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Jornal Paraná Julho 2022

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OPINIÃO<br />

Inovar para impactar<br />

A inovação é como um músculo<br />

que todas as organizações<br />

precisam fortalecer<br />

gresso ao longo do caminho,<br />

mas também gerenciando-o,<br />

traduzindo as iniciativas em objetivos<br />

distintos para garantir que<br />

os indivíduos façam sua parte.<br />

Por Haroldo Rodrigues<br />

Oque se observa é que<br />

os negócios inovadores<br />

se beneficiam de<br />

atividades e práticas<br />

interdependentes e diversificadas<br />

em toda a organização.<br />

Diariamente, os negócios são<br />

desafiados na capacidade de<br />

desenvolver, entregar e dimensionar<br />

novos produtos, serviços,<br />

processos e modelos de<br />

negócios que atendam rapidamente<br />

às demandas do mercado.<br />

A inovação é como um<br />

músculo que todas as organizações<br />

precisam fortalecer.<br />

Há uma coleção de atributos e<br />

comportamentos que parecem<br />

sustentar o desempenho da<br />

inovação como estratégico na<br />

nova ordem econômica, onde<br />

o lucro e o impacto são lados<br />

de uma mesma moeda. Em<br />

2019, a McKinsey demonstrou<br />

uma correlação forte e positiva<br />

entre o desempenho da inovação<br />

e o desempenho financeiro.<br />

Ou seja, os negócios inovadores<br />

estão ampliando sua liderança<br />

de forma mais visível em<br />

duas áreas.<br />

A primeira é a capacidade de<br />

definir uma aspiração ousada,<br />

mas plausível, para a inovação,<br />

fundamentada em uma visão<br />

clara do valor econômico que a<br />

inovação precisa oferecer para<br />

gerar valor para a sociedade. A<br />

segunda é escolha dos investidores<br />

em portfólio de iniciativas<br />

coerentes e equilibradas com<br />

risco de tempo e com recursos<br />

suficientes para serem vencedores.<br />

O que se observa é que os negócios<br />

inovadores se beneficiam<br />

de atividades e práticas<br />

interdependentes e diversificadas<br />

em toda a organização. Líderes<br />

de inovação eficazes estimulam<br />

as empresas a gerar,<br />

prototipar, desenvolver, reduzir<br />

o risco, entregar e dimensionar<br />

iniciativas de inovação.<br />

Por outro lado, investir na diversidade<br />

e na excelência do capital<br />

humano fortemente integrado<br />

desafia alguns líderes a sair<br />

de suas zonas de conforto ao<br />

mesmo tempo em que lhes dá<br />

visibilidade do portfólio de projetos<br />

em andamento para que<br />

possam investir com confiança,<br />

tempo e fundos, e assim<br />

obter o melhor resultado. De<br />

acordo com Daniel Cohen,<br />

Brian Quin e Erik Roth, a inovação,<br />

quase sempre, é um problema<br />

de alocação estratégica<br />

de investimentos. Não se trata<br />

apenas de criatividade e geração<br />

de ideias.<br />

No entanto, muitos líderes falam<br />

sobre a importância da inovação<br />

como um catalisador para<br />

o crescimento e esquecem<br />

de agir quando se trata de mudar<br />

as pessoas, ativos e atenção<br />

da administração para<br />

apoiar suas melhores ideias.<br />

Os portfólios desses negócios<br />

tendem a ser recheados de melhorias<br />

de produtos de curto<br />

prazo e outros esforços presumivelmente<br />

de “alta certeza”,<br />

muito mais escassos em avanços<br />

potenciais ou novos modelos<br />

de negócios - formas de<br />

inovação que são “menos certas”,<br />

mas muitas vezes possuem<br />

maior potencial para gerar,<br />

de forma sustentável, novas<br />

fontes de crescimento e retornos<br />

extraordinários.<br />

Dito isso, o melhor caminho é<br />

cocriar o potencial de inovação<br />

do negócio para transformar a<br />

organização, o setor e a sociedade.<br />

Isso deve abranger uma<br />

visão ousada e, ao mesmo tempo,<br />

plausível, que descreva em<br />

detalhes como será a mudança<br />

gerada, traduzida numa estratégia<br />

e ações que incluam métricas<br />

qualitativas e quantitativas<br />

para medir o impacto, bem como<br />

atribuir responsabilidades<br />

para os líderes e outras partes<br />

interessadas para entregar resultados<br />

de inovação. Percebam<br />

que todos esses elementos -<br />

coletivamente - são a aspiração<br />

e se reforçam mutuamente.<br />

Essa aspiração é ousada, específica<br />

e mensurável. Assim, fica<br />

mais fácil para capital humano<br />

entender a magnitude do que<br />

precisa realizar e moldando e<br />

preenchendo seus portfólios de<br />

inovação. Além disso, eles não<br />

estão apenas medindo o pro-<br />

Certamente, o risco é intrínseco à<br />

inovação. Ainda assim, o que se<br />

pode é reduzir as chances de fazer<br />

apostas ruins por meio de melhores<br />

processos de tomada de decisão<br />

Priorizar e escolher oportunidades<br />

de inovação é uma tarefa<br />

inerente à alta administração. Os<br />

c-level estão melhor posicionados<br />

para dar uma olhada abrangente<br />

nas iniciativas e recursos<br />

de todo o negócio e, em seguida,<br />

fazer perguntas difíceis<br />

sobre como melhorar o portfólio.<br />

A ligação entre aspirar e escolher<br />

é muito importante, pois<br />

parece ser impossível realocar<br />

quantidades significativas de recursos<br />

se o portfólio de iniciativas<br />

inovadoras não estiver claro.<br />

Aspiração e boas escolhas de<br />

portfólios são fundamentais para<br />

inovar e gerar impacto positivo.<br />

Elas facilitam reconhecer<br />

como a inovação sofre quando<br />

as ideias ruins vão longe demais,<br />

levando a lançamentos de<br />

produtos fracassados, decepcionantes,<br />

de baixo impacto social<br />

e com retração do negócio.<br />

Certamente, o risco é intrínseco<br />

à inovação. Ainda assim, o que<br />

se pode é reduzir as chances de<br />

fazer apostas ruins por meio de<br />

melhores processos de tomada<br />

de decisão, onde o centro deve<br />

ser o potencial e a escala do impacto<br />

que será gerado.<br />

(*) Sócio fundador da investidora<br />

in3 New B Capital S. A. Foi professor<br />

titular e diretor de Pesquisa,<br />

Desenvolvimento e Inovação<br />

da Universidade de Fortaleza<br />

e presidente da Fundação de Amparo<br />

à Pesquisa do Ceará<br />

2<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>


<strong>2022</strong>/23<br />

Colheita lenta atrasa safra<br />

Volume acumulado de cana esmagado no <strong>Paraná</strong> é 30% menor do que no<br />

