, pela primeira vez, um olhar humano<br />

aos trabalhadores.<br />

A TGS (Teoria Geral de Sistemas) surgiu a partir das<br />

descobertas do biólogo alemão Ludwig von Bertalanffy<br />

no final de 1930. Bertalanffy identificou que a ciência<br />

adotou como padrão o método da segregação para a<br />

resolução dos problemas, todavia algumas situações<br />

exigiam um enfoque mais abrangente (Maximiano,<br />

2000). Essa descoberta foi de suma importância, uma<br />

vez que diferentemente das teorias administrativas anteriores,<br />

a TGS passou a analisar as relações de todos<br />

os elementos que compõem as organizações, tanto no<br />

que diz respeito aos ambientes internos quanto externos,<br />

por acreditar que qualquer mudança em algum<br />

dos componentes geraria um reflexo nos demais.<br />

No âmbito do avanço tecnológico, até a teoria dos<br />

sistemas não existiam estudos que discorressem a respeito<br />

da correlação entre tecnologia e organizações.<br />

Dessa forma, a TGS foi a teoria mais completa até então,<br />

apresentando uma visão holística (do todo e não<br />

apenas das partes) da empresa. Pela sua abrangência<br />

global e interdisciplinaridade a TGS contribuiu para o<br />

desenvolvimento de estudos em campos significantes<br />

para a Gestão Estratégica como: matemática, tecnologia,<br />

computação e engenharia.<br />

A Terceira Revolução <strong>Industrial</strong> começou por volta<br />

de 1940 e ficou caracterizada pelas evoluções na área<br />

da tecnologia, que foram fruto da confluência dos<br />

conhecimentos científicos com os sistemas de produções<br />

industriais. Os principais carros chefes dessa fase<br />

produtiva foram o computador, a internet e os robôs.<br />

Quanto à estratégica, nesse período foram originadas<br />

práticas oficiais de gestão. Por volta de 1955, os militares<br />

americanos desenvolveram o PERT que tinha a<br />

atribuição de determinar o tempo necessário para se<br />

completar uma tarefa, assim como sinalizar o tempo<br />

mínimo para completar um projeto. Já em 1957 a Companhia<br />

Dupont criou o CPM que segundo Lima (2010)<br />

sintetiza-se numa ferramenta de controle do cronograma<br />

de um projeto, considerando-se que especifica as<br />

atividades críticas, que acarretam riscos.<br />

Ao recordar das revoluções industriais, constata-se<br />

que em todas as etapas desse processo de desenvolvimento,<br />

desenvolveu-se também o conhecimento no<br />

que diz respeito às teorias, princípios e estudos em<br />

diversas áreas da Administração. Após concatenar as<br />

informações sobre alguns dos procedimentos utilizados<br />

pelos nossos antepassados, identifica-se que com<br />

o avançar do tempo, os anseios das empresas e dos<br />

colaboradores vão mudando, criando assim novos cenários<br />

de negócios e diferentes climas organizacionais.<br />

Oliveira (1994) define esses últimos como: uma mistura<br />

de ações, reações e sentimentos vivenciados pelos<br />

funcionários. Embora seja algo subjetivo, é presente no<br />

cotidiano dos indivíduos e das organizações e capaz<br />

de minimizar ou maximizar os resultados, portanto é<br />

essencial o esforço de todos para a construção e manutenção<br />

de um clima organizacional saudável.<br />

Diante do novo, os tipos de gestões são obrigados<br />

a se adaptar, o que leva ao surgimento de novas abordagens<br />

como é o caso da disciplina Gerenciamento<br />

Estratégico, que apesar de há décadas sendo utilizada<br />

no anonimato, perpassou seu período de incubação e<br />

em plena Revolução <strong>Industrial</strong> 4.0 encontra o seu devido<br />

espaço na seara da administração.<br />

CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

Diante dos fatos apresentados infere-se que desde<br />

os primórdios as inovações trouxeram consigo<br />

potenciais de abalar as estruturas da sociedade e das<br />

organizações, dando os ditames para o futuro. Estar<br />

capacitado é preciso, porém não é o suficiente, já que<br />

a velocidade dos avanços tecnológicos resulta em novas<br />

demandas. Empresas são criadas e administradas<br />

de forma descomplicada com a utilização da tecnologia,<br />

outras são esmagadas pelos concorrentes por se<br />

encontrarem em estado de obsolescência. O mercado<br />

passa a ser incerto e os profissionais e empresas<br />

