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OPINIÃO<br />
Inovar para impactar<br />
A inovação é como um músculo<br />
que todas as organizações<br />
precisam fortalecer<br />
gresso ao longo do caminho,<br />
mas também gerenciando-o,<br />
traduzindo as iniciativas em objetivos<br />
distintos para garantir que<br />
os indivíduos façam sua parte.<br />
Por Haroldo Rodrigues<br />
Oque se observa é que<br />
os negócios inovadores<br />
se beneficiam de<br />
atividades e práticas<br />
interdependentes e diversificadas<br />
em toda a organização.<br />
Diariamente, os negócios são<br />
desafiados na capacidade de<br />
desenvolver, entregar e dimensionar<br />
novos produtos, serviços,<br />
processos e modelos de<br />
negócios que atendam rapidamente<br />
às demandas do mercado.<br />
A inovação é como um<br />
músculo que todas as organizações<br />
precisam fortalecer.<br />
Há uma coleção de atributos e<br />
comportamentos que parecem<br />
sustentar o desempenho da<br />
inovação como estratégico na<br />
nova ordem econômica, onde<br />
o lucro e o impacto são lados<br />
de uma mesma moeda. Em<br />
2019, a McKinsey demonstrou<br />
uma correlação forte e positiva<br />
entre o desempenho da inovação<br />
e o desempenho financeiro.<br />
Ou seja, os negócios inovadores<br />
estão ampliando sua liderança<br />
de forma mais visível em<br />
duas áreas.<br />
A primeira é a capacidade de<br />
definir uma aspiração ousada,<br />
mas plausível, para a inovação,<br />
fundamentada em uma visão<br />
clara do valor econômico que a<br />
inovação precisa oferecer para<br />
gerar valor para a sociedade. A<br />
segunda é escolha dos investidores<br />
em portfólio de iniciativas<br />
coerentes e equilibradas com<br />
risco de tempo e com recursos<br />
suficientes para serem vencedores.<br />
O que se observa é que os negócios<br />
inovadores se beneficiam<br />
de atividades e práticas<br />
interdependentes e diversificadas<br />
em toda a organização. Líderes<br />
de inovação eficazes estimulam<br />
as empresas a gerar,<br />
prototipar, desenvolver, reduzir<br />
o risco, entregar e dimensionar<br />
iniciativas de inovação.<br />
Por outro lado, investir na diversidade<br />
e na excelência do capital<br />
humano fortemente integrado<br />
desafia alguns líderes a sair<br />
de suas zonas de conforto ao<br />
mesmo tempo em que lhes dá<br />
visibilidade do portfólio de projetos<br />
em andamento para que<br />
possam investir com confiança,<br />
tempo e fundos, e assim<br />
obter o melhor resultado. De<br />
acordo com Daniel Cohen,<br />
Brian Quin e Erik Roth, a inovação,<br />
quase sempre, é um problema<br />
de alocação estratégica<br />
de investimentos. Não se trata<br />
apenas de criatividade e geração<br />
de ideias.<br />
No entanto, muitos líderes falam<br />
sobre a importância da inovação<br />
como um catalisador para<br />
o crescimento e esquecem<br />
de agir quando se trata de mudar<br />
as pessoas, ativos e atenção<br />
da administração para<br />
apoiar suas melhores ideias.<br />
Os portfólios desses negócios<br />
tendem a ser recheados de melhorias<br />
de produtos de curto<br />
prazo e outros esforços presumivelmente<br />
de “alta certeza”,<br />
muito mais escassos em avanços<br />
potenciais ou novos modelos<br />
de negócios - formas de<br />
inovação que são “menos certas”,<br />
mas muitas vezes possuem<br />
maior potencial para gerar,<br />
de forma sustentável, novas<br />
fontes de crescimento e retornos<br />
extraordinários.<br />
Dito isso, o melhor caminho é<br />
cocriar o potencial de inovação<br />
do negócio para transformar a<br />
organização, o setor e a sociedade.<br />
Isso deve abranger uma<br />
visão ousada e, ao mesmo tempo,<br />
plausível, que descreva em<br />
detalhes como será a mudança<br />
gerada, traduzida numa estratégia<br />
e ações que incluam métricas<br />
qualitativas e quantitativas<br />
para medir o impacto, bem como<br />
atribuir responsabilidades<br />
para os líderes e outras partes<br />
interessadas para entregar resultados<br />
de inovação. Percebam<br />
que todos esses elementos -<br />
coletivamente - são a aspiração<br />
e se reforçam mutuamente.<br />
Essa aspiração é ousada, específica<br />
e mensurável. Assim, fica<br />
mais fácil para capital humano<br />
entender a magnitude do que<br />
precisa realizar e moldando e<br />
preenchendo seus portfólios de<br />
inovação. Além disso, eles não<br />
estão apenas medindo o pro-<br />
Certamente, o risco é intrínseco à<br />