mesmo período da safra passada. Operação também começou mais tarde<br />

Com 28% de cana-deaçúcar<br />

esmagado do<br />

total previsto para a<br />

safra <strong>2022</strong>/23,<br />

31,068 milhões de toneladas,<br />

a colheita de cana-de-açúcar<br />

nas unidades industriais produtoras<br />

de açúcar e etanol do<br />

<strong>Paraná</strong> vem ocorrendo ainda<br />

em ritmo mais lento, apesar de<br />

o período, de clima mais seco,<br />

ser favorável para a operação.<br />

“A safra já deveria estar bem<br />

mais adiantada. Além de a<br />

maior parte das usinas ter começado<br />

a moagem na segunda<br />

quinzena de abril, com cerca de<br />

45 dias em atraso ao período<br />

que normalmente começava,<br />

entre o final de fevereiro e início<br />

de março, houve um atraso no<br />

desenvolvimento e maturação<br />

da cana, devido à prolongada<br />

estiagem e às fortes geadas do<br />

ano passado, o que justifica o<br />

ritmo mais lento de colheita”,<br />

afirma o presidente da Alcopar,<br />

Miguel Tranin.<br />

A moagem de cana realizada<br />

pelas usinas no <strong>Paraná</strong> na segunda<br />

quinzena do mês de<br />

junho foi de 1,915 milhão de toneladas,<br />

volume 20,9% menor<br />

do que o da mesma quinzena<br />

da safra passada, quando foram<br />

esmagadas 2,420 milhões<br />

de toneladas. No acumulado<br />

desta safra, a produção é de<br />

8,766 milhões de toneladas,<br />

comparada com a produção da<br />

safra anterior de 12,514 milhões<br />

de toneladas, representa<br />

uma moagem 30% menor.<br />

A produção de açúcar no acumulado<br />

da safra até o dia 1 de julho é<br />

de 505,305 mil toneladas, 44,1%<br />

a menos que na mesma data no<br />

ano passado, quando já tinham<br />

sido processadas 903,676 mil toneladas<br />

da commodity. No caso<br />

do etanol, foram industrializados<br />

até o período 287,559 milhões de<br />

litros, 34,8% a menos (440,811<br />

milhões), sendo 138,218 milhões<br />

de litros de anidro, 22,1% a menos<br />

(177,329 milhões) e 149,341<br />

milhões de litros de hidratado,<br />

43,3% a menos (263,482 milhões).<br />

Devido ao atraso na maturação<br />

da cana, a quantidade de<br />

Açúcar Total Recuperável<br />

(ATR) por tonelada de cana<br />

nesta safra, 116,91 quilos, é<br />

14,1% menor do que no mesmo<br />

período da safra passada,<br />

136,11 quilos.<br />

Moagem está 11,68% menor no Centro-Sul<br />

A moagem de cana-de-açúcar<br />

na segunda quinzena de junho<br />

na região Centro-Sul atingiu<br />

41,88 milhões de toneladas, o<br />

que representa uma retração<br />

de 7,92% em relação à quantidade<br />

registrada em igual período<br />

do ano passado, quando<br />

45,48 milhões de toneladas<br />

foram processadas. No acumulado<br />

da safra, a moagem<br />

totalizou 187,61 milhões de toneladas<br />

ante 212,42 milhões<br />

de toneladas registradas no<br />

mesmo período de 2021 - queda<br />

de 11,68%.<br />

Até o dia 1º de julho, 253 unidades<br />

operaram frente a 259<br />

unidades no mesmo período<br />

do ciclo 2021/<strong>2022</strong>. Para a segunda<br />

quinzena de julho, outras<br />

duas unidades devem iniciar a<br />

moagem no Centro-Sul.<br />

Informações preliminares do<br />

Centro de Tecnologia Canavieira<br />

(CTC), para uma amostra<br />

comum de 36 unidades produtoras,<br />

indicam que foram colhidas<br />

77,5 toneladas por hectare<br />

em junho de <strong>2022</strong>, o que<br />

representa uma queda de 1,2%<br />

no rendimento agrícola da lavoura<br />

na comparação com o<br />

mesmo período na safra<br />

2021/<strong>2022</strong> (76,5 toneladas<br />

por hectare). O diretor técnico<br />

da Unica, Antonio de Padua<br />

Rodrigues, explica que “apesar<br />

da recuperação do rendimento<br />

agrícola observado em<br />

junho, a expectativa é que, no<br />

acumulado da safra, o indicador<br />

marque uma retração de<br />

0,8%”.<br />

A qualidade da matéria-prima<br />

colhida na segunda metade de<br />

junho, mensurada em kg de<br />

ATR por tonelada de cana-deaçúcar<br />

processada, apresentou<br />

retração de 3,3% na comparação<br />

com o mesmo período<br />

do último ciclo agrícola, registrando<br />

137,08 kg de ATR<br />

por tonelada colhida. No acumulado<br />

da safra, a queda é de<br />

4,35% com o indicador marcando<br />

127,28 kg de ATR por<br />

tonelada.<br />

4<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>


A produção de açúcar na segunda<br />

quinzena de junho totalizou<br />

2,49 milhões de toneladas<br />

(-14,98%). No acumulado<br />