precisam de alguma forma acompanhar o ritmo das<br />

mudanças.<br />

78 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO <strong>2021</strong>


Conforme a pesquisa demonstrou o processo de<br />

globalização facilitou a comunicação entre as nações,<br />

gerando integrações sociais, econômicas e políticas,<br />

aprimorando dessa forma o sistema, mas também trouxe<br />

desafios. Nesse sentido, ficou claro a necessidade<br />

de as empresas desenvolverem estratégias voltadas<br />

para solução dos problemas emergentes. O foco da<br />

estratégia empresarial na era da informação se baseia<br />

genericamente em conseguir conectar os recursos<br />

humanos e tecnológicos, no intuíto de não perder as<br />

oportunidades e nem ser prejudicado pelas ameaças.<br />

Em relação às tecnologias, as maiores dificuldades<br />

podem ser supridas ao se ter a disposição os aparatos<br />

tecnológicos adequados ao tipo de negócio, pessoal<br />

capacitado para operá-los e a realização de um filtro<br />

no que concerne às informações. Esse último requisito<br />

é deveras importante, pois consoante a Oliveira (2005)<br />

para alcançar o sucesso com a evolução das tecnologias<br />

é preciso atentar para a qualidade da informação.<br />

Nesse sentido, é imprescindível que as organizações<br />

estejam engajadas nessa missão, utilizando estrategicamente<br />

a informação de modo que a mesma seja um<br />

meio confiável e perene no qual as decisões possam<br />

ser embasadas.<br />

Por intermédio de um olhar crítico para as mudanças<br />

que o mundo sofreu ao longo dos séculos foi possível<br />

entender que a administração estratégica não é<br />

algo recente, uma vez que desde os primórdios, mesmo<br />

que incipientemente, o homem desenvolve planos<br />

para melhor lidar com as diversas realidades com as<br />

quais se depara, sobretudo com os adventos das revoluções<br />

industriais conforme abordado. Na tentativa de<br />

lograr êxito na busca por objetivos de forma eficiente<br />

e eficaz, expoentes da Administração como Taylor, Fayol,<br />

Drucker, Elton Mayo e Bertalanffy confeccionaram,<br />

cada um no seu tempo e dentro de suas respectivas<br />

abordagens, soluções estratégicas para problemas<br />

empresariais.<br />

O gestor deve estar atento aos sinais e planejar,<br />

organizar, dirigir e controlar a sua organização, pois nenhuma<br />

mudança ocorre instantaneamente, antes anuncia<br />

gradativamente a sua chegada. Nesse sentido, os<br />

problemas organizacionais podem ser mais facilmente<br />

reconhecidos entendendo que uma teoria aplicada ao<br />

negócio sempre se torna obsoleta quando uma organização<br />

atinge seus objetivos originais (Drucker, 1995).<br />

Assim sendo, ao término de um ciclo de planejamento<br />

estratégico, deve-se automaticamente ter início outro(s)<br />

de sorte que o objetivo alcançado não seja motivo<br />

de estagnação, mas sim de aprendizado, reflexão e<br />

motivação para novos desafios.<br />

É de grande importância para as organizações do<br />

século XXI a utilização das ferramentas de planejamento<br />

estratégico mencionadas neste trabalho a fim<br />

de que identifiquem no ambiente interno e externo as<br />

probabilidades de sucesso e fracasso de suas ações.<br />

Em seguida, o controle deve ser eficaz, já que monitorando<br />

esses dados e tomando as decisões necessárias<br />

será possível alcançar os níveis de crescimento e lucratividade<br />

desejados. Ficou claro que certos autores<br />

se dedicaram ao estudo da estratégia, notoriamente,<br />

no âmbito militar como Sun Tzu e Clausewitz, os quais<br />

influenciaram de tal modo a Administração que seus<br />

preceitos foram bases para algumas teorias.<br />

Por fim, segundo Ansoff (1997), o ideal quando se<br />

busca um objetivo não é o efeito da soma das partes<br />

e sim da multiplicação das mesmas, ou seja, o sinergismo.<br />

O significado de sinergia é tido pela doutrina<br />

majoritária como o efeito multiplicador, já que a multiplicação<br />

produz um efeito maior do que a soma. Nesse<br />

sentido, se faz necessário frisar que os conceitos,<br />

ferramentas, métodos e técnicas expostos no corrente<br />

trabalho devem ser aplicados em conjunto no intuito<br />

de se obter os resultados em sua plenitude.<br />

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NOVEMBRO <strong>2021</strong> 79