inovação. Ainda assim, o que se<br />
pode é reduzir as chances de fazer<br />
apostas ruins por meio de melhores<br />
processos de tomada de decisão<br />
Priorizar e escolher oportunidades<br />
de inovação é uma tarefa<br />
inerente à alta administração. Os<br />
c-level estão melhor posicionados<br />
para dar uma olhada abrangente<br />
nas iniciativas e recursos<br />
de todo o negócio e, em seguida,<br />
fazer perguntas difíceis<br />
sobre como melhorar o portfólio.<br />
A ligação entre aspirar e escolher<br />
é muito importante, pois<br />
parece ser impossível realocar<br />
quantidades significativas de recursos<br />
se o portfólio de iniciativas<br />
inovadoras não estiver claro.<br />
Aspiração e boas escolhas de<br />
portfólios são fundamentais para<br />
inovar e gerar impacto positivo.<br />
Elas facilitam reconhecer<br />
como a inovação sofre quando<br />
as ideias ruins vão longe demais,<br />
levando a lançamentos de<br />
produtos fracassados, decepcionantes,<br />
de baixo impacto social<br />
e com retração do negócio.<br />
Certamente, o risco é intrínseco<br />
à inovação. Ainda assim, o que<br />
se pode é reduzir as chances de<br />
fazer apostas ruins por meio de<br />
melhores processos de tomada<br />
de decisão, onde o centro deve<br />
ser o potencial e a escala do impacto<br />
que será gerado.<br />
(*) Sócio fundador da investidora<br />
in3 New B Capital S. A. Foi professor<br />
titular e diretor de Pesquisa,<br />
Desenvolvimento e Inovação<br />
da Universidade de Fortaleza<br />
e presidente da Fundação de Amparo<br />
à Pesquisa do Ceará<br />
2<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>
<strong>2022</strong>/23<br />
Colheita lenta atrasa safra<br />
Volume acumulado de cana esmagado no <strong>Paraná</strong> é 30% menor do que no<br />
mesmo período da safra passada. Operação também começou mais tarde<br />
Com 28% de cana-deaçúcar<br />
esmagado do<br />
total previsto para a<br />
safra <strong>2022</strong>/23,<br />
31,068 milhões de toneladas,<br />
a colheita de cana-de-açúcar<br />
nas unidades industriais produtoras<br />
de açúcar e etanol do<br />
<strong>Paraná</strong> vem ocorrendo ainda<br />
em ritmo mais lento, apesar de<br />
o período, de clima mais seco,<br />
ser favorável para a operação.<br />
“A safra já deveria estar bem<br />
mais adiantada. Além de a<br />
maior parte das usinas ter começado<br />
a moagem na segunda<br />
quinzena de abril, com cerca de<br />
45 dias em atraso ao período<br />
que normalmente começava,<br />
entre o final de fevereiro e início<br />
de março, houve um atraso no<br />
desenvolvimento e maturação<br />
da cana, devido à prolongada<br />
estiagem e às fortes geadas do<br />
ano passado, o que justifica o<br />
ritmo mais lento de colheita”,<br />
afirma o presidente da Alcopar,<br />
Miguel Tranin.<br />
A moagem de cana realizada<br />
pelas usinas no <strong>Paraná</strong> na segunda<br />
quinzena do mês de<br />
junho foi de 1,915 milhão de toneladas,<br />
volume 20,9% menor<br />
do que o da mesma quinzena<br />
da safra passada, quando foram<br />
esmagadas 2,420 milhões<br />
de toneladas. No acumulado<br />
desta safra, a produção é de<br />
8,766 milhões de toneladas,<br />
comparada com a produção da<br />
safra anterior de 12,514 milhões<br />
de toneladas, representa<br />
uma moagem 30% menor.<br />
A produção de açúcar no acumulado<br />
da safra até o dia 1 de julho é<br />
de 505,305 mil toneladas, 44,1%<br />
a menos que na mesma data no<br />
ano passado, quando já tinham<br />
sido processadas 903,676 mil toneladas<br />
da commodity. No caso<br />
do etanol, foram industrializados<br />
até o período 287,559 milhões de<br />
litros, 34,8% a menos (440,811<br />
milhões), sendo 138,218 milhões<br />
de litros de anidro, 22,1% a menos<br />
(177,329 milhões) e 149,341<br />
milhões de litros de hidratado,<br />
43,3% a menos (263,482 milhões).<br />
Devido ao atraso na maturação<br />
da cana, a quantidade de<br />
Açúcar Total Recuperável<br />
(ATR) por tonelada de cana<br />
nesta safra, 116,91 quilos, é<br />
14,1% menor do que no mesmo<br />
período da safra passada,<br />
136,11 quilos.<br />
Moagem está 11,68% menor no Centro-Sul<br />
A moagem de cana-de-açúcar<br />
na segunda quinzena de junho<br />
na região Centro-Sul atingiu<br />
41,88 milhões de toneladas, o<br />
que representa uma retração<br />
de 7,92% em relação à quantidade<br />
registrada em igual período<br />
do ano passado, quando<br />
45,48 milhões de toneladas<br />
foram processadas. No acumulado<br />