desde o início da safra <strong>2022</strong>/<br />

23, a fabricação do adoçante<br />

totaliza 9,68 milhões de toneladas,<br />

frente às 12,34 milhões<br />

de toneladas do ciclo anterior<br />

(-21,58%).<br />

Na segunda metade de junho,<br />

2,02 bilhões de litros (-3,90%)<br />

de etanol foram fabricados. Do<br />

volume total produzido, o hidratado<br />

alcançou 1,16 bilhão de litros<br />

(-6,63%), enquanto a produção<br />

de etanol anidro totalizou<br />

859,86 milhões de litros<br />

(+0,06%). No acumulado do<br />

atual ciclo agrícola, a fabricação<br />

de álcool atingiu 9,02 bilhões de<br />

litros (-7,17%), dos quais 5,80<br />

bilhões consistem em etanol hidratado<br />

(-7,86%) e 3,22 bilhões<br />

em anidro (-5,89%).<br />

Do total de biocombustível fabricado,<br />

a produção a partir do<br />

milho na segunda quinzena de<br />

junho registrou 188,84 milhões<br />

de litros, contra 125,23 milhões<br />

de litros no mesmo período<br />

do ciclo 2021/<strong>2022</strong> –<br />

avanço de 50,79%. No acumulado<br />

desde o início da safra,<br />

a produção a atingiu 961,76<br />

milhões de litros - avanço de<br />

33,27% na comparação com<br />

igual período do ano passado.<br />

O executivo da Unica destaca<br />

que “até o momento as usinas<br />

da região Centro-Sul deixaram<br />

de fabricar cerca de 1,22 milhão<br />

de toneladas de açúcar<br />

em prol do aumento da produção<br />

de etanol. Além disso, a<br />

oferta do produto a partir do<br />

milho tem tido crescimento robusto<br />

e já representa mais de<br />

10% da produção total de álcool<br />

na safra. Esses fatores<br />

Vendas de etanol<br />

No mês de junho, as unidades<br />

produtoras do Centro-Sul comercializaram<br />

2,46 bilhões de<br />

litros de etanol, o que representa<br />

uma retração de 1,00%<br />

em relação ao mesmo período<br />

da safra 2021/<strong>2022</strong>.<br />

No mercado interno, o volume<br />

de etanol hidratado comercializado<br />

foi de 1,33 bilhão de litros,<br />

que representa uma queda<br />

de 6,35% em relação ano<br />

anterior. As vendas domésticas<br />

de etanol anidro, por sua<br />

vez, totalizaram 836,81 milhões<br />

de litros no mês, volume<br />

2,01% inferior ao observado<br />

em junho de 2021. No<br />

acumulado da safra, foram<br />

comercializados 4,11 bilhões<br />

de litros de hidratado domesticamente<br />

(-6,86%) e 2,42 bilhões<br />

de litros de etanol anidro<br />

(+3,65%).<br />

Desde o início da safra <strong>2022</strong>/<br />

2023, as vendas globais<br />

(mercado interno e exportação)<br />

das unidades produtoras<br />

totalizam 7,03 bilhões de litros<br />

de etanol, o que representa<br />

uma queda de 1,86% em relação<br />

ao mesmo período da<br />

safra anterior. Desse volume,<br />

as vendas de etanol hidratado<br />

totalizaram 4,30 bilhões de<br />

litros (-8,03%); já as de anidro,<br />

2,73 bilhões de litros<br />

(+9,70%).<br />

contribuem para que, a despeito<br />

da queda em mais de<br />

11% na quantidade de cana<br />

processada e 4% na qualidade,<br />

Mercado de CBios<br />

Dados da B3 mostram que, em<br />

junho, 2,96 milhões de CBios<br />

foram emitidos. Até o dia 8 de<br />

julho, a parte obrigada do programa<br />

RenovaBio já havia adquirido<br />

cerca de 24,13 milhões<br />

de créditos de descarbonização.<br />

Esse volume representa<br />

66% da meta de aquisição total<br />

para o ano corrente.<br />

O diretor da Unica explica que<br />

“o volume a ser comercializado<br />

de etanol nos próximos<br />

seis meses deve promover<br />

uma emissão adicional superior<br />

a 15,50 milhões de créditos.<br />

Nessa condição, uma disponibilidade<br />

de 7 milhões de<br />

CBios além da meta para o ano<br />

de <strong>2022</strong> deve ser observada<br />

em dezembro. Portanto, não<br />

há indícios de falta de créditos<br />

para o ano corrente que impossibilitem<br />

o cumprimento<br />

das metas de descarbonização”.<br />

Rodrigues acrescenta<br />

que “é preciso enfatizar que<br />

o recuo na oferta de etanol seja<br />

na casa dos 7%”.<br />

esse estoque não necessariamente<br />

estará, no final do período,<br />

em posse do emissor<br />

primário.<br />

Como foi observado no ano de<br />

2021, a parte obrigada carregou<br />

mais de 5 milhões de títulos<br />

para o ano subsequente. É<br />

possível que neste ano o mesmo<br />

movimento ocorra, com<br />

distribuidoras possuindo grande<br />

parte dos créditos não aposentados”.<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong><br />