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das empresas tem sido debatido<br />

há anos. A gestão, impactada por novos<br />

modelos de liderança, gerenciamento de<br />

equipes, processos e serviços/produtos,<br />

vem sofrendo grandes mudanças e sendo impactada<br />

diretamente por cenários sociais, políticos e econômicos<br />

adversos, no que tange ao contexto brasileiro.<br />

Desde 2020, empresas, organizações e pessoas foram<br />

colocadas diante de desafios de adaptabilidade ainda<br />

maiores. Redução da mobilidade, isolamento social, novos<br />

formatos de trabalho e prestação de serviços, redução<br />

do ativo econômico circulante.<br />

O impacto negativo sobre a atividade econômica<br />

refletiu de forma significativa nos recursos disponíveis, sejam<br />

eles financeiros ou de pessoas, bem como nos serviços<br />

essenciais de assistência aos grupos mais vulneráveis<br />

da sociedade.<br />

Mas aqui não tenho como objetivo falar da crise que<br />

todos já estão vivendo e, sim, abordar formas criativas de<br />

gerenciar esse contexto de escassez, transformando em<br />

um quadro de oportunidades de desenvolvimento, crescimento<br />

e melhorias, tanto internas quanto no que cada<br />

um de nós, como cidadão ou instituição, oferecemos para<br />

a sociedade.<br />

O mais relevante numa situação como a que estamos<br />

vivenciando é aprender a identificar rapidamente os recursos<br />

que estão em baixa e as prioridades para se manter<br />

no mercado com inteligência. Não é porque se tem<br />

pouco que não se pode fazer nada.<br />

Em mudanças drásticas de cenários, com riscos flutuantes<br />

e recursos escassos, elencar o que é relevante e<br />

pensar em estratégias fora da caixa é determinante para a<br />

sobrevivência. A assertividade no planejamento e condução<br />

da gestão de ‘crise’ é fundamental. Por isso, vou listar<br />

aqui algumas medidas práticas a serem adotadas:<br />

• Conhecer profundamente o seu negócio, o mercado<br />

em que está inserido e as perspectivas de curto e médio<br />

prazo. Se você não conhece o seu negócio e as necessidades<br />

essenciais para subsistir ativo em meios às adversidades,<br />

a chance de fechar as portas é grande. E conhecer<br />

o seu negócio envolve não apenas o seu produto final ou<br />

serviços, mas todos os custos e processos relacionados,<br />

bem como as expertises e talentos imprescindíveis ao<br />

mesmo.<br />

• Para lidar com o racionamento de recursos, defina<br />

um escopo de requisitos essenciais, decompondo as entregas<br />

e prazos com estimativas pertinentes sobre o período<br />

em que consegue manter a empresa ou instituição<br />

funcionando, com quais prioridades e orçamento.<br />

• Pense fora da caixa! Olhe os recursos disponíveis ao<br />

seu redor e desenhe estratégias que podem potencializar<br />

o que você tem. Busque parcerias que agreguem valor<br />

para ambas as partes, incentive ações inovadoras por parte<br />

de seus colaboradores e clientes, mobilize seus clientes<br />

a se tornarem ‘embaixadores’ do seu negócio. Busque conexões<br />

relevantes para o seu mercado de atuação, afinal,<br />

ninguém sobrevive isolado. Estude tendências do mercado<br />

e analise se o seu negócio tem aderência.<br />

• Por último, mas não com intenção de esgotar esse<br />

tema, foque na gestão das pessoas. Ser empático com<br />

o outro, com os desafios de novo formato de trabalho e<br />

de vida dos colaboradores contribui muito para que bons<br />

resultados sejam alcançados. Não estou dizendo que o<br />

gestor é responsável por resolver os problemas de todos,<br />

não é isso. Mas uma postura compreensiva e solidária,<br />

ao mesmo tempo que responsiva para com as equipes,<br />

coopera para que todos possam dar o seu melhor e o ambiente<br />

de trabalho inspire a produtividade. O investimento<br />

em capacitação, tanto por parte da empresa quanto<br />

por parte dos profissionais diretamente é fundamental.<br />

Novas habilidades têm sido exigidas no novo mercado<br />

e cada um tem sua própria parcela de responsabilidade<br />

quanto a se tornar alguém melhor.<br />

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