da safra, a moagem<br />
totalizou 187,61 milhões de toneladas<br />
ante 212,42 milhões<br />
de toneladas registradas no<br />
mesmo período de 2021 - queda<br />
de 11,68%.<br />
Até o dia 1º de julho, 253 unidades<br />
operaram frente a 259<br />
unidades no mesmo período<br />
do ciclo 2021/<strong>2022</strong>. Para a segunda<br />
quinzena de julho, outras<br />
duas unidades devem iniciar a<br />
moagem no Centro-Sul.<br />
Informações preliminares do<br />
Centro de Tecnologia Canavieira<br />
(CTC), para uma amostra<br />
comum de 36 unidades produtoras,<br />
indicam que foram colhidas<br />
77,5 toneladas por hectare<br />
em junho de <strong>2022</strong>, o que<br />
representa uma queda de 1,2%<br />
no rendimento agrícola da lavoura<br />
na comparação com o<br />
mesmo período na safra<br />
2021/<strong>2022</strong> (76,5 toneladas<br />
por hectare). O diretor técnico<br />
da Unica, Antonio de Padua<br />
Rodrigues, explica que “apesar<br />
da recuperação do rendimento<br />
agrícola observado em<br />
junho, a expectativa é que, no<br />
acumulado da safra, o indicador<br />
marque uma retração de<br />
0,8%”.<br />
A qualidade da matéria-prima<br />
colhida na segunda metade de<br />
junho, mensurada em kg de<br />
ATR por tonelada de cana-deaçúcar<br />
processada, apresentou<br />
retração de 3,3% na comparação<br />
com o mesmo período<br />
do último ciclo agrícola, registrando<br />
137,08 kg de ATR<br />
por tonelada colhida. No acumulado<br />
da safra, a queda é de<br />
4,35% com o indicador marcando<br />
127,28 kg de ATR por<br />
tonelada.<br />
4<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>
A produção de açúcar na segunda<br />
quinzena de junho totalizou<br />
2,49 milhões de toneladas<br />
(-14,98%). No acumulado<br />
desde o início da safra <strong>2022</strong>/<br />
23, a fabricação do adoçante<br />
totaliza 9,68 milhões de toneladas,<br />
frente às 12,34 milhões<br />
de toneladas do ciclo anterior<br />
(-21,58%).<br />
Na segunda metade de junho,<br />
2,02 bilhões de litros (-3,90%)<br />
de etanol foram fabricados. Do<br />
volume total produzido, o hidratado<br />
alcançou 1,16 bilhão de litros<br />
(-6,63%), enquanto a produção<br />
de etanol anidro totalizou<br />
859,86 milhões de litros<br />
(+0,06%). No acumulado do<br />
atual ciclo agrícola, a fabricação<br />
de álcool atingiu 9,02 bilhões de<br />
litros (-7,17%), dos quais 5,80<br />
bilhões consistem em etanol hidratado<br />
(-7,86%) e 3,22 bilhões<br />
em anidro (-5,89%).<br />
Do total de biocombustível fabricado,<br />
a produção a partir do<br />
milho na segunda quinzena de<br />
junho registrou 188,84 milhões<br />
de litros, contra 125,23 milhões<br />
de litros no mesmo período<br />
do ciclo 2021/<strong>2022</strong> –<br />
avanço de 50,79%. No acumulado<br />
desde o início da safra,<br />
a produção a atingiu 961,76<br />
milhões de litros - avanço de<br />
33,27% na comparação com<br />
igual período do ano passado.<br />
O executivo da Unica destaca<br />
que “até o momento as usinas<br />
da região Centro-Sul deixaram<br />
de fabricar cerca de 1,22 milhão<br />
de toneladas de açúcar<br />
em prol do aumento da produção<br />
de etanol. Além disso, a<br />
oferta do produto a partir do<br />
milho tem tido crescimento robusto<br />
e já representa mais de<br />
10% da produção total de álcool<br />
na safra. Esses fatores<br />
Vendas de etanol<br />
No mês de junho, as unidades<br />
produtoras do Centro-Sul comercializaram<br />
2,46 bilhões de<br />
litros de etanol, o que representa<br />
uma retração de 1,00%<br />
em relação ao mesmo período<br />
da safra 2021/<strong>2022</strong>.<br />
No mercado interno, o volume<br />
de etanol hidratado comercializado<br />
foi de 1,33 bilhão de litros,<br />
que representa uma queda<br />
de 6,35% em relação ano<br />
anterior. As vendas domésticas<br />
de etanol anidro, por sua<br />
vez, totalizaram 836,81 milhões<br />
de litros no mês, volume<br />
2,01% inferior ao observado<br />
em junho de 2021. No<br />
acumulado da safra, foram<br />
comercializados 4,11 bilhões<br />
de litros de hidratado domesticamente<br />
(-6,86%) e 2,42 bilhões<br />
de litros de etanol anidro<br />
(+3,65%).<br />
Desde o início da safra <strong>2022</strong>/<br />
2023, as vendas globais<br />
(mercado interno e exportação)<br />
das unidades produtoras<br />
totalizam 7,03 bilhões de litros<br />
de etanol, o que representa<br />
uma queda de 1,86% em relação<br />
ao mesmo período da<br />
safra anterior. Desse volume,<br />