5


LEGISLAÇÃO<br />

PEC 15/22 mantém competitividade<br />

para biocombustíveis<br />

Proposta de Emenda à Constituição traz diferencial em relação ao<br />

regime fiscal para estes tipos de combustíveis pelos próximos 20 anos<br />

Representantes do setor<br />

sucroenergético<br />

debateram a Proposta<br />

de Emenda à Constituição<br />

- PEC 15/22 - que altera<br />

o art. 225 da Constituição Federal<br />

para estabelecer diferencial<br />

de competitividade, pelos<br />

próximos 20 anos, para os biocombustíveis<br />

em relação aos<br />

combustíveis fósseis, evitando<br />

que haja perda de competitividade<br />

com as medidas para reduzir<br />

o custo da gasolina e do<br />

diesel aprovadas recentemente.<br />

Roberto Perosa, CEO da Orplana<br />

- Organização de Associações<br />

de Produtores de Cana<br />

do Brasil –, fez uso da palavra<br />

e elencou os pontos de vista de<br />

quem está na base da cadeia,<br />

enfatizando o diferencial do<br />

projeto que dentre os benefícios<br />

gerados está o de oferecer<br />

maior segurança jurídica ao<br />

segmento sucroenergético.<br />

De acordo com ele, o setor da<br />

cana-de-açúcar está em constante<br />

modernização, tendo na<br />

energia limpa e renovável a<br />

melhor condição para a autossuficiência<br />

energética. “A Orplana<br />

defende a aprovação da<br />

PEC em sua integralidade, garantindo<br />

maior possibilidade de<br />

acesso ao consumidor final,<br />

além de fortalecer o setor e<br />

oferecer emprego e renda a todos<br />

os entes envolvidos”,<br />

disse.<br />

Perosa acrescentou ainda que<br />

o biocombustível garante a segurança<br />

estratégica do país.<br />

“Sem a competitividade tributária,<br />

o etanol hidratado tende a<br />

desaparecer. E, caso isso<br />

aconteça, haveria um efeito<br />

cascata com relação aos preços<br />

dos derivados, como o<br />

açúcar. Isso desequilibra toda<br />

a cadeia, com aumento de custos.<br />

Não podemos sofrer mais<br />

esse baque, ainda mais em um<br />

mundo pós-pandemia, em que<br />

os custos para a produção de<br />

cana se elevaram em mais de<br />

60%”, pontuou.<br />

A PEC dos Biocombustíveis<br />

acrescenta um item ao artigo<br />

da Constituição que trata do direito<br />

de todos os brasileiros a<br />

um meio ambiente ecologicamente<br />

equilibrado, com objetivo<br />

de garantir situação tributária<br />

vantajosa para os combustíveis<br />

não poluentes. O texto<br />

não estabelece exatamente as<br />

alíquotas dos tributos que devem<br />

incidir sobre os biocombustíveis.<br />

Esses percentuais<br />

devem ser estabelecidos por<br />

meio de uma lei complementar.<br />

A PEC apenas determina que<br />

deve ser mantido um "regime<br />

fiscal favorecido para os biocombustíveis<br />

destinados ao<br />

consumo final" na forma da lei<br />

complementar. Isso será feito<br />

assegurando uma tributação<br />

inferior a incidente sobre os<br />

combustíveis fósseis.<br />

A audiência da Comissão Especial<br />

ocorreu na Câmara dos<br />

Deputados no dia 5/7 e contou<br />

ainda com a participação de<br />

outros representantes do setor<br />

sucroenergético. Atualmente, a<br />

nível global, os custos com<br />

combustíveis fósseis estão em<br />

US$ 5,9 trilhões de dólares,<br />

sendo que 9% de todas as riquezas<br />

são para subsidiar os<br />

setores de gás natural e petróleo.<br />

A aprovação do Projeto de Lei<br />

3149/2020, pela Comissão de<br />

Agricultura, Pecuária, Abastecimento<br />

e Desenvolvimento<br />

Rural (CAPADR), da Câmara<br />

Federal, também traz avanços<br />

e novas perspectivas aos produtores<br />

de cana-de-açúcar e<br />

de outras biomassas que fabricam<br />

biocombustíveis, na visão<br />

da Orplana. O PL oficializa o direito<br />

a um repasse de 80% da<br />

receita de CBios a produtores<br />

que sejam certificados com<br />

dados padrão. A votação ocorreu<br />

dia 14 de junho, e o projeto<br />

segue para aprovação em outras<br />

instâncias.<br />

“Certamente são avanços muito<br />

importantes tanto para o<br />

produtor de cana-de-açúcar<br />

quanto para o setor sucroenergético,<br />

pois trazem novas perspectivas,<br />

maior competitividade<br />

e, principalmente, segurança<br />

jurídica a toda esta cadeia de<br />

produção. Estamos acompanhando<br />

os desdobramentos<br />

das próximas votações com<br />

expectativas de aprovação final<br />

tanto do PL quanto da PEC”,<br />

avalia o CEO da Orplana.<br />

6<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>


EVENTO<br />

Sericicultura e setor aeroagrícola<br />

debatem ações conjuntas<br />

Programação técnica envolve temas como a fiscalização de uso<br />

de agroquímicos e a execução do serviço de aplicação aérea<br />

As boas práticas entre<br />

os setores aeroagrícola<br />

e sericicultura<br />

foram discutidos durante<br />

o encontro técnico<br />

“Conhecendo a sericicultura,<br />

o setor aeroagrícola e os cultivos<br />

agrícolas”, no dia 6 de<br />

julho, na Casa da Indústria<br />

Maringá. A proposta do evento<br />

foi integrar a atuação dos<br />

dois setores, além de uma fiscalização<br />

mais efetiva para a<br />

identificação de soluções de<br />

boas práticas nas atividades.<br />

O encontro foi voltado para<br />

sericicultores, aplicadores de<br />

empresas de aviação agrícola,<br />

produtores de mandioca,<br />

grãos, cereais e pastagem e<br />

colaboradores de usinas de<br />

cana-de-açúcar e cooperativas.<br />

A programação do encontro<br />

incluiu uma série de palestras<br />

técnicas com especialistas da<br />

Agência de Defesa Agropecuária<br />

do <strong>Paraná</strong> (Adapar), do<br />

Ministério da Agricultura, Pecuária<br />

e Abastecimento<br />

(Mapa), da Associação Brasileira<br />

da Seda (Abraseda) e do<br />

Sindicato Nacional das Empresas<br />

de Aviação Agrícola<br />

(Sindag). Os temas envolveram<br />

a atuação na fiscalização<br />

de uso de agroquímicos, a importância<br />

da produção de<br />

bicho da seda para economia<br />

estadual e a execução do serviço<br />

aeroagrícola.<br />

Além destas entidades, o encontro<br />

técnico contou com a<br />

promoção e apoio do Sistema<br />

FAEP/SENAR-PR, Secretaria<br />

da Agricultura e do<br />

Abastecimento (Seab), Instituto<br />

de Desenvolvimento Rural<br />

do <strong>Paraná</strong> (IDR-PR), Federação<br />

dos Trabalhadores<br />

Rurais Agricultores Familiares<br />

do Estado do <strong>Paraná</strong> (FE-<br />

TAEP), empresa Bratac, Associação<br />

de Produtores de<br />

Bioenergia do Estado do <strong>Paraná</strong><br />

(Alcopar), Conselho Regional<br />

de Engenharia e<br />

Agronomia do <strong>Paraná</strong> (Crea-<br />

PR), Sistema Ocepar, Feap e<br />

Associação Brasileira de Produtores<br />

de Amido de Mandioca<br />

(ABAM).<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong><br />

7


SUSTENTABILIDADE<br />

Grupo Maringá publica<br />

Relatório Anual<br />

Documento apresenta os resultados operacionais, econômicos e<br />

socioambientais em 2021 nos padrões da Global Reporting Initiative<br />

Comprometido com a<br />

transparência e a<br />

credibilidade das informações<br />