as vendas de etanol hidratado<br />
totalizaram 4,30 bilhões de<br />
litros (-8,03%); já as de anidro,<br />
2,73 bilhões de litros<br />
(+9,70%).<br />
contribuem para que, a despeito<br />
da queda em mais de<br />
11% na quantidade de cana<br />
processada e 4% na qualidade,<br />
Mercado de CBios<br />
Dados da B3 mostram que, em<br />
junho, 2,96 milhões de CBios<br />
foram emitidos. Até o dia 8 de<br />
julho, a parte obrigada do programa<br />
RenovaBio já havia adquirido<br />
cerca de 24,13 milhões<br />
de créditos de descarbonização.<br />
Esse volume representa<br />
66% da meta de aquisição total<br />
para o ano corrente.<br />
O diretor da Unica explica que<br />
“o volume a ser comercializado<br />
de etanol nos próximos<br />
seis meses deve promover<br />
uma emissão adicional superior<br />
a 15,50 milhões de créditos.<br />
Nessa condição, uma disponibilidade<br />
de 7 milhões de<br />
CBios além da meta para o ano<br />
de <strong>2022</strong> deve ser observada<br />
em dezembro. Portanto, não<br />
há indícios de falta de créditos<br />
para o ano corrente que impossibilitem<br />
o cumprimento<br />
das metas de descarbonização”.<br />
Rodrigues acrescenta<br />
que “é preciso enfatizar que<br />
o recuo na oferta de etanol seja<br />
na casa dos 7%”.<br />
esse estoque não necessariamente<br />
estará, no final do período,<br />
em posse do emissor<br />
primário.<br />
Como foi observado no ano de<br />
2021, a parte obrigada carregou<br />
mais de 5 milhões de títulos<br />
para o ano subsequente. É<br />
possível que neste ano o mesmo<br />
movimento ocorra, com<br />
distribuidoras possuindo grande<br />
parte dos créditos não aposentados”.<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong><br />
5
LEGISLAÇÃO<br />
PEC 15/22 mantém competitividade<br />
para biocombustíveis<br />
Proposta de Emenda à Constituição traz diferencial em relação ao<br />
regime fiscal para estes tipos de combustíveis pelos próximos 20 anos<br />
Representantes do setor<br />
sucroenergético<br />
debateram a Proposta<br />
de Emenda à Constituição<br />
- PEC 15/22 - que altera<br />
o art. 225 da Constituição Federal<br />
para estabelecer diferencial<br />
de competitividade, pelos<br />
próximos 20 anos, para os biocombustíveis<br />
em relação aos<br />
combustíveis fósseis, evitando<br />
que haja perda de competitividade<br />
com as medidas para reduzir<br />
o custo da gasolina e do<br />
diesel aprovadas recentemente.<br />
Roberto Perosa, CEO da Orplana<br />
- Organização de Associações<br />
de Produtores de Cana<br />
do Brasil –, fez uso da palavra<br />
e elencou os pontos de vista de<br />
quem está na base da cadeia,<br />
enfatizando o diferencial do<br />
projeto que dentre os benefícios<br />
gerados está o de oferecer<br />
maior segurança jurídica ao<br />
segmento sucroenergético.<br />
De acordo com ele, o setor da<br />
cana-de-açúcar está em constante<br />
modernização, tendo na<br />
energia limpa e renovável a<br />
melhor condição para a autossuficiência<br />
energética. “A Orplana<br />
defende a aprovação da<br />
PEC em sua integralidade, garantindo<br />
maior possibilidade de<br />
acesso ao consumidor final,<br />
além de fortalecer o setor e<br />
oferecer emprego e renda a todos<br />
os entes envolvidos”,<br />
disse.<br />
Perosa acrescentou ainda que<br />
o biocombustível garante a segurança<br />
estratégica do país.<br />
“Sem a competitividade tributária,<br />
o etanol hidratado tende a<br />
desaparecer. E, caso isso<br />
aconteça, haveria um efeito<br />
cascata com relação aos preços<br />
dos derivados, como o<br />
açúcar. Isso desequilibra toda<br />
a cadeia, com aumento de custos.<br />
Não podemos sofrer mais<br />
esse baque, ainda mais em um<br />
mundo pós-pandemia, em que<br />
os custos para a produção de<br />
cana se elevaram em mais de<br />
60%”, pontuou.<br />
A PEC dos Biocombustíveis<br />
acrescenta um item ao artigo<br />
da Constituição que trata do direito<br />
de todos os brasileiros a<br />
um meio ambiente ecologicamente<br />
equilibrado, com objetivo<br />
de garantir situação tributária<br />
vantajosa para os combustíveis<br />
não poluentes. O texto<br />
não estabelece exatamente as<br />
alíquotas dos tributos que devem<br />
incidir sobre os biocombustíveis.<br />
Esses percentuais<br />
devem ser estabelecidos por<br />
meio de uma lei complementar.<br />
A PEC apenas determina que<br />
deve ser mantido um "regime<br />
fiscal favorecido para os biocombustíveis<br />
destinados ao<br />