para todos<br />

seus colaboradores, lideranças<br />

e stakeholders, o Grupo<br />

Maringá publica o primeiro<br />

Relatório Anual nos padrões<br />

da Global Reporting Initiative<br />

(GRI).<br />

O documento apresenta os<br />

resultados operacionais, econômicos<br />

e socioambientais<br />

das empresas do grupo em<br />

2021, que produzem açúcar,<br />

etanol, energia e ferroligas de<br />

manganês em Jacarezinho<br />

(PR) e Itapeva (SP).<br />

As informações sobre a metodologia<br />

GRI, os investimentos<br />

em Pessoas e Comunidades,<br />

a conexão com os<br />

Objetivos de Desenvolvimento<br />

Sustentável da ONU e as práticas<br />

ESG do Grupo Maringá,<br />

entre outros pontos principais<br />

do Relatório, podem ser<br />

acompanhadas pelas redes<br />

sociais e site. Acesse o Relatório<br />

Anual 2021 completo no<br />

site do Grupo Maringá.<br />

O relatório de sustentabilidade<br />

(GRI) é uma ferramenta<br />

que as empresas usam para<br />

desenvolver uma estratégia<br />

de gestão voltada para os indicadores<br />

socioambientais e<br />

econômicos. A divulgação<br />

dos relatórios melhora o diálogo<br />

entre os clientes, investidores<br />

e relevantes stakeholders.<br />

As Normas GRI representam<br />

as melhores práticas globais<br />

para o relato público de diferentes<br />

impactos econômicos,<br />

ambientais e sociais. O<br />

relato de sustentabilidade<br />

com base nas Normas fornece<br />

informações sobre as<br />

contribuições positivas ou<br />

negativas de uma organização<br />

para o desenvolvimento<br />

sustentável.<br />

8<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>


DOIS<br />

Economia<br />

PONTOS<br />

Plano Safra<br />

A chefe do FMI (Fundo Monetário<br />

Internacional), Kristalina<br />

Georgieva, não descarta uma<br />

possível recessão global devido<br />

aos elevados riscos. "Estamos<br />

em águas muito agitadas",<br />

comentou, ressaltando<br />

que "vai ser um <strong>2022</strong> difícil,<br />

mas talvez um 2023 ainda<br />

Inflação<br />

mais difícil", acrescentando<br />

que "os riscos de recessão aumentaram<br />

para 2023". Ela disse<br />

que um aperto mais duradouro<br />

nas condições financeiras<br />

complicará as perspectivas<br />

econômicas globais, mas<br />

acrescentou ser crucial controlar<br />

a alta dos preços.<br />

O Governo Federal lançou o<br />

Plano Safra <strong>2022</strong>/23, com R$<br />

340,88 bilhões para apoiar a<br />

produção agropecuária nacional<br />

até junho do próximo ano.<br />

O valor reflete um aumento de<br />

36% em relação ao Plano anterior.<br />

Do total de recursos disponibilizados,<br />

R$ 246,28 bilhões<br />

serão destinados ao custeio e<br />

comercialização, uma alta de<br />

39% em relação ao ano anterior.<br />

Outros R$ 94,6 bilhões<br />

serão para investimentos<br />

(+29%). Os recursos com juros<br />

controlados somam R$<br />

195,7 bilhões (alta de 18%) e<br />

com juros livres R$ 145,18 bilhões<br />

(alta de 69%). O montante<br />

de recursos equalizados<br />

cresceu 31%, chegando a R$<br />

115,8 bilhões na próxima safra.<br />

A inflação do Brasil, 11,7%, está entre as mais altas do mundo, segundo relatório da Organização<br />

para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Na lista de 19 países mais<br />

a União Europeia que compõe o G20 (grupo das 20 maiores economias do planeta), somente<br />

Turquia (73,5%), Argentina (60,7%) e Rússia (17,1%) têm inflação acima da brasileira<br />

no acumulado em 12 meses até maio deste ano. Considerando todo o grupo do G20,<br />

a inflação acumulada no período é de 8,8%.<br />

Com a união de duas grandes<br />

empresas brasileiras: Vibra<br />

Energia e Copersucar S.A<br />

nasce a Evolua Etanol, para liderar<br />

a comercialização de<br />

etanol do País, com objetivo<br />

Os 27 países membros da União<br />

Europeia aprovaram o projeto<br />

para proibir a venda de carros<br />

novos a combustão até 2035 e<br />

reduzir as emissões a zero. A<br />

Combustíveis<br />

No primeiro semestre do ano, a<br />

gasolina fechou com alta de<br />

10% e o etanol ficou 4,2% mais<br />

caro para os motoristas brasileiros,<br />

segundo o Índice de Preços<br />

Ticket Log. Já no caso do diesel,<br />

acumulou alta de 36,4%, para o<br />

diesel comum, e 37,3% para o<br />

diesel S-10. E, pela primeira vez<br />

em 12 anos, o preço deste<br />

combustível ultrapassou o da<br />

gasolina. O preço do litro do diesel<br />

comum fechou o mês de<br />

junho com média de R$7,87,<br />

valor 9,8% mais caro se comparado<br />

a maio. Já o diesel S-10,<br />

comercializado a R$ 8 nos postos<br />

de abastecimento do País,<br />

Etanol<br />

de comercializar 9 bilhões de<br />

litros de etanol em seu primeiro<br />

ano de vida. Com um<br />

modelo de negócios e tecnologia<br />

100% nacional, desponta<br />

com o propósito de<br />

Combustão<br />

registrou alta de 9,9%. A gasolina,<br />

por sua vez, fechou a R$<br />

7,56 o litro.<br />

viabilizar soluções, integrar,<br />

trazer escala e eficiência ao<br />

mercado, encurtando as distâncias<br />

entre produtores e<br />

consumidores de etanol em<br />

todo o País.<br />

pedido de alguns países, como<br />

Alemanha e Itália, os 27 concordaram<br />

em dar luz verde no futuro<br />

para permitir tecnologias alternativas,<br />

como combustíveis sintéticos<br />

ou híbridos recarregáveis,<br />

se estes permitirem que o objetivo<br />

de eliminar totalmente as<br />

emissões de gases de efeito estufa<br />

seja alcançado.<br />

Novas fontes<br />

A pandemia e a guerra levaram<br />

os preços do petróleo a máximas<br />

históricas, mas intensificaram<br />

a busca por alternativas.<br />

Energia nuclear, a queima de<br />

pellets de madeira em vez de<br />

carvão e até a construção de<br />

melhores baterias para armazenar<br />

e distribuir energia solar e<br />

eólica estão sendo consideradas<br />

como substitutas ao petróleo.<br />

Apesar de toda a atenção<br />

dada às alternativas, os combustíveis<br />

fósseis - gás, petróleo<br />

e carvão - ainda representam<br />

80% de toda a energia usada no<br />

mundo, não muito menos do<br />

que duas décadas atrás.<br />

Airbus A320<br />

O grupo alemão Lufthansa<br />

anunciou que vai transferir um<br />

jato Airbus A320 que por muito<br />

tempo voou com passageiros<br />

para que seja transformado em<br />

um laboratório de testes de hidrogênio.<br />

A ideia para a segunda<br />

vida da aeronave é que<br />

ela impulsione as pesquisas<br />

sobre os futuros motores que<br />

deverão equipar a aviação comercial.<br />

Como próximas etapas<br />

do projeto, a aeronave será<br />

equipada com tanque de hidrogênio<br />

líquido e célula de combustível<br />

para servir de banco de<br />

testes para pesquisas. Em seu<br />

interior, a aeronave abrigará um<br />

laboratório para estudar a manutenção,<br />

reparo e processos<br />

de manuseio para futuras aeronaves<br />

movidas a hidrogênio.<br />

10<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>


La Niña<br />

Chega ao mercado o primeiro<br />

açúcar mascavo dotado de<br />

um sistema de rastreabilidade<br />

baseado em blockchain, tecnologia<br />

de ponta capaz de<br />

atestar a transparência e a integridade<br />

das informações do<br />

produto. Por meio de um QR<br />

Code na embalagem, qualquer<br />

Biodiesel<br />

A produção anual de biodiesel<br />

do Brasil deve sair de 6,7<br />

bilhões de litros neste ano<br />

para 10,2 bilhões em 2025,<br />

estimou a consultoria StoneX.<br />

A projeção considera<br />

uma mistura de 15% de biodiesel<br />

ao diesel a partir de<br />

março de 2023. Atualmente,<br />

a proporção de biocombustível<br />

na mistura é de 10%. Pela<br />

Resolução 16/2018 do Conselho<br />

Nacional de Política<br />

Energética, o mandato desde<br />

Açúcar mascavo<br />

BSBIOS<br />

1º de março deste ano deveria<br />

ser de 14%. No final de<br />

2021, porém, o conselho reviu<br />

a meta, alegando que a<br />

medida ajudaria a conter o<br />

avanço dos preços do diesel<br />

nas bombas.<br />

pessoa poderá verificar as informações<br />

sobre a origem e o<br />

processo de fabricação do<br />

açúcar. O tipo mascavo é valorizado<br />

no segmento de produtos<br />

naturais e saudáveis,<br />

mas ainda sofre com casos de<br />

adulteração. Ao longo de três<br />

anos, uma equipe de especialistas<br />

da Embrapa Agricultura<br />

Digital (SP) trabalhou no desenvolvimento<br />

do Sistema<br />

Brasileiro de Agrorrastreabilidade.<br />

A tecnologia foi customizada<br />

para o açúcar mascavo<br />

e validada na planta agroindustrial<br />

da Usina Granelli, parceira<br />

no projeto-piloto.<br />

Com investimento inicial de R$<br />

316 milhões, a BSBIOS projeta<br />

instalar, em Passo Fundo uma<br />