consumo final" na forma da lei<br />
complementar. Isso será feito<br />
assegurando uma tributação<br />
inferior a incidente sobre os<br />
combustíveis fósseis.<br />
A audiência da Comissão Especial<br />
ocorreu na Câmara dos<br />
Deputados no dia 5/7 e contou<br />
ainda com a participação de<br />
outros representantes do setor<br />
sucroenergético. Atualmente, a<br />
nível global, os custos com<br />
combustíveis fósseis estão em<br />
US$ 5,9 trilhões de dólares,<br />
sendo que 9% de todas as riquezas<br />
são para subsidiar os<br />
setores de gás natural e petróleo.<br />
A aprovação do Projeto de Lei<br />
3149/2020, pela Comissão de<br />
Agricultura, Pecuária, Abastecimento<br />
e Desenvolvimento<br />
Rural (CAPADR), da Câmara<br />
Federal, também traz avanços<br />
e novas perspectivas aos produtores<br />
de cana-de-açúcar e<br />
de outras biomassas que fabricam<br />
biocombustíveis, na visão<br />
da Orplana. O PL oficializa o direito<br />
a um repasse de 80% da<br />
receita de CBios a produtores<br />
que sejam certificados com<br />
dados padrão. A votação ocorreu<br />
dia 14 de junho, e o projeto<br />
segue para aprovação em outras<br />
instâncias.<br />
“Certamente são avanços muito<br />
importantes tanto para o<br />
produtor de cana-de-açúcar<br />
quanto para o setor sucroenergético,<br />
pois trazem novas perspectivas,<br />
maior competitividade<br />
e, principalmente, segurança<br />
jurídica a toda esta cadeia de<br />
produção. Estamos acompanhando<br />
os desdobramentos<br />
das próximas votações com<br />
expectativas de aprovação final<br />
tanto do PL quanto da PEC”,<br />
avalia o CEO da Orplana.<br />
6<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>
EVENTO<br />
Sericicultura e setor aeroagrícola<br />
debatem ações conjuntas<br />
Programação técnica envolve temas como a fiscalização de uso<br />
de agroquímicos e a execução do serviço de aplicação aérea<br />
As boas práticas entre<br />
os setores aeroagrícola<br />
e sericicultura<br />
foram discutidos durante<br />
o encontro técnico<br />
“Conhecendo a sericicultura,<br />
o setor aeroagrícola e os cultivos<br />
agrícolas”, no dia 6 de<br />
julho, na Casa da Indústria<br />
Maringá. A proposta do evento<br />
foi integrar a atuação dos<br />
dois setores, além de uma fiscalização<br />
mais efetiva para a<br />
identificação de soluções de<br />
boas práticas nas atividades.<br />
O encontro foi voltado para<br />
sericicultores, aplicadores de<br />
empresas de aviação agrícola,<br />
produtores de mandioca,<br />
grãos, cereais e pastagem e<br />
colaboradores de usinas de<br />
cana-de-açúcar e cooperativas.<br />
A programação do encontro<br />
incluiu uma série de palestras<br />
técnicas com especialistas da<br />
Agência de Defesa Agropecuária<br />
do <strong>Paraná</strong> (Adapar), do<br />
Ministério da Agricultura, Pecuária<br />
e Abastecimento<br />
(Mapa), da Associação Brasileira<br />
da Seda (Abraseda) e do<br />
Sindicato Nacional das Empresas<br />
de Aviação Agrícola<br />
(Sindag). Os temas envolveram<br />
a atuação na fiscalização<br />
de uso de agroquímicos, a importância<br />
da produção de<br />
bicho da seda para economia<br />
estadual e a execução do serviço<br />
aeroagrícola.<br />
Além destas entidades, o encontro<br />
técnico contou com a<br />
promoção e apoio do Sistema<br />
FAEP/SENAR-PR, Secretaria<br />
da Agricultura e do<br />
Abastecimento (Seab), Instituto<br />
de Desenvolvimento Rural<br />
do <strong>Paraná</strong> (IDR-PR), Federação<br />
dos Trabalhadores<br />
Rurais Agricultores Familiares<br />
do Estado do <strong>Paraná</strong> (FE-<br />
TAEP), empresa Bratac, Associação<br />
de Produtores de<br />
Bioenergia do Estado do <strong>Paraná</strong><br />
(Alcopar), Conselho Regional<br />
de Engenharia e<br />
Agronomia do <strong>Paraná</strong> (Crea-<br />
PR), Sistema Ocepar, Feap e<br />
Associação Brasileira de Produtores<br />
de Amido de Mandioca<br />
(ABAM).<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong><br />
7
SUSTENTABILIDADE<br />
Grupo Maringá publica<br />
Relatório Anual<br />
Documento apresenta os resultados operacionais, econômicos e<br />
socioambientais em 2021 nos padrões da Global Reporting Initiative<br />
Comprometido com a<br />
transparência e a<br />
credibilidade das informações<br />
para todos<br />
seus colaboradores, lideranças<br />
e stakeholders, o Grupo<br />
Maringá publica o primeiro<br />
Relatório Anual nos padrões<br />
da Global Reporting Initiative<br />
(GRI).<br />