usina produtora de etanol e farelos<br />

a partir do processamento<br />

de milho, trigo, triticale, arroz e<br />

sorgo. O empreendimento terá<br />

duas fases e o investimento<br />

total até 2027 deve ultrapassar<br />

R$ 550 milhões. O projeto integra<br />

a Política Estadual de Estímulo<br />

à Produção de Etanol e<br />

busca reduzir a dependência do<br />

Rio Grande do Sul do etanol de<br />

outras regiões do país, já que o<br />

Estado importa 99% do que<br />

consome. O início das operações<br />

está prevista para o segundo<br />

semestre de 2024. A<br />

usina tem previsão de operar<br />

em duas fases, com processamento<br />

de 750 toneladas/dia de<br />

cereais em 2024 e de 1.500 toneladas/dia,<br />

em 2027, com capacidade<br />

de produzir 111 milhões<br />

de litros em sua primeira<br />

fase e 220 milhões de litros, dobrando<br />

sua capacidade, quando<br />

totalmente instalada.<br />

Segundo o Instituto Nacional de<br />

Meteorologia, neste ano, o fenômeno<br />

La Niña deve persistir durante<br />

todo o inverno, com tendência<br />

de potencializar as chuvas<br />

nas regiões Norte e Nordeste<br />

e reduzir a possibilidade<br />

de chuvas mais intensas no Sul<br />

e no Sudeste. Temperaturas<br />

próximas e abaixo da média são<br />

previstas para grande parte da<br />

Região Sul, pois a incursão de<br />

massas de ar de origem polar,<br />

principalmente nos meses de<br />

julho e agosto, poderão provocar<br />

declínio nas temperaturas<br />

possibilitando a ocorrência de<br />

geadas em algumas localidades,<br />

especialmente aquelas de<br />

maior altitude.<br />

Competitividade<br />

O Brasil não é visto como um<br />

país competitivo, conforme<br />

aponta a 34ª edição do Anuário<br />

de Competitividade do IMD,<br />

da Fundação Dom Cabral.<br />

Após a avaliação de 63 economias<br />

do mundo em termos de<br />

competências e estruturas<br />

para um crescimento econômico<br />

sustentável no longo<br />

prazo, o Brasil ficou na 59º posição<br />

neste ano, duas colocações<br />

abaixo de 2021 e a frente<br />

apenas da África do Sul, Mongólia,<br />

Argentina e Venezuela.<br />

A pesquisa, que leva em consideração<br />

quatro pilares críticos<br />

para a competitividade de<br />

um país, mostrou que o cenário<br />

brasileiro é deficitário em<br />

todas elas: desempenho da<br />

economia; eficiência do governo;<br />

eficiência dos negócios<br />

e infraestrutura.<br />

Drone a etanol<br />

Uma startup de Sorocaba,<br />

São Paulo desenvolveu um<br />

motor a etanol para drones<br />

usados no agronegócio, uma<br />

solução mais prática e barata<br />

que as tradicionais baterias,<br />

que são pesadas, caras e recarregá-las<br />

durante o uso é<br />

um problema. Isso porque em<br />

fazendas remotas, muitas<br />

vezes, não há eletricidade. Um<br />

drone, normalmente, tem autonomia<br />

de 15 minutos quando<br />

alimentado por bateria. Já<br />

com o motor criado pela startup,<br />

que funciona a etanol, o<br />

drone fica no ar por até 4<br />

horas. O custo operacional do<br />

uso com a bateria é, em média,<br />

de R$ 280 por hora, mas<br />

com o produto, os empresários<br />

afirmam que conseguem<br />

fazer, em média, R$ 120 por<br />

hora.<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong><br />

11


FEIRA<br />

Sustentabilidade é foco<br />

da Fenasucro & Agrocana<br />

Principal feira mundial do setor de bioenergia será realizada entre os dias<br />

16 a 19 de agosto, no Centro de Eventos Zanini, em Sertãozinho<br />

A28ª edição da Fenasucro<br />

& Agrocana -<br />

maior evento mundial<br />

voltado exclusivamente<br />

ao setor de bioenergia<br />

vai focar na pauta da sustentabilidade<br />

na indústria e no<br />

campo, baseada na agenda<br />

global de ESG, que se reverte<br />

em desenvolvimento sustentável<br />

para todo o setor. A feira é<br />

realizada pelo CEISE Br e promovida<br />

e organizada pela RX<br />

Brasil.<br />

A programação, que retorna<br />

de forma presencial, pretende<br />

jogar luz à nova demanda global<br />

por bioenergia na qual o<br />

Brasil é protagonista tanto na<br />

produção de insumos quanto<br />

de tecnologia, e vai ocorrer<br />

entre os dias 16 e 19 de<br />

agosto, no Centro de Eventos<br />

Zanini, em Sertãozinho.<br />

Como reflexo do otimismo, o<br />

evento já está com 100% dos<br />

espaços comercializados e<br />

tem uma expectativa de gerar<br />

R$ 5 bilhões em negócios,<br />

iniciados ainda durante o<br />

evento. Além de receber mais<br />

de 42 mil visitantes/compradores,<br />

vindos de vários países<br />

e de todos os estados do Brasil.<br />

Mantendo a tradição, a Fenasucro<br />

& Agrocana vai aliar o<br />

que há de mais moderno em<br />

inovações e tecnologias pensando<br />

no futuro de todos os<br />

elos da cadeia de produção da<br />

bioenergia. Para isso, contará<br />

com quatro macrossetores:<br />

Bioenergia, Agrícola (Agrocana),<br />

Indústria e Transporte e<br />

Logística, que trarão mais de<br />

três mil produtos de marcas<br />

internacionais e nacionais.<br />

12<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>

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