O documento apresenta os<br />
resultados operacionais, econômicos<br />
e socioambientais<br />
das empresas do grupo em<br />
2021, que produzem açúcar,<br />
etanol, energia e ferroligas de<br />
manganês em Jacarezinho<br />
(PR) e Itapeva (SP).<br />
As informações sobre a metodologia<br />
GRI, os investimentos<br />
em Pessoas e Comunidades,<br />
a conexão com os<br />
Objetivos de Desenvolvimento<br />
Sustentável da ONU e as práticas<br />
ESG do Grupo Maringá,<br />
entre outros pontos principais<br />
do Relatório, podem ser<br />
acompanhadas pelas redes<br />
sociais e site. Acesse o Relatório<br />
Anual 2021 completo no<br />
site do Grupo Maringá.<br />
O relatório de sustentabilidade<br />
(GRI) é uma ferramenta<br />
que as empresas usam para<br />
desenvolver uma estratégia<br />
de gestão voltada para os indicadores<br />
socioambientais e<br />
econômicos. A divulgação<br />
dos relatórios melhora o diálogo<br />
entre os clientes, investidores<br />
e relevantes stakeholders.<br />
As Normas GRI representam<br />
as melhores práticas globais<br />
para o relato público de diferentes<br />
impactos econômicos,<br />
ambientais e sociais. O<br />
relato de sustentabilidade<br />
com base nas Normas fornece<br />
informações sobre as<br />
contribuições positivas ou<br />
negativas de uma organização<br />
para o desenvolvimento<br />
sustentável.<br />
8<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>
DOIS<br />
Economia<br />
PONTOS<br />
Plano Safra<br />
A chefe do FMI (Fundo Monetário<br />
Internacional), Kristalina<br />
Georgieva, não descarta uma<br />
possível recessão global devido<br />
aos elevados riscos. "Estamos<br />
em águas muito agitadas",<br />
comentou, ressaltando<br />
que "vai ser um <strong>2022</strong> difícil,<br />
mas talvez um 2023 ainda<br />
Inflação<br />
mais difícil", acrescentando<br />
que "os riscos de recessão aumentaram<br />
para 2023". Ela disse<br />
que um aperto mais duradouro<br />
nas condições financeiras<br />
complicará as perspectivas<br />
econômicas globais, mas<br />
acrescentou ser crucial controlar<br />
a alta dos preços.<br />
O Governo Federal lançou o<br />
Plano Safra <strong>2022</strong>/23, com R$<br />
340,88 bilhões para apoiar a<br />
produção agropecuária nacional<br />
até junho do próximo ano.<br />
O valor reflete um aumento de<br />
36% em relação ao Plano anterior.<br />
Do total de recursos disponibilizados,<br />
R$ 246,28 bilhões<br />
serão destinados ao custeio e<br />
comercialização, uma alta de<br />
39% em relação ao ano anterior.<br />
Outros R$ 94,6 bilhões<br />
serão para investimentos<br />
(+29%). Os recursos com juros<br />
controlados somam R$<br />
195,7 bilhões (alta de 18%) e<br />
com juros livres R$ 145,18 bilhões<br />
(alta de 69%). O montante<br />
de recursos equalizados<br />
cresceu 31%, chegando a R$<br />
115,8 bilhões na próxima safra.<br />
A inflação do Brasil, 11,7%, está entre as mais altas do mundo, segundo relatório da Organização<br />
para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Na lista de 19 países mais<br />
a União Europeia que compõe o G20 (grupo das 20 maiores economias do planeta), somente<br />
Turquia (73,5%), Argentina (60,7%) e Rússia (17,1%) têm inflação acima da brasileira<br />
no acumulado em 12 meses até maio deste ano. Considerando todo o grupo do G20,<br />
a inflação acumulada no período é de 8,8%.<br />
Com a união de duas grandes<br />
empresas brasileiras: Vibra<br />
Energia e Copersucar S.A<br />
nasce a Evolua Etanol, para liderar<br />
a comercialização de<br />
etanol do País, com objetivo<br />
Os 27 países membros da União<br />
Europeia aprovaram o projeto<br />
para proibir a venda de carros<br />
novos a combustão até 2035 e<br />
reduzir as emissões a zero. A<br />
Combustíveis<br />
No primeiro semestre do ano, a<br />
gasolina fechou com alta de<br />
10% e o etanol ficou 4,2% mais<br />
caro para os motoristas brasileiros,<br />
segundo o Índice de Preços<br />
Ticket Log. Já no caso do diesel,<br />
acumulou alta de 36,4%, para o<br />
diesel comum, e 37,3% para o<br />
diesel S-10. E, pela primeira vez<br />
em 12 anos, o preço deste<br />
combustível ultrapassou o da<br />
gasolina. O preço do litro do diesel<br />
comum fechou o mês de<br />
junho com média de R$7,87,<br />
valor 9,8% mais caro se comparado<br />
a maio. Já o diesel S-10,<br />
comercializado a R$ 8 nos postos<br />
de abastecimento do País,<br />
Etanol<br />
de comercializar 9 bilhões de<br />
litros de etanol em seu primeiro<br />
ano de vida. Com um<br />
modelo de negócios e tecnologia<br />
100% nacional, desponta<br />
com o propósito de<br />
Combustão<br />
registrou alta de 9,9%. A gasolina,<br />
por sua vez, fechou a R$<br />
7,56 o litro.<br />
viabilizar soluções, integrar,<br />
trazer escala e eficiência ao<br />
mercado, encurtando as distâncias<br />
entre produtores e<br />
consumidores de etanol em<br />
todo o País.<br />
pedido de alguns países, como<br />
Alemanha e Itália, os 27 concordaram<br />
em dar luz verde no futuro<br />
para permitir tecnologias alternativas,<br />
como combustíveis sintéticos<br />
ou híbridos recarregáveis,<br />
se estes permitirem que o objetivo<br />
de eliminar totalmente as<br />
emissões de gases de efeito estufa<br />
seja alcançado.<br />
Novas fontes<br />
A pandemia e a guerra levaram<br />
os preços do petróleo a máximas<br />
históricas, mas intensificaram<br />
a busca por alternativas.<br />
Energia nuclear, a queima de<br />
pellets de madeira em vez de<br />
carvão e até a construção de<br />
melhores baterias para armazenar<br />
e distribuir energia solar e<br />
eólica estão sendo consideradas<br />
como substitutas ao petróleo.<br />
Apesar de toda a atenção<br />
dada às alternativas, os combustíveis<br />
fósseis - gás, petróleo<br />
e carvão - ainda representam<br />
80% de toda a energia usada no<br />
mundo, não muito menos do<br />
que duas décadas atrás.<br />
Airbus A320<br />
O grupo alemão Lufthansa<br />
anunciou que vai transferir um<br />
jato Airbus A320 que por muito<br />
tempo voou com passageiros<br />
para que seja transformado em<br />
um laboratório de testes de hidrogênio.<br />
A ideia para a segunda<br />
vida da aeronave é que<br />
ela impulsione as pesquisas<br />
sobre os futuros motores que<br />
deverão equipar a aviação comercial.<br />
Como próximas etapas<br />
do projeto, a aeronave será<br />
equipada com tanque de hidrogênio<br />
líquido e célula de combustível<br />
para servir de banco de<br />
testes para pesquisas. Em seu<br />
interior, a aeronave abrigará um<br />
laboratório para estudar a manutenção,<br />
reparo e processos<br />
de manuseio para futuras aeronaves<br />
movidas a hidrogênio.<br />
10<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>
La Niña<br />
Chega ao mercado o primeiro<br />
açúcar mascavo dotado de<br />
um sistema de rastreabilidade<br />
baseado em blockchain, tecnologia<br />
de ponta capaz de<br />
atestar a transparência e a integridade<br />
das informações do<br />
produto. Por meio de um QR<br />
Code na embalagem, qualquer<br />
Biodiesel<br />
A produção anual de biodiesel<br />
do Brasil deve sair de 6,7<br />
bilhões de litros neste ano<br />
para 10,2 bilhões em 2025,<br />
estimou a consultoria StoneX.<br />
A projeção considera<br />
uma mistura de 15% de biodiesel<br />
ao diesel a partir de<br />
março de 2023. Atualmente,<br />
a proporção de biocombustível<br />
na mistura é de 10%. Pela<br />
Resolução 16/2018 do Conselho<br />
Nacional de Política<br />
Energética, o mandato desde<br />
Açúcar mascavo<br />
BSBIOS<br />
1º de março deste ano deveria<br />
ser de 14%. No final de<br />
2021, porém, o conselho reviu<br />
a meta, alegando que a<br />
medida ajudaria a conter o<br />
avanço dos preços do diesel<br />
nas bombas.<br />
pessoa poderá verificar as informações<br />
sobre a origem e o<br />
processo de fabricação do<br />
açúcar. O tipo mascavo é valorizado<br />
no segmento de produtos<br />
naturais e saudáveis,<br />
mas ainda sofre com casos de<br />
adulteração. Ao longo de três<br />
anos, uma equipe de especialistas<br />
da Embrapa Agricultura<br />
Digital (SP) trabalhou no desenvolvimento<br />
do Sistema<br />
Brasileiro de Agrorrastreabilidade.<br />
A tecnologia foi customizada<br />
para o açúcar mascavo<br />
e validada na planta agroindustrial<br />
da Usina Granelli, parceira<br />
no projeto-piloto.<br />
Com investimento inicial de R$<br />
316 milhões, a BSBIOS projeta<br />
instalar, em Passo Fundo uma<br />
usina produtora de etanol e farelos<br />
a partir do processamento<br />
de milho, trigo, triticale, arroz e<br />
sorgo. O empreendimento terá<br />
duas fases e o investimento<br />
total até 2027 deve ultrapassar<br />
R$ 550 milhões. O projeto integra<br />
a Política Estadual de Estímulo<br />
à Produção de Etanol e<br />
busca reduzir a dependência do<br />
Rio Grande do Sul do etanol de<br />
outras regiões do país, já que o<br />
Estado importa 99% do que<br />
consome. O início das operações<br />
está prevista para o segundo<br />
semestre de 2024. A<br />
usina tem previsão de operar<br />
em duas fases, com processamento<br />
de 750 toneladas/dia de<br />
cereais em 2024 e de 1.500 toneladas/dia,<br />
em 2027, com capacidade<br />
de produzir 111 milhões<br />
de litros em sua primeira<br />
fase e 220 milhões de litros, dobrando<br />
sua capacidade, quando<br />
totalmente instalada.<br />
Segundo o Instituto Nacional de<br />
Meteorologia, neste ano, o fenômeno<br />
La Niña deve persistir durante<br />
todo o inverno, com tendência<br />
de potencializar as chuvas<br />
nas regiões Norte e Nordeste<br />
e reduzir a possibilidade<br />
de chuvas mais intensas no Sul<br />
e no Sudeste. Temperaturas<br />
próximas e abaixo da média são<br />
previstas para grande parte da<br />
Região Sul, pois a incursão de<br />
massas de ar de origem polar,<br />
principalmente nos meses de<br />
julho e agosto, poderão provocar<br />
declínio nas temperaturas<br />
possibilitando a ocorrência de<br />
geadas em algumas localidades,<br />
especialmente aquelas de<br />
maior altitude.<br />
Competitividade<br />
O Brasil não é visto como um<br />
país competitivo, conforme<br />
aponta a 34ª edição do Anuário<br />
de Competitividade do IMD,<br />
da Fundação Dom Cabral.<br />
Após a avaliação de 63 economias<br />
do mundo em termos de<br />
competências e estruturas<br />
para um crescimento econômico<br />
sustentável no longo<br />
prazo, o Brasil ficou na 59º posição<br />
neste ano, duas colocações<br />
abaixo de 2021 e a frente<br />
apenas da África do Sul, Mongólia,<br />
Argentina e Venezuela.<br />
A pesquisa, que leva em consideração<br />
quatro pilares críticos<br />
para a competitividade de<br />
um país, mostrou que o cenário<br />
brasileiro é deficitário em<br />
todas elas: desempenho da<br />
economia; eficiência do governo;<br />
eficiência dos negócios<br />
e infraestrutura.<br />
Drone a etanol<br />
Uma startup de Sorocaba,<br />
São Paulo desenvolveu um<br />
motor a etanol para drones<br />
usados no agronegócio, uma<br />
solução mais prática e barata<br />
que as tradicionais baterias,<br />
que são pesadas, caras e recarregá-las<br />
durante o uso é<br />
um problema. Isso porque em<br />
fazendas remotas, muitas<br />
vezes, não há eletricidade. Um<br />
drone, normalmente, tem autonomia<br />
de 15 minutos quando<br />
alimentado por bateria. Já<br />
com o motor criado pela startup,<br />
que funciona a etanol, o<br />
drone fica no ar por até 4<br />
horas. O custo operacional do<br />
uso com a bateria é, em média,<br />
de R$ 280 por hora, mas<br />
com o produto, os empresários<br />
afirmam que conseguem<br />
fazer, em média, R$ 120 por<br />
hora.<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong><br />
11
FEIRA<br />
Sustentabilidade é foco<br />
da Fenasucro & Agrocana<br />
Principal feira mundial do setor de bioenergia será realizada entre os dias<br />
16 a 19 de agosto, no Centro de Eventos Zanini, em Sertãozinho<br />
A28ª edição da Fenasucro<br />
& Agrocana -<br />
maior evento mundial<br />
voltado exclusivamente<br />
ao setor de bioenergia<br />
vai focar na pauta da sustentabilidade<br />
na indústria e no<br />
campo, baseada na agenda<br />
global de ESG, que se reverte<br />
em desenvolvimento sustentável<br />
para todo o setor. A feira é<br />
realizada pelo CEISE Br e promovida<br />
e organizada pela RX<br />
Brasil.<br />
A programação, que retorna<br />
de forma presencial, pretende<br />
jogar luz à nova demanda global<br />
por bioenergia na qual o<br />
Brasil é protagonista tanto na<br />
produção de insumos quanto<br />
de tecnologia, e vai ocorrer<br />
entre os dias 16 e 19 de<br />
agosto, no Centro de Eventos<br />
Zanini, em Sertãozinho.<br />
Como reflexo do otimismo, o<br />
evento já está com 100% dos<br />
espaços comercializados e<br />
tem uma expectativa de gerar<br />
R$ 5 bilhões em negócios,<br />
iniciados ainda durante o<br />
evento. Além de receber mais<br />
de 42 mil visitantes/compradores,<br />
vindos de vários países<br />
e de todos os estados do Brasil.<br />
Mantendo a tradição, a Fenasucro<br />
& Agrocana vai aliar o<br />
que há de mais moderno em<br />
inovações e tecnologias pensando<br />
no futuro de todos os<br />
elos da cadeia de produção da<br />
bioenergia. Para isso, contará<br />
com quatro macrossetores:<br />
Bioenergia, Agrícola (Agrocana),<br />
Indústria e Transporte e<br />
Logística, que trarão mais de<br />
três mil produtos de marcas<br />
internacionais e nacionais.<br />
12<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>